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APOSENTADORIA ESPECIAL UMA CONQUISTA DO TRABALHADOR

APOSENTADORIA

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APOSENTADORIA ESPECIAL UMA CONQUISTA DO TRABALHADOR

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  • APOSENTADORIA ESPECIAL UMA CONQUISTA DO TRABALHADOR

  • Fundao ANFIP de Estudos da Seguridade Social

    Conselho Curador Presidente - Ovdio Palmeira Filho Secretrio - Pedro Dittrich Junior

    MembrosMarcelo Oliveira

    Rodolfo F. dos SantosLuiz Mendes BezerraMiguel Arcanjo Simas

    Rozinete Bissoli Guerini

    Diretoria executiva Diretor Presidente -Floriano Jos Martins

    Diretor Administrativo -Glucio Diniz de Souza Diretora financeira - Ana Lcia Guimares Silva

    Diretor de Planejamento e Projetos - Mario Csar M. Fernandez Diretor de Eventos e de Cursos - Valdir Moyss Simo

    Suplentes Diretorias executiva Mrcio Humberto Gheller Rosana Escudero Almeida

    Conselho FiscalPedro Augusto SanchezAdenei Piazza Dal Pont

    Jos Helio PereiraSuplente

    Jorge Csar CostaOcenir Sanchez

    ColaboradoresRosnia costa

    Floriano Jos Martins

  • ApresentaoA Fundao Anfip tem o prazer de oferecer a voc trabalhador

    mais uma publicao com vistas a esclarecer os benefcios oferecidos pela Previdncia social, em funo de sua contribuio.

    Esperamos que o presente trabalho venha mostrar a voc que a contribuio para previdncia social representa um caminho para obteno de seus direitos.

    No presente trabalho mostraremos como obter sua aposentadoria especial ou a converso dos perodos de trabalho em condies especiais.

    Portanto, seja como empregado, avulso ou contribuinte individual (cooperado), contribuindo para a Previdncia Social exija seus direitos, mas tambm, enquanto empregado fiscalize seu empregador, para que ele assine sua carteira de trabalho, repasse a contribuio descontada de sua remunerao e contribua para o custeio da aposentadoria especial.

    Boa leitura!

    Fundao Anfip

  • 4IntroduoQuando instituda em 1960, a aposentadoria procurou

    recompensar o trabalhador pelo seu desgaste fsico, ocorrido durante o exerccio de sua atividade em condies de penosidade, periculosidade ou insalubridade.

    Seus critrios poca de sua instituio abrangiam pressupostos rigorosos, que exigiam 15 anos de contribuio Previdncia Social, 50 anos de idade, e o exerccio da atividade durante pelo menos 15, 20 ou 25 anos, em servios considerados penosos, insalubres ou perigosos.

    No decorrer de sua aplicao e pela necessidade de adequao da legislao previdenciria, os critrios foram sendo alterados, inclusive com a reduo da exigncia de 15 anos de contribuio para cinco anos e a excluso do limite de idade, porm acrescentando-se como tempo de servio o perodo de auxlio-doena e aposentadoria por invalidez decorrentes do exerccio dessas atividades, bem como o tempo de exerccio de cargo de administrao ou de representao sindical.

    Em 1980, com a instituio pela Lei n 6.887, de 10.12.80, foi criada a converso de tempo de servio exercido alternadamente em atividades comuns e em atividades que fossem ou viessem a ser consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

    Assim, passou-se a conceder aposentadorias POR CATEGORIA PROFISSIONAL, sem se observar se existiam as condies de penosidade, insalubridade ou periculosidade no exerccio dos servios. Houve, ento, necessidade de se adequar novamente legislao e tentou-se um ensaio, com a Lei n 8.213, de 24.07.91, introduzindo-se o conceito de atividade profissional sujeito a condies especiais que prejudicassem a sade ou a integridade fsica e remetendo-se a relao dessas atividades a lei especfica.

    Em 28.04.95, a Lei n 9.032, revigorou o conceito bsico da aposentadoria especial, tornando-o mais rigoroso, pois o submete ao requisito da efetiva exposio a agentes nocivos prejudiciais sade e integridade fsica e atribui empresa co-responsabilidade. Vrias outras adequaes foram introduzidas e chegou-se ao custeio da aposentadoria especial, vedao da converso e novamente converso.

    A prosseguir nesses ajustes a aposentadoria especial tende extino, com a adequao do ambiente de trabalho e o exerccio da atividade em condies salubres, meta que deve ser perseguida pelo

  • 5empregador e pelo trabalhador, j que a Previdncia Social achou seu caminho quando instituiu a fonte de custeio.

    O presente trabalho abordar os vrios passos da concesso da aposentadoria especial, inclusive o seu financiamento.

    Dada a complexidade do assunto espera-se que os leitores tenham muita compreenso, pois o objetivo to somente colaborar no debate do relevante tema.

  • 6Conceito de Aposentadoria Especial

    Benefcio com caractersticas de preveno

    o benefcio a que tem direito os segurados empregados, exceto domsticos, aos trabalhadores avulsos e aos cooperados (trabalho e produo) que tenham trabalhado em condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o nvel de exposio a agentes nocivos.

    Sugesto:O Regime Geral da Previdncia Social, procura compensar o

    maior desgaste pessoal ou o risco a que so submetidos os segurados no ambiente de trabalho. Essa compensao ou reparao ocorre pela reduo do tempo necessrio para a aposentadoria, ou pela transformao do tempo de contribuio exercido em atividades especiais para tempo comum, aplicando-se o acrscimo compensatrio em favor do segurado que mudar de atividade.

    A definio de Aposentadoria Especial contida na Lei 8.213/91, e a seguinte: A aposentadoria especial ser devida, uma vez cumprida a carncia exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco anos, conforme dispuser a lei.

  • 7FinanciamentoAs contribuies sociais so devidas pelas

    empresas e pelos segurados.

