Apostila Correios Atendente Comercial 2010 Aprendizado Urbano

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    PortugusPortugusPortugusPortugus

    Compreenso e interpretao de textos. Ortografia Oficial, Acentuao Grfica, Separao de slabas,Reconhecimento de classe de palavras, nome, pronome, verbo, preposies e conjunes, Pronomes,colocao, uso, formas pronominais de tratamento. Concordncia Nominal e Verbal. Emprego de tempos emodos, Vozes do Verbo, Regncia Nominal e Verbal, Ocorrncia de crase, Estrutura do vocbulo, radicais eafixos, Formao de Palavras composio e derivao, Termos da Orao, Tipo de predicao, Estrutura do

    perodo: Coordenao e Subordinao, Nexos Oracionais, Valor Lgico e Sinttico das Conjunes,Semntica, Sinonmia e Antonmia.

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    INTERPRETAO E COMPREENSO DE UM TEXTOINTERPRETAO E COMPREENSO DE UM TEXTOINTERPRETAO E COMPREENSO DE UM TEXTOINTERPRETAO E COMPREENSO DE UM TEXTO

    A palavra interpretar vem do latim interpretare e significa explicar, comentar ou aclarar o sentido dossignos ou smbolos.Tal vocbulo corresponde ao grego anlysis, que tem o sentido de decompor um todo em suas partes, semdecompor o todo, para compreend-lo melhor.

    Interpretar um texto penetr-lo em sua essncia, observar qual a idia principal, quais os argumentos

    que comprovam a idia, como o texto est escrito e outras nuanas. Em suma, procurar interpretarcorretamente um texto ampliar seus horizontes existenciais.

    Saber ler corretamente

    Ler adequadamente mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinaes linearmenteordenadas em sentenas. O interessado deve aprender a enxergar todo o contexto denotativo e conotativo. preciso compreender o assunto principal, suas causas e conseqncias, crticas,argumentaes,polissemias, ambigidades, ironias, etc.

    Ler adequadamente sempre resultado da considerao de dois tipos de fatores: os propriamentelingsticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor,

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    portanto, aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.Erros de Leitura

    Extrapolar

    Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando samos do contexto, acrescentando-lhe idias que noesto presentes no texto. A interpretao fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido.Freqentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e nonaquele que est sendo analisado.

    ReduzirTrata-se de um erro oposto extrapolao. Ocorre quando damos ateno apenas a uma parte ou aspecto dotexto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relao quepodem ser verdadeiros, porm insuficientes se levarmos em considerao o conjunto das idias.

    Contradizer o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma concluso que se ope ao texto. Associamosidias que, embora no texto, no se relacionam entre si.

    Defeitos do Texto

    BarbarismoConsiste em grafar ou pronunciar

    uma palavra em desacordo com anorma culta. Eles acontecem:1.na grafia: analizar por analisar;2.na pronncia: rbrica por rubrica;3.na morfologia: deteu por deteve;4.na semntica: o iminente jurista por o eminente jurista5.os estrangeirismos: quando usados desnecessariamente.

    SolecismoQualquer erro de construo sinttica.1. de concordncia: Fazem anos que no o vejo;2. de regncia: Esqueceram de mim;3. de colocao pronominal: No amo-te.

    ArcasmoEmprego de palavras ou construes antigas, que j caram em desuso.Antanho por no passado.

    PreciosismoExagero na linguagem, em prejuzo da naturalidade e clareza da frase.

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    Isso colquio flcido para acalentar bovino.

    CacofoniaQualquer seqncia silbica que provoque som desagradvel.Vou-me j!

    Polcia Federal confisca gado no Paran.

    Ambigidade ou AnfibologiaDuplo sentido decorrente de construo defeituosa da frase.O cachorro do meu vizinho morreu.

    Redundncia, Pleonasmo Vicioso ou TautologiaRepetio desnecessria de informao.Ele detm o monoplio exclusivo dos refrigerantes.Todos foram unnimes.

    Interpretando o contedo do texto

    Idias explcitas e implcitasAlguns textos apresentam suas idias de forma direta e objetiva, permitindo interpretao rpida por partedo leitor. Outros expem suas idias de forma indireta e subjetiva, exigindo maior ateno do receptor.

    Texto com idia explcita

    Os textos apresentam suas idias de forma direta e objetiva, permitindo interpretao rpida por parte doleitor.ExemploA questo exige do candidato a capacidade de reescrever o texto, observando a manuteno ou no dosentido original.Os fatos desta vez deram razo a Monteiro Lobato.; a(s) forma(s) INADEQUADA(S) de reescrever-se essemesmo perodo, mantendo-se o sentido original, (so):I -A Monteiro Lobato foi dada razo pelos fatos, desta vez;II- A Monteiro Lobato deram razo, desta vez, os fatos;I - A Monteiro Lobato, foi-lhe dada razo pelos fatos, desta vez.

    (A) nenhuma;(B) III(C) I-III(D) II(E) II-III

    Gabarito: A

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    Texto com idia implcita

    No texto implcito, as idias so expostas de forma indireta e subjetiva, exigindo maior ateno do receptor.ExemploNo ntimo, estamos inclinados simplicidade da manjedoura. O mal-estar decorre do fato de nos sentirmos

    mais prximos dos sales de Herodes Essas frases significam que:

    a)a manjedoura simboliza a simplicidade do Menino-Deus;b)somos atrados pelas festas dos sales de Herodes;c) a simplicidade da manjedoura vale mais que o luxo dos sales de Herodes;d)no Natal acabamos por contrariar nossos sentimentos mais profundos;e)entre a simplicidade e o luxo, a nossa tendncia escolher o luxo.

