Apontamentos Direito Processual Civil II

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apontamentos DPCII após a reforma de 2013

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Direito Processual Civil II11 Fev./15Mestre Lusa Magalhes

Bibliografia: C.C. C.P.C. Manual de Lebre de Freitas Aco declarativa luz do Cdigo revisto, de Remdio Marques Reconveno e excepo em processo civil, de Miguel Mesquita

Avaliao: Final

12Fev./15

Correco do exame:1. Caso do pombal:Procedimento cautelar, mais tarde confirmada por uma aco principal (aco declarativa de condenao), desde que no haja a inverso do contencioso.Embargo de obra nova, extrajudicial que teri de ser ratificado no Tribunal no prazo de 5 dias.

1. Caso da motoAco declarativa constitutiva Base para a anulao: erro-vcio. A vontade no foi formada livre e esclarecidamente.Anulao:- tem prazo;- s pode ser suscitada pelas pessoas que a lei estabelece como interessadas;A declarao de anulao implica eficcia retroactiva, i. a devoluo pelas partes do prestado.

1. Principio do contraditrioArt. 3 CPCA violao implica nulidade do processo.

1. Caso julgado materialCaso julgado material caso julgado formal

Depende de pressupostos e que tm a ver com vcios e irregularidades processuais. o que permite colocar novamente o processo em Tribunal.

Relacionado com questes processuais.

Tribunal avaliou o mrito e decidiu absolver/ dar razo ao ru.Tambm faz caso julgado material.Implica a avaliao da causa, torna-a definitiva se no houver recurso. uma questo de segurana jurdica:- Causa de pedir;- Pedido;- Sujeitos

1. Absolvio do ru da instnciaAbsolvio do ru da instncia Absolvio do ru no pedido

18Fev./151 Parte

Tramitao do processo declarativo comum

Audincia prviaArticuladosSentenaFactos provados (f.c.+f.p.) x leiFactos confessados + factos em sentido prprio x leiInstruo/Audincia de julgamentoP.I.

A instruo em processo civil significa prova. amovvel, porque excepcionalmente pode ocorrer antes do julgamento. A instruo em boa verdade no uma fase.

Despacho liminar: primeiro despacho que o juiz profere no processo. Este despacho s existe em casos excepcionais.

O magistrado em regra s toma conhecimento do processo no fim da produo dos articulados.

Exemplo:Responsabilidade civil por factos ilcitosElementos constitutivos (Art. 483 CC):Sujeitos + facto + ilicitude + culpa + dano + nexo de causalidade

2 Parte

Articulados:H uma certa tendncia de simplificar os articulados. Peas articulares que o processo civil admite:- PI- Contestao- Rplica (provavelmente mas no necessariamente).A metodologia articular vem de 1939.

25Fev./15

PI + citao do ru: a aco apta a produzir efeitos.

Instruo = a produo de prova.

A preocupao do Autor e do Ru alegar factos (nos articulados) e prov-los (na instruo).

Art. 546 CPC:Processo comumProcesso especial

Tipo de aco:- Declarativo:ConstitutivoCondenaoDe mera apreciao- Executivo

Forma:- Comum- Especial (Arts. 878 e ss CPC)

Segue o Principio da especialidade.

-2 Parte -Art. 547 CPC: Principio da adequao formal, adapta-se a tramitao do processo de forma a ser um processo equitativo.

O juiz que tem de ficar atento se quer estender ou comprimir a tramitao. uma funo obrigatria do juiz.

Previso de base: Arts. 552 e ss CPC.

Art. 597 CPC

Despacho saneador: (fase de saneamento).H situaes em que o juiz est apto a decidir e ento este despacho saneador funciona como sentena que pode ter recurso para a Relao.

Hoje no h base instrutria. H um despacho do juiz

26Fev./15

Tramitao dos processos comuns e especiais.So diferentes porque o legislador entende que desta forma mais eficaz para o fim do processo.

Processo comum: Art. 548 CPC.Processo especial: Art. 549 CPC.Processo de execuo: Arts. 550 e 511 (sumria e ordinria)- Tem em conta o objecto e no a quantia;- A forma sumria so admitida nos termos do n2, do Art. 550 CPC;

