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    DIREITO CONSTITUCIONALCONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVAL DO BRASIL 1988

    TTULO IDos Princpios Fundamentais

    Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e

    Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como

    fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo poltico.

    Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes

    eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.

    Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, oExecutivo e o Judicirio.

    Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;

    III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e

    quaisquer outras formas de discriminao.

    Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relaes internacionais pelos

    seguintes princpios:

    I - independncia nacional;

    II - prevalncia dos direitos humanos;

    III - autodeterminao dos povos;

    IV - no-interveno;

    V - igualdade entre os Estados;

    VI - defesa da paz;

    VII - soluo pacfica dos conflitos;

    VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperao entre os povos para o progresso da humanidade;

    X - concesso de asilo poltico.

    Pargrafo nico. A Repblica Federativa do Brasil buscar a integrao econmica,

    poltica, social e cultural dos povos da Amrica Latina, visando formao de uma comunidade

    latino-americana de naes.

    TTULO IIDos Direitos e Garantias Fundamentais

    CAPTULO I

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

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    Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se

    aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,

    liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;

    II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude delei;

    III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

    IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por

    dano material, moral ou imagem;

    VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre

    exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a

    suas liturgias;

    VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades

    civis e militares de internao coletiva;

    VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico

    filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e

    recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;

    IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao,

    independentemente de censura ou licena;

    X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,

    assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;

    XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem

    consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar

    socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial;

    XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e

    das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na

    forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal;

    XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as

    qualificaes profissionais que a lei estabelecer;

    XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quandonecessrio ao exerccio profissional;

    XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer

    pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

    XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico,

    independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente

    convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente;

    XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;

    XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de

    autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento;

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    XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

    suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;

    XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade

    para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;XXII - garantido o direito de propriedade;

    XXIII - a propriedade atender a sua funo social;

    XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou

    utilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao em dinheiro,

    ressalvados os casos previstos nesta Constituio;

    XXV - no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de

    propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano;

    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela

    famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua atividade

    produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

    XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo

    de suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    XXVIII - so assegurados, nos termos da lei:

    a) a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e

    voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

    b) o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de que

    participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais e

    associativas;

    XXIX - a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para sua

    utilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes

    de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o

    desenvolvimento tecnolgico e econmico do Pas;

    XXX - garantido o direito de herana;

    XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei

    brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais

    favorvel a lei pessoal do "de cujus";XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor;

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse

    particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de

    responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da

    sociedade e do Estado;

    XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade

    ou abuso de poder;

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    b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e

    esclarecimento de situaes de interesse pessoal;

    XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

    XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;

    XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo;XXXVIII - reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei,

    assegurados:

    a) a plenitude de defesa;

    b) o sigilo das votaes;

    c) a soberania dos veredictos;

    d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

    XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao

    legal;

    XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;

    XLI - a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdades

    fundamentais;

    XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de

    recluso, nos termos da lei;

    XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica

    da tortura , o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como

    crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo

    evit-los, se omitirem;

    XLIV - constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de grupos armados, civis ou

    militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico;

    XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o

    dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores

    e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido;

    XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes:

    a) privao ou restrio da liberdade;

    b) perda de bens;

    c) multa;d) prestao social alternativa;

    e) suspenso ou interdio de direitos;

    XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    b) de carter perptuo;

    c) de trabalhos forados;

    d) de banimento;

    e) cruis;

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    XLVIII - a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do

    delito, a idade e o sexo do apenado;

    XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral;

    L - s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seus

    filhos durante o perodo de amamentao;LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,

    praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de

    entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    LII - no ser concedida extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio;

    LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;

    LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

    LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so

    assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

    LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos;

    LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal

    condenatria;

    LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas

    hipteses previstas em lei;

    LIX - ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no

    prazo legal;

    LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da

    intimidade ou o interesse social o exigirem;

    LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada

    de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime

    propriamente militar, definidos em lei;

    LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados

    imediatamente ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada;

    LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,

    sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado;

    LXIV - o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seu

    interrogatrio policial;LXV - a priso ilegal ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciria;

    LXVI - ningum ser levado priso ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade

    provisria, com ou sem fiana;

    LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplemento

    voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel;

    LXVIII - conceder-se- "habeas-corpus" sempre que algum sofrer ou se achar ameaado

    de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de

    poder;

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    LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no

    amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou

    abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies

    do Poder Pblico;

    LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:a) partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em

    funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou

    associados;

    LXXI - conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora

    torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes

    nacionalidade, soberania e cidadania;

    LXXII - conceder-se- "habeas-data":

    a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante,

    constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter

    pblico;

    b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial

    ou administrativo;

    LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato

    lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade

    administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo

    comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;

    LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem

    insuficincia de recursos;

    LXXV - o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assim como o que ficar preso

    alm do tempo fixado na sentena;

    LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

    a) o registro civil de nascimento;

    b) a certido de bito;

    LXXVII - so gratuitas as aes de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os

    atos necessrios ao exerccio da cidadania.LXXVIII a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao

    do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao.

    1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.

    2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros

    decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em

    que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem

    aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos

    dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.

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    4 O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenha

    manifestado adeso.

    CAPTULO II

    DOS DIREITOS SOCIAIS

    Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, olazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia

    aos desamparados, na forma desta Constituio.

    Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem

    melhoria de sua condio social:

    I - relao de emprego protegida contra despedida arbitrria ou sem justa causa, nos

    termos de lei complementar, que prever indenizao compensatria, dentre outros direitos;

    II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio;

    III - fundo de garantia do tempo de servio;

    IV - salrio mnimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas

    necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade,

    lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe

    preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim;

    V - piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho;

    VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo;

    VII - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que percebem remunerao

    varivel;

    VIII - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da

    aposentadoria;

    IXremunerao do trabalho noturno superior do diurno;

    X - proteo do salrio na forma da lei, constituindo crime sua reteno dolosa;

    XI participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e,

    excepcionalmente, participao na gesto da empresa, conforme definido em lei;

    XII - salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos

    termos da lei;

    XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro

    semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ouconveno coletiva de trabalho;

    XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

    revezamento, salvo negociao coletiva;

    XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

    XVI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento

    do normal;

    XVII - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o

    salrio normal;

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    XVIII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento

    e vinte dias;

    XIX - licena-paternidade, nos termos fixados em lei;

    XX - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos

    termos da lei;XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos

    termos da lei;

    XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e

    segurana;

    XXIII - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na

    forma da lei;

    XXIV - aposentadoria;

    XXV - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco)

    anos de idade em creches e pr-escolas;

    XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho;

    XXVII - proteo em face da automao, na forma da lei;

    XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a

    indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

    XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo

    prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos

    aps a extino do contrato de trabalho a) e b)

    XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de

    admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

    XXXI - proibio de qualquer discriminao no tocante a salrio e critrios de admisso do

    trabalhador portador de deficincia;

    XXXII - proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre os

    profissionais respectivos;

    XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de

    qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de

    quatorze anos;

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente eo trabalhador avulso.

    Pargrafo nico. So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos

    previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integrao

    previdncia social.

    Art. 8 livre a associao profissional ou sindical, observado o seguinte:

    I - a lei no poder exigir autorizao do Estado para a fundao de sindicato, ressalvado

    o registro no rgo competente, vedadas ao Poder Pblico a interferncia e a interveno na

    organizao sindical;

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    II - vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau,

    representativa de categoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser

    definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea

    de um Municpio;

    III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais dacategoria, inclusive em questes judiciais ou administrativas;

    IV - a assemblia geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria

    profissional, ser descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da

    representao sindical respectiva, independentemente da contribuio prevista em lei;

    V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

    VI - obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas de trabalho;

    VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizaes sindicais;

    VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura

    a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps

    o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

    Pargrafo nico. As disposies deste artigo aplicam-se organizao de sindicatos

    rurais e de colnias de pescadores, atendidas as condies que a lei estabelecer.

    Art. 9 assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a

    oportunidade de exerc-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

    1 - A lei definir os servios ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das

    necessidades inadiveis da comunidade.

    2 - Os abusos cometidos sujeitam os responsveis s penas da lei.

    Art. 10. assegurada a participao dos trabalhadores e empregadores nos colegiados

    dos rgos pblicos em que seus interesses profissionais ou previdencirios sejam objeto de

    discusso e deliberao.

    Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, assegurada a eleio de um

    representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com

    os empregadores.

    TTULO IIIDa Organizao do Estado

    CAPTULO VIIDA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham

    os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso

    pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo

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    ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso

    declarado em lei de livre nomeao e exonerao;

    III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez,

    por igual perodo;

    IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado emconcurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos

    concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

    V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo

    efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,

    condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de

    direo, chefia e assessoramento;

    VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical;

    VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica;

    VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas

    portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;

    IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a

    necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

    X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39

    somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em

    cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices;

    XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos

    da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e

    dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria,

    percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra

    natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo

    Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos

    Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo,

    o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsdio

    dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco

    centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo TribunalFederal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio

    Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos;

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero

    ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o

    efeito de remunerao de pessoal do servio pblico;

    XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados

    nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores;

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    XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so

    irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, II,

    153, III, e 153, 2, I;

    XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver

    compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro tcnico oucientfico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses

    regulamentadas;

    XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias,

    fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades

    controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico;

    XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de

    competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da

    lei;

    XIXsomente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de

    empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei

    complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;

    XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das

    entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em

    empresa privada;

    XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e

    alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade

    de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de

    pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente

    permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do

    cumprimento das obrigaes.

    XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de

    carreiras especficas, tero recursos prioritrios para a realizao de suas atividades e atuaro

    de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais,na forma da lei ou convnio.

    1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos

    pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo

    constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou

    servidores pblicos.

    2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a

    punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.

    3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta

    e indireta, regulando especialmente:

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    I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a

    manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna,

    da qualidade dos servios; II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a

    informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII;

    III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo,emprego ou funo na administrao pblica.

    4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos

    polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio,

    na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

    5 - A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer

    agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de

    ressarcimento.

    6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de

    servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

    terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    7 A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da

    administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas.

    8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da

    administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus

    administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho

    para o rgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre:

    I - o prazo de durao do contrato;

    II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e

    responsabilidade dos dirigentes;

    III - a remunerao do pessoal."

    9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia

    mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal

    ou dos Municpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

    10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do

    art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica,

    ressalvados os cargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e oscargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao.

    11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso

    XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei.

    12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos

    Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas

    Constituies e Lei Or gnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do

    respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento

    do subsdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto

    neste pargrafo aos subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

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    Art. 38. Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio

    de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies:

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu

    cargo, emprego ou funo;

    II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

    III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber

    as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo

    eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu

    tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por

    merecimento;

    V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero

    determinados como se no exerccio estivesse.

    Seo IIDOS SERVIDORES PBLICOS

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito desua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores daadministrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    1 A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema

    remuneratrio observar:I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de

    cada carreira;

    II - os requisitos para a investidura;

    III - as peculiaridades dos cargos.

