Apostila Atualidades 2012 Parte 2

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    APOSTILA DE ATUALIDADES 2012 Parte 2

    Sequestro de carbono um processo de remoo de gs carbnico (CO2). Tal processoocorre principalmente em oceanos, florestas e outros organismosque, por meio de fotossntese, capturam o carbono e lanamoxignio na atmosfera. O conceito de seqestro de carbono foiconsagrado pela Conferncia de Quioto com a finalidade de conter ereverter o acmulo de CO

    2na atmosfera.

    Seqestro de Carbono ArtificialEcossistema Ocenico - O seqestro de carbono artificial nooceano acelerar o processo natural de captura de CO 2 daatmosfera, reduzindo o efeito estufa. O seqestro artificial pode serobtido a partir de dois mtodos:

    Injeo Direta - Consiste na injeo direta do CO2 no fundo dooceano. Mas se a injeo for a grandes profundidades o CO 2afundar e formar um lago o pH no local da injeo, deixando agua mais cida. O aumento da acidez afeta o crescimento e astaxas de reproduo de alguns organismos marinhos como peixes eplncton.Fertilizao do Oceano - Se d atravs da adio de ferro emregies onde a produtividade biolgica limitada pelo ferro,provocando um aumento no crescimento do fitoplncton, acelerandoa atividade fotossinttica.

    Ecossistema Florestal -As florestas novas (reflorestamentto) nopodem ser seqestradoras diretas do carbono. Embora a florestanatural seja um estoque lquido de CO2, o reflorestamento podeinicialmente ser uma fonte da emisso de CO2 quando o carbono dosolo liberado na atmosfera. Plantar florestas fornecem um nmerode benefcios adicionais incluindo a reduo da eroso, da captaoda gua e de benefcios econmicos colhidos de sustentabilidade.Os mecanismos para realar o seqestro do carbono no soloincluem: conservao de reas naturais e rotao de culturas.

    IPCC Relatrio do Painel Intergovernamental de MudanasClimticas da ONU sobre o aquecimento global - Concentraesde dixido de carbono (CO2), metano e xido nitroso aumentaramnotavelmente como resultado das atividades humanas desde 1750.

    As concluses esto descritas no "Resumo para os Formuladoresde Polticas", que integra a primeira parte do relatrio "MudanasClimticas 2007".

    COPENHAGUE COP 15 (2009) Tempo Perdido

    O maior encontro diplomtico dosltimos tempos, realizado emCopenhague (Dinamarca) emdezembro de 2009, tinha o objetivode envolver o mundo em aesconcretas para evitaro aquecimento global, uma altadescontrolada da temperaturaresultante da ao humana. Mas

    omisso a palavra que definemelhor o resultado da 15Conferncia das Partes (COP), areunio anual que congrega asnaes signatrias da Conveno-Quadro sobre Mudana do Climadas Naes Unidas (UNFCCC).

    Este ano a COP foi em Copenhague, capital da Dinamarca, pas quesonhava em entrar para a histria como o anfitrio de um acordoabrangente que substitusse o Protocolo de Kyoto, acordado em1997 na COP 3 , sediada na cidade japonesa. Mas, para azar domundo, o que vai constar nos anais da histria ser adesconcertante incapacidade de aglutinao da lideranadinamarquesa e a truculenta represso de manifestaes de ONGsambientalistas.

    Esperava-se que os pases se comprometessem a cortar gases-estufa segundo as recomendaes cientficas do IPCC, o PainelIntergovernamental sobre Mudana Climtica, explicadas emdetalhes ao mundo em 2007. Para evitar uma alta da temperatura

    superior a 2C neste sculo, seria preciso que as naesindustrializadas cortassem suas emisses de gases-estufa em 25%a 40% at 2020, e em 80% a 95% at 2050. As no industrializadasdeveriam adotar aes consistentes para frear suas emisses.

    O que saiu da Dinamarca foi uma declarao de intenes. No temefeito vinculante, mas mesmo que tivesse, no vincularia ningum anada muito decisivo. Os pases admitem que de fato bom evitaruma alta da temperatura em 2C neste sculo. Est escrito queas naes ricas se comprometem a direcionar US$ 30 bilhes nosprximos trs anos para ajudar naes pobres a lidar com asalteraes climticas, mas no se sabe quem vai pagar e como.

    CANCUN COP 16 (2010) Pequeno avanoO pessimismo e o p no cho dos negociadores de 194 pasesdurante a 16 Reunio Quadro da Conveno das Partes para a

    Mudana do Clima (COP16), realizada em dezembro de 2010 emCancun, no Mxico, possibilitaram um acordo balanceado conhecidocomo Pacote Cancun.

    Em relao s recomendaes da cincia (que indicam corte deemisses entre 25% e 40%), pouco se avanou. Os pases noencontraram ambiente para negociar novas metas, mas, ao final,definiram a permanncia do Protocolo de Quioto, que prev metasde reduo de emisses de pases do Anexo I (pasesdesenvolvidos).

    Dentre as novidades positivas da COP 16, destaca-se a criao doFundo Verde para Mudanas Climticas, que permitir que ospases em desenvolvimento recebam recursos das naesindustrializadas para desenvolvimento de baixo carbono e medidasde adaptao.

    Tambm foi estabelecido o mecanismo de Reduo de Emissespor Desmatamento e Degradao Florestal (REDD+), importantepara pases com florestas, como o Brasil e estados com grandeestoque florestal, como o Amazonas.

    A prxima Conferncia, a COP17 em 2011 ser em Durban, nafrica do Sul.Breve histrico do UNFCCCA resposta internacional mudana do clima comeou com aaprovao do Quadro das Naes Unidas sobre Mudana doClima (UNFCCC) em 1992, que estabelece um quadro de ao como objetivo de estabilizar as concentraes atmosfricas de gases deefeito estufa. A UNFCCC entrou em vigor em 21 de maro de 1994 eagora tem 194 partes.

    Em dezembro de 1997, os delegados daCOP 3

    em Quioto, noJapo, concordaram em um protocolo para a UNFCCC, quecompromete os pases industrializados e pases em transio parauma economia de mercado para atingir metas de reduo deemisses. Estes pases, conhecidos como partes do Anexo I nombito da UNFCCC, concordaram em reduzir suas emisses totaisde seis gases de efeito estufa em uma mdia de 5,2% abaixo dosnveis de 1990 entre 2008-2012 (primeiro perodo de compromisso),com metas especficas variando de pas para pas. O Protocolo deQuioto entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005 e agora tem 192partes.

    A QUESTO DA AMAZNIA

    Recursos Naturais - A regio amaznica j era cobiada pelopotencial de suas riquezas desde a chegada dos primeiros

    colonizadores, nos sculos XVII e XVIII. Inicialmente, os habitantestiravam o sustento da pequena agricultura e do extrativismo vegetal.Os ciclos econmicos da borracha deram impulso ao crescimentoeconmico da regio.

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    Zona Franca - Manaus, a antiga capital da borracha, voltou aflorescer na economia aps a criao da Zona Franca, h 40 anos,atraindo indstrias por meio de incentivos fiscais e reduo de taxasalfandegrias. O projeto se enquadrou na estratgia do governomilitar de levar desenvolvimento para a regio de fronteira, com oobjetivo de garantir a ocupao territorial e a soberania nacional.

    Estradas e Destruio -O xodo da floresta para as cidades foi

    impulsionado pela abertura de estradas, que tambm levaram para aAmaznia grandes levas de colonos provenientes de outras regies.As rodovias abrem caminho para a ao dos grileiros, que tomamposse de terras pblicas para desmatar. Atrs deles chegam osmadeireiros e depois os agricultores e pecuaristas, que derrubam afloresta. A mata cobre uma rea, hoje, 17% menor do que a original- o equivalente a mais de trs vezes o tamanho do estado de SoPaulo. Somente entre 2004 e 2006, o desmatamento atingiu umarea equivalente da Jamaica.

    Desafio Atual - aumentar o valor econmico da floresta mantidade p, aproveitando o grande potencial da biodiversidade. Aexplorao sustentvel de madeira, que segue critrios ambientais,comea a crescer. A Amaznia poder ser compensadaeconomicamente pelos benefcios ambientais que fornece aoplaneta. Ao abrigar um tero das florestas tropicais do mundo, aregio chave para o equilbrio do clima global. O desmatamentopromove a emisso de gases do efeito estufa, aumentando atemperatura da Terra.

    O Plano Amaznia Sustentvel - PAS uma iniciativa do Governo Federal em parceria com os estados daregio amaznica. Prope estratgias e linhas de ao, aliando a

    busca do desenvolvimento econmico e social com o respeito aomeio ambiente.O Plano tem como objetivo geral implementar um novo modelo dedesenvolvimento na Amaznia brasileira, pautado na valorizao dapotencialidade de seu enorme patrimnio natural e scio-cultural.

    Suas estratgias esto voltadas para a gerao de emprego erenda, a reduo das desigualdades sociais, a viabilizao dasatividades econmicas dinmicas e inovadoras, com insero emmercados regionais, nacionais e internacionais, bem como para ouso sustentvel dos recursos naturais com manuteno do equilbrioecolgico. O PAS se organiza em torno de cinco grandes eixostemticos:

    produo sustentvel com inovao e competitividadegesto ambiental e ordenamento territorial

    incluso social e cidadaniainfra-estrutura para o desenvolvimentonovo padro de financiamento

    Principais rgos do governo brasileiro para o Meio Ambiente

    IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renovveis uma autarquia federal criada em 1989. Estvinculado ao Ministrio do Meio Ambiente - MMA sendo oresponsvel pela execuo da Poltica Nacional do Meio Ambiente -PNMA - e desenvolve diversas atividades para a preservao econservao do patrimnio natural, exercendo o controle e afiscalizao sobre o uso dos recursos naturais (gua, flora, fauna,solo, etc). Ele ainda responsvel pelos estudos ambientais e pelaliberao das licenas ambientais, de empreendimentos a nvelnacional. O Licenciamento Ambiental um procedimento pelo qual

    o rgo ambiental competente, federal, estadual ou municipal,permite a localizao, instalao, ampliao e operao deempreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,e que possam ser consideradas efetiva ou potencialmentepoluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causardegradao ambiental. Com este instrumento busca-se garantir queas medidas preventivas e de controle adotadas nosempreendimentos sejam compatveis com o desenvolvimentosustentvel.

    O Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade omais novo rgo ambiental do governo brasileiro. Foi criado emagosto de 2007. uma autarquia vinculada ao Ministrio do MeioAmbiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente(Sisnama). A sua principal misso institucional administrar asunidades de conservao (UCs) federais, que so reas deimportante valor ecolgico. Nesse sentido, cabe ao instituto executaras aes da poltica nacional de unidades de conservao, podendopropor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as UCsinstitudas pela Unio. O instituto tem tambm a funo de executaras polticas de uso sustentvel dos recursos naturais renovveis ede apoio ao extrativismo e s populaes tradicionais nas unidadesde conservao federais de uso sustentvel. As suas outras missesinstitucionais so fomentar e executar programas de pesquisa,proteo, preservao e conservao da biodiversidade e exercer opoder de polcia ambiental para a proteo das unidades deconservao federais.

