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2 Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede. Estruture resposta completa. GENTE É BICHO E BICHO É GENTE Querido Diário, não tenho mais dúvida de que este mundo está virado ao avesso! Fui ontem cidade com minha mãe e voc não "a# ideia do que eu vi. $ma coisa horr%vel, horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, di"erente, desumana... E eu " iquei chateada. Eu vi um homem, um ser humano, i&ual a n's, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava procurando( Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida! Queri do Diário, como pode isso( )l&u*m reviran do uma lata cheia de cois as imundas e retir ar dela al&o para comer ( +ois "oi assim mesmo, do eitinho que estou contando. Ele colocou num saco de plástico enorme um montão de comida que um restaurante havia o&ado "ora. )ar&hh!!! Devia estar horr%vel! -as o homem parecia bastante satis"eito por ter encontrado aqueles restos. a mesma hora, querido Diário, olhei assustad%ssima para a mamãe. Ela compreendeu o meu assombro. /irei para ela e per&untei0 1-ãe, aquele homem vai comer aquilo(2 -amãe "e# um 1sim2 com a cabe3a e, em se&uida, continuou0 1/iu, entende por que eu "ico brava quando voc reclama da comida(2. 4 verdade! -uitas ve#es, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moran&a. E lar&uei no prato, duas ve#es, um montão de repolho, que eu odeio! +uxa vida! Eu me senti muito enver&onhada! /endo aquela cena, ainda me lembrei do +', nosso cachorro. em ele come uma comida i&ual quela que o homem buscou do lixo. En&ra3ado, querido Diário, o nosso cão vive bem melhor do que aquele homem. 5em al&uma coisa errada nessa hist'ria, voc não acha( 6omo pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha( 6omo pode, querido Diário, bicho tratado como &ente e &ente vivendo como bicho( aquela noite eu re#ei, pedind o que Deus conserte lo&o este mundo. Ele nunca "alha. E amais deixa de atender os meus pedidos. 7' assim, eu conse&ui adormecer um pouquinho mais "eli#. 89L:/E:;), +edro )nt<nio. =ente * bicho e bicho * &ente. Diário da 5arde. >elo ?ori#onte, @A out. @BBBC. Exerc%cios @. 9 texto lido * do &nero 1;elato +essoal2, do t ipo 1Diário2. Que marcas textuais comprovam essa a"irmativa( . ) narradora inicia seu relato a"irmando não ter mais dúvida de que o mundo está 1virado ao avesso2( +or que ela a"irma isso( . 9 texto aborda uma problemática social muito espec%"ica. :ndique tal problemática e usti"ique sua resposta. G. Em certo trecho, a narradora se di# muito enver&onhada( Do que ela se enver&onha( H. ) narradora compara a vida de seu cachorro vida do homem que buscava comida no lixo. ) partir dessa compara3ão, podeIse a"irmar que o autor do texto quer mostrar a vida humana, muitas ve#es, sendo menos valori#ada que a vida de um animal( Justi"ique seus comentários. A. o "inal do rela to, a narr ador a deposita sua con"ia n3a em um ser divino . +or que ela não deposita essa con"i an3a em outro ser humano( Explique. K. Em sua opinião, o que pode ser "eito para diminuir o so"rimento de pessoas como o homem retratado no relato( Justi"ique. Velho Canivete Já &anhei vários presentes. ...M -as acho que, se al&u*m me "or3asse a escolher o melhor presente que á recebi, eu "icaria mesmo com o canivete su%3o que meu pai me deu @@ anos atrás. ão * um canivete qualquer0 * daqueles &ordos, com de#enas de &anchinhos, serrinhas, lNminas. 6om caneta, pin3a, lupa, tesoura, alicate. Ele ainda veio num estoo de couro, com lápis, pedra de amolar, bandIaid, Oit de costura, lixa. E um espelhinho acompanhad o de um papel com o c'di&o morse P sim, para eu me comunicar re"letindo a lu# do sol em caso de nau"rá&io, ou terremoto, ou tsunami, sei lá. 9 canivete á me salvo u de vária s ...M. Ele á passou por boas, e isso "ica claro quand o se mexe nele . )s arti cula3 es á não são tão suaves, as molas endureceram, muitas pe3as estão tortas e não encaixam direito. ) caneta sumiu, os bandIaids su%3os acabaram, as a&ulhas de costura estão com as pontas pretas de tanto serem colocados na chama para esterili#ar antes de serem usadas para extrair espi nhos. )pesar de ser de a3o inox, há marcas de "erru&em por toda parte. En"im, tudo nele di#ia 1está na hora de comprar um canivete novo2. +ois *, hoe em dia existem canivetes espetaculares, at* com recursos eletr<nicos 8lanternas, pen drives e sei lá mais o quC. )% comecei a lembrar a ori&em daquelas marquinhas P e cada uma delas me transportou para um lu&ar di"erente. 6ada uma era prova de que aquele canivete viveu. De que ele abriu latas, serrou cabos de a3o, lixou unhas quebrad as, aparou minha barba, arrombo u porta s, cons ertou bicicl etas, tapou buracos de botas, austou 'culos. De que ele esteve em todos os cant os do mundo e tomou banho de mar, de 'leo de peixe em conse rva, de molho de tomate, de vinho va&abundo. E me lembrei de quando &anhei o canivete de presente0 eu estava de sa%da para a minha primeira lon&a temporada "ora de casa P nove meses na estrada de mochila nas costas P e, como meu pai não podia ir comi&o, aquele "oi o melhor eito que ele teve de me di#er 1quer uma "or3a(2 E. E. Pe. José Scampini )postila sobre os =neros textuais0 ;EL)59 +E779)L e +;9+)=)D) )luno8aC0 RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRnS0 RRRRRRRRR RRRRRS ano0 RRRRRR Pro ! #o In terat iva $ Pro%. Gil