    As empresas contribuem tambm para financiar a aposentadoria especial, o que tem caractersticas preventivas e visa retirar o trabalhador dos ambientes nocivos nelas existentes, com antecipao de vrios anos, e os benefcios por acidente do trabalho, com 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco da respectiva atividade seja considerado leve, mdio ou grave. Essa antecipao representa um custo social de natureza econmica, cuja fonte especfica de

    financiamento inexistia e foi suprida pela Lei n 9.732, de 11.12.98 que instituiu um acrscimo a esses ndices, de 12%, 9% ou 6%, respectivamente, se a atividade do segurado a servio da empresa ensejar a obteno de aposentadoria especial. Esse acrscimo incide exclusivamente sobre a remunerao do segurado sujeito a condies especiais que prejudiquem sua sade ou integridade fsica.

    Tais acrscimos vieram corrigir uma grande distoro, uma vez que a aposentadoria especial enseja uma reduo do tempo de contribuio em relao s demais aposentadorias, at ento com as mesmas alquotas de contribuio, e vinha sendo paga por toda a sociedade sem uma fonte especfica de financiamento.

    Com a Lei n 9.732/98 as empresas que geram (poderia ser a palavra expem?)nocividade aos seus empregados, conforme previsto em lei, passaram a custear sozinhas as aposentadorias especiais mediante as alquotas adicionais correspondentes ao grau de incidncia dos riscos ambientais do trabalho.

    A quem concedidaA aposentadoria especial devida ao segurado empregado,

    trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produo, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica.

  • 8A concesso da aposentadoria especial depender de -comprovao pelo segurado, perante o INSS, do tempo de trabalho permanente, no ocasional nem intermitente, exercido em condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante o perodo mnimo fixado.

    O segurado dever comprovar a efetiva exposio aos agentes -nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, pelo perodo equivalente ao exigido para a concesso do benefcio.

    O trabalho exercido em condies especiais que prejudiquem -a sade ou a integridade fsica, com exposio a agentes nocivos de modo permanente, no ocasional nem intermitente, est tutelado pela Previdncia Social mediante concesso da aposentadoria especial, constituindo-se em fato gerador de contribuio previdenciria para custeio deste benefcio.

    Carncia

    Sugesto:No caso da aposentadoria

    Especial a carncia exigida de 180 (cento e oitenta) contribuies mensais, salvo para os segurados inscritos na Previdncia Social at 24 de julho de 1991, cujo perodo de carncia progressivo na forma prevista no art. 142 da Lei n 8.213/91, o qual leva em conta o ano em que o segurado implementou ou implementar as condies necessrias sua obteno.

    Para fins de carncia, no importa se, na data do requerimento da Aposentadoria Especial, o segurado estava, ou no, desempenhando atividade sujeita a condies especiais.

    Esse benefcio exige que o segurado tenha contribudo para a Previdncia Social por 162 contribuies mensais (para aqueles segurados que ingressaram na previdncia social at 24.07.1991) ou 180, conforme o caso, no sendo obrigatrio ser vinculado a Previdncia Social no momento da aposentadoria.

  • 9OU Para direito ao benefcio de aposentadoria especial ou de tempo de contribuio com converso, so necessrios os seguintes requisitos bsicos:

    para os segurados filiados na Previdncia Social a partir de a) 25.07.91 de 180 contribuies (Ver....) mensais sem interrupes que determinem a perda da qualidade de segurado, podendo abranger perodos de trabalho no considerados como exercidos em condies especiais, bem como de contribuio em dobro e facultativa. (nesse caso somente para aposentadoria por tempo de contribuio)

    para os segurados filiados at 24.07.91, ser de 162 para o b) ano 2008

    Quando o segurado exerce atividades concomitantes, o cumprimento da carncia s exigido na atividade classificada como principal, isto , aquela de maior tempo de atividade.

    Tempo mnimo Para a aposentadoria especial:A partir de 29 de abril de 1995, data da publicao da Lei n

    9.032, de 28 de abril de 1995, o trabalhador empregado, trabalhador avulso e, a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicao da Medida Provisria-MP n 83, de 12 de dezembro de 2002, tambm aos cooperados filiados cooperativa de trabalho ou de produo, que estiverem expostos, de modo permanente, no ocasional nem intermitente, a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, ter direito concesso de aposentadoria especial nos termos do art. 57 da Lei n 8.213, de 1991, observada a carncia exigida.

    Os demais segurados classificados como contribuinte individual no tm direito aposentadoria especial.

    So computados tambm como tempo de trabalho em condies -especiais desde que, data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial, os perodos de:

    friasa)

    licena mdicab)

    auxlio-doena e aposentadoria por invalidez decorrente do c) exerccio dessas atividades

    salrio maternidade decorrente do exerccio de atividade especial.d)

    Alm desses so computados ainda:

    os perodos em que o segurado exerceu as funes de servente, a)

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    auxiliar ou ajudante em qualquer das atividades constantes dos quadros anexos aos decretos de regulamentao da legislao previdenciria, desde que o trabalho nessas funes tenha sido realizado de modo habitual e permanente, nas mesmas condies e no mesmo ambiente atividade principal;

    os perodos de trabalho prestado com menos de 18 e mais b) de 16 anos de idade, desde que comprovada a sua efetiva realizao e reduzido o limite mnimo para 14 anos, em se tratando de menor aprendiz;

    Para melhor compreenso da questo pode-se dizer que um trabalhador pode ter direito a receber adicional de insalubridade e no ter direito aposentadoria especial, uma vez que a legislao previdenciria mais restritiva. Embora o benefcio tenha por base a legislao trabalhista, sua concesso se baseia nos conceitos de nocividade e permanncia, conceito este que encontra-se previsto no artigo 65 do Decreto 3.048/99, com redao dada pelo Decreto 4.882, de 18 de novembro de 2003, nos seguintes termos:

    Art. 65: Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseo, aquele que exercido de forma no ocasional nem intermitente, no qual a exposio do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissocivel da produo do bem ou da prestao do servio.

