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HISTÓRIA DE RONDÔNIA EXPLORAÇÃO, CONQUISTA, OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO DA AMAZÔNIA Os portugueses iniciaram a colonização da Amazônia, por volta do início do século XVII, onde, em 1616, fundaram o Forte do Presépio – primeiro núcleo de povoamento - que mais tarde se transformaria na capitania de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Quando os portugueses chegaram à Amazônia, as nações indígenas, como os máguas, os tupinambás, muras, parintins, arikêms, mundurukus, Aruaks, Kariris, kabixis, payaguás e outros (descendentes dos tupis-guaranis), encontravam-se ainda no modo de produção primitivo ou comunitário. A sociedade não estava dividida em classes sociais, a propriedade era coletiva e todos participavam da divisão dos frutos de um trabalho solidário. Viviam da caça e da pesca, praticavam a agricultura (mandioca, milho, algodão, tabaco e outros) e, ainda, produziam artefatos de cerâmica e tecidos de algodão. Diante da dificuldade de introduzir o escravo africano na Amazônia, outra alternativa não restou à coroa portuguesa que não o processo de “amansamento” dessas nações indígenas - como único meio possível de oferta de mão-de-obra. As formas de “domesticação” dos indígenas eram: os descimentos, os resgates e as guerras justas. Os descimentos consistiam em convencer os indígenas a descer de suas aldeias para viverem nas missões jesuítas como homens livres, ainda que a liberdade fosse apenas formal. Os resgates eram expedições realizadas pelos colonos para resgatar índios prisioneiros de grupos rivais (produtos de guerras intertribais) mediante o comércio do escambo. Os índios resgatados eram chamados de índios de corda, pois, segundo os portugueses, viviam amarrados nas aldeias de seus proprietários. As guerras justas eram as guerras autorizadas pela coroa portuguesa contra tribos indígenas ferozes, que se recusavam à submissão e atacavam as fazendas dos colonos. Os indígenas resgatados e os provenientes das guerras justas eram legalmente escravizados. Os índios aprisionados em combate seriam cativos perpétuos, enquanto que os "resgatados" obteriam a liberdade após dez anos.

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HISTÓRIA DE RONDÔNIA

EXPLORAÇÃO, CONQUISTA, OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

Os portugueses iniciaram a colonização da Amazônia, por volta do início do século XVII, onde, em 1616,

fundaram o Forte do Presépio – primeiro núcleo de povoamento - que mais tarde se transformaria na capitania de

Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Quando os portugueses chegaram à Amazônia, as nações indígenas, como os

máguas, os tupinambás, muras, parintins, arikêms, mundurukus, Aruaks, Kariris, kabixis, payaguás e outros

(descendentes dos tupis-guaranis), encontravam-se ainda no modo de produção primitivo ou comunitário. A sociedade

não estava dividida em classes sociais, a propriedade era coletiva e todos participavam da divisão dos frutos de um

trabalho solidário. Viviam da caça e da pesca, praticavam a agricultura (mandioca, milho, algodão, tabaco e outros) e,

ainda, produziam artefatos de cerâmica e tecidos de algodão. Diante da dificuldade de introduzir o escravo africano na

Amazônia, outra alternativa não restou à coroa portuguesa que não o processo de “amansamento” dessas nações

indígenas - como único meio possível de oferta de mão-de-obra. As formas de “domesticação” dos indígenas eram: os

descimentos, os resgates e as guerras justas. Os descimentos consistiam em convencer os indígenas a descer de suas

aldeias para viverem nas missões jesuítas como homens livres, ainda que a liberdade fosse apenas formal. Os resgates

eram expedições realizadas pelos colonos para resgatar índios prisioneiros de grupos rivais (produtos de guerras

intertribais) mediante o comércio do escambo. Os índios resgatados eram chamados de índios de corda, pois, segundo

os portugueses, viviam amarrados nas aldeias de seus proprietários. As guerras justas eram as guerras autorizadas pela

coroa portuguesa contra tribos indígenas ferozes, que se recusavam à submissão e atacavam as fazendas dos colonos.

Os indígenas resgatados e os provenientes das guerras justas eram legalmente escravizados. Os índios aprisionados

em combate seriam cativos perpétuos, enquanto que os "resgatados" obteriam a liberdade após dez anos.

A cana-de-açúcar não teve forte penetração na região amazônica, diante das diferenças climáticas e geológicas.

Assim, a maioria dos colonos da Amazônia vivia da coleta das drogas do sertão – plantas nativas da região (cacau,

cupuaçu, guaraná, pimenta-do-reino, açaí, buriti, pau-brasil e outros). Todavia, tais produtos não possuíam elevado

valor no mercado europeu como o açúcar. O que explica a precária situação econômica dos colonos amazônicos. Sem

dinheiro, esses colonos não tinham como importar escravos africanos. A solução encontrada, que não agradava à

burguesia metropolitana, era a escravização das nações indígenas. A escassez de mão-de-obra sempre foi um grave

obstáculo para o desenvolvimento da política mercantilista na Amazônia.

Denota-se que a colonização na Amazônia deu-se com a exploração comercial das drogas do sertão e com a utilização

do trabalho escravo indígena.

As políticas do Estado português para as regiões dos vales do Madeira e Guaporé . Colonização e povoamento no

Vale do Madeira e Guaporé. A economia e a sociedade colonial nos Vales do Guaporé, Mamoré e Madeira.

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O ciclo do ouro foi a atividade econômica que determinou a conquista e a ocupação colonial no Vale do Guaporé no

século XVIII – no extremo-oeste do Brasil. A ocupação da região por meio da mineração desencadeará conflitos e

disputadas pela posse das terras do Guaporé entre Portugal e Espanha, que só serão resolvidos mais tarde com os

tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777). É o ciclo do ouro que introduz a mão-de-obra escrava africana em

larga escala na Amazônia guaporeana em substituição à mão-de-obra escrava indígena.

MERCANTILISMO E POLÍTICAS DE COLONIZAÇÃO DOS VALES DO GUAPORÉ E MADEIRA

A descoberta do ouro e a sua exploração econômica

As primeiras descobertas de ouro na região do Vale do Guaporé ocorreram quando Pascoal Moreira Cabral, em 1718,

descobre grande jazida de ouro no rio Coxipó-Mirim, afluente do rio Cuiabá. Já em 1734, os irmãos Arthur e

Fernando Paes de Barros descobrem ouro no rio Guaporé. O ciclo do ouro em terras rondonienses inicia-se, em 1745,

quando Antônio Almeida de Moraes e Tristão da Cunha Gago descobrem ouro no rio Corumbiara.

Para que houvesse condições de exploração do ouro na região, o governo português, em 06 de março de 1732,

autorizou uma guerra justa contra os índios payaguás, levando-os à beira da extinção. Tal guerra alcançou também os

parecis, que foram derrotados e dominados. As guerras justas possibilitaram um avanço sobre os territórios indígenas

para a exploração da mineração e a utilização de índios escravizados nos trabalhos das minas.

Os recursos técnicos utilizados para extração do ouro eram rudimentares e, durante o século XVIII, não apresentou

nenhuma evolução. Dessa forma, o baixo nível técnico empregado na produção aurífera acarretava perdas na

produção, uma demanda maior por trabalhadores escravos e o rápido esgotamento das minas. O que gerava uma

instabilidade econômica na região e a necessidade de descobrir-se novas jazidas de ouro.

Vila Bela da Santíssima Trindade

Diante da descoberta de ouro na região guaporeana e do surgimento dos primeiros agrupamentos humanos, a Coroa

portuguesa criaria, em 09 de maio de 1748, a capitania de Mato Grosso e Cuiabá, em terras desmembradas das

capitanias de São Paulo e Grão-Pará. Uma considerável parte das possessões da capitania era formada por terras

rondonienses. A capitania ocupava uma superfície de 65 mil léguas quadradas — o equivalente a dois milhões e 340

mil quilômetros quadrados — terras que hoje fazem parte dos estados brasileiros de Rondônia, Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul. Excluindo-se a população indígena, que não consta nos levantamentos da época, nesse extenso

território, durante o século XVIII, vivia uma população aproximada de 22 mil almas, sendo que mais da metade,

exatos 12 mil, eram escravos. Em 28 de fevereiro de 1821, às vésperas da Independência do Brasil, a capitania tornar-

se-ia uma província, com o mesmo nome.

Em 17 de janeiro de 1751, Antônio Rolim de Moura assume o governo da capitania. Tinha como principal missão

garantir a posse portuguesa da margem direita do rio Guaporé, mediante o seu povoamento, fortificação e defesa

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militar. Em 19 de março de 1752, é então fundada a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, na região da ex-

feitoria de Pouso Alegre, para funcionar como capital da capitania. Vila Bela foi construída em terreno alagadiço e de

elevada insalubridade, mas a região era considerada estratégica por ficar próxima à missão espanhola de Chiquitos

(atual região da Bolívia). No final do século XVIII, a cidade contava com uma população aproximada de sete mil

pessoas. Em 1789, a expedição científica do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira chegou à cidade de Vila Bela.

De acordo com as suas anotações, o sarampo se apresentou naquela região pela primeira vez e logo virou epidemia,

matando 154 homens e 47 mulheres, em apenas quatro meses. A situação era calamitosa, nem mesmo os animais

foram poupados: "Pelos matos, morreram antas, porcos, veados, bestas muares e cavalares e até mesmo aves "(Lima,

op. cit., pp. 295-6). Diversas doenças que imperavam na região, como varíola, sarampo, febre amarela, cólera e tifo

levaram o governador Rolim de Moura a batizar a região como “O Terror das Américas”. Atualmente Vila Bela da

Santíssima Trindade é município de Mato Grosso, com o mesmo nome, localizado no extremo-oeste do estado,

próximo à cidade de Pontes e Lacerda.

Dando continuidade à sua política de ocupação e defesa militar na região do Vale do Guaporé, Rolim de Moura funda,

em 1760, o Forte de Nossa Senhora da Conceição, às margens do rio Guaporé, onde funcionava a guarda de Santa

Rosa Velha. Em 1771, o Forte teve o seu nome mudado para Forte de Bragança, o qual foi destruído por uma

enchente ocorrida no mesmo ano. Em 1762, o governador Rolim de Moura, para deter o avanço dos castelhanos na

região, funda o povoado de São Miguel às margens do rio Guaporé. Em 1º de janeiro de 1765, o capitão-general João

Pedro da Câmara assume o cargo de governador da capitania de Mato Grosso em substituição a D. Antônio Rolim de

Moura Tavares que, mais tarde, seria nomeado governador da Bahia e vice-rei do Brasil. O governo de Rolim de

Moura (1751-1764) foi o ponto forte da colonização portuguesa no espaço físico que hoje constitui a maior parte do

Estado de Rondônia.

A agricultura e a pecuária no Vale do Guaporé

A agricultura e a pecuária praticadas no Vale do Guaporé mal davam para o sustento da população local.Tais

atividades ficavam em segundo plano e estavam subordinadas aos interesses da mineração e da política de polícia

fronteiriça. As técnicas de produção eram rudimentares – possibilitando apenas uma produtividade baixa e

insuficiente. O trabalho nas lavouras e na pecuária era realizado tanto por escravos negros quanto por índios. A maior

parte dos produtos consumidos na região era importada. As principais rotas comerciais eram: a rota sertanista entre

São Paulo-Cuiabá e Vila Bela e a rota monçoeira Amazonas, Madeira e Guaporé. Os produtos eram transportados por

terra através das rotas sertanistas ou por rios através das rotas monçoeiras. Levava-se um ano e meio a dois anos e

meio para se realizar uma viagem de ida e volta entre Vila Bela e Belém do Pará. Por isso, às vezes, a região era

marcada por crises de abastecimento que geravam a escassez, a fome e a subnutrição.

A Sociedade do Vale do Guaporé

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A sociedade do Vale do Guaporé era formada por uma burguesia mercantilista (comercial) e escravocrata. Acumulava

riquezas através do comércio da mineração com a exploração do trabalho escravo. Mais da metade da população da

região era formada por escravos africanos. O governador Rolim de Moura, em suas correspondências, ressaltava o

percentual ínfimo de brancos e o percentual expressivo de negros e mulatos na região.

A sociedade guaporeana possuía uma estrutura social diferenciada. No topo da pirâmide, predominava: a) a elite

branca portuguesa, representante do Estado português na colônia, que ocupava os cargos mais elevados do governo

provinciano; b) a elite branca colonial, formada por senhores de propriedades, de lavras e de escravos. Mais abaixo,

apareciam as camadas médias, representadas por mestiços, os quais eram pequenos e médios funcionários públicos e

pequenos e médios comerciantes. No terceiro setor da pirâmide, apareciam os homens pobres livres, que trabalhavam

como autônomos em profissões diversas. Na base da pirâmide, apareciam os escravos negros e indígenas.

Poucas pessoas conseguiram enriquecer na região das minas. Foram poucos os grandes senhores de lavras. Nem

mesmo esses senhores conseguiram acumular fortunas, pois mais da metade do ouro que obtinham era usado na

compra de escravos. O resto era gasto em artigos importados e no pagamento de impostos ao Estado português.

A resistência à escravidão

A implantação da escravidão africana na Amazônia rondoniense obedeceu aos interesses da mineração na região do

Vale do Guaporé. A sociedade colonial, segundo a doutrina cristã, representava o “Inferno dos negros”, o “Purgatório

dos brancos” e o “Paraíso dos mulatos”. Observa-se que aqui se afirma o elemento ideológico do capitalismo

mercantilista como forma de justificação da exploração do trabalho escravo e de dominação política da sociedade

colonial.

Os jesuítas, orientados pelas bulas papais, foram os defensores das nações indígenas, protegendo-os contra os abusos

cometidos pelos colonos. Ao mesmo tempo, defendiam a escravidão africana na Amazônia colonial.

O Papa Paulo III afirmou, solenemente, em sua bula “Sublimis Deus”, de 1537, que os índios eram homens e tinham

alma. A bula “Sublimis Deus” é considerada pelos juristas a primeira declaração universal dos direitos humanos,

enfrentando grupos que só viam seus interesses, lucros e negócios. A Igreja Católica considerava os índios como

remanescentes do Jardim do Éden, diante de sua inocência e pelos costumes tão particulares.

Limitar a escravidão indígena e implementar a africana foi uma forma encontrada pelo Estado português para

subordinar a elite colonial aos interesses da Coroa, mediante a contínua dependência do fornecimento da mão-de-obra

escrava africana, além da lucratividade do tráfico negreiro.

O Vale do Guaporé foi então mais uma região do Brasil, onde o mercantilismo escravista, justificado pela Cruz, foi

praticado para enriquecer a burguesia metropolitana. Isso foi possível graças à exploração econômica do ouro. Ao

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contrário das drogas do sertão, a elevada lucratividade da mineração possibilitava aos senhores de lavras a importação

de escravos.

No Vale do Guaporé, quase todos os trabalhos eram realizados por escravos africanos. Eram eles quem trabalhava na

agricultura, na pecuária e na mineração. A própria Coroa portuguesa mantinha um numeroso plantel de escravos

denominado “Pretos Del-Rey” cuja finalidade era trabalhar nas obras públicas e em atividades militares. O trabalho

nas minas era árduo e penoso, por isso a expectativa de vida de um escravo era, em média, sete anos.

Durante a metade do século XVIII, houve resistência à escravidão na região. Muitos negros fugiam para o interior das

matas ou para a margem castelhana do rio Guaporé e em regiões distantes tentavam reconstruir o seu “modus vivendi”

africano. Uma das mais importantes resistências foi a formação do quilombo do Quariterê (1752-1795) que se

manteve ativo por 43 anos, quando foi combatido e praticamente destruído em 1795. O governo da República do

Quariterê era comandado pela rainha Teresa de Benguela que se submetia à decisão de um Conselho. Praticava-se a

agricultura (com destaque para o algodão), pecuária e artesanato. Formaram-se na região, ainda, outros quilombos,

como Galera, Galerinha, Taquaral, Pedras e Cabixi, que também foram combatidos e destruídos pela elite colonial. Os

negros sobreviventes foram utilizados na política de povoamento realizada pela Coroa portuguesa na região, com a

fundação da aldeia da Carlota.

Real Forte Príncipe da Beira e o Tratado de Madri (1750)

Durante o reinado de D. José I (1750-1777), o ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal,

determinou a edificação de diversos fortes e fortalezas que constituíram um arco de proteção da Amazônia contra a

cobiça estrangeira. No Vale do Guaporé, construiu-se um dos mais imponentes da Amazônia: o Real Forte Príncipe da

Beira.

A construção do Real Forte Príncipe da Beira ocorreu durante o governo de Luís de Albuquerque de Mello Pereira e

Cáceres (1772-1789). O nome do Forte foi uma homenagem a D. José II, primogênito de D. Maria I, príncipe da Beira

Alta, uma cidade em Portugal. Sua construção iniciou-se em 20 de junho de 1776, pelo engenheiro italiano Domingos

Sambucetti (que faleceu de malária durante a obra) e inaugurou-se em 31 de agosto de 1783, pelo engenheiro Ricardo

Franco de Almeida e Serra. Participaram de sua construção, trabalhadores livres, escravos negros e indígenas. O Forte

foi edificado à margem direita do Guaporé, a uma distância aproximada de 1000 metros do antigo Forte de Bragança.

As dificuldades eram tantas que quatro de seus canhões, de bronze e calibre 24, enviados de Belém do Pará em 1825,

através do rio Tapajós, levaram cinco anos para alcançar seu destino. A população local contribuiu para a construção

do Forte, fornecendo trabalhadores e pagando tributos extraordinários exigidos pela Coroa. O Forte era imponente e

intimidava qualquer invasão estrangeira: possuía muralhas de dez metros de altura, 970 metros de perímetro, quatro

baluartes e era defendido por 56 canhões. Na época, o Forte chegou a ser habitado por um total de 795 pessoas.

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A construção do Real Forte Príncipe da Beira visava garantir os direitos possessórios conquistados mediante o

Tratado de Madri (1750) nos Vales do Madeira, Guaporé e Mamoré. De acordo com o Tratado de Tordesilhas (1494),

esses Vales Amazônicos pertenciam à Espanha. Todavia, durante a União das Coroas Ibéricas (1580-1640), os

portugueses (bandeirantes, sertanistas, coletores, jesuítas e expedições militares) cruzaram livremente o meridiano

divisório em direção aos Vales Amazônicos, em direção ao extremo-oeste brasileiro. Nesses territórios, até então

espanhóis, fundaram os primeiros núcleos de povoamento portugueses à beira dos rios amazônicos. Assim,

conquistaram possessões até então desconhecidas. Com o fim da União das Coroas Ibéricas, os conflitos possessórios

e de limites de fronteiras passaram a ser travados, no decorrer do século XVIII, entre Portugal e Espanha. Pelo

princípio do direito romano denominado “Uti possidetis de facto” (a terra deve pertencer a quem de fato a ocupa), os

portugueses passaram a reivindicar o direito sobre os territórios ocupados. Coube a Alexandre de Gusmão, na

qualidade de Secretário do Conselho ultramarino e Conselheiro do Rei D. João V, defender as possessões portuguesas

a oeste de Tordesilhas. Assim, em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri pelo qual ficava

estabelecido que as possessões ao longo da margem direita do Guaporé passavam a pertencer à Coroa portuguesa.

Esse tratado privilegiou a utilização de rios e montanhas para demarcação dos limites e superou os princípios do

Tratado de Tordesilhas.

A pretendida paz entre Portugal e Espanha com a assinatura do Tratado de Madri não duraria muito. Em 07 de

setembro de 1750, D. José I (1750-1777) torna-se o novo monarca de Portugal e nomeia como seu primeiro-ministro

Sebastião José de Carvalho e Melo – o Marquês de Pombal. Os representantes máximos do governo português passam

então a questionar os termos do Tratado de Madri e recusam-se a entregar a colônia de Sacramento (atual Uruguai),

conforme previsto no referido tratado. Depois de acirrados debates com a Coroa Espanhola, o Tratado de Madri foi

revisto e parcialmente anulado pelo Tratado de Prado (1761). Diante disso, volta a reinar a insegurança nas relações

luso-espanholas nos Vales Amazônicos. Todavia, os conflitos foram solucionados pela rainha portuguesa D.Maria I e

o rei espanhol Carlos III, que assinaram o Tratado de Santo Ildefonso em 01 de outubro de 1777. De acordo com esse

Tratado, a Espanha ficaria com a Colônia de Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões e devolveria a

Portugal as terras que havia ocupado nos atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Acertou-se que o Rio

Amazonas, quase na sua integridade, pertenceria a Portugal e, em troca, reconhecer-se-ia que o Rio da Prata ficaria no

controle definitivo da Espanha. Assim, com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso (1777), as regiões dos Vales

do Madeira, Mamoré e Guaporé passaram a pertencer definitivamente à Coroa portuguesa.