Processo declarativo comum:PI Art. 552 CPC Articula-se coerentemente entre os sujeitos, a causa de pedir e o pedido (elementos constitutivos); Tem de ser inteligvel; Conforma o destino bsico do processo; Se uma das partes morrer, abre-se um incidente de habilitao de herdeiros; A partir de determinado momento no se pode mexer mais os elementos constitutivos; Articulado superveniente (Arts. 588 e 589 CPC) que permite extinguir, modificar ou impedir o dto. Tem de se fazer prova imediata da supervenincia; Princpio da precluso: no se pode guardar trunfos. Articulado Art. 147 CPC; Art. 259 CPC; S a citao do Ru que interrompe prazos. A citao constitui o Ru em mora (efeito material) e ele torna-se possuidor em m-f; Sujeitos, causa de pedir (factos) e pedido; O que no est no processo no existe i. os factos que no esto no processo no podem ser usados pelo Juiz para fundar a sua deciso. Se o fizer a sentena viciada de nulidade; O pedido condiciona o Autor; O Juiz no pode decidir em pedido diverso ou em quantia superior (pode apenas diminuir a quantia); Art. 609, n1 CPC MAS o Art. 609, n3 um desvio ao Principio do pedido; A PI tem de obedecer ao disposto no Art. 552 a), d), e) (Pr-requisitos, imp); obrigatrio indicar as provas que queremos apresentar. Vlvulas de escape: - Art. 552, n2 CPC;- Art. 552, n3 CPC: pagamento da Taxa de justia ou o comprovativo da concesso do Apoio Judicirio (n5); Se ela no contiver uma dos trs elementos uma irregularidade suprvel, mas se for ininteligvel j no ; Art. 558 CPC;

04 Maro/15-1Parte-A petio de execuo chamada de requerimento executivo:- Introito- Causa de pedir Em formulrio- Pedido

Embargos execuo: so aces declarativas enxertadas na Aco de Execuo;So incidentes declarativos onde se discutem questes, uma vez que na Execuo no se discute, liquida-se.

Causa de pedir: alegao da matria de facto que se considera essencial para se fazer vingar o pedido.- Inclui todos os factos que o Autor entende como essenciais;- Depois de provados ajudam o Juiz a accionar as normas legais. Art. 552 CPC;

Pedido: consequncia lgica da causa de pedir.Arts. 553 a 557 CPC;Pode revestir algumas modalidades.Pagamento mais juros: so pedidos cumulativos;

Art.558 conjugado com o Art. 186, n2 CPC ininteligibilidade da Petio Inicial. No h lugar a Despacho convite ao aperfeioamento;

-2 Parte-

Art. 186 conjugado com o Art. 577 b) CPCQuando a causa as nulidades de todo o processo h excepo dilatria.A excepo dilatria conduz:- absolvio do Ru da instncia;- morte do processo por isso quando h uma falha processual o Tribunal tudo faz para aproveitar o processo. Deita mo do Principio da sanao (tudo o que possa ser sanado no chega a ser excepo dilatria), Principio da economia processual, Principio do aproveitamento;

Ineptido: - Art. 186, n3 muito importante. A PI objecto de citao ao Ru.Se o Juiz verificar que o ru entendeu a PI, ento no h excepo dilatria, o que significa que no h absolvio do Ru da instncia (clusula de salvaguarda).

- Art. 186, n4 havendo incompatibilidade subsiste a incompatibilidade. raro de se verificar.- A ineptido tem muito a ver com a popsio que o Ru tomar. A consequncia o Art. 187 CPC.

PI vai distribuio aleatria pela secretaria central:- Razes de ordem objectiva de igualdade de servio.- Razes de iseno.

Citao urgente ou prvia distribuio.AR e depois distribuio05 de Maro/2015Dr. Lusa Magalhes Citao urgente ou prvia distribuio

. . . . .P.I contestao rplica articulado superveniente distribuio

citao Citao. do ru . do executado

A contestao no a expresso do contraditrio. O princpio do contraditrio muito abrangente.

mais expressivo no processo declarativo, porque no processo executivo no se discutem motivos, factos e razes.??????????????????????????

A falha do princpio do contraditrio gera uma nulidade- Excepo dilatria, mata o processo.

Toda a gente est vinculada ao principio do contraditrio.

O exerccio do contraditrio no pressupe o efectivo contraditrio, necessrio ter-lhe sido dada a oportunidade de contraditar.O processo contraditrio no uma obrigao, um nus.

Citao: Acto fundamental para fora do processo.

Interrupo do prazo da caducidade d-se com a PI Interrupo do prazo de prescrio a citao.

Comunicao do TB para fora

Citao = notificao 219 CPC219,n1 219,n21chamamentodo ru

A ausncia de citao origina nulidadeA m citao pode originar invalidade.

A citao e a notificao incubem secretariaPessoal a regraEdital

Pessoal:Por via de CTT registado E por contacto pessoal quando o 1 . Funcionrio judicial Mandatrio judicial AE nomeado para o efeito

Pessoas singulares Art.225 a 245 CPC Pessoas Colectivas Art. 246 CPC

S se produz efeito (a instncia) com a citao do reuDever ser promovida pela secretaria 226226, n4 Prvio despacho judicial (despacho liminar) uma excepo porque a regra a secretaria deve promover oficiosamente (n1)

227 Elementos obrigatrios que se devem comunicar ao citando. A falha pode incorrer numa nulidade mas se faltarem os elementos pode mesmo dar-se uma ausncia de citao.