    O direito aposentadoria especial no fica prejudicado na hiptese de exerccio de atividade em mais de um vnculo, com tempo de trabalho concomitante (comum e especial), desde que constatada a nocividade do agente e a permanncia em, pelo menos, um dos vnculos.

    A reduo de jornada de trabalho por acordo, conveno coletiva de trabalho ou sentena normativa no descaracteriza a atividade exercida em condies especiais.

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    O que so condies especiais de trabalho

    Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou ocasionar danos sade ou integridade fsica durante o exerccio da atividade pela efetiva exposio a eles de forma habitual e permanente e em funo de sua natureza, concentrao e intensidade.So consideradas condies especiais que prejudicam a sade ou a integridade fsica, a exposio a agentes nocivos qumicos, fsicos ou

    biolgicos a exposio associao desses agentes, em concentrao ou intensidade e tempo de exposio que ultrapasse os limites de tolerncia ou que, dependendo do agente, torne a simples exposio em condio especial prejudicial sade.

    Os agentes nocivos so os arrolados no Anexo IV do RPS, -aprovado pelo Decreto n 3.048/1999, e sero considerados para fins de concesso da aposentadoria especial, sendo estas atividades exemplificativas, salvo para agentes biolgicos.

    Considera-se nocividade no ambiente de trabalho como situao combinada ou no de substncias, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, capazes de trazer ou ocasionar danos sade ou integridade fsica do trabalhador; e

    Permanncia, o trabalho no ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte cinco anos, no qual a exposio do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissocivel da produo do bem ou da prestao do servio, em decorrncia da subordinao jurdica a qual se submete.

    Para a apurao da nocividade h que se considerar se o agente nocivo :

    apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e -independente de mensurao, constatada pela simples presena do agente no ambiente de trabalho, conforme constante nos Anexos 6, 13, 13-A e 14 da Norma Regulamentadora n 15 (NR-15) do Ministrio do Trabalho e Emprego-MTE, e no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048/1999, para os agentes iodo e nquel;

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    quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem -dos limites de tolerncia ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 5, 8, 11 e 12 da NR-15 do MTE, por meio da mensurao da intensidade ou da concentrao, consideradas no tempo efetivo da exposio no ambiente de trabalho.

    Vale ressaltar que no quebra a permanncia o exerccio de funo de superviso,controle ou comando em geral ou outra atividade equivalente, desde que seja exclusivamente em ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada.

    Como se opera o enquadramentoO que determina o enquadramento como atividade exercida em

    condies especiais a presena do agente nocivo no ambiente de trabalho e a efetiva exposio do trabalhador a ele no exerccio da atividade, assim entendido:

    agentes fsicos exposio acima dos limites de tolerncia 1) especificados na legislao previdenciria ou nas instrues pertinentes (vibraes, radiaes ionizantes, presso atmosfrica anormal) de forma permanente e durante toda a jornada de trabalho;

    rudo: a caracterizao desse agente nocivo decorre da efetiva a) exposio do trabalhador de forma permanente, no ocasional nem intermitente, a nveis de rudo superiores a 80 db (A) at 05.03.97, de 06.03.97 a 18.11.2003 superiores a 90 db (A) e a partir de 19.11.2003 NEN Nvel de Exposio Normalizado superior a 85 db (A).

    Considera-se para esse fim o nvel de exposio obtido pelo uso de Equipamento de Proteo Individual, desde que devidamente comprovada sua atenuao.

    Tambm deve ser considerada a neutralizao ou atenuao gerada pelo uso de Tecnologia de Proteo Coletiva, quando houver.

    Ressalte-se que o nvel de rudo dever retratar a exposio do trabalhador durante toda a jornada de trabalho, podendo ser apresentados nveis variveis de decibis somente cabendo o enquadramento como de atividade especial quando o menor ndice informado for superior a 80, 90 decibis ou 85 atual.

    temperaturas anormais: esse agente nocivo ser caracterizado b) como especial se ficar evidenciado que o trabalho foi executado com exposio ao calor acima dos limites de tolerncia estabelecidos na NR 15 da Portaria n 3.214/78 e de fonte exclusivamente artificial.

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    vibraes, radiaes ionizantes e presso atmosfrica anormal: c) sero caracterizadas se as tarefas executadas estiverem descritas nos atos especficos da legislao previdenciria e a vibrao for de corpo inteiro.

    agentes qumicos: a exposio ocorre mediante nvoas, 2) neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substncias nocivas presentes no ambiente de trabalho e nos processos produtivos previstos na legislao previdenciria e em nvel de concentrao superior aos limites de tolerncia estabelecidos.

    agentes biolgicos: a exposio ocorre mediante 3) microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, ou seja, bactrias, fungos, parasitas, bacilos, vrus, etc., unicamente nas tarefas relacionadas na legislao previdenciria.

    associao de agentes: a exposio ocorre pela ao de 4) agentes combinados e exclusivamente nas tarefas especificadas na legislao, sendo:

    Cdigo 4.0.1 (20 anos) classifica os trabalhos permanentes I- no subsolo afastados das frentes de produo. Enquadram-se nesse cdigo os trabalhadores que exerceram suas funes durante toda a jornada de trabalho em locais de subsolo (galerias, rampas, poos, depsito) afastados das frentes de produo.

    Cdigo 4.0.2 (15 anos) classifica os trabalhos de minerao II- subterrnea em frentes de produo. Enquadram-se nesse cdigo os trabalhadores envolvidos nos processos de furao, operao de corte, desmoronamento e manobras nas minas de extrao de mineral e atividades correlatas, exercidas em frentes de extrao em subsolo;

    As condies de trabalho, que do ou no direito aposentadoria especial, devero ser comprovadas pelas demonstraes ambientais, que fazem parte das obrigaes acessrias dispostas na legislao previdenciria e trabalhista.

