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Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
Apóstolas de Maria
Livro 2
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
2
Material impresso como manuscrito para uso da Juventude Feminina de Schoenstatt.
A série de 6 livros para as Apóstolas de Maria (5 a 12 anos) foi elaborado pelas
assessoras da Juventude Feminina de Schoenstatt do Regional Sul e do Nordeste:
Ir. M. Fátima Dotto, Ir. M. Clarissa Konrad,
Ir. M. Sandra Pim, Ir. M. Roseane Barasuol.
Coordenação e diagramação: Ir. M. Rosangela de Souza.
2008
Secretaria da Juventude - Regional Sul
Centro Mariano
Cx Postal: 7044 – CEP 97050-971
Santa Maria/RS
www.tabormta.org
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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PROJETO DE TRABALHO COM AS APÓSTOLAS DE MARIA
Regional Sul e Nordeste
As apóstolas de Maria fazem parte da Juventude Feminina de Schoenstatt. São a
sementeira e o futuro da juventude, por isso, é importante aproveitar esta faixa etária, na
qual as meninas estão especialmente abertas ao religioso, para transmitir-lhes, com
segurança, as verdades da fé e a espiritualidade de Schoenstatt. Os conteúdos de formação
das Apóstolas de Maria estão dispostos numa sequência que entrelaça temas específicos do
Movimento de Schoenstatt, os ensinamentos da Igreja e formação ética.
Independente da idade que ingressam, elas recebem uma introdução no sentido do ideal
das Apóstolas de Maria e são admitidas no grupo. Na admissão podem receber uma camiseta
com o símbolo das Apóstolas.
Os seis livros da “Coleção Apóstolas de Maria” contemplam o Livro da Dirigente e o
Caderno da Apóstola, configurado conforme cada etapa. Os cadernos podem ser adquiridos na
secretaria da Jufem no Regional Sul e os livros da dirigente estão disponíveis no site
www.jufem.com.br e www.tabormta.org.
1ª ETAPA: APÓSTOLAS DE MARIA (5 a 9 anos)
As Apóstolas de Maria são introduzidas na espiritualidade de Schoenstatt através do próprio
ideal.
Livro da Dirigente 1 – Sê luz no mundo! O primeiro livro (indicado para meninas de 5 a 7 anos) traz o estudo
de temas bíblicos e estimula o cultivo da vida de oração tendo como
temática principal os mistérios do rosário. Cada Apóstola conquista
e confecciona o seu próprio terço para recebê-lo em ocasião
especial preparada pelo grupo.
Livro da Dirigente 2 – Eis aí tua Mãe! A temática do segundo livro (8 anos) introduz as Apóstolas de
Maria mais diretamente na espiritualidade de Schoenstatt, com a
preparação para a sua consagração. Ao fazerem sua consagração a
Maria cada Apóstola recebe a medalha com a imagem da Mãe,
Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Podem
também receber o lenço com o símbolo das Apóstolas de Maria,
conforme costume nas dioceses.
Livro da Dirigente 3 – Brilha onde estás! O terceiro livro (9 anos) visa a formação cristã e comunitária. Já
no início das atividades elas são convidadas e estimuladas ao
apostolado. O grupo recebe a imagem da Mãe Peregrina de
Schoenstatt e cada uma é enviada como missionária junto à sua
própria família, amigos e parentes. “Sob a proteção de Maria”
desejamos educar e formar personalidades cristãs autênticas que
se decidam livremente para o que causa alegria a Deus. É neste
contexto que introduzimos o estudo dos Dez Mandamentos.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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2ª ETAPA: APÓSTOLAS DA RAINHA (10 a 12 anos)
A passagem para as Apóstolas da Rainha estará marcada com a descoberta dos “Segredos do
Reino”.
3ª ETAPA: APÓSTOLAS DA ALIANÇA (13 a 14/15 anos)
A passagem para as Apóstolas da Aliança será marcada com o início da preparação para o
ingresso na juventude e concluída com a solene Aliança de Amor (admissão) como cooperador
na Juventude Feminina de Schoenstatt.
Dos 13 aos 14 anos são indicados dois livros de estudo para as reuniões: “Apóstolas da Aliança”
– Título original: Temas Pré-Aliadas - e “Educação do Amor” que apresentam temas de
autoconhecimento, amor e sexualidade.
Concluída a terceira etapa dá-se a preparação mais direta para a Aliança de Amor (+- aos 15
anos). O livro indicado é “Meu caminho de Aliança”. Existem outros como: “Mensagem da
Aliança”, “Lírio do Pai a caminho da Aliança”, que também podem ser usados.
Os livros dessa última etapa estão disponíveis nas secretarias da JUFEM em cada Regional.
Livro da Dirigente 4 – Os segredos do Reino O quarto livro “Os sete segredos do Reino” (10 anos) traz como
conteúdo a história de Schoenstatt e do Pe José Kentenich. Tem
como objetivo introduzir na vida prática os principais elementos da
nossa espiritualidade, especialmente a vivência do Mistério de
Schoenstatt. A simbologia em torno do baú, onde elas colocam seus
bilhetes com as contribuições ao Capital de Graças, vai acompanhar
o grupo daqui para a frente.
Livro da Dirigente 5 – Manto de virtudes
O quinto livro “O manto da Rainha” (11 anos) apresenta a Mãe de
Deus como modelo de virtudes. Contempla a imagem de Maria
revelada na Sagrada Escritura, como também apresenta caminhos
para que nos tornemos semelhantes à sua imagem. A conquista do
“manto das virtudes” é representada no quadro com a imagem da
Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt,
que cada Apóstola prepara.
Livro da Dirigente 6 – Coroação
O sexto livro (12 anos) apresenta temas e desafios próprios da
adolescência e da atualidade, visando a formação cristã e ética. Os
heróis de Schoenstatt e o testemunho de jovens católicos são
apresentados como modelos que contrapõem aos ídolos
apresentados pela mídia. O enfoque principal está na autoeducação.
Este empenho é expresso na coroa que preparam para a Mãe de
Deus. A coroação será, então, o ponto culminante desta etapa.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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Apóstolas de Maria – Livro 2
Consagração
Querida Dirigente!
Recebeste um grande presente e uma grande missão com o grupo que te foi confiado.
Terás o privilégio de preparar este grupo para a sua consagração como Apóstolas de Maria.
A primeira reunião apresenta o símbolo e nas reuniões seguintes elas vão elaborando
cada parte. Para que o símbolo seja um sinal e uma vivência para elas, o grupo vai montando as
quatro partes. No início das reuniões, ou no final, há um momento para marcar os sacrifícios e
orações que fizeram para conquistar o seu símbolo. Em algumas reuniões elas receberão um
desenho -com ou sem quadriculado - para marcar e trazer na próxima reunião. Podes estimular
que colem no seu caderno, assim terão uma bela lembrança de seu tempo de Apóstola. O
objetivo é estimular as contribuições ao Capital de Graças, elemento fundamental de nossa
espiritualidade.
O dia da consagração deverá ser marcado com profundas vivências. Se for possível
prepara um retiro. Para isto podes pedir auxílio à assessora e à dirigente diocesana da
JUFEM.
Na oração diária, recomenda à Mãe de Deus e ao nosso Pai e Fundador o cuidado por
cada Apóstola de teu grupo. De tua parte, procura dar o melhor de ti esforçando-te para
preparar bem as reuniões e antes de tudo viver o ideal que apresentas.
Algumas indicações práticas podem te ajudar:
- Acolher cada uma.
- Chegar a tempo para preparar o ambiente da reunião e receber as Apóstolas.
- Deixar a sala ou o local da reunião sempre ordenados, assim educas verdadeiras
pequenas Marias.
- Organizar atividades fora das reuniões, como passeios, apostolado, etc.
- Recordar o dia do aniversário delas.
- Estar sempre consciente de que és um reflexo de Maria para elas, assim vão
encontrar mais rapidamente o caminho para a vinculação à Mãe no Santuário. “Teu ser e
tua vida repercute nelas” (Rumo ao Céu 471).
Para as reuniões observa os seguintes elementos que correspondem ao desenvolvimento
desta faixa etária:
Como estão inquietas por conhecer, é bom despertar estas inquietações e questionar: “Sabem por quê? Sabem como?”
Unir sabiamente a atenção pessoal com bonitas vivências de grupo em que se ajudem e interajam com simplicidade.
É fundamental educar com o exemplo. As meninas estão atentas para ver se vives o que lhes ensinas.
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Como têm um excesso de energia a libertar, é recomendável usar muitas brincadeiras, como correr, saltar, etc. e fomentar a prática de algum esporte. Inclusive podem fazê-lo ocasionalmente como grupo (vôlei, pular corda, corridas, etc.).
Como começam a ter mais sentido para a responsabilidade, pode-se confiar uma responsabilidade no grupo.
Dar oportunidade para que manifestem a sua opinião, já que nesta idade são mais críticas e gostam de falar.
Reforçar a importância dos pais.
Nota: As reuniões deste livro foram elaboradas a partir do “Cuadernillo de reuniones” das
Apóstolas de Maria elaborado pelas Irmãs de Maria de Schoenstatt, de Florêncio Varela,
Argentina - 1993. Não foi feita uma tradução integral, mas aproveitamos os conteúdos e
técnicas.
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ÍNDICE
1º encontro - Somos Apóstolas de Maria e temos um símbolo!
Conquista do Santuário
2º encontro – Schoenstatt – Belo lugar
3º encontro – “Schoenstatt é nosso lar porque ali mora nossa Mãe” (JK 1927).
4º encontro – O Capital de Graças
5º encontro – O Santuário é nosso lar
6º encontro – Um encontro com o Santuário
Conquista da Coroa
7º encontro – “Queremos amar Maria e assemelhar-nos a ela” (JK 1927).
8º encontro - Que a tua luz brilhe sempre em meu coração
9º encontro - “Eis aí tua Mãe!”
Conquista dos Raios
10º encontro – “Somos apóstolas de uma Rainha” (JK 1927).
11º encontro – O grande Apóstolo de Maria: Pe Kentenich
12º encontro - Pe Kentenich nos ajuda a partir do céu
Conquista do Mundo
13º encontro – Quero ser Apóstola de Maria no mundo como José Engling!
14º encontro – Ser luz para o mundo
Consagração da Apóstola de Maria
15º encontro – Compromissos das Apóstolas de Maria
16º encontro – Mãe, a ti eu me consagro.
Dia da Consagração
Rito da consagração e entrega do Símbolo das Apóstolas de Maria
Oração de Consagração
Encontros após a Consagração
17º encontro - Somos consagradas à Rainha. E agora? Vamos viver nossa consagração!