    Gabarito:D

    Assuntos relacionados interpretao de um texto

    Denotao/ConotaoSentido denotativo o uso da palavra em seu aspecto real.Exemplo: O moa est usando uma jia muito preciosa.Sentido conotativo o uso da palavra em seu aspecto figurado.Exemplo: Aquela moa jia.

    Exemplo

    Informe se nas frases abaixo as palavras destacadas esto empregadas em sentido denotativo ou conotativo.a) Nas ruas, as pessoas andavam apressadas.b) As ruas eram cheias de pernas apressadas. )c)Temos amargas lembranas daquele perodo de autoritarismo poltico.d)Era uma pessoa de expresso dura e corao mole.e)Os galhos da imensa rvore sustentavam os frutos maduros.f)Os galhos namoravam os frutos maduros que sustentavam.

    Gabarito:a - denotativob - conotativoc - conotativod - conotativoe denotativo

    Assuntos relacionados interpretao de um textoCoerncia

    O texto coerente lgico e organizado em suas idias. importante no confundir coerncia e relaosemntica com o texto. Algumas vezes, surgem questes reescrevendo o texto alterando o sentido sem

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    necessariamente quebrar a lgica da idia.

    CoesoA coeso assunto bem abrangente. Em concurso, observamos sua relao com termos, expresses ou

    idias, que podem estar antes ou aps o elemento coesivo.

    ParfraseParfrase reescrever o texto sem alterar a idia do que foi escrito originalmente. comum em provas doCespe aparecer tambm com o nome de relaes semnticas.

    Exemplo de parfrase

    Profecias de uma Revoluo na Medicina

    H sculos, os professores de segundo grau da Sardenha vm testemunhando um fenmenos curioso. Com achegada da primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apticos. Nos trs meses subseqentes,sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula.Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficam ativos e saudveis at o prximo ms de fevereiro.

    Os professores sardenhos sabem que os adultos tambm apresentam sintomas semelhantes e que, narealidade, alguns chegam a morrer aps urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes,

    aproximadamente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por este mal.

    O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G.Motulsky, da Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doena em 1959, enquantodesenvolviam um estudo sobre padres de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vtimasde anemia hemoltica, uma doena hereditria que faz com que os glbulos vermelhos do sangue sedesintegrem no interior dos veios sangneos. Os pacientes urinavam sangue porque os rins filtram eexpelem a hemoglobina no aproveitada. Se o volume de destruio for mnimo, o resultado ser a letargia;se for aguda, a doena poder acarretar a morte do paciente.

    A anemia hemoltica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experincias indicam que praticamentetodas as pessoas acometidas por este mal tm deficincia de uma nica enzima, chamada deidrogenasefosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de suma importncia na corrente de produo de energiapara as clulas vermelhas do sangue.

    Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vtimano aciona por si s a doena - que h algo no meio ambiente que tira proveito da deficincia. A deficinciagentica pode ser a arma, mas um fator ambiental quem a dispara.

    Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijo italiano -observou o Dr. Siniscalco. Esta planta no tem uma boa reputao desde ao ano 500 a.C. , quando o filsofo

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    grego e reformador poltico Pitgoras proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem porentre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal proibio tornou-se claro; apenas aquelas pessoasque carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o plen deuma planta em flor) apresentavam problemas. todos os demais eram imunes.

    Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presena ou ausncia deG-6-PD. Atualmente, os cientistas tm um modo de determinar com exatido quem est predisposto doena e quem no est; a enzima hemoltica, os geneticistas comearam a fazer a triagem da populao dailha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijo durante a estao deflorao. Como resultado, a incidncia de anemia hemoltica e de estudantes apticos comeou a declinar. Ouso de marcadores genticos como instrumento de previso da reao dos sardenhos fava de feijo h 20anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genticos eram empregados deste modo; foi umavano que poder mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genticos podem prever agora apossvel ecloso de outras doenas e, tal como a anemia hemoltica, podem auxiliar os mdicos aprevenirem totalmente os ataques em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornal

    O Globo).

    Perfrase

    Observe:

    O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

    Utilizou-se a expresso "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras quesubstituiu um nome comum ou prprio chama-se perfrase.

    Perfrase a substituio de um nome comum ou prprio por um expresso que a caracterize. Nada mais do que um circunlquio, isto , um rodeio de palavras.

    Outros exemplos:

    astro rei (Sol) | ltima flor do Lcio (lngua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris)Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)

    Observao: existe tambm um tipo especial de perfrase que se refere somente a pessoas. Tal figura deestilo chamada de antonomsia e baseia-se nas qualidades ou aes notrias do indivduo ou da entidade aque a expresso se refere.

    Exemplos:A rainha do mar (Iemanj)O poeta dos escravos (Castro Alves)O criador do teatro portugus (Gil Vicente)

    Sntese

    A sntese de texto um tipo especial de composio que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o queo autor expressou amplamente. Desse modo, s devem ser aproveitadas as idias essenciais, dispensando-setudo o que for secundrio.

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    Relaes sintticas

    Este assunto relaciona-se com a correo gramatical em todos os seus aspectos. Em algumas questes,observamos que a banca sugere alguma mudana de ordem na construo, incluso ou retirada de algumtermo, perguntando sobre um possvel erro gramatical. importante perceber se o comando da questosolicita apenas compreenso gramatical ou tambm alterao de sentido.

    Estilstica

    A estilstica preocupa-se com a correo gramatical, clareza, objetividade e elegncia.