Apostila sobre os gêneros textuais - Relato pessoal e propaganda

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Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede. Estruture resposta completa.

GENTE BICHO E BICHO GENTEQuerido Dirio, no tenho mais dvida de que este mundo est virado ao avesso! Fui ontem cidade com minha me e voc no faz ideia do que eu vi. Uma coisa horrvel, horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei chateada.

Eu vi um homem, um ser humano, igual a ns, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava procurando? Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida!

Querido Dirio, como pode isso? Algum revirando uma lata cheia de coisas imundas e retirar dela algo para comer? Pois foi assim mesmo, do jeitinho que estou contando. Ele colocou num saco de plstico enorme um monto de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh!!! Devia estar horrvel!

Mas o homem parecia bastante satisfeito por ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora, querido Dirio, olhei assustadssima para a mame. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para ela e perguntei: Me, aquele homem vai comer aquilo? Mame fez um sim com a cabea e, em seguida, continuou: Viu, entende por que eu fico brava quando voc reclama da comida?.

verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no prato, duas vezes, um monto de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada!

Vendo aquela cena, ainda me lembrei do P, nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual quela que o homem buscou do lixo. Engraado, querido Dirio, o nosso co vive bem melhor do que aquele homem.

Tem alguma coisa errada nessa histria, voc no acha?

Como pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha? Como pode, querido Dirio, bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho? Naquela noite eu rezei, pedindo que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de atender os meus pedidos. S assim, eu consegui adormecer um pouquinho mais feliz.

(OLIVEIRA, Pedro Antnio. Gente bicho e bicho gente. Dirio da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999).

Exerccios

01. O texto lido do gnero Relato Pessoal, do tipo Dirio. Que marcas textuais comprovam essa afirmativa?

02. A narradora inicia seu relato afirmando no ter mais dvida de que o mundo est virado ao avesso? Por que ela afirma isso?

03. O texto aborda uma problemtica social muito especfica. Indique tal problemtica e justifique sua resposta.

04. Em certo trecho, a narradora se diz muito envergonhada? Do que ela se envergonha?

05. A narradora compara a vida de seu cachorro vida do homem que buscava comida no lixo. A partir dessa comparao, pode-se afirmar que o autor do texto quer mostrar a vida humana, muitas vezes, sendo menos valorizada que a vida de um animal? Justifique seus comentrios.

06. No final do relato, a narradora deposita sua confiana em um ser divino. Por que ela no deposita essa confiana em outro ser humano? Explique.