18º encontro - Mãe, ajuda-me a ser serviçal.
19º encontro – No Santuário a Mãe me transforma e envia
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1º ENCONTRO
Somos Apóstolas de Maria e temos um símbolo!
OBJETIVO: Conhecer melhor o símbolo das Apóstolas de Maria e descobrir através dele
nossa missão.
MATERIAL: Crachás com figuras (formando pares), alfinetes, cartões com símbolos
convencionais, caixa pequena, figuras de paisagens com flores e animais, desenho do símbolo
das Apóstolas dividido conforme as partes, cartazes com as frases sobre o ideal.
ORAÇÃO INICIAL:
Dinâmica de entrosamento.
A dirigente prepara recortes de diversos modelos com pares iguais tantos quantos são as
meninas de seu grupo. Cada uma poderá escolher um destes símbolos e fixar em sua camiseta
com um alfinete (ou fita adesiva). Depois deixa dois minutos para que as duas que têm o
mesmo símbolo se encontrem e conversem. Em seguida uma deverá apresentar a outra ao
grupo dizendo o seu nome, sua idade e alguma características ou algo dela como, por exemplo:
o bairro onde mora, a sua cor preferida, o que mais gosta de fazer, etc.
APLICAÇÃO: Por que encontramos bem rápido o nosso par? Porque ela tinha o mesmo símbolo,
foi algo que nos identificou. Depois tivemos que conversar para saber mais sobre
nossa amiga, pois não havia um símbolo que nos dissesse onde ela mora, o que mais
gosta de fazer, etc.
Vimos como é importante ter algo que nos identifique. Quando vemos a bandeira
do Brasil, o que ela representa para nós? Se vejo alguém com este símbolo, já sei:
é um brasileiro ou alguém que gosta do Brasil. Mas existem também outros
símbolos.
DINÂMICA:
Preparar uma caixinha com o desenho de alguns símbolos convencionais.
Sugestões de símbolos:
Balança – símbolo da justiça
Âncora – símbolo da marinha
Flor de lis – símbolo dos escoteiros
R$ - símbolo de moeda (dinheiro)
Cruz – símbolo dos cristãos
Lâmpada – símbolo da enfermagem
Bandeira do município
Símbolo da Coca-cola
Símbolo de empresas (de preferência usar algo que exista na cidade)
Dois corações – pessoas que se amam etc.
Formar dois grupos.
Uma das integrantes do grupo deverá ir até a frente e retirar um símbolo. Se ela souber o que
ele representa, a sua equipe ganhará 1 ponto. Se não souber, o ponto passa para a outra
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equipe. Assim segue cada vez uma do grupo, até terminar os símbolos. A equipe que
tiver somado mais pontos será a vencedora e vai iniciar a apresentação do símbolo das
apóstolas, montando o símbolo com a ajuda da dirigente.
DIÁLOGO: Como vimos, existem símbolos que identificam certas associações, fábricas, etc.
Ao vermos lembramos imediatamente o que ele representa. Quando alguém
elabora um símbolo expressa nele a sua missão, seu ideal, sua identidade. Mas
existe alguém que é mais criativo do que todos para inventar e criar símbolos que
o representem. Sabem quem é? Deus. Ele criou toda a natureza como símbolo de
sua beleza e majestade. Tudo nos fala sempre de Deus, o Criador. Vejamos
algumas imagens. Qual é a mensagem que elas nos transmitem?
(a dirigente distribui pela sala algumas paisagens, flores, rios etc.)
Tarefa: As meninas têm 5 min para contemplar as imagens em silêncio, e escrever o que lhes
sugere tal imagem. Depois apresentam ao grupo.
DIÁLOGO:Como vemos todas as coisas criadas falam de alguma qualidade de Deus, são
reflexos de seu ser: a água pura e límpida de uma fonte nos fala da pureza de Deus,
as flores de sua beleza, o mar de sua grandeza, as montanhas de sua majestade.
Deus sabe que para conhecê-lo necessitamos de imagens que o representem.
Os símbolos, muitas vezes, falam mais do que as palavras e nos entendemos melhor.
E o nosso símbolo, o que ele nos diz? Vamos descobrir o nosso tesouro.
(A dirigente apresenta as partes do símbolo e as meninas vão montando. Fazer de tal modo
que elas participem da explicação, dando dicas: coroa – Maria é nossa Rainha, Santuário – a
casa de nossa Mãe e Rainha...)
Nosso símbolo das apóstolas tem uma longa e bonita história. No ano de 1927
reuniram-se em Schoenstatt mais de 100 meninas para o primeiro encontro. O Pe.
Kentenich estava muito contente com este grupo e deu algumas palestras. Numa
delas ele destacou três elementos fundamentais (destacar com cartazes):
“Schoenstatt é nosso lar
porque ali vive nossa Mãe!”
“Queremos amar Maria
e assemelhar-nos a ela.”
“Somos apóstolas
da Rainha!”
Mais tarde as Apóstolas quiseram expressar estes três pensamentos em um
símbolo que as distinguisse como Apóstolas de Maria. De muitos lugares enviaram
desenhos e as dirigentes elaboraram em Schoenstatt, em base destes, o nosso
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símbolo atual que é o mesmo em todo o mundo. Com este símbolo queremos
anunciar a todos: Somos apóstolas de Maria.
Vamos ver cada parte do símbolo:
(Convidar as meninas para colocar a frase correspondente junto a cada parte do símbolo).
“SCHOENSTATT É NOSSO LAR PORQUE ALI VIVE NOSSA MÃE!”
O SANTUÁRIO é realmente nosso lar. Nele mora nossa Mãe do céu. O
Pe. Kentenich perguntou aquela vez para as meninas: “Tenho medo quando estou em casa? Não. Ali me sinto bem e por isso acho estranho quando estou longe de casa. Se é verdade que Schoenstatt, que o Santuário é minha casa, não terei que conhecer tudo o que há nele?” Por isso queremos visitar muitas vezes o Santuário, ele deve ser o meu
lugarzinho predileto.
“QUEREMOS AMAR A MARIA E ASSEMELHAR-NOS A ELA.”
A COROA (lírio): Por que Maria tem uma coroa? Porque ela é Rainha.
Jesus a coroou e lhe deu poder de Rainha no céu e na terra. A forma
da coroa representa um lírio. Esta flor é símbolo da pureza por ser
branca e aberta para cima. O lírio é muito sensível, se tocamos nas
suas pétalas, ficam manchadas. Ela representa Maria como a
Imaculada.
Como apóstolas de Maria queremos ser puras, por isso, do Santuário a Mãe nos presenteia a
graça da transformação. Se a amarmos de verdade nos sentiremos abrigadas em seu coração e
seu amor nos transformará cada vez mais em reflexos seus, suas apóstolas.
“SOMOS APÓSTOLAS DA RAINHA!”
OS RAIOS simbolizam todas as apóstolas de Maria no mundo.
Desde o nosso batismo fomos chamadas a ser apóstolas.
Sabemos bem onde podemos cumprir nossa missão: em casa, na
escola, na rua, na igreja... A partir de seu Santuário a Mãe nos
envia como apóstolas, como pequenos sinais de luz no mundo,
irradiando a sua presença.
O Pe. Kentenich disse:
“Queremos ser instrumentos. A Mãe precisa realmente de nós? Sim, porque sozinha ela não pode cumprir sua missão. Queremos ser pequenas apóstolas da querida Mãe de Deus.”
O MUNDO é o lugar onde devemos realizar nossa missão. Todos os
que nos rodeiam esperam que sejamos um sinal da luz de Deus e de
Maria porque o mundo é tão escuro e necessita desta luz.
(Depois de apresentar cada parte, montar com as meninas o símbolo)
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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Que alegria! Temos um símbolo que nos identifica. Como a Mãe de
Deus está contente porque estamos preparando-nos para a
consagração de Apóstolas de Maria. Durante este tempo vamos
conquistar cada parte e as virtudes que representam o nosso ideal.
Vamos aproveitar bem este tempo para crescermos no amor a nossa
Mãe e procurar viver o que expressamos através deste ideal.
PROPÓSITO: Até a próxima reunião rezaremos cada dia a pequena consagração presenteando
nosso coração à Mãe de Deus para que ela nos transforme em verdadeiras apóstolas.
*Cada uma pode receber o símbolo, anexo1, para pintar.
AVISOS
ORAÇÃO FINAL
CANTO
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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CONQUISTA DO SÍMBOLO
SANTUÁRIO
2º ENCONTRO
Schoenstatt – Belo lugar
OBJETIVO: Conhecer a história de Schoenstatt.
MATERIAL NECESSÁRIO: Uma cartolina com o contorno de uma casa, duas canetinhas de
cores diferentes. Várias folhas de papel, revistas, uma cartolina, livro de cantos.
DINÂMICA: “O farol”
As Apóstolas se dividem em duas equipes: os faróis e os barcos. Os barcos se colocam
sentados em círculo enquanto que os faróis permanecem em pé atrás deles com as mãos para
trás. Cada farol se coloca por de trás de um barco. Um dos faróis não tem barco, este enviará
um sinal para um barco que, com muita rapidez procurará abandonar seu lugar para ir sentar-
se no lugar livre diante do farol que não tinha barco. Quando se dá o sinal o farol guardião de
seu barco estenderá seus braços para tentar segurar o seu barco. Se este se escapa o farol
se tornará o “Farol solitário” e tentará atrair outro barco. Assim segue a brincadeira, por um
tempo determinado pela dirigente.
CANTO:
DIÁLOGO: Hoje também nós vamos pegar nossos barcos para fazer uma viagem à Europa. E a
que país iremos? Para a Alemanha, a um lugar chamado Schoenstatt.
A palavra Schoenstatt significa “belo lugar”.
Schoenstatt está situado perto da cidade de Coblença, às margens do Rio Reno.
Vocês sabem o que é um lugar de peregrinações? É aquele lugar para onde os
cristãos peregrinam com fé, com a finalidade de alcançar alguma graça. Hoje vamos
ouvir como Schoenstatt se tornou um lugar de peregrinações.
Voltemos ao passado, retrocedamos até o ano 1901: neste ano os Padres Palotinos
compraram uma propriedade em Schoenstatt; ali foi construído um belo seminário
para alojar os meninos que queriam ser padres missionários. Perto da casa antiga
que tinha neste terreno, estava uma pequena capelinha que por ser velha e
abandonada era usava como depósito. O Irmão jardineiro guardava as ferramentas
que usava no jardim.
