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ETANOL & O SETOR SUCROENERGÉTICO Situação atual e perspectivas Brasília, 22 de novembro de 2012 Antonio de Padua Rodrigues Presidente Interino da União da Indústria de Cana-de-açúcar

Antonio de Padua Rodrigues · Evolução do número de novas unidades produtoras na região Centro-Sul . 9 . 19 25 30 21 . 9 3 . 2 . 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

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ETANOL & O SETOR SUCROENERGÉTICO

Situação atual e perspectivas

Brasília, 22 de novembro de 2012

Antonio de Padua Rodrigues Presidente Interino da União da Indústria de Cana-de-açúcar

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QUESTÕES CENTRAIS

1. O que aconteceu com a produção nos

últimos 4 anos? Qual a situação atual da

cadeia produtiva do etanol?

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0

100

200

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400

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700

00/0

1

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2

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3

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6

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7

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8

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9

09/1

0

10/1

1

11/1

2

12/1

3e

Evolução da produção de cana-de-açúcar no Brasil (milhões de toneladas)

Fonte: UNICA e MAPA. Nota: * – estimativa

Desaceleração do crescimento

A moagem de cana-de-açúcar nesta safra será similar àquela observada na safra 2008/2009 (4 anos atrás)

DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

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Fonte: UNICA. Nota: * - estimativa.

Evolução do número de novas unidades produtoras na região Centro-Sul

9

19 25

30

21

9 3

2

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13*

Até 2015 apenas 4 novas unidades produtoras deverão ser construídas. Não existem projetos previstos para início de operação após essa data.

DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

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Unidades produtoras que interromperam suas atividades nos últimos anos na região Centro-Sul

2 3 6

16 14

2008 2009 2010 2011 Até jun/12

41 unidades produtoras encerraram suas operações na

região Centro-Sul

Fonte: UNICA.

FECHAMENTO DE UNIDADES PRODUTORAS OU EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

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1/6 das unidades em operação no setor sucroenergético possuem dívida superior a R$ 100 por tonelada de cana-de-açúcar processada nessas empresas a dívida é equivalente ao faturamento bruto

Se esse cenário não for revertido, poderemos ter uma perda adicional de capacidade produtiva equivalente a 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nos próximos anos

REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR (JÁ OCORRIDA E A OCORRER) EM FUNÇÃO DO

FECHAMENTO DE USINAS

Fonte: UNICA e Itaú BBA.

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As 41 usinas que encerraram as suas atividades promoveram uma

redução da capacidade de processamento de 32 milhões de toneladas

de cana-de-açúcar, com perda de 13 mil empregos diretos e estimada

em outros 32 mil indiretos (somente indústria)

Desde 2008, 37 unidades produtoras registraram pedido de

recuperação judicial

Nesse mesmo período, houve requerimento de falência para 9

unidades

Fonte: UNICA e Serasa.

PERDA DE EMPREGOS (JÁ OCORRIDA E A OCORRER)

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Impacto do menor crescimento sobre a indústria nacional de base e municípios canavieiros

O setor sucroenergético é responsável por 90% do faturamento de mais de 1.300 empresas produtoras de máquinas e equipamentos

Atualmente, essas empresas estão operando com capacidade ociosa superior a 50% e experimentaram queda de 60% no faturamento desde 2008

A retração na demanda por novas unidades produtoras de açúcar e etanol promoveu a perda estimada de 100 mil empregos diretos nas indústrias do setor metal/mecânico

Hoje não existem pedidos de novas unidades industriais para os próximos anos

REDUÇÃO DE ENCOMENDAS À INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL

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I. Na safra passada, o consumo de cerca de 10 bilhões de litros de etanol foi

substituído pela maior demanda por gasolina*

II. Para cada litro de etanol consumido, em média, 1,7 kg de CO2 deixam de ser

emitidos na atmosfera**

EMISSÕES EVITADAS DE CO2

III. Logo, a emissão de ~ 20 milhões de toneladas de

CO2 poderiam ter sido evitadas na última safra não

fosse a substituição do uso de etanol por gasolina

Fonte: *UNICA e **Macedo, Isaias C.; Meira Filho, Luiz Gylvan. Contribuição do etanol para a mudança do clima. In: Etanol e Bioeletricidade: a cana-de-açúcar no futuro da matriz energética . 2010.

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QUESTÕES CENTRAIS

2. O que aconteceu com as margens do setor

produtivo de etanol?

