34
APOSTILA CONCURSO SUS SUS Sistema Único de Saúde Conteúdo: Organização e Funcionamento do SUS - Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 Artigos 196 a 200 da Constituição Federal Exercícios O Sistema Único de Saúde - SUS - foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentando pelas Leis nº 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8142/90, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto. Do SUS fazem parte os centro e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswlado Cruz e o Instituto Vital Brazil. Através do Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao SUS, sejam públicas (da esfera municipal, estadual e federal), ou privadas, contratas pelo gestor público de saúde. O SUS é destinado a todos/as os/as cidadãos/ãs e é financiado com recursos arrecadados através de impostos e contribuições sociais pagos pela população e compõem os recursos do governo federal, estadual e municipal. O Sistema Único de Saúde tem como meta tornar-se um importante mecanismo de promoção da eqüidade no atendimento das necessidades de saúde da população, ofertando serviços com qualidade adequados às necessidades, independente do poder aquisitivo do/a cidadão/ã. O SUS se propõe a promover a saúde, priorizando as ações preventivas, democratizando as informações relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde. O controle da ocorrência de doenças, seu aumento e propagação (Vigilância Epidemiológica) são algumas das responsabilidades de atenção do SUS, assim como o controle da qualidade de remédios, de exames, de alimentos, higiene e adequação de instalações que atendem ao público, onde atua a Vigilância Sanitária. Complementariedade do Setor Privado: O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios de prestação de serviço ao Estado - quando as unidades públicas de saúde não são suficientes para garantir o atendimento a toda a população de uma determinada região. A Constituição definiu que quando, por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isto se deve dar sob três condições:

Apostila Concurso Sus

Embed Size (px)

DESCRIPTION

apostila

Citation preview

APOSTILA CONCURSO SUS

APOSTILA CONCURSO SUSSUS

Sistema nico de Sade

Contedo: Organizao e Funcionamento do SUS - Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990

Artigos 196 a 200 da Constituio Federal

Exerccios

O Sistema nico de Sade - SUS - foi criado pela Constituio Federal de 1988 e regulamentando pelas Leis n 8080/90 (Lei Orgnica da Sade) e n 8142/90, com a finalidade de alterar a situao de desigualdade na assistncia sade da populao, tornando obrigatrio o atendimento pblico a qualquer cidado, sendo proibidas cobranas de dinheiro sob qualquer pretexto.

Do SUS fazem parte os centro e postos de sade, hospitais - incluindo os universitrios, laboratrios, hemocentros (bancos de sangue), alm de fundaes e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundao Oswlado Cruz e o Instituto Vital Brazil. Atravs do Sistema nico de Sade, todos os cidados tm direito a consultas, exames, internaes e tratamentos nas Unidades de Sade vinculadas ao SUS, sejam pblicas (da esfera municipal, estadual e federal), ou privadas, contratas pelo gestor pblico de sade.

O SUS destinado a todos/as os/as cidados/s e financiado com recursos arrecadados atravs de impostos e contribuies sociais pagos pela populao e compem os recursos do governo federal, estadual e municipal.

O Sistema nico de Sade tem como meta tornar-se um importante mecanismo de promoo da eqidade no atendimento das necessidades de sade da populao, ofertando servios com qualidade adequados s necessidades, independente do poder aquisitivo do/a cidado/. O SUS se prope a promover a sade, priorizando as aes preventivas, democratizando as informaes relevantes para que a populao conhea seus direitos e os riscos sua sade. O controle da ocorrncia de doenas, seu aumento e propagao (Vigilncia Epidemiolgica) so algumas das responsabilidades de ateno do SUS, assim como o controle da qualidade de remdios, de exames, de alimentos, higiene e adequao de instalaes que atendem ao pblico, onde atua a Vigilncia Sanitria.

Complementariedade do Setor Privado:O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convnios de prestao de servio ao Estado - quando as unidades pblicas de sade no so suficientes para garantir o atendimento a toda a populao de uma determinada regio.

A Constituio definiu que quando, por insuficincia do setor pblico, for necessrio a contratao de servios privados, isto se deve dar sob trs condies:

1. A celebrao do contrato conforme as normas de direito pblico;

2. A instituio privada dever estar de acordo com os princpios bsicos e normas tcnicas do SUS;

3. A integrao dos servios privados dever se dar na mesma lgica do SUS em termos de posio definida na rede regionalizada e hierarquizada dos servios.

Dentre os servios privados, devem ter preferncia os servios no lucrativos (hospitais

Filantrpicos -Santas Casas), conforme determina a Constituio. Assim cada gestor dever planejar primeiro o setor pblico e na sequncia, complementar a rede assistencial com o setor privado no lucrativo, com os mesmos conceitos de regionalizao, hierarquizao e universalizao.

Baseado nos preceitos Constitucionais, a construo do SUS se norteia em alguns princpios doutrinrios:

Universalidade

Todas as pessoas tm direito ao atendimento independente de cor, raa, religio, local de moradia, situao de emprego ou renda, etc. A sade direito de cidadania e dever dos governos Municipal, Estadual e Federal.

Deixam de existir com isto os/as "indigentes" que eram os/as brasileiros/as no includos/as no mercado formal de trabalho.

Integralidade

As aes de sade devem ser combinadas e voltadas ao mesmo tempo para preveno e a cura. Os servios de sade devem funcionar atendendo o indivduo como um ser humano integral submetido s mais diferentes situaes de vida e trabalho, que o leva a adoecer e a morrer. O indivduo no deve ser visto como um amontoado de partes (corao, fgado, pulmes, etc.) e solto no mundo.

O indivduo um ser humano, social, cidado/ que biologicamente, psicologicamente, e socialmente est sujeito riscos de vida. Desta forma o atendimento deve ser feito para a sua sade e no somente para as suas doenas. Isto exige que o atendimento deve ser feito tambm para erradicar as causas e diminuir os riscos, alm de tratar os danos.

Ou seja, isto faz com que as aes de promoo (que envolve aes de em outras reas como habitao, meio ambiente, educao, etc.), com aes de preveno (saneamento bsico, imunizaes, aes coletivas e preventivas, vigilncia sade e sanitria, etc.) e de recuperao (atendimento mdico, tratamento e reabilitao para os/as doentes).

Estas aes de promoo, proteo e de recuperao formam um todo indivisvel que no podem ser compartimentalizadas. As unidades prestadoras de servio com seus diversos graus de complexidade formam tambm um todo indivisvel, configurando um sistema capaz de prestar assistncia integral.

Promoo: So aes que buscam eliminar ou controlar as causas das doenas e agravos, ou seja, o que determina ou condiciona o aparecimento de casos.

Estas aes esto relacionadas a fatores biolgicos (herana gentica como cncer, hipertenso, etc.), psicolgicos (estado emocional) e sociais (condies de vida, como na desnutrio, etc.).

Proteo: so aes especficas para prevenir riscos e exposies s doenas, ou seja, para manter o estado de sade. Como por exemplo:

as aes de tratamento da gua para evitar a clera e outras doenas; x preveno de complicao da gravidez, parto e do puerprio; x imunizaes x preveno de doenas transmitidas pelo sexo - DST e AIDS; x preveno da crie dental; x preveno de doenas contradas no trabalho; x preveno de cncer de mama, de prstata, de pulmo; x controle da qualidade do sangue, etc.

Recuperao: so as aes que evitam as mortes das pessoas doentes e as sequelas; so as aes que j atuam sobre os danos. Por exemplo:

atendimento mdico ambulatorial bsico e especializado; x atendimento s urgncias e emergncias; x atendimento odontolgico; x exames diagnsticos; x internaes hospitalares;

Regionalizao e Hierarquizao

A rede de servios do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de sade da populao de uma rea delimitada, favorecendo aes de vigilncia epidemiolgica, sanitria, controle de vetores, educao em sade, alm das aes de ateno ambulatorial e hospitalar em todos os nveis de complexidade.

O acesso da populao rede deve se dar atravs dos servios de nvel primrio de ateno, que devem ser estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam servios de sade. Os que no forem resolvidos este nvel devero ser referenciados para os servios de maior complexidade tecnolgica.

No Nvel tercirio de ateno sade esto os hospitais de referencia e resolvem os 5% restante dos problemas de sade.

O nvel secundrio resolve 15% dos problemas de sade - so os Centros de Especialidades. Neste nvel se resolve 80% do problemas - a Unidade Bsica de Sade.