O seminário novo foi construído sobre o monte. Era amplo e bonito. No ano de 1912
os meninos foram morar em seu novo lar. Estavam muito contentes em poder morar
numa casa nova e moderna, porém sua alegria durou pouco tempo. Por quê? Alguma
de vocês já mudou uma vez para uma casa nova? O que acontece então? Pai e mãe
dizem: “Agora estamos na casa nova, custou muito construí-la, por isso devem
cuidar de seus quartos para que estejam sempre limpos e ordenados”, e começam
com a „lista‟ de coisas que não se deve fazer mais. Algo semelhante aconteceu no
novo seminário; foi escrito um novo regulamente que devia ser observado
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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rigorosamente: não empurrar-se nos corredores, não escorregar pelo
corrimão das escadas, não falar alto aqui, não sentar ali, etc... Vocês podem
imaginar como isto não agradou em nada os meninos. Na casa antiga em
Erembreinstein era muito mais interessante e divertido, pois ali se podia jogar
cartas escondido e fazer muitas outras coisas. Como os professores ficaram muito
exigentes, os alunos começaram a rebelar-se, não cumpriam seus deveres, não
obedeciam; eles queriam ser „livres‟. Formou-se uma situação muito complicada, pois
os professores diziam: “é impossível que estes meninos rebeldes possam ser
missionários”! E tinham razão, mas o que se podia fazer? Eles refletiram e tiveram
uma ideia: “Os meninos deveriam ter um Padre que fosse para eles pai e mãe ao
mesmo tempo, que tivesse tempo para escutá-lo, um padre que seria seu diretor
espiritual... Um padre espiritual, isso é o que necessitam!”
Um sacerdote foi nomeado para esta tarefa, mas ficou doente e teve que retirar-
se. Chegou outro, mas aconteceu o mesmo; então foi nomeado um terceiro: seu
nome era Pe José Kentenich. Quando ele assumiu seu novo posto, pouco a pouco a
situação foi mudando. O Pe Kentenich lhes presenteou seu coração, seu amor, sua
confiança e eles encontraram nele um verdadeiro pai.
A missão do Pe Kentenich como diretor espiritual era aconselhar os seminaristas,
ajudá-los a solucionar seus problemas e a crescer espiritualmente.
Mas em que momento chegou o Pe Kentenich! A situação era tão tensa como quando
uma bomba está a ponto de explodir! Havia como que dois partidos: o dos
professores e o dos alunos.
O que podia fazer então o Pe Kentenich? Defender os meninos? Colocar-se ao lado
da autoridade? Nem uma coisa nem outra.
Pouco a pouco ele foi ensinando aos meninos que ser livre não é fazer só o que eu
quero, e que cada vez que eu obedeço a uma autoridade estou obedecendo a Deus,
porque a autoridade legitimamente constituída é reflexo de Deus. Ser livre é não
deixar-me levar por meus caprichos, pela preguiça, pelo desânimo, etc.
Então, quando sou livre? (perguntar às Apóstolas).
Quando faço sempre o que agrada a Deus.
Será que a atitude que tinham os meninos agradava a Deus?
Apontando à verdadeira liberdade o Pe Kentenich lhe mostrou algo grande, uma meta
a qual deviam chegar: ser santos. Isto despertou neles muito entusiasmo e espírito de
luta.
DINÂMICA: “Palavras importantes”
As Apóstolas se dividem em duas equipes formando fila. A cada equipe se entregará
uma canetinha de cor diferente. Na frente das equipes se colocará uma folha (cartolina) onde
está o desenho dos contornos de uma casa bem grande representando o seminário dos
Palotinos.
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A dirigente dá o sinal, uma menina de cada equipe, depois de consultar as colegas
da sua fila, correrá até o desenho e escreverá uma palavra que tenha aparecido no relato que
acabaram de escutar (por exemplo: Seminaristas, liberdade, casa, Palotinos, etc.). As palavras
não podem ser repetidas. Em seguida volta e passa a canetinha para a próxima jogadora indo
para o final da fila.
Depois de 3 minutos a dirigente assinala as palavras que não correspondem com o relato
e a equipe que tiver escrito mais palavras será a vencedora.
PROPÓSITO:
ORAÇÃO FINAL:
AVISOS:
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3º ENCONTRO
“Schoenstatt é nosso lar porque ali mora nossa Mãe”. JK, 1927
OBJETIVO: Conhecer a história da fundação de Schoenstatt.
MATERIAL: Símbolo das Apóstolas. Pode ser desenho em cartolina ou feito em isopor. A
partir desta reunião o símbolo sempre acompanhará o grupo. Em cada encontro podem marcar
com algum sinal, usar canetinha colorida ou lantejoulas (se for em isopor).
ORAÇÃO INICIAL:
CANTO:
TAREFA: Apresentar a frase: “EU AMO A LIBERDADE”. Pedir que cada uma escreva o que
significa ser livre e como podemos ser livres, depois apresentar para o grupo.
DIÁLOGO: Ninguém melhor do que Maria soube, a exemplo de Jesus, ser livre de verdade.
Lembram que na última reunião falamos que o Pe Kentenich foi nomeado diretor
espiritual dos seminaristas em Schoenstatt. Os meninos estavam muito
revoltados porque queriam mais liberdade. Então o Pe Kentenichh foi explicando a
eles o que significa ser verdadeiramente livre e apontou a conquista de grande
ideais, sobretudo o ideal da santidade.
Ele sabia que somente Maria poderia ser a educadora dos meninos e transformá-
los em santos. Por isso, como ele mesmo amava muito Maria, começou a cultivar
cuidadosamente no coração dos seminaristas o amor Mãe de Deus. Foi assim que
os seminaristas quiseram formar uma congregação mariana.
A congregação foi crescendo cada vez mais, e o Pe Kentenich se deu conta que
seria muito bom ter um lugarzinho que fosse exclusivo dos jovens: ali eles
poderiam reunir-se e também crescer no seu amor a Maria.
Onde poderia ser este lugar? Recordam o que havia em frente à casa antiga? Uma
capelinha abandonada.
Os seminaristas disseram: “Há, se pudéssemos ter esta capelinha como
propriedade da congregação?” Mas nem a todos agradou a ideia: “O galpão, cheio
de coisas velhas e ratos?!” Retrucaram: “Mas podemos limpá-lo e deixá-lo lindo, só
que primeiro temos que obter a permissão do Pe Reitor.”
Depois que receberam a permissão começaram a trabalhar na capelinha e
reuniam-se ali. Ficou mesmo muito linda. Sobre o altar colocaram uma estátua de
São Miguel, pois antigamente esta capelinha era dedicada a ele. Ainda não tinham
uma imagem de Maria para colocar na capelinha.
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Enquanto os seminaristas preparavam este lugar para a Mãe de Deus, no
mundo vivia-se uma etapa muito difícil: irrompera a primeira grande Guerra
Mundial. A casa nova onde os seminaristas estavam morando teria que ser
transformada em hospital para soldados feridos e eles deveriam ir cada um para
sua casa por tempo indefinido.
O Pe Kentenich refletia sobre o que fazer para ajudar estes meninos. Certamente
muitos seriam enviados para a guerra. Foi assim que Deus colocou em seu coração
uma “ideia predileta”, como ele se expressou mais tarde: “Não seria possível que a
Capelinha de nossa congregação se tornasse um Santuário, um lugar de
peregrinações e de graças?”
Quando chegou o mês de outubro os meninos voltaram de suas férias e se reuniram
com o Pe Kentenich na Capelinha. Ele lhes contou da “ideia predileta” que acalentava
em seu coração. Os jovens se entusiasmaram com ela e foi assim que em 18 de
Outubro de 1914 selaram pela primeira vez em Schoenstatt a Aliança de Amor com
a Mãe de Deus: os jovens se comprometeram a presentear cada dia seus sacrifícios,
suas orações e seus esforços, e a Mãe, de sua parte devia estabelecer-se no
Santuário. Começaram a realizar tudo pela Mãe. Um deles, chamado Marx Brunner
fez o propósito: ser o mais alegre no recreio, o mais aplicado nos estudos e o mais
concentrado na oração.
Hoje temos comprovado que a Mãe de Deus aceitou esta Aliança e o Santuário de
Schoenstatt se transformou em fonte de graças para o mundo inteiro.
TAREFA: O grupo se divide em duas equipes.
Cada uma receberá um papel e deverá representar o que aprenderam nesta reunião em forma
de desenhos, frases... O mais belo será premiado.
Em seguida cada menina confeccionará, em um pedaço de
cartolina dobrado ao meio, um pequeno calendário de mesa
para colocar em seu quarto. Dividir em 7 colunas onde
escreverá cada dia da semana, deixando espaço para depois
colocar o propósito.
DIÁLOGO: Também nós queremos conquistar o Santuário como fizeram
os seminaristas junto com o Pe Kentenich. Em nosso símbolo das
Apóstolas temos o Santuário. Que tal começarmos nossa preparação para
a consagração de Apóstolas conquistando o símbolo, parte por parte?
Podemos iniciar, então, pelo Santuário.
Para a próxima reunião cada uma traz o seu calendário com os propósitos
que cumpriu e juntas vamos marcar no Santuário todos os nossos
presentes para a Mãe de Deus.
Lembrar as cores do Santuário: vermelho e contorno dourado (amarelo).
ORAÇÃO FINAL
AVISOS
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4º ENCONTRO
O Capital de Graças
OBJETIVO: Mostrar a importância de nossa colaboração com a graça e
conhecer as diferentes formas de contribuições ao Capital de Graças.
MATERIAL NECESSÁRIO: Moedas ou pedrinhas, vasos com água e um
prato. Lantejoulas e copos de plástico.
CANTO
BRICADEIRA: “Eu vou a Schoenstatt!” As meninas formam um círculo e vão enumerando as
coisas mais importantes para ir de viagem a Schoenstatt. A primeira começará dizendo, por
exemplo: “Eu vou a Schoenstatt e levarei uma bolsa.” A segunda dirá: “Eu vou a Schoenstatt e
levarei uma bolsa e uma máquina fotográfica”. E assim sucessivamente sempre repetindo.
Aquela que se atrapalhar é desclassificada e recomeçam a viagem.
DIÁLOGO: Que maravilha seria viajar a Schoenstatt para fazermos lá a nossa consagração.
Na brincadeira que acabamos de fazer pensamos em levar muitas coisas nesta
viagem sem pensar se eram realmente necessárias. O que teria sido realmente
importante? (deixar que respondam).
Em nossa vida, nos esforçamos por adquirir muitos bens: alimentos, roupas, etc.