    ExemploO perodo cuja redao est inteiramente clara e correta :(A) Um humorista j lembrou que na democracia os cidados a vem como um regime no qual no se nega aningum o direito de concordar com eles.(B) De acordo com um humorista, muitos democratas aplaudem esse regime porque julgam que, nele, todostm o direito de concordar consigo.(C) A democracia (segundo um humorista) o regime no qual cada cidado no nega a ningum o direito decom ele concordar.(D) Disse um humorista que muitos definem a democracia como o regime que se preserva o direito de todos

    os cidados com eles concordarem.(E) A democracia definiu um humorista aquele regime que as pessoas no negam o direito do prximo,que o de concordarem com elas.

    Gabarito: C

    Vocabulrio

    Trabalha-se neste assunto a capacidade de compreenso de termos ou expresses no contexto apresentadona prova. Alguns itens sugerem troca de um termo; outros, o sentido contrrio; outros ainda apenas osentido da palavra.

    ExemploPatrocinar um concurso para estudantes costuma ser bom negcio para uma empresa. uma estratgiaeficaz para reforar a imagem diante do mercado e dos profissionais que atuaro nele a um custo baixo.Os gastos se limitam divulgao e aos prmios. (...) Para algumas companhias, provocar a criatividade dosestudantes traz ganhos ainda mais prticos.

    O trecho acima permaneceria correto e manteria o sentido original, caso os termos nele sublinhados fossemsubstitudos, respectivamente, por:

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    a) Bancar, til, de pouca envergadura, cerceiam e formandos.b) Propiciar, bom, insignificantes, reduzem e acadmicos.c) Provocar, mercadolgico, mnimo, tm pouca importncia e profissionais.d) Produzir, favorvel, econmica, conforma e formandos.e)Promover, eficiente, reduzido, resumem e universitrios.

    Gabarito: E

    Figuras de linguagem

    So recursos lingsticos estudados por diversas reas da lingstica.

    METFORA: o emprego de palavra fora de seu sentido normal, tomando-se por base a analogia.Esse homem uma fera.

    METONMIA: a substituio de um nome por outro em virtude de haver entre eles alguma relao lgica.Ler Machado de Assis.Beber dois copos de leite.Pedir a mo em casamento.

    CATACRESE: o emprego de palavras de relacionamento inadequado, por esquecimento oudesconhecimento da palavra adequada.O presidente do Banco Central ser sabatinado na prxima tera-feira.Prateleira de livro.

    Marmelada de chuchu.

    ANTONOMSIA: a substituio de um nome por outro por expresso que facilmente o identifique.O rei das selvas (Leo)O Corso (Napoleo Bonaparte)

    ELIPSE: a omisso de uma palavra ou de uma expresso facilmente subentendida.Bebi uma garrafa de champanha. (vinho de)O jogo foi no Morumbi.

    ZEUGMA: uma espcie de elipse que consiste na supresso de um termo j expresso no contexto.Os homens estavam calmos; as mulheres, nervosas.

    PLEONASMO: o emprego de termos desnecessrios, com o objetivo de realar ou enfatizar o pensamento.A mim ningum me engana.O que voc pensa, isso no me interessa.

    ANACOLUTO: a falta de nexo sinttico ou lgico entre o princpio da frase e o seu fim. umainterrupo do pensamento.

    Eu parece-me que vou desmaiar.Morrer, todos haveremos de morrer.

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    HIPRBATO: recebe tambm o nome de inverso. a alterao da ordem direta dos termos na orao.Morreu o presidente.O hiprbato designa genericamente qualquer tipo de inverso, simples ou complexa. Compreende tambm:1. a prolepse (A Sua dizem que muito bonita) busca enfatizar o termo;

    2. a anstrofe (Ela to bela dos seus anos na flor) antepe um termo preposicionado;3.a snquise (Um cozinho tinha o Paulo fofinho) provoca ambigidade.

    SILEPSE: a concordncia com a idia, e no com a palavra escrita.So Paulo bonita. (gnero)A crianada chegou cedo e, noite, j estavam brincando. (nmero)A gente vamos. (pessoa)

    ALITERAO: a repetio de consoantes ou de slabas.O rei reza e rasga a raiva realmente.

    SINESTESIA: o cruzamento de duas ou mais sensaes distintas ou, ento, a atribuio a uma coisaqualidade que lhe incompatvel, aceita apenas no plano figurado.Grito spero.Nossos olhos trocaram pensamentos.

    POLISSNDETO: o uso repetido da conjuno e.E o menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita.

    ASSNDETO: a omisso das conjunes coordenativas aditivas.No sopra o vento; no gemem os ventos.

    ANFORA: a repetio da mesma palavra ou expresso no incio de membros da frase.Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo acaba.

    HIPRBOLE: o exagero na afirmao.J lhe disse um milho de vezes.

    EUFEMISMO: o emprego de palavras ou expresses agradveis, em substituio s que tm sentidogrosseiro ou desagradvel.Dar o ltimo suspiro.Faltar verdade.

    IRONIA: sugerir, pela entoao e contexto, o contrrio do que as palavras ou as frases exprimem.Agiu sutil como um elefante.

    PROSOPOPIA (PERSONIFICAO): atribuir a seres inanimados qualidades e sentimentos humanos.As rvores so inteligentes e felizes.

    ANTTESE: o emprego de palavras ou expresses contastantes.

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    Cada um leva consigo uma alma de covarde e uma alma de heri.

    PARADOXO: uma associao de idias contraditrias.Voz do silncio.Viver s na multido.

    GRADAO: a apresentao de uma srie de idias em progresso de clmax ou anticlmax.Talvez eu fosse um padre, um bispo, um papa.Eu era pobre, um subalterno, um nada.

    Tipos de discursos

    Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das prprias palavras dela.Ele afirmou: No sei se conseguirei!

    Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem.Ele afirmou que no sabe se conseguir.