A organizao do SUS regida por alguns princpios, tais como:

Descentralizao

entendida como uma redistribuio das responsabilidades s aes e servios de sade entre os vrios nveis de governo, a partir da idia de que quanto mais perto do fato a deciso for tomada, mais chance haver de acerto.

Dever haver uma profunda redefinio das atribuies dos vrios nveis de governo, com um ntido reforo do poder municipal sobre a sade - a este processo d-se o nome de municipalizao.

Aos municpios cabe, portanto, a maior responsabilidade na implementao das aes de sade diretamente voltadas para os/as seus/suas cidados/s. A Lei 8.080/90 e as NOBs (Norma Operacional Bsica do Ministrio da Sade) que se seguiram definem precisamente o que obrigao de cada esfera de governo.

Participao da Sociedade

a garantia constitucional de que a populao atravs de suas entidades representativas poder participar do processo de formulao das polticas de sade e do controle de sua execuo, em todos os nveis desde o federal at o local.

Essa participao deve se dar nos conselhos de sade, com representao paritria de usurios/as, governo, profissionais de sade e prestadores/as de servios, com poder deliberativo.

As Conferncias de Sade nas trs esferas de governo so as instncias mximas de deliberao, devendo ocorrer periodicamente e definir as prioridades e linhas de ao sobre a sade.

dever das instituies oferecer informaes e conhecimentos necessrios para que a populao se posicione sobre as questes que dizem respeito sua sade.

LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 Texto devidamente atualizado at Agosto/2008

Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1 Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito Pblico ou privado.

Art. 2 A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio.

1 O dever do Estado de garantir a sade consiste na formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao.

2 O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.

Art. 3 A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas.

Pargrafo nico. Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico, mental e social.

Art. 4 O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e municipais, da Administrao direta e indireta e das fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de Sade (SUS).

1 Esto includas no disposto neste artigo as instituies pblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produo de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para sade.

2 A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade (SUS), em carter complementar.

Dos Objetivos e Atribuies

Art. 5 So objetivos do Sistema nico de Sade SUS: I - a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade;

I - a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social, a observncia do disposto no 1 do art. 2 desta lei;

I - a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas.

Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade (SUS): I - a execuo de aes: a) de vigilncia sanitria; b) de vigilncia epidemiolgica; c) de sade do trabalhador; e d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica; I - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de saneamento bsico; I - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade; IV - a vigilncia nutricional e a orientao alimentar; V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo;

VII - o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para a sade; VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas para consumo humano;

IX - a participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

X - o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e tecnolgico; XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados.

1 Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade, abrangendo:

I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sade, compreendidas todas as etapas e processos, da produo ao consumo; e

I - o controle da prestao de servios que se relacionam direta ou indiretamente com a sade.

2 Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes que proporcionam o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de preveno e controle das doenas ou agravos.

3 Entende-se por sade do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, atravs das aes de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho, abrangendo:

I - assistncia ao trabalhador vtima de acidentes de trabalho ou portador de doena profissional e do trabalho;

I - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), em estudos, pesquisas, avaliao e controle dos riscos e agravos potenciais sade existentes no processo de trabalho;

I - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), da normatizao, fiscalizao e controle das condies de produo, extrao, armazenamento, transporte, distribuio e manuseio de substncias, de produtos, de mquinas e de equipamentos que apresentam riscos sade do trabalhador;

IV - avaliao do impacto que as tecnologias provocam sade;

V - informao ao trabalhador e sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doena profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizaes, avaliaes ambientais e exames de sade, de admisso, peridicos e de demisso, respeitados os preceitos da tica profissional;

VI - participao na normatizao, fiscalizao e controle dos servios de sade do trabalhador nas instituies e empresas pblicas e privadas;

VII - reviso peridica da listagem oficial de doenas originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaborao a colaborao das entidades sindicais; e

VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao rgo competente a interdio de mquina, de setor de servio ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposio a risco iminente para a vida ou sade dos trabalhadores.

CAPTULO I Dos Princpios e Diretrizes

Art. 7 As aes e servios pblicos de sade e os servios privados contratados ou conveniados que integram o Sistema nico de Sade (SUS), so desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios:

I - universalidade de acesso aos servios de sade em todos os nveis de assistncia;

I - integralidade de assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema;

I - preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral; IV - igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie; V - direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade;

VI - divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e a sua utilizao pelo usurio;

VII - utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica;

VIII - participao da comunidade; IX - descentralizao poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo: a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios; b) regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade; X - integrao em nvel executivo das aes de sade, meio ambiente e saneamento bsico;

XI - conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios na prestao de servios de assistncia sade da populao;

XII - capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e XIII - organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos. CAPTULO I

Da Organizao, da Direo e da Gesto

Art. 8 As aes e servios de sade, executados pelo Sistema nico de Sade (SUS), seja diretamente ou mediante participao complementar da iniciativa privada, sero organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nveis de complexidade crescente.

Art. 9 A direo do Sistema nico de Sade (SUS) nica, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituio Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes rgos:

I - no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade;

I - no mbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente; e

I - no mbito dos Municpios, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente.

Art. 10. Os municpios podero constituir consrcios para desenvolver em conjunto as aes e os servios de sade que lhes correspondam.

1 Aplica-se aos consrcios administrativos intermunicipais o princpio da direo nica, e os respectivos atos constitutivos disporo sobre sua observncia.

2 No nvel municipal, o Sistema nico de Sade (SUS), poder organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, tcnicas e prticas voltadas para a cobertura total das aes de sade.

Art. 1. (Vetado).

Art. 12. Sero criadas comisses intersetoriais de mbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Sade, integradas pelos Ministrios e rgos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.

Pargrafo nico. As comisses intersetoriais tero a finalidade de articular polticas e programas de interesse para a sade, cuja execuo envolva reas no compreendidas no mbito do Sistema nico de Sade (SUS).

Art. 13. A articulao das polticas e programas, a cargo das comisses intersetoriais, abranger, em especial, as seguintes atividades:

I - alimentao e nutrio; I - saneamento e meio ambiente;

I - vigilncia sanitria e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - cincia e tecnologia; e VI - sade do trabalhador.

Art. 14. Devero ser criadas Comisses Permanentes de integrao entre os servios de sade e as instituies de ensino profissional e superior.

Pargrafo nico. Cada uma dessas comisses ter por finalidade propor prioridades, mtodos e estratgias para a formao e educao continuada dos recursos humanos do Sistema nico de Sade (SUS), na esfera correspondente, assim como em relao pesquisa e cooperao tcnica entre essas instituies.

Da Competncia e das Atribuies

Seo I

Das Atribuies Comuns

Art. 15. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios exercero, em seu mbito administrativo, as seguintes atribuies:

I - definio das instncias e mecanismos de controle, avaliao e de fiscalizao das aes e servios de sade;

I - administrao dos recursos oramentrios e financeiros destinados, em cada ano, sade;

I - acompanhamento, avaliao e divulgao do nvel de sade da populao e das condies ambientais;

IV - organizao e coordenao do sistema de informao de sade;

V - elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade e parmetros de custos que caracterizam a assistncia sade;

VI - elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade para promoo da sade do trabalhador;

VII - participao de formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico e colaborao na proteo e recuperao do meio ambiente;

VIII - elaborao e atualizao peridica do plano de sade;

IX - participao na formulao e na execuo da poltica de formao e desenvolvimento de recursos humanos para a sade;

X - elaborao da proposta oramentria do Sistema nico de Sade (SUS), de conformidade com o plano de sade;

XI - elaborao de normas para regular as atividades de servios privados de sade, tendo em vista a sua relevncia pblica;

XII - realizao de operaes externas de natureza financeira de interesse da sade, autorizadas pelo Senado Federal;

XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitrias, decorrentes de situaes de perigo iminente, de calamidade pblica ou de irrupo de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poder requisitar bens e servios, tanto de pessoas naturais como de jurdicas, sendo-lhes assegurada justa indenizao;

XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

XV - propor a celebrao de convnios, acordos e protocolos internacionais relativos sade, saneamento e meio ambiente;

XVI - elaborar normas tcnico-cientficas de promoo, proteo e recuperao da sade;

XVII - promover articulao com os rgos de fiscalizao do exerccio profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a definio e controle dos padres ticos para pesquisa, aes e servios de sade;

XVIII - promover a articulao da poltica e dos planos de sade; XIX - realizar pesquisas e estudos na rea de sade;

X - definir as instncias e mecanismos de controle e fiscalizao inerentes ao poder de polcia sanitria;

XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratgicos e de atendimento emergencial.

