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apostila nr10, inicial
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Curso Bsico Segurana em Instalaes e Servios Com Eletricidade
Sumrio
1. Conceitos Bsicos em Eletricidade................................................................................... 5
2. Proteo Choques Eltricos ............................................................................................ 10
2.1 O Choque eltrico, mecanismos e efeitos ............................................................... 10
2.1 Arco Eltrico ............................................................................................................ 12
2.3 Campos Eletromagnticos ........................................................................................... 14
3. Tcnicas de anlise de riscos .............................................................................................. 15
4. Medidas de Controle do risco eltrico ........................................................................... 16
4.1 Desenergizao .............................................................................................................. 16
4.2 Seccionamento ............................................................................................................... 16
4.3 Impedimento de Reenergizao .................................................................................. 17
4.4 Constatao da ausncia de tenso ............................................................................. 17
4.5 Instalao da Sinalizao de Impedimento de Energizao ..................................... 18
4.6 Aterramento .................................................................................................................. 19
4.7 Aterramento do Neutro ................................................................................................ 19
4.8 Aterramento de Proteo (PE) .................................................................................... 20
4.9 Aterramento por Razes Combinadas de Proteo e Funcionais ............................ 20
4.10 Esquema IT ................................................................................................................. 22
4.11 Aterramento Temporrio .......................................................................................... 23
4.12 Equipotencializao .................................................................................................... 24
4.13 Seccionamento Automtico da Alimentao ............................................................ 25
4.14 Dispositivos a Corrente de Fuga ......................................................................... 26
4.15 Proteo por Extra Baixa Tenso ....................................................................... 27
4.16 Barreiras e Invlucros ......................................................................................... 28
4.17 Bloqueios e Impedimentos ................................................................................... 28
4.18 Obstculos e Anteparos .............................................................................................. 29
4.19 Isolamento das Partes Vivas ...................................................................................... 29
4.20 Isolamento Duplo ou Reforado ................................................................................ 30
4.21 Colocao Fora de Alcance ........................................................................................ 30
4.22 Separao Eltrica ...................................................................................................... 31
5. Normas Tcnicas Brasileiras .......................................................................................... 31
5.1 NBR da ABNT NBR 5410 - Instalaes Eltricas de Baixa Tenso ......................... 32
5.2 NBR 14039- Instalaes Eltricas de Mdia Tenso ................................................. 33
6. Regulamentaes do MTE .............................................................................................. 35
6.1 Normas Regulamentadoras ......................................................................................... 35
6.2 Norma Regulamentadora NR-10 ................................................................................ 35
6.3 Autorizao, Habilitao, Qualificao e Capacitao ............................................. 36
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7. Equipamento de Proteo Coletiva (EPC) .................................................................... 37
8. Equipamento de Proteo Individual (EPI) ................................................................. 39
9. Rotinas de trabalho - Procedimentos ............................................................................ 41
9.1 Instalaes Desenergizadas .......................................................................................... 41
9.2 Autorizao para Execuo de Servio - AES ........................................................... 42
9.3 Liberao para Servios ............................................................................................... 43
10. Procedimentos Bsicos para Liberao......................................................................... 45
10.1 Sinalizao de Segurana ........................................................................................... 45
10.2 Exemplos de Placas ..................................................................................................... 46
11. Inspees de reas, Servios, Ferramental e Equipamentos ...................................... 50
12. Documentao das Instalaes Eltricas ....................................................................... 54
13. Riscos Adicionais ............................................................................................................. 55
13.1 Altura ........................................................................................................................... 55
13.2 Ambientes Confinados ............................................................................................... 57
13.3 reas Classificadas ..................................................................................................... 57
14. Condies Atmosfricas .................................................................................................. 58
14.1 Umidade ....................................................................................................................... 58
14.2 Descargas atmosfricas (raios) .................................................................................. 58
14.3 Preveno e Combate a Incndio .............................................................................. 60
15. Preveno a incndios ..................................................................................................... 63
15.1 Na ocorrncia de vazamento de gs: ......................................................................... 64
15.2 Na ocorrncia de vazamento com fogo: .................................................................... 64
15.3 Em Caso de Incndio: ................................................................................................ 64
15.4 Em Caso de Abandono de Local ............................................................................... 65
15.5 Acidentes de Origem Eltrica .................................................................................... 65
15.6 Atos inseguros ............................................................................................................. 66
15.7 Condies Inseguras ................................................................................................... 66
15.8 Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade ........................................................ 66
15.9 Causas Indiretas de Acidentes com Eletricidade ..................................................... 66
15.10 Exemplos de Acidentes com Eletricidade ............................................................... 67
16. Primeiros Socorros e os Procedimentos Adequados para Salvar Vidas .................... 72
16.1 Observao dos Riscos no Local ............................................................................... 73
16.2 Servios de Emergncia.............................................................................................. 73
16.3 Pr- socorro e Avaliao da Vtima .......................................................................... 74
16.4 Reanimao Cardiopulmonar ................................................................................... 75
16.5 Lateralizao de uma Vtima Inconsciente .............................................................. 77
16.6 O que no Fazer .......................................................................................................... 78
16.7 Desfibrilador Exerno Automtico ............................................................................. 78
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16.8 Reanimao com Insuflao ...................................................................................... 79
16.9 Hemorragias ................................................................................................................ 81
16.10 Queimaduras ............................................................................................................. 83
16.11 Obstruo de Vias Areas por Corpo Estranho (Engasgo) .................................. 85
16.12 Vtima com Leses na Cabea por Queda .............................................................. 88
17. Responsabilidades ........................................................................................................... 89
17.1 Cabe s empresas: ...................................................................................................... 89
17.2 Cabe aos empregados: ................................................................................................ 90
17.2 SESMT SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO. .................................................... 90
17.3 Algumas atribuies dos SESMT .............................................................................. 90
17.4 PPRA ........................................................................................................................... 91
17.5 PCMSO ........................................................................................................................ 92
17.6 CIPA ............................................................................................................................ 93
17.7 Algumas atribuies da CIPA ................................................................................... 93
18. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 94
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1. Conceitos Bsicos em Eletricidade
Para que seja possvel o entendimento dos riscos em eletricidade, deve-se primeiramente
entender alguns conceitos bsicos, por exemplo: sabemos que o choque eltrico ocorre em
funo da corrente eltrica circulando pelo corpo humano. Mas, sabemos o que corrente
eltrica?
Para responder a essas e a outras questes que surgiro no decorrer do nosso curso devemos
inicialmente entender o conceito de tomo, assim como os conceitos das principais grandezas
eltricas: tenso, corrente, resistncia e potncia.
Sabemos que toda a matria (tudo o que nos cerca) composta por tomos; o tomo
teoricamente a menor partcula constituinte da matria, ele apresenta em seu ncleo os
prtons com carga eltrica positiva e os nutrons com carga neutra. Os eltrons, que so
centenas de vezes mais leves do que o ncleo, esto girando em uma rbita em volta dele
presos pela fora que o ncleo exerce sobre eles.
Podemos fazer, grosso modo, uma analogia entre o tomo e o sistema solar; imaginemos que
o ncleo do tomo o sol e os eltrons so os planetas que giram em torno dele.
Eletricidade ou energia eltrica, para a maioria das pessoas, traduz-se em iluminao de
ambientes, aquecimento de gua e funcionamento de eletroeletrnicos. Mas, o que acontece
quando uma lmpada acende?
Assim como toda matria, os condutores (materiais capazes de conduzir corrente eltrica) so
compostos por tomos; por definio corrente eltrica o movimento ordenado de eltrons,
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e, essa grandeza representada em clculos pela letra I e tem como unidade de medida o
ampre (A). Logo, quando uma lmpada incandescente acende, podemos entender que existe
um fluxo de eltrons pelo condutor, fluxo este provocado por uma diferena de potencial.
E o que diferena de potencial?
A diferena de potencial, tambm conhecida como tenso eltrica a fora que impulsiona o
movimento dos eltrons; essa grandeza representada em clculos pelas letras U, V, T
ou E e tem como unidade de medida o volt (V). Em alguns livros de ensino mdio
possvel que se encontre como sinnimo de tenso o termo voltagem, que no bem aceito na
rea tcnica.
O ncleo do tomo exerce uma fora sobre o eltron; para que o eltron se desprenda desse
tomo e acontea o fluxo necessria uma fora, que chamada tenso.
A essa resistncia oferecida ao fluxo de eltrons damos o nome de resistncia eltrica e esta
uma grandeza que pode ser calculada e medida, representada pela letra R e tem como
unidade de medida o ohm ().
At ento conseguimos entender que por meio dos condutores flui um movimento ordenado
de eltrons chamado corrente eltrica, esse movimento se d por uma fora que impulsiona o
movimento dos eltrons, chamada tenso, e existe uma oposio passagem da corrente
eltrica chamada resistncia eltrica.
Mas, por que uma lmpada brilha mais do que outra?
Para respondermos a essa pergunta devemos entender o conceito de potncia eltrica que a
capacidade de realizar trabalho. Logo, uma lmpada brilha mais do que a outra porque mais
potente do que a outra. Nos clculos a potncia representada pela letra P e sua unidade de
medida o watt (W).
Agora j podemos estabelecer as relaes entre as quatro grandezas definidas at ento.
Lei de Ohm: V=RxI
Lei de Joule: P=VxI
Logo, podemos perceber que quanto maior for a resistncia para uma mesma tenso, menor
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ser a corrente eltrica e vice-versa.