07. Em sua opinio, o que pode ser feito para diminuir o sofrimento de pessoas como o homem retratado no relato? Justifique.Velho CaniveteJ ganhei vrios presentes. [...]

Mas acho que, se algum me forasse a escolher o melhor presente que j recebi, eu ficaria mesmo com o canivete suo que meu pai me deu 11 anos atrs. No um canivete qualquer: daqueles gordos, com dezenas de ganchinhos, serrinhas, lminas. Com caneta, pina, lupa, tesoura, alicate. Ele ainda veio num estojo de couro, com lpis, pedra de amolar, band-aid, kit de costura, lixa. E um espelhinho acompanhado de um papel com o cdigo morse sim, para eu me comunicar refletindo a luz do sol em caso de naufrgio, ou terremoto, ou tsunami, sei l.

O canivete j me salvou de vrias [...]. Ele j passou por boas, e isso fica claro quando se mexe nele. As articulaes j no so to suaves, as molas endureceram, muitas peas esto tortas e no encaixam direito. A caneta sumiu, os band-aids suos acabaram, as agulhas de costura esto com as pontas pretas de tanto serem colocados na chama para esterilizar antes de serem usadas para extrair espinhos. Apesar de ser de ao inox, h marcas de ferrugem por toda parte. Enfim, tudo nele dizia est na hora de comprar um canivete novo.

Pois , hoje em dia existem canivetes espetaculares, at com recursos eletrnicos (lanternas, pen drives e sei l mais o qu). A comecei a lembrar a origem daquelas marquinhas e cada uma delas me transportou para um lugar diferente. Cada uma era prova de que aquele canivete viveu. De que ele abriu latas, serrou cabos de ao, lixou unhas quebradas, aparou minha barba, arrombou portas, consertou bicicletas, tapou buracos de botas, ajustou culos. De que ele esteve em todos os cantos do mundo e tomou banho de mar, de leo de peixe em conserva, de molho de tomate, de vinho vagabundo. E me lembrei de quando ganhei o canivete de presente: eu estava de sada para a minha primeira longa temporada fora de casa nove meses na estrada de mochila nas costas e, como meu pai no podia ir comigo, aquele foi o melhor jeito que ele teve de me dizer quer uma fora?

Fui buscar uma escova de dentes velha e uma lata de querosene e comecei a limpar as entranhas dele. Foram umas duas horas de trabalho, esfregando, desentortando, enxugando. No d para dizer que o canivete ficou novo as marcas continuam l, e vo continuar sempre. Mas acho que ele est pronto para a prxima.

(Denis Russo Burgierman. Vida Simples, n56. Editora Abril.)

Exerccios

1. Nesse texto, o autor relata fatos que viveu, depois de ter ganhado um canivete de presente do pai.

a) Qual foi o motivo do presente?

b) Na sua opinio, as marcas no canivete so tambm marcas que esto no autor? Por qu?

c) Que sentido tem o trecho [as marcas] vo continuar sempre?

2. Nos relatos comum o emprego da descrio, usada para caracterizar as pessoas, os lugares, os objetos, etc. Pela descrio feita no relato, como estava o canivete antes de o narrador limp-lo?

3. Os fatos relatados pelo narrador so inventados por ele ou so recordaes de experincia vivida? Que trecho do 4 pargrafo comprova sua resposta?

4. Releia os seguintes trechos do relato e observe as palavras destacadas: J ganhei vrios presentes eu ficaria mesmo com o canivete suo que meu pai me deu 11 anos atrs cada uma delas me transportou para um lugar diferente

Isabella Siqueira Equipe PIP/CBC Lngua Portuguesa SRE Curvelo

a) Os pronomes destacados (negrito) referem-se a que pessoa do discurso?

b) Em que tempo esto as formas verbais destacadas (itlico)?

c) O autor participa da histria como observador ou como protagonista?

5. No relato, normalmente se emprega a variedade padro da lngua, que pode ser formal ou informal, dependendo de quem o narrador-protagonista e/ou seu ouvinte ou leitor.

a) No relato em estudo, que variedade lingustica foi empregada?

b) O autor faz uso de certa informalidade em seu relato?