Seo I

Da Competncia

Art. 16. A direo nacional do Sistema nico da Sade (SUS) compete: I - formular, avaliar e apoiar polticas de alimentao e nutrio; I - participar na formulao e na implementao das polticas: a) de controle das agresses ao meio ambiente; b) de saneamento bsico; e c) relativas s condies e aos ambientes de trabalho; I - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistncia de alta complexidade; b) de rede de laboratrios de sade pblica; c) de vigilncia epidemiolgica; e d) vigilncia sanitria;

IV - participar da definio de normas e mecanismos de controle, com rgo afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sade humana;

V - participar da definio de normas, critrios e padres para o controle das condies e dos ambientes de trabalho e coordenar a poltica de sade do trabalhador;

VI - coordenar e participar na execuo das aes de vigilncia epidemiolgica;

VII - estabelecer normas e executar a vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execuo ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municpios;

VIII - estabelecer critrios, parmetros e mtodos para o controle da qualidade sanitria de produtos, substncias e servios de consumo e uso humano;

IX - promover articulao com os rgos educacionais e de fiscalizao do exerccio profissional, bem como com entidades representativas de formao de recursos humanos na rea de sade;

X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execuo da poltica nacional e produo de insumos e equipamentos para a sade, em articulao com os demais rgos governamentais;

XI - identificar os servios estaduais e municipais de referncia nacional para o estabelecimento de padres tcnicos de assistncia sade;

XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade;

XIII - prestar cooperao tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios para o aperfeioamento da sua atuao institucional;

XIV - elaborar normas para regular as relaes entre o Sistema nico de Sade (SUS) e os servios privados contratados de assistncia sade;

XV - promover a descentralizao para as Unidades Federadas e para os Municpios, dos servios e aes de sade, respectivamente, de abrangncia estadual e municipal;

XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

XVII - acompanhar, controlar e avaliar as aes e os servios de sade, respeitadas as competncias estaduais e municipais;

XVIII - elaborar o Planejamento Estratgico Nacional no mbito do SUS, em cooperao tcnica com os Estados, Municpios e Distrito Federal;

XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliao tcnica e financeira do SUS em todo o Territrio Nacional em cooperao tcnica com os Estados, Municpios e Distrito Federal.

Pargrafo nico. A Unio poder executar aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria em circunstncias especiais, como na ocorrncia de agravos inusitados sade, que possam escapar do controle da direo estadual do Sistema nico de Sade (SUS) ou que representem risco de disseminao nacional.

Art. 17. direo estadual do Sistema nico de Sade (SUS) compete: I - promover a descentralizao para os Municpios dos servios e das aes de sade; I - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema nico de Sade (SUS);

I - prestar apoio tcnico e financeiro aos Municpios e executar supletivamente aes e servios de sade;

IV - coordenar e, em carter complementar, executar aes e servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; e d) de sade do trabalhador;

V - participar, junto com os rgos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercusso na sade humana;

VI - participar da formulao da poltica e da execuo de aes de saneamento bsico; VII - participar das aes de controle e avaliao das condies e dos ambientes de trabalho;

VIII - em carter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a poltica de insumos e equipamentos para a sade;

IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referncia e gerir sistemas pblicos de alta complexidade, de referncia estadual e regional;

X - coordenar a rede estadual de laboratrios de sade pblica e hemocentros, e gerir as unidades que permaneam em sua organizao administrativa;

XI - estabelecer normas, em carter suplementar, para o controle e avaliao das aes e servios de sade;

XII - formular normas e estabelecer padres, em carter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substncias de consumo humano;

XIII - colaborar com a Unio na execuo da vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras;

XIV - o acompanhamento, a avaliao e divulgao dos indicadores de morbidade e mortalidade no mbito da unidade federada.

Art. 18. direo municipal do Sistema de Sade (SUS) compete:

I - planejar, organizar, controlar e avaliar as aes e os servios de sade e gerir e executar os servios pblicos de sade;

I - participar do planejamento, programao e organizao da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema nico de Sade (SUS), em articulao com sua direo estadual;

I - participar da execuo, controle e avaliao das aes referentes s condies e aos ambientes de trabalho;

IV - executar servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; d) de saneamento bsico; e e) de sade do trabalhador; V - dar execuo, no mbito municipal, poltica de insumos e equipamentos para a sade;

VI - colaborar na fiscalizao das agresses ao meio ambiente que tenham repercusso sobre a sade humana e atuar, junto aos rgos municipais, estaduais e federais competentes, para control-las;

VII - formar consrcios administrativos intermunicipais; VIII - gerir laboratrios pblicos de sade e hemocentros;

IX - colaborar com a Unio e os Estados na execuo da vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras;

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convnios com entidades prestadoras de servios privados de sade, bem como controlar e avaliar sua execuo;

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos servios privados de sade; XII - normatizar complementarmente as aes e servios pblicos de sade no seu mbito de atuao. Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuies reservadas aos Estados e aos Municpios. CAPTULO V

Do Subsistema de Ateno Sade Indgena

Art. 19-A. As aes e servios de sade voltados para o atendimento das populaes indgenas, em todo o territrio nacional, coletiva ou individualmente, obedecero ao disposto nesta Lei.

Art. 19-B. institudo um Subsistema de Ateno Sade Indgena, componente do Sistema nico de Sade SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionar em perfeita integrao.

Art. 19-C. Caber Unio, com seus recursos prprios, financiar o Subsistema de Ateno Sade Indgena.

Art. 19-D. O SUS promover a articulao do Subsistema institudo por esta Lei com os rgos responsveis pela Poltica Indgena do Pas.

Art. 19-E. Os Estados, Municpios, outras instituies governamentais e no-governamentais podero atuar complementarmente no custeio e execuo das aes.

Art. 19-F. Dever-se- obrigatoriamente levar em considerao a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indgenas e o modelo a ser adotado para a ateno sade indgena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistncia sade, saneamento bsico, nutrio, habitao, meio ambiente, demarcao de terras, educao sanitria e integrao institucional.

Art. 19-G. O Subsistema de Ateno Sade Indgena dever ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado.

1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo ter como base os Distritos Sanitrios Especiais Indgenas.

2o O SUS servir de retaguarda e referncia ao Subsistema de Ateno Sade Indgena, devendo, para isso, ocorrer adaptaes na estrutura e organizao do SUS nas regies onde residem as populaes indgenas, para propiciar essa integrao e o atendimento necessrio em todos os nveis, sem discriminaes.

3o As populaes indgenas devem ter acesso garantido ao SUS, em mbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a ateno primria, secundria e terciria sade.

Art. 19-H. As populaes indgenas tero direito a participar dos organismos colegiados de formulao, acompanhamento e avaliao das polticas de sade, tais como o Conselho Nacional de Sade e os Conselhos Estaduais e Municipais de Sade, quando for o caso.

Art. 19-I. So estabelecidos, no mbito do Sistema nico de Sade, o atendimento domiciliar e a internao domiciliar.

1o Na modalidade de assistncia de atendimento e internao domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos mdicos, de enfermagem, fisioteraputicos, psicolgicos e de assistncia social, entre outros necessrios ao cuidado integral dos pacientes em seu domiclio.

2o O atendimento e a internao domiciliares sero realizados por equipes multidisciplinares que atuaro nos nveis da medicina preventiva, teraputica e reabilitadora.

3o O atendimento e a internao domiciliares s podero ser realizados por indicao mdica, com expressa concordncia do paciente e de sua famlia.

Art. 19-J. Os servios de sade do Sistema nico de Sade - SUS, da rede prpria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presena, junto parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o perodo de trabalho de parto, parto e ps-parto imediato.

1o O acompanhante de que trata ocaput deste artigo ser indicado pela parturiente.

2o As aes destinadas a viabilizar o pleno exerccio dos direitos de que trata este artigo constaro do regulamento da lei, a ser elaborado pelo rgo competente do Poder Executivo.

Do Funcionamento

Art. 20. Os servios privados de assistncia sade caracterizam-se pela atuao, por iniciativa prpria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurdicas de direito privado na promoo, proteo e recuperao da sade.

Art. 21. A assistncia sade livre iniciativa privada.