    2 A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a

    formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a participao nos

    cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de

    convnios ou contratos entre os entes federados.

    3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII,

    IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos

    diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir.

    4 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os

    Secretrios Estaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em

    parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de

    representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.

    37, X e XI.

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    5 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios poder estabelecer a

    relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido, em qualquer

    caso, o disposto no art. 37, XI.

    6 Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio publicaro anualmente os valores do

    subsdio e da remunerao dos cargos e empregos pblicos 7 Lei da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios disciplinar a aplicao de recursos

    oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, autarquia e

    fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,

    treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio

    pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade.

    8 A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada

    nos termos do 4.

    Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, assegurado regime de

    previdncia de carter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente

    pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que

    preservem o equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

    1 Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero

    aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e

    17:

    I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio,

    exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave,

    contagiosa ou incurvel, na forma da lei;

    II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo

    de contribuio;

    III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio

    no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas

    as seguintes condies:

    a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco

    anos de idade e trinta de contribuio, se mulher;

    b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, comproventos proporcionais ao tempo de contribuio.

    2 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no

    podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a

    aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso.

    3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero

    consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos

    regimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

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    4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de

    aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos

    definidos em leis complementares, os casos de servidores:

    I portadores de deficincia;

    II que exeram atividades de risco;III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a

    integridade fsica.

    5 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos,

    em relao ao disposto no 1, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo

    de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e

    mdio.

    6 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma

    desta Constituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de

    previdncia previsto neste artigo.

    7 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que ser igual:

    I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo

    estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201,

    acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do

    bito; ou

    II - ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o

    falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de

    previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente

    a este limite, caso em atividade na data do bito.

    8 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter

    permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em lei.

    9 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de

    aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade.

    10 - A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio

    fictcio.

    11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, soma total dos proventos de inatividade,

    inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como deoutras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao

    montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo

    acumulvel na forma desta Constituio, cargo em comisso declarado em lei de livre

    nomeao e exonerao, e de cargo eletivo.

    12 - Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos

    titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o

    regime geral de previdncia social.

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    13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de

    livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico,

    aplica-se o regime geral de previdncia social.

    14 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde que instituam regime

    de previdncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo,podero fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de

    que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de

    previdncia social de que trata o art. 201.

    15. O regime de previdncia complementar de que trata o 14 ser institudo por lei de

    iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pargrafos,

    no que couber, por intermdio de entidades fechadas de previdncia complementar, de

    natureza pblica, que oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente

    na modalidade de contribuio definida.

    16 - Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder

    ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato

    de instituio do correspondente regime de previdncia complementar.

    17. Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do benefcio previsto

    no 3 sero devidamente atualizados, na forma da lei.

    18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas

    pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os

    benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual

    ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

    19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para

    aposentadoria voluntria estabelecidas no 1, III, a, e que opte por permanecer em atividade

    far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria

    at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no 1, II.

    20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para

    os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo

    regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X.

    21. A contribuio prevista no 18 deste artigo incidir apenas sobre as parcelas de

    proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecidopara os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 desta

    Constituio, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante.

    Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para

    cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico:

    1 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

    I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado;

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

    III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei

    complementar, assegurada ampla defesa.

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    2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado,

    e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a

    indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao

    proporcional ao tempo de servio.

    3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar emdisponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado

    aproveitamento em outro cargo.

    4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial

    de desempenho por comisso instituda para essa finalidade.

    TTULO IVDa Organizao dos Poderes

    CAPTULO IIIDO PODER JUDICIRIO

    Seo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 92. So rgos do Poder Judicirio:

    I - o Supremo Tribunal Federal;

    I-A o Conselho Nacional de Justia;

    II - o Superior Tribunal de Justia;

    III - os Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais;

    IV - os Tribunais e Juzes do Trabalho;

    V - os Tribunais e Juzes Eleitorais;

    VI - os Tribunais e Juzes Militares;

    VII - os Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios.

    1 O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justia e os Tribunais

    Superiores tm sede na Capital Federal.

    2 O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores tm jurisdio em todo o

    territrio nacional.

    Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o

    Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princpios:

    I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial ser o de juiz substituto, mediante concursopblico de provas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as

    fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e

    obedecendo-se, nas nomeaes, ordem de classificao;

    II - promoo de entrncia para entrncia, alternadamente, por antigidade e

    merecimento, atendidas as seguintes normas:

    a) obrigatria a promoo do juiz que figure por trs vezes consecutivas ou cinco

    alternadas em lista de merecimento;

    b) a promoo por merecimento pressupe dois anos de exerccio na respectiva entrncia

    e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigidade desta, salvo se no houver com

    tais requisitos quem aceite o lugar vago;

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    c) aferio do merecimento conforme o desempenho e pelos critrios objetivos de

    produtividade e presteza no exerccio da jurisdio e pela freqncia e aproveitamento em

    cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento;

    d) na apurao de antigidade, o tribunal somente poder recusar o juiz mais antigo pelo

    voto fundamentado de dois teros de seus membros, conforme procedimento prprio, eassegurada ampla defesa, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao;

    e) no ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder alm do

    prazo legal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o devido despacho ou deciso;

    III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se- por antigidade e merecimento,

    alternadamente, apurados na ltima ou nica entrncia;

    IV previso de cursos oficiais de preparao, aperfeioamento e promoo de

    magistrados, constituindo etapa obrigatria do processo de vitaliciamento a participao em

    curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formao e aperfeioamento de

    magistrados;

    V - o subsdio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponder a noventa e cinco por

    cento do subsdio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsdios

    dos demais magistrados sero fixados em lei e escalonados, em nvel federal e estadual,

    conforme as respectivas categorias da estrutura judiciria nacional, no podendo a diferena

    entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a

    noventa e cinco por cento do subsdio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores,

    obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, 4;