O Tratado de Santo Ildefonso (1777) pôs fim aos conflitos de limites fronteiriços na região dos Vales do Madeira,

Mamoré e Guaporé. Assim, quando deu-se o término da construção do Real Forte Príncipe da Beira, em 1783, o

mesmo já não era tão necessário. No início do século XIX, ocorre a decadência da mineração no Vale do Guaporé.

Em 1820, Cuiabá passa a ser a nova capital da Província de Mato Grosso e a cidade de Vila Bela da Santíssima

Trindade torna-se um vazio demográfico, habitada somente por negros e índios. O Forte Real Príncipe da Beira perde

então a sua razão de ser e fica abandonado durante a maior parte do século XIX. Somente no início do século XX é

que se dá o seu redescobrimento. Em 1914, o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon visita o Forte e solicita às

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autoridades provincianas que o mesmo sirva de abrigo ao Sétimo Pelotão de Fronteiras. O que só acontece anos mais

tarde em 1930.

A ABERTURA DO RIO AMAZONAS À NAVEGAÇÃO INTERNACIONAL .

A cobiça estrangeira sobre o destino e a exploração do Vale do Amazonas criaram, ao longo de todo século XX, sérias

desconfianças por parte do Governo Imperial, chegando D. Pedro II (1825-1891) a registrar, em seu diário pessoal de

1862, receio em relação às pretensões dos EUA sobre o Amazonas. Intelectuais americanos defendiam a tese de que

um imenso e rico território não poderia ficar abandonado ou mal aproveitado economicamente. A missão de explorar

as riquezas da Amazônia caberia então ao povo norte-americano, diante de sua capacidade laboriosa e engenhosa.

A intervenção nos Vales Amazônicos começou pela pressão de países estrangeiros que exigiam a abertura dos rios

amazônicos ao comércio internacional, como defesa da teoria do livre comércio. Até então o comércio nos rios

amazônicos era exclusivamente para transporte de produtos brasileiros e bolivianos.

Diante das pressões internacionais, em 1867, Brasil e Bolívia assinaram o Tratado de Amizades, Limites, Navegação,

Comércio e Extradição, também conhecido como Tratado de Ayacucho. A partir deste tratado, iniciou-se então a

abertura dos rios amazônicos à navegação comercial estrangeira.

A ABERTURA DO RIO AMAZONAS À NAVEGAÇÃO INTERNACIONAL

Fatos Históricos

Quase toda a Amazônia, até meados do século XVIII, pertencia à Espanha, período em que ficou conhecida apenas

por missionários e aventureiros. Em 1750, pelo Tratado de Madri, a Espanha cedeu a Portugal a imensa área,

considerada, à época, de pouca importância econômica.

Em 1757, foi transformada na capitania de São José do Rio Negro. Em 1850, o governo imperial criou a província do

Amazonas, com capital em Manaus, antiga Barra do Rio Negro. O Rio Amazonas foi aberto à navegação

internacional em 1866, quando a borracha começou a ter importância para a economia local.

O início da navegação a vapor no Rio Amazonas, no começo da década de 1850, com a implantação de linhas

regulares de transportes da Companhia de Navegação e Comércio da Amazônia, do Barão de Mauá, e da Companhia

Fluvial do Alto Amazonas, de Alexandre Amorim, permitiu a ligação de Manaus a Belém e aos altos dos rios Negro,

Madeira, Purus e Solimões, chegando até o porto de Nauta, no Peru. A abertura dos portos do rio Amazonas à

navegação internacional (Decreto Imperial n.o 3749, de 07 de dezembro de 1866) foi outro fator que deu impulso à

exploração do látex na Região.

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Entre 1890 e 1910, o estado chegou a produzir mais de 40% da extração mundial de borracha. A economia cresceu

rapidamente, atraindo o interesse de grandes companhias estrangeiras e de milhares de migrantes. A capital, Manaus,

transformou-se em uma metrópole de estilo europeu, tendo sido a segunda cidade do país a instalar iluminação

elétrica. A borracha amazônica perdeu mercado nas décadas de 10 e 20, em virtude da concorrência asiática.

A tese da internacionalização da Amazônia nada tem a ver com as razões ecológicas que agora são levantadas. É uma

tese cíclica, que sob pretextos vários - direito exploratório da natureza, necessidade de espaço demográfico, liberdade

de navegação nos grandes rios, e, agora, ecologia - após uma fase de esquecimento, volta sob a forma de pressões

políticas sobre o governo do Brasil.

A imensidão geográfica da Amazônia não poderia deixar de ser objeto de ambição das nações ricas e

poderosas do mundo, instrumentadas com maior capital e tecnologia, cujo sentimento de expansão muitas vezes se

esconde sob o véu de missões messiânicas a serviço da humanidade.

Em um rápido retrospecto histórico veremos que a tese da internacionalização da Amazônia foi motivo de

pressão sobre os governantes brasileiros em várias ocasiões, desde os primórdios da nossa colonização.

A conquista e a manutenção da integridade territorial da Amazônia Brasileira tem sido uma epopéia escrita

com sangue, coragem e determinação. E o sangue foi derramado em acirrados combates na selva onde a criatividade e

o emprego das técnicas da guerra de guerrilhas sempre estiveram presentes.

No século XVII, lutas violentas foram travadas pelas forças luso-brasileiras para expulsão de ingleses,

franceses, holandeses e irlandeses que em incursões permanentes para exploração e comercio, procuravam também o

domínio da terra, com a edificação de fortificações às margens dos rios. Um nome destaca-se dos demais nestas lutas:

Pedro Teixeira, O Conquistador da Amazônia.

Em meados do século XIX o governo americano dirigiu movimento a favor da abertura do rio Amazonas à

navegação mundial. Em 1902, a Alemanha pressionou para que o Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais

da Amazônia. Nos anos 30, o Japão pretendia instalar 20 milhões de japoneses na Amazônia.

A EXPLORAÇÃO E COLONIZAÇÃO DO OESTE AMAZÔNICO. O ADVENTO DA EXPLORAÇÃO

SERINGUEIRA E A QUESTÃO DAS FRONTEIRAS. A QUESTÃO ACREANA

Colonização e povoamento no Vale do Madeira

O povoamento das terras rondonienses que integram o Vale do Madeira dar-se-á de forma contínua a partir do

primeiro ciclo da borracha. A construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, o ciclo do telégrafo e o segundo ciclo

da borracha consolidarão o processo de ocupação humana na região até meados do século XX, com o surgimento de

diversos povoados que mais tarde tornar-se-ão cidades importantes como Porto Velho, Jacy-Paraná, Guajará-Mirim,

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Ji-Paraná e Ariquemes. Nesse período, Santo Antônio do rio Madeira, fundado no século XVIII, contribuirá

sobremaneira para o desenvolvimento econômico da região. Em 1873, Santo Antônio era um importante entreposto

comercial, ponto de embarque e desembarque para pessoas e mercadorias que iam com destino a Belém ou Manaus e

Mato Grosso ou Bolívia. O povoado era habitado por trabalhadores indígenas, comerciantes e seringalistas. Todavia,

quando da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, decidiu-se que o seu ponto inicial seria 7 km abaixo do referido

povoado – onde mais tarde surgiria Porto Velho. Diante disso, o movimento portuário passou a ser nesta cidade e,

como conseqüência, o povoado de Santo Antônio foi progressivamente perdendo a sua importância econômica e se

despovoando.

O Primeiro Ciclo da Borracha (1879-1912)

No final do século XIX, o capitalismo industrial foi superado pelo capitalismo financeiro, que passou a controlar os

setores produtivos da economia mediante o financiamento de suas atividades. O capitalismo entrou então em uma

nova fase denominada imperialismo. Essa fase é caracterizada pelo domínio do capital financeiro, pelos monopólios,

pelas disputas por matérias-primas para a indústria e pela aplicação de capital excedente na infra-estrutura das nações

periféricas.

No Brasil, no final do século XIX, as relações escravistas de produção foram substituídas por relações assalariadas.O

trabalho escravo africano foi substituído pelo trabalho livre dos imigrantes europeus. Proclamou-se a República

Democrática Federalista, mas o modelo econômico permaneceu o mesmo. Latifúndio e monocultura, principais meios

de produção de riqueza, voltados para o mercado externo. É o modelo agrário-exportador, periférico e dependente.

Dependente de capitais externos para se desenvolver. Nesse período, o café e a borracha serão os principais produtos

da exportação brasileira. Entre 1898 e 1900, a borracha representou 25,7% das exportações brasileiras, sendo

superada apenas pelo café que atingiu 52,7%.

A partir de 1860, diversas inovações tecnológicas inaugurarão na Europa um período conhecido como Segunda

Revolução Industrial. A invenção do velocípede por Michaux, em 1869, conduziu à invenção da borracha maciça,

depois da borracha oca e, por último, à reinvenção do pneu. O primeiro pneumático para bicicleta data de 1830. Em

1895 Michelin teve a idéia audaciosa de adaptar o pneu ao automóvel. Desde então a borracha passou a ocupar um

lugar preponderante no mercado mundial. Diante disso, cresceu sobremaneira a procura pela matéria-prima (o látex),

o qual geraria fabulosos lucros aos capitalistas europeus e norte-americanos.

Denota-se então que a demanda internacional dará início ao primeiro ciclo da borracha na Amazônia (1879-1912). Os

capitais estrangeiros irão monopolizar a produção da borracha para atender os interesses industriais de nações

imperialistas.

O Látex

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Segundo alguns historiadores, a exploração extrativa do látex já era praticada pelos povos pré-colombianos desde o

século VI d.C. Cristóvão Colombo, em sua segunda viagem à América (1493 a 1496), viu a goma sendo utilizada

pelos índios do Haiti. Os antigos povos do México, os Maias e os Nauhas, já praticavam o comércio da goma elástica

com outros povos da América Central e, inclusive, exportava o produto em grande quantidade. Os Astecas recebiam

das tribos a si subjugadas um tributo anual de 16.000 cargas de goma elástica. Os povos da América Central

fabricavam bolas de borracha para a prática do jogo da péla.Tal costume alcançou as tribos indígenas do Sul do

Brasil.

O uso da goma elástica chegou até a Amazônia através da tribo dos Omáguas, uma subdivisão dos Nauhas. Até o

século XVI a extração e o preparo da goma elástica pelos Omáguas eram desconhecidos na Amazônia. A descoberta

da goma elástica pelos colonizadores portugueses deu-se no final do século XVII, quando as missões religiosas

realizaram os primeiros contatos com as tribos amazônicas. O comércio de escambo largamente praticado entre os

missionários portugueses e os indígenas envolvia a troca de bolas, seringas ou borrachas por bugigangas européias. Os

missionários descobriram que a goma era útil para proteção dos pés contra a umidade excessiva da região e passaram

então a utilizá-la nos sapatos. Mais tarde, utilizaram a goma para a confecção dos próprios sapatos.

Em 1735, Charles Marie de La Condamine, ao realizar pesquisas científicas na Amazônia, toma conhecimento da

goma elástica e a envia para a França. Como conseqüência, inicia-se o emprego da goma na indústria européia.

Em 1755, os calçados de borracha tornaram-se produtos de consumo no Pará e em Lisboa. Diante de sua

impermeabilidade, a borracha também foi utilizada para a confecção de mochilas para os soldados portugueses.

Para a utilização da goma na fabricação de outros produtos, era necessário torná-la resistente ao calor e ao frio,

preservando-se, porém, a sua elasticidade. Isso só foi possível graças à descoberta do processo de vulcanização da

borracha, realizada pelo americano Charles Goodyear em 1839. A borracha, assim, deixa de ser um mero produto

colonial e passa a ser uma matéria-prima de suma importância para o comércio mundial. Nesse contexto, a Amazônia

alcançará o título de maior produtora mundial de borracha no final do século XIX.

Os Seringais no Alto-Madeira

A extração econômica do látex em terras rondonienses do Alto-Madeira propiciou a ocupação e o povoamento do

Estado de Rondônia. Diversas unidades produtivas, os seringais, foram implantadas à beira dos rios Madeira, Jamari e

Machado. No início da atividade extrativa, os indígenas brasileiros e bolivianos foram escravizados e comercializados

para a produção da borracha na região. Também foi intensa a presença de seringalistas bolivianos no Alto-Madeira.

Diante da seca que assolou o sertão do Nordeste entre 1877 e 1879, milhares de trabalhadores nordestinos migraram

para a Amazônia, sendo que uma grande parte deles, principalmente cearenses, passou a trabalhar em terras

rondonienses no Vale do Madeira. Na época, tal migração resolveria dois problemas regionais cruciais: diminuiria o

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excedente de mão-de-obra ociosa no Nordeste, que havia aumentado com a introdução da lavoura algodoeira no início

do século XIX; e, ao mesmo tempo, aumentaria a oferta de mão-de-obra nos seringais amazônicos. Desde 1852, a

Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, criada pelo Barão de Mauá, navegava os rios amazônicos,

promovendo o transporte de mercadorias e de milhares de trabalhadores nordestinos para a penosa atividade de

extração do látex.

A economia de aviamento

As relações de produção da borracha envolviam as casas exportadoras, as casas de aviamento, os seringalistas e, na

base da pirâmide do sistema produtivo, os seringueiros. As casas exportadoras, representantes dos capitais externos,

principalmente ingleses e norte-americanos, monopolizavam a compra e a exportação da borracha na região. Eram

detentoras do capital de giro necessário para movimentar o sistema mercantil-extrativista. Financiavam as casas de

aviamento, as quais liquidavam os seus débitos com borracha. Com o dinheiro do financiamento, as casas aviadoras

importavam produtos da Europa e dos Estados Unidos para revendê-los aos seringalistas, que também pagavam com

borracha. Por fim, os seringalistas, mediante o denominado regime de barracão, forneciam aos seringueiros os

produtos necessários ao seu trabalho e a sua sobrevivência, os quais eram pagos com a produção. Observa-se que a

borracha era a verdadeira moeda da economia gomífera. Sua importância era tamanha que foi denominada à época de

“ouro negro”.

A Questão Acre (1889-1903)

O território amazônico, ocupado por brasileiros, que mais tarde denominar-se-ia Acre era, à época, a maior região

produtora de borracha do mundo. Embora o governo brasileiro tivesse reconhecido no Tratado de Ayacucho (1867) os

direitos da Bolívia sobre aquele território, a demarcação das fronteiras era imprecisa e gerava dúvidas quanto ao início

e fim da área realmente pertencente à Bolívia. Por outro lado, a inexpressiva presença de bolivianos na região levou o

Estado do Amazonas ali estabelecer a sua jurisdição e a realizar a cobrança dos impostos sobre a comercialização da

borracha.

Com a crescente ocupação da região por seringalistas e seringueiros brasileiros, o governo boliviano temia o que

havia acontecido na década de 1870 com a penetração de trabalhadores chilenos na área do Atacama para exploração

do salitre. Este fato provocou a Guerra do Pacífico (1879-1883) da qual a Bolívia saiu derrotada e, ainda, perdeu a sua

única saída para o oceano Pacífico, ficando isolada comercialmente do resto do planeta.

A tentativa de ocupação efetiva da região por parte de tropas do governo boliviano levaria, todavia, ao

desencadeamento de rebeliões por parte dos brasileiros que exploravam economicamente a região. Nesse contexto, em

3 de janeiro de 1889, o governo boliviano funda o povoado de Puerto Alonso e cria um posto alfandegário para

cobrança de impostos da produção de borracha silvestre. Tal atitude revoltou os quase sessenta mil brasileiros que

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trabalhavam nos seringais considerados bolivianos. Os seringueiros rebelaram-se e, sob a liderança do amazonense

José Carvalho, expulsaram as autoridades bolivianas em 03 de maio de 1889. Em seguida, em 14 de julho do mesmo

ano, o jornalista espanhol Luiz Galvez Rodrigues de Arias proclama a independência da região e cria a República do

Acre, que duraria apenas oito meses. D.Pedro II, signatário do Tratado de Ayacucho, não concorda com o processo de

emancipação e envia a marinha de guerra para prender Galvez.

Para defesa de seus interesses imperialistas na região, os americanos criam o Bolivian Syndicate of New York e, em

11 de julho de 1891, realizam contrato de arrendamento da região do conflito com a Bolívia, com poderes para

exploração exclusiva da borracha e, ainda, constituir uma milícia própria para a expulsão dos brasileiros. Em 11 de

junho de 1901, o poderoso sindicato, que também envolvia interesses da França e da Inglaterra, passa a atuar na

região acreana sob a proteção do governo boliviano. Movimentos de rebelião eclodem na região.Em 26 de agosto de

1902, trabalhadores brasileiros, liderados pelo gaúcho Plácido de Castro, rebelam-se contra o Bolivian Syndicate e o

governo boliviano e dá-se início então a denominada Guerra do Acre. Tropas brasileiras são enviadas pelo presidente

Rodrigues Alves para auxílio dos brasileiros. Os soldados bolivianos são derrotados. Em 17 de novembro de 1903

assinava-se o Tratado de Petrópolis, mediante o qual o Brasil comprava da Bolívia as terras do Acre pelo valor de

2.000.000 de libras esterlinas e se comprometia a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Estava então

encerrado o conflito. O Brasil teria mais um estado para compor a sua recém-criada República Federativa.

A decadência da borracha

A Inglaterra, nação que mais investia na região, já tinha em mente uma estratégia econômica para quebrar o

monopólio da borracha amazônica. Assim, em 1876, sementes de seringueiras foram contrabandeadas da Amazônia

por Henry Wickham para a Inglaterra. Lá, foram cuidadosamente trabalhadas com recursos científicos e depois

levadas para a Malásia.Foram necessários mais de 25 anos para a consolidação dos seringais de cultivo. A primeira

produção deu-se em 1898, com uma tonelada. Em 1913, a produção asiática alcança 47.618 toneladas e supera a

produção amazônica. O preço da borracha cai sensivelmente no mercado mundial.A economia amazônica entra em

crise e o Império Britânico comemora a sua vitoriosa estratégia econômica. A produção meticulosamente capitalista

vencera a produção meramente extrativista. A produção científica vencera a produção primitiva.

O Segundo Ciclo da Borracha (1942-1945)

A Amazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo.

Como forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a

Malásia, o controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% da

produção da borracha asiática.

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Com o alistamento de nordestinos, Getúlio Vargas minimizou o problema da seca do nordeste e ao mesmo tempo deu

novo ânimo na colonização da Amazônia. Na ânsia de encontrar um caminho que resolvesse esse impasse e, mesmo,

para suprir as Forças Aliadas da borracha então necessária para o material bélico, o governo brasileiro fez um acordo

com o governo dos Estados Unidos (Acordos de Washington), que desencadeou uma operação em larga escala de

extração de látex na Amazônia - operação que ficou conhecida como a Batalha da borracha.

Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio

de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil

toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens. O alistamento

compulsório em 1943 era feito pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA),

com sede no nordeste, em Fortaleza, criado pelo então Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se

essencialmente como resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os camponeses da

região enfrentavam.

Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta época, visando a dar suporte à Batalha da borracha, a

Superintendência para o Abastecimento do Vale da Amazônia (Sava), o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o

Serviço de Navegação da Amazônia e de Administração do Porto do Pará (Snapp) . Criou-se ainda a instituição

chamada Banco de Crédito da Borracha, que seria transformada, em 1950, no Banco de Crédito da Amazônia. O

órgão internacional Rubber Development Corporation (RDC), financiado com capital dos industriais estadunidenses,

custeava as despesas do deslocamento dos migrantes (conhecidos à época como brabos). O governo dos Estados

Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada trabalhador entregue na Amazônia.

Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil foram compulsoriamente levados à escravidão por dívida e à

morte por doenças para as quais não possuíam imunidade. Só do nordeste foram para a Amazônia 54 mil

trabalhadores, sendo 30 mil deles apenas do Ceará. Esses novos seringueiros receberam a alcunha de "Soldados da

borracha", numa alusão clara de que o papel do seringueiro em suprir as fábricas nos EUA com borracha era tão

importante quanto o de combater o regime nazista com armas. Manaus tinha, em 1849, cinco mil habitantes, e, em

meio século, cresceu para 70 mil. Novamente a região experimentou a sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro

voltou a circular em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a economia regional fortaleceu-se.

Entretanto, para muitos trabalhadores, este foi um caminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros morreram

abandonados na Amazônia, depois de terem exaurido suas forças extraindo o ouro branco. Morriam de malária, febre

amarela, hepatite e atacados por animais como onças, serpentes e escorpiões. O governo brasileiro também não

cumpriu a promessa de reconduzir os soldados da borracha de volta à sua terra no final da guerra, reconhecidos como

heróis e com aposentadoria equiparada à dos militares. Calcula-se que conseguiram voltar ao seu local de origem (a

duras penas e por seus próprios meios) cerca de seis mil homens. Mas quando chegavam tornavam-se escravos por

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dívida dos coronéis seringueiros e morriam em consequência das doenças, da fome ou assassinados quando resistiam

lembrando as regras do contrato com o governo.