    Indireto-livre: O narrador produz um texto em que retira propositadamente o conectivo, provocando umelo psicolgico no discurso. A fala da personagem (que seria um discurso direto e mantm suascaractersticas diretas) desenvolvida como parte do texto narrativo do narrador e no da prpriapersonagem.Ele afirmou que no era cachorro. Quem ele pensa que ? Quem ele pensa que sou?

    Exemplo 1Indique se houve discurso direto, indireto ou indireto-livre.1. preciso agir com muito tato afirmou a senhora.2. Capitu respondeu que no, mas o vereador no acreditou.3. Morda a lngua pensou a menina.4. Tinha medo e repetia que estava em perigo, mas isto lhe pareceu toabsurdo que se ps a rir. Medo daquilo?Gabarito:1. direto2. indireto3. no h discurso, mas sim monlogo interior.4.indireto-livre

    Tipologia textual

    Os textos podem ser classificados, segundo sua tipologia textual, em dissertao, narrao ou descrio.

    Dissertao

    Dissertar apresentar uma idia a partir de um ponto de vista sobre determinado assunto. O textodissertativo estrutura-se em conhecimento, informaes, argumentao, opinio. A dissertao geralmente

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    organizada em teseargumentao-concluso. Encontramos, em concursos, algumas variantes do modelotradicional, porm, basicamente, a dissertao estrutura-se em exposio de idias e argumentao.Exemplo de texto dissertativo:Nos ltimos 110 anos, poucas economias tiveram um desempenho to formidvel como a brasileira. O quechama a ateno, no pas, a sua capacidade de se desenvolver e, simultaneamente, sua incapacidade de

    promover um destino melhor aos seus desamparados.Mais do que isso: o Brasil, ao longo das ltimas dcadas, s tem conseguido crescer produzindo um nmerocada vez maior de miserveis.(Revista Veja, 19 dezembro de 2001.)

    Narrao

    O texto narrativo relaciona-se a mudana de tempo e ocorrncia de aes. Narrar relatar acontecimentosvividos por personagens e ordenados em uma lgica. No h necessariamente preocupao com a idiacomo ocorre no texto dissertativo. A narrar, conta-se uma histria para o leitor.

    Exemplo:Geraldo, servidor pblico, 42 anos, conheceu Samanta em um beco em bairro de prostituio. A prpriavivia de seus passeios alegrando homens solitrios e com dinheiro para o prazer. Geraldo a tirou dessa vida elhe deu tudo de melhor: alugou um quarto em bairro decente, pagou mdico, dentista, manicura Davatudo quanto ela queria.Quando Samanta ficou bonita e com aparncia de gente de sociedade, arranjou logo um namorado eabandonou Geraldo.

    Descrio

    O texto descritivo tem como caractersticas de detalhes, aspectos fsicos e/ou psicolgicos. O texto traz em sia capacidade de estimular imagens ou impresses a partir da organizao das idias apresentadas pelo autor.Alguns gramticos definem o texto dissertativo como a fotografia formada por palavras. A descrio podeser assim sintetizada: a recriao de imagens sensoriais na mente do leitor.Exemplo de texto descritivo:Fui tambm recomendado ao Sanches. Achei-o supinamente antiptico: cara extensa, olhos rasos, mortos,de um pardo transparente, lbios midos, porejando baba, meiguice viscosa de crpula antigo. Primeiro quefosse do coro dos anjos, no meu conceito era a derradeira das criaturas.Raul Pompia.

    Interpretao e gramtica (MUITO IMPORTANTE)

    Algumas questes surpreendem os candidatos pela habilidade com que algumas bancas exigem, em ummesmo item da prova, interpretao e gramtica. Muita calma quando isso ocorrer.Exemplo

    Para que o enunciado apresentado na questo seguinte se reduza a uma s frase,algumas adaptaes ecorrees devem ser feitas.

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    Assinale a opo adequada conforme o enunciado anterior.I A raposa lembra os despeitados. (idia principal)II Atributo dos despeitados: fingem-se superiores a tudo.III A raposa desdenha das uvas. (orao com valor de adjetivo)IV Causa do desdenho: no poder alcanar as uvas.

    a) Porque no pode alcanar as uvas de que ela desdenha, a raposa, fingindo-se superior a tudo, lembra osdespeitados.b) A raposa, desdenhando das uvas que no se podem alcanar, lembra os despeitados que se fingemsuperiores a tudo.c) A raposa, que desdenha as uvas porque no pode alcan-las, lembra os despeitados, que se fingemsuperiores a tudo.d) Como no pode alcanar as uvas, a raposa que se finge superior a tudo e as desdenha, lembra osdespeitados.e) Fingindo-se superior a tudo, a raposa que desdenha das uvas porque no as pode alcanar, lembra dosdespeitados.

    EXERCCIOS

    1.Coloque 1 para descrio, 2 para narrao, 3 para dissertao, e assinale a alternativa com a seqnciacorreta.( ) Marta entrou no salo e no entendeu como aquele bilhete poderia mudar completamente sua vida.Teria duas horas para arrumar a mala e embarcar de avio para muito longe.( ) A Terra uma grande nave. Ns, tripulantes suicidas, agredimos constantemente a natureza, poluindonosso reservatrio de gua potvel sem nos preocuparmos com o dia de amanh.