Art. 2. Na prestao de servios privados de assistncia sade, sero observados os princpios ticos e as normas expedidas pelo rgo de direo do Sistema nico de Sade (SUS) quanto s condies para seu funcionamento.

Art. 23. vedada a participao direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistncia sade, salvo atravs de doaes de organismos internacionais vinculados Organizao das Naes Unidas, de entidades de cooperao tcnica e de financiamento e emprstimos.

1 Em qualquer caso obrigatria a autorizao do rgo de direo nacional do Sistema nico de Sade (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.

2 Excetuam-se do disposto neste artigo os servios de sade mantidos, em finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer nus para a seguridade social.

Da Participao Complementar

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial populao de uma determinada rea, o Sistema nico de Sade (SUS) poder recorrer aos servios ofertados pela iniciativa privada.

Pargrafo nico. A participao complementar dos servios privados ser formalizada mediante contrato ou convnio, observadas, a respeito, as normas de direito pblico.

Art. 25. Na hiptese do artigo anterior, as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos tero preferncia para participar do Sistema nico de Sade (SUS).

Art. 26. Os critrios e valores para a remunerao de servios e os parmetros de cobertura assistencial sero estabelecidos pela direo nacional do Sistema nico de Sade (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Sade.

1 Na fixao dos critrios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remunerao aludida neste artigo, a direo nacional do Sistema nico de Sade (SUS) dever fundamentar seu ato em demonstrativo econmico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execuo dos servios contratados.

2 Os servios contratados submeter-se-o s normas tcnicas e administrativas e aos princpios e diretrizes do Sistema nico de Sade (SUS), mantido o equilbrio econmico e financeiro do contrato.

3 (Vetado).

4 Aos proprietrios, administradores e dirigentes de entidades ou servios contratados vedado exercer cargo de chefia ou funo de confiana no Sistema nico de Sade (SUS).

Art. 27. A poltica de recursos humanos na rea da sade ser formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos:

I - organizao de um sistema de formao de recursos humanos em todos os nveis de ensino, inclusive de ps-graduao, alm da elaborao de programas de permanente aperfeioamento de pessoal;

I - (Vetado) I - (Vetado) IV - valorizao da dedicao exclusiva aos servios do Sistema nico de Sade (SUS).

Pargrafo nico. Os servios pblicos que integram o Sistema nico de Sade (SUS) constituem campo de prtica para ensino e pesquisa, mediante normas especficas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.

Art. 28. Os cargos e funes de chefia, direo e assessoramento, no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), s podero ser exercidas em regime de tempo integral.

1 Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos podero exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema nico de Sade (SUS).

2 O disposto no pargrafo anterior aplica-se tambm aos servidores em regime de tempo integral, com exceo dos ocupantes de cargos ou funo de chefia, direo ou assessoramento.

Art. 29. (Vetado).

Art. 30. As especializaes na forma de treinamento em servio sob superviso sero regulamentadas por Comisso Nacional, instituda de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participao das entidades profissionais correspondentes.

TTULO V DO FINANCIAMENTO CAPTULO I Dos Recursos

Art. 31. O oramento da seguridade social destinar ao Sistema nico de Sade (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessrios realizao de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direo nacional, com a participao dos rgos da Previdncia Social e da Assistncia Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Oramentrias.

Art. 32. So considerados de outras fontes os recursos provenientes de: I - (Vetado) I - Servios que possam ser prestados sem prejuzo da assistncia sade; I - ajuda, contribuies, doaes e donativos; IV - alienaes patrimoniais e rendimentos de capital;

V - taxas, multas, emolumentos e preos pblicos arrecadados no mbito do Sistema nico de Sade (SUS); e

VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

1 Ao Sistema nico de Sade (SUS) caber metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual ser destinada recuperao de viciados.

2 As receitas geradas no mbito do Sistema nico de Sade (SUS) sero creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direo, na esfera de poder onde forem arrecadadas.

3 As aes de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema nico de Sade (SUS), sero financiadas por recursos tarifrios especficos e outros da Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitao (SFH).

4 (Vetado).

5 As atividades de pesquisa e desenvolvimento cientfico e tecnolgico em sade sero cofinanciadas pelo Sistema nico de Sade (SUS), pelas universidades e pelo oramento fiscal, alm de recursos de instituies de fomento e financiamento ou de origem externa e receita prpria das instituies executoras.

6 (Vetado). CAPTULO I

Da Gesto Financeira

Art. 3. Os recursos financeiros do Sistema nico de Sade (SUS) sero depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuao, e movimentados sob fiscalizao dos respectivos Conselhos de Sade.

1 Na esfera federal, os recursos financeiros, originrios do Oramento da Seguridade Social, de outros Oramentos da Unio, alm de outras fontes, sero administrados pelo Ministrio da Sade, atravs do Fundo Nacional de Sade.

2 (Vetado).

3 (Vetado).

4 O Ministrio da Sade acompanhar, atravs de seu sistema de auditoria, a conformidade programao aprovada da aplicao dos recursos repassados a Estados e Municpios. Constatada a malversao, desvio ou no aplicao dos recursos, caber ao Ministrio da Sade aplicar as medidas previstas em lei.

Art. 34. As autoridades responsveis pela distribuio da receita efetivamente arrecadada transferiro automaticamente ao Fundo Nacional de Sade (FNS), observado o critrio do pargrafo nico deste artigo, os recursos financeiros correspondentes s dotaes consignadas no Oramento da Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados no mbito do Sistema nico de Sade (SUS).

Pargrafo nico. Na distribuio dos recursos financeiros da Seguridade Social ser observada a mesma proporo da despesa prevista de cada rea, no Oramento da Seguridade Social.

Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municpios, ser utilizada a combinao dos seguintes critrios, segundo anlise tcnica de programas e projetos:

I - perfil demogrfico da regio; I - perfil epidemiolgico da populao a ser coberta; I - caractersticas quantitativas e qualitativas da rede de sade na rea; IV - desempenho tcnico, econmico e financeiro no perodo anterior; V - nveis de participao do setor sade nos oramentos estaduais e municipais; VI - previso do plano qinqenal de investimentos da rede; VII - ressarcimento do atendimento a servios prestados para outras esferas de governo.

1 Metade dos recursos destinados a Estados e Municpios ser distribuda segundo o quociente de sua diviso pelo nmero de habitantes, independentemente de qualquer procedimento prvio.

2 Nos casos de Estados e Municpios sujeitos a notrio processo de migrao, os critrios demogrficos mencionados nesta lei sero ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o nmero de eleitores registrados.

3 (Vetado).

4 (Vetado).

5 (Vetado).

6 O disposto no pargrafo anterior no prejudica a atuao dos rgos de controle interno e externo e nem a aplicao de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gesto dos recursos transferidos.

Do Planejamento e do Oramento

Art. 36. O processo de planejamento e oramento do Sistema nico de Sade (SUS) ser ascendente, do nvel local at o federal, ouvidos seus rgos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da poltica de sade com a disponibilidade de recursos em planos de sade dos Municpios, dos Estados, do Distrito Federal e da Unio.

1 Os planos de sade sero a base das atividades e programaes de cada nvel de direo do Sistema nico de Sade (SUS), e seu financiamento ser previsto na respectiva proposta oramentria.

2 vedada a transferncia de recursos para o financiamento de aes no previstas nos planos de sade, exceto em situaes emergenciais ou de calamidade pblica, na rea de sade.

Art. 37. O Conselho Nacional de Sade estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaborao dos planos de sade, em funo das caractersticas epidemiolgicas e da organizao dos servios em cada jurisdio administrativa.

Art. 38. No ser permitida a destinao de subvenes e auxlios a instituies prestadoras de servios de sade com finalidade lucrativa.

Art. 39. (Vetado). 1 (Vetado).

2 (Vetado).

3 (Vetado).

4 (Vetado).

5 A cesso de uso dos imveis de propriedade do Inamps para rgos integrantes do Sistema nico de Sade (SUS) ser feita de modo a preserv-los como patrimnio da Seguridade Social.

6 Os imveis de que trata o pargrafo anterior sero inventariados com todos os seus acessrios, equipamentos e outros

7 (Vetado).

8 O acesso aos servios de informtica e bases de dados, mantidos pelo Ministrio da Sade e pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social, ser assegurado s Secretarias Estaduais e Municipais de Sade ou rgos congneres, como suporte ao processo de gesto, de forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a disseminao de estatsticas sanitrias e epidemiolgicas mdicohospitalares.