A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA MADEIRA-MAMORÉ

As origens

Foi a Guerra do Paraguai (1864-1870) quem por igual convenceu o governo brasileiro a planejar algum tipo de saída

amazônica para o estado do Mato Grosso, tão afastado do restante do país como a Bolívia da América do Sul e do

mundo. Todavia, tudo isso ficou letra morta até dar-se a explosão da borracha no final do século 19.

Então, milhares de seringueiros vindo do Brasil invadiram aquelas selvas desertas que separavam a Estado do

Amazonas da Bolívia. O Acre, área boliviana, encheu-se de caucheiros sangrando tudo o que viam pela frente.

Parecia, por fim, que havia-se encontrado o tão lendário El Dorado, o tesouro no meio da floresta que pusera a perder

Francisco Orellana e Aguirre, ainda no século 16.

Portanto, evitada a guerra entre a Bolívia e o Brasil pelo controle do Acre (Tratado de Petrópolis de 1903), foram as

exigência da nascente indústria dos transportes, automóveis e Portanto, evitada a guerra entre a Bolívia e o Brasil pelo

controle do Acre (Tratado de Petrópolis de 1903), foram as exigência da nascente industria dos transportes,

automóveis e caminhões, faminta pela borracha para fazer pneus, transformada num ouro negro, quem forçou a que a

estrada-de-ferro sonhada antes por tantos tomasse forma pelas mãos de Percival Farquhar, um empreendedor norte-

americano que fazia de tudo naquela época e que havia ganho a concessão do governo brasileiro para a sua

construção.

As primeiras tentativas

Após vários estudos e propostas, no início da década de 1870, foram feitas as primeiras tentativas de construção de

uma ferrovia que atendesse àqueles objetivos. Em 01 de março de 1871 o coronel norte-americano George Earl

Church, de posse de concessões dos governos boliviano e brasileiro, constituiu a Madeira & Mamoré Railway

Company Limited e contratou a empresa britânica Public Works Construction Company para executar a obra.

O primeiro grupo de engenheiros chegou a Santo Antonio do Madeira, nada mais que um pequeno aglomerado de

casebres, em 06 de julho de 1872. Poucos dias depois, os primeiros carregamentos de materiais de construção,

equipamentos e operários, trazidos de navio desde os Estados Unidos da América chegaram ao local. A Public Works

abandonou o canteiro de obras um ano depois, sem conseguir assentar um único metro de trilhos. Em 09 de julho de

1873, a PWCC entrou na justiça britânica com um pedido de rescisão de contrato e de indenização, alegando entre

outras razões "condições desumanas na região". Basicamente, a MMRC e a PWCC foram derrotadas pelo

desconhecimento da região e o mau planejamento (até pelo desconhecimento) da obra.

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Os grandes problemas enfrentados pela empreiteira foram: a) a insalubridade e as doenças, imprevistas e muitas vezes

desconhecidas. b) os ataques de indígenas, que defendiam suas terras milenares, de invasores que os ignoravam.c) a

conclusão de que os custos da obra seriam bem maiores que o dobro do originalmente previsto.d) a constatação de que

a ferrovia teria extensão significativamente maior que a esperada, uma das principais causas do aumento dos custos.

Durante a batalha jurídica que se seguiu, Church ainda contratou duas outras empreiteiras, num esforço quase

desesperado para realizar sua obra.

I) Dorsay & Caldwell, construtora americana, assumiu o compromisso de construir 15km de linha, sem receber

pagamento, enquanto corria a lide no foro londrino. Assinou contrato em 17 de setembro de 1873. O primeiro, e

pequeno, grupo de trabalhadores chegou ao local da obra em janeiro de 1874. A comitiva retornou poucos dias depois

aos EUA, após a primeira morte por doença.

II) Em 19 de fevereiro de 1878, a firma norte-americana P & T Collins desembarcou em Santo Antonio com mais de

700 toneladas de cargas para dar andamento aos trabalhos. A construção teve início em meio às já conhecidas

dificuldades. Até maio de 1879, os resultados obtidos a custos da ordem de 500.000 dólares foram:

108 km de projeto definitivo locados,40 km de faixa desmatada,11km de terraplenagem prontos,- 9 pontilhões de

madeira medindo 443m no total, nenhum km de ferrovia.

Em 04 de julho de 1878, comemorando o "Independence Day", a data nacional norte- americana, a primeira

locomotiva a trafegar na Amazônia andou num trecho de 3km de extensão, dos quais apenas 800m eram definitivos.

Era a conhecida Coronel Church - a máquina 12, que pode ser vista no Museu da E.F.M.M.

Pelas mesmas razões da Public Works, em 19 de agosto de 1879, a P & T Collins paralisou oficialmente as obras da

ferrovia.

A construção definitiva

Em 1882 os governos do Brasil e da Bolívia assinaram um tratado relativo à navegação de seus rios fronteiriços, e à

construção de uma estrada de ferro ligando o rio Mamoré ao trecho navegável do Madeira. Novos estudos foram

encomendados pelo governo brasileiro. A Comissão Morsing (em 1883) produziu um relatório que depois se mostrou

basicamente correto embora inconcluso, pois as doenças praticamente dizimaram a comissão. A Comissão Pinkas (em

1884) substituiu-a, e produziu um relatório bem mais otimista que o de Morsing, embora tenha sido acusado de tê-lo

forjado. A grande discrepância entre os dois estudos deu margem a severas críticas ao projeto da ferrovia.

Somente em 1905, por força do Tratado de Petrópolis (assinado em 17 de novembro de 1903), onde eram signatários

o Brasil e a Bolívia, e que tinha como objetivo pôr fim ao litígio originado com a luta pela posse da área do atual

estado do Acre, o governo brasileiro abriu concorrência pública para a construção da ferrovia, vencida pelo eng.

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Joaquim Catramby. O tratado obrigava o Brasil a construir em território brasileiro uma ferrovia desde o porto de

Santo Antonio, no Rio Madeira, até Guajará Mirim, no Mamoré. Deveria também conter um ramal que passando por

Vila Murtinho (ou outro ponto próximo), chegasse a Vila Bela, na Bolívia, na confluência dos rios Beni e Mamoré.

A empresa americana May, Jekill & Randolph foi encarregada da sua execução, iniciada em 1907. A Madeira

Mamoré Railway Co., fundada em 02/agosto/1907 em Portland (EUA) por Percival Farqhuar, como parte dos seus

entendimentos com Catramby, concluiu a obra em 01/08/1912. De Catramby diz-se ter sido um simples "testa de

ferro" de Farqhuar, este um condutor de grandes empreendimentos nos EUA e na América Central. No Brasil

conduzia a construção do Porto do Pará. Em 25/02/1909, a MMRC assinou com o governo brasileiro, um contrato de

arrendamento da estrada por um período de 60 anos, a contar de 01/julho/1912, ano previsto para sua conclusão.

Grande parte dos trabalhadores que construíram a ferrovia procediam da Espanha, Barbados, Trinidad, Jamaica,

Panamá e Colômbia. Em menor número, encontravam-se: italianos, franceses, indianos, húngaros, poloneses,

dinamarqueses e gregos.

O primeiro trecho, com 90km de extensão entre Porto Velho e Jaci Paraná, foi solenemente inaugurada em 31 de

maio de 1910.- O segundo trecho, com 62km de linha, foi inaugurado em 30 de outubro de 1910. A ferrovia alcançava

agora a Cachoeira dos Três Irmãos, com 152km de extensão.- Em 7 de setembro de 1911, comemorando a

Independência do Brasil, foi inaugurado o trecho desde Porto Velho até Abunã, na foz do rio de mesmo nome, com

220km de extensão. Embora matematicamente incorreto, era considerado o ponto médio da estrada. Ao final do ano

de 1911 já haviam sido lançados 306km de trilhos. Finalmente, em 30 de abril de 1912 foi assentado o último

dormente da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no ponto final em Guajará-Mirim. Em 01 de agosto de 1912 foi

inaugurado este último trecho, dando-se a obra por encerrada.

Quando foi finalmente concluída, a ferrovia ligava a futura Porto Velho à Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia,

numa extensão de 364km. Mais tarde, uma pequena alteração no traçado aumentou essa distância para 366km.

O declínio da ferrovia

Ao tempo em que a obra da estrada de ferro se concluía, os seringais plantados na Malásia entraram em produção, e

tornaram proibitivos os preços da borracha produzida na Amazônia segundo técnicas antiquadas e de baixa

produtividade. Foi o fim do chamado "primeiro ciclo da borracha".

Já em 30/06/1931, como conseqüência de seguidos prejuízos, resultantes basicamente do declínio do comércio da

borracha com os produtores da Amazônia, e da ausência de novos produtos a transportar, a Madeira-Mamoré Railway

Company paralisou o tráfego. Decorridos dez dias de prazo contratual, sem que a Companhia retomasse as operações,

em 10/07/1931, através do Decreto Nº 20.200, o Governo Federal de Getúlio Vargas assumiu o controle total da

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Estrada de Ferro Madeira Mamoré, passando a administrá-la. Durante todo o restante período de operações a ferrovia

operou com prejuízos.

Em 01/07/1972, após a conclusão da ligação rodoviária entre Porto Velho e Guajará-Mirim, a ferrovia foi

definitivamente desativada. O pequeno trecho de 7km, entre Porto Velho e Santo Antonio do Madeira (onde não

existe mais a pequena vila do início do século) voltou ao tráfego em 05/05/1981 para fins turísticos. Atualmente o

trecho reativado alcança o quilometro 25, local de uma antiga vila de ferroviários, na altura do Salto do Teotônio, a

maior das cachoeiras do Madeira.

A CRIAÇÃO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS DO GUAPORÉ E DE RONDÔNIA

Aluísio Pinheiro Ferreira (11 de maio de 1897 — Rio de Janeiro, 1980) foi um militar e político brasileiro que

nacionalizou a Ferrovia Madeira-Mamoré e atuou para a criação do então Território Federal do Guaporé (atual estado

de Rondônia), sendo seu primeiro governador entre 1943 e 1946.

A criação do Território Federal de Rondônia deu-se devido à colonização e ao povoamento da região do Vale do Alto-

Madeira, a partir do primeiro ciclo da borracha e da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em seguida,

sobreveio o Segundo Ciclo da Borracha que fez expandir o desenvolvimento econômico da região. Como fator

externo, a Segunda Guerra Mundial também contribuiu para a criação do Território Federal do Guaporé.

Assim, em 1943, através do Decreto-Lei 5.812 de 13 de setembro, Getúlio Vargas criou o Território Federal do

Guaporé cujo território passou a ser formado por terras desmembradas dos Estados do Mato Grosso e Amazonas. Em

seguida, mediante o Decreto-Lei 5839 de 21 de setembro do mesmo ano, foram criados quatro municípios: Lábrea,

Porto Velho, Alto Madeira e Guajará-Mirim. O seu primeiro governador foi Aluízo Ferreira.

Em 1956, o Território Federal do Guaporé sofreu mudanças de designação passando a se chamar Território Federal de

Rondônia, em homenagem prestada, pelo presidente Juscelino Kubitschek de oliveira ao sertanista Cândido Mariano

da Silva Rondon.

OS NOVOS SURTOS DE POVOAMENTO E A AMPLIAÇÃO DO EXTRATIVISMO MINERAL

O Ciclo da Cassiterita e do Ouro.

Em 1958 garimpeiros descobriram grandes aluviões de cassiterita (minério de estanho) em áreas dos antigos seringais.

Iniciou-se um período de extrativismo mineral, sob forma de garimpo. A garimpagem manual absorvia grande parte

da mão-de-obra local, e atraia grandes contingentes humanos, concentrando-os em Porto Velho. Nessa época,

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tentativas de implantação de colônias agrícolas falharam, seja devido ao desconhecimento de tecnologias agrícolas

adequadas à região, seja pela concorrência mais forte do garimpo.

Em 1971 o Ministério das Minas e Energia proibiu a garimpagem manual, obrigando a mecanização da lavra. Em

1970 a garimpagem atingira seu pico, produzindo 4.721 ton de minério de estanho. Ao final da década de 70,

Rondônia respondia por quase 70% da produção nacional. Em 1989 foram produzidas 54.192 ton, sendo 8.974 ton

através da garimpagem novamente liberada.Daí em diante a produção entrou em declínio, provocado pelas condições

do mercado internacional do produto e conflitos legais entre garimpeiros e empresas mineradoras. A produção atual é

pouco significativa.

O ouro foi descoberto no leito do rio Madeira. Era, em meados dos anos 80, junto com a cassiterita, os principais

produtos de Rondônia, atraindo garimpeiros de todo o Brasil. Estima-se que em 1987 haviam cerca de 600 dragas e

450 balsas extraindo ouro do rio. Eram processos extrativos rudimentares, admitindo-se perdas em torno de 50%. O

trabalho nas balsas era extremamente perigoso, pois obrigava um mergulhador operar a "maraca", o terminal do

mangote de sucção, conduzindo-a no fundo do rio para fazer o desmonte em profundidades de até 15m.Como era

grande a evasão (pelo menos 50%), são imprecisas as estimativas de produção. Admite-se que no ano de 1987 tenha

sido da ordem de 8.000 ton. Já no início dos anos 90 entrou em declínio, estando praticamente interrompida.Este ciclo

gerou muita riqueza, sendo porém quase nulos os benefícios duradouros produzidos. Foi uma exploração predatória e

de alto impacto ambiental. Pode-se dizer que, da exploração do ouro, a maior herança é o seu passivo ambiental:

erosão do leito e das margens do rio, contaminação das águas e da cadeia alimentar pelo mercúrio, poluição por óleo,

combustíveis e rejeitos lançados na água e por equipamentos abandonados, sedimentação do canal navegável, etc. Nos

denominados garimpos do Arara e Periquitos, as crateras abertas por desmonte hidráulico chegaram a comprometer a

BR-425, que vai até Guajará-Mirim. No local foram encontrados fósseis de mastodontes e tatu-gigante, entre outros.

Esta bacia está sendo destruída, e seus fósseis contrabandeados.Não deixou boas lembranças, este ciclo.

A IMPLANTAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA

O processo político para emancipação do Território Federal de Rondônia, ganhou força na presidência do General

Ernesto Geisel, que nomeou como governador o Coronel Humberto da Silva Guedes (1975-1979), que teve como

missão preparar o território para emancipação.

Dessa forma, podemos enumerar os fatores que possibilitaram a emancipação política de Rondônia: O interesse do

Governo Militar em ampliar a bancada governista na Câmara e no Senado; - A abertura efetiva da Br-364;A migração

ao longo da Br-364, consolidando o aumento populacional; A eclosão dos garimpos de ouro e cassiterita na região,

ampliando as receitas da região; As obras de modernização iniciadas pelo Cel. Jorge Teixeira de Oliveira, tais como:

Implantação da Telefonia, Ampliação da rede elétrica e de água, Estruturação administrativa do Estado,

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Fortalecimento da arrecadação, Melhorias na segurança pública, Criação de municípios; Desenvolvimento da vocação

agropecuária; Melhorias no ensino público e privado;

Em 1979, o Colégio Eleitoral escolhe João Batista de Figueiredo para presidente do Brasil, no mesmo ano o

presidente exonera o Cel. Humberto da Silva Guedes e nomeia o Cel. Jorge Teixeira de Oliveira, governador do

Território Federal de Rondônia. O novo governador tinha a certeza de que seria o último governador do Território e

no discurso de posse enumera seus projetos no governo: Asfalto para a Br- 364, Criação de novos municípios,

Reativação de trecho turístico da E.F.M.M, Início da construção da Usina Hidrelétrica de Samuel, Criação da

Universidade Federal e Controle do comando político regional.

Em 22 de dezembro de 1981, Rondônia é elevado à categoria de Estado e em 04 de janeiro de 1982 é empossado o

Cel. Jorge Teixeira como governador do 23º estado do Brasil. Em 1985, com a vitória de Tancredo Neves para a

presidência do Brasil, o Cel. Jorge Teixeira é exonerado, sendo escolhido o Profº Ângelo Angelim como Governador

do Estado, que governou até 1986. Nesse ano, foram realizadas eleições diretas para Governador, Senador e

Deputados. Nessa eleição, Jerônimo Santana (PMDB), torna-se o 1º governador eleito do Estado de Rondônia, que

marcou seu governo com atitudes polêmicas e conflitantes, destacando-se a tentativa de trocar a capital do Estado para

Ji-Paraná e o conflito com o Acre pela posse de Extrema e Nova Califórnia.

EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA DE RONDÔNIA

01. Dentre os motivos de ocupação do Vale do Guaporé, podemos destacar:

a) principalmente o extrativismo vegetal;

b) o aldeamento dos Payaguá e Kabixi;

c) a atividade de mineração;

d) as guerras justas.

02. A intensificação da ocupação dos principais rios que se situam dentro do espaço de Rondônia durante o século

XIX pode ser explicada por:

a) o aumento da procura da borracha como matéria-prima;

b) uma bem montada estratégia de ocupação por parte do governo;

c) durante o século XIX não houve intensificação da ocupação;

d) o extrativismo do cacau e do café nativo.

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03. Durante a 2ª Guerra Mundial podemos apontar como um importante fator explicativo do novo surto de ocupação

do futuro Estado de Rondônia:

a) a fuga de brasileiros do litoral para o interior, temendo a invasão alemã;

b) o interesse norte-americano na ocupação estratégica da região;

c) o interesse norte-americano em aumentar a produção da borracha amazônica;

d) o estabelecimento de indústrias de borracha no Sul do Brasil.

04. No início do século XIX, podemos afirmar que a povoação não-indígena do Vale do Madeira/Guaporé

encontrava-se:

a) Já amplamente solidificada, possuindo suficientes núcleos urbanos em toda sua extensão;

b) Sob predomínio exclusivo dos seringais, não havendo nenhum núcleo urbano;

c) Afora alguns aldeamentos de missionários ou do governo e de poucos núcleos urbanos, o estado geral era de

abandono;

d) Somente indígenas não-amansados habitavam aquela região.

05. A expedição de Francisco de Melo Palheta pode ser situada dentro do seguinte contexto:

a) foi uma expedição de caráter comercial.

b) foi uma expedição com objetivos exploratórios.

c) visava consolidar e ampliar as conquistas portuguesas.

d) tinha por objetivo o conhecimento das cachoeiras do rio Madeira.

e) pretendia demarcar as fronteiras do Norte do Brasil.

06. Podemos atribuir como elemento explicativo das dificuldades de estabelecimento de núcleos de povoamento na

região de fronteira do Alto-Madeira, durante o século XVIII, o seguinte fato:

a) desinteresse de Espanha e Portugal pela região;

b) total ausência de tratados de limites entre Espanha e Portugal durante aquele século;

c) oposição dos colonos ao estabelecimento das fronteiras;

d) forte resistência das nações indígenas.

07. No final do Século XVI, navegaram pelos rios da Amazônia, tentando fixar núcleos de povoamento e colonização:

a) Holandeses, ingleses e japoneses;

b) Holandeses, ingleses e franceses;

Page 21: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

c) Ingleses, franceses e austríacos;

d) Ingleses, holandeses e árabes.

08. Para construir o Real Forte Príncipe da Beira, o governo português contou:

a) com o predomínio da mão-de-obra indígena;

b) com recursos vindos do Nordeste açucareiro;

c) com o auxílio espanhol;

d) com os recursos do tesouro e da população, que colaborou fornecendo trabalhadores, gêneros e pagando tributos

extraordinários.

09. A construção do Forte Príncipe da Beira fazia parte de um amplo projeto de defesa de fronteira elaborado pelo

ministro português:

a) Marquês de Pombal

b) Luiz Melo Pereira e Cáceres

c) Souza Coutinho

d) Almeida Serra

10. A posse portuguesa da margem direita do Rio Guaporé foi garantida com base no princípio uti possidetis (a terra

pertence a quem a ocupa), defendido por Alexandre de Gusmão no Tratado de:

a) Madri

b) Tordesilhas

c) Versalhes

d) Ayacucho

11. Promoveu a ocupação e a colonização do Vale do Guaporé no século XVIII:

a) a borracha

b) o ouro

c) o café

d) o guaraná

12. Acerca da agropecuária praticada na região do Vale do Guaporé no século XVIII, julgue os itens abaixo.

Page 22: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

I. Foi sempre uma atividade secundária que esteve subordinada aos interesses da mineração e da política militar

fronteiriça.