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39,5 43,8 43,3

51,7 54,3 58,2

72,4

65,3

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12

Custo para produtividade de 85 ton/ha

Custo para produtividade de 70 ton/ha

Evolução dos custos de produção da cana-de-açúcar (valores em R$ por tonelada de cana-de-açúcar, considerando um fornecedor típico do Estado de São Paulo)

Fonte: Orplana.

Na última safra, a produtividade média observada foi inferior a 70 ton/ha, intensificando o aumento nos custos de produção ante o maior peso dos custos fixos

AUMENTO DE CUSTOS

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Fonte: Orplana.

Itens de custo Crescimento

Arrendamento 112%

Mecanização (inclui tratoristas, motoristas, etc.) 83%

Insumos 73%

Mão-de-obra rural 19%

Crescimento dos principais itens de custo de produção da cana-de-açúcar entre as safras 2005/06 e 2011/12

Valores para um fornecedor típico do Estado de São Paulo, calculados considerando um canavial estabilizado com 85 ton/ha.

O aumento nos custos de produção não ocorreram apenas devido a queda na

produtividade do canavial. Vários itens de custos cresceram significativamente ao longo

dos últimos 6 anos.

AUMENTO DE CUSTOS

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Fonte: Consecana e Orplana. Elaboração: UNICA. Nota: valores referentes à cana-de-açúcar entregue por fornecedores no Estado de São Paulo

Receita média obtida pelas usinas paulistas e custo de produção (valores em R$ por tonelada de cana-de-açúcar)

AUMENTO DE CUSTOS vs RECEITA OBTIDA

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0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 jul-12

Fonte: ANP. Elaboração: UNICA.

Enquanto os preços de bomba permaneceram estáveis, o preço líquido recebido pelas refinarias

aumentou 26% via redução da tributação

Preço de faturamento com impostos federais (CIDE e Pìs/Cofins)

Preço líquido recebido pela Petrobrás

+ 26%

TETO VIRTUAL DE PREÇOS

Evolução dos preços da gasolina na refinaria (valores em R$ por litro)

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0%

5%

10%

15%

20%

25%

jan-

02

jul-0

2

jan-

03

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3

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4

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05

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5

jan-

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6

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7

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8

jan-

09

jul-0

9

jan-

10

jul-1

0

jan-

11

jul-1

1

jan-

12

jul-1

2

Participação % da CIDE e dos tributos federais sobre o preço médio da gasolina C ao consumidor

Fonte: ANP e legislação vigente. Elaboração: UNICA. Nota: valores obtidos tomando-se como base o preço médio dos combustíveis no País.

~ 14% CIDE/preço de bomba

0%

~ 22% tributos federais (CIDE+ PIS/Cofins)/preço de bomba

~ 8%

Com a redução gradativa da CIDE sobre a gasolina, o diferencial tributário entre o etanol e a gasolina foi eliminado ao longo do tempo

TETO VIRTUAL DE PREÇOS

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3

4

5

6

7

8

9

SP

PR

GO

MG

BA

RJ

MT

PE

TO

MA

PB

PA

RN

CE

MS

DF

AM

AC

RO

SE

AL

AP

SC

PI

RS

ES

RR

Gasolina C Etanol Hidratado

Condição atual dos impostos federais e estaduais sobre os combustíveis no Brasil (valores em R$ por 100 km rodados*)

Fonte: Legislação atual e ANP. Nota: * conversão feita considerando um rendimento médio de 14 km/l para os veículos rodando com gasolina. No caso do etanol, considerou-se um rendimento equivalente a 70% daquele adotado para a gasolina.

Sistema atual em muitos Estados não reconhece as externalidades positivas associadas ao etanol

Carga tributária sobre o etanol é igual ou superior àquela incidente sobre a gasolina em 19 Estados

TETO VIRTUAL DE PREÇOS

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QUESTÕES CENTRAIS

3. O cenário atual cria incentivos para novos

investimentos na produção de etanol?

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Capacidade de moagem: 3,5 milhões de toneladas

Produtividade agrícola: 85 t de cana/ha

Eficiência industrial: 90,5%

Destilação: 99,5%

Fermentação: 91,0%

Rendimento de 7.250 litros/ ha

Qualidade matéria-prima: 140 Kg ATR/ t de cana

Área total: 50,5 mil ha

Colheita: 41,2 mil ha

Plantio: 8,5 mil ha (considerando plantio comercial, viveiros primário e secundário)

Outros: 0,8 (carreador, canais, APP, etc)

PREMISSAS TÉCNICAS

65% etanol hidratado

35% etanol anidro

Mix de produção

Sem produção de açúcar 100% da produção

comercializada no mercado doméstico

O projeto pressupõe o uso otimizado da tecnologia atual, sem qualquer ineficiência técnica ou operacional