Notificaes a regra oficiosamente. No entanto h despachos em que o juiz faz e pode notificar.

Not. entre mandatrios: 221

Prazo dilatrio: retarda a contagem do prazo perentrio

Aplicvel a todas as notificaes 248 249

Elaborada:53 dia , domingo no dia til 2 feira Considero-me notificada Prazo perentrio comea a contar na 3 feira

3 4 5 6 Sab.

Not. comea a contar prazo perentrio Mas se acabar o prazo perentrio em dia no til, transfere-se para o dia til

A citao no beneficia da dilao230 CPC considera-se feita quando se mostra o aviso de recepo.Excepes elencadas no 245 245, n1 a) durao no 245, n1 b) prazo de 5anos pode ser cumulativas 245, n2 245, n3Servem para garantir que o citado tem o tempo suficiente para contestar face sua situao especfica.Nota: no confundir esta dilao com a dilao postal que generalista e que s se aplica s notificaes vlvulas de escape: 1 dia 25%- multa de 3dias 2 dia 75% 3 dia 100%- Justo impedimento (depende da avaliao do juiz, que se no considerar caduca o direito de exercer o acto).

Notificao judicial avulsa 256 a 258 CPC

11 de Maro/2015Enquanto o ru no for citado o A. pode desistir do processo unilateralmente.

219 serva para dar a conhecer que R. num processoCitao d a oportunidade para se vir defender, oportunidade 2 funes de contradicta.

Notificao judicial avulsa.Faz do TB uma espcie de CTT.

Dilao

Citao urgenteDependem de prvio despacho do juiz e no apenas de acto oficioso da secretaria.

CitaoPessoal: RegraEdital: Especial

Citao e contestaoArt. 563 CPCA citao tem de respeitar certos elementos sob pena de apresentar uma nulidade processual.

Art. 564a) Presume-se que o possuidor passa a ser de m-f importante para a contagem de prazo na aquisio originria.b) Sujeitos, causa de pedir e pedido

Outros efeitos da citao:

Tambm torna exigveis juros de mora se o devedor j no estava antes. (constituio do devedor em mora). articuladoscitao do ru.. ..PI contestaoCitaoUrgente reveliadistribuio

Revelia: Ru citado que no contesta Produz efeitos no andamento da aco

2 parte

Havendo revelia no h contestao 566 e ss CPC

Revelia absoluta ourelativa 566 CPC 567 CPC

No d qualquer sinal de si no processo.Meios de prova 341 CC (demostrao da realidade de um facto)No h cominatrio pleno, h o semi-pleno (o juiz tem de fazer uma avaliao dos factos ao dto).

Revelia operante que acarreta a confisso dos factos (567, n1)Revelia inoperante que no acarreta 568Ex: div. Litigioso que decretado pelo juiz e que no depende da vontade das partes.Nota: Parceria da parte r. Supondo que h 3 rus.Quando o ltimo a ser citado que se comea a contar o prazo a) Pluralidade subjectiva passiva

12 de Maro/2015Dr. Luisa Magalhes

O acto de citao constitutivo da qualidade de ru. Da revelia operaOutro efeito da revelia (efeito mediato) automaticamente fica reduzido o tamanho das fases art. 567 n2 e n3 CPC.Efeito imediato: a confisso dos factos em virtude da falta de contestao. Cominatrio semi-pleno.Antes de 1995 no era assim. Havia o cominatrio pleno (condenar de preceito). Entende-se que o juiz deve aplicar o dto aos factos. Da revelia operante

Contestao: 2 articulado dito normal (a par com a PI) Pea em que o ru concretiza pela primeira vez uma realizao do princpio do contraditrio. Quem contesta defende-se Contestar no implica pedidos. Em processo civil o A. quem pede. O R. contra alega O R. ter de provar alguma coisa do que alega.

Defesa por impugnao1 Contestao Defesa Dilatria 3Defesa por excepoimpeditivo Perentria 2 modificativo Contestao - Contestao - Reconveno extintivo

1 Negar o que o A. diz : mentira, falso, no bem assimEm tcnica processual o R. no traz factos novos ao processo.571 n2 servindo parcial

2 Factos novos que podem mudar o curso do processo tem em vista a absolvio do R. do pedido.

3 Nulidade, ineficcia Absolvio do R. da instncia o R. no fica com o problema, apenas adia o problema 571 n2 defende-se () mrito da aco

Impeditivos: no timing da constituio jurdicavcios da vontade, invalidade, ineficcia

Modificativos: vicissitude das alteraes da relao jurdica.