II. Para os trabalhos agropecuários locais, utilizava-se a mesma mão-de-obra escrava das minas e o rendimento baixo

da produção expunha a região a perigos e surtos de fome.

III. Cultivavam-se produtos como café, açúcar e cacau, voltados para a exportação.

IV. Culturas de subsistência, insuficientes para atender o consumo local.

V – Exportação de carne salgada para Belém, Santa Cruz e Cuiabá.

a) Todas corretas.

b) Apenas III e V, incorretas.

c) I e III, incorretas.

d) II, III e IV, corretas.

13. Durante o período colonial, o Vale do Guaporé economicamente apresentou:

a) Uma sociedade mercantilista e escravocrata;

b) Uma sociedade mercantilista cujas relações de produção eram assalariadas;

c) Uma sociedade meramente extrativista, voltada para o mercado interno;

d) Uma sociedade de ordens feudais cuja economia era para o consumo próprio.

14. No processo de colonização do Vale do Guaporé, predominou:

a) a mão-de-obra escrava africana.

b) a mão-de-obra escrava indígena.

c) o trabalho livre e assalariado.

d) o trabalho dos missionários jesuítas.

15. Ao romper do século XIX, Vila Bela e todo Vale do Guaporé mergulharam em um profundo estado de decadência

e abandono.

Contribuíram para a decadência econômica da região, exceto:

a) A decadência da mineração, com o esgotamento das lavras e faisqueiras;

b) A extinção da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão que acelerou o processo de decadência dos vales

do Madeira e Guaporé, na medida em que a atividade mercantil voltou-se, principalmente, para as rotas sertanistas do

centro-sul da colônia e, posteriormente, do império;

Page 23: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

c) A expulsão da Companhia de Jesus da região, que implicou no abandono das atividades catequéticas e missionárias

que, na Amazônia, foram, tradicionalmente, pólos de formação dos centros coloniais;

d) A construção do Forte Príncipe da Beira.

16. Sobre a escravidão africana na região do Vale do Guaporé, julgue os itens abaixo.

I. Impulsionou a economia regional, a colonização e o estabelecimento dos portugueses na região.

II. A resistência à escravidão foi mais expressiva na formação dos quilombos do Guaporé, dos quais o mais notável

foi o do Quariterê ou Piolho, governado pela rainha Tereza de Benguela.

III. Após a decadência da mineração, como política de povoamento e colonização da região, muitos negros

conseguiram a liberdade da Coroa portuguesa e receberam incentivos para o desenvolvimento de práticas agrícolas e

fundação da aldeia Carlota.

IV.Com a decadência econômica da região, somente os negros permaneceram na região do Vale do Guaporé e

garantiram a posse territorial fixada no século anterior.

a) Apenas III, incorreta.

b) Apenas I e IV, corretas

c) II, III, IV, corretas

d) Todas corretas

17. Qual o fator que provocou o aumento da demanda de mão-de-obra na Amazônia após a segunda metade do século

XIX:

a) A Segunda Guerra Mundial;

b) O estabelecimento de indústrias de pneumáticos na região;

c) O crescimento da demanda de borracha no mercado internacional;

d) A abertura do noroeste boliviano à navegação.

18. Que fator propiciou o abundante abastecimento de mão-de-obra não-indígena para a Amazônia no final do século

XIX?

a) O recrutamento de trabalhadores no noroeste boliviano;

b) a vinda de um enorme contingente de trabalhadores europeus;

c) a grande migração nordestina a partir de 1879;

d) a compra de escravos negros.

19. Acerca do primeiro ciclo da borracha, julgue os itens abaixo.

Page 24: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

I. Com a descoberta do processo de vulcanização da borracha feita por Charles Goodyear (1800-1860) em 1839, e o

advento do automóvel e da bicicleta, que têm pneumáticos de borracha entre seus componentes, a demanda de látex

pelos centros industriais europeus e norte-americanos cresceu enormemente, o que contribuiu para o processo de

exploração da borracha em toda região Amazônica.

II. A produção da borracha na região Amazônica era controlada por capitais estrangeiros (ingleses e norte-

americanos).

III.O aumento da demanda da borracha provou a decadência das atividades agropastoris, vez que o seringueiro teve

que se dedicar exclusivamente à extração do látex.

IV. Na década de 1870, o inglês Alexandre Wickham contrabandeou sementes de seringueira, que foram cultivadas

em Kew Garden, em Londres e de lá foram levadas para a Malásia. A produção asiática derrubou a produção

amazônica entre 1912 e 1913.

V. O regime de trabalho estruturava-se na dependência entre o trabalhador e o proprietário latifundiário através de um

sistema de crédito/dívida, conhecido como regime do toco ou do barracão.

a) Apenas III e V, incorretas

b) Apenas I, II e IV, corretas

c) Apenas II, III e V, corretas

d) Todas corretas

20. Na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré predominou:

a) a mão-de-obra estrangeira, principalmente os barbadianos.

b) a mão-de-obra escrava africana.

c) a mão-de-obra nordestina.

d) a mão-de-obra indígena.

21. O Município de Porto Velho foi criado em:

a) 1914

b) 1921

c) 1918

d) 1934

22. Durante o processo evolutivo histórico, contribuiu para o povoamento da região do atual Estado de Rondônia,

exceto:

Page 25: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a) a exploração da borracha;

b) a exploração da cassiterita;

c) o café

d) a abertura da Estrada-BR-364;

e) a distribuição de terras gratuitas para projetos de colonização.

23. É correto afirmar sobre o processo de nacionalização da E.F.M.M:

a) Foi obra do regime militar que promover a intervenção na ferrovia através do 5º BEC;

b) Ocorreu após o término do contrato assinado entre Farquhar e o governo do Brasil;

c) Foi um ato promovido por Aluízio Ferreira, após a criação do Território Federal do Guaporé;

d) Aconteceu após a crise do capitalismo liberal (1929), durante o início do governo Vargas, em 1931;

e) Foi uma medida adotada pelo governo Hermes da Fonseca.

24. Não foi governador do Estado de Rondônia:

a) Jorge Teixeira de Oliveira

b) Jerônimo Santana

c) Osvaldo Piana

d) Ângelo Angelin

e) Paulo Nunes Leal

25. No dia 17/11/1903, o Brasil e a Bolívia assinam o Tratado de Petrópolis. Esse tratado tinha como objeto principal:

a).a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, entre as cidades de Porto Velho e Guajará Mirim.

b).a construção do Forte de Bragança.

c).a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, entre as cidades de Ariquemes e Guajará Mirim.

d).a construção do Real Forte Príncipe da Beira

26.A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré teve como uma de suas causas:

a).A Guerra do Paraguai, vez que, com a guerra, o Brasil ficou impedido de trafegar pela Bacia do Prata, tendo então

que escoar os seus produtos pelo Rio Madeira.

b).A Guerra da Cisplatina, que impossibilitou a navegação do Rio Prata.

c).A Guerra do Uruguai.

d).A necessidade de transportar a cassiterita.

Page 26: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

27.Acerca da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, assinale a alternativa correta.

I – A construção efetiva da ferrovia iniciou-se em 1907 e terminou em 01/08/1912, com a inauguração do último

trecho da ferrovia.

II – Com a construção da ferrovia, surgiu o povoado de Porto Velho, que se formou a partir da construção de

residências de operários da construtora da estrada de ferro.

III – A primeira empresa contratada para a realização da obra foi a Public Works Construction Company, empreteira

inglesa, cujos trabalhos duraram apenas dez meses, diante da epidemia de malária e varíola que dizimou técnicos e

operários.

IV – Em 10/07/1931, o presidente Getúlio Vargas expede decreto-lei através do qual o governo federal estatiza a

empresa The Madeira-Mamoré Railway Company, restabelece os serviços rodoviários entre Porto Velho e Guajará-

Mirim, muda a razão social da empresa para Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e nomeia o capitão Aluízio Pinheiro

Ferreira como administrador.

a).apenas II e III verdadeiras

b).I e II falsas

c).Apenas IV falsa

d).Todas corretas

28.Primeiro governador eleito no Estado de Rondônia:

a).Jerônimo Garcia de Santana, em 1986

b).Jerônimo Garcia de Santana, em 1982

c).Ângelo Angelim, em 1984

d).Oswaldo Piana, em 1990

29.Assinale a alternativa correta:

a).O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar n. 041/81

b).O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar n. 041/82

c).O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar n. 014/82

d).O Estado de Rondônia foi criado pelo Decreto-Lei n. 018/77

30.O Território Federal de Rondônia foi criado em:

a).17/02/1956, pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira

Page 27: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

b).17/02/1943, pelo presidente Getúlio Dorneles Vargas

c).14/10/49, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra

d).NRA

31.O Território Federal do Guaporé foi criado em:

a).15/03/1945

b).13/09/1943

c).10/11/1939

d).NRA

32. A decadência do Primeiro Ciclo da Borracha foi devido:

a) à concorrência do Japão, vez que os portugueses levaram sementes de seringueiras para aquela região.

b).à concorrência da Malásia, vez que os ingleses levaram sementes de seringueiras para aquela região.

c) à concorrência das Antilhas, vez que os americanos levaram para lá sementes de seringueiras.

d) à concorrência da Malásia, vez que os portugueses levaram sementes de seringueiras para aquela região.

33. Acerca do primeiro ciclo da borracha (1840-1910), assinale a alternativa correta:

I – Entre 1828-1835, ocorreram as primeiras instalações de fábricas que produziam produtos de borracha na América

do Norte e na Europa, o que proporcionou uma elevação da demanda da extração do látex na Amazônia.

II – O monopólio comercial da extração da borracha na região da Amazônia era exercido pelos comerciantes ingleses

e alemães.

III – A produção da borracha estava voltada para o mercado externo, sendo que a mão-de-obra empregada nos

seringais era, em sua maioria, composta de nordestinos, que funciona através de um “sistema de aviamento”, onde o

regime de trabalho baseava-se no endividamento reiterado, colocando o trabalhador nas mãos dos proprietários

comerciantes. Isso porque compravam alimentos e roupas fiado no barracão dos seus patrões e, no final do mês,

sempre deviam mais do que recebiam.

IV – Nesse mesmo período, objetivando viabilizar o escoamento da borracha e dos demais produtos do leste boliviano

e dos Vales do Mamoré e Guaporé, inicia-se a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, para vencer o trecho

encachoeirado do Rio Madeira.

a).apenas I e III corretas

b).II e IV incorretas

c).Todas corretas

d).Apenas II incorreta

Page 28: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

34. deletada

35.Implantou o primeiro projeto de colonização no Território Federal de Rondônia, através da criação do INCRA:

a).Juscelino Kubitscheck

b).João Batista de Oliveira Figueiredo

c).Getúlio Dorneles Vargas

d).Emílio Garrastazu Médici

36. Relacione:

1.Criação do Estado de Rondônia

2.Criação do Território Federal do Guaporé

3.Criação do Território Federal de Rondônia

( ) Getúlio Dornelles Vargas

( ) Juscelino Kubitschek de Oliveira.

( ) João Batista de Oliveira Figueiredo

a) 2, 1, 3

b) 3, 2, 1

c) 2, 3, 1

d) 3, 1, 2

37. Ocasionou o movimento migratório com destino à Rondônia:

a).“Amazônia – Integrar Para Não Entregar”.

b).“Marcha para o Oeste”.

c).“Rondônia um novo eldorado”.

d).Todas corretas

38.Mão-de-obra predominante na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré:

a).Italianos

b).Indígenas

c).Barbadianos

Page 29: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

d).Nordestinos

39. A cidade de Porto Velho foi elevada à categoria de Capital:

a).No 1º Ciclo da Borracha.

b).Com a criação do Território Federal do Guaporé, em 1943.

c).No 2º Ciclo da Borracha.

d).As letras “b” e “c” estão corretas.

40. deletada

41. Relacione:

1.Criação do Estado de Rondônia

2.Criação do Território Federal do Guaporé

3.Criação do Território Federal de Rondônia

( ) 17/02/1956

( ) 13/09/1943

( ) 22/12/1981

a) 3, 2, 1

b) 2, 3, 1

c) 3, 1, 2

d) 2, 1, 3

42.O território do Acre, que pertencia à Bolívia, foi anexado ao Brasil, em virtude do:

a).Primeiro Ciclo da Borracha

b).Segundo Ciclo da Borracha

c).Ciclo do Ouro

d).Ciclo da Cassiterita

43.Com o surgimento dos seringais no continente asiático, principalmente na Malásia, que foram plantados com

mudas de seringueiras originárias e contrabandeadas do Brasil pelos ingleses, ocorreram as seguintes conseqüências:

Page 30: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a).A desvalorização do preço do látex no mercado internacional, ocasionando o abandono dos seringais em todos os

vales amazônicos.

b).A decadência do primeiro ciclo da borracha, provocando graves problemas sociais na região Amazônica, com o

desemprego e miséria de milhares de seringueiros.

c).A decadência do segundo ciclo da borracha, provocando a miséria dos seringueiros.

d).A decadência dos comerciantes ingleses, que passaram a explorar apenas o comércio das drogas do sertão.

e).As letras “a” e “b” corretas.

44.São causas determinantes da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, EXCETO:

a). Guerra do Paraguai, que impediu a navegação pela Bacia do Prata.

b).o escoamento da produção de borracha da Bolívia até o Oceano Pacífico.

c).a necessidade de vencer a parte inavegável (trecho encachoeirado) do Rio Madeira.

d).o Tratado de Madri.

45. Contribuíram para a decadência da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré no século XX, exceto:

a).O fim da 2ª Guerra Mundial, que fez diminuir sensivelmente a demanda internacional da borracha.

b).A crise da bolsa de valores em Nova York em 1929.

c).A construção da BR-364 e da Br-425.

d).Os constantes ataques indígenas à ferrovia.

46. A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi desativada em:

a).05/05/1981

b).10/07/1972

c).26/05/1979

d).23/01/1982

47.Assinale a alternativa correta:

a).O Real Forte Príncipe da Beira teve sua construção iniciada em 20/06/1776, sendo concluído em 20/08/1783.

b).O Real Forte Príncipe da Beira teve início em 15/06/1771e terminou em 18/08/1772.

c).O Real Forte Príncipe da Beira teve início em 29/10/1776 e terminou em 20/06/1788.

d).N.R.A

48. O Real Forte Príncipe da Beira foi construído às margens do:

Page 31: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a).Rio Madeira

b).Rio Guaporé

c).Rio Mamoré

d).Rio Beni

49. O Segundo Ciclo da Borracha está relacionado com o:

a) Tratado de Ayacucho

b) Tratado de Santo Ildefonso

c) Tratado de Petrópolis

d) Tratado de Washington

50. Explorou o Rio Madeira, realizando demarcações onde hoje se encontra o atual Estado de Rondônia, cuja missão

foi denominada de “Grande Bandeira de Limites”:

a) Francisco de Melo Palheta.

b) Antônio Raposo de Tavares

c) Pedro Teixeira

d) Antônio Rolim de Moura

51. Promoveu o povoamento da região do atual Estado de Rondônia no século XVIII:

a) A descoberta de ouro, em 1744, pelos bandeirantes paulistas Antônio de Almeida Moraes e Tristão da Cunha Gago

no Rio Corumbiara, afluente da margem direita do rio Guaporé.

b) Primeiro Ciclo da Borracha.

c) Cana-de-açúcar.

d) O ciclo do cacau.

e) As letras “a” e “d” estão corretas.

52. O Real Forte Príncipe da Beira foi construído durante o governo do Capitão-General:

a) Antônio Rolim de Moura

b) Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres

c) João Pedro da Câmara

d) Luiz de Souza Coutinho

Page 32: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

53. A crise da borracha amazônica aliada à crise do capitalismo em 1929 atingiu diretamente o funcionamento da

EFMM. Dessa forma, os administradores ingleses iniciaram um processo de paralisação do seu funcionamento. Como

solução para impedir o caos social na região de Porto Velho, a empresa foi estatizada em 1931 pelo presidente:

a) Afonso Pena

b) Aluízio Ferreira

c) Getúlio Dornelles Vargas

d) Hermes da Fonseca

54. Sobre o Real Forte Príncipe da Beira é INCORRETO afirmar:

a) Foi construído entre 1776 e 1783, durante o governo de Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres,

obedecendo-se à planta traçada pelo engenheiro italiano Domingos Sambucetti;

b) destinava-se a consolidar a posse territorial portuguesa (contra espanhóis, ingleses e holandeses) e a garantir a

segurança da navegação pelo Guaporé;

c) manteve-se ativo durante todo o século XIX como importante destacamento militar do Império e da República

Velha com notável atuação na Guerra do Paraguai;

d) o Forte foi abandonado pelos militares no século XIX quando a região do Guaporé entrou em decadência.

55. É forma de apropriação compulsória do trabalho indígena, comum na América no período pré-colonial e colonial:

a).colonato e precarium

b).beneficium

c).encomienda

d).patrocinium

56. Sistema de recrutamento de trabalhadores indígenas bolivianos feitos por agentes contratadores:

a).toco

b).concertage

c).enganche

d).aviamento

57.Acerca do processo de ocupação e expropriação indígena na área do Beni, julgue os itens.

Page 33: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

I.Em 1831, durante o governo de Andrés de Santa Cruz foram restabelecidos os direitos às terras comunais dos

indígenas bolivianos do Altiplano. O mesmo direito não foi estendido às terras pertencentes aos indígenas das terras

baixas: Mojos, Yucararés e Chiquitos.

II.Os indígenas pagavam pesados tributos pela posse comunal de suas terras. Esse tributo chegou a representar 60%

da arrecadação do governo boliviano. Com a instalação do livre-cambismo (livre-comércio) e do direito de se explorar

e ocupar as terras indígenas esse imposto foi abolido na década de 1880.

III. Em 1877, como processo de resistência ao colonizador, um líder messiânico, Andrés Guayocho, prega entre os

indígenas a existência de uma terra de liberdade e abundância, longo do domínio do colonizador. Sua pregação tem

larga aceitação e a população indígena passa a abandonar as fazendas e mesmo a capital do Beni, Trinidad, dirigindo-

se para o povoado de San Lorenzo. Apesar de pacífico, o ato de revolta indígena foi respondido com violência. As

autoridades de Trinidad, preocupadas com o êxodo da mão-de-obra, enviaram uma expedição para reprimir o

movimento e fazer os indígenas retornarem aos trabalhos nas fazendas.Apesar de alguns povoados terem sido

destruídos, o povoado de San Lorenzo conseguiu resistir, vivendo ali indígenas, livres da exploração do colonizador,

até a segundo metade do século XX.

IV.A obtenção de trabalhadores para o Alto Madeira ficava a cargo de agentes recrutadores. O processo de

recrutamento chamava-se enganche. O trabalhador recebia adiantamento das despesas de deslocamento e os gêneros

necessários ao início da produção.

a).Todas corretas

b).Todas incorretas

c).Apenas I, incorreta.

d).Apenas III, correta.

58. (TCE-RO) A região do atual Estado de Rondônia passou a integrar oficialmente a colônia portuguesa na América

somente em 1750, quando foi firmado o Tratado de Madri, cuja base para determinações acerca de territórios foi o

princípio uti possidetis, segundo o qual:

a).a aquisição dos territórios reivindicados só pode ser realizada através da compra.

b).as terras situadas às margens dos rios Guaporé e Mamoré passam a pertencer aos proprietários das minas de

Potosi.

c).os territórios anteriormente ocupados pelos espanhóis ficam protegidos por expedições marítimas e terrestres.

d).os territórios devem pertencer a quem realmente os ocupa.

e).todos os acidentes geográficos devem alterar sua denominação, se mudarem os proprietários dos respectivos

territórios.

59. O Real Forte do Príncipe da Beira foi construído para promover a ocupação da região da Amazônia e proteger o

território contra ingleses e espanhóis. A ocupação legal da região decorreu da assinatura do:

Page 34: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a).Tratado de Tordesilhas

b).Tratado de Madri e Santo Ildefonso

c).Tratado de Petrópolis

d).Tratado de Washington

60. O tratado de Petrópolis assinado entre o Brasil e a Bolívia, em 1903, ficou caracterizado pelo seguinte acordo:

a) a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré com a conseqüente posse do território do Acre pelo Brasil.

b) construção do Real Forte Príncipe da Beira.

c). a construção da linha telegráfica interligando o Brasil com a Bolívia.

d).a construção da Br-Transamazônica.

61. Promoveu o povoamento da região do atual estado de Rondônia, EXCETO:

a) A descoberta de ouro no rio Corumbiara em meados do século XVIII;

b) A construção do Real Forte Príncipe da Beira no período 1776-1783;

c) A fundação da Aldeia de Santo Antônio em 1723;

d) Projetos de colonização implantados pelo INCRA na década de 70, após a abertura da estrada Br-364;

e).O cultivo da cana-de-açúcar no século XVIII.