    As demonstraes ambientais citadas, constituem-se, entre outros, nos seguintes documentos:

    Programa de Preveno de Riscos Ambientais-PPRA;I-

    Programa de Gerenciamento de Riscos-PGR;II-

    Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na III- Indstria da Construo-PCMAT;

    Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional-IV- PCMSO;

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    Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho-LTCAT;V-

    Perfil Profissiogrfico Previdencirio-PPP;VI-

    Comunicao de Acidente do Trabalho-CAT.VII-

    Desligamento do empregoDesde a Lei n 8.213, de 24.07.91, no mais exigido o

    desligamento do emprego para a obteno de aposentadoria especial, porm a lei veda continuar trabalhando na mesma atividade em condies especiais que gerou a aposentadoria por especial.

    IdadeNo existe limite de idade para a concesso da aposentadoria

    especial.

    No caso da aposentadoria por tempo de contribuio com perodos de converso de especial para comum, a EC n 20/98 exige o limite etrio de 48 anos, se mulher e 53, se homem, para a aposentadoria proporcional.

    Comprovao do trabalho exercido em condies especiais

    As condies de trabalho que geram direito Aposentadoria Especial so comprovadas pelas demonstraes ambientais que caracterizam a efetiva exposio do segurado aos agentes nocivos.

    As demonstraes ambientais que fazem parte das obrigaes acessrias dispostas na legislao previdenciria e trabalhista ], constituem, entre outros nos seguintes documentos;

    Programa de Preveno de Riscos Ambeinetais ( PPRA);I-

    Program de Gerenciamento de Riscos (PGR);II-

    Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na III- Indstria da Construo ( PCMAT);

    Program de Controle Mdico de Sade Ocupacional ( IV- PCMSO);

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    Laudo Tcnico de Condies Ambientaios deo Trbalho ( V- LTCAT);

    Perfil Profissiografico Previdencirio (PPP).VI-

    Consideram-se formulrios para requerimento da aposentadoria especial os antigos formulrios SB-40, DISES-BE 5235, DSS-8030 e DIRBEN 8030, segundo seus perodos de vigncia.

    Para comprovao das condies especiais, prejudiciais sade ou integridade fsica deve ser preenchido atualmente o formulrio intitulado Perfil Profissiogrfico Previdencirio, indispensvel para a caracterizao do enquadramento e cujas informaes devero ser corroborados pelo Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho.

    O Perfil Profissiogrfico Previdencirio-PPP, constitui-se em um documento histrico-laboral do trabalhador que rene, entre outras informaes, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitorao biolgica, durante todo o perodo em que este exerceu suas atividades. O PPP dever ser elaborado pela empresa, de forma individualizada para seus empregados, trabalhadores avulso e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos.

    O trabalhador tem direito de obter da empresa o formulrio PPP em caso de demisso.

    Para instruo do requerimento da aposentadoria especial, devero ser apresentados os seguintes documentos:

    para perodos laborados at 28 de abril de 1995, ser exigido I- do segurado o formulrio para requerimento da aposentadoria especial e a CP ou a CTPS, bem como LTCAT, obrigatoriamente para o agente fsico rudo;

    para perodos laborados entre 29 de abril de 1995 a 13 de II- outubro de 1996, ser exigido do segurado formulrio para requerimento da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstraes ambientais, obrigatoriamente para o agente fsico rudo;

    para perodos laborados entre 14 de outubro de 1996 a III- 31 de dezembro de 2003, ser exigido do segurado formulrio para requerimento da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstraes ambientais, qualquer que seja o agente nocivo;

    para perodos laborados a partir de 1 de janeiro de 2004, IV- o nico documento exigido do segurado ser o formulrio para requerimento deste benefcio. Se necessrio, ser exigido o LTCAT.

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    A partir de 1 de janeiro de 2004, foi dispensada a apresnetao do LTCAT ao INSS, mas o documento dever permanecer na empresa disposio da Previdncia Social.

    Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho - LTCAT

    Na verdade o Laudo Tcnico Pericial (atual de Condies Ambientais do Trabalho) no uma exigncia da legislao previdenciria, uma vez que, este cogita de condies do ambiente de trabalho, de trabalho exercido em condies especiais; e a prpria Consolidao das Leis do Trabalho em seu Capitulo V, dispe sobre segurana e medicina do trabalho, o que compreende o estudo das formas de proteo sade do trabalhador enquanto no trabalho, indicando medidas preventivas e atenuadoras. Portanto, tratando-se de proteo fsica e mental do homem, com nfase especial nos efeitos que lhe possam advir do seu trabalho profissional, as empresas devem promover a caracterizao e classificao desse trabalho mediante percia a cargo de mdico ou engenheiro do Trabalho, registrado no Ministrio do Trabalho e Emprego.

    A rigor a norma previdenciria introduziu a obrigatoriedade de informaes sobre o trabalho em condies especiais com base em laudo tcnico, nos termos da Lei n 9.032, de 28.04.95, que conceituou como trabalho em condies especiais que o prejudique a sade ou a integridade fsica do trabalhador e determinou a comprovao da exposio aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes, ainda que formalmente a informao com base em laudo tcnico s tenha ocorrido a partir de 13.10.96. Referido documento primordial na comprovao de efetiva exposio a agentes nocivos, e assim, pelas prprias condies do trabalho, este sempre deveria constar dos registros da Empresa.

    Em razo dessas consideraes, a Lei n 9.732, de 11.12.98, instituiu o Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho, a ser expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho, nos termos da legislao trabalhista, trazendo para o texto legal previdencirio o bvio

    Em funo dessa exigncia, o INSS emitiu instrues normativas internas sobre os elementos que devem constar dos Laudos Tcnicos, a partir de 29.04.95, ou seja:

    dados da empresa;a)

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    setor de trabalho, descrio dos locais e dos servios realizados b) em cada setor;

    condies ambientais do local de trabalho;c)

    registro dos agentes nocivos, sua concentrao, intensidade, d) tempo de exposio, conforme limites previstos nas normas de segurana e medicina do trabalho;

    durao do trabalho que exponha o trabalhador aos agentes e) nocivos;

    informao sobre existncia de tecnologia de proteo f) individual ou coletiva que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerncia, e recomendao de sua adoo pela empresa;

    mtodos, tcnica, aparelhagem e equipamentos utilizados na g) avaliao pericial;

    data e local da realizao da percia;h)

    concluso do perito, com informao clara e objetiva, sobre i) se os agentes nocivos so ou no prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador.