Está bem, todas estas coisas são necessárias para nosso corpo. Mas também
nosso espírito deve se desenvolver. Por isso, é importante o contato com as
pessoas, o amor, a alegria, a generosidade, o serviço, o desenvolvimento de nossas
capacidades: a inteligência, à vontade.
ATIVIDADE: “A palavra misteriosa!”
Respondendo estas perguntas vamos encontrar uma palavra misteriosa.
1) Quando recebe um presente, o que diz uma pessoa educada? (OBRIGADA)
2) Quem salvou-nos por sua morte e ressurreição? (CRISTO)
3) Como se chama a festa do nascimento de Cristo? (NATAL)
4) No dia 18 de cada mês celebramos o dia da (ALIANÇA).
5) Em 18 de outubro de 1914 o Pe Kentenich e os seminaristas se reuniram em uma
(CAPELINHA).
6) Eles se comprometeram a fazerem muitos (SACRIFÍCIOS).
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DIÁLOGO: Encontramos a palavrinha misteriosa: Graças. Ela é tão importante para nossa vida
espiritual como o alimento é importante para nosso corpo.
A graça é o maior presente que Deus deu ao homem. Cristo, através de sua morte
na cruz, nos mereceu todas as graças sem nossa intervenção e as presenteia a
todos os homens até o fim dos tempos. Porém ele não nos impõe as graças à força:
espera que peçamos e nos esforcemos para conquistá-las.
DINÂMICA: “A inundação”
Sobre a mesa se colocará uma jarra (transparente) com um prato debaixo. A dirigente
encherá de água quase até a borda. Cada menina receberá a mesma quantidade de moedas (ou
pedrinhas), a um sinal da dirigente cada uma deixará cair, cuidadosamente, uma moeda
dentro da jarra, segue-se o mesmo até que a água transborde. O importante é que as
meninas observem como a água sobe lentamente.
DIÁLOGO: Assim como ao colocar as moedas, a água que estava dentro do vaso se derramou,
também acontece com as nossas orações, pequenos sacrifícios, trabalhos feitos
com amor e alegria, etc.: através deles alcançamos que a graça se derrame sobre
nós e todos os homens.
Em seu Santuário a Mãe nos espera com muitas graças para nos presentear.
Podemos dizer que ali ela tem um grande tesouro, é o que nós chamamos de Capital
de Graças. Como suas Apóstolas, queremos ajudá-la a “movimentar” estas graças
através de nossas contribuições. Não vamos aumentar o seu tesouro, mas
estaremos fazendo com que se abram caminhos para que muitos possam receber
deste tesouro, ele é sem fim, não se acabará. É uma fonte que não se esgota porque
nasce do coração do próprio Cristo pregado na Cruz. Jesus quis que sua Mãe fosse a
Medianeira de todas as graças que ele nos mereceu na cruz. Por ela recebemos
tudo.
JOGO: Material: 2 pratos com igual quantidade de grãos de lentilha ou outro grão, (pode-se
usar também lantejoula) 2 vasos transparentes vazios, duas colherinhas.
Formar duas equipes. Coloque os dois vasos em determinado ponto da sala, talvez junto à
imagem da MTA. Deverá ter algo que identifique um vaso para cada equipe. No outro extremo
da sala, estarão os pratos com os grãos de lentilha, um ao lado de cada equipe. As meninas
formarão as respectivas filas das equipes e dado o sinal, a primeira jogadora de cada equipe
pegará lentilhas com a colherinha e atravessando a sala colocará no vaso correspondente ao da
sua equipe. Retornando, entregará a colherinha para a próxima jogadora e vai colocar-se no
final da fila. Assim segue sucessivamente até que uma equipe consiga levar todos os grãos
para o vaso, então será a equipe vencedora.
DIÁLOGO: Assim com nos esforçamos para levar muitos grãos até o vaso, também nos
esforçamos para dar muitos presentes para a Mãe de Deus, fazendo nossas
contribuições ao Capital de Graças.
Os primeiros meninos que pertenceram ao Movimento de Schoenstatt se
esforçaram muito para fazer de sua própria vida uma contribuição ao Capital de
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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Graças. Um deles, que naquela época era aluno no seminário dos padres em
Schoenstatt, nos conta:
“Todos os dias, pela manhã, tínhamos em torno de 5 horas de aula. Depois de cada aula nos era dado uma pausa de 5 minutos, durante a qual grande parte dos alunos visitavam o Santuário. José Engling e João Wormer eram nossos líderes. José, principalmente, era o que se movia para que fossem muitos os que visitavam a Mãe nos recreios. A maioria fazia desde 5, 6 até 10 visitas. Não iam somente para rezar, mas também para oferecer sacrifícios, o primeiro dos quais era levantar-se pontualmente às 6 horas da manhã. As condições de vida não eram muito boas. Na casa estávamos em torno de 95 alunos internos. Faltavam camas, por isso tinham que se utilizar colchões de palha colocados em todos os recantos. Depois de levantarmos participávamos da Santa Missa, tomávamos café e começávamos as aulas. Havia muitas oportunidades para adquirir contribuições ao Capital de Graças... Assim surgiu o lema: „Cada sacrifício vale um risquinho para o Capital de Graças‟. Então começaram a acontecer coisas estranhas; por exemplo: cada vez com maior freqüência os sapatos sujos que havíamos deixado debaixo da cama apareciam no dia seguinte limpos e cuidadosamente lustrados...”
Eles ofereciam todo este esforço para o Capital de Graças. Com isto queriam
contribuir para que aquela capelinha se transformasse em verdadeiro Santuário
onde a Mãe de Deus pudesse distribuir dons e graças.
E nós, como podemos oferecer contribuições ao Capital de Graças em nossa vida?
Vamos ouvir como um menino, assim da nossa idade, descobriu como conquistar
ofertas para o Capital de Graças.
História de uma equipe de futebol muito original A ideia foi de Marcelo e surgiu quando em Schoenstatt escutou falar de Capital de
Graças. Disse para si mesmo: “Isso de lutar por Maria contra o demônio se parece ao futebol.
São duas equipes colocadas uma em frente à outra, a de Maria e a do demônio.”
Neste dia, quando Marcelo regressou à sua casa, seus pensamentos eram um campo de
futebol. Não havia um minuto a perder pais desejava estar esta mesma tarde no clube. Sua
mãe o recebeu dizendo:
- “Marcelo, meu filho, a comida já está pronta. Come tudo porque nesta tarde
necessitaremos de muitas forças para ajudar o papai”.
- “Ajudar o papai? Justamente hoje quando pensava em ir ao clube...!”
Marcelo não pode terminar a frase. Uma voz interior lhe sussurrava: “Atenção,
Marcelo, não perca a oportunidade do primeiro gol”. Então Marcelo respondeu:
- “Está bem, vou ajudar o papai. Um a zero!!”
Sua mãe o olhou assustada e lhe disse:
- “Que tens? O que há, meu filho?”
- “Nada mamãe, nada. Não te preocupes”.
E Marcelo saiu correndo e assoviando. À noite ele estava morto de cansado. E outra vez
a voz: “Não, Marcelo, não podes ir dormir sem ter rezado a oração da noite”. Isto sim lhe
custou, porém o triunfo se repete: “Dois a zero!”
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No dia seguinte, chegou com grande apetite à hora do almoço. Sentou-se ansioso
à mesa e... O que é que vê? Sopa de legumes com cebola... Somente olhar já lhe cortou o
apetite. Já estava pronto a reclamar quando recordou que era um jogador da equipe de Maria:
então esvaziou o prato em poucos minutos. Ao terminar bateu com o punho na mesa
exclamando: “três a zero!”
Vitorioso, ao terminar de almoçar foi para o seu quarto. Ao entrar surpreendeu sua
maninha de quatro anos recortando sua revista preferida. Instintivamente Mariela saiu
correndo quando viu entrar o seu mano. Ele, apertando os dentes, recolheu tudo sem dizer
nada. No final disse: “Quatro a zero!” Neste momento descobriu que seu pai estava
observando. Depois ouviu que comentava com sua mãe:
- “Não sei, mas acho que o futebol está afetando a cabeça de Marcelo!”
Marcelo ficou quieto e não contou nada do que estava acontecendo na realidade.
Somente a sua companheira de equipe – Maria – sabia o que se passava...
Realmente Marcelo era um grande jogador. E isto demonstrou inclusive quando
fracassou diante de seu adversário: como bom jogador não se perdoou a derrota, e depois de
cada fracasso voltou a começar novamente.
DIÁLOGO: Com esta história comprovamos que são muitas as oportunidades que encontramos
em nossa dia-a-dia para demonstrarmos a Mãe de Deus todo nosso amor. E para
consegui-lo, não precisamos realizar coisas extraordinárias. O importante é
realizar bem as coisas mais simples. E todas sabemos que isto pode custar muitos
sacrifícios. Recordemos a história de Marcelo: Não acontece algo semelhante
como no futebol? O que necessita um jogador para ser o primeiro de sua equipe?
Treinamento!
Também nós, se desejamos ser as primeiras em demonstrar nosso amor a Mãe de
Deus, não podemos deixar de fazer um bom treinamento. Isto significa começar
com as pequenas coisas, pois se as conquistamos com constância, elas nos
permitirão realizar um dia as grandes coisas.
TAREFA: Em seus cadernos as meninas anotarão todas as possibilidades de contribuir ao
Capital de Graças que lhe sugerem as seguintes palavras:
COLÉGIO – CASA – IRMÃOS – REZAR – GRUPO DAS APÓSTOLAS
PROPÓSITO: Esforçar-nos por conquistar muitas contribuições ao Capital de Graças (como
escreveram na tarefa acima) para, na próxima reunião marcar no símbolo continuando a
conquista da primeira parte, o Santuário.
Convidar as meninas a copiarem a seguinte oração em seu caderno e rezá-la cada dia.
ORAÇÃO: Querida Mãe de Deus, hoje quero presentear-te todo o meu trabalho, meu
descanso, minhas alegrias e tristezas. Ofereço-te também o esforço por suportar com
paciência aqueles que me são desagradáveis; ofereço-te minhas orações, minhas boas obras e
todo meu amor. Deposito tudo em tuas mãos para que tu, deste teu Santuário, ilumines o
coração dos homens que sofrem e que estão afastados de Jesus. Atrai-os à fonte de graças
de nosso Santuário e ilumina com tua luz a escuridão do mundo. Amém.
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5º ENCONTRO
O Santuário é nosso lar!
OBJETIVO: Proporcionar a vivência de que o Santuário é o lar das Apóstolas de Maria e de
todos os filhos de Schoenstatt.
MATERIAL NECESSÁRIO: Recortes com imagens de casas, pequenos cartões para escrever,
uma foto do interior do Santuário para cada menina, adesivo, foto de José Engling, livro de
cantos.