Em coerncia, uma contestao defesa por excepo perentria tem sempre por base uma defesa por impugnao

Arts. 571580576581577582CPP578579

Numa contestao se existe excepo aleatria, esta dai ser logo a primeira alegao na contestao e depois por cautela, devemos apresentar a contestao material.

No existe um articulado isolado reconverso, tem de estar individualizado mas dentro da mesma pea da contestao.

18 de Maro/2015

Contestao ReconvenoTem enxertado na aco.O R. passa a A.Tem de vir autonomizada porque tem de cumprir os requisitos da P.I.Temos de dar valor reconveno porque temos de somar ao valor de contestao para o pagamento da tx de justia.

Na defesa por impugnao no h dto a resposta por parte do A.

2 Parte

Reconveno583 CPC93 e 266 CPC

A compensao de crditos no pode ser invocada por excepo perentria s por reconveno 266 n2 CPC

Pode haver prob. na aco principal mas isso no quer dizer que afecte a reconveno. Art. 266 n6 CPC (taxativas)Improcedncia da aco igual absolvio do ru no pedido.

Incompetncia em razo de hierarquia absoluta Intencional96 CPC Matria

19 de Maro/2015

Art. 572 CPC Elementos de contestao prazo perentrioArt. 569 CPC Prazo para a contestao 30 dias - - 3 dias de multan2 vrios rus conta a data da ssinatura do AR. no aplicado ao processo declarativo executivo.

Art. 570 CPC Taxa de justia

Art. 573 CPC oportunidade da deduo da defesa Principio da concentrao e da pecloso

Art. 574 CPC Onus da impugnaon2 se no impugnar os factos so dados como provados por acordo. No fica carecido de prova. Ficam fixados.

A instaurou contra B uma aco em que alegou:- proprietrio de uma vivenda situada na linha martima de Matosinhos;- Cuja utilizao cedeu gratuitamente a B e sua famlia pelo prazo de 6 meses perodo durante o qual B esperava encontrar casa para arrendar- invocou que so passados j passados 8 meses mas que B no entregou a vivenda e que insiste em l continuar a residir contra a vontade de A.

1 Qual o tipo de aco intentada por A2 Causa de pedir3 Pedido a formular

Tendo em conta que B foi citado para a aco e apresentou contestao e contra-alegou- Que estava muito surpreendido com a aco porque o seu amigo A acordara com ele na prorrogao do prazo por mais seis meses.

4 Que tipo de contestao foi apresentada por B

Ainda a seco estava a decorrer quando A teve conhecimento que sem a sua autorizao que B andava a levantar o pavimento exterior para semear relva porque entendeu que o ambiente ficava mais bonito.

5 A pode fazer alguma coisa ou no 1 Qualificar:Celebrou com o amigo B um contrato de emprstimo de uma casa que proprietrio. E um comodato. Gratuito por via da qual ele emprestou a casa de que proprietrio por um perodo certo.Incumprimento do contrato comodato gratuito.

Aco declarativa de condenao 10,n3 c) CPC Reconhecer que A proprietrio3 Tem de sair dela deixando a livre de pessoas e bens

2 Causa de pedir factos que- Proprietrio juntar documento escrito- Invocar o contrato de comodato- Invocar incumprimento

3 (ver cima)

4 Contestao defesa por excepo perentria modificativa em que h moratria (prorrogao do prazo)

5 Procedimento cautelar por via de incidenteEmbargo da obra nova ouNatureza comum;

A intentou uma aco contra B alegando que- lhe comprava uma aparelhagem de som e TV da marca BIO, pelo preo de 4800, pago no acto da compra- Mas verificava que a mesma no apresentava as caractersticas garantidas por BA pretende que o preo lhe seja devolvido e devolvida ao vendedor a dita aparelhagem.Citado o R. este apresentou contestao na qual alegou- Que A conhecia as caractersticas do aparelho na perfeio, tendo at experimentado durante 15 dias antes de a adquirir

Tipo de acoCausa de de pedirPedidoQual o tipo de contestao

25 de Maro/2015

Rplica: 584 n1 CPC 585 Prazo 586 Prorrogao do prazoPor mtuo acordoPor deciso do juiz

Quando o R. se defende por contestao defesa por excepo no possvel o A. usar a rplica. Mas o dto a contradita tem de ser salvaguardado. Aplica-se o n4 do Art. 3 CPC. Muitas vezes os adv. levam o requerimento j feito e entregam-no no incio da audincia prvia.Se no o fizer os novos factos (587) so dados como provados tal como ocorre no 574 CPC.