62. Após o término do Segundo Ciclo da Borracha:

a) A região não se despovoou como no Primeiro Ciclo, mantendo-se alguns seringais ainda ativos e prosseguindo no

extrativismo da castanha e de algumas outras essências para atender o mercado europeu.

b) Para evitar-se o caos social, foram criadas colônias agrícolas denominadas IATA, para onde foi parte dos ex-

soldados da borracha que haviam abandonado os seringais.

c) O governo implantou a indústria moveleira para gerar empregos aos ex-soldados da borracha.

d) O governo incentivou a piscicultura para ocupar a mão-de-obra ociosa – os ex-soldados da borracha.

e) Apenas as letras “a” e “b” estão corretas.

63. Não é considerado fator que inviabilizou a construção da EFMM pela empreiteira P&T Collins:

a) o bloqueio do dinheiro destinado às obras pelos tribunais londrinos;

b) a ruptura de relações entre Brasil e Bolívia devido à questão do Acre;

c) a insalubridade regional;

d) os ataques de indígenas, a fome e o desabastecimento;

Page 35: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

e) o desconhecimento das condições naturais e da topografia regional pelos empreiteiros.

64. Foi fator alegado pela empreiteira inglesa Public Works para retirar-se das obras da EFMM em Santo Antônio do

Madeira:

a) o ataque dos indígenas Karipunas ao acampamento em Santo Antônio;

b) a insalubridade ambiental;

c) a crise no comércio internacional da borracha;

d) a ausência de mão-de-obra disponível;

e) os conflitos regionais entre Brasil e Bolívia devido à questão do Acre.

65. Em 1907, foram reiniciados os trabalhos para a construção da EFMM, no governo de Afonso Pena. A conclusão

dos trabalhos ocorreu em 1912, durante o governo de:

a) Hermes da Fonseca

b) Campos Sales

c) Aluízio Ferreira

d) Getúlio Vargas

66.No ciclo econômico da Borracha, construiu-se uma grande obra próxima às margens do Rio Madeira, denominada:

a).Forte Príncipe da Beira

b).Construção da linha telegráfica

c).Construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré

d).Abertura da BR-29, hoje BR-364

67. De acordo com as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.

I – O primeiro governador do Território Federal do Guaporé foi Aluízio Pinheiro Ferreira, nomeado pelo presidente

Getúlio Dorneles Vargas.

II – O primeiro governador do Território Federal de Rondônia foi Jaime Araújo dos Santos, nomeado pelo presidente

Juscelino Kubitschek de Oliveira.

III – O último governador do Território Federal de Rondônia e primeiro governador do Estado de Rondônia foi Jorge

Teixeira de Oliveira.

IV – O último governador do Estado de Rondônia nomeado foi Ângelo Angelim, nomeado à época pelo presidente

João Batista de Oliveira Figueiredo.

Page 36: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a).todas corretas

b).todas incorretas

c).apenas II e III corretas

d).II, III e IV incorretas

68.São projetos agrários surgidos em Rondônia na década de 1970:

a) Projeto Jari e Projeto Carajás;

b) Projeto Ouro Preto e Projeto Burareiro;

c) Projeto Trombetas e Projeto Rondonópolis;

d) Projeto Balbina e Projeto Jacy-Paraná.

Page 37: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

GABARITOS

HISTÓRIA

1 – C 10 – A 19 – D 28 - A 37 – D 46 – B 55 – C 64 –B

2 – A 11 – B 20 – A 29 – A 38 – C 47 – A 56 – C 65 – A

3 – C 12 – B 21 – A 30 – A 39 – D 48 – B 57 – A 66 – C

4 – C 13 – A 22 – C 31 – B 40 – D 49 – D 58 – D 67 – A

5 – D 14 – A 23 – D 32 – B 41 – A 50 – B 59 – B 68 – B

6 – D 15 – D 24 – E 33 – D 42 – A 51 – E 60 – A

7 – B 16 – D 25 – A 34 – B 43 – E 52 – B 61 – E

8 – D 17 – C 26 – A 35 – D 44 – D 53 – C 62 – E

9 – A 18 – C 27 – D 36 – C 45 – D 54 – C 63 – B

GEOGRAFIA DE RONDÕNIA

Capítulo 1

Aspectos físicos e geográficos

1.1 Criação do Estado de Rondônia

1.2 Área, limites e pontos extremos

LOCALIZAÇÃO: Rondônia fica no oeste da região Norte. FRONTEIRAS: Norte = Amazonas; Sul = Bolívia; Leste =

Mato Grosso; Sul e Oeste = Bolívia; Oeste = Acre. ÁREA (km²): 238.512,8

Em 22 de dezembro de 1981 é criado Estado de Rondônia, e em 04 de Janeiro de 1982, O Estado é instalado, tendo

como seu 1º governador o Cel. Jorge Teixeira.

Capítulo 2

Aspectos Geomorfológicos

2.1 Relevo, vegetação, clima e hidrografia

Page 38: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

O relevo Constitui-se por planícies e planaltos baixos, com altitude variável entre 90 e 1000m. Distribuindo-se o

relevo em percentuais, a maior porção do estado, 94% está situada entre 100 e 600m, o restante, 6% corresponde às

áreas entre 600 e 1000 metros de altitude podendo ultrapassar um pouco.

Planície Amazônica

Situa-se desde o extremo norte do Amazonas com prolongamento nas direções sul e sudeste onde surgem sinais da

Chapada dos Parecis e da Encosta Setentrional, abrangendo a maior parte do estado; seus limites não podem ser

definidos com precisão, pois, aspectos do relevo local dificultam a determinação. Caracteriza-se por apresentar

superfície aplainada, típica de floresta. Este aplainamento ocorreu em virtude das variações climáticas ocorridas no

período quaternário, quando climas secos e úmidos sucederam-se provocando o compartimento da superfície do solo.

As altitudes nesta unidade variam de 90 a 200 metros acima do nível do mar.

Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro

Remanescentes do período pré-cambriano compõem esta paisagem. Áreas aplainadas que sofreram rebaixamento

devido as diversas fases erosivas, acabaram por dividir-se formando patamares de várias altitudes, algumas com 100 e

outras com mais de 500 metros. Os resquícios destas erosões sofridas originaram cristas esparsas, colinas, algumas

com topo plaino e outras com inselbergs (montanhas de ilha), pontões e morros isolados também estão presentes.

Chapada dos Parecis e Paacás Novos

Desenvolve-se no sentido noroeste-sudeste fazendo parte do Maciço Central Brasileiro (planalto mato-grossense); as

altitudes da região atingem entre 300 e 1.000 metros, podendo ultrapassar, como por exemplo, o Pico Tracuá com

1.126 m. de altura - ponto culminante. A origem desta chapada é um depósito antigo, soerguido e entalhado pela

erosão formando diaclasamento e falhamentos. Vale do Guaporé-Mamoré Trata-se de uma estreita faixa, baixa onde

as altitudes giram em torno dos 100-200 metros acima do nível do mar. Seus limites naturais são as encostas da

Chapada dos Parecis e a margem do rio Guaporé, estendendo-se até o território boliviano, onde se iniciam as

Cordilheiras dos Andes. Hidrografia Três bacias principais e uma secundária formam a rede hidrográfica de

Rondônia.

Bacia do Rio Madeira

Tem como principal rio, o Madeira, importante afluente do rio Amazonas (margem direita) juntamente com seus

afluentes. O Madeira forma-se a partir do encontro dos rios Beni e Mamoré. Seguindo no sentido sudoeste-norte, o rio

Madeira percorre dentro do território de Rondônia 3.240km aproximadamente. Quanto a sua largura e profundidade,

apresenta uma variação de 440 a 9.900 metros e pode ultrapassar 13 metros de profundidade. Por apresentar uma

profundidade considerável, esta bacia permite a navegação (7km), inclusive de navios de grande calado. Afluentes do

Page 39: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

rio Madeira em território rondoniense. Margem direita: rio Ribeirão, Igarapé das Araras, rio Castanho, rio Mutum-

Paraná, Igarapé Cirilo, rio Jaci-Paraná, rio Caracol, rio Jamari, Igarapé Mururé e rio Ji-Paraná. Margem esquerda: rio

Albuná, rio Ferreiros, Igarapé São Simão, rio São Lourenço, rio Caripunas, Igarapé Maparaná, Igarapé Cuniã e rio

Aponiã. Bacia dos Rios Guaporé e Mamoré Rio Guaporé: nasce a 1.800m de altitude na Chapada do Parecis (MT)

percorrendo ao todo 1.716km, deste total 1.500km são navegáveis. Já em território rondoniense, encontra-se com o rio

Mamoré. Profundidade - variável de 2 a 10 metros; largura - varia de 150 a 712 metros aproximadamente. Rio

Mamoré: nasce na Cordilheira Real dos Andes (Bolívia) chamando-se Grande La Plata. Seu curso tem uma extensão

de 1.100km. Juntos os rios Guaporé e Mamoré formam a divisa natural entre Rondônia e Bolívia, seus afluentes na

margem direita os rios Cabixi, Escondido, Mequéns, Massaco, Baía Rica ou São Simão, Branco, Bacabalzinho, São

Miguel, Cautarinho, Igarapé do Coca, Sotério, Igarapé Grande, Paacás Novos, Bananeiras e da Laje.

Bacia do Rio Ji-Paraná

Sua nascente está localizada na Chapada dos Parecis, atravessando Rondônia no sentido sudeste-norte sendo este o

rio mais extenso do estado. Torna-se calmo e navegável na planície amazônica num percurso de 800km. Afluentes da

margem esquerda: Igarapé Marreta, Igarapé Luiz de Albuquerque, Igarapé Jassuarana, rio São Pedro, rio Rolim de

Moura ou Antonio João, rio Muqui ou Ricardo Franco, Igarapé Primavera, Igarapé Bandeira Preta, rio Urupá, Igarapé

Nazaré, rio Boa Vista, Igarapé Toledo ou Jacaré, rio Juruá e rio Preto/Jacundá. Afluentes da margem direita:

Riozinho, Igarapé Pirara, Igarapé Grande, Igarapé Leitão, Ribeirão Riachuelo, Igarapé da Prainha, Igarapé Lourdes,

Igarapé Jatuarana, Igarapé Água Azul, Igarapé Cajueiro, Igarapé Tarumã, Rio São João, Igarapé Traíra e Igarapé São

Rafael. Bacia do Rio Rooselvet É a única bacia secundária do estado, sendo que, somente uma pequena parte está

localizada em Rondônia. Percorre os estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas, seu curso total apresenta uma

extensão de cerca de 1.409km. Margem direita: Igarapé Três Buritis, Córrego da República, rio Buritiram, rio Água

Branca e rio Capitão Cardoso. Margem esquerda: Ribeirão Taunay e rio Kent ERASMO

Vegetação

Nas partes mais altas há extensas áreas de cerrado e nos vales e encostas, predominam formações florestais

tipicamente amazônicas. Ocorrem, ainda, grandes áreas de transição entre o cerrado e a floresta. Domina a Floresta

Ombrófila Aberta Submontana (46%), apresentando ainda: Vegetação de Contato Savana/Floresta Ombrófila

(18,3%), Savana Arborizada (8,8%), Savana Densa (8,05%), Savana Parque (7,8%), Floresta Ombrófila Densa

Submontana (6%), Savan Gramínea-Lenhosa (1,6%), e outras.

Clima

Predomina no Estado de Rondônia o clima Equatorial, quente e úmido, com temperatura anual média é superior a

25ºC. Chuvas no período de inverno amazônico, de dezembro a março e seca de junho a agosto. Todavia, na parte

central do Estado e no Cone-Sul já se nota a afirmação do Clima Tropical.

Page 40: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Capítulo 3

Organização Política e Administrativa

Capítulo 4

Aspectos demográficos

A população de rondônia alcança 1.241.276 pessoas.

As tentativas de conquista e colonização do atual espaço limitado pelo Estado de Rondônia, remonta ao século XVII,

quando os padres jesuítas nela se instalaram para obra de catequese. Porém, a posse, o desbravamento e o

povoamento, só foram realizados com a exploração da borracha em conseqüência da valorização dessa matéria prima

no mercado internacional e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré para o transporte de sua produção, realizada em

cumprimento do artigo VII do tratado de Petrópolis, firmado entre as Repúblicas do Brasil e da Bolívia em 11 de

novembro de 1903. Foram os fatores que atraíram para a região, contínua corrente migratória de indivíduos oriundos

de todos os quadrantes do Brasil e do Mundo. Assim uma região que era densa floresta, tendo apenas uma pequena

povoação Santo Antônio do Alto Madeira, a partir de 1907, no início da construção da ferrovia, a 1909, houve um

rápido crescimento populacional, neste ano já registrava-se uma população de 3.700 habitantes constituídas em sua

maioria por homens. Apesar das endemias disseminarem a morte e inutilizarem os homens, a população crescia em

elevados índices, em 1911 atingia 25.000 habitantes e em 1915 ao ser concluída a ferrovia, passava 40.000 habitantes

predominando quase que absolutamente pelo elemento masculino. A atividade econômica de mais expressivo relevo

dessa população era o extrativismo vegetal, a borracha principalmente, e as atividades paralelas diretas ou

indiretamente por elas geradas, tanto do setor primário como do secundário e do terciário, destacando-se as deste

último.

Essa população espalhava-se rarefeitamente no imenso espaço geográfico, ao longo da ferrovia, as margens dos rios

Madeira, Ji-Paraná, Jamari, Abunã e seus afluentes, havendo apenas dois núcleos humanos mais expressivos, Porto

Velho e Guajará-Mirim.

A desvalorização da borracha no mercado internacional deteve esse processo demográfico ao acarretar incalculáveis

prejuízos financeiros, levando a ferrovia Madeira-Mamoré e as empresas do seu complexo à falência, provocando a

emigração em massa da população do Alto Madeira.

A população só se estabilizou e novamente começou a crescer, com o advento do segundo ciclo econômico da

exploração da borracha, em decorrência de sua alta de preço e constante procura dessa matéria prima pelas potências

industrializadas do ocidente, no período da segunda Guerra Mundial e após a região ter constituído o território Federal

do Guaporé (em 1943), atual Estado de Rondônia.

Segundo o resultado de recenseamento de junho de 1950, a população do então Território Federal do Guaporé era de

36.935 habitantes observando-se o crescimento demográfico nestes últimos quarenta anos, verifica-se um crescente

Page 41: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

incremento populacional, os censos de 1960, 1970, 1980 e 1991 registraram 70.232, 111.064, 503.070 e 1.130.874

habitantes, respectivamente.

População estimada em 1994, 1.190.739 habitantes. O colégio eleitoral atingiu mais de 600.000 habitantes.

Estrutura Etária da População

O elevado índice de crescimento demográfico é decorrente do incremento vegetativo e do grande fluxo de imigração,

cabendo a este, importante destaque no aumento populacional de Rondônia.

A construção da rodovia BR 364 (Brasília/Acre) e a implantação dos projetos de colonização do INCRA constituíram-

se em fatores favoráveis, de atração de correntes imigratórias do Centro Sul e Sudeste do país. No período de 1960/70,

o número de imigrantes atingiu 51.557 pessoas, no período de 1971/76, de acordo com a fiscalização do INCRA em

Vilhena e dados da SUCAM, localizaram-se nos então povoados de Espigão o Oeste, Pimenta Bueno, Cacoal,

Vilhena, Presidente Médici e Ariquemes ao longo da BR 364, aproximadamente 40.000 pessoas (37.924 registradas

no Posto de Vilhena), apresentando esses povoados um crescimento relativo superior a 500% em 6 (seis) anos, dos

imigrados 48,83% são provenientes do Estado de Mato Grosso; 36,1% do Paraná; 16,05% do Espírito Santo e os

14,08 restantes de outros estados. No período de 1977/82, o número de imigrantes chegados ao Estado, foi de 220.064

pessoas, e no primeiro semestre de 1983 atingiu 23.240 migrantes. Nesse período 1977/83 entre os imigrantes, houve

a predominância de elementos oriundos do Estado do Paraná, 23% do total geral, seguido dos Estados do Mato

Grosso 15% e Minas Gerais 10,6%. Os locais de preferência dos imigrantes para se localizarem, foram Cacoal,

20,06%; Porto Velho 14,8%; Ji-Paraná 14,4% e Pimenta Bueno 10,09% das preferências respectivamente. Na década

de noventa, o fluxo migratório decresceu. Atualmente o Estado de Rondônia vem sofrendo uma emigração provocada

pela crise econômica atual.

Distribuição Espacial da População

O Estado de Rondônia com sua área geográfica de 238.512,80 Km2, tem uma densidade demográfica de 4,7

habitantes por Km2, relativa a uma população de 1.130.847 habitantes no censo de 1991.

A distribuição da população até a década de setenta, apresentava-se linear localizando-se ao longo dos rios e dos eixos

rodoviários. Situação que passou a se modificar com a implantação das empresas de exploração de minérios, de

colonização agropecuário e madeireiras em expansão afastando-se das margens dos rios e do eixo da rodovia BR 364,

na direção do planalto interior, do vale do Guaporé e do Roosevelt, fazendo surgir no período de 1970/90 núcleos

populacionais que transformaram em cidades de pequeno e médio porte, tais como: Espigão do Oeste, colorado do

Oeste, Cerejeiras, Alta Floresta do Oeste, Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, São Miguel do Guaporé, Urupá,

Alvorada do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste e vários outros núcleos.

Page 42: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Os maiores núcleos populacionais apareceram em torno dos mais expressivos núcleos urbanos como Porto Velho, Ji-

Paraná, Cacoal, Ariquemes, Rolim de Moura, Vilhena e Guajará-Mirim. Os menores adensamentos constituindo-se

em áreas de populações rarefeitas são dos rios Abunã, Guaporé, Mamoré, baixo Ji-Paraná, a porção norte do Estado

entre o rio Madeira e os limites do o Estado do Amazonas.

As etapas e os processos de povoamento ocorridos no espaço geográfico, atualmente limitado pelo estado de

Rondônia, são responsáveis pelas características e formas de distribuição da população urbana e rural.

O censo demográfico de 1960 registrou os seguintes percentuais: 56,40% população urbana e 43,60% rural; o de

1970, população urbana 53,64% e a rural 46,36%; o de 1980, população urbana 46,37% e a rural 53,63%; e o de 1991

população urbana 58,21% e a rural 41,79%.

Conforme o censo de 1970, a população migrada, era composta de 34,33% de paraenses, 13,50% de amazonenses e

12% de nordestinos predominando cearenses e paraibanos e 40,17% dos demais estados da região sudeste, sul e

centro-oeste.

No decorrer da década de setenta, houve uma mudança das áreas de divergências do fluxo migratório para Rondônia,

as regiões Norte Nordeste para as regiões Centro-Sudeste-Sul, em conseqüência do processo de captação do Estado

pelos grandes Centros Econômicos do Sudeste e do Sul do País.

Capítulo 5

Aspectos geopolíticos, econômicos e sociais

Rondônia é 3º Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o 15º em extensão

territorial e o 23º em termos populacionais. A produção extrativista vegetal do Estado para o período de 1995 a 2001

está representada por oito produtos: madeira em tora, lenha, borracha, castanha do Pará, carvão vegetal, açaí (fruto),

palmito e copaíba.Merece destaque a queda da produção de madeira em tora e borracha. É possível que a redução na

produção de madeira tenha como explicações a redução da oferta de espécies florestais de alto valor econômico, como

mogno, cerejeira, cedro, dente outras, e a extração ilegal, cuja produção não é registrada. Tanto a madeira quanto a

borracha são declinantes, sendo o ano de 1995 o ponto mais alto da produção do período. A produção de castanha-do-

pará é crescente, a de lenha e carvão tendem à estabilização. As perspectivas para o extrativismo não-madeireiro

demonstram possibilidades econômicas limitadas, sendo a borracha e a castanha os dois produtos de maior

importância. Quanto à produção de borracha natural, mesmo com os incentivos dados pelo planafloro e por entidades

não-governamentais a produção é pouco expressiva, não obstante a sua importância ambiental e cultural.

Indústria

Page 43: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Embora ainda pequeno, o setor industrial vem evoluindo de forma crescente em função do aumento da demanda dos

mercados de outras regiões por matérias-primas locais. Nos últimos anos verificou-se certa diversificação das

atividades do setor e ampliação do nível de beneficiamento e transformação das matérias-primas agropecuárias do

Estado. A maior parte das empresas atua nos segmentos madeireiro (27,6%); de produtos alimentícios (23,4%); de

construção civil (12,3%); de produtos metalúrgicos (7,3%); de movelaria (6,9%); e de confecções (4,2%). Cada um

desses segmentos congrega mais de 100 indústrias, empregando mais de 60 mil trabalhadores. Tais indústrias

representam, ao todo, cerca de 82% do total de empresas existentes no Estado. A indústria moveleira vem sofrendo

redução no nível de suas atividades nos últimos anos, em conseqüência de pressões nacionais e internacionais pela

preservação do ecossistema da Amazônia.