ORAÇÃO INICIAL
Marcar no Santuário do símbolo as suas contribuições ao Capital de Graças.
DINÂMICA: “Concurso de casas”
A dirigente mostrará ao grupo recortes com diferentes imagens de casas numeradas, uma ao
lado da outra. As Apóstolas escreverão os números das casas que mais gostaram, sem fazer
comentários entre elas. Depois se misturam todos os papéis onde elas escreveram e se lêem
os resultados. Assim se saberá qual casa recebeu a maioria de votos. Então cada menina
explicará porque achou esta casa a mais linda.
DIÁLOGO: Imaginemos que somos arquitetas: vamos desenhar uma casa para nós. Não
contamos com muitos meios econômicos, por isso devemos pensar muito bem a que
peça da casa daremos mais importância. O que não poderia faltar em uma casa e
mereceria o melhor esforço para desenhar?
TAREFA: Cada menina pensará em silêncio e depois poderá falar ao grupo qual parte da casa
escolheu como a mais importante.
DIÁLOGO: Será que nos sentiríamos bem na casa que imaginamos se ela estivesse situada em
uma região solitária e nós vivêssemos sozinhas nela?
A casa pode ser muito bonita, mas se tornará “minha casa” quando estão ali outras
pessoas que me entendem e gostam de mim, por exemplo: meus pais, meus irmãos,
etc. Então esta casa não será somente um edifício, uma construção maravilhosa,
mas se transformará em “lar”.
Acabamos de explicar qual a parte de nossa casa a qual deveríamos dar mais
importância e por que. Esse lugar é tão importante para nós porque ali nos sentimos
bem, acomodadas, temos alegria quando estamos nele. Por que isto acontece? Deus
quer que também certos lugares sejam para nós como um símbolo do que será no
céu, o abrigo em Deus. No céu é que nos sentiremos verdadeiramente em casa.
Para que todos se sintam bem em casa e ela se torne cada vez mais nosso lar, é
necessário que cada um colabore. Não somente a mãe tem esta tarefa, cada
membro da família deve fazer sua parte. Qual poderia ser a nossa parte como
Apóstolas de Maria em nossa casa?
Convidar as meninas a dar exemplos.
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Algo semelhante aconteceu em Schoenstatt. Pe Kentenich e os primeiros
congregados colaboraram para que a Mãe de Deus se estabelecesse no Santuário. A
partir de então ele se tornou um lar para eles e para muitas pessoas. Agora
depende de nós que a Mãe permaneça no Santuário. Cada pessoa que faz sua Aliança
de Amor com Maria no Santuário, se compromete a colaborar com suas
contribuições ao Capital de Graças para que este lugar seja cada vez mais um lar
para todas as pessoas que ali chegam.
HISTÓRIA: Uma menina lerá o seguinte texto:
“Um dos primeiros e mais o responsável Apóstolo de Maria foi José Engling. Quando ainda estava em Schoenstatt, ia de 6 a 7 vezes por dia ao Santuário. Sua biografia conta: “Não é de se estranhar que o Santuário se tornou um lar, onde se sentia cada vez mais abrigado”.
Quando teve que partir para a guerra, como soldado, a despedida foi muito difícil para ele. Suas cartas demonstram a saudade que sentia por causa de Schoenstatt. Uma vez escreveu a um outro congregado: “Como eu gostaria de estar ali por muito tempo junto da Mãe!”
Em outra oportunidade, depois de marchar 40 quilômetros com os soldados às margens de um riu, escreveu: “Hoje o rio me pareceu mais belo do que nunca. As águas corriam rapidamente em direção ao meu lar, o Santuário, e com elas corriam também meus pensamentos. Em espírito estive em Schoenstatt. Quanto tempo permaneci pensando nisto!”
DIÁLOGO: Schoenstatt não tornou-se um lar somente para José Engling e os congregados.
Quando as Apóstolas de Maria tiveram sua primeira jornada em Schoenstatt em
1927 o Pe Kentenich lhes disse:
“Ser filha da Mãe de Deus significa sentir-me em casa, quando estou em
Schoenstatt. Tenho medo quando estou em casa? Não, eu me sinto a vontade
quando estou ali... Se é certo que aqui, [no Santuário] vocês estão em casa, não
deveriam conhecer tudo o que há nesta casa? Conhecem tudo?”
Também agora o Pe Kentenich nos faz esta pergunta.
Vamos fazer uma prova?
DINÂMICA: “Dando nome aos objetos!”
O grupo se dividirá em duas equipes e escolherá uma secretária para cada equipe. Ao
sinal de início, num espaço de três minutos, cada equipe deverá escrever o nome de todos os
objetos do Santuário que conhecem. A secretária deverá anotar e depois somar a quantidade
de objetos que sua equipe nomeou. Ganhará a equipe que tiver nomeado mais objetos.
DIÁLOGO: Em nosso jogo nomeamos muitos objetos do Santuário. Eles existem em todos os
Santuários de Schoenstatt do mundo inteiro e são iguais ao Santuário Original.
Este fato faz com que, em cada Santuário, possamos nos sentir em casa, porque ali
encontra-se a Mãe.
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HISTÓRIA: Uma vez um menino chileno viajou com seus pais a Schoenstatt. Ele já estava cansado de viajar tantos dias e sentia muita saudade de casa. Quando chegaram no Santuário Original, cheio de alegria ele disse à sua mãe: “Estamos no Chile!” Estando no Santuário sentiu-se imediatamente em casa. TAREFA: As meninas colam em seus cadernos uma foto do interior do Santuário e escreverão
abaixo: “Schoenstatt é nosso lar!”
CANTO:
PROPÓSITO: Estamos conquistando nosso símbolo e para isto queremos presentear à Mãe
muitos presentes: cada vez que colaboramos para que nossa casa se torne um verdadeiro lar
(ajudando a mãe na limpeza da casa, oferecendo-nos para lavar a louça, etc), poderemos
recolher (uma miçanga ou lantejoula...) e na próxima reunião colaremos em nosso Santuário do
símbolo.
AVISO: O próximo encontro será no Santuário.
- Cada local vê a possibilidade de realizar assim.
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6º ENCONTRO
Um encontro com o Santuário
OBJETIVO: Vincular as Apóstolas ao Santuário concluindo a conquista da primeira parte do
Símbolo.
MATERIAL NECESSÁRIO: Símbolo das Apóstolas com o Santuário sendo conquistado,
cartões com forma de coração e de jarro (ânfora). Uma velinha para cada Apóstola, fósforo e
livro de cantos.
Indicações: Esta reunião será em forma de vivência, por isso, seria bom que se realizasse no
Santuário ou junto de um ermida da Mãe. Se não for possível, então prepara o local da reunião
com uma imagem grande do interior do Santuário. É importante criar um clima especial para
este momento. Os cantos, as orações e a atitude interior de tranqüilidade contribuem para
isto.
Antes de iniciar a vivência coloca os cartões junto do altar.
CANTO:
DIÁLOGO: Agora estamos no Santuário, a casa da Mãe de Deus. Na
reunião anterior dissemos que o Santuário é nosso lar.
Hoje vimos aqui para vivenciar este lar.
Vamos falar com a Mãe e entregar a ela o que temos em
nosso coração: nossas alegrias, nossas preocupações, o
que aconteceu nesta semana na escola, em casa, etc.
Cada uma pode colocar as suas ofertas ao Capital de Graças
para preencher o símbolo do Santuário (se for necessário colar,
junte as continhas – miçangas ou lantejoulas – e cole-as depois, num
momento mais descontraído e fora do Santuário). Enquanto elas
fazem a entrega, pode-se cantar.
Por uns momentos contemplemos o que há no Santuário: os símbolos, as flores, a
imagem de Mãe, a lâmpada Sagrada... Cada uma, no silêncio de seu coração
pergunta-se: Como me sinto aqui? O que mais gosto neste lugar? Qual é o símbolo
que mais toca ao meu coração?
Deixar um momento de silêncio para que as meninas possam refletir.
Agora quero mostrar algo que a Mãe de Deus preparou para vocês.
A Mãe quer que nos sintamos espiritualmente junto dela em seu lar.
Por isso, nos preparou estes dois símbolos: um coração e uma ânfora.
Enquanto cantamos, podemos nos aproximar do altar para recebê-los. (cada
uma recebe um coração e uma ânfora recortados).
CANTO:
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DIÁLOGO: Hoje a Mãe quer conversar conosco. Ela estava esperando com saudade
este momento e agora diz:
(Lê agora este texto como se fosse uma cartinha da Mãe de Deus).
Convidar as meninas para escreverem no símbolo do coração o que querem dizer a Mãe
neste momento como resposta ao que ela nos disse. Deixar um tempo de silêncio para
que as meninas possam escrever e convidar que elas coloquem o coração sobre o altar
do Santuário. Durante o tempo em que elas estão escrevendo podes colocar uma música
suave, de preferência só instrumental.
CANTO:
Ler o seguinte texto:
A Mãe de Deus quer continuar falando ao nosso coração. Ela nos diz:
“Querida filha, eu sei que em tua preparação para a consagração estás descobrindo as graças que te presenteio a partir do meu Santuário. Não somente quero abrigar-te em meu coração, mas quero ajudar-te a ser cada dia melhor. Lembra-te quando Jesus realizou o primeiro milagre? Foi nas Bodas de Caná; ali eu pedi que ele ajudasse os noivos e Jesus transformou a água das talhas em vinho. Foi uma alegria para os noivos, e para todos os convidados. Mas nós sabemos que para o milagre acontecer foi necessário que os servos enchessem as talhas de água. E quanto mais água tivessem colocado, tanto mais vinho teriam. Vou explicar-te o que isto simboliza em relação ao Santuário: eu peço a Jesus a graça da transformação para ti na mesma medida em que te esforças por superar teus defeitos, o que há de menos bom em ti.
“Minha querida filha, não imaginas o quanto me alegro com tua visita em minha casa. Aqui estou para receber-te com todo meu amor e quero presentear-te muitas graças. Eu sei que estás te preparando para consagrar-te inteiramente a mim... Recordo aquele 18 de outubro de 1914, quando pela primeira vez selei a Aliança de Amor com o Pe Kentenich e com os seminaristas. Estou tão feliz. Logo terei novas aliadas! Sabes, eu também estou me preparando para esta consagração; porque quando tu me presenteias o teu coração, eu te presentearei o meu para sempre. Eu verei todos os teus esforços neste tempo: todas as tuas conquistas que estás marcando no símbolo das Apóstolas. Com cada um alegro-me imensamente. No céu eu também faço a mesma coisa e cuido de ti com imenso amor para que possas ser sempre fiel a esta consagração e assim também possas chegar ao Pai do céu. Se não soltares minha mão, sempre encontrarás aqui um lar cheio de amor, onde haverá alguém que te espera e que te quer bem assim como és. Eu sei que às vezes sentes que ninguém pode aceitar-te e tu mesma não te aceitas assim como és, mas aqui nunca te acontecerá isto. Olha como tenho meu Filho nos braços, junto ao meu coração. No outro braço quero ter também a ti. Desejo que em minha casa sempre te sintas feliz e que encontres aqui forças para ser uma apóstola em todos os lugares aonde irás.”