    VI - a aposentadoria dos magistrados e a penso de seus dependentes observaro o

    disposto no art. 40;

    VII o juiz titular residir na respectiva comarca, salvo autorizao do tribunal;

    VIII o ato de remoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse

    pblico, fundar-se- em deciso por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do

    Conselho Nacional de Justia, assegurada ampla defesa;

    VIIIA a remoo a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrncia

    atender, no que couber, ao disposto nas alneas a , b , c e e do inciso II;

    IX todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas

    todas as decises, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinadosatos, s prprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a

    preservao do direito intimidade do interessado no sigilo no prejudique o interesse pblico

    informao;

    X as decises administrativas dos tribunais sero motivadas e em sesso pblica, sendo

    as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

    XI nos tribunais com nmero superior a vinte e cinco julgadores, poder ser constitudo

    rgo especial, com o mnimo de onze e o mximo de vinte e cinco membros, para o exerccio

    das atribuies administrativas e jurisdicionais delegadas da competncia do tribunal pleno,

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    provendo-se metade das vagas por antigidade e a outra metade por eleio pelo tribunal

    pleno;

    XII a atividade jurisdicional ser ininterrupta, sendo vedado frias coletivas nos juzos e

    tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que no houver expediente forense

    normal, juzes em planto permanente;XIII o nmero de juzes na unidade jurisdicional ser proporcional efetiva demanda

    judicial e respectiva populao;

    XIV os servidores recebero delegao para a prtica de atos de administrao e atos de

    mero expediente sem carter decisrio;

    XV a distribuio de processos ser imediata, em todos os graus de jurisdio. Art. 94.

    Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do

    Distrito Federal e Territrios ser composto de membros, do Ministrio Pblico, com mais de

    dez anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada, com

    mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sxtupla pelos rgos de

    representao das respectivas classes.

    Pargrafo nico. Recebidas as indicaes, o tribunal formar lista trplice, enviando-a ao

    Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqentes, escolher um de seus integrantes para

    nomeao.

    Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias:

    I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de exerccio,

    dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal a que o juiz estiver

    vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado;

    II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;

    III - irredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4, 150, II,

    153, III, e 153, 2, I.

    Pargrafo nico. Aos juzes vedado:

    I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de magistrio;

    II - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao em processo;

    III - dedicar-se atividade poltico-partidria.

    IV receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas,

    entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei;V exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos trs

    anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.

    Art. 96. Compete privativamente:

    I - aos tribunais:

    a) eleger seus rgos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observncia das

    normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competncia e

    o funcionamento dos respectivos rgos jurisdicionais e administrativos;

    b) organizar suas secretarias e servios auxiliares e os dos juzos que lhes forem

    vinculados, velando pelo exerccio da atividade correicional respectiva;

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    c) prover, na forma prevista nesta Constituio, os cargos de juiz de carreira da respectiva

    jurisdio;

    d) propor a criao de novas varas judicirias;

    e) prover, por concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos, obedecido o disposto no

    art. 169, pargrafo nico, os cargos necessrios administrao da Justia, exceto os deconfiana assim definidos em lei;

    f) conceder licena, frias e outros afastamentos a seus membros e aos juzes e

    servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

    II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justia

    propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

    a) a alterao do nmero de membros dos tribunais inferiores;

    b) a criao e a extino de cargos e a remunerao dos seus servios auxiliares e dos

    juzos que lhes forem vinculados, bem como a fixao do subsdio de seus membros e dos

    juzes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

    c) a criao ou extino dos tribunais inferiores;

    d) a alterao da organizao e da diviso judicirias;

    III - aos Tribunais de Justia julgar os juzes estaduais e do Distrito Federal e Territrios,

    bem como os membros do Ministrio Pblico, nos crimes comuns e de responsabilidade,

    ressalvada a competncia da Justia Eleitoral.

    Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do

    respectivo rgo especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato

    normativo do Poder Pblico.

    Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro:

    I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para

    a conciliao, o julgamento e a execuo de causas cveis de menor complexidade e infraes

    penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarissimo,

    permitidos, nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas

    de juzes de primeiro grau;

    II - justia de paz, remunerada, composta de cidados eleitos pelo voto direto, universal e

    secreto, com mandato de quatro anos e competncia para, na forma da lei, celebrar

    casamentos, verificar, de ofcio ou em face de impugnao apresentada, o processo dehabilitao e exercer atribuies conciliatrias, sem carter jurisdicional, alm de outras

    previstas na legislao.

    1 Lei federal dispor sobre a criao de juizados especiais no mbito da Justia

    Federal.

    2 As custas e emolumentos sero destinados exclusivamente ao custeio dos servios

    afetos s atividades especficas da Justia.

    Art. 99. Ao Poder Judicirio assegurada autonomia administrativa e financeira.

    1 - Os tribunais elaboraro suas propostas oramentrias dentro dos limites estipulados

    conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias.

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    2 - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:

    I - no mbito da Unio, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais

    Superiores, com a aprovao dos respectivos tribunais;

    II - no mbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territrios, aos Presidentes dos

    Tribunais de Justia, com a aprovao dos respectivos tribunais. 3 Se os rgos referidos no 2 no encaminharem as respectivas propostas

    oramentrias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Poder

    Executivo considerar, para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valores

    aprovados na lei oramentria vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na

    forma do 1 deste artigo.

    4 Se as propostas oramentrias de que trata este artigo forem encaminhadas em

    desacordo com os limites estipulados na forma do 1, o Poder Executivo proceder aos

    ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentria anual.