Na agricultura destacam-se a produção de mandioca, milho, arroz, café e cacau. Existem ainda um extenso rebanho

bovino no Estado, além de suínos, galináceos, eqüinos e caprinos.

Capítulo 6

Meio-ambiente

A questão ambiental adquiriu, em Rondônia, um elevado nível de consciência crítica provocada em parte como

resultante da rápida expansão das atividades agropecuárias durante os primeiros anos de implantação dos Projetos de

Colonização do INCRA que fatalmente implicavam em derrubadas e queimadas para o preparo das áreas de plantio, o

que chamou a atenção da opinião pública nacional e mundial. Estas se encontravam num período de especial

efervescência sobre o tema, quando inúmeras organizações especialmente dos países desenvolvidos, começavam a

chamar a atenção para o problema da ocupação da Amazônia e suas conseqüências para o equilíbrio ecológico

mundial.

A elevação do antigo Território Federal de Rondônia a categoria de Estado, em 22 de dezembro de 1981, se deu em

meio a um clima de enorme agitação a respeito dos problemas ambientais que a conquista destes novos territórios

poderiam vir a representar para o país e para o mundo, caso não houvesse uma preocupação maior das autoridades,

tanto federais quanto estaduais, para com o assunto.

Ainda que os naturais de Rondônia bem como seus novos ocupantes pudessem entender tais manifestações como

derivadas do sentimento de culpa daqueles países ou estados que já haviam destruído, total ou parcial as suas florestas

nativas, houve suficiente consciência local como para que se assumissem determinados postulados ambientais, a

ponto da primeira Constituição Estadual, por exemplo, promulgada em 1982, trazer toda uma Seção sobre o tema e da

Legislação Complementar sobre Meio Ambiente, votada a partir daquela data, ser considerada uma das melhores do

país.

Page 44: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Contudo, persistiu o fato de que o desmatamento, necessário a ocupação primária do Estado, foi algo concreto e

mensurável, ainda que não tenha chegado aos níveis catastróficos que lhe imputaram. E além disto, o Polonoroeste,

programa de desenvolvimento regional aplicado no Estado, com recursos do Banco Mundial e da União, não

contemplava ações ambientais. Estes fatos deram origem, como medida corretiva anos mais tarde, ao Planafloro.

Desmatamento

Sendo Rondônia um Estado muito novo, e ainda em formação, a ação antrópica se manifesta muito mais pela

intervenção na floresta do que através de fatores industriais ou de concentração urbana. O desmatamento, portanto, é,

dos aspectos ambientais, o mais importante.

Os projetos de colonização e o asfaltamento da BR-364 foram determinantes no processo de desmatamento do Estado,

tanto assim que os índices registrados na década de 70, situavam-se próximo de zero, não tendo, portanto, maiores

significados.

Impactos Sobre o Ecossistema - Floresta Amazônica

Garimpo de Ouro - Assoreamento, erosão e poluição dos cursos d'água; problemas sociais; degradação da paisagem e

da vida aquática, contaminação por mercúrio com conseqüências sobre a pesca e a população.

Mineração Industrial: ferro, manganês, cassiterita, cobre, bauxita, etc. - degradação da paisagem; poluição e

assoreamento dos cursos d'água; esterilização de grandes áreas e impactos sócio-econômicos.

Grandes Projetos Agropecuários - Incêndios; destruição da fauna e da flora; erosão, assoreamento e contaminação dos

cursos d'água por agrotóxicos; destruição de reservas extrativistas.

Grandes Usinas Hidroelétricas - Impacto cultural e sócio-econômico (povos indígenas) e sobre a fauna e a flora;

inundação de áreas florestais, agrícolas, vilas, etc.

Construção das Rodovias - Destruição das culturas indígenas; propagação do garimpo e de doenças endêmicas;

grandes projetos agropecuários; explosão demográfica.

Caça e Pesca Predatórias - Extinção de mamíferos aquáticos; diminuição de populações de quelônios, peixes e

animais de valor econômico-ecológico.

Indústrias de alumínio - Poluição atmosférica e marinha; impactos indiretos pela enorme demanda de energia elétrica.

Crescimento Populacional - Problemas sociais graves; ocupação desordenada e vertiginosa do solo (migração interna)

com sérias conseqüências sobre os recursos naturais.

O Planafloro

Page 45: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

O Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia - Planafloro teve sua origem a partir da identificação dos problemas

advindos do intenso processo de migração por que passou o Estado, sobretudo na década de 80. O projeto teve seu

contrato de empréstimo assinado em 19 de setembro de 1992, entre o Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento - BIRD, e a República Federativa do Brasil, para execução pelo Estado de Rondônia.

O principal objetivo do Planafloro consiste na implementação de ações que propiciem o aproveitamento racional dos

recursos naturais, de forma a favorecer o desenvolvimento sustentável de Rondônia.

Detalhamento Sintético do Planafloro

O Planafloro é um plano de grande abrangência, estruturado em quatro grandes componentes e quinze sub-

componentes, os quais norteiam todo o planejamento das ações demandadas. Está fundamentado no zoneamento

sócio-econômico-ecológico, ainda em sua primeira aproximação, o qual definiu a racionalização da ocupação do

espaço territorial do Estado, possibilitando a melhor utilização dos seus recursos naturais em consonância com a

fertilidade dos solos, e demais fatores de ordem ecológica e sócio-econômica.

O Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico

Zona 1 – A colonização compreende principalmente o eixo da BR-364, onde se concentram os projetos de

colonização. É constituída por uma combinação dos melhores solos do Estado e área de moderada fertilidade os quais

suportam algumas formas de cultivo sustentável, através de consórcios agroflorestais. Área: 6.195.00 hectares.

Zona 2 - Constituída por áreas de solos com fertilidade moderada e baixa tal qual algumas comunidades têm-se

desenvolvido, sem o apoio da colonização oficial, com predominância da atividade pecuária e ocorrência de floresta

primária e secundária. Área: 3.015.00 hectares.

Zona 3 - Localizada no eixo dos rios Madeira-Machado e Mamoré-Guaporé, onde populações tradicionais praticam

agricultura de várzea, atividade de pesca artesanal e extração florestal não madeireira. Área: 579.000 hectares.

Zona 4 - Indicada para o desenvolvimento da atividade de extrativismo vegetal não madeireiro, com predominância

de seringais nativos, associados ou não a castanha e outras essências florestais. Composta de ambientes frágeis, onde

o aproveitamento econômico não deve usar alteração dos ecossistemas. Área: 3.500.000 hectares.

Zona 5 - Composta por ecossistemas ligeiramente frágeis, caracterizados por florestas ombrófila densa e aberta, com

expressivo potencial madeireiro, indicado para o aproveitamento de espécies madeiráveis em escala comercial. Área:

3.601.000 hectares.

Page 46: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Zona 6 - zona de ecossistema frágeis, únicos ou característicos, que necessita de manejo ambiental adequado, a fim de

garantir a manutenção da cobertura vegetal e o equilíbrio ecológico. Estão incluídas nesta Zona as Áreas Indígenas em

situação especial. Área: 7.404.000 hectares.

Os dados relativos às diferentes Zonas, foram obtidos através da 1ª aproximação do zoneamento sócio-econômico-

ecológico, devendo sofrer alterações quando da 2ª aproximação, e diferem dos dados fornecidos pelo INCRA,

relatados anteriormente.

O zoneamento sócio-econômico-ecológico foi legalmente instituído pelo Estado de Rondônia, através do Decreto nº

3.782 de 14 de junho de 1988 e, posteriormente convertido em Lei Complementar nº 52 de 20 de dezembro de 1991.

Capítulo 8

Setor mineral em Rondônia

O Estado de Rondônia tem vocação natural para a mineração, já largamente comprovada pela produção de cassiterita

nos últimos 25 anos, seja por empresas de mineração ou por garimpos manuais, anterior a 1971, ou garimpos

mecanizados, em Bom Futuro, posterior a 1988. Some-se a produção de ouro, de calcário, água mineral, topázio,

columbita, materiais de emprego imediato para a indústria de construção civil (brita, cascalho, areia, argila), etc.

Esse potencial mineral além do impacto econômico gerado, criando milhares de empregos e circulando riquezas, foi o

responsável pela formação de um grande contingente de mão-de-obra especializada - mecânicos, eletricistas,

operadores de máquinas, funções administrativas, entre outras - que permitiram, em muito, alavancar o

desenvolvimento do Estado nas últimas duas décadas.

Cassiterita - A cassiterita é o principal mineral extraído pelas empresas de mineração estabelecidas em Rondônia. Esta

atividade econômica projetou o Estado como o principal produtor de cassiterita do Brasil, hoje esta posição é ocupada

pelo Estado do Amazonas.

Ouro - O ouro é o principal mineral garimpado em todo o país, e Rondônia não foge a regra. De longa data tem-se

notícias de garimpos de ouro em Rondônia. A atividade garimpeira desenvolve-se, principalmente, no rio Madeira,

por intermédio de balsas e dragas, e nas laterais do rio, com tratores de esteira e bombas de pressão que produzem

fortes jatos d'água.

A atividade garimpeira no rio Madeira foi iniciada por volta de 1978. O Ministério de Minas e Energia, com a

finalidade de regularizar e ordenar o garimpo, criou a Reserva Garimpeira do rio Madeira, pelas Portarias Ministeriais

nº 1345, em 1979 e a nº 1034 em 1980, ocupando uma área aproximada de 192 km2, compreendendo o trecho entre as

cachoeiras do Paredão e Teotônio.

Page 47: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Calcário - Existe somente uma mina de calcário em Rondônia, viabilizada pela CPRM e transferida para a Companhia

de Mineração de Rondônia, localizada em Pimenta Bueno. Esta produz calcário dolomítico para uso como corretivo

de solos agrícolas e, em menor escala, é utilizado como pedra ornamental (para uso em fachadas de residências e

calçamentos).

Transporte Intermodal

Numa iniciativa do grupo André Maggi, com apoio do governo do Estado, Porto Velho dispõe de um porto graneleiro.

Desta forma, o grupo Maggi, que produz soja na região do Sapezal, na Chapada dos Parecis, no Mato Grosso, inverte

o fluxo de escoamento de sua produção para exportação, devido aos altos custos de transporte entre a zona produtora e

os portos de Paranaguá e Santos, distantes 2.500 km.

De Porto Velho a produção segue para o município Amazonense de Itacoatiara, onde será embarcada em navios

oceânicos, seguindo para a Europa.

Este projeto é importante para Rondônia por estimular o plantio da soja na região Sul do Estado, e agora passa a ser

viável devido à redução do frete de transporte e a certeza de um mercado consumidor ávido por grãos.

Rondônia também ganha com o tráfego de caminhões da safra, quando o comércio e os prestadores de serviços serão

beneficiados com a manutenção dos veículos autopeças e, etc.

Capítulo 9

Transporte intermodal

Numa iniciativa do grupo André Maggi, com apoio do governo do Estado, Porto Velho dispõe de um porto graneleiro.

Desta forma, o grupo Maggi, que produz soja na região do Sapezal, na Chapada dos Parecis, no Mato Grosso, inverte

o fluxo de escoamento de sua produção para exportação, devido aos altos custos de transporte entre a zona produtora e

os portos de Paranaguá e Santos, distantes 2.500 km.

De Porto Velho a produção segue para o município Amazonense de Itacoatiara, onde será embarcada em navios

oceânicos, seguindo para a Europa.

Este projeto é importante para Rondônia por estimular o plantio da soja na região Sul do Estado, e agora passa a ser

viável devido à redução do frete de transporte e a certeza de um mercado consumidor ávido por grãos.

Page 48: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Rondônia também ganha com o tráfego de caminhões da safra, quando o comércio e os prestadores de serviços serão

beneficiados com a manutenção dos veículos autopeças e, etc.

LEI COMPLEMENTAR N.º 233, de 06 de junho de 2.000

Dispõe sobre o Zoneamento Socioeconômico - Ecológico do Estado de Rondônia - ZSEE e dá outras providências.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o Zoneamento Socioeconômico-

Ecológico de Rondônia - ZSEE, na forma que estabelece o parágrafo 2º, art. 6º, da Constituição Estadual, o qual

passará a reger-se pelas diretrizes estabelecidas nesta Lei Complementar.

Art. 2º - O Zoneamento Socioeconômico-Ecológico de Rondônia, doravante denominado ZSEE, constitui-se no

principal instrumento de planejamento da ocupação e controle de utilização dos recursos naturais do Estado.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS E DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO ZONEAMENTO

Art. 3º - O ZSEE tem por objetivo orientar a implementação de medidas e elevação do padrão socioeconômico das

populações, por meio de ações que levem em conta as potencialidades, as restrições de uso e a

proteção dos recursos naturais, permitindo que se realize o pleno desenvolvimento das funções sociais e do bem-estar

de todos, de forma sustentável.

Art. 4º - A implementação do ZSEE será realizada com base em Zonas e Subzonas definidas para efeito de

planejamento das ações a serem desenvolvidas pelos setores público e privado do Estado.

Art. 5º - As Zonas são definidas pelo grau de ocupação, vulnerabilidade ambiental e aptidão de uso, bem como pelas

Unidades de Conservação.

Art. 6º - Para implementação do ZSEE, ficam estabelecidas 03 (três) zonas de ordenamento territorial e

direcionamento de políticas públicas do Estado.

DAS ZONAS

Art. 7º - A Zona 1, composta de áreas de uso agropecuário, agroflorestal e florestal, abrange 120.310,48 km²,

equivalentes a 50,45% da área total do Estado.

§ 1º - As terras da Zona 1, utilizadas para diferentes fins, principalmente

agropecuário, possuem graus variáveis de ocupação e de vulnerabilidade ambiental, que caracterizam diferentes

subzonas.

Page 49: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

§ 2º - A Zona 1 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - como diretriz geral, deve ser estimulado o desenvolvimento das atividades primárias em áreas já desmatadas ou

habitadas, com práticas adequadas e manejo no uso dos recursos naturais, especialmente do solo, de forma a

maximizar os custos de oportunidade representados pelo valor da floresta;

II - estímulo ao manejo sustentado dos recursos florestais e, em particular, o reflorestamento e a recuperação de áreas

degradadas, de

preservação permanente e da reserva legal, incluindo o aproveitamento

alternativo da capoeira;

III - aplicação de políticas públicas compensatórias, visando à manutenção dos recursos florestais remanescentes,

evitando a sua conversão para sistemas agropecuários extensivos;

IV - condicionamento das diretrizes de uso das Subzonas para obras de

infra-estrutura, em particular com referência a estradas.

V – A titulo de reserva legal deve ser observado o mínimo de 80% (oitenta por cento) da propriedade rural.

“Acrescido pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

VI – Para fins de recomposição florestal da reserva legal deve-se averbar, observando o mínimo de 50% (cinqüenta

por cento) da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as Áreas de Preservação Permanente, os ecótonos, os sítios

ecossistemas especialmente protegidos, os locais de expressiva biodiversidade e os corredores ecológicos. “Acrescido

pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

VII - A Reserva Legal deverá, preferencialmente, situar-se em área contígua as áreas de preservação permanente.

“Acrescido pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

Art. 8º - A Zona 2 é composta de áreas de uso especial, abrangendo 34.834,42 km², equivalentes a 14,60 % da área

total do Estado, destinada à conservação dos recursos naturais, passíveis de uso sob manejo sustentável.

Art. 9º - A Zona 3 é composta de áreas institucionais, constituídas por aquelas protegidas de uso restrito e controlado,

previstas em lei e instituídas pela União, Estado e Municípios, abrangendo 83.367,90 km²,

equivalentes a 34,95 % da área total do Estado.

DAS SUBZONAS

Art. 10 - As Subzonas são caracterizadas pelo grau de ocupação, vulnerabilidade ambiental e aptidão de uso, definidas

dentro de suas respectivas zonas.

Art. 11 - Para implementação do ZSEE, ficam estabelecidas nove (09)

Subzonas de ordenamento territorial e direcionamento de políticas públicas do Estado.

Page 50: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

DAS SUBZONAS DA ZONA 1

Art. 12 - As Subzonas da Zona 1 são áreas utilizadas, principalmente, para exploração agropecuária, com grau

variável de ocupação, vulnerabilidade ambiental e aptidão de uso, a seguir definidas.

Art. 13 - A Subzona 1.1 composta de áreas que apresentam grande potencial social, abrange 61.417,35 km²,

equivalentes a 25,75 % da área total do Estado.

§ 1º - A Subzona 1.1 dispõe de infra-estrutura suficiente para o desenvolvimento das atividades agropecuárias,

sobretudo estradas de

acesso.

§ 2º - A Subzona 1.1 concentra as maiores densidades populacionais do Estado.

§ 3º - A Subzona 1.1 detém os assentamentos urbanos mais importantes.

§ 4º - A Subzona 1.1 apresenta aptidão agrícola predominantemente boa, com vulnerabilidade natural à erosão

predominantemente baixa, com custos de oportunidade de preservação excessivamente elevados.

§ 5º - A Subzona 1.1 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - “Revogado pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

II - nas áreas convertidas, é recomendado o incremento da produtividade agropecuária, baseado em técnicas agrícolas

mais modernas, inclusive a irrigação, com incentivos para agroindústrias, de forma a maximizar os custos de

oportunidade representados pelo valor da floresta.

§ 6º - Fica criado o Programa Estadual de Reflorestamento e Recuperação de Matas Ciliares para a Subzona 1.1, a ser

implementado pelo Poder Executivo a partir do exercício de 2001.

Art. 14 - A Subzona 1.2, composta de áreas com médio potencial social,

abrange 30.664,01 km², equivalentes a 12,86 % da área total do Estado.

§ 1º - Na Subzona 1.2 predomina a cobertura florestal natural, em processo acelerado de ocupação, com conversão da

floresta.

§ 2º - A aptidão agrícola da Subzona 1.2 é predominantemente regular e sua vulnerabilidade natural à erosão

predominantemente baixa a média.

§ 3º - A Subzona 1.2 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - “Revogado pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

II - desmatamentos incrementais condicionados às potencialidades, às fragilidades naturais e ao uso da terra

pretendido e, em especial, no contexto de programas de reforma agrária em processo de implementação;

Page 51: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

III - nas áreas convertidas, é recomendado o incremento da produtividade agropecuária, baseado em técnicas agrícolas

mais modernas, envolvendo insumos e práticas de manejo, em conformidade

com as condições de aptidão agrícola;

IV - os processos de ocupação serão acompanhados de regularização fundiária.

Art. 15 - A Subzona 1.3, composta de áreas onde predomina a cobertura vegetal natural, abrange 14.823,81 km²,

equivalentes a 6,22% da área total do Estado.

§ 1º - A Subzona 1.3 possui expressivo potencial florestal, em processo de ocupação agropecuário incipiente e

reduzida conversão da cobertura vegetal natural.

§ 2º - Na Subzona 1.3 a aptidão agrícola é predominantemente restrita e apresenta vulnerabilidade natural à erosão

predominantemente média.

§ 3º - A Subzona 1.3 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - priorizar o aproveitamento dos recursos naturais, podendo as atividades agropecuárias existentes ser mantidas, não

sendo estimuladas sua expansão;

II - os processos de ocupação necessitam de esforços para a regularização fundiária, para controle da exploração

florestal e do desmatamento;

III - “Revogado pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de 2005”

IV - os eventuais desmatamentos incrementais devem ser condicionados às potencialidades, às fragilidades naturais e

ao uso pretendido, com políticas públicas para o estímulo da manutenção da cobertura vegetal natural;

V - nas áreas convertidas, é recomendada a implantação de consórcios

agroflorestais, reflorestamentos e cultivos permanentes de modo geral.

Art. 16 - A Subzona 1.4, composta de áreas que apresentam infraestrutura propícia à exploração das terras, abrange

13.405,31 km²,

equivalentes a 5,62% da área total do Estado.

§ 1º - Embora haja disponibilidade de infra-estrutura na Subzona 1.4, as

condições ambientais impõem restrições ao desenvolvimento das atividades de conversão da cobertura vegetal

natural.

§ 2º - Tendo em vista o expressivo potencial hidrelétrico de alguns rios,

com pequenas centrais de produção, os ecossistemas da Subzona 1.4 são de relevante interesse para a preservação dos

recursos naturais, em especial os hídricos.

§ 3º - A vulnerabilidade natural à erosão da Subzona 1.4 é predominantemente alta.

