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LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos por esta Lei. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I - agrotóxicos e afins: a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins. Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. § 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se destinarem à pesquisa e à experimentação. § 2º Os registrantes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, à União, as inovações concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos. § 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderão realizar experimentação e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resíduos, química e meio ambiente. § 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar imediatas providências, sob pena de responsabilidade. ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

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  • LEI N 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989

    Dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 A pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, sero regidos por esta Lei.

    Art. 2 Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

    I - agrotxicos e afins:

    a) os produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e tambm de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos;

    b) substncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;

    II - componentes: os princpios ativos, os produtos tcnicos, suas matrias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricao de agrotxicos e afins.

    Art. 3 Os agrotxicos, seus componentes e afins, de acordo com definio do art. 2 desta Lei, s podero ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em rgo federal, de acordo com as diretrizes e exigncias dos rgos federais responsveis pelos setores da sade, do meio ambiente e da agricultura.

    1 Fica criado o registro especial temporrio para agrotxicos, seus componentes e afins, quando se destinarem pesquisa e experimentao.

    2 Os registrantes e titulares de registro fornecero, obrigatoriamente, Unio, as inovaes concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos.

    3 Entidades pblicas e privadas de ensino, assistncia tcnica e pesquisa podero realizar experimentao e pesquisas, e podero fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resduos, qumica e meio ambiente.

    4 Quando organizaes internacionais responsveis pela sade, alimentao ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatrio de acordos e convnios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotxicos, seus componentes e afins, caber autoridade competente tomar imediatas providncias, sob pena de responsabilidade.

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  • 5 O registro para novo produto agrotxico, seus componentes e afins, ser concedido se a sua ao txica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles j registrados, para o mesmo fim, segundo os parmetros fixados na regulamentao desta Lei.

    6 Fica proibido o registro de agrotxicos, seus componentes e afins:

    a) para os quais o Brasil no disponha de mtodos para desativao de seus componentes, de modo a impedir que os seus resduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e sade pblica;

    b) para os quais no haja antdoto ou tratamento eficaz no Brasil;

    c) que revelem caractersticas teratognicas, carcinognicas ou mutagnicas, de acordo com os resultados atualizados de experincias da comunidade cientfica;

    d) que provoquem distrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experincias atualizadas na comunidade cientfica;

    e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratrio, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critrios tcnicos e cientficos atualizados;

    f) cujas caractersticas causem danos ao meio ambiente.

    Art. 4 As pessoas fsicas e jurdicas que sejam prestadoras de servios na aplicao de agrotxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos rgos competentes, do Estado ou do Municpio, atendidas as diretrizes e exigncias dos rgos federais responsveis que atuam nas reas da sade, do meio ambiente e da agricultura.

    Pargrafo nico. So prestadoras de servios as pessoas fsicas e jurdicas que executam trabalho de preveno, destruio e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando agrotxicos, seus componentes e afins.

    Art. 5 Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnao, em nome prprio, do registro de agrotxicos e afins, argindo prejuzos ao meio ambiente, sade humana e dos animais:

    I - entidades de classe, representativas de profisses ligadas ao setor;

    II - partidos polticos, com representao no Congresso Nacional;

    III - entidades legalmente constitudas para defesa dos interesses difusos relacionados proteo do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais.

    1 Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnao de agrotxicos e afins, todas as informaes toxicolgicas de contaminao ambiental e comportamento gentico, bem como os efeitos no mecanismo hormonal, so de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante e devem proceder de laboratrios nacionais ou internacionais.

    2 A regulamentao desta Lei estabelecer condies para o processo de impugnao ou cancelamento do registro, determinando que o prazo de tramitao no exceda 90 (noventa) dias e que os resultados apurados sejam publicados.

    3 Protocolado o pedido de registro, ser publicado no Dirio Oficial da Unio um resumo do mesmo.

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  • Art. 6 As embalagens dos agrotxicos e afins devero atender, entre outros, aos seguintes requisitos:

    I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporao, perda ou alterao de seu contedo;

    I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporao, perda ou alterao de seu contedo e de modo a facilitar as operaes de lavagem, classificao, reutilizao e reciclagem; (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetveis de ser atacados pelo contedo ou de formar com ele combinaes nocivas ou perigosas;

    III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a no sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente s exigncias de sua normal conservao;

    IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destrudo ao ser aberto pela primeira vez.

    Pargrafo nico. Fica proibido o fracionamento ou a reembalagem de agrotxicos e afins para fins de comercializao, salvo quando realizados nos estabelecimentos produtores dos mesmos.

    1o O fracionamento e a reembalagem de agrotxicos e afins com o objetivo de comercializao somente podero ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob responsabilidade daquela, em locais e condies previamente autorizados pelos rgos competentes. (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    2o Os usurios de agrotxicos, seus componentes e afins devero efetuar a devoluo das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instrues previstas nas respectivas bulas, no prazo de at um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado pelo rgo registrante, podendo a devoluo ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo rgo competente.(Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    3o Quando o produto no for fabricado no Pas, assumir a responsabilidade de que trata o 2o a pessoa fsica ou jurdica responsvel pela importao e, tratando-se de produto importado submetido a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caber ao rgo registrante defini-la.(Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    4o As embalagens rgidas que contiverem formulaes miscveis ou dispersveis em gua devero ser submetidas pelo usurio operao de trplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas tcnicas oriundas dos rgos competentes e orientao constante de seus rtulos e bulas.(Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    5o As empresas produtoras e comercializadoras de agrotxicos, seus componentes e afins, so responsveis pela destinao das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, aps a devoluo pelos usurios, e pela dos produtos apreendidos pela ao fiscalizatria e dos imprprios para utilizao ou em desuso, com vistas sua reutilizao, reciclagem ou inutilizao, obedecidas as normas e instrues dos rgos registrantes e sanitrio-ambientais competentes. (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    6o As empresas produtoras de equipamentos para pulverizao devero, no prazo de cento e oitenta dias da publicao desta Lei, inserir nos novos equipamentos adaptaes destinadas a facilitar as operaes de trplice lavagem ou tecnologia equivalente.(Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

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  • Art. 7 Para serem vendidos ou expostos venda em todo territrio nacional, os agrotxicos e afins ficam obrigados a exibir rtulos prprios, redigidos em portugus, que contenham, entre outros, os seguintes dados:

    Art. 7o Para serem vendidos ou expostos venda em todo o territrio nacional, os agrotxicos e afins so obrigados a exibir rtulos prprios e bulas, redigidos em portugus, que contenham, entre outros, os seguintes dados: (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    I - indicaes para a identificao do produto, compreendendo:

    a) o nome do produto;

    b) o nome e a percentagem de cada princpio ativo e a percentagem total dos ingredientes inertes que contm;

    c) a quantidade de agrotxicos, componentes ou afins, que a embalagem contm, expressa em unidades de peso ou volume, conforme o caso;

    d) o nome e o endereo do fabricante e do importador;

    e) os nmeros de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador;

    f) o nmero do lote ou da partida;

    g) um resumo dos principais usos do produto;

    h) a classificao toxicolgica do produto;

    II - instrues para utilizao, que compreendam:

    a) a data de fabricao e de vencimento;

    b) o intervalo de segurana, assim entendido o tempo que dever transcorrer entre a aplicao e a colheita, uso ou consumo, a semeadura ou plantao, e a semeadura ou plantao do cultivo seguinte, conforme o caso;

    c) informaes sobre o modo de utilizao, includas, entre outras: a indicao de onde ou sobre o que deve ser aplicado; o nome comum da praga ou enfermidade que se pode com ele combater ou os efeitos que se pode obter; a poca em que a aplicao deve ser feita; o nmero de aplicaes e o espaamento entre elas, se for o caso; as doses e os limites de sua utilizao;

    d) informaes sobre os equipamentos a serem utilizados e sobre o destino final das embalagens;

    d) informaes sobre os equipamentos a serem usados e a descrio dos processos de trplice lavagem ou tecnologia equivalente, procedimentos para a devoluo, destinao, transporte, reciclagem, reutilizao e inutilizao das embalagens vazias e efeitos sobre o meio ambiente decorrentes da destinao inadequada dos recipientes; (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    III - informaes relativas aos perigos potenciais, compreendidos:

    a) os possveis efeitos prejudiciais sobre a sade do homem, dos animais e sobre o meio ambiente;

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  • b) precaues para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e a terceiros, aos animais domsticos, fauna, flora e meio ambiente;

    c) smbolos de perigo e frases de advertncia padronizados, de acordo com a classificao toxicolgica do produto;

    d) instrues para o caso de acidente, incluindo sintomas de alarme, primeiros socorros, antdotos e recomendaes para os mdicos;

    IV - recomendao para que o usurio leia o rtulo antes de utilizar o produto.

    1 Os textos e smbolos impressos nos rtulos sero claramente visveis e facilmente legveis em condies normais e por pessoas comuns.