    No entanto, por fora das normas trabalhistas e da prpria CLT, algumas empresas j possuam laudos tcnicos, os quais tambm podem ser aceitos para a comprovao prevista, sendo eles:

    laudos tcnico periciais emitidos por determinao da Justia j) do Trabalho em aes trabalhistas, acordos ou dissdios coletivos;

    laudo emitidos pela FUNDACENTRO;k)

    - laudos emitidos por mdico ou engenheiro de segurana do l) trabalho inscritos, respectivamente, no Conselho Regional de Medicina CRM, no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura CREA ou na Delegacia Regional do Trabalho DRT, bem como os laudos emitidos pelo Ministrio do Trabalho, ou ainda, atravs das Delegacias Regionais do Trabalho;

    laudos individuais emitidos por profissionais autorizados e m) peritos particulares contratados pela empresa.

    Assim, em decorrncia dos seus objetivos e finalidades o Laudo Tcnico no pode ser emitido por similaridade, uma vez que no retrataria as condies reais do ambiente de trabalho e nem as condies especiais do trabalho executado. No entanto, todos os registros previstos em lei e existentes na empresa servem para elaborao do laudo, desde que deles constem as condies reais do

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    ambiente de trabalho e suas alteraes no decorrer do perodo.

    Por esses motivos o Laudo Tcnico no tem um perodo fixo de validade, devendo ser permanentemente atualizado se as condies do ambiente de trabalho deste se modificarem.

    As consideraes aqui apresentadas demonstram a importncia deste documento e a necessidade de ser fiscalizada a empresa, em face do 3 do art. 58 da Lei n 8.213/91, bem como da alterao introduzida pelo Decreto n 4.032, de 26.11.2001, que estabelece que o laudo tcnico de que tratam os 2 e 3 do art. 68 do Decreto n 3.048/99 deve ser elaborado com observncia das normas reguladoras do Ministrio do Trabalho e Emprego e orientaes expedidas pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social.

    Retorno ao trabalhoHavia grande distoro na legislao previdenciria referente

    questo da continuidade ou retorno a atividade em condies especiais, que geram direito aposentadoria especial com reduo do tempo de servio/contribuio para 15, 20 ou 25 anos.

    Se o trabalhador no poderia ficar exercendo aquela atividade depois de 15, 20 ou 25 anos de servio, e se aposentou em decorrncia dessa limitao, como poderia permanecer ento na mesma atividade, ou retornar a ela ou a outra atividade em condies especiais.

    A Lei n 9.032, de 28.04.95, vedou a possibilidade de o segurado aposentado em condies especiais de continuar no exerccio de atividade ou operaes que o sujeitem aos agentes nocivos previstos na legislao previdenciria.

    Como a relao aos agentes nocivos, s foi estabelecido pelo Anexo IV do Decreto n 2.172/97, mantido pelo Anexo IV do Decreto n 3.048/99, a proibio s se refere aos segurados aposentados pela aposentadoria especial a partir de 29.04.95 e com base nos agentes nocivos constantes do anexo IV citado.

    Portanto, os segurados aposentados at 28.04.95 por aposentadoria especial no esto sujeitos vedao, e os aposentados por tempo de servio/contribuio antes e depois de 28.04.95, tambm no.

    No entanto, uma lacuna ficou a ser esclarecida na legislao, em caso de retorno ou continuidade, e, em conseqncia, a Lei n 9.732 de 11.12.98, determinou o cancelamento da aposentadoria do segurado nessas condies, a partir de 14.12.98, data do incio de

  • 19

    vigncia desta lei, na forma do art. 46, da Lei n 8.213/91: Art. 46 O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente atividade ter sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

    Assim, a cessao do benefcio da aposentadoria especial ocorrer para o segurado que permanecer trabalhando ou voltar a trabalhar em atividade que gerou o direito a essa aposentadoria, concedida por ter o segurado exposto a agentes nocivos constantes do Anexo IV dos Decretos n 2.172/97 e 3.048/99, sendo:

    em 14 de dezembro de 1998, data da publicao da Lei 9.732, a) os aposentados de 29 de abril de 1995 at 13 de dezembro de 1998;

    a partir da data do efetivo retorno ou permanncia, quando a b) aposentadoria ocorreu a partir de 14 de dezembro de 1998.

    No Cumulatividade e Durao do Benefcio

    A aposentadoria especial no pode ser acumulada com:

    auxlio-doena -

    outra aposentadoria -

    abono permanncia em servio -

    seguro desemprego -

    auxlio recluso -

    benefcios assistenciais. -

    A aposentadoria especial cancelada por motivo de retorno ou permanncia no exerccio de atividade com exposio aos agentes nocivos constantes do Anexo IV, Decretos n 2.172/97 e 3.048/99, e cessa por morte do segurado.

    Incio e clculo do Benefcio Incio do benefcio1)

    A data de incio do benefcio de acordo com a legislao previdenciria, fixada:

    para o segurado empregado:I-

  • 20

    na data do desligamento do emprego, quando requerida at a) 90 dias aps o desligamento;

    na data da entrada do requerimento, quando requerida aps b) o desligamento.

    Entende-se para esse fim como data do desligamento e data do afastamento do trabalho o dia imediatamente posterior ao ltimo dia de trabalho.

    para os segurados contribuinte individual cooperado e o II- trabalhador avulso na data de entrada do requerimento.

    Clculo2)

    O valor calculado com base no salrio-de-benefcio, valor bsico utilizado para o clculo da renda mensal.

    At a Lei n 9.876, de 26.11.99, com vigncia a partir de 29.11.99, o salrio-de-benefcio consistia na mdia aritmtica simples dos salrios-de-contribuio dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, at o mximo de 36, apurados em perodo no superior a 48 meses.