Page 52: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

§ 4º - A Subzona 1.4 deverá obedecer às seguintes diretrizes:

I - nas áreas já desmatadas, recomenda-se a implantação de sistemas

de exploração que garantam o controle da erosão, tais como: reflorestamento, consórcios agroflorestais e culturas

permanentes, de

modo geral;

II - desmatamentos incrementais serão condicionados à vulnerabilidade à erosão, às potencialidades, às fragilidades

naturais e ao uso pretendido, com políticas públicas para o estímulo da manutenção da

cobertura vegetal natural;

III - “Revogado pela Lei Complementar n° 312 de 06 de maio de

SUBSEÇÃO II

DAS SUBZONAS DA ZONA 2

Art. 17 - As Subzonas da Zona 2 são áreas destinadas à conservação dos recursos naturais, passíveis de uso sob

manejo sustentável, a seguir definidas.

Art. 18 - A Subzona 2.1, composta de áreas que apresentam inexpressiva conversão das terras florestais, abrange

25.653,37 km², equivalentes a 10,75 % da área total do Estado.

§ 1º - A Subzona 2.1 apresenta potencialidades naturais, sobretudo a

florestal, em condições satisfatórias de exploração madeireira e não madeireira, apresentando o custo de oportunidade

de preservação entre baixo e médio;

§ 2º - Algumas áreas da Subzona 2.1 apresentam alto potencial para o

ecoturismo e para atividades de pesca em suas diversas modalidades;

§ 3º - A Subzona 2.1 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - o valor das terras florestais da Subzona 2.1 pode ser incrementado

mediante agregação de valor às existências florestais, pela exploração

seletiva de seus produtos;

II - no ordenamento da Subzona 2.1 será priorizado o aproveitamento dos recursos naturais, mantendo as atividades

agropecuárias existentes, sem estímulo a sua expansão, fomentando as atividades de manejo florestal e do

extrativismo, do ecoturismo e da pesca em suas diversas modalidades;

III - as áreas de campos naturais podem ser utilizadas, sob manejo adequado, observando as suas características

específicas;

IV - as obras de infra-estrutura, a exemplo de estradas, deverão estar condicionadas às diretrizes de uso da Subzona.

Page 53: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Art. 19 - A Subzona 2.2, composta de áreas que apresentam ocupação

inexpressiva, abrange 9.181,05 km², equivalentes a 3,85 % da área total do Estado.

§ 1º - A Subzona 2.2 apresenta baixo custo de oportunidade da preservação da floresta, facilitando a conservação das

terras florestais no seu estado natural.

§ 2º - A Subzona 2.2 obedecerá às seguintes diretrizes:

I - áreas destinadas à conservação da natureza, em especial da biodiversidade, com potencial para atividades

científicas e econômicas de ,baixo impacto ambiental sob manejo sustentado;

II - o aproveitamento destas áreas deve se desenvolver sem conversão

da cobertura vegetal natural e, quando extremamente necessário, somente em pequenas áreas para atender à

subsistência familiar;

III - as áreas já convertidas deverão ser direcionadas para a recuperação, sendo recomendada a criação de áreas

protegidas de domínio público ou privado, devido às características específicas de sua biodiversidade, de seus habitats

e de sua localização em relação ao corredor ecológico regional.

SUBSEÇÃO III

DAS SUBZONAS DA ZONA 3

Art. 20 - As Subzonas da Zona 3 são áreas institucionais, constituídas pelas Unidades de Conservação de uso restrito e

controlado, previstas e instituídas pela União, Estado e Municípios, a seguir definidas.

Art. 21 - A Subzona 3.1, composta de áreas constituídas pelas Unidades de Conservação de Uso Direto, abrange

18.081,29 km², equivalentes a 7,58 % da área total do Estado.

Parágrafo único - A Subzona 3.1 terá como diretriz que a utilização dos recursos ambientais obedecerá aos planos e

diretrizes específicas das unidades instituídas, tais como: Florestas Estaduais de Rendimento Sustentado, Florestas

Nacionais, Reservas Extrativistas e outras categorias estabelecidas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Art. 22 - A Subzona 3.2, composta de áreas constituídas pelas Unidades de Conservação de Uso Indireto, abrange

23.752,50 km², equivalentes a 9,96 % da área total do Estado.

Parágrafo único - A Subzona 3.2 terá como diretriz que a utilização das áreas deve limitar-se às finalidades das

unidades instituídas, tais como:

Estações Ecológicas, Parques e Reservas Biológicas, Patrimônio Espeleológico, Reservas Particulares do Patrimônio

Natural e outras categorias estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Art. 23 - A Subzona 3.3, composta de áreas constituídas pelas Terras Indígenas, abrange 41.534,11 km², equivalentes

a 17,41 % da área total do Estado.

Page 54: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Parágrafo único - A Subzona 3.3 terá como diretriz que a utilização dos recursos naturais está limitada por lei, onde

seu aproveitamento somente poderá ser efetuado se autorizado ou concedido pela União.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO ZONEAMENTO

Art. 24 - O Poder Executivo definirá, em regulamento próprio, e em conformidade com os estudos socioeconômicos e

ecológicos da Segunda Aproximação, os detalhamentos para cada uma e todas as Zonas estabelecidas por esta Lei

Complementar, bem como os respectivos cartogramas ilustrativos, na escala de 1:250.000 e, finalmente, as diretrizes e

políticas setoriais a serem cumpridas pelo Poder Público, com o objetivo de promover o desenvolvimento do Estado e

orientar a realização de investimentos e a utilização do território pela população em geral.

§ 1º - O Poder Executivo deverá elaborar, além das ilustrações, documentação descritiva, preferentemente sob a forma

de textos com linguagem acessível ao público em geral.

§ 2º - Os cartogramas deverão permitir a identificação e a visualização das seguintes informações, consideradas

imprescindíveis ao planejamento e à orientação a serem prestadas ao público:

I - usos da terra, atuais e potenciais;

II - tipos de vegetação;

III - tipos de solo e de clima;

IV - morfologia;

V - aptidão agrícola;

VI - vulnerabilidade natural à erosão;

VII - localização da infra-estrutura e das atividades econômicas;

VIII - os espaços territoriais especialmente protegidos, tais como as Unidades de Conservação criadas pelos governos

federal, estadual e municipais, as terras indígenas e as áreas de proteção permanente;

IX - recursos hídricos.

§ 3º - A documentação descritiva conterá esclarecimentos e comentários que possam ser utilizados de forma objetiva

como meio de divulgação e de informação ao público, a respeito das recomendações produzidas no âmbito do

processo de zoneamento, no que se refere à ocupação da terra e ao uso de recursos da natureza.

§ 4º - O mapa de proposta da Segunda Aproximação do Zoneamento Socioeconômico-Ecológico do Estado, em

anexo, passa a ser parte integrante desta Lei Complementar.

§ 5º - Os memoriais descritivos das Zonas e Subzonas deverão constar da regulamentação desta Lei Complementar, a

serem elaborados de acordo com o mapa citado no parágrafo anterior.

§ 6º - A área denominada T. D. Bela Vista, conforme memorial descritivo em anexo, passa a ter a classificação de

Subzona 1.3.

Page 55: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

Art. 25 - Fica vedada qualquer alteração dos limites de abrangência das Zonas e Subzonas instituídas, ou das diretrizes

de uso e ocupação do solo, antes de decorrido um (1) ano de vigência desta Lei Complementar.

Parágrafo único - Decorrido o prazo instituído no "caput" deste artigo, as alterações só poderão ocorrer por meio de

processo legislativo de iniciativa do Poder Executivo.

Art. 26 - Para efeito de formulação das diretrizes mencionadas no art. 24, as seguintes variáveis fundamentais

necessariamente deverão ser observadas:

I - as características geológicas, geomorfológicas, edáficas, faunísticas e da cobertura vegetal, considerando seu

potencial florestal e agrícola, todos os aspectos socioeconômicos das Zonas, a fim de identificar as potencialidades e

as vulnerabilidades dos ecossistemas sob consideração de atender às necessidades humanas;

II - a definição dos usos atuais e a formulação de recomendações quanto às ações mais adequadas a serem adotadas

nas Zonas, de acordo com a capacidade e limitações dos recursos ambientais, particularmente do solo, subsolo, águas

superficiais e subterrâneas, da flora e da fauna;

III - a proteção ambiental e a conservação das águas, dos solos, do subsolo e dos demais recursos naturais renováveis

e não-renováveis, em função da ordenação do território, inclusive através da indicação de áreas a serem reservadas

para proteção integral da biodiversidade, ou para a prática de usos sustentáveis;

IV - a indicação de critérios alternativos para orientar processos de extrativismo madeireiro e não-madeireiro,

agricultura, pecuária, pesca e

piscicultura, urbanização, industrialização, inclusive madeireira,

mineração e de outras opções de utilização dos recursos ambientais;

V - sugestões quanto à melhor distribuição dos investimentos públicos capazes de beneficiar, prioritariamente, os

setores e as regiões de menores rendas e as localidades menos favorecidas, a fim de corrigir e

superar o desequilíbrio intra-estadual;

VI - medidas destinadas a promover o desenvolvimento do setor rural de forma ordenada e integrada, com o objetivo

de melhorar as condições de adaptabilidade das populações ao meio agrícola, inclusive com estabelecimento de

diretrizes para implementação da infra-estrutura considerada necessária ao fomento dessas atividades;

VII - os Planos Diretores municipais e documentos pormenorizados de aplicação das respectivas Leis Orgânicas para

ordenar o desenvolvimento urbano, dentre outros meios, pelo estímulo e pela cooperação para a efetiva

institucionalização dos Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente, previstos no art. 221, §2º da Constituição

Estadual;

VIII - sugerir medidas de controle e de ajustamento de planos de zoneamento de atividades econômicas e sociais

resultantes da iniciativa dos Municípios, visando a compatibilizar, no interesse da proteção ambiental, funções

conflitantes em espaços municipais contíguos e a integrar iniciativas regionais mais amplas do que restrita às das

cidades, na forma do que estabelece o art. 221, § 1º da Constituição Estadual;

Page 56: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

IX - a viabilidade de oferecimento de estímulos com vistas à desconcentração de atividades econômicas, inclusive no

que se refere à localização de atividades industriais, sempre com o objetivo de se alcançar o desenvolvimento

econômico pelo aproveitamento dos recursos naturais em harmonia com as medidas de proteção ambiental, em

diferentes pontos da área do Estado;

X - a descentralização administrativa, para que haja uma adequada participação, não apenas do Estado, mas dos

Municípios e das Organizações não-Governamentais, nas tarefas de implementação do

Zoneamento;

XI - a garantia e o estímulo à ampla participação do público, em todas as etapas de formulação e implementação das

diretrizes setoriais para as Zonas, inclusive como forma de promover a conscientização de todos os segmentos da

sociedade, quanto aos objetivos do Zoneamento.

CAPÍTULO IV

DOS ESPAÇOS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS

Art. 27 - Ficam ratificados todos os atos estaduais pertinentes à criação e à institucionalização das Unidades de

Conservação de uso direto e indireto existentes no Estado. Os bens tombados na forma do art. 264 e seu parágrafo

único, da Constituição Estadual, serão também considerados para efeitos do Zoneamento.

§ 1º - O Governo do Estado adotará as medidas necessárias para consolidar os processos de gestão das Unidades de

Conservação a que se refere o "caput" deste artigo, podendo para isso valer-se da colaboração de todos os

interessados.

§ 2º - A alteração e a supressão de partes de qualquer das Unidades de

Conservação somente poderão ocorrer por meio de Lei Complementar, sendo consideradas nulas todas as

modificações que ocorrerem sob outra forma de decisão. A Lei Complementar não poderá determinar alterações que

comprometam o ZSEE.

CAPÍTULO V

DA COMISSÃO ESTADUAL DE ZONEAMENTO E DAS PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO

Art. 28 - A Comissão Estadual de Zoneamento do Estado é o órgão colegiado encarregado de promover as medidas

relativas à integração interinstitucional para a realização dos objetivos do ZSEE, garantindo representação a todos os

segmentos interessados ou que possam ser afetados pelas medidas adotadas em conseqüência das diretrizes

estabelecidas para desenvolvimento das Zonas.

Art. 29 - Propostas de alterações de limites, bem como da forma de ocupação e dos usos recomendados das Zonas,

poderão ser promovidas por quaisquer interessados, mediante justificativas que serão apreciadas, em sessões abertas

Page 57: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

ao público, pela Comissão Estadual de Zoneamento do Estado, que encaminhará seu parecer conclusivo à apreciação

do Governador do Estado, observados os limites do Art. 25 desta Lei Complementar.

§ 1º - As propostas de alteração de limites das Zonas somente poderão ser apreciadas quando transcorrido o prazo

estabelecido no Art. 25 desta Lei Complementar.

§ 2º - Os pedidos de alteração dos usos e vedações estabelecidos para cada uma das Zonas, no âmbito das diretrizes

setoriais, não poderão ser apreciados, quando em desacordo com normas substantivas e adjetivas de proteção

ambiental, tanto federais como estaduais ou municipais, em vigor.

§ 3º - Somente serão apreciadas propostas de alteração das Zonas quando, observando os critérios adotados para o

estabelecimento das diretrizes do ZSEE, houver indicativos técnicos com maior nível de detalhes que o Zoneamento

vigente, que comprovem a absoluta necessidade de adoção de tais modificações.

§ 4º - A Comissão publicará seu parecer sobre os pedidos de alteração e o colocará em local visível, para que

interessados conheçam sua manifestação.

§ 5º - A Comissão receberá eventuais recursos e pedidos de reconsideração relativos a seus pareceres sobre as

questões mencionadas no "caput" deste artigo, no prazo de dez (10) dias úteis de sua divulgação, devendo manifestar-

se no prazo de cinco (5) dias úteis do recebimento e encaminhar sua decisão ao Governador do Estado.

§ 6º - Caso as modificações forem acatadas e implicarem a necessidade de alteração desta Lei Complementar, o

Governador do Estado encaminhará Projeto de Lei Complementar à Assembléia Legislativa do Estado.

Art. 30 - O acesso a crédito e a incentivos fiscais e a outros tipos de investimentos, colaboração, apoio e estímulo a

empreendimentos devem estar em consonância com as diretrizes do ZSEE, instituído no âmbito do Estado.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31 - O Governador do Estado, por Decreto, regulamentará a presente Lei Complementar no prazo de 180 (cento e

oitenta) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 32 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 33 - Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, as Leis Complementares nºs 052, de 20 de dezembro

de 1991, 152, de 24 de junho de 1996, 171, de 23 de maio de 1997 e 203, de 02 de abril de 1998.

Page 58: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

EXERCÍCIOS DE GEOGRAFIA

01. São causas dos recentes processos migratórios dirigidos para Rondônia nas décadas de 1970 e 1980:

a) a colonização decorrente da BR-364 e os garimpos de ouro do rio Madeira;

b) o segundo ciclo da borracha;

Page 59: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

c) a colonização do eixo ferroviário da Madeira-Mamoré;

d) a formação das grandes lavouras de soja e cacau entre Porto Velho e Humaitá;

e) a abertura dos garimpos de cassiterita nos rios Ji-Paraná e Machado.

02. Como resultado da migração para Rondônia, na década de 80, podemos assinalar:

a) a população urbana do estado superou a população rural;

b) os migrantes dessa década se dedicaram ao extrativismo da cassiterita;

c) a implantação de um complexo industrial no Centro-Sul do estado;

d) ocorreu uma imediata elevação no padrão de vida da população.

03. São indústrias que mais se destacam no Estado de Rondônia, EXCETO:

a).Indústria de Laticínios

b).Indústria Frigorífica

c).Indústria Moveleira

d).Indústria Eletrônica

04. Sobre o auge da garimpagem do ouro no rio Madeira na década de 1980 é correto afirmar que:

a) não foi significativa para a economia do estado;

b) somente foi possível porque o governo financiava os garimpeiros;

c) estimulou o comércio da região;

d) provocou uma acentuada queda no custo de vida da região.

05. Sobre os ciclos econômicos ocorridos no Estado de Rondônia, é INCORRETO afirmar:

a).O primeiro ciclo econômico da região foi o extrativismo vegetal baseado na coleta das drogas do sertão, que

contribuiu para os primeiros núcleos de povoamento na região do Alto-Madeira no século XVIII.

b).A exploração da borracha no final do século XIX e meados do século XX contribuíram para povoar a região do

Alto-Madeira e promover a criação do Território Federal do Guaporé.

c).A exploração da cassiterita na década de 60 do século XX contribuiu para povoar a região do Vale do Jamari.

d).O ciclo da agropecuária iniciou-se na década de 70 do século XX com a colonização oficial promovida pela

INCRA.

e).A introdução das primeiras mudas de café no século XIX por Francisco de Melo Palheta promoveu o povoamento

do Guaporé rondoniense.

Page 60: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

06. Durante o processo evolutivo histórico, contribuiu para a ocupação da região do atual Estado de Rondônia, exceto:

a) a exploração da borracha.

b) a exploração da cassiterita.

c) o café

d) a instalação dos primeiros postos telegráficos pela Comissão Rondon.

e) a distribuição de terras gratuitas para projetos de colonização.

07. O fluxo migratório da década de 1970 possui características diferentes dos anteriores, pois o migrante dessa

década:

a) era nômade e extrativista;

b) era sedentário e agricultor;

c) dedicou-se às atividades industriais;

c) dedicou-se à coleta das drogas do sertão.

08. Com relação à localização do Estado de Rondônia, é correto afirmar:

a) Com relação à latitude, Rondônia se localiza ao Sul da Linha do Equador e, com relação à Longitude, a Oeste de

Greenwich.

b) Com relação à latitude, Rondônia se localiza ao Norte da Linha do Equador e ao Sul de Greenwich.

c) Com relação à latitude, Rondônia se localiza ao Sudoeste da Linha do Equador e ao Leste de Greenwich.

d) NRA

09. Com relação ao fuso horário, pode-se afirmar:

a) Rondônia se encontra a quatro horas da Linha de Greenwich e à uma hora do Distrito Federal.

b) Rondônia se encontra a cinco horas da Linha de Greenwich e à uma hora do Distrito Federal.

c) Rondônia se encontra a seis horas de Greenwich e a duas horas do Distrito Federal.

d) NRA

10. Antanov, residente no Estado do Acre, saiu de Rio Branco às 16:00 horas, do dia 10.11.2005, com o objetivo de

chegar a Ji-Paraná para fazer o concurso da PM (uma vaguinha é minha!). A viagem de ônibus durou 12 horas

(Antanov leu toda a apostila durante esse período). Considerando a duração da viagem, pode-se afirmar que Antanov

chegou a Ji-Paraná exatamente:

Page 61: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a) Às 04:00, do dia 11.11.2005.

b) Às 02:00, do dia 11.11.2005.

c) Às 05:00, do dia 11.11.2005.

d) Ás 03:00, do dia 11.11.2005.

11.O Estado de Rondônia limita-se ao Oeste com o Estado do:

a) Tocantins

b) Acre e Bolívia

c) Mato Grosso

d) Amazonas

12. Julgue os itens abaixo.

I. O Estado de Rondônia, de acordo com o censo de 2003, possui 52 Municípios.

II. Rondônia é o 15º estado brasileiro em área, sendo maior que os Estados do Acre, Roraima, Amapá, Ceará, Rio

Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e o

Distrito Federal.

III. Quem nasce em Rondônia é rondoniense ou rondoniano e quem nasce na capital e porto-velhense.

IV. A energia do Estado de Rondônia é proveniente, em parte, da Usina Hidrelétrica de Samuel, construída no Rio

Jamari, afluente do Rio Madeira.

a) Apenas I e IV, corretas.

b) Apenas II e III, corretas.

c) Apenas II e IV, corretas.

d) Todas corretas.

13. Constitui a superfície cimeira do Estado, desenvolvendo-se na direção Noroeste-Sudeste; é pertencente ao sistema

mato-grossense do Maciço Central Brasileiro, com altitude acima de 300, e entre 600 e 900 metros, com pontos

culminantes acima de 1.000 m.

A afirmativa refere-se à/a (o):

a) Planície Amazônica.

b) Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro.

c) Chapada dos Parecis-Pacaás Novos.

d) Vale do Guaporé.

Page 62: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

14. O ponto mais alto do relevo de Rondônia está localizado na Serra dos Pacaás Novos:

a) com altitude de 1.126 m, é o Pico Parecis.

b) com altitude de 1.126 m, é o Pico Jaru.

c) com altitude de 2.125 m, é o Pico Gavião.

d) NRA

15. Julgue as assertivas abaixo.

I. Em Rondônia, o total pluviométrico anual excede 2.000 mm, com chuvas de setembro a maio, sendo julho o mês

mais seco.