    2 Fica facultada a inscrio, nos rtulos, de dados no estabelecidos como obrigatrios, desde que:

    I - no dificultem a visibilidade e a compreenso dos dados obrigatrios;

    II - no contenham:

    a) afirmaes ou imagens que possam induzir o usurio a erro quanto natureza, composio, segurana e eficcia do produto, e sua adequao ao uso;

    b) comparaes falsas ou equvocas com outros produtos;

    c) indicaes que contradigam as informaes obrigatrias;

    d) declaraes de propriedade relativas inocuidade, tais como "seguro", "no venenoso", "no txico"; com ou sem uma frase complementar, como: "quando utilizado segundo as instrues";

    e) afirmaes de que o produto recomendado por qualquer rgo do Governo.

    3 Quando, mediante aprovao do rgo competente, for juntado folheto complementar que amplie os dados do rtulo, ou que contenha dados que obrigatoriamente deste devessem constar, mas que nele no couberam, pelas dimenses reduzidas da embalagem, observar-se- o seguinte:

    I - deve-se incluir no rtulo frase que recomende a leitura do folheto anexo, antes da utilizao do produto;

    II - em qualquer hiptese, os smbolos de perigo, o nome do produto, as precaues e instrues de primeiros socorros, bem como o nome e o endereo do fabricante ou importador devem constar tanto do rtulo como do folheto.

    Art. 8 A propaganda comercial de agrotxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicao, conter, obrigatoriamente, clara advertncia sobre os riscos do produto sade dos homens, animais e ao meio ambiente, e observar o seguinte:

    I - estimular os compradores e usurios a ler atentamente o rtulo e, se for o caso, o folheto, ou a pedir que algum os leia para eles, se no souberem ler;

    II - no conter nenhuma representao visual de prticas potencialmente perigosas, tais como a manipulao ou aplicao sem equipamento protetor, o uso em proximidade de alimentos ou em presena de crianas;

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  • III - obedecer ao disposto no inciso II do 2 do art. 7 desta Lei.

    Art. 9 No exerccio de sua competncia, a Unio adotar as seguintes providncias:

    I - legislar sobre a produo, registro, comrcio interestadual, exportao, importao, transporte, classificao e controle tecnolgico e toxicolgico;

    II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produo, importao e exportao;

    III - analisar os produtos agrotxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados;

    IV - controlar e fiscalizar a produo, a exportao e a importao.

    Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da Constituio Federal, legislar sobre o uso, a produo, o consumo, o comrcio e o armazenamento dos agrotxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comrcio, o armazenamento e o transporte interno.

    Art. 11. Cabe ao Municpio legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos agrotxicos, seus componentes e afins.

    Art. 12. A Unio, atravs dos rgos competentes, prestar o apoio necessrio s aes de controle e fiscalizao, Unidade da Federao que no dispuser dos meios necessrios.

    Art. 12A. Compete ao Poder Pblico a fiscalizao: (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    I da devoluo e destinao adequada de embalagens vazias de agrotxicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ao fiscalizadora e daqueles imprprios para utilizao ou em desuso; (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    II do armazenamento, transporte, reciclagem, reutilizao e inutilizao de embalagens vazias e produtos referidos no inciso I. (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    Art. 13. A venda de agrotxicos e afins aos usurios ser feita atravs de receiturio prprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentao desta Lei.

    Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal, pelos danos causados sade das pessoas e ao meio ambiente, quando a produo, a comercializao, a utilizao e o transporte no cumprirem o disposto nesta Lei, na sua regulamentao e nas legislaes estaduais e municipais, cabem:

    Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados sade das pessoas e ao meio ambiente, quando a produo, comercializao, utilizao, transporte e destinao de embalagens vazias de agrotxicos, seus componentes e afins, no cumprirem o disposto na legislao pertinente, cabem: (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;

    b) ao usurio ou a prestador de servios, quando em desacordo com o receiturio;

    b) ao usurio ou ao prestador de servios, quando proceder em desacordo com o receiturio ou as recomendaes do fabricante e rgos registrantes e sanitrio-ambientais; (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

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  • c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receiturio ou em desacordo com a receita;

    c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receiturio ou em desacordo com a receita ou recomendaes do fabricante e rgos registrantes e sanitrio-ambientais; (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informaes ou fornecer informaes incorretas;

    e) ao produtor que produzir mercadorias em desacordo com as especificaes constantes do registro do produto, do rtulo, da bula, do folheto e da propaganda;

    e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificaes constantes do registro do produto, do rtulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou no der destinao s embalagens vazias em conformidade com a legislao pertinente; (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    f) ao empregador, quando no fornecer e no fizer manuteno dos equipamentos adequados proteo da sade dos trabalhadores ou dos equipamentos na produo, distribuio e aplicao dos produtos.

    Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar ou prestar servios na aplicao de agrotxicos, seus componentes e afins, descumprindo as exigncias estabelecidas nas leis e nos seus regulamentos, ficar sujeito pena de recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, alm da multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, ser punido com pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos, alm da multa de 50 (cinqenta) a 500 (quinhentos) MVR.

    Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar servio, der destinao a resduos e embalagens vazias de agrotxicos, seus componentes e afins, em descumprimento s exigncias estabelecidas na legislao pertinente estar sujeito pena de recluso, de dois a quatro anos, alm de multa. (Redao dada pela Lei n 9.974, de 2000)

    Art. 16. O empregador, profissional responsvel ou o prestador de servio, que deixar de promover as medidas necessrias de proteo sade e ao meio ambiente, estar sujeito pena de recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, alm de multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, ser punido com pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos, alm de multa de 50 (cinqenta) a 500 (quinhentos) MVR.

    Art. 17. Sem prejuzo das responsabilidades civil e penal cabveis, a infrao de disposies desta Lei acarretar, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em regulamento, independente das medidas cautelares de estabelecimento e apreenso do produto ou alimentos contaminados, a aplicao das seguintes sanes:

    I - advertncia;

    II - multa de at 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referncia - MVR, aplicvel em dobro em caso de reincidncia;

    III - condenao de produto;

    IV - inutilizao de produto;

    V - suspenso de autorizao, registro ou licena;

    VI - cancelamento de autorizao, registro ou licena;

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  • VII - interdio temporria ou definitiva de estabelecimento;

    VIII - destruio de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resduos acima do permitido;

    IX - destruio de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicao de agrotxicos de uso no autorizado, a critrio do rgo competente.

    Pargrafo nico. A autoridade fiscalizadora far a divulgao das sanes impostas aos infratores desta Lei.

    Art. 18. Aps a concluso do processo administrativo, os agrotxicos e afins, apreendidos como resultado da ao fiscalizadora, sero inutilizados ou podero ter outro destino, a critrio da autoridade competente.

    Pargrafo nico. Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionados neste artigo correro por conta do infrator.

    Art. 19. O Poder Executivo desenvolver aes de instruo, divulgao e esclarecimento, que estimulem o uso seguro e eficaz dos agrotxicos, seus componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais para os seres humanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua utilizao imprpria.

    Pargrafo nico. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotxicos, seus componentes e afins, implementaro, em colaborao com o Poder Pblico, programas educativos e mecanismos de controle e estmulo devoluo das embalagens vazias por parte dos usurios, no prazo de cento e oitenta dias contado da publicao desta Lei. (Includo pela Lei n 9.974, de 2000)

    Art. 20. As empresas e os prestadores de servios que j exercem atividades no ramo de agrotxicos, seus componentes e afins, tm o prazo de at 6 (seis) meses, a partir da regulamentao desta Lei, para se adaptarem s suas exigncias.

    Pargrafo nico. Aos titulares do registro de produtos agrotxicos que tm como componentes os organoclorados ser exigida imediata reavaliao de seu registro, nos termos desta Lei.

    Art. 21. O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de sua publicao.

    Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 23. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 11 de julho de 1989; 168 da Independncia e 101 da Repblica.

    JOS SARNEY ris Rezende Machado Joo Alves Filho Rubens Bayma Denys

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 12.7.1989.

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  • LEI No 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003

    Dispe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1o O Sistema Nacional de Sementes e Mudas, institudo nos termos desta Lei e de seu regulamento, objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicao e de reproduo vegetal produzido, comercializado e utilizado em todo o territrio nacional.