    Inpe confirma queda recorde no desmatamento da AmazniaFolha 29/04/2010

    O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) acaba de divulgaros dados consolidados do Prodes, o sistema que mede a taxa oficialde desmatamento. Entre agosto de 2008 e julho de 2009, aAmaznia perdeu 7.464 quilmetros quadrados de floresta, oequivalente a cinco municpios de So Paulo. Mesmo assim, esta a taxa de desmatamento mais baixa j registrada desde que o pascomeou a monitorar a Amaznia com imagens de satlite, em1988. Trata-se de uma queda de 42% em relao ao binio anterior(o "ano fiscal" do desmatamento sempre medido de agosto a julhodo ano seguinte).

    Unidades de ConservaoProteo Integral - So aquelas que tm como objetivo bsicopreservar a natureza, livrando-a, o quanto possvel, da interfernciahumana. Compreendem as seguintes categorias: Estao Ecolgica(ESEC), Reserva Biolgica (REBIO), Parque Nacional (PARNA),Monumento Natural (MN) e Refgio de Vida Silvestre (REVIS). OInstituto Chico Mendes gerencia 126 Unidades de Conservao deProteo Integral.

    Uso Sustentvel - So aquelas cujo objetivo bsico compatibilizara conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela de

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    ao bem estar social, mas tambm envolvem melhor performancenos negcios e, conseqentemente, maior lucratividade. A busca daresponsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintescaractersticas:

    plural. Empresas no devem satisfaes apenas aos seusacionistas. Muito pelo contrrio. O mercado deve agora prestarcontas aos funcionrios, mdia, ao governo, ao setor no-governamental e ambiental e, por fim, s comunidades com que

    opera. Empresas s tm a ganhar na incluso de novos parceirossociais em seus processos decisrios. Um dilogo maisparticipativo no apenas representa uma mudana decomportamento da empresa, mas tambm significa maiorlegitimidade social. distributiva. A responsabilidade social nos negcios umconceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. No somente oproduto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais,mas o conceito de interesse comum e, portanto, deve serdifundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assimcomo consumidores, empresas tambm so responsveis porseus fornecedores e devem fazer valer seus cdigos de tica aosprodutos e servios usados ao longo de seus processosprodutivos. sustentvel. Responsabilidade social anda de mos dadas como conceito de desenvolvimento sustentvel. Uma atituderesponsvel em relao ao ambiente e sociedade, no sgarante a no escassez de recursos, mas tambm amplia oconceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimentosustentvel no s se refere ao ambiente, mas por via dofortalecimento de parcerias durveis, promove a imagem daempresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado.Uma postura sustentvel por natureza preventiva e possibilita apreveno de riscos futuros, como impactos ambientais ouprocessos judiciais. transparente. A globalizao traz consigo demandas portransparncia. Empresas so gradualmente obrigadas a divulgarsua performance social e ambiental, os impactos de suasatividades e as medidas tomadas para preveno oucompensao de acidentes. Nesse sentido, empresas seroobrigadas a publicar relatrios anuais, onde sua performance aferida nas mais diferentes modalidades possveis. Muitasempresas j o fazem em carter voluntrio, mas muitos prevemque relatrios scio-ambientais sero compulsrios.

    2 Frum Mundial de Sustentabilidade Manaus maro de 2011

    O Frum Mundial de Sustentabilidade,realizado pela Seminars e promovido peloLIDE, reunir novamente em Manaus,Amazonas, grandes empresrios, executivos,lideranas polticas e entidades ambientaispara discutir a sustentabilidade econmica,ambiental e social da Amaznia e do planeta.

    Com o tema principal "Sustentabilidade Econmica, Ambiental eSocial da Amaznia e do Planeta", receber as palestras de BillClinton e do ex-governador da Califrnia, Arnold Schwarzenegger ede Lideranas de ONGs ambientais nacionais e globais ale de

    empresrios e intelectuais.

    Objetivos Difundir prticas e mecanismos bem-sucedidos dedesenvolvimento sustentvel na Amaznia e no mundo; Demonstrar o valor econmico e ambiental da floresta em p esuas implicaes para a regio e o mundo; Criar um compromisso poltico e empresarial com odesenvolvimento sustentvel do planeta.

    No encerramento, dia 26 de maro, a iluminao interna do TeatroAmazonas ser completamente desligada pela Hora do Planeta.

    Os Biomas do Brasil e a Biodiversidade

    Um Bioma formado por todos os seres vivos de uma determinada

    regio, cuja vegetao tem bastante similaridade e continuidade,com um clima mais ou menos uniforme, tendo uma histria comumem sua formao. Por isso tudo sua diversidade biolgica tambm muito parecida.

    AMAZNIA49,29%CERRADO23,92%MATAATLNTICA13,04%CAATINGA9,92%PAMPA2,07%PANTANAL1,76%

    Hotspots brasileirosO conceito Hotspotfoi criado em 1988 pelo eclogo ingls NormanMyers para resolver um dos maiores dilemas dos ecologistas:Quais as reas mais importantes para preservar a biodiversidadena Terra? Dos seis biomas brasileiros, a Mata Atlntica e oCerrado esto inscritos na lista de biodiversidade dos Hotspots daConservation International. Com mais de 20.000 plantas e 2.300animais, a Mata Atlntica considerado um dos Top 5 hotspotsdebiodiversidade no mundo.

    Ano Internacional da Biodiversidade - 2010A Assemblia Geral das Naes Unidas declarou que 2010 o AnoInternacional da Biodiversidade (AIB), e que ajudar a promover aconscincia da importncia da biodiversidade em todo o mundo. Abiodiversidade pode ser traduzida como uma variedade de formasde vida no planeta. A sua preservao garante a sobrevivncia deespcies raras e ainda viabiliza estudos para a cura de doenas, por

    exemplo.

    BRASIL - TPICOS RELEVANTES EM DIVERSAS REAS

    SEGURANA PBLICA

    Dever do Estado - De acordo com a Constituio, dever doEstado cuidar da segurana pblica. A principal tarefa dos 26estados e do Distrito Federal, responsveis pelas polcias Militar eCivil. O governo federal tem a Polcia Federal e as Foras Armadas,e os municpios, as Guardas.

    Polcia Militar - A PM responsvel pela preveno e pelopoliciamento ostensivo nas ruas. A estrutura e a hierarquia das PMsbrasileiras, que seguem as normas das Foras Armadas, soherana do regime militar.

    Polcia Civil - Atua depois que o crime cometido. Faz o trabalhode investigao e de apurao das infraes. As evidnciasacumuladas constituem a base para a abertura de um processo naJustia.

    Polcia Federal - Est presente em todo o territrio nacional. Atuana proteo das fronteiras, na investigao dos crimes relacionados esfera federal de poder (ministrios, autarquias, empresaspblicas) e no combate ao trfico de drogas e ao contrabando.

    Fora Nacional - Criada em agosto de 2004, tem 7,7 mil integrantesselecionados na elite das polcias militares estaduais, que serenem apenas quando algum estado passa por crise aguda desegurana e solicita ajuda do governo federal.

    Exrcito - Seu papel constitucional defender a ptria e a

    segurana nacional. Mas h defensores da presena do Exrcitonas ruas, como nica forma de controlar o crime organizado. Os queso contra alegam que no existe preparo das foras para atuarcomo segurana pblica.

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    Guardas Municipais - Destinada a protegera patrimnio municipal,no deve atuar como polcia ostensiva ou investigativa. vista comouma possibilidade para a aproximao entre a polcia e acomunidade.

    Quase metade das mortes de jovens por assassinato21/07/09 G1Quase metade das mortes de adolescentes no Brasil porassassinato. A revelao assustadora faz parte de um estudo indito

    feito pela Universidade Estadual do Estado do Rio de Janeiro, emparceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos,Observatrio de Favelas e o Unicef.

    O adolescente do sexo masculino tem 12 vezes mais risco de morrervtima de homicdio do que uma menina da mesma idade. J aprobabilidade de um garoto negro ser assassinado quase 3 vezesmaior de que a de um branco.

    Segundo os pesquisadores, o estudo se preocupou comadolescentes porque nessa fase que muitos abandonam a escolae se envolvem com o crime. E depois, dos 19 aos 24 anos, acabamsendo as principais vtimas da violncia.

    O relatrio tambm mostra um nmero alarmante. At 2012, cercade 33 mil adolescentes no chegaro aos 19 anos de idade porquetero sido assassinados. Nas comunidades mais pobres, aesperana de impedir a preciso est em projetos sociais queoferecem instrumentos para os jovens se afastaram da violncia.

    Este s um dos projetos sociais do Afroreggae, no Rio. Em 16anos, o grupo j deu oportunidades a 10 mil jovens e crianas.

    Os nmeros do Crime no Brasil e no Mundo

    Proporcionalmente, o Brasil campeo em quatro dos seisprincipais tipos de crime

    Crime Total - ano N de pcorrncias a cada 100 MilBrasil Brasil EUA Itlia Mxico

    Homicdios 41.000 22,2 5,6 1 13Mortes porarma de fogo 36.000 20,3 3,88 0,1 2,6Assaltos 942.000 510 140 78 146Furtos 2.150.000 1.170 4.300 2.560 112Seqestros 650 0,4 0,03 0,2 0,3Deteno porporte ou trfi-co de drogas

    900.000 48,5 622 41 23,4

    Fontes: Ministrio da Justia (2005), governo da Itlia (2005) e ONU(2004)

    Nmero de homicdios entre negros no Brasil duas vezesmaior que entre brancosA constatao de um levantamento feito pelo Laboratrio deAnlises Econmicas, Histricas, Sociais e Estatsticas das

    Relaes Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), com base em dados do Sistema nico de Sade (SUS).

    A diferena entre o nmero de homicdios de negros e brancos maior entre as crianas e jovens de 10 a 24 anos. Entre os maioresde 40 anos, o nmero de homicdios quase o mesmo nos doisgrupos.

    Os nmeros mostram que os negros esto sujeitos a uma exposiomaior de risco que os brancos, em vrias partes do pas.

    Alm disso, de acordo com Paixo, h pesquisas que mostram quea letalidade policial - a morte provocada por policiais - maior entreos negros do que entre os brancos. Um terceiro fator seria a baixaauto-estima da juventude negra que vive em reas pobres e que nov alternativas para a sua vida, e que, por isso, teria mais

    probabilidades de se envolver em situaes de risco.

    Cinema quebra o gelo do debate sobre drogasDesde a retomada do cinema nacional, em meados dos anos 90,poucos bons filmes romperam os limites do circuito de arte e

    atingiram o grande pblico da telona, hoje formado majoritariamentepela faixa etria de 18 a 27 anos.

    Entre as produes brazucas que cativaram a juventude hipnotizadapela fora dos blockbusters milionrios, vrios abordam a questodas drogas. E a enfocam sob a tica de personagens jovens, bemdiferentes entre si. Refiro-me principalmente a "Bicho de SeteCabeas" (2000); "Cidade de Deus" (2002); "Tropa de Elite" (2007)e "Meu nome no Johnny" (2008).

    Interessante notar que todos so baseados em histrias verdicas oufico imersa num contexto profundamente real e brasileiro. Trsdeles (a exceo "Cidade de Deus") se concentram em poucospersonagens, o que provoca forte identificao com o pblico.

    Tendo em vista o sucesso de bilheteria que estes filmes obtiveram,da intensa repercusso na mdia e o acalorado debate nablogosfera, possvel dizer que, em boa medida, o cinema nacionalquebrou o gelo do dilogo entre pais e filhos sobre drogas.

    De maneira geral o espao de discusso miditica sobre o tema foi,nas dcadas passadas, ocupado por militares e psiclogosreacionrios e ex-dependentes arrependidos, de um lado. E a turmado delrio, desbunde e apologia do outro, com forte influncia nacomunicao underground e no fetiche e linguagem subliminar doprprio cinema.