I=V/R
R=V/I
Aplicao
Este o momento de fixar o contedo apresentado at aqui, vamos verificar por meio de
exerccios resolvidos como aplicamos essas frmulas.
1 Exemplo: Utilizando a frmula I = P / V, pode-se afirmar que a corrente eltrica que
passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500W, ligado a uma tenso de 220 V, :
Para resolvermos este exerccio basta que apliquemos a frmula que est no enunciado: I = P /
V, em que a corrente igual potncia dividida pela tenso, por substituio encontramos:
I = 5.500 / 220 = 25 A.
2 Exemplo: Utilizando a frmula I = P / V, pode-se afirmar que a corrente eltrica que
passa pelo resistor de um chuveiro de 5.500 W, ligado a uma tenso de 127 V,
aproximadamente:
Para resolvermos esta questo utilizaremos os mesmos procedimentos do exemplo anterior,
logo basta substituir os valores I = 5.500 / 127 = 43,3. Podemos concluir assim que, no
chuveiro, quando ligado em 127 V, circula uma corrente eltrica maior do que quando ligado
em 220 V.
Questes para avaliar seu conhecimento:
1 As quatro principais grandezas eltricas so tenso, corrente, resistncia e potncia.
Sobre suas definies correto afirmar:
A- Tenso o mesmo que potncia e tem como unidade de medida o watt, representado pela
letra W.
B- Corrente eltrica a fora que impulsiona o movimento ordenado de eltrons e,, tem como
unidade de medida ampre.
C- Resistncia a oposio a passagem da corrente eltrica, representada pela letra R e tem
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como unidade de medida o ohm.
D- Potncia o movimento ordenado de eltrons, representada pela letra I e tem como
unidade de medida o volt.
2 De acordo com o texto, as grandezas eltricas se relacionam da seguinte forma:
A- Para um mesmo valor de resistncia, quanto maior for a tenso menor ser a corrente
eltrica.
B- Para um mesmo valor de tenso, quanto maior for a resistncia maior ser a corrente
eltrica.
C- Independente do valor da resistncia, quanto maior for a tenso menor ser a corrente
eltrica.
D- Quanto maior for o valor da resistncia para uma mesma tenso, menor ser a corrente
eltrica.
3 - A tenso eltrica representada muitas vezes pela letra V e tem como unidade de
medida o volt. Qual a definio de tenso eltrica?
A- o movimento ordenado dos eltrons.
B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.
C- a capacidade de realizar trabalho.
D- a oposio a passagem da corrente eltrica.
4 - A corrente eltrica representada pela letra I e sua unidade de medida o ampre.
Qual a definio de corrente eltrica?
A- o movimento ordenado dos eltrons.
B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.
C- a capacidade de realizar trabalho.
D- a oposio a passagem da corrente eltrica.
5 - A potncia eltrica representada pela letra P e sua unidade de medida o watt.
Qual a definio de potncia eltrica?
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A- o movimento ordenado dos eltrons.
B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.
C- a capacidade de realizar trabalho.
D- a oposio a passagem da corrente eltrica.
6 - A resistncia eltrica representada pela letra R e sua unidade de medida o ohm.
Qual a definio de resistncia eltrica?
A- o movimento ordenado dos eltrons.
B- a fora que impulsiona o movimento ordenado dos eltrons.
C- a capacidade de realizar trabalho.
D- a oposio a passagem da corrente eltrica.
Riscos em Instalaes e Servios com Eletricidade
Agora que voc j compreendeu ou revisou os conceitos bsicos em eletricidade poderemos
iniciar nossos estudos sobre os principais riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser
humano, falaremos sobre o choque eltrico, o arco eltrico e o campo eletromagntico.
Choque Eltrico
Um dos mais graves e infelizmente, tambm um dos mais comuns riscos em eletricidade, o
choque eltrico, nada mais do que o conjunto de efeitos gerados no corpo humano pela
circulao de corrente eltrica. Em termos de riscos fatais, o choque eltrico, de um modo
geral, pode ser analisado sob dois aspectos:
Corrente eltrica de baixa intensidade: a corrente eltrica depende da tenso e da
resistncia, como vimos anteriormente, sendo assim se temos tenso baixa e resistncia alta
temos baixa corrente. No caso de choques por correntes baixas os efeitos mais graves a
considerar so as paradas cardacas e respiratrias.
Corrente eltrica de alta intensidade: neste caso temos tenso alta e resistncia baixa. Nos
choques por correntes altas o efeito trmico o mais grave, ou seja, queimaduras externas e
internas.
Podemos dizer ento, que em casos de trabalhos com tenses altas, para evitar os choques
eltricos, ou minimizar seus efeitos, deve-se aumentar a resistncia, por isso o uso de botas e
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luvas adequadas.
Visto isso, no podemos afirmar que tenses altas sempre so responsveis por choques com
correntes elevadas ou que tenses baixas resultam em choques de baixa intensidade, pois a
corrente eltrica depende tambm da resistncia.
Os efeitos do choque eltrico dependem de vrios fatores, podemos citar principalmente:
1. Percurso da corrente eltrica pelo corpo humano;
2. Intensidade da corrente eltrica;
3. Tempo de durao;
4. rea de contato;
5. Frequncia da corrente eltrica;
6. Condies da pele do indivduo;
7. Constituio fsica do indivduo;
8. Estado de sade do indivduo;
Entre os efeitos produzidos no corpo humano pelo choque eltrico podemos evidenciar:
1. Elevao da temperatura dos rgos, devido ao aquecimento produzido pela
corrente do choque;
2. Rigidez dos msculos;
3. Comprometimento do corao quanto ao ritmo e batimento cardaco;
4. Comprometimento da respirao;
5. Deslocamento de msculos e rgos internos;
Devemos atentar ao fato de que muitos rgos aparentemente sadios depois do choque,
podem demorar dias ou at meses para apresentar sintomas, que muitas vezes no sero
relacionados ao choque em funo do tempo transcorrido entre o acidente e o aparecimento
dos sintomas.
2. Proteo Choques Eltricos
2.1 O Choque eltrico, mecanismos e efeitos
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De acordo com a NBR 5410/2004, para a proteo contra choques eltricos devem-se tomar
os seguintes cuidados:
1. Partes vivas de instalaes eltricas no devem ser acessveis;
2. Massas ou partes condutivas acessveis no devem oferecer perigo, seja em
condies normais, seja, em particular, em caso de alguma falha que as torne
acidentalmente vivas.
Mesmo seguindo essas orientaes, ainda assim choques podem ocorrer.
No caso 1 o choque pode acontecer quando algum toca inadvertidamente a parte viva do
circuito eltrico. Neste caso a corrente eltrica do choque atenuada pela:
1. Resistncia eltrica do corpo humano;
2. Resistncia do calado;
3. Resistncia de contato do calado com o solo;
4. Resistncia da terra no local dos ps no solo;
Podemos imaginar vrios exemplos de acidentes para ilustrar o caso 1, como uma criana que
coloca um prego na tomada ou um operrio que toca acidentalmente a rede eltrica com um
vergalho.
As medidas de proteo bsicas que devem ser previstas para evitar choques, nesse caso, so:
1. Isolao ou separao das partes vivas;
2. Uso de barreira ou invlucro;
3. Limitao de tenso;
4. Seccionamento automtico (utilizao de DDR, por exemplo).
No segundo caso, o choque eltrico acontece quando regies neutras tornam-se vivas, por
meio de uma fuga de corrente eltrica na instalao ou nos equipamentos.
Um exemplo de choque, nesse caso, pode ocorrer quando nos encostamos a uma mquina de
lavar ou no registro de um chuveiro. Normalmente, essas partes no deveriam apresentar risco
de choque eltrico, entretanto, pode acontecer uma fuga de corrente eltrica, ou seja, pode
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haver corrente eltrica circulando em tais partes e, quando o indivduo entra em contato, a
corrente eltrica passa pelo seu corpo em direo ao menor potencial, que geralmente a
terra.
Para evitar choques desse tipo devemos:
1. Utilizar dispositivos de seccionamento automtico;
2. Aterrar adequadamente as mquinas e equipamentos eltricos;
3. Isolar essas partes com material no condutor, borracha por exemplo, (isolao
suplementar).
2.1 Arco Eltrico
O arco eltrico nada mais , do que a passagem de corrente eltrica por um meio isolante,
como ar, por exemplo. Ao contrrio do que muitas pessoas pensam, o arco acontece no
apenas quando o circuito aberto, mas, tambm quando ele fechado.
Entre outros fatores, o arco eltrico proporcional intensidade da corrente eltrica que passa
pelo circuito. Logo, quanto maior for a corrente eltrica, maiores sero os efeitos causados
pelo arco. Quando desligamos o disjuntor de uma residncia, o arco eltrico tambm
acontece, no os percebemos em funo do invlucro que protege o disjuntor. Para extinguir o
arco dentro do disjuntor, existe a cmera de extino do arco voltaico, que pode conter entre
outros:leo,SF6,vcuo ou ar comprimido
Os arcos eltricos, quando ocorrem em situaes como as citadas anteriormente, so
inofensivos, entre tanto, em circuitos em que as correntes so muito altas, os riscos so muito
maiores.
Os arcos eltricos so muito quentes, so a mais intensa fonte de calor na Terra, sua
temperatura pode chegar a 20.000 C. Durante o arco, a corrente eltrica atinge valores muito
altos. Em funo disso a ocorrncia de queimaduras severas comum a pessoas expostas ao
arco voltaico.