587 n2 necessrio dar aos factos essenciais em que se baseiam as excepes

2 parte

Articulado eventual: A Rplica;Articulado normal: PI e a contestao;

Articulados supervenientes: 588 CPC, no esto sujeitos mesma lgica dos anteriores.Matria de factos supervenientes 588 n1O legislador exige prova da supervenincia seno o articulado no admitido.Principio da precloso

Art. 589

26 de Maro/2015

O Sr. A residente no edifcio de 12 andares em V. N. Gaia viu-se confrontado com:- O administrador do condomnio mandava vedar o acesso se A ao elevador pelo que A teria de utilizar apenas as escadas do edifcio para acesso sua fraco.Descontente com esta actuao A viu-se obrigado a instaurar a competente aco em TB. Na contestao apresentada a parte r invocou que fora A quem solicitara tal actuao como forma de ficar exonerado do pagamento das despesas de manuteno do elevador Qual o tipo de aco A causa de pedir Pedido Contra quem foi instaurada a aco Tipo de contestao apresentada pela parte R.

Em Abril de 2012 A na qualidade de gerente de uma sociedade imobiliria, encomendou ao arquitecto B a realizao de um projecto de arquitectura de 5 moradias a construir em 5 lotes de terreno que iria colocar em venda.O arquitecto ficou em concluir o projecto at 30-09-2012 contra a remunerao de 50.000, dos quais recebeu 10.000 de adiantamento. Na sequencia de tal plano comearam de imediato a aparecer clientes interessados na compra daqueles lotes assim projectados tendo A j celebrado 3 contractos promessa de compra e venda no valor de 90.000 cada um como sinal j recebido de 20.000 e fixao do prazo para a formalizao da compra e venda para 30-04-2013.B porm no entregou o projecto na data acordada e no obstante as sucessivas insistncias de A data de hoje tambm no foi entregue, para azar de A ao tomarem conhecimento da situao os 3 promitentes compradores desistiram do negocio.Exigindo a devoluo do sinal em dobro. A est desolado e pretende accionar B judicialmente.- Tipo de aco e sob que forma- Causa de pedir- Pedido- O arquitecto quando foi citado para aco e mostrou-se surpreendido porque logo em Julho de 2012 avisara A de que no faria o projecto de arquitectura visto que A ficara de lhe pagar os trabalhos feitos para o loteamento no valor de 25.000 e ainda no lhos pagara. Que tipo de contestao que R. B ter deduzido.

15 de Abril/2015

Finda a fase dos Articulados inicia-se a fase de Gesto Inicial do Processo e Audincia Prvia.

* - Despacho limiar de verificao de excepes dilatrissinsopriveis Art. 590, n1 CPC; Origina a absolvio do ru da instncia* - Despacho Pr Saneador Art. 590 n2 CPC; Visa o aperfeioamento, correco dos articulador; - Despacho Saneador; - Despacho que delimita o objecto do litgio e enuncia os temas de prova; - Despacho que estabelece os actos a praticar em sede de julgamento (isto , n de audincias, datas, etc.) * - Despacho que determina a adequao formal, agilizao ou simplificao;

Parte destes actos podem acontecer na Audincia Prvia em sentido estrito.Tirando os despachos com asterisco * que podem ou no acontecer, os restantes tero de acontecer haja ou no audincia prvia em sentido estrito.

Antes 2013Despacho Saneador Listas dos factos assentes (factos provados)Base Instrutria (Questionrio)(factos que preciso provar em julgamento)

Aps Set./2013Despacho Saneador tambm funciona como vlvula de escape do pr saneador.

Substitui a base introdutria

Despacho que enuncia o objecto do litgio e os temas de prova;Despacho que estabelece os actos a praticar em sede de audincia e julgamento.

22 de Abril/2015

568 restringe os efeitos da revelia (567) por motivos de ordem publica, de solidariedade entre os rus.

Audincia Prvia: 591 -> o primeiro encontro com o magistrado

Nota: Art. 466 Prova por declarao de parteArt. 598 Alterao do requerimento probatrio e aditamento ou alterao ao rol de testemunhas; sem prejuzo de o poder fazer at 20 dias da audincia final. O sistema por defeito entende que as testemunhas so a apresentar, se quisermos que sejam notificadas temos de pedir luz do 507, n2.

O despacho que marca a data da audincia prvia tem de indicar os fins da audincia luz das alneas do 591.

A falta de um dos mandatrios ou de alguma das partes no impede a realizao da audincia prvia.

Agora a audincia prvia gravada, antes era preciso requerer a gravao

Para que fique gravado para a matria de facto ser produzida em tribunal.