    Art. 2o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

    I amostra: poro representativa de um lote de sementes ou de mudas, suficientemente homognea e corretamente identificada, obtida por mtodo indicado pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento - Mapa;

    II amostra oficial: amostra retirada por fiscal, para fins de anlise de fiscalizao;

    III - amostragem: ato ou processo de obteno de poro de sementes ou de mudas, definido no regulamento desta Lei, para constituir amostra representativa de campo ou de lote definido;

    IV - amostrador: pessoa fsica credenciada pelo Mapa para execuo de amostragem;

    V - armazenador: pessoa fsica ou jurdica que armazena sementes para si ou para terceiros;

    VI - beneficiamento: operao efetuada mediante meios fsicos, qumicos ou mecnicos, com o objetivo de se aprimorar a qualidade de um lote de sementes;

    VII - beneficiador: pessoa fsica ou jurdica que presta servios de beneficiamento de sementes ou mudas para terceiros, assistida por responsvel tcnico;

    VIII - categoria: unidade de classificao, dentro de uma classe de semente, que considera a origem gentica, a qualidade e o nmero de geraes, quando for o caso;

    IX - certificao de sementes ou mudas: processo de produo de sementes ou mudas, executado mediante controle de qualidade em todas as etapas do seu ciclo, incluindo o conhecimento da origem gentica e o controle de geraes;

    X - certificado de sementes ou mudas: documento emitido pelo certificador, comprovante de que o lote de sementes ou de mudas foi produzido de acordo com as normas e padres de certificao estabelecidos;

    XI - certificador: o Mapa ou pessoa jurdica por este credenciada para executar a certificao de sementes e mudas;

    XII - classe: grupo de identificao da semente de acordo com o processo de produo;

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  • XIII - comerciante: pessoa fsica ou jurdica que exerce o comrcio de sementes ou mudas;

    XIV - comrcio: o ato de anunciar, expor venda, ofertar, vender, consignar, reembalar, importar ou exportar sementes ou mudas;

    XV - cultivar: a variedade de qualquer gnero ou espcie vegetal superior que seja claramente distinguvel de outras cultivares conhecidas, por margem mnima de descritores, por sua denominao prpria, que seja homognea e estvel quanto aos descritores atravs de geraes sucessivas e seja de espcie passvel de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicao especializada disponvel e acessvel ao pblico, bem como a linhagem componente de hbridos;

    XVI - cultivar local, tradicional ou crioula: variedade desenvolvida, adaptada ou produzida por agricultores familiares, assentados da reforma agrria ou indgenas, com caractersticas fenotpicas bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades e que, a critrio do Mapa, considerados tambm os descritores socioculturais e ambientais, no se caracterizem como substancialmente semelhantes s cultivares comerciais;

    XVII - detentor de semente: a pessoa fsica ou jurdica que estiver na posse da semente;

    XVIII - fiscalizao: exerccio do poder de polcia, visando coibir atos em desacordo com os dispositivos desta Lei e de sua regulamentao, realizado por Fiscal Federal Agropecurio do Mapa ou por funcionrio da administrao estadual, municipal ou do Distrito Federal, capacitados para o exerccio da fiscalizao e habilitados pelos respectivos conselhos de fiscalizao do exerccio profissional;

    XIX - hbrido: o resultado de um ou mais cruzamentos, sob condies controladas, entre progenitores de constituio gentica distinta, estvel e de pureza varietal definida;

    XX - identidade: conjunto de informaes necessrias identificao de sementes ou mudas, incluindo a identidade gentica;

    XXI - identidade gentica: conjunto de caracteres genotpicos e fenotpicos da cultivar que a diferencia de outras;

    XXII - introdutor: pessoa fsica ou jurdica que introduz pela primeira vez, no Pas, uma cultivar desenvolvida em outro pas;

    XXIII - jardim clonal: conjunto de plantas, matrizes ou bsicas, destinado a fornecer material de multiplicao de determinada cultivar;

    XXIV - laboratrio de anlise de sementes e mudas: unidade constituda e credenciada especificamente para proceder a anlise de sementes e expedir o respectivo boletim ou certificado de anlise, assistida por responsvel tcnico;

    XXV - mantenedor: pessoa fsica ou jurdica que se responsabiliza por tornar disponvel um estoque mnimo de material de propagao de uma cultivar inscrita no Registro Nacional de Cultivares - RNC, conservando suas caractersticas de identidade gentica e pureza varietal;

    XXVI - muda: material de propagao vegetal de qualquer gnero, espcie ou cultivar, proveniente de reproduo sexuada ou assexuada, que tenha finalidade especfica de plantio;

    XXVII - muda certificada: muda que tenha sido submetida ao processo de certificao, proveniente de planta bsica ou de planta matriz;

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  • XXVIII - obtentor: pessoa fsica ou jurdica que obtiver cultivar, nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada;

    XXIX - planta bsica: planta obtida a partir de processo de melhoramento, sob a responsabilidade e controle direto de seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas caractersticas de identidade e pureza genticas;

    XXX - planta matriz: planta fornecedora de material de propagao que mantm as caractersticas da Planta Bsica da qual seja proveniente;

    XXXI - produo: o processo de propagao de sementes ou mudas;

    XXXII - produtor de muda: pessoa fsica ou jurdica que, assistida por responsvel tcnico, produz muda destinada comercializao;

    XXXIII - produtor de semente: pessoa fsica ou jurdica que, assistida por responsvel tcnico, produz semente destinada comercializao;

    XXXIV - propagao: a reproduo, por sementes propriamente ditas, ou a multiplicao, por mudas e demais estruturas vegetais, ou a concomitncia dessas aes;

    XXXV - qualidade: conjunto de atributos inerentes a sementes ou a mudas, que permite comprovar a origem gentica e o estado fsico, fisiolgico e fitossanitrio delas;

    XXXVI - reembalador: pessoa fsica ou jurdica que, assistida por responsvel tcnico, reembala sementes;

    XXXVII - responsvel tcnico: engenheiro agrnomo ou engenheiro florestal, registrado no respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea, a quem compete a responsabilidade tcnica pela produo, beneficiamento, reembalagem ou anlise de sementes em todas as suas fases, na sua respectiva rea de habilitao profissional;

    XXXVIII - semente: material de reproduo vegetal de qualquer gnero, espcie ou cultivar, proveniente de reproduo sexuada ou assexuada, que tenha finalidade especfica de semeadura;

    XXXIX - semente gentica: material de reproduo obtido a partir de processo de melhoramento de plantas, sob a responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas caractersticas de identidade e pureza genticas;

    XL - semente bsica: material obtido da reproduo de semente gentica, realizada de forma a garantir sua identidade gentica e sua pureza varietal;

    XLI - semente certificada de primeira gerao: material de reproduo vegetal resultante da reproduo de semente bsica ou de semente gentica;

    XLII - semente certificada de segunda gerao: material de reproduo vegetal resultante da reproduo de semente gentica, de semente bsica ou de semente certificada de primeira gerao;

    XLIII - semente para uso prprio: quantidade de material de reproduo vegetal guardada pelo agricultor, a cada safra, para semeadura ou plantio exclusivamente na safra seguinte e em sua propriedade ou outra cuja posse detenha, observados, para clculo da quantidade, os parmetros registrados para a cultivar no Registro Nacional de Cultivares - RNC; (Vide Medida provisria n 223, de 2004)

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  • XLIV - termo de conformidade: documento emitido pelo responsvel tcnico, com o objetivo de atestar que a semente ou a muda foi produzida de acordo com as normas e padres estabelecidos pelo Mapa;

    XLV - utilizao de sementes ou mudas: uso de vegetais ou de suas partes com o objetivo de semeadura ou plantio;

    XLVI - usurio de sementes ou mudas: aquele que utiliza sementes ou mudas com objetivo de semeadura ou plantio;

    XLVII - valor de cultivo e uso - VCU: valor intrnseco de combinao das caractersticas agronmicas da cultivar com as suas propriedades de uso em atividades agrcolas, industriais, comerciais ou consumo in natura.

    Pargrafo nico. Aplicam-se, tambm, no que couber e no que no dispuser em contrrio esta Lei, os conceitos constantes da Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997.

    CAPTULO II

    DO SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS

    Art. 3o O Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM compreende as seguintes atividades:

    I - registro nacional de sementes e mudas - Renasem;

    II - registro nacional de cultivares - RNC;

    III - produo de sementes e mudas;

    IV - certificao de sementes e mudas;

    V - anlise de sementes e mudas;

    VI - comercializao de sementes e mudas;

    VII - fiscalizao da produo, do beneficiamento, da amostragem, da anlise, certificao, do armazenamento, do transporte e da comercializao de sementes e mudas;

    VIII - utilizao de sementes e mudas.

    Art. 4o Compete ao Mapa promover, coordenar, normatizar, supervisionar, auditar e fiscalizar as aes decorrentes desta Lei e de seu regulamento.

    Art. 5o Compete aos Estados e ao Distrito Federal elaborar normas e procedimentos complementares relativos produo de sementes e mudas, bem como exercer a fiscalizao do comrcio estadual.

    Pargrafo nico. A fiscalizao do comrcio estadual de sementes e mudas poder ser exercida pelo Mapa, quando solicitado pela unidade da Federao.

    Art. 6o Compete privativamente ao Mapa a fiscalizao do comrcio interestadual e internacional de sementes e mudas.

    CAPTULO III

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  • DO REGISTRO NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS

    Art. 7o Fica institudo, no Mapa, o Registro Nacional de Sementes e Mudas - Renasem.