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Quando uma corrente eltrica circula por um meio antes isolante, ondas de presso podem se
formar pela expanso do ar, logo, o arco eltrico alm de queimaduras pode tambm provocar
ferimentos em funo da queda. Esses ferimentos so agravados quando o trabalhador est
exercendo uma atividade em altura.
Em uma subestao por exemplo, um arco eltrico pode ser provocado, quando uma chave
seccionada aberta sobre carga, ou seja com o circuito energizado . Sempre que houver risco
de arco eltrico, o trabalhador deve estar devidamente protegido, inclusive: cabea, pescoo,
braos e antebraos, que na maioria das vezes so esquecidos.
Exerccio de Fixao
1 A definio de arco eltrico :
A- A passagem de corrente eltrica pelo ar ou outro meio isolante.
B- Fogo e centelhas.
C- Alta tenso que provoca queimaduras.
D- Quedas por efeitos eletromagnticos.
2- So consequncias comuns dos arcos eltricos:
A- Queimaduras e umidade.
B- Descargas atmosfricas e quedas.
C- Campos eletromagnticos e queimaduras.
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D- Quedas e queimaduras.
2.3 Campos Eletromagnticos
Para entendimento, podemos dizer de forma simplificada que campo eletromagntico um
fenmeno invisvel que criado pela corrente eltrica.
Como o prprio nome sugere uma associao entre o campo eltrico e o campo magntico.
Um corpo carregado pode atrair ou repelir uma partcula carregada prxima a ele, medida
que essa partcula afastada esse efeito de atrao/repulso reduzido. Todo o espao em
volta do corpo capaz de gerar esse efeito chamado campo eltrico.
Campo magntico toda regio do espao na qual uma agulha imantada fica sob a ao de
uma fora magntica. De acordo com os estudos desenvolvidos na OMS, no h evidncias
cientficas convincentes de que a exposio humana a valores de campos eletromagnticos
abaixo dos limites estabelecidos cause efeitos adversos sade. Mesmo assim, no Brasil, os
limites de exposio humana foram estabelecidos pela Lei n 11.934, de 5/5/2009, seguindo
as recomendaes da Organizao Mundial de Sade (OMS).
Diversas pesquisas tentam provar os efeitos adversos da exposio ao campo eletromagntico,
como distrbios do sono, baixa do sistema imunolgico e at leucemia em crianas.
A radiao provoca aquecimento intenso nos elementos metlicos, logo, ateno especial deve
ser dada a trabalhadores que tm prteses metlicas, pois tal aquecimento pode provocar
leses. Trabalhadores que portam aparelhos e equipamentos eletrnicos, como marca-passo,
dosador de insulina e amplificador auditivo tambm devem se precaver dessa exposio, j
que os circuitos dos aparelhos podem ser danificados.
A maior preocupao quanto a esse fenmeno o fato de que quando a corrente eltrica
circula por um condutor, ela induz uma corrente eltrica nos condutores prximos. Em funo
disso pode haver circulao de corrente em um circuito desenergizado, caso ele esteja
prximo de um circuito energizado.
Para se assegurar de que realmente no existe risco, ou seja no existe tenso, o trabalhador
deve utilizar um medidor de tenso (voltmetro).
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3. Tcnicas de anlise de riscos
Primeiramente convm definir o que risco e distingui-lo de perigo. O risco uma medida da
perda ou dano, seja econmico, ambiental ou da vida humana que est relacionado
frequncia com que o dano ou perda ocorre e a magnitude que ele atinge. O risco pode ser
reduzido com a implementao de medidas de segurana.
J o perigo diz respeito a condies com possibilidade de causar danos, ou seja, o perigo
existe como uma condio muitas vezes at do ambiente ou da natureza do trabalho, mas o
risco pode ser diminudo por meio de medidas de segurana.
Como exemplo, podemos citar o caso de um trabalhador que atua em uma subestao que fica
em um local isolado e cercado por vegetao e permanece a maior parte do tempo sem a
presena de seres humanos. O perigo de existncia de animais peonhentos que tm potencial
para causar dano vida do indivduo existe, entretanto, o risco ser reduzido se o trabalhador
adotar as medidas de segurana cabveis, como uso de roupas e sapatos adequados e
iluminao devida do ambiente de trabalho.
Para reduzir os acidentes de trabalho preciso conhecer, analisar, avaliar e controlar os riscos.
A anlise de riscos consiste em diversas tcnicas utilizadas para criar um cenrio para
realizao de uma determinada atividade, por meio desse cenrio e conhecendo a atividade
possvel identificar os riscos, assim como sua frequncia e magnitude.
Uma anlise de riscos completa deve contemplar, tambm, as medidas de preveno e as
medidas de controle das consequncias de acidentes.
Os riscos devem ser avaliados de forma qualitativa e quantitativa.
Quanto severidade das consequncias, podem ser classificados em:
Categoria I: quando as consequncias esto restritas a rea industrial.
Categoria II: quando as consequncias atingem reas no industriais.
Categoria III: quando as consequncias envolvem contaminao de solo e recursos hdricos,
com possibilidades de aes para recuperao imediata.
Categoria IV: quando as consequncias atingem reas externas e no existe possibilidade de
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recuperao imediata.
4. Medidas de Controle do risco eltrico
4.1 Desenergizao
O procedimento para desenergizao ao contrrio do que muitos pensam, no consiste apenas
em desligar um disjuntor ou abrir uma chave. um processo relativamente complexo que, de
acordo com a NR-10 deve obedecer seguinte sequncia:
Seccionamento;
Impedimento de reenergizao;
Constatao da ausncia de tenso;
Instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos
circuitos;
Proteo dos elementos energizados existentes na zona controlada;
Instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao;
A desenergizao deve ser realizada por no mnimo duas pessoas. Segue a descrio de cada
um dos procedimentos:
4.2 Seccionamento
O processo de seccionamento deve ser iniciado pela abertura do disjuntor, pois uma instalao
eltrica sob carga tem correntes elevadas e a interrupo da corrente eltrica cria um arco
eltrico (lembrando que quanto maior for a corrente eltrica maior ser o arco). Logo, o
equipamento que vai abrir o circuito sob carga deve ter capacidade de extinguir o arco
eltrico.
Nesse processo muitos trabalhadores incorrem em um erro comum. Como todos sabem se o
circuito estiver aberto de forma que seja possvel identificar sua abertura visualmente, a
segurana conferida ao processo maior, por esse motivo os circuitos contam tambm com
chaves seccionadoras; entretanto, essas chaves no tm capacidade para extinguir o arco
eltrico. O erro comum abrir a chave seccionadora sob carga, fazendo isso o trabalhador est
se expondo ao risco de arco eltrico.
Logo, primeiro deve-se manobrar o disjuntor, para que somente depois seja possvel a
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abertura do circuito que possibilite verificao visual, como abertura da chave seccionadora
ou retirada dos fusveis.
4.3 Impedimento de Reenergizao
O impedimento de reenergizao, consiste em formas de impedimento de reenergizao
acidental do circuito. Para atender a este item recomenda-se retirar os fusveis do local, extrair
o disjuntor quando possvel ou mesmo fazer uso de cadeados ou lacres. No caso de chaves
seccionadoras de alta tenso, geralmente, o impedimento de reenergizao feito por meio de
cadeados, que travam a haste de manobra.
4.4 Constatao da ausncia de tenso
Muitas vezes a constatao da ausncia de tenso feita por meio de voltmetros instalados no
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prprio painel e/ou sinais luminosos. Caso esses no existam a constatao deve ser feita com
um voltmetro que esteja com o seletor no nvel de tenso adequado.
4.5 Instalao da Sinalizao de Impedimento de Energizao
Somente depois de todas as etapas descritas anteriormente a sinalizao deve ser colocada no
circuito. A sinalizao colocada com o objetivo de diferenciar os equipamentos/circuitos
energizados, dos circuitos desenergizados, alm disso serve para alertar os demais
trabalhadores, para que no tentem energizar o circuito. Lembrando que os trabalhos so
iniciados apenas aps autorizao e ao trmino das atividades no processo de reenergizao,
no se deve esquecer de retirar a sinalizao.
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4.6 Aterramento
Um dos objetivos do aterramento de uma instalao pode ser direcionar possveis correntes de
fuga para a terra, protegendo as pessoas e preservando os equipamentos.
O aterramento fornece um caminho em paralelo, para a terra, de menor resistncia. Sabemos
que a terra tem menor potencial, logo a corrente tende a ir para a terra e passar pelo caminho
que oferecer menor resistncia, que pelo ramo do aterramento.
Podemos afirmar, ento, que quanto menor for o valor da resistncia de aterramento melhor
ele ser e o aparelho utilizado para medir a resistncia de aterramento o terrmetro.
O aterramento pode ser realizado por diversos motivos, como transmisso de sinais por
exemplo.
Logo, o aterramento pode ser tanto um aterramento de proteo, quanto um aterramento
funcional. O nome de aterramento funcional dado a todo aterramento que no se destina
proteo.
4.7 Aterramento do Neutro
Quando a concessionria de energia fornece alimentao em baixa tenso, o neutro aterrado;
o objetivo desse aterramento no proteo.
Em um sistema trifsico equilibrado ligado em estrela a corrente no neutro zero. Entretanto,
sabemos que a rede no est equilibrada, seja em funo do aumento da demanda ou ligaes
ilegais a ela. Assim existe uma corrente circulando pelo neutro e a ligao a terra feita para
que tal corrente tenha um caminho de retorno.