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RETORNO FINANCEIRO DO PROJETO GREENFIELD

TIR ~ 2% *Preço potencial atual do etanol

hidratado

TIR 12% sem desoneração dos

investimentos

Diante da desoneração dos investimentos industrias e agrícolas do projeto greenfield em apreço, o

preço do etanol hidratado carburante necessário para

viabilizar a TIR de 12% (retorno mínimo requerido pelo mercado para financiamento para o setor)

seria 0,06 R$ menor relativamente ao cenário em que tal

desoneração inexista

TIR do projeto greenfield para diferentes preços de etanol hidratado carburante

1,03 R$/l*

1,42 R$/l

1,48 R$/l

TIR 12% com desoneração dos

investimentos

Fonte: UNICA e Itaú BBA. Nota: Taxa interna de retorno expressa em termos reais.

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ESTIMATIVA DO PREÇO POTENCIAL AO PRODUTOR EM CADA ESTADO

0,92 0,86 0,91 0,74

0,87 0,84 0,79 0,90 0,97

0,75

1,00 0,86 0,84

0,75 0,82 0,95

0,63

1,01 0,84 0,85

0,99

0,68 0,79 0,78 0,79

1,07 0,94

1,03

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

AC

A

L A

M

AP

B

A

CE

D

F E

S

GO

M

A

MG

M

S

MT PA

P

B

PE

P

I P

R

RJ

RN

R

O

RR

R

S

SC

S

E

SP

TO

B

R

R$/

litro

Preço da gasolina C na bomba (média último trimestre)

Preço potencial hidratado na bomba (paridade de 67%)

Preço líquido potencial ao

produtor

Fonte: ANP, UNICA e Legislação vigente.

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QUESTÕES CENTRAIS

4. O que deve acontecer com a matriz de

combustíveis do País se nada for alterado?

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Participação da cana-de-açúcar na oferta interna anual de energia

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

1970

19

71

1972

19

73

1974

19

75

1976

19

77

1978

19

79

1980

19

81

1982

19

83

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19

85

1986

19

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1988

19

89

1990

19

91

1992

19

93

1994

19

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19

97

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19

99

2000

20

01

2002

20

03

2004

20

05

2006

20

07

2008

20

09

2010

20

11

Fonte: Balanço Energético Nacional (MME). Nota: participação da cana-de-açúcar refere-se ao consumo de etanol e bioeletricidade.

15,7% 2011

18,2% (pico) 2010

Desaceleração da produção de etanol e a falta de incentivo para a bioeletricidade reduziram a participação da cana na matriz energética brasileira

REDUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DE FONTES RENOVÁVEIS NA MATRIZ ENERGÉTICA NACIONAL

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IMPORTAÇÃO DE GASOLINA ATUAL E ATÉ 2020

Fonte: ANP, Secex, BACEN. Elaboração: UNICA. Nota: conversão de US$/litro para R$/litro considerou taxa de câmbio venda – média do mês.

Importação atual de gasolina pelo Brasil

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No período de agosto de 2011 a agosto de 2012 a Petrobras importou 4,06

bilhões de litros de gasolina. O prejuízo médio em torno de R$ 0,26/litro. O

prejuízo total com essa importação superou a marca de R$ 1,0 bilhão.

Mantida a tendência de suprimento da demanda por combustíveis com a

importação de gasolina, no período de 2016 a 2021, seria necessário importar

mais de 85 bilhões de litros. O prejuízo valorado pela defasagem média

atualmente observada em R$ 0,26/litro, atingiria o montante de R$ 22 bilhões.

CONSEQUÊNCIAS IMPORTAÇÃO DE GASOLINA

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0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Produção atual de gasolina Oferta GNV (EPE)

Oferta potencial de etanol Consumo ciclo Otto

Projeção para o mercado de combustíveis do ciclo Otto (valores em mil barris de gasolina equivalente/ dia)

Elaboração: UNICA. Nota: oferta potencial de etanol sujeita a pequenas variações de acordo com a proporção de etanol anidro e hidratado no consumo total (esse valor poderá ser ajustado quando a oferta de gasolina for inserida no modelo); conversão do volume anual para barris/dia obtida a partir da divisão por 365; para composição do cenário, assumiu-se que o volume produzido durante a safra é equivalente aquele disponível para consumo no ano civil; consumo total do ciclo Otto calculado a partir da seguinte equação: “consumo ciclo Otto = consumo GNV + consumo de gasolina C + consumo de etanol hidratado * 0,7”; para a conversão do volume de etanol hidratado em gasolina equivalente, utilizou-se equivalência técnica de 70%.