    A partir de 29.11.99 o salrio- de- benefcio passou a consistir na mdia aritmtica simples de todos os salrios-de-contribuio correspondentes a 80% das maiores remuneraes da vida laboral do segurado imediatamente anterior ao afastamento da atividade ou data de entrada do requerimento, corrigido ms a ms, respeitando-se o teto.

    Para os segurados inscritos na Previdncia Social at 28.11.99, a contagem da remunerao comea em julho/94.

    Portanto, no h aplicao do fator previdencirio para aposentadoria especial.

    Ressaltamos que para a fixao do Perodo Bsico de Clculo PBC no importa se na data do requerimento de aposentadoria especial o segurado estava ou no exercendo atividade sujeita a condies especiais.

    Renda Mensal Inicial3)

    Aps a apurao do salrio- de- benefcio, para obteno da Renda Mensal Inicial da aposentadoria, cujo valor no ser inferior ao do salrio-mnimo nem superior ao teto do salrio-de- contribuio, aplica-se o percentual de 100% do salrio- de- benefcio;

  • 21

    Anlise do benefcio Sem entrar na questo tcnica propriamente dita, a anlise

    do trabalho realizado em condies especiais deve ser procedida da seguinte forma:

    Anlise administrativa1)

    realizada por servidores administrativos no tocante aos pressupostos bsicos para a concesso de aposentadoria.

    Anlise tcnica2)

    realizada pela percia mdica, instituda pelo 5 do art. 68 do Decreto n 3.048/99.

    Devem ser analisadas as informaes constantes do Laudo Tcnico e do formulrio Perfil Profissiogrfico Previdencirio.

    Converso de tempo de servioSomente ser permitida a converso de tempo especial em

    especial e de especial em comum, sendo vedada a converso de tempo comum em especial.

    O tempo de trabalho exercido sob condies especiais prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador, conforme a legislao vigente poca da prestao do servio, ser somado, aps a respectiva converso, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, qualquer que seja o perodo trabalhado, com base no Decreto n 4.827, de 3 de setembro de 2003, aplicando-se a seguinte tabela de converso, para efeito de concesso de qualquer benefcio:

    Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condies especiais prejudiciais sade ou integridade fsica, sem completar em qualquer delas o prazo mnimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos perodos sero somados, aps a converso do tempo relativo s atividades no preponderantes, cabendo, dessa forma, a concesso da aposentadoria especial com o tempo exigido para a atividade preponderante no convertida.

    Pargrafo nico. Ser considerada atividade preponderante aquela que, aps a converso para um mesmo referencial, tenha maior nmero de anos.

  • 22

    Sero considerados, para fins de alternncia entre perodos comum e especial, o tempo de servio militar, mandato eletivo, aprendizado profissional, tempo de atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo, perodo de certido de tempo de servio pblico (contagem recproca), benefcio por incapacidade previdencirio (intercalado).

    TABELA 1

    TABELA 2

    Agentes excludos da LegislaoCom a Lei n 9.032, de 28.04.95, que trouxe conceito de

    trabalho sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica do trabalhador, com comprovao de efetiva exposio aos agentes nocivos, os agentes enquadrados como perigosos j estavam suprimidos da legislao, pelo seu prprio conceito e, consequentemente, pela classificao por grupos profissionais.

    Quando, finalmente, em 06.03.97, o Anexo IV trouxe a classificao dos agentes nocivos, pelo Decreto n 2.172/97 foram excludos do rol dos agentes nocivos fsicos:

    FRIO -

    UMIDADE -

    ELETRICIDADE -

    RADIAO NO IONIZANTE -

    RUDO ACIMA DE 80 DECIBIS. -

    Parmetros para a anlise1)

    Qualquer que seja a data do requerimento dos benefcios previstos no Regime Geral da Previdncia Social-RGPS, as atividades exercidas devero ser analisadas, conforme quadro a seguir:

  • 23

    Perodo Trabalhado Enquadramento

    At 28/4/1995

    Quadro Anexo ao Decreto n 53.831, de 1964. Anexos I e II do RBPS, aprovado pelo Decreto n 83.080, de 1979.

    Formulrio; CP/CTPS; LTCAT, obrigatoriamente para o agente fsico rudo

    De 29/4/1995 a 13/10/1996

    Cdigo 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n 53.831, de 1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto n 83.080, de 1979.

    Formulrio; LTCAT ou demais Demonstraes Ambientais, obrigatoriamente para o agente fsico rudo.

    De 14/10/1996 a 5/3/1997

    Cdigo 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n 53.831, de 1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto n 83.080, de 1979.

    Formulrio; LTCAT ou demais Demonstraes Ambientais, para todos os agentes nocivos.

    De 6/3/1997 a 31/12/1998

    Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n 2.172, de 1997.

    Formulrio; LTCAT ou demais Demonstraes Ambientais, para todos os agentes nocivos.

    De 1/1/1999 a 6/5/1999

    Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n 2.172, de 1997.

    Formulrio; LTCAT ou demais Demonstraes Ambientais, para todos os agentes nocivos, que devero ser confrontados com as informaes relativas ao CNIS para homologao da contagem do tempo de servio especial, nos termos do art. 19 e 2 do art. 68 do RPS, com redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002.

    De 7/5/1999 a 31/12/2003

    Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 1999.

    Formulrio; LTCAT ou demais Demonstraes Ambientais, para todos os agentes nocivos, que devero ser confrontados com as informaes relativas ao CNIS para homologao da contagem do tempo de servio especial, nos termos do art. 19 e 2 do art. 68 do RPS, com redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002.

  • 24

    A partir de 1/1/2004

    Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 1999.

    Formulrio, que dever ser confrontado com as informaes relativas ao CNIS para homologao da contagem do tempo de servio especial, nos termos do art. 19 e 2 do art. 68 do RPS, com redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002.

    Na hiptese de atividades concomitantes sob condies especiais, no mesmo ou em outro vnculo empregatcio, ser considerada aquela que exigir menor tempo para a aposentadoria especial.