    Art. 8o As pessoas fsicas e jurdicas que exeram as atividades de produo, beneficiamento, embalagem, armazenamento, anlise, comrcio, importao e exportao de sementes e mudas ficam obrigadas inscrio no Renasem.

    1o O Mapa credenciar, junto ao Renasem, pessoas fsicas e jurdicas que atendam aos requisitos exigidos no regulamento desta Lei, para exercer as atividades de:

    I - responsvel tcnico;

    II - entidade de certificao de sementes e mudas;

    III - certificador de sementes ou mudas de produo prpria;

    IV - laboratrio de anlise de sementes e de mudas;

    V - amostrador de sementes e mudas.

    2o As pessoas fsicas ou jurdicas que importem sementes ou mudas para uso prprio em sua propriedade, ou em propriedades de terceiros cuja posse detenham, ficam dispensadas da inscrio no Renasem, obedecidas as condies estabelecidas no regulamento desta Lei.

    3o Ficam isentos da inscrio no Renasem os agricultores familiares, os assentados da reforma agrria e os indgenas que multipliquem sementes ou mudas para distribuio, troca ou comercializao entre si.

    Art. 9o Os servios pblicos decorrentes da inscrio ou do credenciamento no Renasem sero remunerados pelo regime de preos de servios pblicos especficos, cabendo ao Mapa fixar valores e formas de arrecadao para as atividades de:

    I - produtor de sementes;

    II - produtor de mudas;

    III - beneficiador de sementes;

    IV - reembalador de sementes;

    V - armazenador de sementes;

    VI - comerciante de sementes;

    VII - comerciante de mudas;

    VIII - certificador de sementes ou de mudas;

    IX - laboratrio de anlise de sementes ou de mudas;

    X - amostrador;

    XI - responsvel tcnico.

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  • Pargrafo nico. A pessoa fsica ou jurdica que exercer mais de uma atividade pagar somente o valor referente maior anuidade e maior taxa de inscrio ou de credenciamento nas atividades que desenvolve.

    CAPTULO IV

    DO REGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES

    Art. 10. Fica institudo, no Mapa, o Registro Nacional de Cultivares - RNC e o Cadastro Nacional de Cultivares Registradas - CNCR.

    Pargrafo nico. O CNCR o cadastro das cultivares registradas no RNC e de seus mantenedores.

    Art. 11. A produo, o beneficiamento e a comercializao de sementes e de mudas ficam condicionados prvia inscrio da respectiva cultivar no RNC.

    1o A inscrio da cultivar dever ser nica.

    2o A permanncia da inscrio de uma cultivar, no RNC, fica condicionada existncia de pelo menos um mantenedor, excetuadas as cultivares cujo material de propagao dependa exclusivamente de importao.

    3o O Mapa poder aceitar mais de um mantenedor da mesma cultivar inscrita no RNC, desde que comprove possuir condies tcnicas para garantir a manuteno da cultivar.

    4o O mantenedor que, por qualquer motivo, deixar de fornecer material bsico ou de assegurar as caractersticas da cultivar declaradas na ocasio de sua inscrio no RNC ter seu nome excludo do registro da cultivar no CNCR.

    5o Na hiptese de cultivar protegida, nos termos da Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997, a inscrio dever ser feita pelo obtentor ou por procurador legalmente autorizado.

    6o No obrigatria a inscrio no RNC de cultivar local, tradicional ou crioula, utilizada por agricultores familiares, assentados da reforma agrria ou indgenas.

    7o O regulamento desta Lei estabelecer os critrios de permanncia ou excluso de inscrio no RNC, das cultivares de domnio pblico.

    Art. 12. A denominao da cultivar ser obrigatria para sua identificao e destinar-se- a ser sua denominao genrica, devendo, para fins de registro, obedecer aos seguintes critrios:

    I - ser nica, no podendo ser expressa apenas na forma numrica;

    II - ser diferente de denominao de cultivar preexistente;

    III - no induzir a erro quanto s caractersticas intrnsecas ou quanto procedncia da cultivar.

    Art. 13. O Mapa editar publicao especializada para divulgao do Cadastro Nacional de Cultivares Registradas.

    Art. 14. Ficam convalidadas as inscries de cultivares j existentes no RNC, na data de publicao desta Lei, desde que, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, os interessados atendam ao disposto no art. 11.

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  • Art. 15. O Mapa estabelecer normas para determinao de valor de cultivo e de uso - VCU pertinentes a cada espcie vegetal, para a inscrio das respectivas cultivares no RNC.

    Art. 16. A inscrio de cultivar no RNC poder ser cancelada ou suspensa, na forma que estabelecer o regulamento desta Lei.

    Art. 17. Os servios pblicos decorrentes da inscrio no RNC sero remunerados pelo regime de preos de servios pblicos especficos, cabendo ao Mapa fixar valores e formas de arrecadao.

    CAPTULO V

    DA PRODUO E DA CERTIFICAO

    Art. 18. O Mapa promover a organizao do sistema de produo de sementes e mudas em todo o territrio nacional, incluindo o processo de certificao, na forma que dispuser o regulamento desta Lei.

    Art. 19. A produo de sementes e mudas ser de responsabilidade do produtor de sementes e mudas inscrito no Renasem, competindo-lhe zelar pelo controle de identidade e qualidade.

    Pargrafo nico. A garantia do padro mnimo de germinao ser assegurada pelo detentor da semente, seja produtor, comerciante ou usurio, na forma que dispuser o regulamento desta Lei.

    Art. 20. Os padres de identidade e qualidade das sementes e mudas, estabelecidos pelo Mapa e publicados no Dirio Oficial da Unio, sero vlidos em todo o territrio nacional.

    Art. 21. O produtor de sementes e de mudas fica obrigado a identific-las, devendo fazer constar da respectiva embalagem, carimbo, rtulo ou etiqueta de identificao, as especificaes estabelecidas no regulamento desta Lei.

    Art. 22. As sementes e mudas devero ser identificadas com a denominao "Semente de" ou "Muda de" acrescida do nome comum da espcie.

    Pargrafo nico. As sementes e mudas produzidas sob o processo de certificao sero identificadas de acordo com a denominao das categorias estabelecidas no art. 23, acrescida do nome comum da espcie.

    Art. 23. No processo de certificao, as sementes e as mudas podero ser produzidas segundo as seguintes categorias:

    I - semente gentica;

    II - semente bsica;

    III - semente certificada de primeira gerao - C1;

    IV - semente certificada de segunda gerao - C2;

    V - planta bsica;

    VI - planta matriz;

    VII - muda certificada.

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  • 1o A obteno de semente certificada de segunda gerao - C2, de semente certificada de primeira gerao - C1 e de semente bsica se dar, respectivamente, pela reproduo de, no mximo, uma gerao da categoria imediatamente anterior, na escala de categorias constante do caput.

    2o O Mapa poder autorizar mais de uma gerao para a multiplicao da categoria de semente bsica, considerando as peculiaridades de cada espcie vegetal.

    3o A produo de semente bsica, semente certificada de primeira gerao - C1 e semente certificada de segunda gerao - C2, fica condicionada prvia inscrio dos campos de produo no Mapa, observados as normas e os padres pertinentes a cada espcie.

    4o A produo de muda certificada fica condicionada prvia inscrio do jardim clonal de planta matriz e de planta bsica, assim como do respectivo viveiro de produo, no Mapa, observados as normas e os padres pertinentes.

    Art. 24. A produo de sementes da classe no-certificada com origem gentica comprovada poder ser feita por, no mximo, duas geraes a partir de sementes certificadas, bsicas ou genticas, condicionada prvia inscrio dos campos de produo no Mapa e ao atendimento s normas e padres estabelecidos no regulamento desta Lei.

    Pargrafo nico. A critrio do Mapa, a produo de sementes prevista neste artigo poder ser feita sem a comprovao da origem gentica, quando ainda no houver tecnologia disponvel para a produo de semente gentica da respectiva espcie.

    Art. 25. A inscrio de campo de produo de sementes e mudas de cultivar protegida nos termos da Lei no 9.456, de 1997, somente poder ser feita mediante autorizao expressa do detentor do direito de propriedade da cultivar.

    Art. 26. A produo de muda no-certificada dever obedecer ao disposto no regulamento desta Lei.

    Art. 27. A certificao de sementes e mudas dever ser efetuada pelo Mapa ou por pessoa jurdica credenciada, na forma do regulamento desta Lei.

    Pargrafo nico. Ser facultado ao produtor de sementes ou de mudas certificar a sua prpria produo, desde que credenciado pelo Mapa, na forma do 1o do art. 8o desta Lei.

    CAPTULO VI

    DA ANLISE DE SEMENTES E DE MUDAS

    Art. 28. A anlise de amostras de sementes e de mudas dever ser executada de acordo com metodologias oficializadas pelo Mapa.

    Art. 29. As anlises de amostras de sementes e de mudas somente sero vlidas, para os fins previstos nesta Lei, quando realizadas diretamente pelo Mapa ou por laboratrio por ele credenciado ou reconhecido.