    ( ) A manh abria as portas para a entrada do sol, e os pssaros se espreguiavam na laranjeira que lhesesticava seus ramos floridos. O cu, aos poucos, ia adquirindo um azul mais vivo e intenso.a) 2-3-1b) 1-3-2c) 3-1-2d) 1-2-3

    gabarito: A

    2) Desde o momento em que o homem, nos vos de sua inteligncia, se eleva acima das circunstnciasordinrias da vida, desde que o seu pensamento se lana no espao, possudo desse desejo ardente, dessainspirao insacivel de atingir ao sublime, no possvel marcar-lhe um dique, ponto que lhe sirva demarco.Conclui-se do texto que:a) o homem, em vez de procurar conhecer os mistrios do Universo, devia preocupar-se com seusproblemas terrenos.b) as circunstncias da vida impelem o homem a altos vos de inteligncia.c) a tendncia do homem ao sublime a razo de ser de seu esprito religioso.d) o homem se debate entre a mediocridade da vida cotidiana e a sublimidade do esprito.

    e) o anseio de conhecimento e de perfeio do homem no admite que se tente impor-lhe limites.

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    Gabarito: E

    H tambm uma srie de dicas que podemos acrescentar para uma melhor interpretao de um texto,so

    elas:

    01. Ler todo o texto, procurando ter uma viso geral do assunto;02. Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura, v at o fim, ininterruptamente;03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas trs vezes ou mais;04. Ler com perspiccia, sutileza, malcia nas entrelinhas;05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;06. No permitir que prevaleam suas idias sobre as do autor;

    07. Parta o texto em pedaos (pargrafos, partes) para melhor compreenso;08. Centralizar cada questo ao pedao (pargrafo, parte) do texto correspondente;09. Verificar, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo;10. Cuidado com os vocbulos: destoa (=diferente de ...), no, correta, incorreta, certa, errada, falsa,verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, s vezes, dificultam a entender oque se perguntou e o que se pediu;11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;12. Quando o autor apenas sugerir idia, procurar um fundamento de lgica objetiva;13. Cuidado com as questes voltadas para dados superficiais;

    14. No se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opo que melhor se enquadre nosentido do texto;15. s vezes a etimologia ou a semelhana das palavras denuncia a resposta;16. Procure estabelecer quais foram as opinies expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;17. O autor defende idias e voc deve perceb-las;18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito so importantssimos na interpretao do texto.Ex.: Ele morreu de fome.de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realizao do fato (= morte de "ele").Ex.: Ele morreu faminto.faminto: predicativo do sujeito, o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;19. As oraes coordenadas no tm orao principal, apenas as idias esto coordenadas entre si;20. Os adjetivos ligados a um substantivo vo dar a ele maior clareza de expresso, aumentando-lhe oudeterminando-lhe o significado.

    Exerccios de interpretao de texto

    Leia o texto abaixo e responda s questes de 01 a 25. Assim como indicamos na dica de n7,para fins

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    didticos, colocaremos o texto pargrafo por pargrafo. Assim seu trabalho ficar mais fcil:

    O bom selvagem e a sociedade cruel

    Roberto Campos

    1 Pargrafo:Uma das perguntas mais intratveis da vida moderna sobre se o indivduo tem precedncia sobre o entecoletivo, ou o contrrio? Prevalecer a preferncia pessoal de cada um, ou a vocao altrusta de se sacrificarpelos demais? Nas sociedades primitivas, o problema era menos complicado porque a sobrevivnciaindividual estava estreitamente ligada do grupo. Mas por outro lado, o egosmo grupal era implacvel. Naera moderna, o indivduo adquiriu autonomia, tornou-se cidado votante e consumidor soberano. Osconflitos entre egosmo e altrusmo foram complicados pelo anonimato, pela burocracia, e pelo gigantismodas sociedades. Fora do crculo ntimo da famlia nuclear, os laos de solidariedade tornaram-se indiretos e

    difusos.

    01) O primeiro perodo do texto diz que:a) H dvidas quanto a se o indivduo proveio do ente coletivo ou se foi o contrrio.b) No se trata de elaborar perguntas na vida moderna, pois o indivduo tem preferncia sobre o entecoletivo.c) H dvidas, na vida moderna, quanto a quem mais importante: o indivduo ou a sociedade?d) H dvidas, na vida moderna, quanto ao que surgiu antes: o indivduo ou o ente coletivo?e) H dvidas quanto possibilidade de se sacrificar o indivduo, para melhorar a sociedade.

    02) H erros de pontuao no primeiro pargrafo do texto. Corrigindo-os, teremos:a) "...da vida moderna, sobre, se o indivduo..."; "...complicado, porque a sobrevivncia..."b) "...complicado, porque a sobrevivncia..."; "...Mas, por outro lado, o egosmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."c) "...o problema, era menos complicado..."; "...Mas, por outro lado, o egosmo..."; "...burocracia e pelogigantismo..."d) "...a vocao altrusta, de se sacrificar..." ; "...complicado, porque a sobrevivncia..."; "...Mas, por outrolado, o egosmo..."e) "...sociedades primitivas, o problema..."; "...foram complicados, pelo anonimato..."; "... Fora do crculontimo da famlia nuclear..."

    03) Indique a afirmao correta em relao ao texto:a) Era mais fcil viver na sociedade primitiva, pois todos se ajudavam mutuamente.b) Os grupos que se formavam, na sociedade primitiva, no eram isolados uns dos outros.c) A burocracia existente na vida moderna arrefeceu os conflitos entre o egosmo e o altrusmo.d) Em toda famlia nuclear, h laos de solidariedade.e) A vida moderna fortaleceu os conflitos entre o individualismo e o altrusmo.

    2 Pargrafo:Mas h sempre algum altrusmo nas pessoas. Sero valores embutidos em nossa cultura por um legado

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    religioso? Ou um impulso inato, recebido da natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta, ainda noresponderam a essa pergunta. No sculo 18, J. J. Rousseau, invertendo muitos sculos da viso pessimista dohomem naturalmente pecador e mau, embutida na tradio crist, substituiu-a por uma idia oposta: a dohomem que nasce virtuoso, e degenera na sociedade. o "bom selvagem", uma das contribuies iniciais dadescoberta do Brasil ao pensamento europeu.