    Apesar da anlise ser tcnica, existem alguns pressupostos na legislao que devem ser observados para o enquadramento do perodo pretendido como de condies especiais, e o roteiro a seguir deve ser utilizado para uma concluso precisa, independentemente da anlise tcnica:

    Existem agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho?a)

    Se a resposta for negativa a anlise no prossegue. Se for afirmativa passa-se a seguinte pergunta;

    Esses agentes nocivos constam da relao prevista na b) legislao previdenciria?

    Se a resposta for negativa a anlise no prossegue. Se for afirmativa passa-se pergunta seguinte;

    Existe exposio aos agentes nocivos pelo exerccio da c) atividade?

    Se a resposta for negativa a anlise no prossegue. Se for afirmativa passa-se a pergunta seguinte;

    Essa exposio est comprovada por Laudo Tcnico de d) Condies Ambientais do Trabalho?

    No, a anlise no prossegue. Sim, passa-se a pergunta seguinte.

    Esta exposio atenuada ou neutralizada pela utilizao de e) tecnologia de proteo coletiva ou individual?

    Se a resposta for negativa a anlise prossegue e passa-se a pergunta seguinte. Se a resposta for afirmativa vem novo questionamento

  • 25

    Em que nveis, abaixo ou acima dos limites de tolerncia, para f) os agentes que possuem limites de tolerncia?

    Se abaixo a anlise no prossegue. Se acima a anlise prossegue.

    Essa exposio ocorre de modo permanente, ou seja, g) indissocivel da produo do bem ou da prestao do servio?

    Se a resposta for negativa a anlise no prossegue. Se for afirmativa passa-se a pergunta seguinte;

    Esse trabalho em condies especiais prejudica a sade ou a h) integridade fsica do trabalhador?

    Se a resposta for negativa a anlise no prossegue. Se for afirmativa encerra-se a anlise, enquadrando-se como especial.

    Somente caber o enquadramento do perodo se as respostas aos quesitos 1.1 a 1.4 e 1.6 a 1.7 forem afirmativas e ao 1.5 for negativa ou afirmativa, com reduo acima dos limites de tolerncia.

    A anlise assim apresentada parece fcil, no entanto, o enquadramento torna-se difcil de ser realizado.

    Outro fato importante a ser considerado na anlise que a classificao dos agentes nocivos qumicos constantes da legislao previdenciria exaustiva, enquanto que as atividades listadas so exemplificativas.

    Para os demais agentes exaustivas tanto o agente nocivo, quanto as atividades descritas.

    ExemplosAposentadoria especial, requerida em 29.04.2008 1)

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade sob condies especiais o segurado apresentou DSS 8030 das empresas:

    02.05.77 a 30.04.79 Operador Cinematogrfico Cine -Palladium Ltda., fl.41;

    14.09.79 a 20.03.87 Operador Cinematogrfico Alvorada -Cinematogrfica Internacional Ltda, fl.42;

    05.03.88 a 04.07.03 Op. Cinematogrfico Cinematogrfica -Haway Ltda.fl.43.

    De acordo com a simulao do clculo do tempo de contribuio contabilizou at a data de entrada do requerimento da aposentadoria,

  • 26

    29 anos, 04 meses e 10 dias, de atividade comum.

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade especial o segurado apresentou DSS 8030 das empresas: Cine Palladium Ltda, Alvorada Cinematogrfica Internacional Ltda, fl.42 e Cinematogrfica Haway Ltda. nos quais consta que exerceu a atividade de Operador Cinematogrfico nos perodos de 02.05.77 a 30.04.79, 14.09.79 a 20.03.87 e de 05.03.88 a 04.07.03, atividade enquadrada no cd. 1.1.1 do anexo III do Decreto 53.831/64 at 28.04.95.

    De acordo com os dispositivos legais, o segurado no faz jus a concesso de uma aposentadoria especial uma vez que s foi reconhecido como atividade especial os perodos de 02.05.77 a 30.04.79, 14.09.79 a 20.03.87 e de 05.03.88 a 28.04.95, porm, faz jus a uma aposentadoria por tempo de contribuio, pois completa mais de 35 anos de contribuio aps a converso dos perodos referidos.

    Aposentadoria especial, requerida em 19.03.2008.2)

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade sob condies especiais nos perodos, apresentou DSS 8030 e/ou Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP das empresas:

    10.03.87 a 31.07.87 Secadorista Raroz Agroindstria do Sul -Ltda, fl.16;

    18.02.88 a 24.11.89 - Secadorista Raroz Agroindstria do Sul -Ltda, fl.16;

    29.06.90 a 23.03.91 Servios Gerais Josapar Joaquim Oliveira -S/A Part., fl.18;

    09.04.75 a 24.06.75 Servente Cooperativa Agrcola Mista -Itaquiense Ltda, fl.23;

    04.09.75 a 30.04.77 Servente - Cooperativa Agrcola Mista -Itaquiense Ltda, fl.23;

    01.05.77 a 08.01.79 Brilhador - Cooperativa Agrcola Mista -Itaquiense Ltda, fl.23;

    18.04.80 a 03.06.82 Chefe Turma - Cooperativa Agrcola Mista -Itaquiense Ltda, fl.23;

    04.04.91 a 12.03.96 Servente - Cooperativa Agrcola Mista -Itaquiense Ltda, fl.23;

    01.04.74 a 31.01.75 servente Comercial Industrial Itaqui -Arroz Ltda, fl.26;

    15.02.79 a 17.04.80 Aux. Moleiro - Comercial Industrial Itaqui -

  • 27

    Arroz Ltda, fl.26;

    02.04.83 a 20.05.86 Moleiro - Comercial Industrial Itaqui Arroz -Ltda, fl.26;

    10.02.98 a 11.05.98 Servios Gerais Cereais Itapu Ltda, -fl.27;

    19.02.99 a 24.06.01 Servios Gerais Cereais Itapu Ltda, -fl.27;

    18.02.02 a 10.03.08 Servios Gerais/Operador de Secador- -Cereais Itapu Ltda fls.28.