    Pargrafo nico. Os resultados das anlises somente tero valor, para fins de fiscalizao, quando obtidos de amostras oficiais e analisadas diretamente pelo Mapa ou por laboratrio oficial por ele credenciado.

    CAPTULO VII

    DO COMRCIO INTERNO

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  • Art. 30. O comrcio e o transporte de sementes e de mudas ficam condicionados ao atendimento dos padres de identidade e de qualidade estabelecidos pelo Mapa.

    Pargrafo nico. Em situaes emergenciais e por prazo determinado, o Mapa poder autorizar a comercializao de material de propagao com padres de identidade e qualidade abaixo dos mnimos estabelecidos.

    Art. 31. As sementes e mudas devero ser identificadas, constando sua categoria, na forma estabelecida no art. 23 e devero, ao ser transportadas, comercializadas ou estocadas, estar acompanhadas de nota fiscal ou nota fiscal do produtor e do certificado de semente ou do termo de conformidade, conforme definido no regulamento desta Lei.

    Art. 32. A comercializao e o transporte de sementes tratadas com produtos qumicos ou agrotxicos devero obedecer ao disposto no regulamento desta Lei.

    CAPTULO VIII

    DO COMRCIO INTERNACIONAL

    Art. 33. A produo de sementes e mudas destinadas ao comrcio internacional dever obedecer s normas especficas estabelecidas pelo Mapa, atendidas as exigncias de acordos e tratados que regem o comrcio internacional ou aquelas estabelecidas com o pas importador, conforme o caso.

    Art. 34. Somente podero ser importadas sementes ou mudas de cultivares inscritas no Registro Nacional de Cultivares.

    Pargrafo nico. Ficam isentas de inscrio no RNC as cultivares importadas para fins de pesquisa, de ensaios de valor de cultivo e uso, ou de reexportao.

    Art. 35. A semente ou muda importada deve estar acompanhada da documentao prevista no regulamento desta Lei.

    1o A semente ou muda importada no poder, sem prvia autorizao do Mapa, ser usada, ainda que parcialmente, para fins diversos daqueles que motivaram sua importao.

    2o As sementes ou mudas importadas, quando condenadas, devem, a critrio do Mapa, ser devolvidas, reexportadas, destrudas ou utilizadas para outro fim.

    CAPTULO IX

    DA UTILIZAO

    Art. 36. Compete ao Mapa orientar a utilizao de sementes e mudas no Pas, com o objetivo de evitar seu uso indevido e prejuzos agricultura nacional, conforme estabelecido no regulamento desta Lei.

    CAPTULO X

    DA FISCALIZAO

    Art. 37. Esto sujeitas fiscalizao, pelo Mapa, as pessoas fsicas e jurdicas que produzam, beneficiem, analisem, embalem, reembalem, amostrem, certifiquem, armazenem, transportem, importem, exportem, utilizem ou comercializem sementes ou mudas.

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  • 1o A fiscalizao de que trata este artigo de competncia do Mapa e ser exercida por fiscal por ele capacitado, sem prejuzo do disposto no art. 5o.

    2o Compete ao fiscal exercer a fiscalizao da produo, do beneficiamento, do comrcio e da utilizao de sementes e mudas, sendo-lhe assegurado, no exerccio de suas funes, livre acesso a quaisquer estabelecimentos, documentos ou pessoas referidas no caput.

    Art. 38. O Mapa poder descentralizar, por convnio ou acordo com entes pblicos, a execuo do servio de fiscalizao de que trata esta Lei, na forma de seu regulamento.

    Pargrafo nico. A delegao de competncia prevista no caput fica sujeita a auditorias regulares, executadas pelo Mapa conforme estabelecido no regulamento desta Lei.

    Art. 39. Toda semente ou muda, embalada ou a granel, armazenada ou em trnsito, identificada ou no, est sujeita fiscalizao, na forma que dispuser o regulamento.

    CAPTULO XI

    DAS COMISSES DE SEMENTES E MUDAS

    Art. 40. Ficam criadas as Comisses de Sementes e Mudas, rgos colegiados, de carter consultivo e de assessoramento ao Mapa, s quais compete propor normas e procedimentos complementares, relativos produo, comrcio e utilizao de sementes e mudas.

    1o As Comisses de Sementes e Mudas, a serem instaladas nas unidades da Federao, sero compostas por representantes de entidades federais, estaduais e municipais e da iniciativa privada, vinculadas fiscalizao, pesquisa, ao ensino, assistncia tcnica e extenso rural, produo, ao comrcio e ao uso de sementes e mudas.

    2o A composio, a estrutura, as atribuies e as responsabilidades das Comisses de Sementes e Mudas sero estabelecidas no regulamento desta Lei.

    3o Cabe ao Mapa a coordenao, em mbito nacional, das Comisses de Sementes e Mudas.

    CAPTULO XII

    DAS PROIBIES

    Art. 41. Ficam proibidos a produo, o beneficiamento, o armazenamento, a anlise, o comrcio, o transporte e a utilizao de sementes e mudas em desacordo com o estabelecido nesta Lei e em sua regulamentao.

    Pargrafo nico. A classificao das infraes desta Lei e as respectivas penalidades sero disciplinadas no regulamento.

    CAPTULO XIII

    DAS MEDIDAS CAUTELARES E DAS PENALIDADES

    Art. 42. No ato da ao fiscal sero adotadas como medidas cautelares, conforme dispuser o regulamento desta Lei:

    I - suspenso da comercializao; ou

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  • II - interdio de estabelecimento.

    Art. 43. Sem prejuzo da responsabilidade penal e civil cabvel, a inobservncia das disposies desta Lei sujeita as pessoas fsicas e jurdicas, referidas no art. 8o, s seguintes penalidades, isolada ou cumulativamente, conforme dispuser o regulamento desta Lei:

    I - advertncia;

    II - multa pecuniria;

    III - apreenso das sementes ou mudas;

    IV - condenao das sementes ou mudas;

    V - suspenso da inscrio no Renasem;

    VI - cassao da inscrio no Renasem.

    Pargrafo nico. A multa pecuniria ser de valor equivalente a at 250% (duzentos e cinqenta por cento) do valor comercial do produto fiscalizado, quando incidir sobre a produo, beneficiamento ou comercializao.

    Art. 44. O responsvel tcnico, o amostrador ou o certificador que descumprir os dispositivos desta Lei, estar sujeito s seguintes penalidades, isolada ou cumulativamente, conforme dispuser a regulamentao desta Lei:

    I - advertncia;

    II - multa pecuniria;

    III - suspenso do credenciamento;

    IV - cassao do credenciamento.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo do disposto no caput deste artigo, fica o rgo fiscalizador obrigado a comunicar as eventuais ocorrncias, imediatamente, ao respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea.

    CAPTULO XIV

    DISPOSIES FINAIS

    Art. 45. As sementes produzidas de conformidade com o estabelecido no caput do art. 24 e denominadas na forma do caput do art. 22 podero ser comercializadas com a designao de "sementes fiscalizadas", por um prazo mximo de 2 (dois) anos, contado a partir da data de publicao desta Lei.

    Art. 46. O produto da arrecadao a que se referem os arts. 9o e 17 ser recolhido ao Fundo Federal Agropecurio, de conformidade com a legislao vigente, e aplicado na execuo dos servios de que trata esta Lei, conforme regulamentao.

    Art. 47. Fica o Mapa autorizado a estabelecer mecanismos especficos e, no que couber, excees ao disposto nesta Lei, para regulamentao da produo e do comrcio de sementes de espcies florestais, nativas ou exticas, ou de interesse medicinal ou ambiental, bem como para as demais espcies referidas no pargrafo nico do art. 24.

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  • Art. 48. Observadas as demais exigncias desta Lei, vedado o estabelecimento de restries incluso de sementes e mudas de cultivar local, tradicional ou crioula em programas de financiamento ou em programas pblicos de distribuio ou troca de sementes, desenvolvidos junto a agricultores familiares.

    Art. 49. O Mapa estabelecer os mecanismos de coordenao e execuo das atividades previstas nesta Lei.

    Art. 50. O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicao.

    Art. 51. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias aps a data de sua publicao.

    Art. 52. Fica revogada a Lei no 6.507, de 19 de dezembro de 1977.

    Braslia, 5 de agosto de 2003; 182o da Independncia e 115o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA Roberto Rodriques

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 6.8.2003

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  • LEI N 6.894, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1980

    Dispe sobre a inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados agricultura, e d outras providncias.

    Dispe sobre a inspeo e a fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados agricultura, e d outras providncias. (Redao dada pela Lei n 12890, de 2013)

    O PRESIDENTE DA REPBLICA , fao saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art 1 Fica estabelecida a obrigatoriedade da inspeo e da fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados agricultura. Art. 1 - A inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados agricultura, sero regidos pelas disposies desta Lei. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    Art. 1o A inspeo e a fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados agricultura, so regidos pelas disposies desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12890, de 2013)

    Art 2 A inspeo e a fiscalizao previstas nesta Lei sero realizadas pelo Ministrio da Agricultura.