    5 Durante a execuo oramentria do exerccio, no poder haver a realizao de

    despesas ou a assuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de

    diretrizes oramentrias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de crditos

    suplementares ou especiais.

    Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital e

    Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica

    de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de

    casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este

    fim.

    1 Os dbitos de natureza alimentcia compreendem aqueles decorrentes de salrios,

    vencimentos, proventos, penses e suas complementaes, benefcios previdencirios e

    indenizaes por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de

    sentena judicial transitada em julgado, e sero pagos com preferncia sobre todos os demais

    dbitos, exceto sobre aqueles referidos no 2 deste artigo.

    2 Os dbitos de natureza alimentcia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade

    ou mais na data de expedio do precatrio, ou sejam portadores de doena grave, definidos

    na forma da lei, sero pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, at o valor

    equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no 3 deste artigo, admitido ofracionamento para essa finalidade, sendo que o restante ser pago na ordem cronolgica de

    apresentao do precatrio.

    3 O disposto no caput deste artigo relativamente expedio de precatrios no se aplica

    aos pagamentos de obrigaes definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas

    referidas devam fazer em virtude de sentena judicial transitada em julgado.

    4 Para os fins do disposto no 3, podero ser fixados, por leis prprias, valores distintos

    s entidades de direito pblico, segundo as diferentes capacidades econmicas, sendo o

    mnimo igual ao valor do maior benefcio do regime geral de previdncia social.

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    5 obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito pblico, de verba

    necessria ao pagamento de seus dbitos, oriundos de sentenas transitadas em julgado,

    constantes de precatrios judicirios apresentados at 1 de julho, fazendo-se o pagamento at

    o final do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente.

    6 As dotaes oramentrias e os crditos abertos sero consignados diretamente aoPoder Judicirio, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a deciso exequenda

    determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para

    os casos de preterimento de seu direito de precedncia ou de no alocao oramentria do

    valor necessrio satisfao do seu dbito, o sequestro da quantia respectiva.

    7 O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou

    tentar frustrar a liquidao regular de precatrios incorrer em crime de responsabilidade e

    responder, tambm, perante o Conselho Nacional de Justia.

    8 vedada a expedio de precatrios complementares ou suplementares de valor pago,

    bem como o fracionamento, repartio ou quebra do valor da execuo para fins de

    enquadramento de parcela do total ao que dispe o 3 deste artigo.

    9 No momento da expedio dos precatrios, independentemente de regulamentao,

    deles dever ser abatido, a ttulo de compensao, valor correspondente aos dbitos lquidos e

    certos, inscritos ou no em dvida ativa e constitudos contra o credor original pela Fazenda

    Pblica devedora, includas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja

    execuo esteja suspensa em virtude de contestao administrativa ou judicial.

    10. Antes da expedio dos precatrios, o Tribunal solicitar Fazenda Pblica devedora,

    para resposta em at 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informao

    sobre os dbitos que preencham as condies estabelecidas no 9, para os fins nele

    previstos.

    11. facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a

    entrega de crditos em precatrios para compra de imveis pblicos do respectivo ente

    federado.

    12. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a atualizao de valores de

    requisitrios, aps sua expedio, at o efetivo pagamento, independentemente de sua

    natureza, ser feita pelo ndice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana, e,

    para fins de compensao da mora, incidiro juros simples no mesmo percentual de jurosincidentes sobre a caderneta de poupana, ficando excluda a incidncia de juros

    compensatrios.

    13. O credor poder ceder, total ou parcialmente, seus crditos em precatrios a terceiros,

    independentemente da concordncia do devedor, no se aplicando ao cessionrio o disposto

    nos 2 e 3.

    14. A cesso de precatrios somente produzir efeitos aps comunicao, por meio de

    petio protocolizada, ao tribunal de origem e entidade devedora.

    15. Sem prejuzo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituio Federal

    poder estabelecer regime especial para pagamento de crdito de precatrios de Estados,

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    Distrito Federal e Municpios, dispondo sobre vinculaes receita corrente lquida e forma e

    prazo de liquidao..

    16. A seu critrio exclusivo e na forma de lei, a Unio poder assumir dbitos, oriundos de

    precatrios, de Estados, Distrito Federal e Municpios, refinanciando-os diretamente.

    Seo VIIIDOS TRIBUNAIS E JUZES DOS ESTADOS

    Art. 125. Os Estados organizaro sua Justia, observados os princpios estabelecidos

    nesta Constituio.

    1 - A competncia dos tribunais ser definida na Constituio do Estado, sendo a lei de

    organizao judiciria de iniciativa do Tribunal de Justia.

    2 - Cabe aos Estados a instituio de representao de inconstitucionalidade de leis ou

    atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio Estadual, vedada a atribuio

    da legitimao para agir a um nico rgo.

    3 A lei estadual poder criar, mediante proposta do T ribunal de Justia, a Justia Militar

    estadual, constituda, em primeiro grau, pelos juzes de direito e pelos Conselhos de Justia e,

    em segundo grau, pelo prprio Tribunal de Justia, ou por Tribunal de Justia Militar nos

    Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. 4 Compete

    Justia Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares

    definidos em lei e as aes judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a

    competncia do jri quando a vtima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a

    perda do posto e da patente dos oficiais e da graduao das praas.

    5 Compete aos juzes de direito do juzo militar processar e julgar, singularmente, os

    crimes militares cometidos contra civis e as aes judiciais contra atos disciplinares militares,

    cabendo ao Conselho de Justia, sob a presidncia de juiz de direito, processar e julgar os

    demais crimes militares.

    6 O Tribunal de Justia poder funcionar descentralizadamente, constituindo Cmaras

    regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado justia em todas as fases do

    processo.