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4.8 Aterramento de Proteo (PE)
A proteo contra choques eltricos por contato indireto (quando uma pessoa toca uma massa,
que no deveria estar energizada, mas est) conferida em parte pelo equipamento e em parte
pela instalao.
Muitas vezes a instalao possui um condutor de proteo, entretanto, o equipamento no o
possui. Em outros casos, o equipamento possui e a instalao, no.
A proteo s efetiva se o equipamento possuir um condutor destinado proteo ou
disponibilizar alguma forma para ligao e este condutor estiver conectado terra por uma
resistncia que se aproxime de zero.
A seo mnima dos condutores de proteo deve seguir as recomendaes da NBR-5410.
Segundo a norma, para circuitos em que os condutores de fase tem seo de at 16 mm o
condutor de proteo, deve ter a mesma seo; Para os casos em que os condutores de fase
tm entre 16 e 35 mm deve ser utilizado o condutor de 16mm, para condutores fase maiores
do que 35 mm o condutor de proteo deve ter a metade da seo do condutor de fase.
Ainda de acordo com a NBR-5410 os condutores de proteo devem se exclusivamente
verdes ou verdes e amarelos.
Em um circuito funcionando em perfeitas condies, sem corrente de fuga, no existir
corrente eltrica no condutor de proteo; entretanto deve-se ter cuidado com essa afirmao,
pois, caso haja corrente de fuga, ela passar pelo condutor de proteo.
4.9 Aterramento por Razes Combinadas de Proteo e Funcionais
Quando for exigido um aterramento por razes combinadas de proteo e funcionais, as
prescries relativas s medidas de proteo devem prevalecer.
Esquemas de ligao de aterramento em baixa tenso:
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Esquema TN-S
Neste esquema o condutor neutro e o de proteo so separados ao longo de toda a instalao,
mas ambos so ligados mesma malha de aterramento.
Esquema TN-C-S
Netse esquema as funes neutro e proteo so combinadas em um nico condutor em uma
parte do circuito.
Esquema TN-C
Netse esquema as funes neutro e proteo so combinadas em um nico condutor ao longo
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de toda instalao.
Esquema TT
O aterramento do neutro diferente do aterramento de proteo.
4.10 Esquema IT
O neutro da alimentao no aterrado, existe aterramento apenas para proteo. Na figura
abaixo a impedncia entre neutro tende ao infinito e indica que o neutro no est ligado
terra.
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4.11 Aterramento Temporrio
A instalao do aterramento temporrio tem o objetivo de fazer com que as partes do circuito
aberto estejam em um mesmo potencial eltrico que neste caso o potencial de terra.
Os procedimentos para a execuo do aterramento temporrio so:
1. Solicitao de autorizao formal;
2. Evacuao da rea (apenas os envolvidos na atividade devem permanecer
prximos);
3. Delimitao e sinalizao de rea;
4. Verificao de desenergizao;
5. Inspeo dos dispositivos a serem utilizados no aterramento temporrio;
6. Ligar o grampo de terra primeiramente malha de terra e em seguida outra
extremidade;
7. Obedecer aos procedimentos especficos de cada empresa.
Observao: na rede de distribuio, deve-se trabalhar no mnimo entre dois aterramentos.
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4.12 Equipotencializao
O objetivo do aterramento de proteo de uma instalao direcionar possveis correntes de
fuga para a terra, impedindo que tais correntes venham a provocar acidentes (choques
eltricos).
O choque eltrico ocorre sempre que uma diferena de potencial (tenso) tem um valor tal que
capaz de vencer a resistncia do corpo de um indivduo e fazer circular uma corrente
eltrica.
Fato curioso que, entre carcaas, massas ou estruturas aterradas por aterramentos distintos,
pode aparecer uma diferena de potencial. Caso isso acontea possvel, por exemplo, que
uma dona de casa sofra um choque eltrico ao se encostar carcaa da mquina de lavar e no
registro da torneira ao mesmo tempo, pois haveria a uma diferena de potencial. Para evitar
esse tipo de acidente preciso estabelecer o mesmo potencial (equipotencializao) entre
todas as massas e estruturas metlicas independente de fazerem parte da rede eltrica.
A equipotencializao consiste basicamente em interligar todas as partes metlicas de uma
instalao e todos os aterramentos a um mesmo barramento conhecido como barramento de
equipotencializao principal (BEP).
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A ideia muito simples, no entanto exige tcnica, pois, ao fazer tal interligao deve-se
garantir que a conexo tem resistncia eltrica prxima de zero. Logo deve-se atentar para as
dimenses da barra e para o percurso que os cabos de conexo iro fazer, este deve ser o mais
curto possvel, para minimizar a resistncia dos condutores; alm disso ateno especial deve
ser dada corroso galvnica.
4.13 Seccionamento Automtico da Alimentao
So utilizados para seccionamento automtico da alimentao dispositivos de
sobrecorrente, como os disjuntores termomagnticos e fusveis, e tambm dispositivos de
corrente diferencial, como IDR (interruptor diferencial residual) e o DDR (disjuntor
diferencial residual). O tempo de atuao desses dispositivos depende da
finalidade/localizao (interna ou externa) da instalao, da corrente nominal do circuito e da
tenso aplicada. Para o dimensionamento desses dispositivos deve ser consultada norma
tcnica apropriada.
Quanto maior for a tenso de alimentao, maior o risco, portanto menor deve ser o tempo de
atuao do dispositivo de seccionamento automtico. Ainda em reas externas o tempo de
atuao deve ser menor do que em reas internas.
De acordo com o texto da NBR-5410, Um dispositivo de proteo deve seccionar
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automaticamente a alimentao do circuito por ele protegido sempre que uma falta entre parte
viva e massa der origem a uma tenso de contato perigosa. O seccionamento automtico da
alimentao uma medida de controle do risco eltrico.
O seccionamento automtico se d por meio de um dispositivo de proteo que dever
interromper automaticamente a alimentao do circuito ou equipamento por ele protegido
sempre que uma falta (contato entre parte viva e massa, entre parte viva e condutor de
proteo ou entre partes vivas) no circuito ou equipamento provocar a circulao de uma
corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de proteo, que caracteriza um curto
circuito ou uma sobrecarga.
importante ressaltar que a utilizao dos dispositivos de seccionamento automtico da
alimentao, como medida de proteo de controle do risco eltrico, requer a coordenao
entre o esquema de aterramento adotado e as caractersticas dos condutores e dispositivos de
proteo.
4.14 Dispositivos a Corrente de Fuga
Este dispositivo, conhecido como diferencial residual, pode ser um interruptor ou um
disjuntor (IDR ou DDR), que, a finalidade de desenergizar o equipamento ou instalao que
ele protege na ocorrncia de uma corrente de fuga que exceda determinado valor e sua
atuao deve ser rpida.
A funo do dispositivo DR, seja ele interruptor ou disjuntor, proteger as pessoas contra
possveis choques eltricos causados por corrente de fuga.
O dispositivo diferencial residual (DR) incompatvel com o aterramento que utiliza um cabo
comum para neutro (N) e proteo (PE), pois nesse tipo de aterramento (TN-C) a corrente de
fuga passar pelo DR e isso o impedir de atuar.
Seu princpio de funcionamento relativamente simples, a corrente que entra em um circuito
igual corrente que sai desse mesmo circuito. Se a corrente que entra diferente da corrente
que sai do circuito, isso significa que houve uma fuga de corrente e nesse caso o DR secciona
automaticamente a alimentao do circuito. Dessa forma, o dispositivo diferencial residual
soma vetorialmente as correntes em um circuito e quando o valor diferente de zero o
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circuito seccionado para conferir proteo.
De acordo com a NBR-5410 o uso de dispositivo diferencial residual de alta sensibilidade
(corrente diferencial residual nominal igual ou inferior a 30mA) obrigatrio nas seguintes
situaes:
1. Circuitos que servem a pontos situados em locais contendo banheiro ou chuveiro;
2. Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em reas externas a edificao;
3. Circuitos e tomadas de corrente situados em reas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior; e
4. Circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas, cozinhas, lavanderias, reas de
servio, garagens e, no geral, de todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a
lavagens.
Existe ainda para outras aplicaes o disjuntor diferencial residual de baixa sensibilidade, que
percebe apenas correntes de fuga superiores a 500 mA.
4.15 Proteo por Extra Baixa Tenso
Segundo o item 10.2.8 da NR-10, em todos os servios executados em instalaes eltricas
devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteo coletiva aplicveis,
mediante procedimentos, s atividades a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurana
e a sade dos trabalhadores.
A NR-10 determina que as medidas de proteo coletivas compreendam, prioritariamente, a
desenergizao eltrica, e na sua impossibilidade, o emprego da tenso de segurana.
A tenso de segurana uma tenso extra baixa, at 50 V em corrente alternada e at 120 V
em corrente contnua, originada de uma fonte de segurana.
Em ambientes midos a condio para o trabalho com eletricidade desfavorvel, pois a
umidade reduz a resistncia do corpo humano e pode tambm diminuir a rigidez dieltrica do
ar, assim como comprometer a isolao eltrica dos equipamentos. Essas condies propiciam
a ocorrncia de acidentes com eletricidade, como choques eltricos e arcos voltaicos. A
reduo da tenso aplicada extra baixa tenso diminui a intensidade da corrente eltrica,
reduzindo ou eliminando a possibilidade de acidentes com eletricidade.