    Pargrafo nico. O Ministrio da Agricultura poder delegar a fiscalizao do comrcio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Territrios.

    Art 3 Para efeitos desta Lei, considera-se:

    a) fertilizante, a substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica, fornecedora de um ou mais nutrientes vegetais;

    b) corretivo, o material apto a corrigir uma ou mais caractersticas desfavorveis do solo;

    c) inoculante, o material que contenha microorganismos fixadores de nitrognio e que atue favoravelmente no desenvolvimento das plantas;

    c) inoculante, a substncia que contenha microorganismos com a atuao favorvel ao desenvolvimento vegetal. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    d) estimulante ou biofertilizante, o produto que contenha princpio ativo apto a melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas.

    e) remineralizador, o material de origem mineral que tenha sofrido apenas reduo e classificao de tamanho por processos mecnicos e que altere os ndices de fertilidade do solo por meio da adio de macro e micronutrientes para as plantas, bem como promova a

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  • melhoria das propriedades fsicas ou fsico-qumicas ou da atividade biolgica do solo; (Includo pela Lei n 12890, de 2013)

    f) substrato para plantas, o produto usado como meio de crescimento de plantas. (Includo pela Lei n 12890, de 2013)

    Art 4 As pessoas fsicas ou jurdicas que produzam ou comercializem fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes ficam obrigadas a promover o seu registro no Ministrio da Agricultura, conforme dispuser o regulamento.

    Art. 4o As pessoas fsicas ou jurdicas que produzam ou comercializem fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas so obrigadas a promover o seu registro no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, conforme dispuser o regulamento. (Redao dada pela Lei n 12890, de 2013)

    1 (VETADO).

    2 Os produtos a que se refere este artigo devero ser igualmente registrados no Ministrio da Agricultura.

    3 - Para a obteno dos registros a que se refere este artigo, quando se tratar de atividade de produo industrial, ser exigida a assistncia tcnica permanente de profissional habilitado, com a conseqente responsabilidade funcional. (Includo pela Lei n 6.934, de 1981)

    Art 5 A infrao s disposies desta Lei acarretar, nos termos previstos em regulamento, a aplicao das seguintes sanes:

    Art. 5 - A infrao s disposies desta Lei acarretar, nos termos previstos em regulamento, e independentemente de medidas cautelares, a aplicao das seguintes sanes: (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    I - advertncia;

    II - multa igual a 5 (cinco) vezes o valor das diferenas para menos, entre o teor dos macronutrientes primrios indicados no registro do produto e os resultados apurados na anlise, calculada sobre o lote de fertilizante produzido, comercializado ou estocado;

    III - multa de at 100 (cem) vezes o maior valor de referncia estabelecido na forma da Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975; IV - embargo do produto; V - suspenso ou cancelamento do registro; VI - interdio, temporria ou definitiva, do estabelecimento.

    Ill - multa de at 1.000 (mil) vezes o maior valor de referncia estabelecido na forma da Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975, aplicvel em dobro nos casos de reincidncia genrica ou especfica; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    IV - condenao do produto; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    V - inutilizao do produto; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    VI - suspenso do registro; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    VII - cancelamento do registro; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

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  • VIII - interdio, temporria ou definitiva, do estabelecimento. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    1 A multa poder ser aplicada isolada ou cumulativamente com outras sanes.

    2 A aplicao das sanes previstas neste artigo no prejudicar a apurao das responsabilidades civil e penal.

    2 - A aplicao das sanes previstas neste artigo no prejudicar a apurao das responsabilidades civil ou penal das pessoas fsicas e jurdicas e dos profissionais mencionados no 3 do art. 4. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    Art 6 A inspeo e fiscalizao sero retribudas por taxas, calculadas com base no maior valor de referncia resultante da Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975, de acordo com a tabela anexa. 1 A inspeo ser retribuda por preos pblicos, sempre que solicitada pelas pessoas fsicas ou jurdicas a que se refere esta Lei.

    Art. 6 - A inspeo e a fiscalizao sero retribudas, respectivamente, por preos pblicos e taxas calculadas com base no maior valor de referncia resultante da Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975,de acordo com a tabela anexa. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981) (Vide Decreto-lei 1.899, de 1981)

    1 - A inspeo ser efetuada sempre que houver solicitao por parte das pessoas fsicas ou jurdicas referidas nesta Lei. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)

    2 Nos termos do regulamento, o Ministro de Estado da Agricultura estabelecer os valores e a forma de recolhimento dos preos pblicos.

    3 - Para efeito do disposto neste artigo, considera-se: (Includo pela Lei n 6.934, de 1981)

    a) inspeo - a constatao das condies higinico-sanitrias e tcnicas dos produtos ou estabelecimentos; (Includa pela Lei n 6.934, de 1981)

    b) fiscalizao - a ao externa e direta dos rgos do Poder Pblico destinada verificao do cumprimento das disposies aplicveis ao caso. (Includa pela Lei n 6.934, de 1981)

    Art 7 O Poder Executivo determinar as providncias que forem necessrias ao controle da inspeo e da fiscalizao previstas nesta Lei.

    Art 8 Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.

    Art 9 Revogam-se a Lei n 6.138, de 8 de novembro de 1974, e demais disposies em contrrio.

    Braslia, em 16 de dezembro de 1980; 159 da Independncia e 92 da Repblica.

    JOO FIGUEIREDO ngelo Amaury Stbile

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 17.12.1980

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  • DECRETO N 4.954, DE 14 DE JANEIRO DE 2004

    Aprova o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispe sobre a inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados agricultura, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980,

    DECRETA:

    Art. 1o Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980.

    Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 3o Ficam revogados o Decreto no 86.955, de 18 de fevereiro de 1982, e o inciso IV do art. 1o do Decreto no 99.427, de 31 de julho de 1990.

    Braslia, 14 de janeiro de 2004; 183 da Independncia e 116 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA Roberto Rodrigues

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 15.1.2004

    A N E X O

    REGULAMENTO DA LEI No 6.894, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1980

    DAS DISPOSIES GERAIS

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1o Este Regulamento estabelece as normas gerais sobre registro, padronizao, classificao, inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados agricultura.

    Art. 2o Para os fins deste Regulamento, considera-se:

    I - produo: qualquer operao de fabricao ou industrializao e acondicionamento que modifique a natureza, acabamento, apresentao ou finalidade do produto;

    II - comrcio: atividade que consiste na compra, venda, cesso, emprstimo ou permuta de fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e matrias-primas;

    II - comrcio - atividade de compra, venda, exposio venda, cesso, emprstimo ou permuta de fertilizantes, corretivos agrcolas, inoculantes, biofertilizantes e matrias-primas; (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

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  • III - fertilizante: substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica, fornecedora de um ou mais nutrientes de plantas, sendo:

    a) fertilizante mineral: produto de natureza fundamentalmente mineral, natural ou sinttico, obtido por processo fsico, qumico ou fsico-qumico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas;

    b) fertilizante orgnico: produto de natureza fundamentalmente orgnica, obtido por processo fsico, qumico, fsico-qumico ou bioqumico, natural ou controlado, a partir de matrias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou no de nutrientes minerais;

    c) fertilizante mononutriente: produto que contm um s dos macronutrientes primrios;

    d) fertilizante binrio: produto que contm dois macronutrientes primrios;

    e) fertilizante ternrio: produto que contm os trs macronutrientes primrios;

    f) fertilizante com outros macronutrientes: produto que contm os macronutrientes secundrios, isoladamente ou em misturas destes, ou ainda com outros nutrientes;

    g) fertilizante com micronutrientes: produto que contm micronutrientes, isoladamente ou em misturas destes, ou com outros nutrientes;

    h) fertilizante mineral simples: produto formado, fundamentalmente, por um composto qumico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;

    i) fertilizante mineral misto: produto resultante da mistura fsica de dois ou mais fertilizantes simples, complexos ou ambos;

    j) fertilizante mineral complexo: produto formado de dois ou mais compostos qumicos, resultante da reao qumica de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes;

    l) fertilizante orgnico simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes de plantas;

    m) fertilizante orgnico misto: produto de natureza orgnica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgnicos simples, contendo um ou mais nutrientes de plantas;

    n) fertilizante orgnico composto: produto obtido por processo fsico, qumico, fsico-qumico ou bioqumico, natural ou controlado, a partir de matria-prima de origem industrial, urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princpio ativo ou agente capaz de melhorar suas caractersticas fsicas, qumicas ou biolgicas; e

    o) fertilizante organomineral: produto resultante da mistura fsica ou combinao de fertilizantes minerais e orgnicos;