6. Levante hipteses: a que tipo de pblico esse relato pessoal se destina?

7. Qual o suporte desse gnero textual, isto , como ele veiculado para atingir o pblico a que se destina?

8. Por que a frase: quer uma fora? (linha 22) est entre aspas?

Atividade Extraclasse

Finalidade do gnero: relatar um fato

Pblico alvo: jovens e adultos

Suporte ou veculo: internet (o texto foi retido da internet, mas ele foi publicado na revista Vida Simples. interessante mostrar essa diferena para os alunos).

Tema: Presentes

Assunto: Um canivete com vrias utilidades e com valor sentimental.

Linguagem: Formal, mas pode ser analisada com eles a hiptese se constar alguma informalidade na maneira de se expressar do autor por ser uma reproduo de algo que j aconteceu.

Domnio discursivo: Cotidiano

Estrutura: Prosa

Produo Inicial

1. Lembre-se de um perodo simples marcante ocorrido com voc, na infncia ou mais recentemente uma travessura de arrepiar, um presente inesperado, a adaptao numa escola nova, o nascimento de um irmo ou uma irm, uma viagem ou um passeio inesquecvel, uma grande decepo, o primeiro amor, um fato acontecido na escola, etc. e escreva um relato sobre ele. Siga estas instrues:

a) Antes de comear a escrever seu relato pessoal, pense no leitor.

b) Relate o episdio escolhido procurando situ-lo no tempo e no espao, citar as pessoas envolvidas, descrever o que voc sentiu no momento, etc. Escreva seu relato na 1 pessoa e empregue os verbos no passado. Use uma variedade lingustica adequada situao relatada e aos leitores.

c) Faa um rascunho e, quando terminar de escrever seu texto, realize uma reviso cuidadosa, seguindo as seguintes orientaes: *Observe se voc empregou a 1 pessoa e se os verbos esto predominantemente no passado. Verifique se o episdio relatado diz respeito a uma situao marcante na sua vida e se a linguagem est adequada situao que relatou e ao perfil dos leitores.

(Adaptao dos Livros Texto e Interao e Portugus Linguagens 1, William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes, 2010)

O Dirio de Anne Frank (O documentrio mais dramtico da Segunda Guerra Mundial)

Espero poder confiar inteiramente em voc, como jamais confiei em algum at hoje, e espero que voc venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim.

(Anne Frank, 12 de junho de 1942.)

Assim, Anne Frank inicia o seu famoso dirio, que ela escreveu em seu refgio, que ficava na casa de trs (1942 a 1944).

... Da, este dirio. A fim de destacar na minha imaginao a figura da amiga por quem esperei tanto tempo, no vou anotar aqui uma srie de fatos banais, como faz a maioria. Quero que este dirio seja minha amiga e vou chamar esta amiga de Kitty. Mas se eu comeasse a escrever a Kitty, assim sem mais nem menos, ningum entenderia nada. Por isso, mesmo contra minha vontade, vou comear fazendo um breve resumo do que foi minha vida at agora."

Domingo, 14 de junho de 1942

Vou comear a partir do momento em que ganhei voc, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversrio. (Eu estava junto quando voc foi comprado, e com isso eu no contava.)

Na sexta-feira, 12 de junho, acordei s seis horas, o que no de espantar; afinal, era meu aniversrio. Mas no me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade at quinze para as sete. Quando no dava mais para esperar, fui at a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.

Pouco depois das sete horas, fui ver papai e mame e, depois, fui sala abrir meus presentes, e voc foi o primeiro que vi, talvez um dos meus melhores presentes. Depois, em cima da mesa, havia um buqu de rosas, algumas penias e um vaso de planta.

De papai e mame ganhei uma blusa azul, um jogo, uma garrafa de suco de uva, que, na minha cabea, deve ter gosto parecido com o do vinho (afinal de contas, o vinho feito de uvas), um quebra-cabea, um pote de creme para o corpo, 2,50 florins e um vale para dois livros. Tambm ganhei outro livro, Cmera obscura, mas Margot j tem, por isso troquei o meu por outro, um prato de biscoitos caseiros (feitos por mim, claro, j que me tornei especialista em biscoitos), montes de doces e uma torta de morangos, de mame. E uma carta da v, que chegou na hora certa, mas, claro, isso foi s uma coincidncia.