    7 O Tribunal de Justia instalar a justia itinerante, com a realizao de audincias e

    demais funes da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio,servindo-se de equipamentos pblicos e comunitrios.

    Art. 126. Para dirimir conflitos fundirios, o Tribunal de Justia propor a criao de varas

    especializadas, com competncia exclusiva para questes agrrias.

    Pargrafo nico. Sempre que necessrio eficiente prestao jurisdicional, o juiz far-se-

    presente no local do litgio.

    TTULO VIII

    Da Ordem Social

    CAPTULO VIIDA FAMLIA, DA CRIANA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc62.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc62.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc62.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc62.htm#art1
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    Art. 226. A famlia, base da sociedade, tem especial proteo do Estado.

    1 - O casamento civil e gratuita a celebrao.

    2 - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

    3 - Para efeito da proteo do Estado, reconhecida a unio estvel entre o homem e

    a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua converso em casamento. 4 - Entende-se, tambm, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer

    dos pais e seus descendentes.

    5 - Os direitos e deveres referentes sociedade conjugal so exercidos igualmente

    pelo homem e pela mulher.

    6 - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divrcio, aps prvia separao judicial

    por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separao de fato por mais

    de dois anos.

    7 - Fundado nos princpios da dignidade da pessoa humana e da paternidade

    responsvel, o planejamento familiar livre deciso do casal, competindo ao Estado propiciar

    recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, vedada qualquer forma

    coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas.

    8 - O Estado assegurar a assistncia famlia na pessoa de cada um dos que a

    integram, criando mecanismos para coibir a violncia no mbito de suas relaes.

    Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao

    adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao

    lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia

    familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao,

    explorao, violncia, crueldade e opresso.

    1 - O Estado promover programas de assistncia integral sade da criana e do

    adolescente, admitida a participao de entidades no governamentais e obedecendo os

    seguintes preceitos:

    I - aplicao de percentual dos recursos pblicos destinados sade na assistncia

    materno-infantil;

    II - criao de programas de preveno e atendimento especializado para os portadores

    de deficincia fsica, sensorial ou mental, bem como de integrao social do adolescente

    portador de deficincia, mediante o treinamento para o trabalho e a convivncia, e a facilitaodo acesso aos bens e servios coletivos, com a eliminao de preconceitos e obstculos

    arquitetnicos.

    2 - A lei dispor sobre normas de construo dos logradouros e dos edifcios de uso

    pblico e de fabricao de veculos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado

    s pessoas portadoras de deficincia.

    3 - O direito a proteo especial abranger os seguintes aspectos:

    I - idade mnima de quatorze anos para admisso ao trabalho, observado o disposto no

    art. 7, XXXIII;

    II - garantia de direitos previdencirios e trabalhistas;

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    III - garantia de acesso do trabalhador adolescente escola;

    IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuio de ato infracional, igualdade na

    relao processual e defesa tcnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislao

    tutelar especfica;

    V - obedincia aos princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito condiopeculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medida privativa da

    liberdade;

    VI - estmulo do Poder Pblico, atravs de assistncia jurdica, incentivos fiscais e

    subsdios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou

    adolescente rfo ou abandonado;

    VII - programas de preveno e atendimento especializado criana e ao adolescente

    dependente de entorpecentes e drogas afins.

    4 - A lei punir severamente o abuso, a violncia e a explorao sexual da criana e do

    adolescente.

    5 - A adoo ser assistida pelo Poder Pblico, na forma da lei, que estabelecer casos

    e condies de sua efetivao por parte de estrangeiros.

    6 - Os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero os

    mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas

    filiao.

    7 - No atendimento dos direitos da criana e do adolescente levar-se- em

    considerao o disposto no art. 204.

    Art. 228. So penalmente inimputveis os menores de dezoito anos, sujeitos s normas

    da legislao especial.

    Art. 229. Os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos

    maiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade.

    Art. 230. A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de amparar as pessoas idosas,

    assegurando sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e

    garantindo-lhes o direito vida.

    1 - Os programas de amparo aos idosos sero executados preferencialmente em seus

    lares.

    2 - Aos maiores de sessenta e cinco anos garantida a gratuidade dos transportescoletivos urbanos.

    CONSTITUIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    TTULO IIIDA ORGANIZAO

    POLTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADOCAPTULO I

    DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 5 O Estado de Santa Catarina organiza-se poltica e administrativamente nos termosdesta Constituio e das leis que adotar.

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    Art. 6 O territrio do Estado compreende o espao fsico que atualmente se encontra sobseu domnio e jurisdio.Art. 7 A Capital do Estado a cidade de Florianpolis, sede dos Poderes.

    CAPTULO IIDA COMPET NCIA DO ESTADO

    Art. 8 Ao Estado cabe exercer, em seu territrio, todas as competncias que no lhe sejamvedadas pela Constituio Federal, especialmente:I - produzir atos legislativos, administrativos e judiciais;II - organizar seu governo e a prpria administrao;III - manter a ordem e a segurana internas;IV - instituir e arrecadar tributos, tarifas e preos pblicos;V - elaborar e executar planos metropolitanos, regionais e microrregionais de desenvolvimento;

    - explorar, diretamente ou mediante concesso, os servios de gs canalizado, na forma dalei, vedada a edio de medida provisria para a sua regulamentao;VII - explorar, em articulao com a Unio e com a colaborao do setor privado, medianteAutorizao, concesso ou permisso, servios e instalaes de energia eltrica eaproveitamento energtico de cursos d'agua, bem como o carvo mineral;

    - explorar, diretamente ou mediante delegao os recursos hdricos de seu domnio, osservios de transporte rodovirio intermunicipal de passageiros e outros de sua competnciaconforme art. 137;

    - celebrar e firmar contratos, convnios, acordos e ajustes;X - intervir nos Municpios, na forma desta Constituio;XI - firmar acordos e compromissos com outros Estados e entidades de personalidadeinternacional, desde que no afetem a soberania de seu povo e sejam respeitados osseguintes princpios:a) a independncia do Estado;b) a intocabilidade dos direitos humanos;c) a igualdade entre os Estados;d) a no ingerncia nos assuntos internos de outros Estados;e) a cooperao com unidades federadas para a emancipao e o progresso da sociedade.