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A extra baixa tenso obtida por meio de transformadores abaixadores, baterias ou geradores.
Alguns cuidados devem ser tomados como no dispor os condutores de extra baixa tenso em
locais que contm condutores com tenso mais elevada e no fazer ligaes condutoras com
circuito de maior tenso.
Do ponto de vista da segurana esse mtodo excelente, entretanto, muitas vezes pode no
ser aplicvel em funo da necessidade de equipamentos que trabalham em extra baixa
tenso.
4.16 Barreiras e Invlucros
A proteo por barreira ou por invlucro tem o objetivo de impedir que pessoas ou animais
toquem acidentalmente as partes vivas, e garantir que as pessoas sejam advertidas de que as
partes acessveis pela da abertura so vivas e no devem ser tocadas intencionalmente.
Uma das formas de impedir que as pessoas toquem acidentalmente as partes energizadas
(vivas) de um circuito colocando-as no interior de invlucros ou atrs de barreiras.
As barreiras e invlucros devem ser fixados de forma segura e possuir robustez e durabilidade
suficiente para apresentar apropriada separao das partes e manter o grau de proteo.
4.17 Bloqueios e Impedimentos
Bloqueio a ao destinada a manter, por meios mecnicos, um dispositivo de manobra fixo
numa determinada posio de forma a impedir uma ao no autorizada, em geral utilizando
cadeados.
Dispositivos de bloqueio so aqueles que impedem o acionamento ou religao de
dispositivos de manobra (chaves, interruptores, etc.). importante que tais dispositivos
possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a insero de mais de um cadeado, por exemplo,
para trabalhos simultneos de mais de uma equipe de manuteno.
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Toda ao de bloqueio deve estar acompanhada de etiqueta de sinalizao com o nome do
profissional responsvel, data, setor de trabalho e forma de comunicao.
As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio,
documentados e de conhecimento de todos os trabalhadores, alm de etiquetas, formulrios e
ordens documentais prprias.
4.18 Obstculos e Anteparos
Os obstculos so destinados a impedir o contato involuntrio com partes vivas, mas no o
contato que pode resultar de uma ao deliberada e voluntria de ignorar ou contornar o
obstculo.
Os obstculos devem impedir:
1. Uma aproximao fsica no intencional das partes energizadas.
2. Contatos no intencionais com partes energizadas durante atuaes sobre o
equipamento, estando o equipamento em servio normal.
Os obstculos podem ser removveis sem o auxlio de ferramenta ou chave, mas devem ser
fixados de forma a impedir qualquer remoo involuntria.
4.19 Isolamento das Partes Vivas
Todas as partes vivas de uma instalao eltrica devem possuir isolao que se d por meio da
cobertura dos condutores com material isolante (no condutor de eletricidade). O isolamento
s pode ser removido por sua destruio. Um exemplo de isolamento de partes vivas a
cobertura de cabos flexveis utilizados em instalaes eltricas prediais, cuja isolao consiste
geralmente de uma camada de um material termoplstico ou termofixo, geralmente XLPE,
aplicado em todo o comprimento do condutor.
O isolamento deve ser compatvel com os nveis de tenso do servio. Ensaios, para aferir e
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certificar a qualidade desses isolamentos so regulamentados pela NBR 6813.
Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar o acmulo de sujeira e umidade
que comprometam a isolao e podem torn-los condutivos, devendo ser inspecionados e
submetidos a testes peridicos.
Sobretenses transitrias, assim como sobrecarga podem danificar o isolamento de condutores
em funo do aquecimento causado pelas altas correntes.
Ateno especial deve ser dada s emendas, que juntamente com as conexes constituem as
partes mais sensveis de um circuito eltrico e devem garantir isolamento adequado ao nvel
de tenso.
4.20 Isolamento Duplo ou Reforado
O objetivo da isolao dupla ou reforada propiciar uma segunda linha de defesa contra
contatos indiretos. Comumente so utilizados sistemas de isolao dupla em alguns
eletrodomsticos e ferramentas portteis (furadeiras, lixadeiras, etc.). A simbologia que indica
a isolao dupla so dois quadrados com lados diferentes um dentro do outro.
Um exemplo de dupla isolao est nos condutores de um padro, em que alm da isolao
dos cabos, existe tambm a isolao conferida pelo eletroduto, por onde passam os cabos.
A isolao reforada um tipo de isolao nica que confere a mesma proteo que a isolao
dupla.
Os cabos com isolao reforada podem ser instalados em locais inacessveis sem a utilizao
de invlucros ou barreiras (eletrodutos, calhas fechadas, etc.).
4.21 Colocao Fora de Alcance
Este tipo de proteo destina-se apenas a impedir contatos involuntrios com as partes vivas.
A colocao fora de alcance consiste basicamente no estabelecimento de distncias mnimas a
serem obedecidas nas passagens destinadas operao e/ou manuteno.
As concessionrias de energia eltrica estabelecem por meio de suas NDs (normas de
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distribuio) o espaamento mnimo entre a rede e as residncias para que as pessoas estejam
seguras quanto a contatos involuntrios com o - SEP- Sistema Eltrico de Potncia.
A NBR 14039 estabelece os espaamentos mnimos para instalaes internas e externas.
Em seu anexo a NR10 apresenta as distncias mnimas que delimitam radialmente as zonas de
risco, controlada e livre.
4.22 Separao Eltrica
A separao eltrica uma das medidas de proteo contra choques eltricos prevista na NBR
5410/2004. O uso da separao eltrica, como medida de proteo, especfico para
determinados circuitos, no como a proteo por seccionamento que pode ser utilizada para
qualquer circuito.
Muitos profissionais tm dvidas quanto aplicao da separao eltrica, Um
questionamento comum sobre o fato de que a proteo por separao eltrica tal como
apresentada na NBR 5410 traduz-se pelo uso de um transformador de separao cujo circuito
secundrio isolado (nenhum condutor vivo aterrado, inclusive o neutro).
A norma diz ainda que as massas dos equipamentos alimentados no devem ser aterradas e
nem ligadas a massas de outros circuitos ou elementos condutivos estranhos instalao.
Exemplos de instalaes que possuem separao eltrica so salas cirrgicas de hospitais em
que o sistema tambm isolado usando, igualmente, um transformador de separao mas
todos os equipamentos alimentados por ele tm suas massas aterradas.
- A separao eltrica uma medida de aplicao limitada.
Os transformadores de separao utilizados na alimentao de salas cirrgicas tambm se
destinam a criar um sistema isolado. Mas no por ser transformador de separao que seu
emprego significa necessariamente proteo por separao eltrica.
5. Normas Tcnicas Brasileiras
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5.1 NBR da ABNT NBR 5410 - Instalaes Eltricas de Baixa Tenso
Esta norma estabelece as condies que as instalaes eltricas de baixa tenso devem
satisfazer a fim de garantir a segurana de pessoas e animais, o funcionamento adequado da
instalao e a conservao dos bens.
E la se aplica principalmente s instalaes de edificao residencial, comercial, pblica,
industrial, de servios, agropecuria, hortigranjeiras etc., como segue:
A - reas descobertas das propriedades, externas s edificaes.
B - Reboques de acampamento, locais de acampamento, marinas e instalaes anlogas.
C - Canteiros de obras, feiras, exposies e outras instalaes temporrias.
D - Aos circuitos eltricos alimentados sob tenso nominal igual ou inferior a 1.000V em
corrente alternada com frequncia inferior a 400Hz, ou a 1.500V em corrente contnua.
E - Aos circuitos eltricos que no esto dentro de equipamentos, funcionando sob tenso
superior a 1.000V e alimentados por uma instalao de tenso igual ou superior a 1.000V em
corrente alternada (por exemplo, circuitos de lmpadas de descarga, precipitadores
eletrostticos, etc.).
F A toda fiao e a toda linha eltrica que no so cobertas pelas normas relativas aos
equipamentos de utilizao.
G - s instalaes novas e reformas em instalaes existentes.
Notas:
1. A aplicao s linhas de sinal concentra-se na preveno dos riscos decorrentes das
influncias mtuas entre essas linhas e as demais linhas eltricas da instalao, sobretudo sob
os pontos de vista da segurana contra choques eltricos, segurana contra incndios e efeitos
trmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagntica.
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2. Modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos eltricos, inclusive
de sinal ou substituir equipamentos existentes, no caracterizam necessariamente uma reforma
geral da instalao.
Essa norma no se aplica a:
1. A - Instalaes de trao eltrica.
2. B - Instalaes eltricas de veculos automotores.
3. C - Instalaes de embarcaes e aeronaves.
4. D - Equipamentos para supresso de perturbaes radioeltricas, na medida em que no comprometam a segurana das instalaes.
5. E - Instalaes de iluminao pblica.
6. F - Redes pblicas de distribuio de energia eltrica.
7. G - Instalaes de proteo contra quedas diretas de raios. No entanto, esta norma considera as conseqncias dos fenmenos atmosfricos sobre as instalaes (por exemplo,
seleo dos dispositivos de proteo contra sobretenses).
8. H - Instalaes em minas.
9. I - Instalaes de cercas eletrificadas.
Os componentes da instalao so considerados apenas no que concerne sua seleo e
condies de instalao. Isso igualmente vlido para conjuntos em conformidade com as
normas a eles aplicveis.