    04) Segundo o texto, J. J. Rousseau:a) Afirmou que o homem naturalmente pecador e mau, mas, devido tradio cristo, quando nascevirtuoso, degenera na sociedade.b) o bom selvagem que contribuiu para a descoberta do Brasil.c) Errou, ao inverter a viso da Igreja, que sempre acreditou ser o homem virtuoso, mas degenerador dasociedade.d) Contradisse a tradio crist, ao afirmar que o homem nasce virtuoso, e a sociedade o corrompe.e) Contribuiu para a descoberta do Brasil, ao afirmar que o selvagem que aqui habitava era naturalmentebom.

    05) O autor do texto:a) Afirma que as pessoas, de alguma maneira, so solidrias com as demais.b) Explica que existe nas pessoas algum conceito que a leva a praticar atos estranhos.c) Discute a validade de se levarem em considerao os ensinamentos da Igreja.d) Mostra o pensamento de um ateu, que escreveu obras contra a Igreja.e) Revela que nossa cultura tem valores embutidos por um cidado, considerado legado religioso.

    06) Considerando-se algumas palavras do texto, errado afirmar que:

    a) Altrusmo est para altrusta assim como escotismo est para escoteiro.b) Embutidos est para embutir assim como vindo est para vir.c) Impulso est para impelir assim como decurso est para decorrer.d) Embutida est para imbutida assim como emigrar est para imigrar.e) Contribuies est para contribuir assim como intuies est para intuir.

    07) No texto, foram empregadas em sentido conotativo as seguintes palavras:a) viso e pecador.b) tradio e idia.c) altrusmo e valores.d) cultura e legado.e) sangue e rios.

    3 Pargrafo:A inverso de Rousseau teve conseqncias imprevistas. Se o problema residia na sociedade, bastaria aohomem transform-la para voltar ao paraso. Tentao tanto mais irresistvel quanto estava acontecendo atransio do mundo pr-industrial para os horizontes inexplorados da Revoluo Industrial. Durante trssculos, a Era da Razo vinha abalando os alicerces intelectuais da cosmoviso religiosa que sustentara agrande unidade espiritual da Idade Mdia. E a vitria do racionalismo humanista trazia no bojo o

    liberalismo poltico e econmico.

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    08) A frase que altera a idia bsica do segundo perodo desse pargrafo :a) J que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso.b) Uma vez que o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso.c) Como o problema residia na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso.d) Embora o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso.

    e) Porquanto o problema residisse na sociedade, bastaria ao homem transform-la para voltar ao paraso.

    09) Segundo o texto:a) Trs sculos depois de Rousseau, teve incio a Idade Mdia.b) O liberalismo poltico e econmico era uma das caratersticas do racionalismo humanista.c) A vitria do racionalismo humanista extinguiu o liberalismo poltico e econmico.d) A Era da Razo e a Idade Mdia so nomes para uma mesma poca.e) O problema realmente residia na sociedade.

    10) No certa a substituio de elementos do texto em:

    a) "...bastaria ao homem transform-la, a fim de voltar ao paraso."b) "...bastaria o homem transform-la, para voltar ao paraso."c) "... a Era da Razo vinha abalando as bases intelectuais da cosmoviso religiosa..."d) "...vinha abalando os alicerces intelectuais da concepo religiosa do mundo..."e) "...E o triunfo do racionalismo humanista trazia no bojo o liberalismo poltico e econmico."

    4 Pargrafo:Ao pular-se do pecado original para o "homem naturalmente bom num mundo mau", abriu-se uma grandeflorescncia de socialismos que, em princpio, se propunham refazer a sociedade segundo uma utopia

    generosa. Em meados do sculo passado, veio um golpe: a teoria da evoluo das espcies, de Darwin,segundo a qual, na natureza, os seres vivos evoluam pela disputa de uns com outros no jogo dasobrevivncia do mais apto. Essa idia no foi logo entendida como ameaa pelos socialistas, porque, comoos seus coetneos, tinham um profundo temor reverencial pela "cincia". No demorariam, porm, aaparecer extrapolaes como o "darwinismo social", e as idias racistas supostamente "cientficas". "Aovencedor as batatas", como diria Machado de Assis.

    11) Apesar de o texto estar claro ao leitor leigo, um estudo mais profundo traria tona um erro quemodificaria totalmente o sentido do primeiro perodo desse pargrafo, pois:a) Em princpio s aparentemente tem sentido temporal, mas, na verdade, tem valor concessivo, podendoser substitudo por "apesar de". A expresso que indica tempo "a princpio".b) Refazer possui o sentido de "fazer novamente"; isso daria o significado de que a sociedade no maisexistia, o que no condiz com a realidade.c) Ao pular-se denota interrupo na ao, como se uma ao abruptamente fosse interrompida, para queoutra se iniciasse. O certo seria "Ao se pular".d) Florescncia significa "iluminao", o que denotaria que os socialismos j existiam, mas o autor quisindicar que eles surgiam naquele momento.e) Generosa qualidade que s pode ser admitida em pessoas, portanto no cabe neste texto.