Depois, Hanneli veio me pegar, e fomos para a escola. Na hora do recreio, distribu biscoitos para os meus colegas e professores e, logo depois, estava na hora de voltar aos estudos. S cheguei em casa s cinco horas, pois fui ginstica com o resto da turma. (No me deixam participar, porque meus ombros e meus quadris tendem a se deslocar.) Como era meu aniversrio, pude decidir o que meus colegas jogariam, e escolhi vlei. Depois, todos fizeram uma roda em volta de mim, danaram e cantaram "Parabns pra voc". Quando cheguei em casa, Sanne Ledermann j estava l.

Ilse Wagner, Hanneli Goslar e Jacqueline van Maarsen vieram comigo depois da ginstica, pois somos da mesma turma. Hanneli e Sanne eram minhas melhores amigas. As pessoas que nos viam juntas costumavam dizer: "L vo Anne, Hanne e Sanne." S fui conhecer Jacqueline van Maarsen quando comecei a estudar no Liceu Israelita, e agora ela minha melhor amiga. Ilse a melhor amiga de Hanneli, e Sanne de outra escola e tem amigos l. Elas me deram um livro lindo: Nederlandse Sagen en Legenden (Contos e Lendas da Holanda), mas por engano deram o volume II, por isso troquei o livro II pelo volume I. Tia Helene me trouxe um quebra-cabea, tia Stephanie, um broche encantador, e tia Leny, um livro fantstico: Daisy vai s montanhas.

Hoje de manh, fiquei na banheira pensando em como seria maravilhoso se eu tivesse um cachorro como Rin Tin Tin. Eu tambm iria cham-lo de Rin Tin Tin e o levaria para a escola; l, ele poderia ficar na sala do zelador ou perto dos bicicletrios, quando o tempo estivesse bom.

Disponvel em: http://www.starnews2001.com.br/anne-frank/diary.htm

1.O texto lido uma pgina do Dirio de Anne Frank, escrita em 1942. O Dirio de Anne Frank foi publicado pelo seu pai, Otto Frank, com a ajuda da escritora Mirjam Pressler, aps o fim da segunda guerra mundial .Com o dirio de sua filha em mos, ele se dedicou a divulgar a obra de Anne. Em 1980 ele morre, mas deixa realizado um grande trabalho.

a. H quantos anos o dirio foi publicado?

b. Essa pgina do dirio de Anne Frank difcil de ser lida e compreendida hoje?

c. Pode-se dizer que a lngua muda muito lentamente no tempo? Justifique sua resposta, de acordo com as respostas anteriores.

d. O vocabulrio de um texto mais antigo pode apresentar palavras que hoje no so mais usadas, ou que tiveram seu sentido alterado.

Transcreva do texto palavras e expresses cujo significado voc desconhece. A seguir, consulte um dicionrio para obter o significado dessas palavras e ou expresses.

e. O dirio de Anne Frank foi escrito de acordo com a variante padro da lngua.

Transcreva do texto alguns dados biogrficos, isto , dados sobre a vida da menina, que justifiquem o domnio dessa variante lingustica por ela.

Escreva as diferenas que h entre os dois textos em relao ao registro da linguagem: formal ou informal.

A que se pode atribuir essa diferena?

2. O gnero discursivo dirio possui uma estrutura bastante caracterstica:

a. O autor dirige-se a um confidente, sendo frequente o emprego do vocativo Querido dirio ou at a criao de um nome para o saudar.

Isso ocorre no Dirio de Anne Frank? Justifique sua resposta.

b. Os registros so ordenados por ordem cronolgica de ocorrncia. Cada dia corresponde a um registro de situaes e sentimentos diferentes e identificado pela respectiva data.

Em que ano, ms e dia da semana foi escrita a pgina do dirio de Anne Frank?

3. Explique o que voc entendeu da afirmao abaixo:

Alm de obedecer a uma estrutura especfica, o dirio encerra caractersticas prprias. O protagonista e o narrador so coincidentes, ou seja, so a mesma entidade. Por esse motivo, a modalidade de enunciao do discurso utilizada a primeira pessoa. O dirio testemunha de uma situao de comunicao unilateral.

4. Ao contrrio de um dirio inventado, O dirio de Anne Frank no um dirio ficcional, mas verdico, isto , foi a prpria Anne que o escreveu, registrando suas emoes e sentimentos em relao a sua vida familiar e mais tarde sobre os horrores da guerra.