    Nada que facilite o dilogo entre pais e filhos. Muito pelo contrrio,os distancia. O contato entre integrantes de mundos to estanquesno respeita e no reconhece o outro. So indivduos estranhos.Agora aportam ao debate figuras bem mais complexas,contraditrias e falveis. Pais arrependidos por "pegar pesado".Gente de boa ndole que arrastada para o trfico.

    Bons policiais que seguram a barra da guerra nos morros comdignidade, mesmo em condies indignas. Jovens usuriosburgueses e ingnuos, falsamente intelectualizados e egostas. E,por fim, o traficante gente boa (sem ironia), igualmente burgus. Oconjunto dos quatro filmes citados no deixa nenhuma resposta fcilpermanecer na linha de conforto. Famlias, usurios e Estado soconvidados a refletir sobre o nus provocado por posicionamentosradicais, tanto de vis conservador quanto liberal. Ao mesmo

    tempo, as motivaes e dramas de todos os agentes envolvidos naquesto esto bem contemplados. Pais, filhos, policiais, menores emaiores de comunidades carentes, e traficantes.

    O mesmo espectador capaz de ter raiva dos pais que internamfilhos maconheiros em manicmios horrveis. E de vibrar compoliciais sanguinrios que combatem o trfico com torturainstitucionalizada. De se solidarizar com meninos da favela quepartem para o crime; e com juzes que no titubeiam em condenar adcadas de priso traficantes desarmados.

    O resultado potencial a dvida, e no certezas. um convite reflexo no s sobre as drogas, mas a respeito de todo o contextoque as cercam, no Brasil e no mundo. Cada um destes filmes temganhado espao em salas de aula, blogs, pginas de jornais erevistas e em programas de televiso, inclusive de boa qualidade.

    Em contraste abordagem superficial e caricata dos piores folhetins,a soma destas obras contm um olhar complexo e tridimensionalsobre a questo, o que convida ocorrncia de um debate rico.No s na mdia, mas tambm na sociedade e no meio familiar. Umpapel importante que o cinema nacional cumpre ao provocar opblico ao autoquestionamento. Ainda mais numa poca em quejovens e adolescentes cada vez mais so impactados pelapropagao de modelos de felicidade ligados a doses extremas depoder, prestgio e dinheiro.

    Encorajados a consumir o que h de "melhor" em excesso, comprazer inconseqente e ilimitado. A admirar, enfim, tudo o que adroga e o trfico so capazes de prometer e at de realizar, mesmoque seja por pouco tempo.

    Ricardo Kauffman jornalista e roteirista.

    Entenda as UPPs - Unidades de Polcia PacificadoraAs unidades so apontadas pelo Estado como um item-chave dapoltica de segurana pblica, mas tambm so alvo de crticas.

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    Como funciona a ocupao e a instalao das UPPs?A estratgia do governo fluminense consiste em promover aocupao de favelas a partir de operaes do Bope (Batalho deOperaes Policiais Especiais), para tir-las do domnio detraficantes ou de grupos armados. Aps a ocupao, so instaladasas Unidades de Polcia Pacificadora, que, segundo o governo, visampromover um policiamento preventivo e abrir espao para que apopulao local volte a ter acesso a servios sociais, sejam pblicosou privados (de gua a TV a cabo). A UPP uma espcie debatalho dentro da comunidade e tem uma sede fixa, compoliciamento constante.

    Quais os critrios para a escolha das favelas que sero ocupadas?So escolhidas para ocupao zonas com altos ndices de violncia,trnsito constante de pessoas, pouca presena do Estado e ondeacredita-se que estejam abrigadas grandes quantidades de drogas earmas. Segundo o coronel Robson Rodrigues, comandante dapolcia pacificadora, "o objetivo das unidades no erradicar de vezo narcotrfico". "Tampouco vamos a todas as comunidades. Vamosdas menos para as mais complexas. Vamos quelas com armas deguerra, onde a polcia local no tinha possibilidade de entrar",acrescenta Rodrigues. "Com isso, o programa vai desonerar osbatalhes e fazer com que eles mesmos possam dar conta de fazera preveno das comunidades menos complexas."

    Onde foi instalada a primeira unidade?A primeira UPP foi instalada em dezembro de 2008 no morro SantaMarta, no bairro de Botafogo (zona Sul), que antes havia ficado umms sob ocupao policial. A comunidade do Santa Marta foiescolhida por ser razoavelmente pequena e sob controle dostraficantes. Serviu de laboratrio para as 12 outras unidades quevieram depois. Aps denncias de abuso policial no local, a polciado Rio montou uma cartilha sobre direitos dos cidados a seremobservados durante abordagens dos oficiais da UPP.

    Quais os argumentos a favor do modelo?Defensores do modelo dizem que ele permitiu que as comunidadespacificadas deixassem de ser subjugadas por narcotraficantes econtassem com um policiamento menos agressivo e "parceiro" dapopulao. Os ndices de violncia caram nas comunidades comUPPs. Segundo o Instituto de Segurana Pblica (ISP), que compila

    as estatsticas de violncia na cidade, os registros de roubos noSanta Marta diminuram 39,5% no primeiro ano aps a ocupao,em comparao com o ano anterior. J na Cidade de Deus, onmero de roubos teve uma reduo de 68,6%, e o nmero dehomicdios caiu de 34, no ano anterior UPP, para seis, no primeiroano aps sua implantao. As UPPs tambm atraram projetosscio-culturais e de capacitao profissional para a populao local.

    E quais os argumentos contra?Crticos do modelo dizem que ele simplesmente fora odeslocamento dos traficantes para outras favelas, que podem setornar novos basties do trfico e da violncia. Tambm questiona-se se as UPPs sero sustentveis em grande escala, j que aestimativa de que h cerca de mil favelas no Rio e Grande Rio.Alm disso, teme-se que a ausncia de narcotraficantes nas favelaspossa abrir espao para a formao de milcias. Por fim, crticos

    dizem que o modelo de policiamento cerceia em alguns casos a vidacomunitria das favelas pacificadas, restringindo, por exemplo,festas e bailes funk.

    Quais os prximos passos previstos?At 2014, espera-se que a cidade tenha entre 40 e 50 UPPs,abrangendo at 165 favelas. Algumas comunidades, como Rocinhae Macacos, devem receber mais de uma UPP.

    Fonte: BBC Brasil.

    Projeto Ficha Limpa e o STF Maro de 2011No ano passado, terminou empatada a deciso sobre a validade dalei para as eleies de outubro. Apesar do empate possvel devido aposentadoria de Eros Grau, que deixou a corte com dez ministros, o STF decidiu manter deciso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

    que considerou a validade para as eleies de 2010.

    O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou a deciso ao definir que aLei da Ficha Limpa s poder ser aplicada nas eleies de 2012.

    O presidente Luiz Incio Lula da Silva sancionou sem vetos o projetode lei Ficha Limpa, que barra a candidatura de polticos com "fichassujas" na Justia. A campanha Ficha Limpa foi lanada em 2008com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas acargos eletivos do pas. Em setembro de 2009, integrantes demovimentos contra a corrupo entregaram a proposta Cmaraaps coletar cerca de 1,6 milho de assinaturas. O texto foiaprovado com unanimidade nos plenrios do Senado e da Cmara

    ECONOMIA ATUAL BRASIL 2009/2010/2011

    Indicadores de InflaoAs diferentes metodologias usadas pelos institutos de pesquisaapontaram diversos ndices de inflao.

    Oficialmente, o governo usa o IPCA (ndice de Preos aoConsumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE em dezregies metropolitanas, mais o Distrito Federal, no regime de metasde inflao que tem como objetivo estipular um teto mximo para aacelerao dos preos. Neste ano, a meta estipulada de 4,5%,podendo ser revista dois pontos percentuais para ou para baixo. Ouseja, a inflao pode fechar o ano de 2010 em 2,5% ou em 6,5%

    que estar dentro do teto estabelecido pelo governo. Caso percebaao longo do ano que pretende passar desse resultado, o governodeve aumentar os juros, a Selic, para conter a disparada nos preos.

    Os outros indicadores, divulgados pela FGV (Fundao GetlioVargas) e Fipe (Fundao de Pesquisas Econmica Aplicada) sousados pelo mercado como termmetro dos setores, mas noentram na conta do governo. Eles so usados para reajustar algunspreos, como o IGP-M (ndice Geral de Preos ao ConsumidorMercado) usado nos contratos de aluguel.

    Motivos que atrapalham um maior crescimento econmicoJuros altos, que inibem os investimentos e encarecem o crdito

    ao consumidor.

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    Dvida pblica elevada, que obriga o governo a gastar recursosque poderiam ser investidos em infra-estrutura.

    Infra-estrutura precria e insuficienteCarga de impostos equivalente a 39% do PIB, o que encarece os

    produtos nacionais e diminui nossa competitividade para vender emoutros mercados

    Alto custo de funcionamento do aparelho do EstadoForte burocracia nos procedimentos ligados atividade

    empresarial, que tira dos processos econmicos a agilidade cada dia

    mais necessria no mundo atual cotao do dlar ruim para asexportaes

    Os empresrios pedem que o governo intensifique a adoo dasParcerias pblico-Privadas (PPPs), iniciativas conjuntas em que oempresariado banca os investimentos e a infra-estrutura em troca deexplorar um servio pblico por um perodo determinado.

    Mas os crticos das PPPs afirmam que, na prtica, elas so umatransferncia da responsabilidade pelos servios pblicos dogoverno para a iniciativa privada, em que a necessidade de dar lucrose toma mais importante do que o bom atendimento populao oua prpria qualidade do servio. O acidente nas obras do metr deSo Paulo, em janeiro de 2007, que matou sete pessoas, reforouesse argumento, pois a obra era feita por uma PPP.

    A IMPORTNCIA DO AGRONEGCIODefinies - O termo agropecuria refere-se agricultura e criao de gado. J agronegcio o conjunto das atividadeseconmicas envolvidas com a agropecuria, que inclui fornecedoresde equipamentos e servios para a zona rural e tambm aindustrializao dos produtos. a agronegcio responsvel porcerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 37% dasexportaes e 35% dos empregos.

    Produtos - O Brasil o maior produtor e exportador mundial decaf, acar, lcool e sucos de frutas. Tambm lidera o ranking dasexportaes de soja, carne bovina e de frango, tabaco, couro ecalados de couro. Em 2005, o pas produziu quase 2,2 milhes detoneladas de caf - 28% do total mundial. No mesmo ano, foiresponsvel por 24% da produo mundial de soja, ficando atrsapenas dos EUA.

    Expanso - O agronegcio est crescendo e busca novas reas. Asprincipais so a franja sul da Amaznia, o sul do Maranho e doPiau e o oeste da Bahia.

    Comrcio mundial - Os conflitos comerciais globais so debatidosna Organizao Mundial do Comrcio (OMC). A instituio querreduzir os subsdios, que so a liberao de dinheiro pblico aprodutores via financiamentos a juro baixo ou incentivos fiscais,visando a ampliar a produo e reduzir os preos. Com taxas eimpostos de importao, as naes tornam mais caro os produtosvindos de fora, levando o consumidor a preferir o nacional.