Art. 40. (Vetado).

Art. 41. As aes desenvolvidas pela Fundao das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Cncer, supervisionadas pela direo nacional do Sistema nico de Sade (SUS), permanecero como referencial de prestao de servios, formao de recursos humanos e para transferncia de tecnologia.

Art. 42. (Vetado).

Art. 43. A gratuidade das aes e servios de sade fica preservada nos servios pblicos contratados, ressalvando-se as clusulas dos contratos ou convnios estabelecidos com as entidades privadas.

Art. 4. (Vetado).

Art. 45. Os servios de sade dos hospitais universitrios e de ensino integram-se ao Sistema nico de Sade (SUS), mediante convnio, preservada a sua autonomia administrativa, em relao ao patrimnio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extenso nos limites conferidos pelas instituies a que estejam vinculados.

1 Os servios de sade de sistemas estaduais e municipais de previdncia social devero integrarse direo correspondente do Sistema nico de Sade (SUS), conforme seu mbito de atuao, bem como quaisquer outros rgos e servios de sade.

2 Em tempo de paz e havendo interesse recproco, os servios de sade das Foras Armadas podero integrar-se ao Sistema nico de Sade (SUS), conforme se dispuser em convnio que, para esse fim, for firmado.

Art. 46. o Sistema nico de Sade (SUS), estabelecer mecanismos de incentivos participao do setor privado no investimento em cincia e tecnologia e estimular a transferncia de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos servios de sade nos Estados, Distrito Federal e Municpios, e s empresas nacionais.

Art. 47. O Ministrio da Sade, em articulao com os nveis estaduais e municipais do Sistema nico de Sade (SUS), organizar, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informaes em sade, integrado em todo o territrio nacional, abrangendo questes epidemiolgicas e de prestao de servios.

Art. 48. (Vetado). Art. 49. (Vetado).

Art. 50. Os convnios entre a Unio, os Estados e os Municpios, celebrados para implantao dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Sade, ficaro rescindidos proporo que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema nico de Sade (SUS).

Art. 51. (Vetado).

Art. 52. Sem prejuzo de outras sanes cabveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas pblicas (Cdigo Penal, art. 315) a utilizao de recursos financeiros do Sistema nico de Sade (SUS) em finalidades diversas das previstas nesta lei.

Art. 53. (Vetado).

Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

Art. 5. So revogadas a Lei n. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei n. 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposies em contrrio.

Braslia, 19 de setembro de 1990; 169 da Independncia e 102 da Repblica. FERNANDO COLLOR Alceni Guerra

LEI N 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 Texto devidamente atualizado at Agosto/2008

Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS} e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias.

O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1 O Sistema nico de Sade (SUS), de que trata a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, contar, em cada esfera de governo, sem prejuzo das funes do Poder Legislativo, com as seguintes instncias colegiadas:

I - a Conferncia de Sade; e I - o Conselho de Sade.

1 A Conferncia de Sade reunir-se- a cada quatro anos com a representao dos vrios segmentos sociais, para avaliar a situao de sade e propor as diretrizes para a formulao da poltica de sade nos nveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Sade.

2 O Conselho de Sade, em carter permanente e deliberativo, rgo colegiado composto por representantes do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na formulao de estratgias e no controle da execuo da poltica de sade na instncia correspondente, inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero homologadas pelo chefe do poder legalmente constitudo em cada esfera do governo.

3 O Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS e o Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade - CONASEMS tero representao no Conselho Nacional de Sade.

4 A representao dos usurios nos Conselhos de Sade e Conferncias ser paritria em relao ao conjunto dos demais segmentos.

5 As Conferncias de Sade e os Conselhos de Sade tero sua organizao e normas de funcionamento definidas em regimento prprio, aprovadas pelo respectivo conselho.

Art. 2 Os recursos do Fundo Nacional de Sade - FNS sero alocados como:

I - despesas de custeio e de capital do Ministrio da Sade, seus rgos e entidades, da administrao direta e indireta;

I - investimentos previstos em lei oramentria, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;

I - investimentos previstos no Plano Qinqenal do Ministrio da Sade;

IV - cobertura das aes e servios de sade a serem implementados pelos Municpios, Estados e Distrito Federal.

Pargrafo nico. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-o a investimentos na rede de servios, cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e s demais aes de sade.

Art. 3 Os recursos referidos no inciso IV do art. 2 desta lei sero repassados de forma regular e automtica para os Municpios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critrios previstos no art. 35 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990.

1 Enquanto no for regulamentada a aplicao dos critrios previstos no art. 35 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, ser utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critrio estabelecido no 1 do mesmo artigo.

2 Os recursos referidos neste artigo sero destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municpios, afetando-se o restante aos Estados.

3 Os Municpios podero estabelecer consrcio para execuo de aes e servios de sade, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2 desta lei.

Art. 4 Para receberem os recursos, de que trata o art. 3 desta lei, os Municpios, os Estados e o Distrito Federal devero contar com:

I - Fundo de Sade;

I - Conselho de Sade, com composio paritria de acordo com o Decreto n 9.438, de 7 de agosto de 1990;

I - plano de sade;

IV - relatrios de gesto que permitam o controle de que trata o 4 do art. 3 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990;

V - contrapartida de recursos para a sade no respectivo oramento;

VI - Comisso de elaborao do Plano de Carreira, Cargos e Salrios - PCCS, previsto o prazo de dois anos para sua implantao.

Pargrafo nico. O no atendimento pelos Municpios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicar em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela Unio.

Art. 5 o Ministrio da Sade, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condies para aplicao desta lei.

Art. 6 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 7 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 28 de dezembro de 1990; 169 da Independncia e 102 da Repblica.

CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (Atualizada at a Emenda Constitucional no 56, de 20/12/2007)

Ns, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assemblia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrtico, destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justia como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluo pacfica das controvrsias, promulgamos, sob a proteo de Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Art.196 - A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

Art.197 - So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado.

Art.198 - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

I - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

I - participao da comunidade.

1 - O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes;

2 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente, em aes e servios pblicos de sade recursos mnimos derivados da aplicao de percentuais calculados sobre:

I no caso da Unio, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no 3;

I no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alnea a, e inciso I, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios;

I no caso dos Municpios e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alnea b e 3.

3 - Lei complementar, que ser reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecer:

I os percentuais de que trata o 2;

I os critrios de rateio dos recursos da Unio vinculados sade destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municpios, objetivando a progressiva reduo das disparidades regionais;

I as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;

IV as normas de clculo do montante a ser aplicado pela Unio.

4 - Os gestores locais do sistema nico de sade podero admitir agentes comunitrios de sade e agentes de combate s endemias por meio de processo seletivo pblico, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuies e requisitos especficos para sua atuao.

5 - Lei federal dispor sobre o regime jurdico e a regulamentao das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s endemias.

6 - Alm das hipteses previstas no 1 do art. 41 e no 4 do art. 169 da Constituio Federal, o servidor que exera funes equivalentes s de agente comunitrio de sade ou de agente de combate s endemias poder perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos especficos, fixados em lei, para o seu exerccio.

Art.199 - A assistncia sade livre iniciativa privada.

1 - As instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

2 - vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos.

3 - vedada a participao direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistncia sade no Pas, salvo nos casos previstos em lei.

4 - A lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfuso de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializao.

Comentrio:

A vedao de comercializao entendida como uma proibio de comercializao feita ao coletor, mas no abrange o doador. Segundo se entende, este pode comercializar seus rgos, numa construo doutrinria que trabalha com a tese da livre deciso sobre o prprio corpo.

Art.200 - Ao sistema nico de sade compete, alm de outras atribuies, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos, hemoderivados e outros insumos;

I - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador;

I - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade; IV - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico; V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

01 - Com relao s disposies da Lei n 8.080/90 referentes Sade do Trabalhador, assinale a alternativa correta. a) O Sistema nico de Sade no se responsabiliza pela informao ao trabalhador, sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doena profissional e do trabalho, ficando essas informaes a cargo das instituies privadas. b) A partir da homologao dessa lei, a avaliao do impacto que as novas tecnologias provocam sade ficaram a cargo do Ministrio da Cincia e Tecnologia e suas representaes estaduais. c) A direo municipal do Sistema nico de Sade deve indicar a entidade sindical responsvel pela reviso peridica da listagem oficial de doenas originadas no processo de trabalho. d) As polticas de sade do trabalhador incluem a responsabilidade na formao dos recursos humanos, promovendo cursos de reciclagem e garantindo sua satisfao no trabalho. e) Devem ser desenvolvidas atividades voltadas recuperao e reabilitao da sade dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho.