A aplicao dessa norma no dispensa:
1. O atendimento a outras normas complementares aplicveis a instalaes e locais especficos.
2. O respeito aos regulamentos de rgos pblicos aos quais a instalao deve satisfazer.
5.2 NBR 14039- Instalaes Eltricas de Mdia Tenso
A NR10 estabelece a diviso dos nveis de tenso entre extra baixa; baixa e alta. Logo o que
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essa NBR trata como mdia a NR10 chama de alta.
Essa norma estabelece um sistema para o projeto e execuo de instalaes eltricas de mdia
tenso com tenso nominal de 1,0kV a 36,2kV, frequncia industrial, de modo a garantir
segurana e continuidade de servio.
Ela se aplica a partir de instalaes alimentadas pelo concessionrio, o que corresponde ao
ponto de entrega definido por meio da legislao vigente emanada da Agncia Nacional de
Energia Eltrica (ANEEL). Tambm se aplica s instalaes alimentadas por fonte prpria de
energia em mdia tenso.
Essa norma abrange as instalaes de gerao, distribuio e utilizao de energia eltrica,
sem prejuzo das observaes presentes em outras normas referentes ao assunto. As
instalaes especiais tais como martimas, de trao eltrica, de usinas, pedreiras, luminosas
com gases (nenio ou semelhantes), devem obedecer, alm da referia norma, s normas
especficas aplicveis em cada caso.
As prescries da norma constituem as exigncias mnimas a que devem obedecer as
instalaes eltricas s quais se referem para que no venham, por suas deficincias, a
prejudicar e perturbar as instalaes vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e
conservao dos bens e do meio ambiente.
Ela se aplica s instalaes novas, s reformas em instalaes existentes e s instalaes de
carter permanente ou temporrio.
Os componentes da instalao so considerados apenas no que diz respeito sua seleo e s
suas condies de instalao e no ao processo construtivo.
A aplicao dessa norma no dispensa o respeito aos regulamentos de rgos pblicos aos
quais a instalao deve satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a
origem da instalao, pode ser necessrio, alm das prescries da norma, o atendimento das
normas e/ou padres do concessionrio quanto conformidade da seleo de dispositivos de
proteo quanto capacidade de interrupo de corrente.
Na norma se aplica:
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construo e manuteno das instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 a 36,2kV a partir
do ponto de entrega definido pela legislao vigente, incluindo as instalaes de gerao e
distribuio de energia eltrica. Deve-se considerar a relao com as instalaes vizinhas a
fim de evitar danos s pessoas, animais e meio ambiente.
A norma no se aplica:
1. s instalaes eltricas de concessionrias dos servios de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica no exerccio de suas funes em servio de utilidade pblica.
2. s instalaes de cercas eletrificadas.
3. Aos trabalhos com circuitos energizados.
6. Regulamentaes do MTE
6.1 Normas Regulamentadoras
A Constituio Federal, ao relacionar os direitos do trabalhador, inclui entre eles a proteo
sade e segurana por meio de normas especficas. o Ministrio do Trabalho e Emprego
(MTE) que estabelece essas normas regulamentadoras (NR), por intermdio da portaria
n3.214/78. Sobre a segurana em instalaes e servios em eletricidade a referncia a NR-
10, que estabelece as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados
que trabalham em instalaes eltricas, em suas diversas etapas incluindo elaborao de
projetos, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao em quaisquer das fases de
gerao, transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica.
6.2 Norma Regulamentadora NR-10
As atividades exercidas em instalaes eltricas envolvem a exposio ao risco eltrico,
causando muitos acidentes graves. A perfeita identificao desse risco assim como o
conhecimento dos procedimentos de segurana no trabalho, equipamentos de proteo
individual e coletiva e principalmente, o simples reconhecimento de que os acidentes no
acontecem apenas com os outros, diminuir muito o ndice de acidentes do trabalho em
atividades eltricas. Isso nos leva constatao da necessidade de um programa intenso de
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treinamento na rea eltrica associado a um treinamento de segurana do trabalho em
instalaes eltricas.
6.3 Autorizao, Habilitao, Qualificao e Capacitao
O item 10.8 da NR-10 descreve detalhadamente as definies de trabalhador autorizado,
habilitado, qualificado e capacitado, evitando-se que funcionrios sem treinamento especfico
e de segurana venham a exercer atividades em rea de risco, sem o devido treinamento.
O profissional qualificado aquele que tem formao na rea, ou seja, fez um curso
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino; podemos citar os tcnicos em eletrotcnica e os
engenheiros eletricistas como exemplo. Vale ressaltar que os cursos livres no so
reconhecidos pelo sistema oficial de ensino.
Para que o profissional qualificado, se torne habilitado preciso que faa o seu registro no
CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Logo, o profissional habilitado
aquele que concluiu um curso reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino e alm disso fez o
seu registro no CREA.
Segundo a NR10 o trabalhador capacitado:
1. Foi treinado por profissional habilitado e autorizado,
2. Trabalha sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
Essa capacitao s tem valor para a empresa que o capacitou (esse trecho da norma, aplica-se
ao trabalhador que recebeu treinamento dentro da empresa para exercer suas atividades).
Os trabalhadores capacitados so autorizados a exercer atividades em instalaes eltricas
com anuncia formal da empresa em que trabalham e a autorizao deve constar em seus
registros.
necessrio, ainda, passar por exames de sade que lhes permitam trabalhar em instalaes
eltricas, conforme definido pela NR-7 Programa de Controle Mdico de Sade
Ocupacional - PCMSO.
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A autorizao para trabalhadores capacitados, ou qualificados e habilitados um
consentimento formal da empresa para que o trabalhador possa realizar as atividades. Esse
consentimento se d quando o trabalhador participa com aproveitamento dos cursos previstos
no Anexo II da NR-10 treinamento especfico sobre os riscos das atividades eltricas e
medidas de preveno de acidentes em instalaes eltricas. Para os que trabalham nas
proximidades do sistema eltrico de potncia alm do curso bsico citado acima deve-se
tambm concluir com aproveitamento o curso complementar, que tem seu contedo
programtico previsto na norma.
1. Curso Bsico: Segurana em Instalaes e Servios de Eletricidade: Para todos os
profissionais que trabalham em reas, onde existe o risco de acidentes com eletricidade.
2. Curso Complementar: Segurana no Sistema Eltrico de Potencia (SEP) e em suas
Proximidades: Para profissionais que trabalham nas proximidades do sistema eltrico de
potncia.
Essa norma prev treinamentos de reciclagem, caso o trabalhador mude de funo ou de
empresa, fique afastado do trabalho por perodo superior a 90 dias ou acontea modificaes
significativas nas instalaes eltricas ou troca de mtodo, processos e organizao do
trabalho. A carga horria do curso de reciclagem no especificada na norma, ela diz apenas
que a carga horria para o treinamento de reciclagem deve ser compatvel com o motivo que a
gerou.
7. Equipamento de Proteo Coletiva (EPC)
No desenvolvimento de servios em instalaes eltricas e em suas proximidades, devem ser
previstos e adotados equipamentos de proteo coletiva, que de acordo com a NR-10 devem
ter prioridade sobre os equipamentos de proteo individual.
Equipamento de Proteo Coletiva EPC todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou mvel,
de abrangncia coletiva destinado a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores,
usurios e terceiros. Essa definio est no glossrio da NR-10.
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Tipo de EPC Imagem Finalidade
Banqueta isolante
Isolar o operador do
potencial da terra,
ampliando sua segurana
nas intervenes.
Manta isolante
Isolar as partes
energizadas da rede
durante a execuo de
tarefas.
Tapete isolante
Isolar o operador do
potencial da terra,
ampliando sua segurana
nas intervenes.
Cone
Tem por objetivo
advertir, sinalizar,
delimitar reas de risco e
orientar o fluxo de
trnsito.
Dispositivo DR
Tem por finalidade
proteger as pessoas e os
animais contra os efeitos
do choque eltrico por
contato direto ou
indireto (causado por
fuga de corrente).
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Aterramento
Proteger o usurio do
equipamento das
descargas atmosfricas,
por meio da viabilizao
de um caminho
alternativo para a terra.
8. Equipamento de Proteo Individual (EPI)
Conforme Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteo Individual EPI todo
dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado proteo de riscos
suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.
A empresa obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias:
1. Sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas ocupacionais.
2. Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas.
3. Para atender situaes de emergncia.
O texto da Norma Regulamentadora NR-10 inclui a vestimenta como um dispositivo de
proteo complementar para os empregados, incluindo a proibio de adornos, mesmo que
no sejam metlicos.
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9. Rotinas de trabalho - Procedimentos
9.1 Instalaes Desenergizadas
De acordo com a NR-10, a medida de controle prioritria a desenergizao do circuito,
entretanto, ao contrrio do que muitos acreditam, desenergizar um circuito no consiste
apenas em desligar o disjuntor.
Segundo o item 10.5.1 da NR-10, somente sero consideradas desenergizadas as instalaes
eltricas liberadas para o trabalho mediante os procedimentos apropriados, obedecida a
seguinte: seccionamento; impedimento de reenergizao; constatao da ausncia de tenso;
instalao do aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores do circuito;
proteo dos elementos energizados; instalao de sinalizao de impedimento de
reenergizao.
Para entender as rotinas e procedimentos de trabalho importante conhecer algumas
definies:
- Impedimento de equipamento
Isolamentos eltricos dos equipamentos ou instalao eliminando a possibilidade de
energizao indesejada, inviabilizando a operao enquanto permanecer a condio de
impedimento.