    BiocombustveisO pas tem investido na criao de combustveisproduzidos a partir de material orgnico, como soja, mamona,girassol, rcino, algodo e at gordura animal. A Petrobras j vendenos postos uma mistura de diesel com leo vegetal, o biodiesel. Alarga experincia brasileira faz da cana-de-acar a principalmatria-prima para produz lcool para carros desde os anos 1970.5.

    Agronegcio e Agricultura Familiar Indissociveis oucomplementares?Um dos principais problemas do agronegcio brasileiro so deordem ambiental (expanso de monoculturas), com elevado uso defertilizantes e defensivos qumicos. Segundo seus crticos, trata-sede um modelo que compromete os recursos naturais e abiodiversidade. Na questo social, o impacto ocorre no processo deconcentrao de riquezas no Brasil e nas relaes de trabalho comcrticas em vrios aspectos.

    Na concepo de segurana alimentar nutricional implica-seconsiderar o modo de produo e os tipos de produtos. Nesta rea

    no importa o recorde na produo, mas a qualidade de produo eo acesso aos alimentos como questo principal.

    Os defensores do agronegcio criticam a falta de eficincia daagricultura familiar; os defensores da agricultura familiar criticam ocarter concentrador do agronegcio. S que um depende do outro.

    O agronegcio gera divisas, empregos, riqueza. Mas expe ospreos internos aos preos internacionais, provoca xodo no campo(substitudo por emprego de melhor qualidade, mas em menornmero e pegando um pblico distinto daquele da agriculturafamiliar).

    A agricultura familiar est prxima aos centros urbanos, no estexposta s intempries dos movimentos internacionais decommodities. Segura o homem no campo e garante renda ou desobrevivncia ou para o consumo. Alm disso, pode ser umaexcelente alavanca para grandes empreendimentos, quandoorganizada em torno de cadeias produtivas como a do frango e doleite. Essa ser a grande sntese final da agricultura brasileira: oagronegcio convivendo com a agricultura familiar.

    BALANA COMERCIAL

    Dficit e Supervit - O supervit comercial ocorre quando o valordas exportaes superior ao das importaes. O contrrio chamado dficit comercial.

    Taxa de Cmbio - O valor do real em relao ao dlar determina opreo das mercadorias brasileiras no mercado mundial e quantodevemos pagar por produtos importados. O real desvalorizadodiminui o preo dos produtos brasileiros em dlar, mas encarece aimportao, que tambm paga em dlar. J com o real valorizado,os produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, enquanto asimportaes se tornam mais baratas.

    Entraves Exportao - Com a economia mundial vivendoexcelente fase, era de esperar uma participao mais ativa do Brasilno mercado global. Isso no ocorre por trs motivos: as polticasprotecionistas dos pases desenvolvidos criam barreiras para aentrada de produtos agrcolas brasileiros; a recente valorizao doreal tornou o valor dos itens exportados mais alto nos ltimos anos;o atraso tecnolgico brasileiro leva o pas a exportar produtos combaixo valor agregado e a importar bens de alta tecnologia e preoelevado.

    Destino das nossas Exportaes

    No ano de 2010, o supervit da balana comercial foi de 20,27bilhes de dlares. No um dos melhores resultados dos ltimos

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    anos, mas est acima das previses dos economistas de muitosbancos que previam um supervit de 15 a 17 bilhes de dlares.

    Se a expectativa dosanalistas de mercado seconcretizar, o ano de 2010dever concentrar osegundo maior volume eminvestimentos estrangeirosdiretos desde 1947, ano

    que marca o incio da srie histrica sobre os aportes. A projeoatual de desembolsos de US$ 37,5 bilhes.

    CINCIA e TECNOLOGIA

    INCLUSO DIGITAL E DESIGUALDADE SOCIAL

    Estudo v maior incluso digital no BrasilSegundo o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informaoe da Comunicao (Cetic), at o ano passado quase metade (47%)da populao brasileira jamais havia utilizado um computador. Em2006, outra pesquisa do rgo indicava que 54% dos brasileirosestavam na mesma situao.

    Embora os dados de 2007 indiquem que 59% da populao nuncatinham acessado a rede mundial de computadores e que apenas24% dos domiclios possuam computadores, o Cetic considerou quehouve um forte aumento na posse e no uso das tecnologias dainformao e comunicao, j que em 2006 esses ndices eram de67% e 20%, respectivamente.

    O Ministrio da Cincia e Tecnologia investir, at 2010, cerca deR$ 50 milhes na criao de 2 mil telecentros, de centrosvocacionais tecnolgicos, alm de ajudar o Ministrio da Educao ainformatizar escolas pblicas. No basta colocarmos as mquinas.H um complemento, como o contedo que ser colocado nessasmquinas. E tambm a questo da conectividade, que fundamental para conseguirmos a efetividade do processo deincluso digital, disse.

    Desigualdades sociais dificultam incluso digital dez/09Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE),divulgada em dezembro de 2009, aponta que o nmero de

    brasileiros que acessam a internet aumentou 75,3% nos ltimos trsanos, mas que as desigualdades sociais ainda so obstculo incluso digital no pas. Os avanos so positivos, mas olevantamento aponta que pobreza e falta de escolaridade soentraves democratizao do acesso internet. De acordo com apesquisa do IBGE, o acesso rede mundial de computadorescresce conforme aumenta o grau de escolaridade e de renda.

    1. As lan houses so o segundo lugar de onde mais se conecta(35,2%), perdendo para o acesso domstico (57,1%). Nas regiesNorte e Nordeste, elas lideram o ranking de locais de acesso.2. Em 2008, 83,2% das pessoas ouvidas pela pesquisa disseramque usavam a rede para se comunicar com outras pessoas. Em2005, esse era o terceiro maior motivo declarado.3. A conexo por banda larga praticamente dobrou em cinco anos,passando a ocupar o primeiro lugar em forma de acesso.

    Google encerrou as atividades na China mar/10No dia 22 de maro de 2010, o Google encerrou as atividades doservio de busca na China comunista, em razo da censura impostapelo governo chins internet. Segundo relatrio recente da ONGReprteres Sem Fronteiras, os pases que violam a liberdade deexpresso na internet so: Arbia Saudita, Birmnia, China, Coreiado Norte, Cuba, Ir, Uzbequisto, Sria, Tunsia, Turcomenisto eVietn.

    O caso WikiLeaks e Julian Assange

    Julian Assange, o fundadorda WikiLeaks - site especializado emvazar registros confidenciais degovernos e empresas foi preso econsiderado pelo Departamento de

    Estado Americano, como um"criminoso" e "anarquista". Assange foipreso no dia 07 de dezembro de 2010e solto no dia 16 do mesmo ms. Ele

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    havia sido acusado de manter relaes sexuais sem preservativoscom duas mulheres suecas, o que naquele pas considerado umaforma de estupro.

    O site WikiLeaks divulgou cerca de 251 mil documentos diplomticosconfidenciais do Departamento de Estado dos EUA. Os documentosrevelam detalhes da poltica externa americana entre dezembro de1966 e fevereiro de 2010.

    Os assuntos tratam de poltica externa, de assuntos internos dosgovernos, de direitos humanos, de condies econmicas, deterrorismo e do Conselho de Segurana da ONU. A maioria dosdocumentos (15.365) fala sobre o Iraque. Os telegramas foramdivulgados por meio de um grupo de publicaes internacionais:"The New York Times" (EUA), "Guardian" (Reino Unido), "El Pas"(Espanha), "Le Monde" (Frana) e "Der Spiegel" (Alemanha).

    Telefonia Fixa e Mvel Portabilidade NumricaDe acordo com a Anatel (Agncia Nacional de Telecomunicaes), aportabilidade numrica a possibilidade de o usurio mudar deoperadora, mvel ou fixa, sem precisar trocar seu nmero telefnico.Com ela, o nmero deixa de pertencer a uma operadora ou aendereo original. Empresas e usurios que utilizam o nmero paratrabalho, por exemplo, no precisaro mais ficar presos operadoraapenas para no perd-lo.

    O Servio de Portabilidade Numrica estar plenamente disponvelpara todo o pas a partir de maro de 2009, tanto na telefonia fixaquanto na telefonia mvel.

    Grupo fabrica 1 clula sinttica maio/2010Aps 15 anos de esforos e gastos de US$ 40 milhes, cientistasnos EUA construram a primeira clula viva sinttica. Trata-se deuma bactria cujo DNA foi inteiramente sintetizado a partir deinformaes contidas num computador e depois inserido nummicrbio "oco", sem DNA. Este foi "reinicializado" e passou a sereplicar, dando origem a colnias de clulas sintticas.

    TIPOS DE FONTES DE ENERGIA

    O Brasil possui uma matriz energtica limpa. Em 2008, cerca de46% da energia gerada no Brasil vem de fontes renovveis.

    Somente a cana fornece 16% dessa oferta interna de energia nopas, em sua maioria na forma de etanol para o funcionamento deautomveis.

    Matriz energtica brasileira

    Gerao de Eletricidade

    A energia hidrulica sempre foi dominante, uma vez que o Brasil um dos pases mais ricos do mundo em recursos hdricos. Aintroduo da biomassa, energia nuclear e gs natural reduziu aporcentagem da hidroeletricidade de 92% em 1995 para 76% em2008.

    1. Carvo um combustvel fssil extrado de exploraes minerais e foi oprimeiro a ser utilizado em larga escala, o que se estima ter

    maiores reservas (200 anos) e o que acarreta mais impactosambientais, em termos de poluio e alteraes climticas.2. PetrleoConstitudo por uma mistura de compostos orgnicos ,sobretudo, utilizado nos transportes. uma das maiores fontesde poluio atmosfrica e motivo de disputas econmicas e deconflitos armados. Estima-se que as suas reservas se esgotemnos prximos 40 anos.

    3. Gs NaturalEmbora menos poluente que o carvo ou o petrleo, tambmcontribui para as alteraes climticas. utilizado comocombustvel, tanto na indstria, como em nossas casas. Prev-se que se as suas reservas se esgotem nos prximos 60 anos.4. Urnio um elemento qumico existente na Terra, constituindo a base

    do combustvel nuclear utilizado na indstria de defesa civil. Temum poder calorfico muito superior a qualquer outra fonte deenergia fssil.

    Protestos na obras da Usina Hidreltrica de Jirau - RondniaTrabalhadores do canteiro de obras da Usina Hidreltrica de Jirau,em Porto Velho, voltaram a atear fogo a nibus, trs carros ealojamentos na manh desta quinta-feira (17 de maro de 2021).Segundo a Polcia Rodoviria Federal, os manifestantes interditaramparcialmente um trecho da rodovia BR-364, ateando fogo a pneussobre uma das pistas. Houve registro de saques na cidade

    A manifestao comeou nesta tera-feira (15), quando mais de 40veculos foram incendiados e instalaes funcionais da obra foramdestrudas. Houve trgua nesta quarta-feira (16), mas a situao considerada como crtica pela Polcia Militar de Rondnia.

    Entenda o polmica envolvendo a usina de Belo Monte, no ParA hidreltrica de Belo Monte uma das maiores obras deinfraestrutura previstas pelo governo federal e tambm um dos

    projetos que enfrenta maior resistncia.

    Enquanto o governo diz que a obra necessria para garantir oabastecimento de energia eltrica nos prximos anos para o pas,moradores locais, entidades e especialistas destacam que os riscosambientais e sociais podem ser mais prejudiciais do que osbenefcios econmicos da obra.