2 Parte

H situaes em que a audincia no se realizaA) Por fora do disposto legal no 592

Dispensa de audinciaB) Por fora do 593

A) -> Aces que no tenham sido contestadas (casos de revelia);-> Quando h a previso de que o despacho saneador seja de sentena;

B) Apenas quando a audincia se ia destinar s alneas d) e) f) 9 do 591, n1 (pode dispensar) mas o n2 do 593 diz que o juiz tem 20 dias para cumprir as alneas desse n que se houvesse audincia prvia teriam sido proferidos a.

O n3 vem dar um bocadinho o dito pelo no dito.A consequncia que pode vir a ser imposta pelas partes.Em sntese:- Por regra a audincia prvia obrigatriaMAS:- Pode no se realizar pelo 592 CPC;- Pode ser dispensada pelo 593 CPC;

Art. 594 tentativa de conciliaoO objectivo da tentativa de conciliar a transaco.

29 de Abril/20151 parte

594 Tentativa de conciliaoO mediador um facilitador. No apresenta soluo.Reala apenas os pontos que os une e no os que o separa.

Transmisso inter vivos de um arrendamento:Trespasse.

Empenhar activamente no tomar partido de nenhuma das partes.

2parte

A instruo no uma fase estratificadaProduo de prova

C. Civil 341 e ss normas de caracter substantivoCPC: 410 ss - normas de caracter processual

C.C.-> Meios de prova admissveis no sistema jurdico portugus;-> Valor de cada um dos meios de prova acima;-> Regras do nus da prova;

C.P.C.-> 4 Assumpo da prova (principio de que as provas so do processo e no de quem as produziu)-> 3 Produo da prova-> 2 Admisso/ no admisso (pelo juiz)-> 1 Requerimento;

O depoimento de parte no meio de prova um maio tcnico (que est no CPC): O depoimento de parte se se traduziu numa confisso ento a confisso que o meio de prova.

341 CC: demonstrar a realidade de um facto (prova)

Meios de349 CCprova 350 CC Presunes 351 CC352 361: Confisso362ss : Prova documental388389: Prova por inspeco390391: Prova pericial : Prova Testemunhal

Presuno em dto: de um facto que conhecido formar um facto que desconhecido.No so ilidveis mediante prova em Presuno absoluta (iure at)contrrio. E impem-se a toda a Presuno relativa (iure tantum)gente (incluindo ao julgador)

O beneficirio da presuno no tem de provarA presuno absoluta inilidvel mediante prova em contrrio.

Confisso: 352No tem conotao moral ou filosfica. Reconhecer que um facto lhe desfavorvel real.Tem um meio de prova superior. Tambm se impe ao magistrado.

30 de Abril/2015

No CC esto os meios de prova.No CPC est instrumentalizado, despachar a prova como o fazer.

Princpio da aquisio processual: O juiz vem a decidir se o facto est ou no provado independentemente de quem a produzir, porque as provas so do processo; depois de assumidas so do proc. 413 CPC

Princpio da cooperao que visa a descoberta da verdade material.

Princpio da oficiosidade ou do inquisitrio: Art. 5 CPC poderes de cognio e Art. 6 CPC o juiz tem o poder de intervir

Art. 411 CPCO juiz quanto matria de facto no tem liberdade. O que no est no processo no existe. Se tomar uma deciso com base num facto externo h nulidade da sentena.

O juiz pode ordenar oficiosamente que se produza da prova.

nica limitao: Cumprimento do contraditrio

S implica que se faa o conviteIsto em sede de instruo

Principio da cooperao (7) + 417 CPC uma consequncia natural da oficiosidade.

Princpio do contraditrio (415 3)Repetiu porque do mximo relevo que a outra parte seja conhecedora.

Princpio da oralidade -> deixa o caracter impressivo mais forte.Princpio da imediao -> tanto quanto possvel a prova deve ser feita frente do juizPrincipio da concentrao -> Bem como para no perder o caracter impressivo os actos devem, ser o mais prximo possvel.Enquanto as partes no prescindirem das testemunhas, o juiz no pode dispensar.

O tribunal tem sempre de decidir, seno seria denegao de justia, mesmo que tenha duvidas, da que o legislador lhe deu hiptese de eliminar a dvida.

A causa de pedir e o pedido delimitam todo o processo.

O esforo probatrio das partes.