Qual o nome que Anne d ao dirio, seu amigo e confidente?

DIRIO DE UM BANANA - UM ROMANCE EM QUADRINHOS - Jeff Kinney

1. Aps a leitura das pginas do dirio de Greg, os alunos, em dupla, devero responder s questes seguintes que devero ser passadas no quadro pela professora.

a. Observe a data na abertura da pgina do dirio de Greg? O que isso indica?

b. As pessoas do discurso so: 1. (eu/ns), aquela que fala; a 2. (tu/vs), aquela com quem se fala; e a 3. (ele, ela/ eles, elas). O dirio escrito em que pessoa do discurso? Por qu?

c. Um texto um enunciado. Quem produz um enunciado um enunciador. Complete a frase seguinte com a caracterizao do enunciador, quanto pessoa do discurso. Um dirio um texto escrito por.

d. Transcreva do texto palavras que identificam o sexo do enunciador.

e. Qual seria a idade do enunciador? Justifique sua resposta com passagens do texto.

f. Que pessoas so citadas nessas pginas de dirio?

g. Que acontecimento relatado pelo enunciador?

h. Conclua: que tipo de acontecimento registrado em um dirio?

i. Em um dirio, tambm se registram pensamentos, um modo de enxergar a vida. Qual a opinio, o ponto de vista do enunciador sobre o seu futuro e sobre os seus colegas do ensino fundamental? PROPAGANDA I

01) O que est sendo anunciado no texto acima? Quem o anunciante?

02) Quais os argumentos que foram utilizados no texto?

03) Qual a finalidade, de um modo geral, de uma propaganda?

04) Voc acha que a propaganda analisada alcanou seu objetivo? Ela foi bem bolada? Por qu?

05) Por que escolheram justamente um leo para aparecer nesta propaganda?

06) Escolha um outro animal qualquer para substituir o leo em tal propaganda, justificando sua escolha:

07) Voc seria capaz de escrever um pequeno texto defendendo o texto publicitrio em questo?

08) Quem seria o pblico-alvo da propaganda em estudo?

09) Voc concorda com o texto abaixo? Argumente.

"A diferena entre os dois lees acentua o preconceito, em relao a cabelos crespos, mesmo que naturais, induzindo os consumidores a acharem que qualquer outro tipo de cabelo, sem ser os lisos feio e no se "encaixa" nos padres de beleza da sociedade atual."

10) Crie uma fala para o leo, em que ele, obrigatoriamente, comentar sobre o seu antes e o depois:

PROPAGANDA II

01) Que mensagem se pode extrair s de olhar a propaganda acima? Comente:

02) Voc acha que a propaganda foi bem bolada? Por qu?

03) A OMS Organizao Mundial da Sade recomenda que a criana seja amamentada at os dois anos de idade. Entretanto, alm de muitas mes no observarem essa recomendao, no se preocupam, tambm, em oferecer uma alimentao saudvel criana. Escreva um pargrafo, posicionando-se a esse respeito, aproveitando elementos da propaganda em estudo:

04) Que metfora podemos perceber na imagem? Explique:

05) Qual o pblico-alvo desta propaganda?

06) Estabelea uma relao entre o anncio e os hbitos consumistas da sociedade:

07) Voc acha saudvel dar lanches do Mc Donalds para crianas em estado de lactao? Por qu?

08) A mensagem dessa propaganda foi transmitida sem o auxlio de textos verbais. Isso prejudicou a compreenso da mensagem? Crie um texto verbal chamativo para complementar a imagem:

09) Qual o objetivo dessa propaganda? Ele foi alcanado? Que funo da linguagem foi utilizada nela?

10) Que imagem representa o seio que o beb mama nessa propaganda? O que voc pensa a respeito disso?

11) O que demonstra a expresso facial da criana? O que o anunciante deseja com isso?

PROPAGANDA III

01) Qual o objetivo da propaganda acima?

02) Que nota voc daria de 0 a 10 a ela? Justifique sua escolha, utilizando, pelo menos, dois fortes argumentos:

03) Explique o que os termos em oposio sugerem e a importncia dos mesmos na propaganda:

04) Como voc usaria essa mesma propaganda para alertar as pessoas quanto ao consumo excessivo de doces?