    A hidreltrica ocupar parte da rea de cinco municpios do Par:Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador Jos Porfrio e Vitria doXingu. A regio discute h mais de 30 anos a instalao dahidreltrica no Rio Xingu, mas teve a certeza de que o incio da obrase aproximava aps a concesso em fevereiro de 2010, pelo Ibama,da licena ambiental.

    Uma das crticas ao projeto se refere capacidade de gerao de

    energia. Segundo dados do governo, o rio Xingu perde vazo quantidade de gua - no vero, poca de seca. Por conta disso, aexpectativa de que Belo Monte, que ter capacidade instalada de11.233 MW, tenha uma gerao mdia de 4.500 MW.

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    A populao que depende do Rio teme ainda a seca na VoltaGrande, local habitado por ndios e ribeirinhos. Isso porque parte dagua ter seu curso desviado para um reservatrio, uma rea queser alagada, e com isso a vazo ser reduzida no trecho de 100quilmetros.

    Belo Monte ser a segunda maior usina do Brasil, atrs apenas dabinacional Itaipu, e custar pelo menos R$ 19 bilhes, segundo ogoverno federal, o que torna o empreendimento o segundo maiscustoso do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC), atrsapenas do trem-bala entre So Paulo e Rio, orado em R$ 34bilhes. A usina deve comear a operar em fevereiro de 2015, masas obras devem ser finalizadas em 2019.

    A questo das BiomassasUma caracterstica particular do Brasil o desenvolvimento industrialem grande escala e a aplicao das tecnologias de energia debiomassa. Bons exemplos disso so: a produo do etanol a partirda cana-de-acar, o carvo vegetal oriundo de plantaes deeucaliptos, a co-gerao de eletricidade do bagao de cana e o usoda biomassa em indstrias de papel e celulose (cascas e resduosde rvores, serragem, licor negro etc.).

    A utilizao de biomassa no Brasil resultado de uma combinaode fatores, incluindo a disponibilidade de recursos e mo-de-obrabaratas, rpida industrializao e urbanizao e a experinciahistrica com aplicaes industriais dessa fonte de energia emgrande escala. Aproximadamente 75% do lcool produzido proveniente do caldo de cana. Os restantes 25% tm origem nomelao resultante da produo de acar.

    A utilizao da lenha no Brasil ainda significativa, principalmentenas carvoarias para produzir carvo vegetal e na coco dealimentos nas residncias. Em 2004, o setor residencial consumiucerca de 26 milhes de toneladas de lenha, equivalentes a 29% daproduo. O consumo tem crescido nos ltimos anos pelo aumentodos custos do seu substituto direto, o gs liquefeito de petrleo(GLP), vendido em botijes.

    Cana-de-acar j 2 matriz energtica balano de 2008A cana-de-acar ultrapassou pela primeira vez a energia hidrulica,em 2007, e se tornou a segunda principal matriz energtica doBrasil. A informao foi divulgada nesta quinta-feira pela Empresade Pesquisa Energtica (EPE).

    O primeiro colocado continua sendo o petrleo. A participao depetrleo e derivados na produo de energia passou de 37,8%, em2006, para 36,7% em 2007. J a cana-de-acar passou de 14,5%para 16% no mesmo perodo e o ndice de energia hidrulica eeletricidade caiu de 14,8% para 14,7%.

    O grande responsvel pelo avano do uso da cana-de-acar foi oetanol. O avano da cana-de-acar ocorreu devido ao crescimentoda frota de carros flex e a queda do preo do etanol por causa dasboas safras.

    Um futuro promissor para os biocombustiveisUma vertente promissora do agronegcio, na qual o Brasil est navanguarda, o desenvolvimento de combustveis feitos de matria-prima orgnica, os biocombustveis.

    Esto em andamento em vrios centros brasileiros de pesquisaestudos sobre a produo de combustveis a partir de plantas comosoja, girassol, ricino, algodo e mamona A Embrapa trabalha numproduto base de gordura animal. A Petrobras j est vendendo oH-bio, mistura de diesel com leos extrados de oleaginosas.At agora, a principal matria-prima para a fabricao decombustvel orgnico a cana-de-acar. Alm da longa tradio deproduo canavieira, o Brasil domina o processo de fabricao dolcool combustvel desde a criao do Programa Brasileiro do lcool(Prolcool), em 1975. Hoje, o setor sucroalcooleiro movimenta 20bilhes de reais por ano e o principal agente do ProgramaNacional de Biocombustveis. As empresas do setor recebem ajudatambm do Ministrio da Agricultura e do Banco Japons de

    Cooperao Internacional. O processo incentivado pelo aumentoda frota de veculos flexveis que funcionam com mais de um tipo decombustvel.

    O Prolcool, criado em 1975, em plena crise mundial do petrleo,era um esforo de substituio em larga escala dos combustveistradicionais. Graas a ele, at 2000 foram produzidos cerca de 5,6milhes de veculos a lcool hidratado. Mas, a partir de 1986, opreo do barril de leo bruto caiu de 40 para 12 dlares. A mudanacoincidiu com a falta de recursos pblicos para subsidiarcombustveis alternativos, e o Prolcool perdeu fora. Agora, tudomudou. Um estudo da nica, a associao dos produtores, indicaque o setor ter de atender at 2010 a uma demanda adicional de10 bilhes de litros de lcool por ano.

    Cana de acar, estrela e vilA expanso da produo de cana-de-acar vai agravar problemasainda no resolvidos da lavoura canavieira. Os principais so rela-cionados ao meio ambiente. A queimada da palha aps a colheita,alm da poluio, que provoca doenas respiratrias, tambm causasrios danos ao solo. A vinhaa, resduo das destilarias de lcool,com o tempo pode contaminar os lenis freticos. Hoje, a indstriado setor desenvolve mtodos para uso da vinhaa como fertilizantee h leis fixando prazos para o fim das queimadas. Outra questo a do trabalho. H muitos acidentes graves entre trabalhadores, e sno estado de So Paulo morreram 13 bias-frias em 2004 e 2005. Oritmo fatigante do corte de cana, sem intervalos para descanso nemalimentao adequada, causou a morte por exausto dostrabalhadores. Em agosto de 2006, fiscais do Ministrio do Trabalhoencontraram e libertaram 430 bias-frias que realizavam trabalhoescravo para usineiros paulistas.

    Petrleo no Brasil

    Auto-Suficincia em 2006O Brasil alcanou em 2006 a auto-suficincia na produo depetrleo com a plataforma P50. Atualmente, quase todo o petrleoextrafdo nos campos nacionais pesado e, como as nossasrefinarias mais antigas no tm capacidade para processar todo opetrleo pesado extrado, necessrio importar o petrleo leve, queapresenta custos mais baixos de refino, e exportar o pesado, masexporta o excedente do que extrai para refino em outros pases. APetrobras investe na modernizao e adequao de suas refinariasao petrleo brasileiro e, tambm, investe na procura de petrleo leveno pas. A auto-suficincia significa que essa conta est equilibradaou superavitria para o Brasil.

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    Comea a extrao do Petrleo na camada pr-salCorreio Braziliense - 02/05/2009

    O governo comemorou ontem o incio das operaes na reserva deTupi, que marca a nova era do Brasil na extrao e na produo deleo. A estimativa da Petrobras de que sejam extrados 219 milbarris dirios at 2013. O poo que comeou a operar est a 3 milmetros abaixo do solo marinho uma camada de sal. Incio dasoperaes marca nova era na produo brasileira de leo. Reservana rea de Tupi estimada em at 8 bilhes de barris.

    Energia Nuclear no BrasilAngra IPara atender as possveis necessidades futuras, em 1972 foiiniciada a construo de Angra I, mas s em 1985 a usina entrou emoperao comercial. Angra I tem 657 MW de potncia. Funcionacom reator de gua pressurizada, moderado e refrigerado a guacom prdio de conteno. Foi construda na praia de Itaorna em

    Angra dos Reis - Rio de Janeiro, e mesmo obedecendo aos maisexigentes padres internacionais de segurana, ainda h muitapolmica. Alm de programas de segurana, testes peridicos derotina garantem a proteo contra acidentes com liberao deradioatividade para o meio ambiente.

    Angra IIEm junho de 2000, Angra II teve seu reator entrou em fisso, compotncia de 1.309 Mw. O IBAMA - Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais, responsvel pelolicenciamento ambiental de empreendimentos industriais de grandeporte. Para conceder a Licena de Operao de Angra II, foi exigidoque fosse preparado o EIA (Estudo de Impacto Ambiental).

    Angra IIIAo Conselho Nacional de Poltica Energtica, em sua Resoluo n

    3, de 25 de junho de 2007, determinou a retomada da construo daUsina Nuclear Angra III, com previso de entrada em operaocomercial em 2013.

    As usinas nucleares brasileiras so seguras contra terremotose tsunamis?Uma comparao direta entre as situaes brasileira e japonesa no adequada, pois enquanto o Japo est situado em uma regio dealta sismicidade causada pela proximidade da borda de placatectnica, onde ocorrem cerca de 99% dos grandes terremotos -, oBrasil est em uma regio de baixa sismicidade, em centro de placatectnica.

    O projeto estrutural das usinas de Angra leva em considerao apossvel ocorrncia de um abalo ssmico?As usinas nucleares de Angra dos Reis foram projetadas para

    resistir a vrios tipos de acidentes. O maior terremoto registrado naregio Sudeste, nas ltimas dcadas, ocorreu em 22 de abril de2008, atingiu 5,2 graus na escala Richter e teve seu epicentro noOceano Atlntico, a 215 km da cidade de So Vicente, no litoral

    paulista. Angra est projetada para resistir tremores mais acimadesse nvel.

    Qual a possibilidade de um tsunami (maremoto) atingir o litoralbrasileiro na regio Sudeste?Um evento desta natureza provocado na maioria das vezes emdecorrncia de um abalo ssmico de grande magnitude (superior a7.0) no mar, em que o foco esteja pouco profundo e em regies deborda de placas tectnicas que se movem uma em direo outra,gerando ondas que podem alcanar grande amplitude nas regiescosteiras prximas. A regio Sudeste do litoral brasileiro est situadana placa tectnica Sul-Americana, que se afasta da placa tectnicaAfricana. Portanto, no oceano Atlntico Sul, no existem ascondies necessrias para gerar os tsunamis (maremotos). Mesmoassim, Angra suportaria at ondas de 7 metros.

    Japo Terretomos, Tsunamis e Crise Nuclear maro 2011s 14h46 (horrio local; 2h46 em Braslia) da dia 11 de maro de2001 um terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu o arquiplagodo Japo. Foi o mais forte terremoto registrado no Japo e o stimona histria do mundo.

    O tsunami no Japo ocorreu porque uma placa tectnica deslizoupor baixo de outra no chamado assoalho ocenico. So 12 asprincipais placas tectnicas em toda a Terra, quatro delas estoprximas localizao do Japo. So as placas das Filipinas, doPacfico, Euro-Asitica e Norte-Americana.

    O nmero de mortos at o momento passa de 10 mil e os prejuzosso calculados em centenas de bilhes de dlares

    Entenda a Crise Nuclear no Japo1 O que causou o acidente nuclear no Japo?Problemas tiveram incio quando o terremoto da ltima sexta-feiracortou a energia da usina de Fukushima 1, interrompendo o sistemaque esfria os reatores. O sistema de emergncia comeou a operar,mas foi danificado pelo tsunami.

    2 Por que houve as exploses nos tetos dos reatores?As tentativas de resfriar os reatores falharam, e o superaquecimentoprovocou as exploses.