- Responsvel pelo servio
Empregado da empresa ou de terceirizada que assume a coordenao e superviso efetiva dos
trabalhos.
responsvel pela viabilidade da execuo da atividade e por todas as medidas necessrias
segurana dos envolvidos na execuo das atividades, de terceiros e das instalaes, bem
como por todos os contatos em tempo real com a rea funcional e responsvel pelo sistema ou
instalao. Assim como responsvel pela conduo do preenchimento da APR.
Pedido para Execuo de Servio - PES
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Documento emitido para solicitar ao setor responsvel o impedimento de equipamento,
sistema ou instalao visando realizao dos servios.
O pedido para a execuo de servio deve conter as informaes necessrias realizao dos
servios tais como:
1. Descrio do servio,
2. Nmero do projeto,
3. Local, trecho ou equipamento isolado,
4. Data e horrio,
5. Condies do isolamento,
6. Responsvel, emitente,
7. Observaes etc.
9.2 Autorizao para Execuo de Servio - AES
a autorizao fornecida pelo setor ao responsvel pelo servio, liberando e autorizando a
execuo dos servios.
Desligamento Programado
Toda interrupo programada do fornecimento de energia eltrica deve ser comunicada aos
clientes afetados, formalmente e com antecedncia, contendo data, horrio e durao pr-
programada do desligamento.
Desligamento de Emergncia
Interrupo do fornecimento de energia eltrica sem aviso prvio aos clientes afetados e se
justifica por motivos de fora maior, caso espordico ou pela existncia de risco integridade
fsica de pessoas, instalaes e equipamentos.
Interrupo Momentnea
Toda interrupo provocada pela atuao de equipamentos de proteo com religamento
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automtico.
Observao:
Todo o servio deve ser planejado e executado por equipes devidamente treinadas e
autorizadas de acordo com a NR-10, e com a utilizao de equipamentos em boas condies
de uso.
O responsvel pelo servio dever estar devidamente equipado com um sistema que garanta a
comunicao confivel e imediata com o setor responsvel pelo sistema ou instalao durante
todo o perodo de execuo da atividade.
9.3 Liberao para Servios
Constatada a necessidade da liberao de determinado equipamento ou circuito, dever ser
obtido o maior nmero possvel de informaes para subsidiar o planejamento.
No planejamento ser estimado o tempo de execuo dos servios, adequao dos materiais,
previso de ferramentas e, nmero de empregados, levando-se em conta o tempo
disponibilizado na liberao.
As equipes sero dimensionadas e alocadas garantindo a agilidade necessria obteno do
restabelecimento dos circuitos com a mxima segurana no menor tempo possvel.
Na definio das equipes e dos recursos alocados, sero considerados todos os aspectos tais
como:
1. Extenso do circuito;
2. Dificuldade de acesso;
3. Perodo de chuvas;
4. Existncia de cargas e clientes especiais.
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Na definio e liberao dos servios, sero considerados:
1. Os pontos estratgicos dos circuitos,
2. Tipo de defeito,
3. Tempo de restabelecimento,
4. Importncia do circuito,
5. Comprimento do trecho a ser liberado,
6. Cruzamento com outros circuitos,
7. Sequncia de manobras necessrias para liberao dos circuitos envolvidos.
Na liberao dos servios, para minimizar a rea a ser atingida pela falta de energia eltrica
durante a execuo dos servios, a rea funcional responsvel dever manter os cadastros
atualizados de todos os circuitos.
Antes de iniciar qualquer atividade, o responsvel pelo servio deve reunir os
envolvidos na liberao e execuo da atividade e:
Certificar-se de que os empregados envolvidos na liberao e execuo dos
servios esto munidos de todos os EPIs necessrios,
Explicar aos envolvidos as etapas da liberao dos servios a serem executados
e os objetivos a serem alcanados,
Transmitir claramente as normas de segurana aplicveis, dedicando especial
ateno execuo das atividades fora de rotina,
Certificar de que os envolvidos esto conscientes do que fazer, onde fazer,
como fazer, quando fazer e porque fazer.
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10. Procedimentos Bsicos para Liberao
O programa de manobra deve ser conferido por um empregado diferente daquele que o
elaborou.
Os procedimentos para localizao de falhas dependem especificamente da filosofia e padres
definido pela empresa, e devem ser seguidos na ntegra conforme procedimentos
homologados, impedindo as improvisaes do restabelecimento.
Em caso de qualquer dvida quanto execuo da manobra para liberao ou trabalho, o
executante dever consultar o responsvel pela tarefa ou a rea funcional responsvel sobre
quais os procedimentos que devem ser adotados para garantir a segurana de todos.
A liberao para execuo de servios (manuteno, ampliao, inspeo ou treinamento) no
poder ser executada sem que o empregado responsvel esteja de posse do documento
especfico, emitido pela rea funcional responsvel, que autoriza a liberao do servio.
Havendo a necessidade de impedir a operao ou condicionar as aes de comando de
determinados equipamentos, deve-se colocar sinalizao especfica para essa finalidade, de
modo a propiciar um alerta claramente visvel ao empregado autorizado a comandar ou
acionar os equipamentos.
As providncias para retorno operao de equipamentos ou circuitos liberados para
manuteno no devem ser tomadas sem que o responsvel pelo servio tenha devolvido
todos os documentos que autorizavam sua liberao.
10.1 Sinalizao de Segurana
A sinalizao de segurana consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,
alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condies de perigo existentes,
proibies de ingresso ou acesso e cuidados e identificao dos circuitos ou parte dele.
de fundamental importncia a existncia de procedimentos de sinalizao padronizada,
documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (prprios ou prestadores de
servios).
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Os materiais de sinalizao constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, sinalizador etc..
10.2 Exemplos de Placas
Perigo de Morte - Alta Tenso
PLACA FINALIDADE
Advertir sobre o perigo de alta tenso.
No Operar: Trabalhos
PLACA FINALIDADE
Advertir sobre a proibio de operao do equipamento.
Equipamento Energizado
PLACA FINALIDADE
Destinada a advertir para o fato do equipamento, mesmo
estando no interior da rea delimitada para trabalhos,
encontrar-se energizado.
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Equipamento com Partida Automtica
PLACA FINALIDADE
Destinada a alertar quanto possibilidade de exposio a rudo
excessivo e partes volantes quando da partida automtica de
grupos auxiliares de emergncia.
Perigo - No Fume - No Acenda Fogo - Desligue o Celular
PLACA FINALIDADE
Destinada a advertir quanto ao perigo de exploso quando
houver contato de fontes de calor com os gases presentes em
salas de baterias e depsitos de inflamveis, devendo ser fixada
no lado externo do ambiente.
Uso Obrigatrio
PLACA FINALIDADE
Destinada a alertar quanto obrigatoriedade do uso de
determinado equipamento de proteo individual.
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Ateno - Gases
PLACA FINALIDADE
Destinada a alertar quanto necessidade do acionamento do
sistema de exausto das salas de baterias antes de entrar para a
retirada de possveis gases do local.
Ateno para Banco de Capacitores e Cabos a leo
PLACA FINALIDADE
Destinada a alertar a operao, manuteno e construo quanto
necessidade de espera de um tempo mnimo para fazer o
aterramento mvel temporrio de forma segura e iniciar os
servios.
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Perigo - No Entre - Alta Tenso
PLACA FINALIDADE
Advertir terceiros quanto aos perigos de choque eltrico nas
instalaes dentro da rea delimitada. Instalada nos muros e cercas
externas das subestaes.
Perigo - No Suba
PLACA FINALIDADE
Advertir terceiros para no subir devido ao perigo de alta
tenso. Instaladas em torres, prticos e postes de subestao
com condutores energizados.
A sinalizao de segurana deve atender a outras situaes:
Identificao de Circuitos Eltricos
Travamentos e Bloqueios de Dispositivos e Sistemas de Manobra e Comandos
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Restries e Impedimentos de Acesso
Delimitaes de reas
Sinalizao de reas de Circulao de Vias Pblicas, de Veculos e de Movimentao de
Cargas
Sinalizao de Impedimento de Energizao
Identificao de Equipamento ou Circuito Impedido
11. Inspees de reas, Servios, Ferramental e Equipamentos
As inspees regulares nas reas de trabalho, nos servios a serem executados, no ferramental
e nos equipamentos utilizados, consistem em um dos mecanismos mais importantes de
acompanhamento dos padres desejados cujo objetivo a vigilncia e controle das condies
de segurana do meio ambiente laboral, visando identificao de situaes perigosas e que
oferecem riscos integridade fsica dos empregados, contratados, visitantes e terceiros que
adentram a rea de risco, evitando que situaes previsveis possam levar a ocorrncias de
acidentes.
Essas inspees devem ser realizadas para que as providncias possam ser tomadas com vistas
s correes. Em caso de risco grave e iminente (exemplo: empregado trabalhando em altura
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sem cinturo de segurana, sem luvas de proteo de borracha, sem culos de segurana etc.)
a atividade deve ser paralisada e imediatamente contatado o responsvel pelo servio para que
as medidas cabveis sejam tomadas.
Os focos das inspees devem ser centralizados nos postos de trabalho, nas condies
ambientais, nas protees contra incndios, nos mtodos de trabalho desenvolvidos, nas aes
de trabalhadores, nas ferramentas e nos equipamentos.