Supondo que no dia 01-04-2015 o empregador Y tendo sido informado que um dos seus trabalhadores, Jos, tinha furtado vrios instrumentos de trabalho da empresa. Chamou-o de imediato sua presena dizendo para no voltar a apresentar-se pois estava despedido.a) Ter Jos fundamento para reagir contra este despedimento?b) De que meios dispe e que prazos dever respeitar?

a) Natureza matria/substantivaExistncia de justa causa351 n1Comp. Ilcitoe culposoTem de existir uma infraco disciplinar que originou uma sano v Poder disciplinar 1 semestreViolao de um dever jurdicoLaboralEst em causa a lealdadeCensurvel

b)?Natureza procidemental - procedimento disciplinar381 c) oo 353353386- Providencia cautelarSuprir os interesses que a aco principal no asseguraOo 98 c; CPT 5 dias uteisEspecial 60diasComum 1 ano 337 CTTem at 01-04-2016 para impugnar a deciso

27Maio/15- 1 Parte

Com a presena da Professora Doutora Elizabeth Fernandz

Depois da contestao do R.O A. pode contraditar atravs do Art. 3, n4 CPC, uma vez que no caso no se aplica a rplica Art. 584 CPC.

1 Hiptese, na eventualidade de o R. no ter alegado que recebeu os 20.000,00 a titulo de pagamento:Contrato tinha sido verbal (e isso havia sido admitido na P.I. do A.), deste modo o Juiz no podia pedir o documento ao abrigo do Art. 590, n3 CPC. Como o contrato de mutuo verbal no cumpre a forma legal, nulo. A nulidade de conhecimento oficioso Art. 285 CC. Assim no restaria ao Juiz decretar um despacho saneador-sentena com a declarao de nulidade. Isto originar a absolvio do R. no pedido, mas a consequncia da declarao de nulidade do contrato de mutuo a reposio da situao jurdica tal e qual ela estava antes do contrato nulo, assim, o R. ter de restituir os 20.000,00 ao A. O A. obteve o que pretendia com a aco que era que o R. lhe devolvesse os 20.000,00 mas no por meio da aco declarativa condenatria mas por via de uma aco declarativa constitutiva.

- 2 Parte

Notas:Clausula modal de prescrio: Art. 303 CC:- Tem de ser invocada, no de conhecimento oficioso.- um facto extintivo.- Interrompe-se pela prtica de um acto + conhecimento do destinatrio.

Clausula modal de caducidade: - Pode ser de conhecimento oficioso.- Interrompe pela prtica de um acto.

2 Hiptese, R. alegou que recebeu os 20.000,00 a titulo de pagamento:Seguir-se-ia a marcao da audincia prvia, Arrt. 591 CPC. Na audincia prvia, ao abrigo do Art. 596 CPC o Juiz iria fazer um despacho onde iria assentar:- O contrato de mutuo foi feito verbalmente (no julgamento iria declar-lo nulo).- Se assim o entendesse o A. iria ao abrigo do Art. 3, n4 CPC impugnar os factos que o R. alegou na Contestao. (Se o A. no impugnasse, os factos eram dados como provados). No esquecer que as excepes so do R. ele que tem de as provar.- Se houve dvida de A a B.

27 Maio/15Dra Alexandra Vilela

Art. 217 Burla- Crime semi-pblico.- No a matriz do qual nasce a burla de seguros e a burla informtica. A estrutura destas afasta-se da burla.- O furto tem como bem jurdico a fruio dos bens com o mnimo de utilidade. O abuso de confiana protege a propriedade (porque o agente j dispe legitimamente da coisa). Na burla todo o patrimnio. H autores que entendem que o bem jurdico a confiana, a lealdade mas para o Almeida e Costa apenas o patrimnio (opinio partilhada pela Prof.).- A vtima est em erro previamente criado pelo agente e entrega a coisa ao agente. Exemplo da troca das notas. D porque o burlo criou nela o erro.- Burla um crime de dano.- Atinge o estado da consumao quando h o prejuzo efectivo no patrimnio da vtima.- um crime matricial ou de resultado.- Crime com participao da vtima. A entrega da coisa feita pela vtima: determinar outrem prtica de actos que lhe causem, ou causem a outra pessoa prejuzo patrimonial.- Crime de resultado parcial ou cortado. No obstante haver um elemento subjectivo (inteno de enriquecimento - dolo especifico) no tem o paralelo no elemento objectivo (enriquecimento efectivo).1. Ilegtima inteno de enriquecimento 2. Provocar o enriquecimento3. Enriquecimento efectivo.O 3 no necessrio.- Conceito de patrimnio jurdico-penal ( o que interessa). Tudo aquilo que ns temos e que tenha valor econmico com a concordncia do ordenamento jurdico geral. Penso de viva integra a noo de patrimnio. Usufruto integra o patrimnio desse 3. Letras, livranas vencidas tambm. Obrigaes naturais tambm.No fundo, tudo o que possa ser reduzido a pecunia integra o patrimnio.- Almeida e Costa entende que o agente pode beneficiar do estatuto de ofendido da burla quando o agente furta uma coisa e depois vtima de burla.- O burlo no obrigado a representar como que a vitima adquiriu a coisa.- Crime de execuo vinculada (por oposio ao de execuo livre): o legislador diz passo a passo o que necessrio para ser crime de burla. Se faltar um passo corremos o risco de estarmos perante uma conduta atpica irrelevante para o Dto Penal.- O erro advm dos factos astuciosamente criados pelo erro.- Duplo nexo de causao: 1 nexo de causalidade: entre a conduta do agente e o erro.2 nexo causal: a partir desse erro a vtima prtica actos que a vo prejudicar patrimonial.