    3 Qual o risco de radiao?

    O governo japons afirmou ter registrado nveis de radiao acimado limite de segurana, mas que no representam risco imediato sade humana.

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    4 Quantas pessoas foram expostas radiao?Estima-se que pelo menos 190 pessoas foram expostas radiao,mas esse nmero pode ser muito maior. Cerca de 210 mil pessoasforam retiradas de uma rea de 20 km no entorno de Fukushima porprecauo.

    BRASIL - RELAES INTERNACIONAIS E DIPLOMACIA

    Secretrio-Geral Atualmente o sul-coreano Ban Ki-Moon. Aorganizao o mais respeitado frum de discusso eencaminhamento dos problemas mundiais, embora esteja longe deconseguir assegurar a paz no planeta, como previa sua carta defundao, de 1945. O secretrio-geral, cargo mais importante dainstituio, atua com limites, pois depende do aval das principaispotncias, que detm o real poder na ONU.

    Fundao da Onu -A ONU foi fundada aps a II Guerra Mundial eseu funcionamento est marcado pela situao da poca. NoConselho de Segurana (CS), que delibera sobre a seguranamundial e discute intervenes militares, os cinco membrospermanentes - EUA, China, Federao Russa, Frana e ReinoUnido -, as naes que ganharam a guerra, tm poder de veto sobreas decises. Muitos pases acham que o formato do CS ficouinadequado e defendem mudanas.

    Reformas - Entre as propostas em debate est a ampliao donmero de pases membros no CS de 15 para 24 ou 26. Essaproposta apoiada pelo ex-secretrio-geral da ONU, Kofi Annan. OGrupo dos 4 (G-4), formado por Alemanha, Japo, Brasil e ndia,defende a idia de que haja mais seis integrantes com assentopermanente: os quatro e dois representantes da frica.

    O Brasil e o Conselho de Segurana das Naes UnidasDesde o comeo do governo Lula, o Brasil mantm a clara intenode propor uma mudana na estrutura do Conselho de Segurana daONU. Alm de aumentar o nmero de participantes, o governobrasileiro busca um assento permanente. Atualmente, o Conselho formado por 15 membros, sendo que destes, 5 so membrospermanentes e com direito a veto: Estados Unidos, Frana, ReinoUnido, Rssia e China. Os outros 10 membros so rotativos e tmmandatos de 2 anos. Atualmente o Brasil um dos membros.

    UNASUL - A Unio de Naes Sul-Americanas (UNASUL) formada pelos doze pases da Amrica do Sul. O tratado constitutivoda organizao foi aprovado durante Reunio Extraordinria deChefes de Estado e de Governo, realizada em Braslia, em 23 demaio de 2008.

    Dez pases j depositaram seus instrumentos de ratificao(Argentina, Bolvia, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname,Uruguai, Venezuela e Uruguai), completando o nmero mnimo deratificaes necessrias para a entrada em vigor do Tratado no dia11 de maro de 2011. A sede do bloco sul-americano ser em Quito,capital equatoriana. A presidncia do rgo ser alternada entre ospresidentes dos pases e o mandato ser de um ano. A primeirarepresentante escolhida a presidente chilena Michelle Bachelet.

    A inteno da Unasul por enquanto auxiliar na convergncia dos

    blocos j existentes: o MERCOSUL e a Comunidade Andina.

    O Grupo do RioMecanismo Permanente de Consulta e Concertao Poltica - Grupodo Rio (GRIO) - criado em 1986, no Rio de Janeiro.

    Dele fazem parte Argentina, Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia,Equador, Mxico, Panam, Paraguai, Peru, Venezuela, Uruguai eum representante da Comunidade do Caribe/CARICOM. A partir daCpula de Cartegena (2000) Costa Rica, El Salvador, Guatemala,Honduras, Nicargua e Repblica Dominicana participam do GRIOcomo membros plenos e individuais.

    O Grupo do Rio um mecanismo singularmente dotado paraconsultas polticas no mais alto nvel, com grande maleabilidade deprocedimentos e um grau mnimo de institucionalizao. Tem sido

    um importante instrumento na conteno de processos que colocamem risco a ordem democrtica. Alm disso, tornou-se um foroprivilegiado de concertao de posies latino-americanas ecaribenhas em questes regionais e internacionais.

    BRASIL NO HAITI

    Brasil comanda misso da ONU para reorganizar pasO Haiti est localizado na Amrica Central insular, na parte oeste dailha La Hispaniola. O pas apresenta o pior IDH - ndice deDesenvolvmento Humano - das Amricas e um dos piores domundo. Possui uma populao de quase 8,6 milhes de habitantescom 96% formada por populao negra ou mestia.

    A ocupao europia foi feita inicialmente pela Espanha. A partir de1697, o territrio foi dominado pelos franceses, que implantaram aagricultura canavieira com a mo-de-obra escrava vinda da frica.Embora tenha se tornado independente em 1804, o Haiti sofreuinvases da Espanha e dos EUA (1915 a 1934).

    Papa Doc e Baby DocEm 1957, Franois Duvalier (chamado Papa Doc) foi eleitopresidente do Haiti e criou a Milcia de Voluntrios da Segurana,cujos membros, mais conhecidos como Tonton Macoutes ("bichospapes", no dialeto local), eliminaram a oposio. Iniciou-se, ento,um regime ditatorial baseado no terror, inclusive com elementos dosobrenatural: o vodu passou a ser usado para amedrontar apopulao descontente e ameaar a Igreja. Com a sua morte doPapa Doc, em 1971, seu filho Jean-Claude Duvalier (ou Baby Doc)assumiu o poder e continuou com os mesmos mtodos de controle erepresso. A insatisfao popular cresceu a ponto do Baby Doc serforado a abandonar o pas em 1986.

    Uma junta governou o pas at as eleies de 1990, vencidas pelopadre de esquerda Jean Bertrand Aristide que sofreu um golpe deEstado e se refugiou no Canad. Muitos refugiados se dirigiram aosEUA e pases vizinhos, o que levou o governo norte-americano deBill Clinton e a ONU a reivindicarem o retorno de Aristide ao poder.

    A Era AristideAo retornar ao Haiti, Aristide dissolveu o exrcito haitiano egovernou at 1995, quando elegeu o seu sucessor: Ren Prval.Nas eleies de 2000, Aristide venceu novamente, com 92% dosvotos, e o seu partido ganhou todas as cadeiras de deputados esenadores em disputa. Porm, em 2004 o Haiti possua cerca de70% da sua populao desempregada, o mandato dos deputados esenadores se encerrou sem novas eleies e Aristide governava por

    decretos. A oposio ao seu governo aumentou e armou-se,comeou uma luta armada e Aristide deixou o pas (retirado pelosEUA, fora).

    Tropas da ONUNo mesmo ano, a ONU enviou tropas com soldados do Chile, EUA,Canad e Frana e instalou um governo provisrio. O Conselho deSegurana da ONU instituiu a Operao Minustah para garantir asegurana e as condies estveis de modo a restabelecer umprocesso poltico e constitucional no pas. O comando das tropas foiconfiado ao Brasil.

    A Operao Minustah visa ajudar o governo transitrio, na reformade sua polcia nacional e em programas de desarmamento degrupos paramilitares e bandidos. O Brasil enviou cerca de 1.200soldados para o Haiti e assumiu o comando das tropas das ONU

    (cerca de 8.360 soldados de 40 pases).

    O Brasil em ao no HaitiEm 2006, o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar sesuicidou. O suicdio teria sido causado pela falta de perspectiva desoluo dos conflitos internos no Haiti (pois eles deixaram de serpolticos e os problemas sociais ganharam maior importncia):desemprego em torno de 80% da populao, desestruturao social,aumento da violncia e a falta de ajuda internacional.

    Para o Brasil, o comando das tropas da ONU visto como umaforma de o pas pleitear um assento no Conselho de Segurana daONU, ganhar experincia na luta contra o crime em favelas do Riode Janeiro (o exrcito realizou uma seqncia de incurses quedesmontaram as gangues de Cit Soleil - favela localizada nacapital, Porto Prncipe, a rea mais violenta do Haiti) e melhorar os

    equipamentos militares de combate urbano (o que j ocorreu com oCascavel e o Urutu).

    BRASIL e ITLIA - O Caso Cesare Battisti

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    A polmica em torno do julgamento do pedido de extradio do ex-ativista italiano Cesare Battisti teve incio em janeiro, quando oministro da Justia, Tarso Genro, o concedeu status de refugiadopoltico. Em novembro de 2008, o Comit Nacional para osRefugiados (Conare) havia negado, em placar apertado, o pedido derefgio em favor do ex-militante. Battisti apontado como terroristana Itlia e foi condenado priso perptua revelia na dcada de80 por supostamente ter coordenado o assassinato de quatropessoas entre 1977 e 1979. Ele est preso desde 2007 no Brasil,ano em que a Itlia pediu sua extradio.

    Na avaliao do Ministro Tarso Genro, a deciso do governo soberana e deveria anular o pedido de extradio, libertando Battisti.Mas, sob grande presso do governo italiano, o STF levou o caso ajulgamento, e o relator do pedido, Cezar Peluso, considerou ilegal ostatus de refugiado, mandando extraditar o italiano. Para Peluso,Battisti um "criminoso comum", e os assassinatos pelos quais foicondenado no podem ser considerados crimes polticos. No fim dojulgamento, os ministros decidiram, por cinco votos a quatro, que apalavra final sobre a entrega do estrangeiro ficaria com o presidenteLuiz Incio Lula da Silva.

    No ltimo dia de mandato, Lula decidiu manter Cesare Battisti noBrasil, mas o STF pode voltar a analisar a questo.

    ORIENTE MDIO e MUNDO RABE 2010/2011

    Osama bin Laden morto no Paquisto Maio de 2011No final da noite de 1 de maio de 2011 (madrugada do dia 2 noBrasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncioua morte do terrorista Osama bin Laden. "A justia foi feita", afirmouObama num discurso histrico representando o pice da chamada"guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, GeorgeW. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma manso na cidadepaquistanesa de Abbottabad, prxima capital Islamabad,aps meses de investigao secreta dos Estados Unidos.

    A morte de Bin Laden - o filho de uma milionria famlia que acaboupor se tornar o principal cone do terrorismo contemporneo -, foirecebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos emassivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto asecretria de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra oterrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horasdepois da notcia simboliza a incerteza do impacto efetivo da mortede Bin Laden no presente e no futuro.

    O Acordo Nuclear Turquia-Ir mediado pelo Brasil - 2010Em maio de 2010, o presidente Lula, o presidente do Ir, MahmoudAhmadinejad, e o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan,firmaram um acordo para troca de material nuclear entre Ir eTurquia: o Acordo de Teer.

    A principio, o acordo parecia ser a soluo para a crescente tensoentre Ir e o Conselho de Segurana da ONU em relao aoPrograma Nuclear iraniano. Mas muitos especialistas dizem que oacordo no vai impedir que o Ir consiga a tecnologia necessriapara a construo da bomba atmica, por mais que o presidenteAhmadinejad diga que o programa apenas para fins pacficos.Pases como os Estados Unidos, a Frana e o Reino Unido dizemque o acordo no passa de um embuste do Ir para ganhar tempo.