02 - So princpios do Sistema nico de Sade (SUS) que constam na Lei 8080/90: a) centralizao, universalidade e integralidade. b) hierarquizao, centralizao e integralidade. c) universalidade, igualdade e integralidade. d) universalidade, participao popular e autonomia. e) integralidade, participao popular e autonomia.

03 - A Lei n 8.080/90, no seu captulo I, dispe sobre a articulao das polticas e programas de sade e as principais atividades a serem desenvolvidas pelo Sistema nico de Sade, a cargo das comisses intersetoriais. Sobre o disposto na lei, considere as seguintes atividades: I. Alimentao e nutrio I. Biodiversidade I. Segurana IV. Cincia e tecnologia

Cumprem ao Sistema nico de Sade: a) Somente I. b) Somente I. c) Somente I e IV. d) Somente I e II. e) Somente I e IV.

04 - Quanto competncia da direo municipal do sistema de sade (SUS) regida pela Lei n 8.080/90, considere as seguintes atribuies:

I. Planejar, organizar, controlar e avaliar as aes e os servios de sade e gerir e executar os servios pblicos de sade. I. Participar do planejamento, programao e organizao da rede nacional e independente do Sistema nico de Sade (SUS), em articulao com sua direo estadual. I. Acompanhar o processo de licitao para definir a gesto de laboratrios pblicos de sade e hemocentros. IV. Executar a vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras independentemente da Unio e dos Estados.

(so) da competncia da direo municipal do Sistema nico de Sade (SUS): a) Somente I. b) Somente I. c) Somente I e I. d) Somente I e IV. e) Somente I e IV.

05 - Considere as seguintes afirmativas, relacionadas participao da iniciativa privada na assistncia sade, conforme as disposies da Lei n 8080/90:

I. As entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos tero preferncia para participar do Sistema nico de Sade. I. Os princpios ticos e as normas que regem o seu funcionamento devem ser submetidos apreciao pelo rgo de direo do Sistema nico de Sade.

I. Os critrios e valores para a remunerao de servios e os parmetros de cobertura assistencial sero estabelecidos mediante negociao das tabelas praticadas, visando atingir uma mdia de valores de mercado. IV. Aos proprietrios, administradores e dirigentes de entidades ou servios contratados vetado exercer cargo de chefia ou funo de confiana no Sistema nico de Sade.

Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I verdadeira. b) Somente a afirmativa I verdadeira. c) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras. e) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras.

06 - Com relao s disposies da Lei n 8.080/90, considere as seguintes afirmativas:

I. A vigilncia sanitria engloba um conjunto de aes capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade. I. direo estadual do Sistema nico de Sade compete participar do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercusso na sade humana. I. Nos estados, o Sistema nico de Sade organiza-se em distritos. IV. A assistncia teraputica integral, incluindo medicamentos, no est prevista no Sistema nico de Sade.

Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I verdadeira. b) Somente a afirmativa IV verdadeira. c) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e I so verdadeiras e) Somente as afirmativas I e I so verdadeiras.

07 - direo municipal do Sistema nico de Sade, conforme a Lei n 8080/90, compete: a) executar as aes de vigilncia sanitria em relao s fronteiras internacionais. b) planejar, organizar, controlar e avaliar as aes e servios de sade, como gerir e executar os servios pblicos de sade. c) planejar, executar e gerir os laboratrios de anlises de produtos farmacolgicos e os hemocentros. d) participar e gerir a programao de servios de sade no mbito estadual. e) programar e coordenar as campanhas estaduais de vacinao.

08 - Com relao s disposies da Lei n 8.080/90, considere as seguintes afirmativas:

I. A alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais so fatores determinantes e condicionantes do estado de sade de uma populao. I. As aes previstas em lei devem ser praticadas pela iniciativa pblica, ficando vetada a participao da iniciativa privada em qualquer instncia. I. A sade um direito fundamental do ser humano, e um dever das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. IV. O Estado deve garantir a sade a partir da execuo de polticas econmicas e sociais que visem a reduo de riscos de doenas.

Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I verdadeira. b) Somente a afirmativa I verdadeira. c) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e I so verdadeiras. e) Somente as afirmativas I e II so verdadeiras

09 - Qual dos princpios abaixo NO faz parte da Lei Orgnica de Sade n 8.080/90? a) Integralidade. b) Universalidade. c) Igualdade. d) Centralizao. e) Direito informao, das pessoas assistidas, sobre sua sade.

10 - Com relao aos objetivos das polticas de recursos humanos do Sistema nico de Sade, de acordo com o disposto na Lei n 8.080/90, considere as seguintes afirmativas:

I. Os cargos e funes de chefia, direo e assessoramento, no mbito do Sistema nico de Sade, s podero ser exercidos em regime de tempo integral. I. Prev a organizao de um sistema de formao de recursos humanos em todos os nveis de ensino, inclusive de ps-graduao, alm da elaborao de programas de permanente aperfeioamento de pessoal. I. Prev que os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos no podero exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema nico de Sade. IV. Dispe sobre a extino gradativa da dedicao exclusiva nos servios do Sistema nico de Sade.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e I so verdadeiras. b) Somente a afirmativa I verdadeira. c) Somente a afirmativa I verdadeira. d) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras. e) Somente as afirmativas I e IV so verdadeiras.

1 - Indique a frase correta: a) Todos perceberam que ela estava meia decepcionada. b) Proibido entrada de pessoas estranhas. c) Ana mesmo confirmou a participao do grupo. d) Foi muito comentado pelas revistas a relao dos dois.

12 - O principal propsito reorganizar a prtica da ateno sade em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a sade para mais perto da famlia e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Trata-se: a) Programa de Sade da Famlia (PSF). b) Sistema nico de Sade (SUS). c) Fundo Nacional de Sade (FNS). d) Instituto Nacional do Cncer.

13 - So princpios bsicos do SUS, exceto: a) Participao da comunidade. b) Integralidade. c) Centralizao. d) Universalizao.

14 - Assinale a alternativa que indica o nmero mximo de pessoas que uma equipe de sade de famlia pode ser responsvel: a) 2500. b) 1500. c) 3500. d) 4500.

15 - Assinale a alternativa correta sobre o nmero mnimo de membros de uma equipe do PSF: a) 1 mdico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 6 a 8 agentes comunitrios de sade. b) 1 mdico, 1 enfermeiro, 2 auxiliar de enfermagem, 4 a 6 agentes comunitrios de sade. c) 1 mdico, 2 enfermeiro, 2 auxiliar de enfermagem, 6 a 8 agentes comunitrios de sade. d) 1 mdico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 4 a 6 agentes comunitrios de sade.

16 - Qual a capacidade de resoluo de uma unidade bsica do PSF quando funcionando adequadamente? a) 5%. b) 35%. c) 85%. d) 15%.

17 - Atende a todos os integrantes de cada famlia, independente de sexo e idade, desenvolve com os demais integrantes da equipe, aes preventivas e de promoo da qualidade de vida da populao. Essas so as atribuies de qual membro da equipe do PSF? a) Enfermeiro.

b) Mdico. c) Auxiliar de enfermagem. d) Agente comunitrio de sade (ACS).

18 - Faz a ligao entre as famlias e o servio de sade, visitando cada domiclio pelo menos uma vez por ms, realiza o mapeamento de cada rea, o cadastramento das famlias e estimula a comunidade para prticas que proporcionem melhores condies de sade e de vida. Essas so as atribuies de qual membro da equipe do PSF? a) Enfermeiro. b) ACS. c) Auxiliar de enfermagem. d) Mdico.

19 - Processo particular de expresso das condies de vida de uma sociedade, representando as diferentes qualidades do processo vital e as diferentes competncias para enfrentar desafios, agresses, conflitos, mudana. Tem uma dupla e contraditria natureza: biolgica e psicolgica. Tratase de: a) Processo sade-doena. b) Processo transmisso. c) Processo diagnstico. d) Processo teraputico.

20 - A direo do SUS exercida no mbito da Unio pelo(a): a) Secretaria de Sade. b) Congresso Federal. c) Ministrio da Sade. d) Presidente da Repblica.