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Convida as Apóstolas a escreverem no símbolo do jarro/ânfora qual o esforço
concreto que vão fazer para superar um defeito e a partir de hoje vai oferecer isto à
Mãe de Deus. Deixa um tempo para que possam escrever e depois as convida a colocar
sobre o altar do Santuário.
CANTO:
Colocar sobre a mesa da comunhão (cerquinha que separa a parte do altar) as velinhas
acesas. Cuidar que elas estejam bem protegidas para não derramar cera. Podes fazer
uma lamparina de cartolina e colar a velinha no fundo.
Ler o seguinte texto:
“Minha querida Apóstola, tu sabias que na realidade já foste consagrada a mim? Faz alguns anos, foi no dia do teu batismo, Deus Pai te chamou pelo nome, e em Jesus, fez-te sua filha. Por isso hoje, quero presentear-te uma pequena vela acesa. Ela deve recordar-te
sempre que desde teu batismo és filha de Deus e, como tal, foste chamada a colaborar em seu Reino. Que ela também recorde que a partir de tua consagração de Apóstola de Maria serás
minha filha para sempre, irradiando minha luz onde estiveres, assim como aparece no símbolo. Aproxima-te agora e recebe esta luz. Eu te envio ao mundo como minha Apóstola.
CANTO:
ATIVIDADE: Concluir a montagem do Santuário conquistado no símbolo.
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CONQUISTA DO SÍMBOLO
COROA
7º ENCONTRO
“Queremos amar Maria e assemelhar-nos a ela”. JK 1927
OBJETIVO: Apresentar às meninas o valor da pureza e ajudar que formem um critério sadio
diante da televisão e os meios de comunicação em geral.
MATERIAL NECESSÁRIO: duas jarras (uma suja e outra limpa), fita adesiva, folhas de papel
em branco (cartões), programação da televisão do dia seguinte, livro de cantos.
CANTO
DINÂMICA:
Colocar no centro da sala uma jarra suja e fazer com que elas observem, depois de um tempo
fazê-la circular entre elas.
Perguntar: O que vocês acham de enchermos esta jarra com suco e depois tomá-lo? (deixar
que elas se defendam)
Agora apresente uma jarra limpa e mostre sua transparência, depois de um instante pergunte
às meninas o que elas acham mais bonita, a jarra limpa ou o suja.
DIÁLOGO: Por que nos causa nojo pensar em tomar o suco da jarra suja? Porque se colocamos
o suco dentro dela, vai se misturar com a sujeira. A jarra limpa, ao contrário, nos dá
gosto e vontade de beber.
HISTÓRIA: Inês e Mariana saíram para fazer uma excursão pela montanha com suas colegas de aula, e fizeram uma longa caminhada. A paisagem era lindíssima, mas fazia muito calor. Perto do meio-dia o calor era insuportável e as meninas estavam morrendo de sede. Já tinham tomado toda a água que levaram. De repente, Inês leu numa placa, com uma seta indicando: LAGO. “Até que em fim, água!” As meninas correram, e enquanto corriam até ele, pulavam de contentes, mas... que viram? Sobre a superfície da água flutuavam latas, algas, pedaços de madeira, bolsas, lixo. DIÁLOGO: Imaginem com quanta sede estavam Inês, Mariana e suas colegas. Tinham tanta
vontade de tomar água do lago. E por que não tomaram? (Enumerar as razões).
Agora nos damos conta de que o limpo, o puro, desperta em nós sentimentos bons, o
sujo nos causa nojo, repulsa. O que aconteceria se colocássemos água suja do lago
na jarra limpa?
Imaginemos agora um jardim? O que tem nas flores que elas são tão lindas e nos
encantam?
Um jardim cheio de flores é bonito. Um lago transparente é muito bonito. Uma
jarra limpa é bonita. As flores, o lago, a jarra são bonitos porque são puros. Pureza
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e beleza são o mesmo que ordem e harmonia. Em cada ser humano existe o
anelo pela pureza porque Deus o criou a sua imagem e semelhança.
Maria é a mais pura de todos os seres humanos. Ela conservou em sua alma a pureza
e a beleza de Deus e lha presenteou desde o primeiro instante de sua vida,
cuidando de não manchá-la com o pecado.
Pelo batismo nossa alma se torna clara e pura, semelhante a um vaso limpo e
cristalino. Porém devemos tomar consciência de que tudo o que assimilamos em nós:
o que vemos, escutamos e vivenciamos atua sobre nossa alma e pode mancha-la
novamente.
BRINCADEIRA: “O lobo e o cordeiro”
Pede-se à duas voluntárias que saiam da sala.
Depois de terem saído, explica às outras que ficam na sala como se irá realizar o jogo, da
seguinte maneira: “Vou dizer-lhes que uma é o lobo e que a outra é o cordeiro, e que o lobo
deve pegar o cordeiro. Para que seja mais difícil, iremos vendar-lhes os olhos”.
Entram as duas voluntárias. Vendam-se os olhos das duas. A dirigente diz: “Uma será o lobo e
a outra o cordeiro: o lobo tem que pegar o cordeiro”.
Fala ao ouvido de cada uma, sem que as outras escutem: “Tu és o cordeiro”. Julgando-se ambas
serem o cordeiro, acontecerá uma perseguição curiosa!
Então o grupo terá de adivinhar quem era o lobo (que na verdade não existiu) e quem era o
cordeiro.
DIÁLOGO: O mesmo que aconteceu neste jogo acontece muitas vezes na vida de todos os
dias. O que nos mostra à televisão, os filmes, as propagandas, as revistas, a
internet, muitas vezes não está de acordo com a realidade e com a verdade.
Nossos olhos, e nossos são como que a janelinha de nossa alma. Tudo o que deixamos
entrar por estas „janelas‟ vão para o coração. Se deixarmos entrar coisas ruins, que
não são verdadeiras, que não são bonitas e não combinam com uma Apóstola da Mãe
de Deus, nós perderemos a nossa beleza interior. Precisamos estar atenta e cuidar
daquilo que vemos e ouvimos.
TAREFA: Numa folha de papel cada Apóstola escreverá o que viu na televisão durante a
semana e relatará brevemente alguma cena. Depois de 10 minutos (ver tempo necessário para
pensar e escrever) as meninas podem ler o que escreveram.
É importante que as meninas possam intercambiar sua opinião sobre um ou outro
programa que viram para que a dirigente possa ajudá-las a formar um critério sadio.
Fazê-la tomar consciência de que muitas coisas que aparecem nas propagandas, quase
sempre são uma representação ideal da vida: Geralmente só mostram pessoas bonitas,
jovens, felizes e com isso despertam necessidades exageradas.
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ATIVIDADE: A dirigente elaborará com as meninas um cartaz com três colunas em
base às perguntas:
1ª - O que a televisão nos transmite de positivo?
2ª - Que coisas negativas penetram em nós através da televisão?
Na coluna correspondente uma menina escreverá as respostas que elaborarem entre
todas.
Exemplos positivos: - Sabemos das notícias, o que passa em nosso país e no mundo.
- Ampliamos nosso conhecimento sobre a técnica, a ciência, a arte, etc.
- Podemos recordar acontecimentos históricos, desfrutar eventos
desportivos.
Exemplos negativos: - Vemos muitas cenas de violência.
- Muitas vezes se destacam somente os aspectos negativos: brigas, ódio,
famílias divididas, etc.
- Isto nos faz ver tudo o que é negativo como se fosse o mais normal e
natural, influindo em nossa escala de valores.
- recebemos tudo pronto, elaborado, sem pensar, sem assimilar.
3ª – Qual a atitude de Apóstola de Maria diante da televisão?
Exemplos:
- Decide a assistir somente bons programas.
- Não fica vendo televisão durante várias horas, porque isto também
prejudica a saúde.
- Não passa a noite na frente da televisão ou na internet.
- Não descuida de suas responsabilidades – estudo, oração, ajuda na casa.
Depois disso, junto com a dirigente, revisam o programa da televisão do próximo dia,
analisando cada programa e por que convém vê-lo ou não. Cada uma escreverá em seu
caderno quais são as ofertas dos meios de comunicação que as ajudam a assemelhar-se
mais a Maria em sua pureza.
É importante que através desta tarefa fique muito claro o critério para a escolha dos
programas que as meninas assistem. É bom também comentar sobre o uso de
computadores, jogos, internet.
DIÁLOGO: Nesta reunião falamos que os olhos e os ouvidos são as janelinhas do coração, por
isso precisamos cuidar do que deixamos entrar por estas janelinhas. Às vezes será
necessário fechar as janelas para poder irradiar luz assim como fez Maria. Talvez,
poderíamos perguntar-nos antes de sentar-nos para olhar televisão ou para entrar
na internet: Poderia convidar a Mãe de Deus para olhar comigo?
O nosso coração é como um jarro de vidro. Se colocamos dentro dele as coisas
„feias e sujas‟ dos programas de TV, ou da internet, nosso coração não será mais
puro e límpido e não nos tornaremos parecidas com Maria.
Hoje falamos tanto de pureza porque queremos iniciar a conquista da coroa no
símbolo das Apóstolas. Esta coroa, em forma de lírio, nos lembra a pureza de Maria.
Como Apóstolas “Queremos amar Maria e assemelhar-nos a ela”.
O que podemos fazer para sermos um pouco mais parecidas com a Mãe de Deus?
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PROPÓSITO: Durante esta semana antes de olhar um programa na televisão perguntaremos
se poderíamos convidar a Mãe de Deus para olhar conosco. Cada vez que cumprirmos o
propósito podemos colar uma lantejoula dourada (ou outro sinal) em nosso símbolo.
*Entregar para as Apóstolas o desenho da coroa com os quadrinhos pra elas preencherem e
trazer na próxima reunião, depois podem colar no caderno.
ORAÇÃO FINAL.
AVISO: Pedir que na próxima reunião cada Apóstola traga alguma revista que em casa ou que
gosta de ler.