    Pelo acordo, o Ir entregar uma quantidade urnio enriquecido a3,5% Turquia. Em troca, receber parte deste urnio enriquecido a20%. Nessa faixa, seu uso limita-se apenas produo de energiaeltrica e pesquisas mdicas. Para ser utilizado em uma bombaatmica, o urnio deve ser enriquecido a mais de 90%. Todaoperao seria fiscalizada pela Agncia Internacional de EnergiaAtmica, rgo da ONU. Mas apesar do acordo, o governo do Irdisse que continuar a fazer pesquisas para o enriquecimento doseu urnio independente do acordo f irmado com Brasil e Turquia.

    Estados Unidos, Rssia, Frana, Alemanha e Reino Unido membros do Conselho de Segurana da ONU no concordaram

    com os termos do acordo e querem apertar as sanes sobre o Ir.Em resposta, Ahmadinejad ameaou no cumprir o acordo feito comBrasil e Turquia. A crise continua.

    Ataques de Israel A Frotilha da Paz maio/2010Uma frota de 6embarcaes daorganizao FreeGaza transportava750 pessoas e 10mil toneladas deajuda humanitriapara a Faixa deGaza, quando foiinterceptada pelaMarinha de Israelem guas

    internacionais.Vrios barcos

    israelensescercaram a frota. Soldados desceram de helicpteros at um dosnavios - o Mavi Marmara, de bandeira turca. Houve confronto, aomenos 9 ativistas morreram (19 de acordo com algumas outrasfontes) e outras 60 pessoas ficaram feridas, incluindo oito soldadosisraelenses. Segundo os organizadores, antes de zarpar a frotatinha ativistas de 60 nacionalidades, inclusive uma brasileira. Amaior parte da comunidade internacional condenou o ataque,classificando como ato de pirataria e at mesmo terrorismo deestado.

    O bloqueio israelense Faixa de GazaA ONU declarou ser ilegal o bloqueio contra Gaza imposto por Israeldecretado em 2007. Segundo a Organizao das Naes Unidaspara Agricultura e Alimentao (FAO), 61% das famlias em Gazavivem em estado grave de insegurana alimentar. Israel justifica obloqueio em se tratar de ttica de guerra contra o Hamas, gruporadical paramilitar e poltico (hoje um partido poltico) que controlaGaza desde 2009. Gaz no faz mais parte de Israel desde 2005 efaz parte da Autoridade Nacional Palestina.Qual a relao entre os dois episdios?A primeira vista, pode parecer que os dois eventos no tm qualquervnculo. Mas para quem tem uma boa idia da histria do conflitoisraelense-palestino e suas relaes com as naes rabes, taisepisdios mostram a difcil construo de um caminho de paz noOriente Mdio.

    O Acordo Turquia-Ir-Brasil no foi visto com bons olhos pelosgovernos de Israel e de seu aliado histrico, Estados Unidos. Adesconfiana de que o Ir continuar a enriquecer urnio para finsblicos a principal razo para o ceticismo em relao eficinciado tratado recm firmado.

    O Ir no fica no Oriente Mdio e sequer uma nao de etniarabe, mas o fato da maioria da populao ser muulmana cria umlao cultural que a aproxima das naes da Liga rabe. Nos ltimosanos, o presidente Mahmoud Ahmadinejad vem fazendo severascrticas e ameaas ao Estado de Israel, o que vem deixando arelao entre os dois pases cada vez mais tensa a ponto de umaquase guerra.

    Protestos por Democracia no Oriente Mdio - 2011

    TunsiaProtestos continuam na Tunsia apesar da deciso do presidenteZine al-Abidine Ben Ali de renunciar em janeiro. Ele deixou o pasaps semanas de manifestaes e choques entre manifestantes e apolcia.

    O gatilho foi o ato desesperado de um jovem desempregado, no dia17 de dezembro. Mohamed Bouazizi ateou fogo ao prprio corpo,quando autoridades de sua cidade impediram-no de vender legumesnas ruas de Sidi Bouzid sem permisso. O gesto detonou protestosque se espalharam pelo pas. A resposta violenta das autoridades -com a polcia abrindo fogo contra manifestantes - parece terexacerbado a ira da populao e fomentado novos protestos, queterminaram levando derrocada do presidente.

    Egito

    Centenas de milhares de pessoas se reuniram no Cairo em fevereiropara marcar uma semana da queda do presidente Hosni Mubarak. Older de 82 anos renunciou aps 18 dias de protestos. Ele estava nopoder desde 1981.

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    O Egito h muito vinha sendo um centro de estabilidade em umaregio voltil, mas isso mascarava problemas, que vieram tonanas demandas de manifestaes populares contra o governo de 30anos de Mubarak. Os principais gatilhos foram a pobreza, inflao,excluso social, raiva contra a corrupo e o enriquecimento da elitepoltica do pas.

    Com Mubarak fora do jogo, as Foras Armadas do pas assumiram opoder atravs de um Conselho Militar, que governar pelos prximosseis meses, at que eleies sejam realizadas. O grupo islamistaconservador Irmandade Muulmana tem chances de ter um bomdesempenho em quaisquer eleies livres e justas, mas temores deque o timo poltico no Egito se volte para o lado doconservadorismo islmico a principal fonte de preocupao doOcidente e de Israel.

    SriaO presidente Bashar al-Assad prometeu promover reformas polticasaps herdar o poder de seu pai, Hafez, em 2000, aps trs dcadasde um regime autoritrio.

    O presidente da Sria, Bashar al-Assad, convocou uma comisso dejuristas para estudar o fim das leis de emergncias que vigoram nopas h quase 50 anos. A legislao atual permite a polcia efetuarprises sem acusao formal e restringe o direito a manifestaespblicas. Segundo a agncia oficial de notcias da Sria, a comissodever elaborar novas leis para preservar a segurana e combater oterrorismo.

    Mas de nada adiantou. A situao no sul da Sria no ms de Abril de2011 ficou mais violenta e mais de 500 pessoas morreram atacadaspelas tropas do presidente Bashar al-Assad em poucas semanas.

    LbiaBenghazi, segunda maior cidade do pas, foi o principal foco derevoltas e de violncia. Os protestos se espalharam para a capital,Trpoli, no dia 20 de fevereiro. O filho de Khadafi, Saif al-Islam,advertiu em pronunciamento pela TV para o risco de uma guerra civilpoderia atingir o pas. O governo bloqueou a internet e vemdificultando o trabalho da mdia estrangeira, o que torna difcil teruma idia da proporo real dos distrbios no pas. Protestos soproibidos na Lbia, mas a revolta foi detonada pela priso de um

    advogado conhecido por ser um crtico aberto do governo. Khadafi o lder h mais tempo no poder na frica e no Oriente Mdio -desde 1969 - e um dos mais autocrticos.

    Conselho de Segurana autoriza medidas contra Kadafi; Brasilse abstm - 17/03/2011.

    O Conselho de Segurana da ONU adotou hoje uma resoluo queautoriza "todas as medidas necessrias" para proteger a populaocivil lbia dos ataques das tropas de Muammar Kadafi e estabeleceuma zona de excluso area sobre o pas norte-africano.

    A medida recebeu o respaldo de 10 dos 15 membros do principalrgo de segurana internacional, enquanto nenhum votou contra eos outros cinco se abstiveram. Os pases que se abstiveram foramBrasil, ndia, Alemanha, China e Rssia, sendo que estes dois

    ltimos so membros permanentes do Conselho de Segurana eque teriam vetado a medida se houvessem votado contra.

    Fora aliada de cinco pases lana ofensiva contra Lbia -22/03/2011

    Aps os primeiros ataques contra a Lbia, o Pentgono publicou umanota confirmando os pases que integram a fora aliada. EstadosUnidos, Frana, Reino Unido, Itlia e Canad lideram a operaobatizada de Odyssey Dawn, em traduo livre "Odisseia daAlvorada".De acordo com a nota, o objetivo da fora militar prevenir futurosataques de aliados de Kadafi contra a populao lbia.

    Em reunio a portas fechadas com Dilma Rousseff, o presidenteObama recebeu informaes sobre a situao na Lbia. Eleinterrompeu a conversa e autorizou as aes no pas. Logo depois,teria explicado para a presidente do Brasil que a interveno setratava do dilogo sobre o impasse no pas africano.

    Primeiro ataque da Frana: o primeiro ataque ocorreu s 16h45min(13h45min no Brasil). Segundo o Estado-Maior do Exrcito daFrana, o disparo foi contra um veculo das foras de Kadafi.

    Mapa das Revoltas no Mundo rabe

    BahreinA monarquia sunita que governa o pas ofereceu dilogo com

    representantes da maioria xiita do Bahrein, aps dias de protestosna principal praa da capital, Manama. O presidente dos EUA,Barack Obama, pediu calma ao Bahrein, que um pasestrategicamente importante para os EUA.

    Representantes de alto escalo do principal grupo poltico xiita dopas, Wefaq, pediram a renncia do governo. Entre outrasdemandas est a libertao dos presos polticos e conversas sobreuma nova Constituio. Manifestantes xiitas reclamam de problemaseconmicos, falta de liberdade poltica e discriminao no mercadode trabalho a favor de sunitas.

    O grande prmio de F1 de abertura da temporada 2011 foicancelado dias antes.

    Otan aceita assumir o comando das operaes militares na

    Lbia - 27/03/2011

    A Otan assumir o comando de todas as operaes militares naLbia, anunciou neste domingo (27) um dirigente da Aliana Atlnticaao trmino de uma reunio dos 28 embaixadores de seus pases-membros em Bruxelas."A Otan decidiu hoje (domingo) implementar todos os aspectos daresoluo 1973 da ONU para proteger os civis e as zonas povoadasde civis, ameaados por ataques por parte do regime do coronelKadhafi", declarou um representante da Otan que no quis seridentificado.

    MarrocosO principal grupo de oposio do Marrocos afirmou que a"autocracia" ser varrida do pas, se reformas econmicas profundasno forem implementadas. O pas enfrenta vrios problemas

    econmicos. O governo anunciou um aumento nos subsdios doEstado para tentar conter o aumento no preo das commodities.

    O rei diz que a luta contra a pobreza no pas uma prioridade, o quelhe valeu o epteto de "guardio dos pobres". Mas organizaes no-governamentais dizem que pouco mudou, que a pobreza e odesemprego ainda so grandes no pas. O Marrocos vem sendoatingido por greves, nos setores pblico e privado.

    ArgliaProtestos espordicos vm acontecendo no pas desde o comeo dejaneiro, com manifestantes pedindo a renncia do presidenteAbdelaziz Bouteflika. Grupos de manifestantes se uniram em seumovimento contra o governo, incluindo pequenos sindicatos epartidos polticos menores. O gatilho para os protestos parece tersido principalmente econmico - em particular o aumento acentuado

    no preo dos alimentos.

    ImenAps dias de protestos, o presidente do Imen, Ali Abdullah Saleh,anunciou, em fevereiro, que no concorreria a outro mandato, aps

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    trs dcadas no poder. Ele tambm disse ao Parlamento que nopassaria o poder a seu filho, afirmando: "Nenhuma extenso,nenhuma herana, nenhum cronmetro zerado".

    Mas os protestos continuam, com pessoas saindo s ruas nascidades de Sanaa, Aden e Taiz. Manifestantes antigoverno pedindoreformas polticas entraram em choque com grupos leais aogoverno, e a polcia foi enviada para reprimir manifestaes.

    JordniaMilhares de jornadanianos saram s ruas ao longo das ltimascinco semanas, pedindo melhores perspectivas de emprego ereduo nos preos de alimentos e combustvel.Em resposta, o rei Abdullah 2 demitiu o primeiro-ministro SamirRifai, acusando-o de promover reformas lentas. Marouf al-Bakhit, ex-general do Exrcito e embaixador do pas em Israel, foi nomeado emseu lugar.