05) Identifique uma figura de linguagem presente no texto, justificando seu raciocnio:

06) O que as letras com tamanhos irregulares na propaganda sugerem?

07) Na propaganda h o casamento entre a linguagem verbal e no verbal. Considerando que existisse apenas a linguagem verbal, seria possvel saber de que produto se tratava? Por qu?

08) Uma propaganda bem mais antiga do chocolate BIS utilizava o seguinte slogan: Bis! impossvel comer um s! O nome desse chocolate traz implcito um convite ao estmulo do seu consumo. Explique isso, relacionando a propaganda que voc est analisando!

09) Qual o possvel pblico-alvo para essa propaganda?

10) Quais os argumentos que foram utilizados para convencer o leitor a comprar o produto?

11) Que tipo de apelo foi utilizado na propaganda: o emocional ou o racional? Justifique sua resposta:

PROPAGANDA IV

01) A propaganda da Claro faz uso (e abuso) da chamada ambiguidade, se bem explorarmos o texto verbal. Quais so as duas possveis formas de se interpretar tal frase?

02) Utilizando a pontuao, altere a frase a fim de mudar um pouco o foco da propaganda, explicando seu raciocnio:

03) Um dos recursos da propaganda usar a imagem de artistas para dar mais credibilidade ao produto. Qual o efeito que essa propagando causa ao consumidor?

04) Que figura de linguagem foi usada nessa propaganda? Explique:

05) Escreva outras frases utilizando a palavra CLARO com outros sentidos (Diferente da propaganda e da ambiguidade ):

06) Observe a grafia da palavra sublinhada no slogan da propaganda: "Michael Jackson Claro."

a) Explique o emprego da inicial maiscula.

b) Se tal palavra for escrita com inicial minscula, ter sua classificao morfolgica alterada? Explique:

07) Essa propaganda dirigida a que pblico-alvo?

08) Voc v alguma possibilidade de essa propaganda ter sido meio... preconceituosa? Explique:

09) O CONAR um organizao no governamental que tem como misso impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. Voc acha que a propaganda em estudo pode ser denunciada ao CONAR? Por qu?

10) Ser que a propaganda pode ter sido vtima de montagens na internet? Justifique sua resposta.

11) O vocbulo "claro", est sendo usado no sentido conotativo e no sentido denotativo. Indique a classe gramatical que pertence o vocbulo em ambos os sentidos.

PROPAGANDA V

01) Que caractersticas da funo conativa esto presentes na propaganda?

02) Analise a linguagem utilizada na propaganda e diga a que pblico se destina:

03) Explique as possibilidades de sentido para a frase "Passe uma borracha nisso":

04) Qual o pblico-alvo do anncio?

05) Explique os sentidos da palavra BORRACHA:

06) As propagandas sobre o uso de preservativos atingem o pblico? Se no, o que seria necessrio fazer para alertar a populao sobre os riscos do no uso de preservativos?

07) "Nisso" retoma um termo que foi dito anteriormente. Qual termo o referente do pronome isso?

08) Por que algumas palavras aparecem escritas com cores diferentes?

09) Analise as cores utilizadas na propaganda em estudo:

10) Sendo um gnero de natureza argumentativa, o texto publicitrio apresenta argumentos para persuadir o interlocutor. Esses argumentos, direta ou indiretamente, esto relacionados com eventuais vantagens que o consumidor teria comprando o produto. Essas vantagens podem ser de ordem QUANTITATIVA, QUALITATIVA ou IDEOLGICA. Analise qual dessas vantagens oferecida pela propaganda analisada, justificando sua resposta:

11) Crie um pargrafo dissertativo-argumentativo acerca da importncia do uso do preservativo nas relaes sexuais, ainda mais nos dias de hoje:

12) De acordo com a propaganda, o que podemos entender com a palavra NISSO? Explique:

13) Classifique morfologicamente a palavra NISSO:

E. E. Pe. Jos Scampini

Apostila sobre os Gneros textuais: RELATO PESSOAL e PROPAGANDA

Aluno(a): ______________________________________n: _________ _____ ano: ______

Produo Interativa Prof. Gil