    Pargrafo nico. A lei dispor sobre as formas de apoio e as garantias asseguradas ao setorprivado, nos casos da colaborao prevista no inciso VII.Art. 9 O Estado exerce, com a Unio e os Municpios, as seguintes competncias:I - zelar pela guarda da Constituio Federal e desta Constituio, das leis e das instituiesdemocrticas e conservar o patrimnio pblico;II - cuidar da sade e assistncia pblica e da proteo e garantia das pessoas portadoras dedeficincia;III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, osmonumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens devalor histrico, artstico ou cultural;V - proporcionar os meios de acesso a cultura, a educao e a cincia;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionaise de saneamento bsico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integraosocial dos setores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao derecursos hdricos e minerais em seu territrio;XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.Art. 10 Compete ao Estado legislar, concorrentemente com a Unio, sobre:I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;II - oramento;III - junta comercial;

    IV - custas dos servios forenses;V - produo e consumo;

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    VI - florestas, caa, pesca, fauna, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursosnaturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio;VII - proteo ao patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico;VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valorartstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;IX - educao, cultura, ensino e desporto;

    X - criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;XI - procedimentos em matria processual;XII - previdncia social, proteo e defesa da sade;XIII - assistncia jurdica e defensoria pblica;XIV - proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia;

    - proteo infncia, juventude e velhice;XVI - organizao, garantias, direitos e deveres da Polcia Civil. 1 No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio para legislar sobrenormas gerais no exclui a competncia suplementar do Estado. 2 Inexistindo norma geral federal, o Estado exercer a competncia legislativa plena paraatender suas peculiaridades. 3 A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da lei estadual,no que lhe for contrrio.

    Art. 11 O Estado no intervir nos municpios, exceto quando:I - deixar de ser paga, sem motivo de fora maior, por dois anos consecutivos, a dvidafundada;II - no forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

    - no tiver sido aplicado o mnimo exigido da receita municipal na manuteno edesenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade;IV - o Tribunal de Justia der provimento a representao para assegurar a observncia deprincpios indicados nesta Constituio ou para prover a execuo de lei, ordem ou decisojudicial. 1 A interveno no Municpio se dar por decreto do Governador do Estado:I - de ofcio, ou mediante representao fundamentada da maioria absoluta da CmaraMunicipal ou do Tribunal de Contas, nos casos dos incisos I, II e III;II - mediante requisio do Tribunal de Justia, no caso do inciso IV.

    2 O decreto de interveno, que especificar a amplitude, o prazo e as condies deexecuo e, se couber, nomear o interventor, ser submetido a apreciao da AssembleiaLegislativa, no prazo de vinte e quatro horas, a qual, se no estiver reunida, ser convocadaextraordinariamente, nomesmo prazo. 3 No caso do inciso IV, dispensada a apreciao pela Assembleia Legislativa, o decretose limitar a suspender a execuo do ato impugnado se a medida bastar ao restabelecimentoda normalidade, devendo o Governador do Estado comunicar o fato ao Presidente do Tribunalde Justia. 4 Cessados os motivos da interveno, os afastados retornaro, salvo impedimento legal,a seus cargos, sem prejuzo da apurao dos atos por eles praticados. 5 O interventor prestar contas de seus atos ao Governador do Estado, ao Tribunal deContas e a Assembleia Legislativa.

    CAPTULO IIIDOS BENS

    Art. 12 So bens do Estado:I - os que atualmente lhe pertencem, que vier a adquirir ou lhe forem atribudos;II - as guas superficiais ou subterrneas, fluentes, emergentes e em depsito, ressalvadas,neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da Unio;III - as reas, nas ilhas ocenicas e costeiras, que estiverem em seu domnio, excludasaquelas sob domnio da Unio, dos municpios ou de terceiros;IV - as ilhas fluviais e lacustres no pertencentes a Unio;V - as terras devolutas situadas em seu territrio que no estejam compreendidas entre as daUnio;VI - a rede viria estadual, sua infra-estrutura e bens acessrios.

    F 1 A doao ou utilizao gratuita de bens imveis depende de prvia autorizaolegislativa.

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    2 Os bens mveis declarados inservveis em processo regular podero ser alienados,cabendo doao somente nos casos que a lei especificar.

    CAPTULO IVDA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo I

    Das Disposies Gerais

    Art. 13 A administrao pblica de qualquer dos Poderes do Estado compreende:I - os rgos da administrao direta;II - as seguintes entidades da administrao indireta, dotadas de personalidade jurdica prpria:a) autarquias;b) empresas pblicas;c) sociedades de economia mista;d) fundaes pblicas. 1 Depende de lei especfica:I - a criao de autarquia;II - a autorizao para:a) constituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de suas subsidirias;

    b) instituio de fundao pblica;c) transformao, fuso, ciso, extino, dissoluo, transferncia do controle e privatizao dequalquer das entidades mencionadas nas alneas anteriores. 2 Depende de autorizao legislativa, em cada caso, a participao das entidades daadministrao indireta no capital de empresas privadas, ressalvadas as instituies financeirasoficiais e as que tenham por objetivo a compra e venda de participaes societrias ouaplicao de incentivos fiscais.