    A morte do rei Hussein, que governou por 46 anos, deixou aJordnia na briga pela sobrevincia econmica e social, assim comopela paz regional. Seu filho, Abdullah, que o sucedeu no trono,enfrenta o desafio de manter a estabilidade e atender a demandaspor reforma.

    IrO sistema poltico complexo e incomum do Ir combina elementosde uma teocracia islmica com democracia. Uma rede deinstituies no sujeitas a voto popular e controladas pelo altamentepoderoso Lder Supremo do pas tem como contrapartida umpresidente e um Parlamento eleitos pelo povo. O presidenteMahmoud Ahmadinejad, eleito em 2005, um adepto da linha-dura,que prometeu reprimir qualquer protesto contra o regime.

    Palestina pode ser reconhecida pela maioria dos pases em2011 Janeiro de 2011

    O ministro palestino das Relaes Exteriores, Riyad al-Malki, disseque a maioria dos pases do mundo, entre eles os da UnioEuropia, reconhecero em 2011 a Palestina como Estado. Aafirmao foi feita depois de reunio com a chanceler espanhola,

    Em dezembro de 2010, Brasil, Argentina, Bolvia, Equador eposteriormente o Chile reconheceram a Palestina como um "Estadolivre e independente no interior das fronteiras de 1967", ou seja, otraado da fronteira antes da guerra dos Seis Dias. O Uruguaianunciou que far o mesmo em 2011, sem informar em quefronteiras. Cuba, Venezuela, Nicargua e Costa Rica j reconhecemo Estado palestino.

    Malki indicou que a Autoridade Palestina se esfora para obter oreconhecimento do Mxico e de outros pases da Amrica Central edo Sul.

    BRASIL X PARAGUAI A QUESTO DE ITAIPU

    O Tratado de ItaipuA usina hidreltrica de Itaipu resultado de acordos entre Paraguaie Brasil, que ganharam impulso na dcada de 1960, entrando emoperao em 1984. A empresa pertence aos dois pases em partesiguais. Pelo contrato de 1973, cada um tem direito a 50% da energiaproduzida. Caso uma das partes no use toda a cota, vende oexcedente ao parceiro a preo de custo.

    Como o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia - o queatende 95% da demanda do pas-, o restante vendido ao Brasil -nototal, 20% da energia eltrica usada por aqui vem de Itaipu. Ocontrato tem essa forma porque o Brasil bancou sozinho aconstruo e, depois, a recapacitao da usina. Ao vender energia apreo de custo, o Paraguai est pagando a sua parte de Itaipu. Altima "prestao" vencer em 2023, quando est prevista arenegociao do contrato.

    A reivindicao do atual governo paraguaio do presidente FernandoLugo est ancorada no baixo preo pago pelo Brasil ao Paraguai.

    Paraguai e Brasil chegam a acordo sobre energia de Itaipu25/07/2009

    Paraguai e Brasil chegaram a um acordo sobre a hidreltricabinacional Itaipu que implica maiores benefcios econmicos para oParaguai, mas no inclui mudana do tratado que fundou a central.

    A deciso foi conhecida aps encontro entre os presidentes doParaguai, Fernando Lugo, e do Brasil, Luiz Incio Lula da Silva,

    celebrado na sede do governo paraguaio, no centro de Assuno.O Brasil praticamente triplicou o montante que paga ao vizinho pelaenergia eltrica que o vizinho no consome para abastecer a regiosudeste, alm de permitir ao Paraguai a venda gradual do produtoao mercado brasileiro sem a intermediao da estatal Eletrobrs.

    O acordo abriu a possibilidade para que ambos os pases possamcomercializar a energia de Itaipu com outros mercados a partir de2023, uma recusa exigncia paraguaia de modificar o tratado querege a administrao da central.

    ATUALIDADES TEMAS DIVERSOS

    PRINCIPAIS ESTATUTOS DO ESTADO BRASILEIRO

    O Estatuto da Criana e do Adolescente - ECA - um conjunto denormas do ordenamento jurdico brasileiro que tem o objetivo deproteger a integridade da criana e do adolescente. O ECA foiinstitudo pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 e representa umavano no direito das pessoas ao explicitar os princpios da proteointegral e da prioridade absoluta, j previstos na ConstituioFederal de 1988, que elevou a criana e o adolescente apreocupao central da sociedade e orientar a criao de polticaspblicas em todas as esferas de governo (Unio, Estados , DistritoFederal e Municpios). Considera-se criana, para os efeitos destaLei, a pessoa at doze anos de idade incompletos, e adolescenteaquela entre doze e dezoito anos de idade. Nos casos expressos emlei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto s pessoas entredezoito e vinte e um anos de idade.

    Estatuto das Cidades responsvel por regulamentar e definir

    instrumentos propcios efetivao das diretrizes encontradas nocaptulo sobre Poltica urbana da mais recente Constituiobrasileira. a denominao oficial e consagrada da lei 10.257 de 10de julho de 2001, responsvel pela regulamentao dodesenvolvimento urbano no Brasil. Estatuto das Cidades surgiucomo projeto de lei em 1990, proposto pelo ento senador Pompeude Souza, tendo sido aprovado apenas em 2001, onze anos depois.As principais caractersticas do Estatuto das Cidades esto naatribuio aos municpios da implementao de planos diretoresparticipativos para as suas cidades, definindo uma srie deinstrumentos urbansticos que tm no combate especulaoimobiliria e na regularizao fundiria dos imveis urbanos seusprincipais objetivos.

    Estatuto do Idoso - uma lei brasileira que visa garantir direitos spessoas idosas. Foi aprovado pelo Governo do Brasil no dia 1 deoutubro de 2003. Tem como objetivo assegurar os direitos sociais doidoso, para assim promover sua autonomia, integrao eparticipao efetiva na sociedade. Reconhecendo o Progresso deenvelhecimento populacional no Brasil e as demandas geradas poresse fenmeno, foi promulgada legislao especfica para esseseguimento etrio, a Poltica Nacional do Idoso (PNI) de janeiro de1994, que trouxe nova perspectiva para o atendimento ao idoso enova forma de encar-lo, considerando-o como um cidado comdireitos e deveres e pessoas em desenvolvimento, apta a se cuidare se governar. Constitui um marco, chamando ateno para o fatode o tema velhice ser pertinente a toda sociedade. No artigo 3,estabelece: A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever deassegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo suaparticipao na comunidade, defendendo a sua dignidade, bem-estar e direito vida; O idoso deve ser o principal agente e odestinatrio das transformaes a serem efetivadas por meio destapoltica; O idoso no deve sofrer discriminao de qualquer

    natureza.

    Estatuto da Terra Um dos primeiros cdigos inteiramenteelaborados pelo Governo Militar no Brasil, a Lei 4504, de 30 de

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    novembro de 1964, foi concebida como a forma de colocar um freionos movimentos campesinos que se multiplicavam durante oGoverno Joo Goulart. Conquanto seus conceitos abarcamdefinies de cunho inteiramente poltico, serve para nortear asaes de rgos governamentais de fomento agrcola e de reformaagrria, como o INCRA. So diversos os conceitos ali enunciados,com importantes repercusses para a vida no campo, bem como arelao do proprietrio de terras com o seu imvel. Dentre elas:

    Reforma agrria - o conjunto de medidas que visem a

    promover melhor distribuio da terra, mediante modificaesno regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princpiosde justia social e ao aumento de produtividade.Mdulo rural -consiste, em linhas gerais, na menor unidade deterra onde uma famlia possa se sustentar ou, como define alei: lhes absorva toda a fora de trabalho, garantindo-lhes asubsistncia e o progresso social e econmico - e cujasdimenses, variveis consoante diversos fatores (localizao,tipo do solo, topografia, etc.), so determinadas por rgosoficiais.Minifndio - Uma propriedade de terra cujas dimenses noperfazem o mnimo para configurar um mdulo rural.Latifndio - propriedades que excedam a certo nmero demdulos rurais ou, independente deste valor, que sejamdestinadas a fins no produtivos (como a especulao).

    Estatuto do Desarmamento - uma lei federal que entrou em vigorno dia seguinte sano do presidente da Repblica, Luiz IncioLula da Silva. Trata-se da Lei 10826 de 22 de dezembro de 2003,que dispe sobre registro, posse e comercializao de armas defogo e munio (...). Somente podero andar armados osresponsveis pela garantia da segurana pblica, integrantes dasForas Armadas, policiais, agentes de inteligncia e agentes desegurana privada. J os civis, mediante a concesso do porte daarma de fogo, s podem comprar agora os maiores de 25 anos, eno maiores de 21 anos, devido a estatsticas que revelam umesmagador nmero de perpetradores e vtimas de mortes ocorridascom jovens entre 17 e 24 anos. Em 23 de outubro de 2005, ogoverno promoveu um referendo popular para saber se a populaoconcorda com a proibio da venda de arma de fogo e munio emtodo o territrio nacional denominado Referendo Sobre a Proibiodo Comrcio de Armas e Munio no Brasil. A medida no foiaprovada.

    Estatuto do ndio - o nome como ficou conhecida a lei 6.001.Promulgada em 1973, ela dispe sobre as relaes do Estado e dasociedade brasileira com os ndios. Em linhas gerais, o Estatutoseguiu um princpio estabelecido pelo velho Cdigo Civil brasileiro(de 1916): de que os ndios, sendo "relativamente capazes",deveriam ser tutelados por um rgo indigenista estatal (de 1910 a1967, o Servio de Proteo ao ndio/SPI; atualmente, a FundaoNacional do ndio/Funai) at que eles estivessem integrados comunho nacional, ou seja, sociedade brasileira.A partir de 1991, projetos de lei foram apresentados pelo Executivoe por deputados para regulamentar dispositivos constitucionais epara adequar a velha legislao aos termos da nova Carta. Em1994, uma proposta de Estatuto das Sociedades Indgenas foiaprovada por uma comisso especial da Cmara dos Deputados. Onovo "Estatuto dos Povos Indgenas" uma proposta que visagarantir a proteo e os direitos das sociedades indgenas, entreoutros, nos contextos:

    Da demarcao das terras indgenasDo usufruto dos recursos florestaisDa proteo ambientalDa sadeDa educaoDas atividades produtivasDas normas penaisDos crimes contra os ndios

    Desde 1994 esta proposta est com sua tramitao paralisada naCmera dos Deputados.

    STF rejeita reviso da Lei da Anistia abril/2010

    O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a lei de anistia vlida e, portanto, impossvel processar penalmente e punir osagentes de estado que atuaram na ditadura e praticaram crimescontra os opositores do governo como tortura, assassinatos e

    desaparecimentos forados. Depois de dois dias de julgamento, amaioria dos ministros do STF rejeitou ao proposta pela Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB) que questionava a concesso de anistiaa agentes da ditadura e propunha uma reviso. No debate, venceu,por 7 votos a 2, a tese defendida pelo relator da matria.

    HUGO CHAVEZ e a VENEZUELA

    Fora Poltica - Eleito presidente pela primeira vez em 1998,

    Chvez modificou a Constituio para ampliar seus poderes.Fortemente combatido pela oposio, sobreviveu a uma tentativa degolpe em 2002 e teve seu mandato ratificado pelas urnas numreferendo em 2004. Com 63% dos votos, Chvez foi ree