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8º ENCONTRO
Que a tua luz brilhe sempre em meu coração
OBJETIVO: Definir quais são os critérios para a escolha e discernimento
de livros e revistas.
MATERIAL NECESSÁRIO: Revistas (xerox) e jornais onde elas possam fazer anotações,
pintar, etc. Canetinhas de cor vermelha, azul, verde e preto.
* Escolher revistas que sirvam ao objetivo da reunião levando em conta a idade das meninas.
Para isso revisa-las e fazer as anotações necessárias a fim de poder conduzir a reunião.
ORAÇÃO INICIAL
*Marcar suas contribuições ao Capital de Graças na conquista da coroa do símbolo.
TAREFA: A dirigente colocará as revistas sobre a mesa e dividirá as meninas em 4 equipes
(duplas). Cada uma receberá uma revista e trabalhará sobre aspectos diferentes.
EQUIPE 1 – Coisas interessantes (canetinha azul). Deverá procurar e sublinhar na revista as
coisas que acharem interessantes.
EQUIPE 2 – Informação (canetinha vermelha). Procurar informações e classificá-las:
Se corresponde à realidade – Sublinhar. Se é sensacionalismo – Colocar entre (parênteses).
EQUIPE 3 – Propaganda (Canetinha verde). Procurar propagandas e analisá-las se em seu
enunciado descobre coisas sem sentido e contradições – Sublinhar com o verde.
É importante que as meninas descubram que os textos das propagandas apontam na
maioria das vezes para a satisfação de um instinto de felicidade da pessoa e por isso
sempre despertam novas necessidades. Geralmente o enunciado sobre a qualidade do
artigo é escasso.
EQUIPE 4 – Alteração de valores morais e religiosos (canetinha preta). As meninas marcarão
as imagens que consideram nocivas, negativas, menos nobres.
É necessário dar especial importância a este campo, sobretudo com relação a educação
à pureza.
Depois de 15 minutos (ou mais se for necessário), as equipes apresentarão o que destacaram.
A dirigentes cuidará de fixar os resultados escrevendo em um cartaz.
Dicas para a dirigente:
Ao concluir é importante que faças um comentário sobre os resultados dos trabalhos e
manifestes claramente tua opinião sobre os livros e revistas que muitas vezes circulam
entre as meninas e cujo conteúdo é como um bacilo subterrâneo que ataca e destrói a
pureza. Ensiná-las a distinguir os diferentes tipos de livros que existem (de
conhecimento, recreativos, formativos, etc.)
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
32
Perguntar-lhes se existem bibliotecas em seus colégios e pedir que para a
próxima reunião anotem os livros que gostariam de ler. Outra possibilidade seria
convidá-las a fazer uma lista de todos os livros que elas conhecem cujo conteúdo é
enriquecedor.
DIÁLOGO: Recordemos a reunião passada: a jarra limpa e a suja, o suco colocado na jarra
limpa. Queremos permanecer puras e por isso é necessário que cuidemos de nossos
olhos para que por eles só penetre o que é nobre e belo.
Qual é a atitude de uma Apóstola de Maria frente às revistas?
(Que as meninas respondam).
Exemplos:
1 – Meus livros e revistas transmitem valores autênticos, enriquecem os conhecimentos,
transmitem alegria?
2 – Preocupo-me por ler somente livros bons?
3 – Farei o possível para não olhar e ler revistas que se sabe que não são boas. Isto se aplica
também a jogos e ao uso da internet.
Convidá-las a escrever conclusões em seus cadernos.
Exemplo do Pe Kentenich:
Uma pessoa foi visitar o Pe Kentenich e entregou-lhe uma revista dizendo que a olhasse para
ficar informado da situação que se encontra o mundo, que é tudo imoral, não há mais
respeito... Passada uma semana, esta mesma pessoa voltou para conversar com o Pe Kentenich.
Para sua surpresa viu que a revista estava exatamente no lugar e na posição que ela tinha
deixado na semana anterior. Então ela perguntou: “Mas o Senhor não olhou a revista?” Ao que
o Pe Kentenich respondeu: “Não olhei. Meus olhos são preciosos demais para ver isto.”
Como Apóstolas de Maria, queremos contar para as nossas colegas o que
aprendemos nesta reunião ensinando que devemos selecionar o que vemos. Tudo
deve passar por um filtro e às vezes é melhor “fechar as janelas”.
PROPÓSITO: Rezar cada dia a oração “Ó minha Senhora, ó minha Mãe...” pedindo a Mãe que
conserve nossos olhos e nosso coração sempre puros e abertos para Deus.
Cada vez que rezamos a oração e que observamos os critérios para o uso dos meios de
comunicação, conquistamos mais “ouro” para a coroa e podemos marcar com um sinal.
*Cada uma desenha a coroazinha e preenche até a próxima reunião para completar a conquista
da coroa.
ORAÇÃO:
Ó Mãe, quão formosa tu és.
Quisera silenciosamente ficar a teus pés.
Na minha imagem trabalhar,
até completamente semelhante a ti ficar.
E o Pai volva os olhos feliz,
de ti a mim com prazer, vendo a imagem que fiz.
Ao findar, com alegria, me possa teu nome dizer: Maria.
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9º ENCONTRO
“Eis aí tua Mãe!”
OBJETIVO: Aprofundar os temas que estudamos na conquista da coroa.
MATERIAL NECESSÁRIO: Corações com a imagem da MTA para cada integrante do grupo.
* Para que as meninas possam sentir a Mãe mais perto delas e para que o Santuário se torne
realmente um lar, seria bom realizar este encontro no Santuário. Onde isto não for possível,
ornamentar o ambiente de forma que elas possam transportar-se espiritualmente ao
Santuário.
Confeccionar para cada Apóstola a seguinte figura:
Dobre o coração número 1 de forma que cubra a imagem da MTA, em seguida o coração
número 2 e depois o 3. Ao longo da vivência as meninas vão escrevendo algo dentro
dele.
Antes de iniciar a vivência entrega-lhes o coração pedindo que não abram.
Canto:
DIÁLOGO: No encontro de hoje queremos encontrar-nos bem pessoalmente com nossa Mãe
Maria. Ela está nos esperando há tempo e se alegra que estamos aqui. Por isso,
agora vamos fazer silêncio em nosso interior e nos prepararmos para este momento
de encontro com nossa Rainha.
Rezar diante da imagem da MTA:
ORAÇÃO:
Querida Mãe, Mãe de Deus e nossa Mãe.
Como é bom chamar-te assim, como chamamos a nossa mãe todos os dias. Com a mesma
simplicidade, com a mesma segurança, com o mesmo carinho. São tão preciosas as palavras de
Jesus, quando do alto da cruz disse: “Eis aí o teu filho!” Este filho era São João, o teu
discípulo mais querido, mas também era eu este filho, somos cada uma de nós, os nossos
colegas de aula, as crianças de nosso bairro e todos os homens do mundo. Como é triste que
tantos homens não sabem isso. E que pena que tantas vezes também nós nos esquecemos que
Jesus nos disse: “Eis aí a tua Mãe!”
3
1
2 Cole uma Imagem
da MTA
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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Hoje estamos aqui para falarmos contigo, para rezar com muita confiança:
queremos agradecer-te e pedir-te que sejas nossa Mãe, que nos acompanhes e cuides de
nossos passos, que nos sustentes e formes. Nós te agradecemos porque te estabelecestes no
Santuário de Schoenstatt e porque daqui queres manifestar-te como Mãe, Rainha e Vencedora
no coração de todos os homens.
Tu sabes o quanto precisamos de ti. Às vezes nos sentimos tão pobres que somente a
certeza de teu carinho nos tranqüiliza. Mãe, não nos abandones, não nos deixe sozinhas.
Quiséramos ter um coração cheio de alegria, como o teu. Temos muitas coisas lindas em nosso
coração para dar-te... porém, o mais lindo que possuímos és tu mesma... Hoje te entregamos
nosso coração simples e pobre, sincero e generoso, disposto a seguir sempre os teus
conselhos.
Hoje te pedimos por todas as meninas que participam dos grupos de Schoenstatt, para
que cada uma possa sentir que tu és a sua Mãe, que tu as guardas em teu coração e que as
tomas pela mão para conduzi-las à casa do Pai que sempre nos espera.
Mãe, como teu grupo de Apóstolas queremos caminhar contigo por toda a nossa vida.
Dá-nos um coração de filha puro e bondoso, e quando formos grandes que tenhamos sempre
um coração de criança singelo e transparente, alegre e generoso.
Para nós e nossa família, para todos os homens do mundo, te pedimos neste dia, a
ternura de tua proteção, a alegria de tua presença, a segurança de tua bênção e a delicadeza
de teu carinho. Amém.
Canto;
DIÁLOGO: Olhemos agora para este coração que recebemos, ele quer ser símbolo de nosso
próprio coração. É pequeno, simples, porém pleno de vida. Este coração quer
encontrar-se hoje com o coração da Mãe de Deus para presentear a ela tudo o que
tem dentro dele.
ORAÇÃO: Hoje o mundo vive numa constante pressa, os homens correm daqui para lá e nunca
têm tempo para nada... Hoje quisera deter-me e encontrar-me contigo.
Cada dia quero aproximar-me um pouco mais de ti para poder perceber que tu és mãe
de verdade, não como às vezes penso que és apenas uma imagem bonita ou que vives somente
no céu, sempre rezando e longe de nós. Mãe, eu sei que não é assim. Tu vives perto de mim e
me acompanhas onde quer que eu esteja.
Como é belo poder abrir a porta do Santuário e meus olhos se encontrarem com os
teus. Teu olhar é maternal, tua face tão serena e amiga. Às vezes penso: Como eu gostaria de
ser o teu Menino Jesus para poder estar em teus braços! Quão cálido é o teu abraço, ó Mãe!
Os homens podem construir casas, inventar máquinas, dominar a terra e escrever
livros...
Podemos perder os bens materiais, tempo, saúde, porém, nunca poderemos perder a
alegria de ser filhas de Deus. Este foi o presente que recebi no batismo. Em Jesus sou
também filha de Deus!
Sinto como tantas vezes é difícil ser boa filha: às vezes sou tão rebelde! Me revolto
com papai e mamãe, sou tão malcriada com eles. Por isso, agora, por todas as vezes que não fui
boa em casa quero pedir-te perdão.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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(Convidar as meninas a abrirem a primeira folha do
coração e a escrever à Mãe algo bem concreto pelo qual
querem pedir perdão.)