    12) Na frase "Essa idia no foi logo entendida como ameaa pelos socialistas...",a) Deve-se substituir essa por esta, pois os pronomes demonstrativos que indicam algo j apresentado

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    anteriormente no texto so este, esta, isto.b) Deve-se colocar logo depois de entendida, pois no se deve separar os verbos que formam locuo verbalpor elemento algum.c) H dois advrbios.d) No h emprego de preposio.

    e) No se deve substituir essa por esta, pois os advrbios que indicam algo j apresentado anteriormente notexto so esse, essa, isso.Anlise5 Pargrafo:Ondas ideolgicas se sucederam, sem se decidir de vez quais os fatores determinantes do comportamentohumano: a natureza fsica, mais ou menos imutvel, ou a sociedade e a cultura, amoldveis em princpiopela ao poltica? Talvez o mais consistente tenha sido o paladino da "ptria do socialismo", Stalin, que,compreendendo o perigo das idias, exterminou os hereges bilogos mendelianos, que duvidavam da

    verdade cientfica socialista, segundo a qual as caractersticas adquiridas pelo indivduo se transmitiam porvia hereditria.

    13) Segundo o texto:a) Stalin exterminou os bilogos mendelianos, porque estes acreditavam que as caractersticas adquiridaspelo indivduo se transmitiam por via hereditria.b) Os bilogos mendelianos compreenderam o perigo das idias cientficas socialistas.c) Os bilogos mendelianos no acreditavam que as caractersticas adquiridas pelo indivduo eramtransmitidas por via hereditrias.

    d) Stalin era considerado o paladino da ptria do socialismo, porque compreendeu o perigo das idiascientficas.e) Os que duvidavam da verdade cientfica socialista compreenderam o perigo das idias dos bilogosmendelianos.

    14) Considere as seguintes afirmaes sobre o texto:I. Houve um perodo frtil, em relao formao de idias.II. difcil encontrar o fator determinante do comportamento humano.III. Nada muda a natureza fsica do homem.

    De acordo com o contexto, est certo o que se afirma em:

    a) somente I.b) somente II.c) somente III.d) somente I e II.e) I, II e III.

    15) Quais os termos do texto que retomam uma idia j citada anteriormente?

    a) imutvel e amoldveis, pois so adjetivos que qualificam substantivos anteriores.b) a natureza fsica e ao poltica, pois claramente retomam elementos anteriores, representados por

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    humano e sociedade, respectivamente.c) mais e idias, pois retomam ao e socialismo.d) Os dois que, pois so pronomes relativos que retomam Stalin e bilogos mendelianos, respectivamente.e) cientfica e hereditria, pois retomam verdade e indivduo.

    6 Pargrafo:Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, ao sugerir que muitos traos comportamentaistm base fsica nos genes. Naturalmente, nenhum cientista respeitvel chegou ao ponto de afirmar que ohomem seja totalmente determinado pelo seu material gentico. Mas certamente ficou enfraquecida acorrente externa que reduzia o indivduo a meras determinaes do contexto social.

    16) Segundo esse pargrafo:a) O homem se comporta de acordo com o que aprende no contexto social.b) Apesar de no ser totalmente comprovado, acredita-se que o comportamento do homem sejadeterminado por seus genes.

    c) O homem totalmente determinado por seu material gentico.d) Apesar de enfraquecida a idia, o que se sabe que o homem determinado pelo contexto social.e) O comportamento do ser humano depende das correntes externas que o reduz a determinantecomportamental.

    17) Assinale a letra que no altera a idia bsica do primeiro perodo do pargrafo:a) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, no momento em que sugeriram que muitostraos comportamentais tm base fsica nos genes.b) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, na hora em que sugeriram que muitos traos

    comportamentais tm base fsica nos genes.c) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, desde que sugeriram que muitos traoscomportamentais tm base fsica nos genes.d) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, quando sugeriram que muitos traoscomportamentais tm base fsica nos genes.e) Avanos recentes da gentica trouxeram um complicador, por sugerir que muitos traoscomportamentais tm base fsica nos genes.

    18) "Mas certamente ficou enfraquecida a corrente externa que reduzia o indivduo a meras determinaesdo contexto social."A palavra grifada no trecho tem o mesmo significado da palavra grifada da letra:a) Trata-se de simples questo gramatical.b) Depois de marcar o meio da linha vamos dividi-la em duas partes iguais.c) O maravilhoso est presente em muitas das histrias infantis.d) O conjunto harmonizava-se ao toque do diretor, que acentuou o aspecto plstico das marcaes e osefeitos de luz.e) Perdia-me a olhar-lhe os cabelos bem arrumados, viajando pelas ondas cadas para trs alisando asmechas irrequietas que saltavam pelas orelhas.

    7 Pargrafo:No se est aqui, pretendendo debater a tese do "gene egosta", conforme a polmica expresso de Richard

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    Dawkins. Nem se uma eficiente engenharia social vivel. Penso nessas questes porque me preocupo como simplismo obtuso de inculpar-se a sociedade por todos os males possveis e imaginveis: da seca doNordeste ignorncia e s desigualdades. Carncias h, sem dvida. Mas podem ser relativas, criadas pelainsaciabilidade das veleidades humanas. Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, aopasso que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado. E em So Paulo,

    presos condenados tocaram fogo nas celas porque queriam televiso a cabo e ar-condicionado!...

    19) Segundo o autor:a) A sociedade a grande culpada pelos males que assolam a nao brasileira.b) errado atribuir sociedade a culpa por todos os males que afligem a nao.c) A sociedade insacivel, por isso ocorrem tantos males na nao.d) As carncias existentes na sociedade so todas relativas, por isso no devem ser levadas a srio.e) H grande preocupao com a simplicidade existente na sociedade, pois isso que cria a ignorncia e asdesigualdades.

    20) certo afirmar que:a) h, no texto, uma crtica aos americanos, devido inveja que eles tm de seus vizinhos.b) o autor no acredita que haja carncia verdadeira no Nordeste.c) Os nicos males possveis e imaginveis do Brasil so a Seca do Nordeste, a ignorncia e as desigualdades.d) Todas as penitencirias de So Paulo deixam de atender os pedidos dos presos condenados.e) Muitas carncias so criadas pelo desejo leviano de o homem querer ter mais do necessrio.