“Gap” futuro

Como será suprido? 20 bilhões de litros

“Gap” atualmente suprido por importação

(mais de 4 bilhões de litros)

IMPORTAÇÃO DE GASOLINA ATUAL E ATÉ 2020

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QUESTÕES CENTRAIS

5. Quais seriam os benefícios da expansão

da produção de etanol?

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Instalação de 90 novas unidades produtoras

Encomendas esperadas de R$ 100 bilhões de bens de capital, com 95% de conteúdo nacional

Geração projetada de 630 mil empregos diretos e indiretos (sendo 210 mil na produção de cana e etanol e 420 mil em toda a cadeia)

Aumento da geração de bioeletricidade com potencial para atingir até 2020 o equivalente a 3 vezes a produção de energia da Usina de Belo Monte

Geraria uma produção adicional de 27 bilhões de litros de etanol (18 bilhões de litros em gasolina equivalente), supondo que estas unidades produzam exclusivamente etanol. Isso permitiria eliminaria quase que totalmente o “gap” do mercado de combustíveis do Ciclo Otto, projetado em 2020 em 20 bilhões de litros.

Para cada litro de etanol consumido, em média, 1,7 kg de CO2 deixam de ser emitidos na atmosfera. Considerando que os 27 bilhões de litros adicionais produzidos pelas novas unidades sejam consumidos, o potencial de redução das emissões chegaria a ~ 45 milhões de toneladas de CO2

EXPANSÃO DO ETANOL 2012/2021

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QUESTÕES CENTRAIS

6. O que precisa ser discutido? Quais as

condições necessárias para um novo

ciclo de investimentos?

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Demanda permanece com fundamentos sólidos

Crescimento da frota de veículos e motocicletas flex (hoje menos de 40% da frota flex utiliza etanol);

Novos produtos e novos usos; Ampliação do uso do etanol na indústria química

(bioplásticos); Aumento no consumo mundial de etanol; Expansão das exportações brasileiras de açúcar.

CONDIÇÕES PARA UM NOVO CICLO DE INVESTIMENTO

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Cana-de-açúcar no Brasil continua sendo a matéria-prima mais eficiente para a produção de etanol. O potencial para ganhos de produtividade é imenso!

CONDIÇÕES PARA UM NOVO CICLO DE INVESTIMENTO

7.1002.900

3.5002.200 800

8.000 24.500

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

AGRONOMIATRANSGENIAMELHORAMENTO OTIMIZADO

2010 ETANOL 2G C6 2025INDUSTRIAL REENGENHARIA

1G

Prod

utiv

idad

e do

Eta

nol –

L/ha

a

Fonte: CTCDe 1 a 4 anos

De 5 a 10 anos

40 000

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RITMO DE EXPANSÃO DO SETOR, ENTRETANTO, DEPENDERÁ FUNDAMENTALMENTE DO MERCADO DOMÉSTICO DE ETANOL CARBURANTE.

Diretriz de longo prazo sobre o papel do etanol na matriz de combustíveis

Readequação da tributação sobre o etanol e sobre a gasolina

Transparência na política de formação de preços da gasolina no longo prazo

Incentivos à bioeletricidade

CONDIÇÕES PARA UM NOVO CICLO DE INVESTIMENTO

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1. Mandatos de prazo longo com previsibilidade de demanda, induzindo o investimento privado.

2. Recuperação da taxa de retorno imprescindível para realização de novos investimentos privados.

3. Desoneração de custos tributários e financeiros para recuperação das margens de produção.

4. Programa de desenvolvimento e inovação para saltos na produtividade do canavial e criação de novos produtos.

5. Programa de revitalização e desenvolvimento tecnológico para a indústria nacional de bens de capital da cadeia, incluindo cogeração.

6. Criação da Câmara de Gestão do Plano Estratégico do Etanol e da Bioeletricidade da Cana.

Plano Estratégico do Etanol e da Bioeletricidade

da Cana 2012/2020

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Objetivos finais

1. Cumprimento de 30% de meta de redução de CO2 no País para

energia.

2. Aumento da participação na matriz energética até 2020 (hoje menor

que 16%).

3. Participação do etanol na matriz de ciclo Otto de 50% (hoje 36%).

4. Participação na oferta de eletricidade de 18% pela cogeração de

cana-de-açúcar, incluindo retrofit (hoje 3%).

Plano Estratégico do Etanol e da Bioeletricidade

da Cana 2012/2020

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Obrigado!