    IV - corretivo: produto de natureza inorgnica, orgnica ou ambas, usado para melhorar as propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do solo, isoladas ou cumulativamente, ou como meio para o crescimento de plantas, no tendo em conta seu valor como fertilizante, alm de no produzir caracterstica prejudicial ao solo e aos vegetais, assim subdivido:

    a) corretivo de acidez: produto que promove a correo da acidez do solo, alm de fornecer clcio, magnsio ou ambos;

    b) corretivo de alcalinidade: produto que promove a reduo da alcalinidade do solo;

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  • c) corretivo de sodicidade: produto que promove a reduo da saturao de sdio no solo;

    d) condicionador do solo: produto que promove a melhoria das propriedades fsicas, fsico-qumicas ou atividade biolgica do solo; e

    e) substrato para plantas: produto usado como meio de crescimento de plantas;

    V - inoculante: produto que contm microorganismos com atuao favorvel ao crescimento de plantas, entendendo-se como:

    a) suporte: material excipiente e esterilizado, livre de contaminantes segundo os limites estabelecidos, que acompanha os microorganismos e tem a funo de suportar ou nutrir, ou ambas as funes, o crescimento e a sobrevivncia destes microorganismos, facilitando a sua aplicao; e

    b) pureza do inoculante: ausncia de qualquer tipo de microorganismos que no sejam os especificados;

    VI - biofertilizante: produto que contm princpio ativo ou agente orgnico, isento de substncias agrotxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter em conta o seu valor hormonal ou estimulante;

    VII - matria-prima: material destinado obteno direta de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes, por processo qumico, fsico ou biolgico;

    VIII - dose: quantidade de produto aplicado por unidade de rea ou quilograma de semente;

    IX - lote: quantidade definida de produto de mesma especificao e procedncia;

    X - partida: quantidade de produto de uma mesma especificao constituda por vrios lotes de origens distintas;

    X - partida - quantidade de produto de mesma especificao constituda por vrios lotes; (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XI - produto: qualquer fertilizante, corretivo, inoculante ou biofertilizante;

    XII - produto novo: produto sem antecedentes de uso e eficincia agronmica comprovada no Pas ou cujas especificaes tcnicas no estejam contempladas nas disposies vigentes;

    XIII - carga: material adicionado em mistura de fertilizantes, para o ajuste de formulao, que no interfira na ao destes e pelo qual no se ofeream garantias em nutrientes no produto final;

    XIV - nutriente: elemento essencial ou benfico para o crescimento e produo dos vegetais, assim subdividido:

    a) macronutrientes primrios: Nitrognio (N), Fsforo (P), Potssio (K), expressos nas formas de Nitrognio (N), Pentxido de Fsforo (P2O5) e xido de Potssio (K2O);

    b) macronutrientes secundrios: Clcio (Ca), Magnsio (Mg) e Enxofre (S), expressos nas formas de Clcio (Ca) ou xido de Clcio (CaO), Magnsio (Mg) ou xido de Magnsio (MgO) e Enxofre (S); e

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  • c) micronutrientes: Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Mangans (Mn), Molibdnio (Mo), Zinco (Zn), Cobalto (Co), Silcio (Si) e outros elementos que a pesquisa cientfica vier a definir, expressos nas suas formas elementares;

    XV - aditivo: qualquer substncia adicionada intencionalmente ao produto para melhorar sua ao, aplicabilidade, funo, durabilidade, estabilidade e deteco ou para facilitar o processo de produo;

    XVI - fritas: produtos qumicos fabricados a partir de xidos e silicatos, tratados a alta temperatura at a sua fuso, formando um composto xido de silicatado, contendo um ou mais micronutrientes;

    XVII - estabelecimento: pessoa fsica ou jurdica cuja atividade consiste na produo, importao, exportao ou comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes;

    XVIII - transporte: o ato de deslocar, em todo territrio nacional, fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes e suas matrias-primas;

    XIX - armazenamento: o ato de armazenar, estocar ou guardar os fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes e suas matrias-primas;

    XX - embalagem: o invlucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, destinado a empacotar, envasar ou proteger, bem como identificar os fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes;

    XXI - tolerncia: os desvios admissveis entre o resultado analtico encontrado em relao s garantias registradas ou declaradas;

    XXII - varredura: toda sobra de fertilizantes, sem padro definido, resultante da limpeza de equipamento de produo, instalaes ou movimentao de produtos, quando do seu carregamento ou ensaque;

    XXIII - embarao: todo ato praticado com o objetivo de dificultar a ao da inspeo e fiscalizao;

    XXIV - impedimento: todo ato praticado que impossibilite a ao da inspeo e fiscalizao;

    XXV - veculo: excipiente lquido utilizado na elaborao de fertilizante fluido.

    XXVI - fraude, adulterao ou falsificao - ato praticado para obteno de vantagem ilcita, com potencial de causar prejuzo a terceiros, por alterao, supresso ou contrafao de produtos, matrias-primas, rtulos, processos, documentos ou informaes; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXVII - rtulo - toda inscrio, legenda, imagem ou matria descritiva ou grfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colocada sobre a embalagem de fertilizantes, corretivos agrcolas, inoculantes ou biofertilizantes; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXVIII - garantia - indicao da quantidade percentual em peso de cada elemento qumico, de seu xido correspondente, ou de qualquer outro componente do produto, includos, quando for o caso, o teor total, o teor solvel ou ambos os teores de cada componente e a especificao da natureza fsica; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXIX - quantidade declarada ou teor garantido - quantidade de produto adicionado ou o teor de um elemento qumico, nutriente, de seu xido, ou de qualquer outro componente do

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  • produto que dever ser nitidamente impresso no rtulo, na etiqueta de identificao ou em documento relativo ao produto; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXX - anlise de fiscalizao - anlise efetuada rotineiramente sobre os produtos e matrias-primas abrangidos por este Regulamento, para verificar a ocorrncia de desvio quanto a conformidade, qualidade, segurana e eficcia dos produtos ou matrias-primas; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXXI - anlise pericial ou de contraprova - anlise efetuada na outra unidade de amostra em poder do rgo de fiscalizao, quando requerida pelo interessado, em razo de discordncia do resultado da anlise de fiscalizao; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXXII - segregao - separao e acomodao seletiva das partculas constituintes de um produto, motivado por sua movimentao e trepidao; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXXIII - amostra de fiscalizao - poro representativa de um lote ou partida de fertilizante, inoculante, corretivo ou biofertilizante, suficientemente homognea e corretamente identificada, retirada por fiscal federal agropecurio ou sob sua superviso ou aprovao e obtida por mtodo definido pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento; e (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XXXIV - amostragem - ato ou processo de obteno de poro de fertilizante, inoculante, corretivo ou biofertilizante, para constituir amostra representativa de lote ou partida definidos. (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 3o Compete ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento:

    I - a inspeo e fiscalizao da produo, importao, exportao e comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes;

    II - editar normas complementares necessrias ao cumprimento deste Regulamento.

    Art. 4o Compete aos Estados e ao Distrito Federal fiscalizar e legislar concorrentemente sobre o comrcio e uso dos fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes, respeitadas as normas federais que dispem sobre o assunto.

    CAPTULO II

    DO REGISTRO DE ESTABELECIMENTO E PRODUTO

    Seo I

    Do Registro de Estabelecimento

    Art. 5o Os estabelecimentos que produzam, comercializem, exportem ou importem fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes ficam obrigados a se registrarem no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

    1o Os registros referidos neste artigo sero efetuados por unidade de estabelecimento, tendo prazo de validade de cinco anos, podendo ser renovados por iguais perodos.

    2o O pedido de registro ser acompanhado dos seguintes elementos informativos e documentais:

    I - nome empresarial e endereo do estabelecimento;

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  • II - instrumento social e alteraes contratuais devidamente registrados no rgo competente, de que dever constar endereo e competncia para exercer a atividade requerida;

    III - cpias das inscries federal, estadual e municipal;

    IV - cpia de registro nos Conselhos de Engenharia ou de Qumica;

    V - licena ou autorizao equivalente, expedida pelo rgo ambiental competente;

    VI - especificao das atividades, instalaes, equipamentos e capacidade operacional do estabelecimento;

    VII - nome, marca, tipo e natureza fsica dos produtos e origem das matrias-primas;

    VIII - mtodos ou processos de preparao e de controle de qualidade dos produtos;

    VIII - descrio dos mtodos ou processos de preparao dos produtos; (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    IX - modelo de marcao da embalagem ou acondicionamento, com descrio do sistema de identificao do produto;

    X - identificao do profissional habilitado prestao de assistncia tcnica; e

    XI - prova de capacidade de controle de qualidade, aferida por meio de laboratrio prprio ou de terceiros.

    XI - descrio dos mtodos ou processos de controle de qualidade que assegurem a oferta de produtos conformes e seguros para a finalidade de uso proposto; e (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    XII - prova da existncia de laboratrio habilitado, prprio ou de terceiros, cadastrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, para efetuar as anlises qumicas, fsicas ou biolgicas de controle de qualidade. (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    3o Os estabelecimentos que se dedicarem unicamente atividade de comrcio, exportao ou importao de produtos embalados na origem estaro isentos das exigncias previstas nos incisos IV, V, VII, VIII, IX, X e XI do 2o.