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade especial nos perodos de 10.03.87 a 31.07.87 e de 18.02.88 a 24.11.89, o segurado apresentou Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP da empresa Raroz Agroindstria do Sul Ltda no qual consta que exerceu atividade de Secadorista exposto a rudo de 91 dB (a), agente nocivo enquadrado no cd. 1.1.5 do anexo I do Decreto 83.080/79.

    No perodo de 29.06.90 a 23.03.91 o segurado trabalhou para a empresa Josapar Joaquim Oliveira S/A Participaes, onde exerceu a atividade de Servios Gerais, exposto a rudo de 85 dB (a), conforme laudo tcnico de folhas 19/22 agente nocivo enquadrado no cd. 1.1.6 do anexo III do Decreto 53.831/64.

    Nos perodos de 09.04.75 a 24.06.75, 04.09.75 a 08.01.79, 18.04.80 a 03.06.82 e de 04.04.91 a 12.03.96 o segurado trabalhou para a Cooperativa Agrcola Mista Itaquiense Ltda, nas funes de servente, Brilhador e Chefe de Turma exposto a rudo acima de 91 dB (a), consoante DSS 8030 de folhas 23, agente nocivo enquadrado no cd. 1.1.5 do anexo I do Decreto 83.080/79.

    Nos perodos de 01.04.74 a 31.01.75, 15.02.79 a 17.04.80 e de 02.04.83 a 20.05.86, o segurado trabalhou para a empresa Comercial Industrial Itaqui Arroz Ltda, exposto a rudo acima de 90 dB (a), conforme informado pela empresa no DSS 8030 de folhas 26, agente nocivo enquadrado no cd. 1.1.5 do anexo I do Decreto 83.080/79.

    Nos perodos de 10.02.98 a 11.05.98 e de 19.02.99 a 24.06.01 o segurado trabalhou para a empresa Cereais Itapu Ltda exposto a rudo de 91 dB (a), agente nocivo enquadrado no cd. 2.0.1 do anexo IV do Decreto 3.048/99.

    Quanto ao perodo de 18.02.02 a 10.03.08 em que o segurado tambm trabalhou para a empresa Cereais Itapu Ltda no h como reconhecer como sendo atividade especial uma vez que o segurado no

  • 28

    trabalhou exposto a rudo acima de 90 ou 85 dB(a) de modo habitual e permanente, a empresa informa exposio ao rudo cuja intensidade era de 70 a 90 dB(a), e no h informaes que a exposio a leos minerais e graxas eram nocivos a sade ou integridade fsica do segurado. A empresa apenas menciona a exposio, sem dizer se esta exposio trazia riscos a sade do trabalhador. No h informaes qualitativas.

    Mesmo reconhecendo como atividade especial os perodos de, 01.04.74 a 31.01.75, 09.04.75 a 24.06.75, 04.09.75 a 30.04.77, 01.05.77 a 08.01.79, 15.02.79 a 17.04.80, 18.04.80 a 03.06.82, 02.04.83 a 20.05.86, 10.03.87 a 31.07.87, 18.02.88 a 24.11.89, 29.06.90 a 23.03.91, 04.04.91 a 12.03.96, 10.02.98 a 11.05.98 e de 19.02.99 a 24.06.01, o segurado no comprovou ter trabalhado 25 (vinte e cinco) anos durante sua jornada de trabalho exposto aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais a sade ou integridade fsica razo pela qual a aposentadoria especial no devida.

    Aposentadoria especial, requerida em 24.03.2008.3)

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade sob condies insalubres, o segurado apresentou Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP das empresas Metalrgica Duque e Tupy Fundies Ltda.

    Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade especial o segurado juntou aos autos Perfil Profissiogrfico Previdenciria da empresa Metalrgica Duque S/A referente ao perodo de 14/10/80 a 06/02/84 e empresa Tupy Fundies Ltda. referente ao perodo de 02/07/84 a 02/10/90, sendo que estes perodos j foram devidamente reconhecidos como atividade especial.

    O segurado apresentou ainda Perfil Profissiogrfico Previdencirio da empresa Metalrgica Duque S/A referente ao perodo de 10/06/91 a 23/03/08 no qual consta que esteve exposto aos seguintes nveis de rudo:

    10/06/91 a 31/10/92 90 a 94 dB (a); -

    01/11/92 a 30/06/98 84 a 100 dB (a); -

    01/07/98 a 28/02/03 90.6 a 97 dB (a); -

    01/03/03 a 30/06/05 90 a 94 dB (a); -

    01/07/05 a 31/10/06 89 dB (a); -

  • 29

    01/11/06 a 29/10/06 87.5 dB (a); -

    30/10/06 a 24/03/08 87.2 dB (a). -

    Assim, conforme PPP , no perodo de 10.06.91 a 30.06.98 em que o segurado trabalhou exposto a rudo acima de 80 dB (a), dever ser reconhecido como atividade especial, agente nocivo enquadrado no cd. 1.1.6 do anexo III do Decreto n. 53.831/64, at 05.03.97.

    No perodo de 01.07.98 a 30.06.05 o segurado trabalhou exposto a rudo de 90.06 a 97 dB (a), agente nocivo enquadrado no cd.2.0.1 do anexo IV do Decreto 3.048/99.

    A partir de 01.07.05 o segurado trabalhou exposto ao rudo acima de 85 dB (a), agente nocivo enquadrado no cd. 2.0.1 do anexo IV do Decreto 3.048/99.

    No caso em apreo, reconhecendo como atividade especial os perodos de 10.06.91 a 05.03.97, 01.07.98 a 24.03.08 que somados aos perodos j reconhecidos, o segurado comprova ter trabalhado 25 (vinte e cinco) anos durante sua jornada de trabalho exposto aos agentes nocivos prejudiciais a sade ou integridade fsica razo pela qual faz jus a concesso da aposentadoria especial requerida.