21 - Tem por finalidade propor prioridades, mtodos e estratgias para a formao e educao continuada dos recursos humanos do SUS, assim como em relao pesquisa e cooperao tcnica entre essas instituies (ensino profissional e superior). Trata-se de(a): a) Comisses permanentes de integrao entre servios de sade e instituies de ensino. b) Comisses intersetoriais de integrao entre servios de sade e instituies de ensino. c) Comisses interestaduais de integrao entre servios de sade e instituies de ensino. d) Comisses intermunicipais de integrao entre servios de sade e instituies de ensino.

2 - So atribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, exceto: a) Implementar o Sistema Nacional de sangue, componentes e derivados. b) Realizar pesquisas e estudos na rea de sade. c) Elaborao e atualizao peridica dos planos de sade. d) Controlar e fiscalizar os procedimentos dos servios privados de sade.

23 - direo nacional do SUS compete, exceto: a) Formular, avaliar e apoiar polticas de alimentao e nutrio. b) Formar consrcios administrativos intermunicipais. c) Coordenar e participar na execuo da vigilncia epidemiolgica. d) Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a sade.

24 - So etapas da implantao do PSF, exceto: a) Solicitar formalmente ao Ministrio da Sade a adeso do municpio ao PSF. b) Selecionar, contratar e capacitar os profissionais que atuaro no programa. c) Identificar as reas prioritrias para a implantao do programa; mapear o nmero de habitantes em cada rea. d) Calcular o nmero de equipes e de agentes comunitrios necessrios.

25 - Assinale a alternativa incorreta: a) A assistncia sade livre iniciativa privada. b) autorizada a participao direta ou indiretamente de empresas ou de capitais estrangeiros na assistncia sade. c) Os critrios e valores para a remunerao de servios e os parmetros de cobertura assistencial sero estabelecidos pela direo nacional do SUS, aprovados no Conselho Nacional de Sade. d) Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial populao de uma determinada rea, o SUS poder recorrer aos servios ofertados pela iniciativa privada.

26 - Sero co-financiadas pelo SUS, pelas universidades e pelo oramento fiscal, alm de recursos de instituio de fomento e financiamento ou de origem externa e receita prpria das instituies executoras. Trata-se: a) Atividades de pesquisa e desenvolvimento cientfico e tecnolgico em sade. b) Aes de saneamento. c) Recuperao de viciados. d) Aes de vacinao.

27 - Assinale a alternativa que indica corretamente qual foi a primeira modalidade de seguro para trabalhadores do setor privado: a) SUS (Sistema nico de Sade). b) IAP (Institutos de Aposentadorias e Penses). c) INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social). d) CAP (Caixas de Aposentadorias e Penses).

28 - So caractersticas at hoje do sistema previdencirio, exceto: a) Instituio, por iniciativa do Estado, da implementao de um seguro social com carter altamente controlador dos segmentos de trabalhadores dos setores essenciais economia brasileira. b) A forma tripartite de financiamento empregadores, trabalhadores e Estado este ltimo arrecadando recursos para tal fim a partir da criao de novos impostos. c) O acesso do trabalhador e seus dependentes assistncia mdica na condio de filiado ao segurosocial. d) O carter assistencialista e universalizante do seguro social.

29 - A contribuio dos empregados, que era um porcentual sobre o faturamento da empresa, passa a ser um percentual sobre a sua folha de salrios, com o que a receita das instituies torna-se funo dos salrios. Essa alterao ocorreu: a) Do INPS para o SUS. b) Do IAP para o INPS. c) Do CAP para o IAP. d) Do INPS para o CAP.

30 - No se trata de uma caracterstica do atual perfil de organizao de servios de sade no pas: a) Com acentuadas distores na sua forma de financiamento. b) Acentuadamente estatizado. c) Altamente centralizado. d) Com clara diviso de trabalho entre os setores pblico e privado.

31 - Assinale a alternativa que indica o tipo de pas que mais gasta em sade per capita: a) Amrica Latina. b) Pases em transio demogrfica. c) Pases com economia de mercado consolidada. d) Sudeste asitico.

32 - Em relao organizao do SUS incorreto afirmar: a) O detalhamento das diretrizes e das modalidades operacionais previstas para esse sistema foram regulamentadas pelas leis 8080 de 1990 e 8142 de 1991 conhecidas como Lei Orgnica da Sade (LOS). b) Pode-se dividir as esferas de atendimento como terciria, secundria e primria correspondendo esfera terciria os chamados centros de sade (a sade em nvel de distritos). c) Possui como objetivo a universalizao da assistncia, ou seja, busca o combate pobreza e principalmente a excluso social. d) Est organizado ao nvel das trs esferas governamentais como servio pblico de sade (federal, estadual e municipal) competindo a cada esfera sua organizao ao seu nvel, ou seja, esfera federal compete a formulao de polticas nacionais, estadual, polticas estaduais de sade e municipal, polticas municipais de sade.

3 - Em relao articulao entre o setor pblico de sade e o setor privado de sade pode-se afirmar que: a) Dentre os dois segmentos do setor privado, o lucrativo e o no-lucrativo, o setor lucrativo o que mais se articula ao SUS por meio de contratos para a prestao de servios. b) No h qualquer tipo de articulao entre estes sistemas, uma vez que funcionam de maneira completamente independente.

c) O segmento no-lucrativo do setor privado abrange instituies filantrpicas, tais como as Santas Casas de Misericrdia, sendo que boa parte delas vinculam-se ao SUS por meio de contratos para prestao de servios. d) O segmento lucrativo tem como sua parcela mais expressiva o chamado sistema supletivo de assistncia mdica abarcando apenas as cooperativas mdicas e os planos de administrao.

34 - Os estabelecimentos assistenciais que compem a rede de servios de sade estatais e privados so usualmente classificados em postos de sade, centros de sade, unidades mistas, policlnicas, pronto-socorros e hospitais. Assinale a alternativa que melhor correlaciona o estabelecimento e sua funo: a) Centro de sade: presta assistncia sade de determinada populao valendo-se de procedimentos mais simplificados, praticamente sem incorporaes de equipamentos. b) Policlnica: tipo de servio que apresenta atendimento ambulatorial especializado concentrando-se nas cidades de mdio e grande porte e nas regies economicamente mais desenvolvidas, atua no nvel da ateno secundria na modalidade ambulatorial. c) Pronto-socorro: estabelecimento voltado para a assistncia mdica em regime de internao. d) Hospital: estabelecimento com pequena incorporao de tecnologias, atua no nvel primrio de ateno.

35 - Assinale a alternativa incorreta a respeito do PSF: a) A estratgia do PSF foi iniciada em junho de 1991, com a implantao do Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS). b) Em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras equipes de Sade da Famlia. c) A proporo mdia de um Agente Comunitrio de Sade para 1000 pessoas acompanhadas. d) Deve prestar atendimento de bom nvel, prevenindo doenas, evitando internaes desnecessrias e melhorando a qualidade de vida da populao.

36 - ...Em conseqncia, a atuao do Estado no setor passa cada vez mais a ser regida pela lgica que define sua competncia como sendo por excelncia medidas de carter coletivo, da esfera da Sade Pblica, cabendo ao setor privado, em larga medida financiado pela Previdncia Social, a assistncia mdica individual. E nesse processo, progressivamente, o setor pblico vai assumindo um carter suplementar, tendo de suprir a ausncia do setor privado onde este no tem interesse por inviabilidade de retorno econmico... utilizando-se deste trecho retirado do livro Sade no Brasil de Amlia Cohn e Paulo E. Elias possvel afirmar: a) Est havendo uma inverso do inicialmente proposto, uma vez que o setor pblico est cada vez mais atuando supletivamente, papel este que deveria ser funo do setor privado. b) No h qualquer problema com esta diviso, uma vez que o financiador o SUS o atendimento feito de forma igualitria. c) Isto foi uma verdade at 1988 que com o novo texto constitucional colocou o setor privado em sua funo de suplente do sistema pblico. d) O lucro no o principal objetivo do setor privado uma vez que assume papis que inviabilizam muitas vezes este ganho.

37 - Assinale a alternativa correta a respeito da lei 8142: a) Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do SUS e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade. b) Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes. c) Dispe sobre licitao e contratos da Administrao. d) Da nova redao ao artigo 177 da Constituio Federal, alterando e inserindo pargrafos.