    21) A frase que altera a idia bsica da frase "Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muitopouco, ao passo que um americano fica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado." :

    a) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, mas um americano fica infeliz se tiverum pouco menos do que o vizinho do lado.b) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, ao mesmo tempo que um americanofica infeliz se tiver um pouco menos do que o vizinho do lado.c) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, enquanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.d) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, no entanto um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.e) Um IKung do deserto de Kalahari contenta-se com muito pouco, quando um americano fica infeliz setiver um pouco menos do que o vizinho do lado.

    8 Pargrafo:H sculo e meio, Marx achava que a riqueza resultava da explorao da mais-valia do trabalho proletriopela classe burguesa. A idia no passou no "provo" da histria. As desigualdades nas sociedades modernasprovm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do queproduzem. Bill Gates comeou na garagem de casa com talento e informao, e se fez multibilionrio comsuas inovaes tecnolgicas. O mistrio do progresso est na inovao e na acumulao. A acumulaoaumenta a desigualdade em relao ao que no acumulou. H dois sculos passados, as diferenas de rendaper capita entre os pases ricos e os mais pobres eram de duas ou trs vezes. O crescimento da produtividade

    dos atuais pases industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu trs vezes no perodo. Hoje, a diferena entre a Sua e o Burundi, de 390

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    vezes, e entre a mdia dos industrializados e a dos de mais baixa renda, de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso ter sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar gua em peneira.

    22) Considerando-se o texto, incorreto afirmar que:

    a) Entre 1820 e 1913, o crescimento da renda per capita dos atuais pases industrializados foi proporcionalao crescimento da produtividade dos mesmos pases.b) Modernamente a teoria de Marx no mais aceita como verdadeira.c) O fato de que alguns conseguem maior produtividade e, conseqentemente, acumulam mais por conta doque produzem fundamental para existir a desigualdade.d) A inovao e a acumulao so fatores preponderantes para a subsistncia do progresso.e) provvel que o crescimento populacional descontrolado seja o fator mais importante para o aumentodas desigualdades sociais.

    23) "Marx achava que a riqueza resultava da explorao da mais-valia do trabalho proletrio pela classe

    burguesa." Os elementos destacados tm a mesma funo sinttica que os da frase:a) O crtico proferiu palavras discordantes das obras do artista.b) O partido desagregado dos fundamentos da Ptria no deve ser respeitado pelo eleitor.c) A abonao de suas faltas pela diretoria foi justssima.d) Luiz da Cunha era estranho s apressadas solicitudes da Viscondessa de Bacelar com o futuro de sua filha.e) A algazarra dos soldados foi interrompida com a chegada do correio.

    24) Em relao frase "H dois sculos passados...", retirada do texto, certo afirmar que:a) Est absolutamente certa.

    b) Est errada, pois o verbo haver deveria estar no plural.c) Est errada, pois, como o verbo haver j indica tempo decorrido, no se deveria usar o adjetivo passado.d) O verbo haver deveria ser substitudo pelo verbo fazer, sem qualquer outra mudana na frase.e) Est errada, pois, como o verbo haver impessoal, o adjetivo passado tambm deveria estar no singular.

    9 Pargrafo:Os governos j nos tungam uma proporo altssima do PIB, superior de qualquer pas emdesenvolvimento. No entanto, Unio, Estados e municpios esto reduzidos quase indigncia, e nocumprem direito suas funes sociais. preciso que se diga que a carga fiscal reinante em nosso manicmiotributrio exagerada para nosso nvel de renda. A partir de certo patamar, tributar mais reduz aprodutividade e a competitividade, piorando ao invs de melhorar as oportunidades de emprego. Oproblema social brasileiro no se resolve gastando mais e sim gastando melhor.

    25) Nesse pargrafo o autor:a) critica a ao do governo em relao ao aumento exagerado dos tributos no pas.b) argumenta favoravelmente ao governo no tocante ao aumento de impostos no pas.c) julga improcedente a discusso acerca do cumprimento das funes sociais do Estado.d) acredita que o patamar mais elevado da produtividade est no tributar mais e reduzir a competitividadeno mercado.

    e) comenta que o nvel de renda brasileira baixo devido ao aumento dos impostos no pas.

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    Releia o oitavo pargrafo do texto e elabore uma dissertao, apresentando seu ponto de vista em relao aoassunto abordado:

    "H sculo e meio, Marx achava que a riqueza resultava da explorao da mais-valia do trabalho proletriopela classe burguesa. A idia no passou no "provo" da histria. As desigualdades nas sociedades modernas

    provm sobretudo de que alguns conseguem maior produtividade, e acumulam mais, por conta do queproduzem. Bill Gates comeou na garagem de casa com talento e informao, e se fez multibilionrio comsuas inovaes tecnolgicas. O mistrio do progresso est na inovao e na acumulao. A acumulaoaumenta a desigualdade em relao ao que no acumulou. H dois sculos passados, as diferenas de rendaper capita entre os pases ricos e os mais pobres eram de duas ou trs vezes. O crescimento da produtividadedos atuais pases industrializados, entre 1820 e 1913, foi quase sete vezes maior do que entre 1700 e 1820, ea renda real per capita cresceu trs vezes no perodo. Hoje, a diferena entre a Sua e o Burundi, de 390vezes, e entre a mdia dos industrializados e a dos de mais baixa renda, de 74 vezes. Possivelmente, o fatormais perverso ter sido o crescimento populacional descontrolado, que condenou os subdesenvolvidos acarregar gua em peneira."

    Gabarito

    1c2b3e4d5a6d

    7e8d9b10b11a12c13c14d15d16b17e18a19b20e21e22a23c24c25a