II. A hidrografia de Rondônia é formada por três bacias principais: bacia do Rio Madeira, bacia do Rio Guaporé-

Mamoré e bacia do Rio Ji-Paraná ou Machado.

III. O Estado de Rondônia possui uma bacia hidrográfica secundária denominada bacia do Rio Roosevelt ou Rio da

Dúvida.

IV. Os principais recursos minerais extraídos em Rondônia são: ouro, diamante, estanho (cassiterita) e calcário.

V. O ponto mais alto do relevo rondoniense é o Bico do Papagaio, com 2.125 metros, localizado na Chapada dos

Parecis.

a) Apenas I, II e III, corretas.

b) II e IV, incorretas.

c) Apenas III e IV, corretas.

d) Apenas V, incorreta.

16. Principal afluente da margem direita do Rio Amazonas:

a) Rio Mamoré

b) Rio Guaporé

c) Rio Madeira

d) Rio Machado

17. No Estado de Rondônia predomina qual via de transporte?

a) Hidroviário

b) Rodoviário

c) Ferroviário

Page 63: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

d) Aeroviário

18. Qual dos rios abaixo nasce e termina no Estado de Rondônia?

a) Rio Madeira

b) Rio Guaporé

c) Rio Mamoré

d) Rio Ji-Paraná ou Machado.

19. Maior rio RONDONIENSE em extensão:

a) Rio Roosevelt

b) Rio Ji-Paraná ou Machado

c) Rio Madeira

d) Rio Guaporé

20. Nasce no Estado de Rondônia (Planalto de Vilhena), atravessa o Estado do Mato Grosso, passa pela porção sul do

Amazonas e tem sua foz no rio Madeira.

a) Rio Abunã

b) Rio Jamari

c) Rio Roosevelt

d) Rio Mamoré

21.Principal bacia hidrográfica do Estado de Rondônia:

a) Bacia do Rio Madeira.

b) Bacia dos Rios Mamoré-Guaporé

c) Bacia do Rio Roosevelt

d) Bacia do Rio Ji-Paraná

22. O ciclo econômico que mais contribuiu para povoar o Estado de Rondônia (à época território federal) foi:

a) O ciclo do ouro

b) O ciclo das drogas do sertão

c) O ciclo da cassiterita

d) O ciclo da borracha

Page 64: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

23. Após a abertura da Estrada-Br 364, a maior parte dos migrantes que chegaram a Rondônia eram provenientes dos

estados da:

a) Região Norte

b) Região Nordeste

c) Região Centro-Oeste

d) Região Sudeste e Sul.

24. Após o declínio do primeiro ciclo da borracha, Rondônia passa por um período de estagnação, a exemplo de toda

Amazônia, até o ano de 1940. A preocupação do governo federal, com o isolamento e o esvaziamento da região,

resultou:

a) Na implantação de um pólo industrial na região.

b) Na implantação de uma rede telegráfica entre Cuiabá e Porto Velho, fazendo nascer mais tarde o Estado de

Rondônia.

c) Na implantação de uma agricultura voltada para atender o mercado internacional, destacando-se, à época, a

plantação de soja.

d) Na implantação de um pólo turístico que fez desenvolver a região.

25. Após o término do Segundo Ciclo da Borracha:

a) A região não se despovoou como no Primeiro Ciclo, mantendo-se alguns seringais ainda ativos e prosseguindo no

extrativismo da castanha e de algumas outras essências para atender o mercado europeu.

b) Para evitar-se o caos social, foram criadas colônias agrícolas denominadas IATA, para onde foi parte dos ex-

soldados da borracha que haviam abandonado os seringais.

c) O governo implantou a indústria moveleira para gerar empregos aos ex-soldados da borracha.

d) O governo incentivou a piscicultura para ocupar a mão-de-obra ociosa – os ex-soldados da borracha.

e) Apenas as letras “a” e “b” estão corretas.

26. Acerca do movimento migratório com destino às terras de Rondônia, que se desenvolveu em três períodos, Julgue

os itens abaixo.

I. O primeiro teve início a partir do final do século XIX, quando o vale do Madeira e seus afluentes foram ocupados

por seringueiros, em sua maioria nordestinos, no Primeiro Ciclo da Borracha (1877-1912).

Page 65: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

II. O segundo iniciou-se a partir de 1942, com o tratado assinado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos da

América, para extração de látex na região da Amazônia. Trata-se do Segundo Ciclo da Borracha que novamente

atraiu, em sua maior parte, a mão-de-obra nordestina.

III. O terceiro período migratório ocorreu a partir da abertura da Estrada-Br 364 e com a implantação de projetos de

colonização, realizados pelo INCRA. Esses acontecimentos propiciaram o movimento migratório de famílias

procedentes das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. Diante disso, a década de 70 do século XX

experimentou o maior crescimento populacional, com uma taxa de 16,03%.

IV. A maior migração com destino a Rondônia deu-se na década de 80.

a) I e IV, incorretas

b) Apenas IV, incorreta

c) Apenas I e II, corretas

d) Apenas III, correta

27. Em Rondônia, a população urbana ultrapassou a população rural na década de:

a) 1960

b) 1970

c) 1980

d) 1990

28. Décadas do século XX em que o Estado de Rondônia mais recebeu migrantes:

a) 50-60

b) 60-70

c) 70-80

d) 80-90

29. Na década de 80 do século XX, o Estado de Rondônia possuía 491.069 habitantes. Já na década de 90 do mesmo

século, Rondônia contava com uma população de 1.132.692. Tal crescimento populacional se deve principalmente:

a) à chegada de migrantes provenientes do Sudeste e Centro-Sul do país.

b) à exploração da cassiterita.

c) ao crescimento vegetativo (nascimentos).

d) à chegada de migrantes provenientes da região Nordeste do país.

30. De acordo com as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.

Page 66: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

I – O Território Federal do Guaporé foi criado em 13.09.1943, pelo Presidente Getúlio Dorneles Vargas.

II – O Território Federal de Rondônia foi criado em 17/02/1956, pelo Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

III – O Estado de Rondônia foi criado em 22/12/1981, pelo Presidente João Batista de Oliveira Figueiredo.

IV – O Estado de Rondônia foi instalado em 23/03/1982, com a posse do governador Jorge Teixeira de Oliveira.

a) Todas corretas

b) Apenas I e II verdadeiras

c) II, III e IV verdadeiras

d) Apenas IV falsa

31. O Território Federal do Guaporé teve sua designação modificada para Território Federal de Rondônia, em

17/02/1956, através da:

a) Lei Ordinária n. 041

b) Lei Complementar n. 2731

c) Decreto-Lei n. 3172

d) Medida Provisória 1230

32.O Território Federal do Guaporé, criado em 13/09/1943, tinha à época os seguintes Municípios:

a) Guajará-Mirim, Santo Antônio do Alto Madeira, Porto Velho e Lábrea.

b) Guajará-Mirim, Porto Velho e Ariquemes.

c) Vila de Rondônia, Santo Antônio e Porto Velho.

d) Vila de Rondônia, Guajará-Mirim e Porto Velho.

33. De acordo com as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.

I – O Território Federal do Guaporé foi formado com áreas desmembradas dos estados de Mato Grosso e Amazonas.

II – Antes da criação do Território Federal do Guaporé, a cidade de Porto Velho era Município do estado do

Amazonas e a cidade de Santo Antônio do Alto Madeira era do estado de Mato Grosso.

III – O Estado de Rondônia foi criado em 22/12/1981, possuindo, à época, 13 Municípios.

IV – Em 17/04/1945, o Município de Santo Antônio foi extinto e sua área incorporada ao Município de Porto Velho.

a) Apenas II e III verdadeiras

b) Apenas IV falsa

c) Todas corretas

Page 67: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

d) III e IV falsas

34.Acerca da colonização do Estado de Rondônia, assinale a alternativa correta.

I – As maiores décadas de crescimento populacional foram as de 70 e 80, através do projeto de colonização

implantado pelo governo federal, com a distribuição de terras gratuitas para a exploração da agricultura.

II – A migração dos anos 70 e 80 se transformou em válvula de escape para reduzir as tensões da região Centro-Sul do

país e abafar as desigualdades sociais.

III – O acesso à Região Norte, principalmente a Rondônia, através da abertura da estrada Br-364, vai coincidir com a

modernização da agricultura no Centro-Sul, sobretudo no Paraná, com a substituição da cultura do café e do algodão

pela cultura da soja e da cana-de-açúcar.

IV – A maior migração para Rondônia ocorreu na década de 1960, devido à abertura da estrada Br-364, entre 1959-

1966, por iniciativa do Presidente Juscelino Kubitscheck.

a) Apenas IV, incorreta

b) II e IV, corretas

c) III e IV, incorretas

d) Apenas II e III, corretas

35. O Real Forte Príncipe da Beira localiza-se no Município de:

a).Costa Marques

b).São Miguel do Guaporé

c).Cerejeiras

d).Vilhena

36.O primeiro projeto de Colonização ocorrido no então Território de Rondônia, em 19/06/1970, realizado pelo

INCRA, ocorreu em:

a) Jaru

b) Ouro Preto D´oeste

c) Ariquemes

d) Ji-Paraná

37.Usina de Samuel foi construída no Rio:

a) Jamari

Page 68: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

b) Madeira

c) Mamoré

d) Abunã

38.O ponto mais alto do relevo rondoniense está situado:

a) Na Chapada dos Buritis

b) Na Serra dos Pacaás Novos

c) Na Serra do Xingu

d) Na Chapada do Cachimbo

39. O clima de Rondônia é classificado como:

a).subtropical

b).tropical de altitude

c).tropical chuvoso

d).equatorial quente e úmido

40.Os três principais produtos agrícolas de Rondônia:

a) Café, cacau e milho.

b) Cacau, milho e soja.

c) Café, feijão e cacau.

d) Arroz, milho e soja.

41. Vegetação predominante na região Sul de Rondônia:

a).Floresta tropical

b).Floresta Equatorial

c).Pantanal

d).Cerrado

42. Com a abertura da Br-364, iniciou-se um novo fluxo migratório para Rondônia, sendo, em sua maioria, das

seguintes regiões:

a).Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, principalmente dos estados do Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo.

b).Centro-Oeste e Nordeste.

Page 69: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

c).Sul e Sudeste, principalmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

d).N.R.A

43. Acerca da população rondoniense, assinale a incorreta.

a).A região menos povoada da margem da Br-364 está entre Pimenta Bueno e Vilhena, por ser o terreno arenoso ou

cerrado.

b).Os cinco maiores centros urbanos são: Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena.

c).Na década de 1990, diminui a entrada de migrantes no Estado e passa a ocorrer a migração da população da zona

rural para os centros urbanos.

d).Acerca da migração interna, a última região a receber fluxo migratório em Rondônia, no final do século XX, foi

Buritis.

e).A cidade de maior população no Estado de Rondônia é Ariquemes.

44. Acerca do Relevo Rondoniense, assinale a incorreta.

a).O Relevo do Estado de Rondônia é pouco acidentado, não apresentado grandes elevações ou depressões, com

variações de altitudes que vão de 70 metros a pouco mais de 500 metros.

b).O relevo de Rondônia divide-se em quatro unidades geomorfológicas naturais: Planície Amazônica, Encosta

Setentrional do Planalto Brasileiro, Chapada dos Parecis e Pacaás Novos e Vale do Guaporé e Mamoré.

c).O relevo de Rondônia é constituído de planícies e planaltos baixos, com predomínio da planície Amazônica.

d).O relevo rondoniense apresenta planaltos de elevada altitude.

45.Única Bacia Secundária de Rondônia, sendo que apenas parte dela está localizada no seu território:

a) Bacia Guaporé

b) Bacia Mamoré

c) Bacia Madeira

d) Bacia Roosevelt

46.Um dos maiores rios do mundo em volume d´água, formando-se a partir do encontro dos rios Beni e Mamoré:

a) Rio Madeira

b) Rio Roosevelt

c) Rio Amazonas

d) Rio Guaporé

Page 70: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

47. Principal Rio de Rondônia em importância econômica:

a) Madeira

b) Mamoré

c) Guaporé

d) Roosevelt

48.Tem suas nascentes na região Sudeste de Rondônia, nas proximidades da cidade de Vilhena:

a) Rio Abunã

b) Rio Guaporé

c) Rio Mamoré

d) Rio Roosevelt

49. Nasce na região Noroeste do Estado do Mato Grosso:

a) Rio Guaporé

b) Rio Mamoré

c) Rio Madeira

d) Rio Roosevelt

50.Rios que têm suas nascentes no Estado de Rondônia:

a) Roosevelt, Jamari e Machado.

b) Mamoré, Jamari e Roosevelt.

c) Guaporé, Machado e Abunã.

d) Jamari, Abunã e Machado.

51.Região em que ocorre a exploração de diamantes e graves conflitos entre indígenas e garimpeiros:

a) Reserva Santo Amaro.

b) Reserva Abunã.

c) Reserva Pacaás Novos.

d) Reserva Roosevelt, onde habita a tribo dos Cintas Larga.

52.O grupo indígena mais numeroso de Rondônia:

Page 71: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a) Cintas Larga, em Ji-Paraná.

b) Pakaás-Novos, em Guajará-Mirim.

c) Suruís, em Jaru.

d) Araras, em Pimenta Bueno.

53. O relevo de Rondônia divide-se em quatro unidades geomorfológicas naturais:

a). Planície Amazônica, Chapada dos Guimarães, Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro, Chapada de Parecis.

b) Planície Amazônica, Encosta setentrional do Planalto Brasileiro, Chapada dos Parecis e Vale do Guaporé-Mamoré.

c) Planície Amazônica, Chapada Diamantina, Chapada dos Parecis e Vale do Guaporé-Mamoré.

d).Planície Amazônica, Chapada Diamantina, Planalto Central e Vale do Guaporé.

54. A abertura da Br-364 e os projetos de colonização implantados pelo INCRA, a partir de 1970, proporcionaram no

território de Rondônia o início:

a) da exploração de diamantes.

b) da exploração de borracha.

c) do desenvolvimento agropecuário.

d) do desenvolvimento industrial.

55. A estrutura geomorfológica do Estado de Rondônia é composta por:

a) Planícies e relevos baixos, com predomínio de planícies.

b) Planícies e relevos elevados, com predomínio de planícies.

c) Relevos, em sua maior parte.

d) NRA

56. O Estado de Rondônia exporta diversos produtos para as demais regiões brasileiras, EXCETO:

a) Estanho (cassiterita) e madeira.

b) Café, palmito e mel.

c) carne bovina.

d) Leite, queijo e seus derivados.

e) Produtos eletrônicos.

57. Julgue os itens abaixo.

Page 72: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

I. O Estado de Rondônia possui a terceira maior população da Região Norte, ficando atrás apenas dos Estados do

Amazonas e Pará.

II. O Estado de Rondônia é o quarto maior da Região Norte, possuindo uma extensão territorial de 238.512,8m².

III. Na produção agrícola, O Estado de Rondônia é o maior produtor de café, feijão e cacau da Região Norte.

IV. O maior movimento de migrantes para o Estado de Rondônia deu-se na década de 80, com a abertura da Estrada

Br-364.

a) Todas corretas

b) Apenas I e III, corretas.

c) II e IV, corretas.

d) Apenas IV, incorreta.

58. A formação dos centros urbanos rondonienses teve início a partir de 1728, com a fundação:

a) da aldeia de Santo Antônio, na margem direita do rio Madeira, pelo padre jesuíta João Sampaio.

b) do Forte do Presépio, por Francisco de Melo Palheta.

c) da aldeia de Santa Isabel, por Aluízio Ferreira.

d) do Forte de Nossa Senhora da Conceição, por Antônio Rolim de Moura.

59. Sobre a formação da população rondoniense, julgue os itens abaixo.

I. Iniciou-se no século XVIII, com a chegada dos portugueses a serviço da coroa, escravos africanos, somando-se aos

indígenas da região.

II. No final do século XIX e durante a primeira metade do século XX, chegaram os nordestinos, originários

principalmente do estado do Ceará.

III. A partir da abertura da BR-364, vieram para Rondônia migrantes procedentes das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e

Centro-Oeste do país, com predomínio de paranaenses, mineiros, paulistas e capixabas.

a) apenas I, correta.

b) apenas I e III, corretas.

c) apenas II e III, corretas.

d) todas corretas

60. Principal atividade econômica do Estado de Rondônia:

a).Indústria

b).Agropecuária

Page 73: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

c).Extrativismo mineral

d).Extrativismo vegetal

61. Acerca dos setores econômicos de Rondônia, assinale a INCORRETA:

a). No setor secundário, prevalece a agroindústria, notadamente na produção de laticínios, na região central do Estado,

todavia crescem as indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro, de confecções, couro e calçados.

b).No setor terciário, que envolve comércio e serviços, é o que mais cresce no Estado, tendo em vista a evolução

urbana, a exemplo de municípios como Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Ariquemes.

c).O setor primário é o mais desenvolvido, com a prática do extrativismo vegetal e mineral em grande escala.

d).A produção do setor secundário e terciário, juntos, supera a produção do setor primário.

62. Principal Porto do Estado de Rondônia que realiza o escoamento de produtos agrícolas, como a soja, até

Itacoatiara-AM:

a).Porto de Guajará-Mirim

b).Porto de Porto Velho

c).Porto Rio Madeira

d).Porto Mamoré

63. Sacarov, residente no estado do Espírito Santo, saiu de Vitória às 14:00, do dia 10.11.2005, com o objetivo de

chegar a Ji-Paraná para fazer o concurso da PM (uma vaguinha é minha!). A viagem de ônibus durou 48 horas.

Considerando a duração da viagem, pode-se afirmar que Sacarov chegou a Ji-Paraná exatamente:

a) Às 14:00, do dia 12.11.2005.

b) Às 13:00, do dia 12.11.2005.

c) Às 12:00, do dia 12.11.2005.

d) Ás 15:00, do dia 12.11.2005.

64. Qual dos estados abaixo não pertence à Região Norte?

a) Tocantins

b) Maranhão

c) Acre

d) Amapá

65. Menor Estado, em extensão territorial, da Região Norte:

Page 74: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

a) Acre

b) Roraima

c) Amapá

d) Tocantins

66. Qual o produto mineral economicamente mais importante de Rondônia:

a)ouro

b)diamante

c)carvão

d)cassiterita

67. A abertura da Br-364 impulsionou grandes contingentes migratórios de diversas regiões do país para Rondônia. A

colonização em escala, ao longo do eixo rodoviário, foi iniciada por empresas particulares de colonização, sendo as

duas primeiras a desenvolver projetos na região foram:

a) INCRA e Sidney Girão

b) Padre Adolpho Rohl e Burareiro;

c) IBRA e INCRA;

d) Calama S/A e Itaporanga S/A

68.Sobre as queimadas no Estado de Rondônia, pode-se afirmar:

a).De regra, acontecem para a expansão da pecuária e implantação da soja.

b).Alteram as condições climáticas, com a elevação da temperatura.

c). Prejudicam a fertilização do solo, favorecendo a erosão, concorrendo para o assoreamento dos rios.

d).Contribuem para o efeito estufa e a ocorrência de secas prolongadas.

e).Todas corretas

69.Contribuem para a destruição das florestas no Estado de Rondônia:

a).A atividade pecuária

b).O extrativismo da madeira

c).A implantação de usinas hidrelétricas

d).O cultivo da soja

e).Todas corretas

Page 75: APOSTILA DE HISTÓRIA EDITAL

70. Onde está localizada a mina de calcário do Estado de Rondônia?

a)Ji-paraná

b)Bom Futuro

c)Pimenta Bueno

d)Vilhena

71.Qual o produto mineral economicamente mais importante de Rondônia:

a)ouro

b)diamante

c)carvão

d)cassiterita

72.A principal produção de estanho (cassiterita) do Estado de Rondônia localiza-se na região de:

a)Ji-paraná

b)Bom Futuro

c)Pimenta Bueno

d)Vilhena

GEOGRAFIA

1 – A 10 – C 19 – B 28 – C 37 – A 46 – A 55 – A 64 –B

2 – A 11 – B 20 – C 29 – C 38 – B 47 – A 56 – E 65 – C

3 – D 12 – D 21 – A 30 – D 39 – D 48 – D 57 – D 66 – D

4 – C 13 – C 22 – D 31 – B 40 – C 49 – A 58 – A 67 – D

5 – E 14 – B 23 – D 32 – A 41 – D 50 – A 59 – D 68 – E

6 – C 15 – D 24 – B 33 – C 42 – A 51 – D 60 – B 69 – E

7 – B 16 – C 25 – E 34 – A 43 – E 52 – B 61 – C 70 – C

8 – A 17 – B 26 – B 35 – A 44 – D 53 – B 62 – B 71 – D

9 – A 18 – D 27 – C 36 – B 45 – D 54 – C 63 – B 72 – B