    3o Os estabelecimentos que se dediquem exclusivamente atividade de comrcio de produtos embalados estaro isentos das exigncias previstas nos incisos IV, V, e VII a XII do 2o. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    4o Os estabelecimentos que se dedicarem unicamente atividade de produo, com o fim exclusivo de prestao de servios de industrializao para terceiros, estaro isentos da exigncia prevista no inciso VII do 2o deste artigo.

    4o Os estabelecimentos que se dediquem exclusivamente atividade de importao de produtos embalados com fim exclusivo de comercializao no Pas estaro isentos das exigncias previstas nos incisos IV, V, VII, VIII e IX do 2o. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    5o Os estabelecimentos que promovam o controle de qualidade dos seus produtos, por meio de laboratrios de terceiros, apresentaro, para efeito de registro e fiscalizao, prova da existncia de contrato de prestao ou locao de servios com aqueles laboratrios, comprovando a sua disponibilidade e capacitao para a citada prestao do servio.

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  • 5o Os estabelecimentos que se dediquem exclusivamente atividade de produo com fim exclusivo de prestao de servios de industrializao para terceiros, estaro isentos da exigncia prevista nos incisos VII e IX do 2o. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    6o A renovao do registro que trata o 1o deste artigo dever ser pleiteada com antecedncia de sessenta dias de seu vencimento, sob pena de caducidade.

    6o A renovao do registro de que trata o 1o dever ser requerida com antecedncia de trinta a sessenta dias de seu vencimento, sob pena de multa. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    7o Os estabelecimentos que se dediquem ao comrcio de fertilizantes, corretivos agrcolas, inoculantes ou biofertilizantes faro o registro no rgo estadual conforme as diretrizes estabelecidas pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, quando a atividade de fiscalizao for realizada pela unidade da federao. (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 6o Qualquer alterao dos elementos informativos e documentais referidos no 2o do art. 5o dever ser comunicada, no prazo de trinta dias, ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, instrudos com os documentos necessrios, conforme se dispuser em ato administrativo. Pargrafo nico. A alterao do local do estabelecimento, da natureza da atividade ou nome empresarial, que resultar em alterao do nmero de inscrio no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica ou CPF - Cadastro de Pessoa Fsica, implicar novo registro, que dever ser requerido no prazo mximo de trinta dias.

    Art. 6o Qualquer alterao das informaes e documentos referidos no 2o do art. 5o dever ser comunicada ao rgo de fiscalizao competente, no prazo de trinta dias, e instruda com os documentos necessrios, conforme disposto em ato administrativo. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Pargrafo nico. A mudana do local do estabelecimento ou a alterao da natureza da atividade e classificao quanto a categorias demandar a realizao de nova vistoria nas instalaes pelo servio de fiscalizao competente. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 7o As instalaes, equipamentos e sistema de controle de qualidade mnimos necessrios para o registro de estabelecimento, bem como a sua classificao quanto a categorias, sero estabelecidos em ato administrativo do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

    Pargrafo nico. No caso de o estabelecimento acumular mais de uma classificao quanto categoria, observado o disposto neste Regulamento, ser concedido um nico registro.

    Seo II

    Do Registro de Produto

    Art. 8o Os fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes devero ser registrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

    Art. 8o Os fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes devero ser registrados pelos estabelecimentos produtores e importadores no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

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  • 1o O registro de produto poder ser concedido somente para uma unidade de estabelecimento de uma mesma empresa, podendo ser utilizado por todos os seus estabelecimentos registrados na mesma categoria do titular do registro do produto, tendo validade em todo o territrio nacional e prazo de vigncia indeterminado.

    2o O pedido de registro ser apresentado por meio de requerimento, constando os seguintes elementos informativos:

    I - nome ou nome empresarial, nmero do CPF ou CNPJ, endereo, nmero de registro e classificao do estabelecimento no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento;

    II - nome do produto e sua classificao;

    III - matrias-primas;

    IV - carga ou veculo ou aditivo ou microorganismo e suporte, quando for o caso;

    V - garantias do produto; e

    VI - rtulo ou etiqueta de identificao e instruo de uso, quando for o caso.

    Art. 9o O registro ser concedido mediante a emisso de um certificado especfico.

    Art. 10. O registro de fertilizante mineral misto ou complexo binrio ou ternrio, para aplicao no solo, ser concedido com base nas garantias dos macronutrientes primrios NP; NK; PK e NPK do produto. Pargrafo nico. Se forem adicionados ou incorporados aos produtos referidos no caput deste artigo macronutrientes secundrios e micronutrientes, observados as correspondentes especificaes e limites estabelecidos pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, fica obrigada a declarao dos seus teores no rtulo ou etiqueta de identificao e na nota fiscal, no havendo necessidade de um outro registro.

    Art. 10. Os registros de fertilizantes minerais simples, minerais mistos e complexos binrios ou ternrios, fertilizantes orgnicos simples e organomineral, para aplicao no solo, e corretivo de acidez do solo sero concedidos com base no seguinte: (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    I - para os fertilizantes minerais simples, o registro ser concedido com base nos limites mnimos de garantias e especificaes estabelecidas em ato administrativo prprio do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para cada um desses produtos, e o detentor do registro poder, observadas as demais especificaes, declarar nveis de garantias superiores aos teores de registro, dispensado novo registro de produto; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    II - para os fertilizantes minerais mistos ou complexos mononutrientes, binrios ou ternrios, o registro ser concedido com base nas garantias dos macronutrientes primrios N, P, K, NP, NK, PK e NPK do produto; (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    III - para os fertilizantes orgnicos simples e para os corretivos de acidez do solo, o registro ser concedido com base nas garantias mnimas exigidas para cada um desses produtos, e o detentor do registro poder, observadas as demais especificaes, declarar nveis de garantias superiores aos teores de registro, dispensado novo registro de produto; e (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    IV - para os fertilizantes organominerais, o registro ser concedido com base nas garantias mnimas exigidas para os nutrientes e para o carbono orgnico. (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

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  • Pargrafo nico. Se adicionados ou incorporados macronutrientes secundrios e micronutrientes aos produtos referidos nos incisos II e IV do caput, observadas as especificaes e limites estabelecidos pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, fica obrigado a declarao de quantidade ou de seu teor no rtulo ou etiqueta de identificao e na nota fiscal ou outro documento que acompanhe os produtos, dispensado outro registro. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 11. Os critrios para registro, os limites mnimos de garantias e as especificaes relativas aos fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes sero estabelecidos em ato administrativo do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

    Art. 11. Os critrios para registro, os limites de garantias e as especificaes relativas aos fertilizantes, corretivos agrcolas, inoculantes ou biofertilizantes sero estabelecidos em ato administrativo do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 12. No ser registrado o produto que mencionar dados ou elementos suscetveis de induzir a erro ou confuso quanto sua origem, natureza, composio, qualidade e aplicao.

    Art. 13. As alteraes de dados estatutrios ou contratuais levadas a efeito no processo de registro de estabelecimento, que no modifiquem as caractersticas intrnsecas do produto, sero anotadas nos processos de registros de produtos, podendo ser efetuadas as devidas modificaes no certificado original ou emitido novo certificado.

    Art. 14. Os registros de produtos importados, quando destinados exclusivamente comercializao, devero ser efetuados com base no certificado de anlise e no certificado de registro ou de livre comrcio e consumo corrente, emitidos por rgo competente do pas de origem, desde que sejam atendidas as exigncias tcnicas relativas s especificaes e garantias mnimas vigentes no Brasil e o importador esteja devidamente registrado no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Pargrafo nico. Sem prejuzo do disposto no art. 44 deste Regulamento, estaro dispensados de registro os produtos importados diretamente pelo consumidor final, para o seu uso prprio, sendo obrigatria a solicitao de importao ao rgo de fiscalizao, que se pronunciar a respeito e emitir a competente autorizao, devendo, para este efeito, o interessado apresentar o certificado de anlise e certificado de registro ou de livre comrcio e consumo corrente, emitidos por rgo competente do pas de origem, os dados tcnicos do produto e informar a quantidade a ser importada, a origem, o destino, a cultura e a rea em que sero eles utilizados.

    Art. 14. Os registros de produtos importados, quando destinados exclusivamente comercializao, devero ser concedidos com base no certificado de anlise e no certificado de registro ou de livre comrcio e consumo corrente, emitidos por rgo competente do pas de origem, desde que: (Redao dada pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    I - atendidas as exigncias tcnicas relativas s especificaes e garantias vigentes no Brasil; e (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    II - o importador esteja registrado no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. (Includo pelo Decreto n 8.059, de 2013)

    Art. 15. Todo produto novo, nacional ou importado, que no conte co