    O disposto no art. 23, inciso II, aplica-se s empresas pblicas e s sociedades deeconomia mista e s suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, do Estado e doMunicpio, para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.Art. 14 So instrumentos de gesto democrtica das aes da administrao pblica, noscampos administrativo, social e econmico, nos termos da lei:I - o funcionamento de conselhos estaduais, com representao paritria de membros do Poder

    Pblico e da sociedade civil organizada;F II- a participao de um representante dos empregados, por eles indicado, no conselho deadministrao e na diretoria das empresas pblicas, sociedades de economia mista e suassubsidirias.Pargrafo nico*. A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades daadministrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre osseus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas dedesempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre:I - o prazo de durao do contrato;II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes eresponsabilidade dos dirigentes; eIII - a remunerao do pessoal.Art. 15 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de

    servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem aterceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.Art. 16 Os atos da administrao pblica de qualquer dos Poderes do Estado obedeceroaos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. 1 Os atos administrativos so pblicos, salvo quando a lei, no interesse da administrao,impuser sigilo. 2 A administrao obrigada a fornecer a qualquer interessado certido ou cpiaautenticada, no prazo mximo de trinta dias, de atos, contratos e convnios administrativos,sob pena de responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardara expedio. 3 A autoridade competente ter o mesmo prazo do pargrafo anterior para atenderrequisies do Poder Judicirio, se outro no for o prazo por ele fixado.F 4 A lei fixar prazo para proferimento da deciso final no processo contencioso

    administrativo-tributrio, sob pena de seu arquivamento e da impossibilidade de reviso ourenovao do lanamento tributrio sobre o mesmo fato gerador.

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    5 No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o procedimento, observar-se-o, entre outros requisitos de validade, o contraditrio, a defesa ampla e o despacho oudeciso motivados. 6 A publicidade dos atos, programas, obras, servios e as campanhas dos rgos eentidades da administrao pblica, ainda que no custeadas diretamente por esta, devero tercarter educativo, informativo ou de orientao social, delas no podendo constar smbolos,

    expresses, nomes ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ouservidores pblicos, e sero suspensas noventa dias antes das eleies, ressalvadas asessenciais ao interesse pblico.Art. 17 Ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras ealienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdadede condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes depagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somentepermitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia documprimento das obrigaes.

    proibidas no perodo deat cento e vinte dias precedentes ao trmino do mandato do Governador do Estado, salvosituao de comprovada urgncia, especificao na lei de diretrizes oramentrias oudecorrentes de recursos provenientes de financiamentos externos ou repasses da Unio.

    A lei disciplinar a forma de participao do usurio na administrao pblica diretaou indireta, regulando especialmente:I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas amanuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna,da qualidade dos servios;II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo,observado o disposto no art. 5, incisos X e XXXIII, da Constituio Federal; eIII - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, empregoou funo na administrao pblica. 1 As entidades e as associaes representativas de interesses sociais e coletivos,vinculadas ou no a rgos pblicos, quando expressamente autorizadas, so partes legtimaspara requerer informaes ao Poder Pblico e promover as aes que visem defesa dosinteresses que representam, na forma da lei.

    A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego daadministrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas.Art. 19 Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos,a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma egradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.Art. 20 (revogadoEC 38)Art. 21 Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros quepreencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei,observado o seguinte:I* - a investidura em cargo ou a admisso em emprego da administrao pblica depende daaprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com anatureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas asnomeaes para cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao;

    II - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez porigual perodo;III - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, quem for aprovado emconcurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novosconcursados para assumir cargo ou emprego na mesma carreira;IV* - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargosefetivos, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies dedireo, chefia e assessoramento; eV - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras dedeficincia e definir os critrios de sua admisso. 1 A no observncia do disposto nos incisos I e II implicar a nulidade do ato e a punioda autoridade responsvel, nos termos da lei.

    2 A lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender anecessidade temporria de excepcional interesse pblico.

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    3 A abertura de concurso pblico para cargo de provimento efetivo ser obrigatriasempre que o nmero de vagas atingir um quinto do total de cargos da categoria funcional.Art. 22 Todo o agente pblico, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,emprego ou funo, obrigado, na posse, exonerao ou aposentadoria, a declarar seus bens.

    da declarao debens dos ocupantes de cargos em comisso, funes de confiana e cargos eletivos por

    ocasio da posse, exonerao, aposentadoria ou trmino do mandato.A remunerao e o subsdio dos servidores da administrao pblica de qualquerdos Poderes, atendero ao seguinte:I - a reviso geral anual sempre na mesma data e sem distino de ndices;II - os Poderes publicaro anualmente os valores dos subsdios e da remunerao dos cargose empregos pblicos;III - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos daadministrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de quaisquer dos Poderes, dosdetentores de mandatoseletivos e dos demais agentes polticos, e os proventos, penses ou outra espcieremuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou dequalquer outra natureza,observaro o limite mximo estabelecido no art. 37, inciso XI, da Constituio Federal;

    IV - a lei poder estabelecer relao entre a maior e a menor remunerao dos servidorespblicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no inciso III;V - para a efetividade do disposto no inciso II somente a lei determinar, no mbito de cadaPoder, os seus valores e as suas alteraes posteriores;VI - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para efeitode remunerao de pessoal do servio pblico;VII - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nemacumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; eVIII - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos soirredutveis, ressalvado o disposto nos incisos III e VII, deste artigo, nos arts. 23-A e 128, incisoII, desta Constituio e no art. 153, inciso III e 2, inciso I, da Constituio Federal.

    A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreiras poder ser fixadanos termos do art. 23-A.

    2* Para a carreira exclusiva de Estado de Auditor Fiscal da Receita Estadual, aplica-secomo limite remuneratrio, observada a hierarquia salarial,