Algumas tcnicas comerciais, desde que no resvalem para mentiras qualificadas no podem ser qualificadas como burla. preciso haver mesmo a manipulao da vtima.

Modalidades da burla:1) Por palavras, declaraes expressas escritas ou orais. Inclui gestos. Exemplo: facturas falsas.2) Por actos concludentes: conjunto de actos que permitiam concluir que iramos pagar e no o fazemos. Exemplo: alterao de pesos.3) Burla por omisso: o agente no cria o erro, mas aproveita o erro para aprofund-lo. No o desfaz quando tinha o dever de o fazer.

Crime doloso, a negligncia no punvel.

Art. 218 Burla qualificada.- Valor.- Modo de vida do burlo.- Aproveitar especial vulnerabilidade da vtima.- Deixar a vtima em difcil situao econmica.O agente tem de representar o Art.217 + um dos elementos do Art. 218 para ser qualificada.

03 de Junho/2015

NuclearesFactos essenciais ConcretizadoresComplementares

A.(constitutivos)R. (excepcionais)Art. 552 n1 d)

So todos os factos essenciais mas no tm a mesma qualidade.

596 CPC Despacho destinado a identificar o objecto do litigio483 CC Caso de acidente de viao que o A. diz que o R. provocou.Objecto do litigio do ponto de vista do juiz: atravs do 483 que o juiz vai tentar saber o eventual dto do Sr. A a uma indeminizao.

Temas de prova: tem em conta os factos essenciais alegados

Os factos complementares ajudam a tornar mais claro os factos nucleares.

No caso, os factos nucleares so os 5 requisitos da responsabilidade prevista no 483 CC.

Audincia final 599 ss CC

Com a reforma deixou de haver tribunal colectivo por escolha das partes. Agora um juiz singular independentemente da prova Estabelecem a obrigatoriedade da gravao da audincia Art. 602 descrimina os poderes do juiz na audincia final Justo impedimento: evento que sai do controlo do agente 140 CPCAdiamento

Impedimento do tribunal Se a testemunha for prescindida no tem de justificar a falta Art. 272 CPCS possvel requerer a suspenso para negociaes por um perodo no superior a 3 meses e desde que apanhe a data da audincia finalA prof tem conseguido dar a volta a este n com o acordo mtuo mais projecto de acordo.

2 parte

Princpios: Da concentrao: tanto quanto possvel a produo de prova no deve perder tempo; tem um limite estabelecido de no mais que 30 dias: Porque a prova deixa no julgador o caracter impressivo: Art. 606 CPC Plenitude da assistncia do juiz 605 CPC Da imediao Da oralidade

Abertura da audincia;Quando aberta e depois adiada d-se a suspenso. Art.3 n4 quando assim se aplicar:- a outra parte tem o principio do contraditrio- pode responder na hora- Pode pedir prazo mnimo de 10 dias para responder 149 CPC Todo e qualquer outro prazo tem de ser expressamente declarado nas notificaes postais, h sempre um prazo dilatrio de 3 dias; Tentativa de conciliao Art. 604 n2 CPC Prestao do depoimento de parte (anteriormente requerido e adquirido) 604 n3 a) que visa a confisso 466 CPC Declaraes de parte podem ser requeridas at ao momento do encerramento da produo de prova;conduzirem a uma confisso o juizter de valorar da mesma forma com o valor no depoimento de parte. Art. 604, n3 b) Art. 604 n3 c) A percia feita antes, o que vai a julgamento o relatrio (se as partes quiserem esclarecimentos tm de pedir no prazo de 10 dias, aps a recepo do relatrio) Art.604 n3 d) Art. 604 n5 e n6O tribunal tem pleno poder para determinar a produo de prova mesmo que as partes no a peam. Principio do Inquisitrio. Art. 604 n3 e) Alegaes Encerramento da audinciaSe o juiz entender que aps o encerramento da audincia de produo de prova tiver dvidas numa prova, pode reabrir a produo de prova; 607 n1

Como no h base introdutria, os factos no ficam cristalizados, se os factos so novos e resultam da instruo, o tribunal obrigado a revel-los para a boa deciso da causa.

Testemunha razo de cincia

A factualidade s termina com o encerramento da determinada produo da prova.