38 - Reunir-se- a cada quatro anos com a representao de vrios segmentos sociais, para avaliar a situao de sade e propor as diretrizes para a formulao da poltica de sade nos nveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Sade. Trata-se: a) Conselho Nacional de Secretrios de Sade. b) Conferencia de Sade. c) Conselho de Sade. d) Ministrio da Sade.

39 - Assinale a alternativa incorreta a respeito do PSF: a) Identificar os principais problemas de sade e situaes de risco aos quais a populao que ela atende est exposta.

b) Elaborar, sem a participao da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo sade-doena. c) Desenvolver aes educativas e intersetoriais para enfrentar os problemas de sade identificados. d) Prestar assistncia integral, respondendo de forma contnua e racionalizada demanda, organizao espontnea, da Unidade de Sade da Famlia, na comunidade, no domiclio e o acompanhamento no atendimento nos servios de referncia ambulatorial ou hospitalar.

40 - Consiste na complementao da renda familiar, com recursos da Unio, para melhoria da alimentao e das condies de sade e nutrio. Trata-se do programa de sade: a) Brasil Sorridente. b) Carto Nacional de Sade. c) Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio. d) Bolsa Alimentao.

41 - O objetivo facilitar o atendimento, possibilitando uma identificao mais rpida do paciente, a marcao de consultas e exames e melhorar o acesso aos medicamentos pela rede do SUS. Trata-se do programa: a) HumanizaSUS. b) Sistema de Informao da Ateno Bsica. c) Banco de preos em Sade-AIDS. d) Carto Nacional de Sade.

42 - Tem a funo de monitorar os indicadores de sade das populaes, a partir de informaes dos agentes e das equipes de Sade da Famlia. Trata-se do programa: a) Sistema de Informao da Ateno Bsica. b) Programa Sade da Famlia. c) Carto Nacional de Sade. d) Projeto Expande.

43 - Lanado em 2001 e desenvolvido juntamente com as Secretarias de Assistncia Sade e Secretaria Executiva, ambos do Ministrio da Sade. Tem como principal objetivo estruturar a integrao da assistncia oncolgica no Brasil a fim de obter um padro de alta qualidade na cobertura da populao. Trata-se do programa: a) Programa Sade da Famlia. b) ReforSUS. c) Projeto Expande. d) Programa Nacional de Controle do Cncer do Colo do tero e de Mama Viva Mulher.

4 - O Bolsa Famlia um programa de transferncia de renda destinado s famlias em situao de pobreza, com renda per capita at _ mensais. Assinale a alternativa que melhor preenche a lacuna: a) R$ 10,0. b) R$ 20,0. c) R$ 50,0. d) R$ 150,0.

45 - Em relao participao da comunidade no SUS, pode-se afirmar que a legislao vigente: a) Prev a participao somente dos usurios do SUS. b) Prev somente a participao dos usurios do SUS e dos representantes dos poderes pblicos. c) No contempla a representao dos profissionais de sade. d) Determina que os Conselhos de Sade constituam a instncia de participao da comunidade.

46 - Fazem parte do segmento lucrativo do setor privado de sade, exceto: a) Medicina de grupo. b) Cooperativas mdicas. c) Planos de administrao. d) Instituies originalmente organizadas pelas diversas comunidades de imigrantes.

47 - Presta assistncia sade de determinada populao valendo-se de procedimentos mais simplificados, praticamente sem incorporao de equipamentos e contando de forma permanente apenas com recursos humanos de nvel elementar ou mdio. Essa descrio de: a) Posto de sade. b) Centro de sade. c) Policlnica ou posto de assistncia mdica.

d) Pronto-socorro.

48 - Qual a porcentagem, aproximada, da participao da esfera federal nos gastos pblicos em sade? a) 10 a 20%. b) 30 a 40%. c) 50 a 60%. d) 70 a 80%.

49 - Assinale a alternativa que indica qual a principal causa de mortalidade no pas: a) Neoplasias. b) Doenas do aparelho circulatrio. c) Doenas do aparelho respiratrio. d) Causas externas (homicdio, suicdio).

50 - No uma atuao do SUS a execuo da ao: a) De vigilncia sanitria. b) De sade do idoso. c) De sade do trabalhador. d) NDA

51 - Para receberem os recursos do Fundo Nacional de Sade (FNS), os Municpios, Estados e Distrito Federal devero contar com, exceto: a) Fundo de sade. b) Conselho de sade. c) Plano de sade. d) Perfil demogrfico da regio.

52 - Segundo a Lei n 8080/90, que regulamenta o Sistema nico de Sade (SUS), a participao da iniciativa privada na assistncia sade : (A) livre; (B) obrigatria; (C) minoritria; (D) prioritria; (E) proibida.

53 -Segundo a Norma Operacional da Assistncia Sade NOAS 01/2002 , a responsabilidade do Ministrio da Sade sobre a poltica de alta complexidade se traduz, entre outras, nas seguintes atribuies, EXCETO: (A) definio de normas nacionais; (B) definio de incorporao dos procedimentos a serem ofertados populao pelo Sistema nico da Sade; (C) transferncia para os Estados da definio do elenco de procedimentos de alta complexidade; (D) controle do cadastro nacional de prestadores de servios; (E) formulao de mecanismos voltados melhoria da qualidade dos servios prestados.

54 - A Norma Operacional Bsica do Sistema nico de Sade (SUS) NOB/96 identifica quatro papis bsicos do gestor federal, EXCETO: (A) exercer a gesto do SUS, no mbito nacional; (B) promover as condies e incentivar o gestor estadual com vistas ao desenvolvimento dos sistemas municipais, de modo a conformar o SUS-Estadual; (C) fomentar a harmonizao, a integrao e a modernizao dos sistemas estaduais compondo, assim, o SUS-Nacional; (D) centralizar todas as aes de sade no mbito nacional; (E) exercer as funes de normalizao e de coordenao no que se refere gesto nacional do SUS.

5 - uma instncia colegiada do Sistema nico de Sade: (A) Ministrio da Sade; (B) Fundo Municipal de Sade; (C) Conferncia de Sade; (D) Secretaria de Assistncia Sade; (E) Secretaria de Vigilncia Sade.

56 - Segundo a Lei n 8142/90, que dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS), a Conferncia de Sade deve reunir-se a cada: (A) ano; (B) dois anos; (C) trs anos; (D) quatro anos; (E) cinco anos.

57 - A realizao das funes de controle e avaliao em sade devem ser feitas: (A) pela Presidncia da Repblica; (B) por todos os nveis do sistema de sade; (C) pelo rgo especfico do Ministrio da Sade; (D) pelos governos estaduais; (E) pelos conselhos comunitrios.

58 - Segundo a Norma Operacional da Assistncia Sade NOAS 01/2002 , os municpios podero habilitar-se gesto do sistema de sade de forma: (A) plena; (B) semiplena; (C) plena somente em relao ateno bsica ampliada; (D) semiplena somente em relao ateno bsica ampliada; (E) semiplena somente em relao ateno terciria.

59 - Segundo a Lei n 8080/90, constitui um critrio para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e municpios: (A) participao paritria dos usurios no conselho de sade; (B) prioridade para o atendimento hospitalar; (C) desempenho tcnico, econmico e financeiro no perodo atual; (D) eficincia na arrecadao de impostos; (E) perfil epidemiolgico da populao a ser coberta.

60 - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico que visa: (A) o atendimento voltado para atividades preventivas; (B) o atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; (C) apenas aes de promoo da sade; (D) apenas aes de preveno secundria; (E) o atendimento voltado apenas para as atividades assistenciais.

61 - NO se inclui entre os objetivos do Sistema nico de Sade: (A) identificao dos fatores determinantes da sade; (B) formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social, a reduo de riscos de doenas e de outros agravos; (C) assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas; (D) divulgao dos fatores determinantes da sade; (E) participao prioritria da iniciativa privada na assistncia sade

01. E 02. C 03. E 04. B 05. D 06. E 07. B 08. C 09. D 10. A 1. B 12. A 13. C 14. D 15. D 16. C 17. B 18. B 19. A 20. C 21. A 2. D 23. B 24. A 25. B 26. A 27. D 28. D 29. C 30. B 31. C 32. B 3. C 34. B 35. C 36. A 37. A 38. B 39. B 40. D 41. D 42. A 43. C 4. A 45. D 46. D 47. B 48. D 49. B 50. B 51. D 52. A 53. C 54. D 5. C 56. D 57. B 58. A 59. E 60. B 61. E