As inspees internas, por sua vez, podem ser divididas em:
Inspees Gerais
Devem ser realizadas anualmente com o apoio dos supervisores das reas envolvidas. Estas
inspees atingem a empresa como um todo. Algumas empresas j mantm essas inspees
sob o ttulo de auditoria, uma vez que so sistemticas, documentadas e objetivas.
Inspees Parciais
So realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha predeterminada ou
aleatria. Quando se usam critrios de escolha, estes esto relacionados com o grau de risco
envolvido e com as caractersticas do trabalho desenvolvido na rea. So inspees mais
comuns, atendem legislao e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu prprio local
de trabalho.
Inspees Peridicas
So realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo
complementar de possveis incidentes. Esto ligadas ao acompanhamento das medidas de
controle sugeridas para os riscos da rea. So utilizadas nos setores de produo e
manuteno.
Inspees por Denncia
Por meio de denncia annima ou no, pode-se solicitar uma inspeo em local onde h riscos
de acidentes ou agentes agressivos sade e ao meio ambiente.
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Sendo cabvel, alm de realizar a inspeo no local, deve-se ainda efetuar levantamento
detalhado sobre o que de fato est acontecendo, buscando informaes adicionais junto a
fabricantes, fornecedores e responsveis onde a situao ocorreu. Detectando-se o problema,
cabe aos responsveis implementar medida de controle e acompanhar sua efetiva implantao.
Inspees Cclicas
So aquelas realizadas com intervalos de tempo pre-definidos, uma vez que exista um
parmetro que direcione esses intervalos.
Podemos citar, por exemplo, as inspees realizadas no vero, quando aumentam as
atividades nos segmentos operacionais.
Inspees de Rotina
So realizadas em setores em que h possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Nesses
casos, o responsvel pelo servio deve estar alerta aos riscos bem como conscientizar os
empregados do setor para que observem as condies de trabalho de tal modo que o ndice de
incidentes/acidentes diminua.
Essa inspeo no pode ser duradoura, ou seja, medida que os problemas forem
regularizados, o intervalo entre inspees ser maior at que se torne peridico. O importante
que o empregado no se acostume com a presena da superviso de segurana, para que
no se caracterize que a ocorrncia de acidentes/incidentes s vencida com sua presena
fsica.
Observaes:
Antes do incio da inspeo deve-se preparar uma lista de itens (check-list) por setor com as
principais condies de risco existentes em cada local e ela dever ter um campo em branco
para anotar as condies de riscos no presentes nesta lista.
Trata-se de um roteiro que facilitar a observao. importante que o empregado tenha uma
viso crtica para observar novas situaes (atitudes de empregados e locais) no previstas
na anlise de risco inicial.
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No basta reunir o grupo e fazer inspeo. necessrio que haja um padro em que todos
estejam conscientes dos resultados que se deseja alcanar. Nesse sentido, importante que se
faa uma inspeo piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinmica e tirem dvidas.
As inspees devem perturbar o mnimo possvel as atividades do setor inspecionado. Alm
disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que seu setor passar
por uma inspeo de segurana. Chegar de surpresa pode causar constrangimentos e criar um
clima desfavorvel.
Sugesto de Passos para uma Inspeo
1.o passo Setorizar a empresa e visitar todos os locais fazendo uma anlise dos riscos
existentes. Pode-se usar a ltima anlise preliminar de risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda.
2.o passo - Preparar uma folha por setor de todos os itens a serem observados.
3.o passo - Realizar a inspeo anotando na folha de dados se o requisito ou no atendido.
Toda a informao adicional sobre os aspectos que possam levar a acidentes deve ser
registrada.
4.o passo - Levar os dados para serem discutidos em reunio diretiva, propor medidas de
controle para os itens de no-conformidade levando-se em conta o que prioritrio.
5.o passo - Encaminhar relatrio referente inspeo citando o(s) setor(es), a(s) falha(s)
detectada(s) e a(s) sugesto(es) para que seja(m) regularizada(s).
6.o passo - Solicitar regularizao(es) e fazer o acompanhamento das medidas de controle
implantadas. Alterar a folha de inspeo inserindo esse item para as novas inspees.
7.o passo - Manter a periodicidade das inspees a partir do terceiro passo.
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12. Documentao das Instalaes Eltricas
Em todas as intervenes nas instalaes eltricas, subestaes, salas de comando, centro de
operaes, painis eltricos, painis de controle/comando, devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco eltrico e de outros riscos adicionais mediante tcnicas de
anlise de risco de forma a garantir a segurana e a sade no trabalho bem como a
operacionalidade, prevendo eventos no intencionais, focando a gesto e controle operacional
do sistema eltrico.
As medidas de controle adotadas devem integrar-se s demais iniciativas da empresa, tais
como polticas corporativas e normas no mbito da preservao da segurana, da sade e do
meio ambiente de trabalho.
A Norma Regulamentadora NR. 10 obriga as empresas a manter pronturio com documentos
necessrios para a preveno dos riscos durante a construo, a operao e manuteno do
sistema eltrico tais como: esquemas unifilares atualizados das instalaes eltricas dos seus
estabelecimentos, especificaes do sistema de aterramento dos equipamentos e dos
dispositivos de proteo entre outros documentos.
Estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o
pronturio de instalaes eltricas contendo, alm do disposto nos subitens 10.2.3 e 10.2.4 da
NR-10, no mnimo:
Conjunto de procedimentos, instrues tcnicas e administrativas de segurana
e sade implantadas e relacionadas a esta NR, e descrio das medidas de controle
existentes para as diversas situaes (manobras, manuteno programada, manuteno
preventiva, manuteno emergencial, etc.).
Documentao das inspees e medies do sistema de proteo contra
descargas atmosfricas e aterramentos eltricos.
Especificao dos equipamentos de proteo coletiva, proteo individual e do
ferramental aplicveis conforme determina a NR-10.
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Documentao comprobatria da qualificao, habilitao, capacitao,
autorizao dos trabalhadores, os treinamentos realizados e descrio de
cargos/funes dos empregados que so autorizados para trabalhos nestas instalaes.
Resultados dos testes de isolao eltrica realizada em equipamentos de
proteo individual e coletiva que ficam disposio nas instalaes.
Certificaes dos equipamentos e materiais eltricos em reas classificadas.
Relatrio tcnico das inspees atualizadas com recomendaes, cronogramas
de adequaes contemplando as alneas de a a f.
As empresas que operam em instalaes ou equipamentos integrantes do sistema eltrico de
potncia devem constituir pronturio com o contedo do item 10.2.4 da NR-10 e acrescentar
ao pronturio os seguintes documentos:
Descrio dos procedimentos para emergncias.
Certificaes dos equipamentos de proteo coletiva e individual.
13. Riscos Adicionais
Os riscos adicionais, citados na NR-10, so todos aqueles que no esto diretamente
relacionados eletricidade, mas ainda assim esto presentes, mesmo que nem sempre e nem
todos ao mesmo tempo, nas atividades realizadas pelos profissionais da rea.
Os principais riscos adicionais aos quais esto sujeitos os trabalhadores que atuam em
servios e instalaes em eletricidade so: altura; ambientes confinados; reas classificadas e
condies atmosfricas adversas.
13.1 Altura
De acordo com a NR-35, trabalho em altura todo aquele executado acima de 2,00 m (dois
metros) do nvel inferior, onde h risco de queda.
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A norma diz ainda que cabe ao empregador desenvolver procedimento operacional para as
atividades rotineiras de trabalho em altura, assim como capacitar o trabalhador, em
treinamento que deve ser realizado bienalmente ou quando se fizer necessrio, de acordo o
item 35.3.3 da mesma norma.
Ao empregado cabe cumprir as determinaes exigidas pelo empregador quanto ao
procedimento operacional padro, assim como exercer o direito de recusa, sempre que for
identificado um risco no controlado durante o preenchimento da APR ( anlise preliminar de
risco).
Para trabalhos com energia eltrica realizados em altura, algumas das sugestes abaixo podem
auxiliar o trabalhador na manuteno da sua segurana e de sua equipe.
1. obrigatrio o uso do cinto de segurana e do capacete com jugular;
2. Ferramentas e equipamentos nunca devem ser arremessados;
3. Os equipamentos de proteo individual, fornecidos pelo empregador, devem
ser inspecionados pelo trabalhador, quando do recebimento e apenas devem ser
utilizados se estiverem em condies para tal.
Caso seja inevitvel a utilizao de andaimes tubulares prximo rede eltrica, estes devem
respeitar as distncias de segurana estabelecidas, assim como seguir as orientaes da NR-
18, item 18.15. Algumas orientaes merecem destaque, como: os andaimes devem estar
devidamente aterrados; ter estais a partir de trs metros e a cada cinco metros de altura; ter
guarda corpo de 90 centmetros de altura em todo o permetro; as tbuas da plataforma devem
ter no mnimo uma polegada de espessura, devem estar bem fixadas e nunca ultrapassar o
andaime.
Quanto utilizao de escadas, quando se fizer necessrio, o eletricista deve utilizar escadas
de material isolante, as mais comuns so as de madeira e as de fibra de vidro. A escada deve
ser amarrada e, na impossibilidade de amarr-la, um trabalhador deve segur-la para que o
outro execute a atividade; deve ser inspecionada visualmente antes da utilizao, com a
finalidade de evitar acidentes com degrau solto ou escorregadio; ao subir ou descer as escadas
o trabalhador deve se manter de frente para ela e segurar firme