Mãezinha, sobre tua fronte reluz uma coroa. Um
dia Deus Pai te elevou ao céu e te presenteou uma coroa
para que o ajudes a conduzir a história do mundo e dos homens. Tu és Rainha e tens muito
poder, porém não é o poder das armas e do medo, és Rainha do poder do amor.
Como sinto-me tranqüila ao saber que és Rainha! Minha Rainha! Quantas coisas às
vezes, me preocupam e me deixam triste! Por que não sou mais alta? Por que não tenho uma
bolsa como a minha amiga? Por que meu pai não tem um carro como o nosso vizinho?
Ao pensar em ti, não posso imaginar-te reclamando por estas coisas e dizendo: Ai, por
que sou pobre? Mesmo sendo exteriormente pobre és uma Rainha, e por isso mesmo uma
Rainha diferente das outras rainhas. Uma Rainha de amor e de serviço! E eu às vezes, sou tão
acomodada. Quando alguma vez alguém me pede algo, em vez de ajudá-lo, faço como se não
tivesse escutado porque me dá preguiça.
Mãe, tu nos ensinas a ser bem diferente. Recordo-me que uma vez tu foste a uma festa
de casamento e haviam muitos convidados. Quanta vergonha teria passado o dono da casa, que
calculou mal e o vinho acabou no meio da festa. Tu percebeste a aflição dos noivos. Poderias
ter permanecido sentada tranqüilamente, porém foste pedir a Jesus... e ele realizou o seu
primeiro milagre em Caná da Galiléia.
Mãe pede agora a Jesus que realize também em mim um milagre, que eu seja
transformada e me torne mais serviçal, mais generosa.
(Convidar as meninas para abrirem a segunda
folha de seu coração e escrever para a Mãe
como querem ser mais serviçais.)
Mãe tenho tantas coisas para agradecer-
te! Desde que estou em Schoenstatt tantas vezes pude sentir a proximidade de teu amor. Tu
me proteges, educas, assim como terás protegido e educado ao teu Menino Jesus... Creio que
tenha sido um pouco diferente porque ele era Deus e nunca entrava em seu coração coisas
ruis, com segundas intenções.
Pensando com sinceridade, creio que já estou um pouco melhor do que eu era antes. Tu
venceste muitas vezes em meu coração, venceste as minhas indisposições, venceste meu
orgulho...
Mãe, eu te agradeço por ter me escolhido como tua apóstola. Agradeço porque cada dia
tu me ajudas a ser mais parecida contigo.
Agradeço por tudo o que aprendo nas reuniões.
Mãe, obrigada por tudo!
(Convidar as meninas para escrever na
terceira folha – sem abri-la – algo concreto
pelo qual querem agradecer à Mãezinha.)
Querida Mãe, peço
perdão...
Querida Mãe, peço perdão..
Vou ajudar a mamãe lavar
a louça
Querida Mãe, peço perdão..
Vou ajudar a mamãe lavar
a louça
Mãe, eu
agradeço...
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Canto:
(Ler a cartinha da Mãe de Deus ou preparar uma para cada menina que possa pegá-la no altar e
lê-la pessoalmente- fundo musical)
A Mãe de Deus nos diz:
Querida filha, estou muito contente contigo porque cada dia queres tornar-te um pouco
mais parecida comigo. Eu valorizo todos os teus esforços e me alegro quando reconheces que
nem sempre te portas bem, como uma verdadeira apóstola. Tenho alegria em ajudar-te a
crescer e a ser melhor! Assim Deus se alegra, pois quando olhar-te pode descobrir os meus
traços em ti. Por isso, hoje quero fazer-te um presente: e este presente sou eu mesma.
Agora abre a última folhinha dôo coração e podes ver-me. Eu quero viver sempre em
teu coração para fazer dele um pequeno Santuário.
Ali quero presentear-me a ti como tua Mãe, para que tu sejas cada dia mais uma filha
de verdade; como Rainha, para ensinar-te que servir é uma de minhas mais belas virtudes;
como Vencedora, para que assim como na minha visita à minha prima Isabel, possas falar das
grandes maravilhas operadas pelo Pai do Céu e por todas as coisas lindas que opera em tua
vida. De agora em diante estaremos sempre juntas e nada mais nos poderá separar.
Canto final:
ATIVIDADE: Concluir a montagem da coroa no símbolo das Apóstolas.
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CONQUISTA DO SÍMBOLO
RAIOS 10º ENCONTRO
“Somos Apóstolas da Rainha”. JK, 1927
OBJETIVO: Mostrar que, como Apóstolas de Maria, somos eleitas e enviadas a refletir a sua
imagem ao mundo.
MATERIAL NECESSÁRIO: Canetinhas, cartões para escrever, fita adesiva, alfinetes,
postais do Santuário, raios colados sobre uma cartolina (os raios devem ser tantos quantas
são as meninas do grupo), fósforo, dado, botões de cores diferentes, fotos de crianças (as
meninas devem trazer), lantejoulas douradas. Bíblia.
DINÂMICA: “Adivinha a frase”
Seis meninas permanecem na sala e as demais sairão um momento. A dirigente contará
para as seis o tema da reunião: “Maria precisa de nós como suas Apóstolas”. Cada menina
escolherá uma destas palavras. A seguir elas escrevem a sua palavra com letras grandes em
uma folha. Espalham-se pela sala com a folha em sua mão, mas a frase deve estar em
desordem, por exemplo, precisa Apóstolas de nós Maria suas como. As que estão fora
entram e tentam montar a frase. Para isto terão que dizer a cada uma onde deve colocar-se,
até que a frase esteja formada.
DIÁLOGO: Quando vimos à palavra “Apóstolas” já sabíamos que se referia a nós. Esta palavra
nos fala de nossa missão, do que a Mãe de Deus espera de nós. Ela precisa de
Apóstolas que tenham coragem de anunciá-la ao mundo, de levar a sua imagem.
Vocês sabem que Jesus também escolheu apóstolos para ajudarem em sua missão?
Vamos ler na Bíblia com eles se chamavam:
Ler em Lucas 6, 12-16
Lendo o Evangelho nos conscientizamos que Jesus elegeu, preparou, enviou e
fortaleceu seus Apóstolos. Hoje ele também nos convida para sermos usas
Apóstolas. A cada uma de nós ele chama pelo nome.
Não está escrito o nome de Maria entre os Apóstolos de Jesus, e nem era preciso,
pois ela foi a sua primeira Apóstola. Lembram de quando aprendemos a rezar o
terço? Logo após receber a visita do Anjo e conceber Jesus, Maria vai visitar a sua
prima Isabel. Ela já vai levando Jesus.
A Mãe de Deus precisa de nós como suas Apóstolas. Se somos Apóstolas de Maria,
somos também Apóstolas de Jesus.
Então também nós fomos eleitas, recebemos a preparação, somos enviadas e
fortalecidas? Claro que sim! Se não, não estaríamos aqui. Ainda recordam como a
Mãe de Deus as chamou para o grupo das Apóstolas de Maria?
Deixa que cada uma conte como encontrou o grupo. Isto pode enriquecer e dar ocasião
para intercâmbio.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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A Mãe nos elegeu e quer enviar-nos como suas Apóstolas, por isso também quer
educar-nos para esta tarefa. Ela cuida que conheçamos Schoenstatt e a missão que
ela quer realizar a partir do Santuário. Através da nossa consagração a Mãe nos
dará sua força para que possamos ajudá-la a cumprir sua missão. Dois exemplos
podem ajudar-nos a ver com mais clareza o que é ser uma Apóstola de Maria na vida
diária:
TAREFA: As meninas se dividirão em duas equipes. Cada uma receberá uma folha com um dos
seguintes relatos. Em 10 minutos cada equipe deverá preparar-se para encená-lo.
1ª Equipe: Está marcado um acampamento no domingo, com temas e atividades muito interessantes. Porém a Missa dominical não está incluída no programa. Verônica se vê numa situação muito difícil. Ela quer pedir aos organizadores que incluam a participação na Santa Missa. Seus companheiros de aula fazem troça dela e tratam persuadi-la a deixar de ir à Missa.
2ª Equipe: Na sala de aula está circulando uma revista com fotos pornográficas. Todos se amontoam no recreio para olhá-la. Gabriela é a única que não quer fazê-lo, por isso deve suportar que os outros façam troça dela. As meninas podem mencionar outros exemplos e representá-los.
DIÁLOGO:Através destes exemplos e de nossa própria experiência sabemos que não é fácil
viver como verdadeiras Apóstolas de Maria. Muitas vezes nos exigirá a ousadia e a
coragem de nadar contra a corrente, sabendo que muitos não concordam conosco e
até riem de nós. Porém nós sabemos quem é nossa Rainha e por isso, com alegria,
queremos agir sempre como ela o faria.
DINÂMICA: “Vamos ao Santuário!” Sobre a mesa
(ou no chão) coloque um postal do Santuário. Em
torno dele se colocam os raios. Cada raio, por sua
vez, representa uma jogadora. Com os fósforos faça
divisões em cada raio: 5 casas por raio. Na ponta de
cada raio se coloca a foto da criança que cada uma
trouxe e junto ao Santuário coloque botões de cores
diferentes para cada Apóstola. Cada uma tem a
missão de chegar o mais rápido possível até a
criança e trazê-lo ao Santuário. O jogo começa: vão
passando o dado. Somente poderá andar uma casa
em direção a criança, andando sempre uma casa por
vez, quando o dado marcar o número 1. (Porque
somente com pequenos passos se pode conquistar o
mundo para a Rainha.) Aquela que chega até a foto da criança poderá levá-la até o Santuário
da seguinte maneira: avançará uma casa por vez não mais jogando o dado, mas dizendo uma
ação apostólica quando chegar a sua vez.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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Exemplo de ações apostólicas: ajudo minha colega a fazer os temas; no recreio aceito
o jogo que propuseram os colegas, convido minha amiga para irmos juntas à Missa do domingo
(Não se pode nomear duas vezes a mesma ação). Ganhará a primeira que chegar com a criança
no Santuário. A brincadeira segue sempre no sentido horário.
DIÁLOGO: Para o Pe Kentenich a maior alegria era poder conduzir as pessoas ao Santuário.
Por isso não mediu esforços em oferecer e fazer tudo o que fosse necessário para
que muitos pudessem conhecer Maria. Não se importava com o cansaço, nem com o
frio e o calor. Tudo estava bem contanto que pudesse conquistar o mundo para
Deus.
Que alegria sentiu quando pôde presentear à Mãe o primeiro santuário aqui no
Brasil, em Santa Maria, como uma réplica do Santuário Original. Ele esteve
presente e oficiou a benção da pedra fundamental em 07 de setembro de 1947,
depois esteve na inauguração do Santuário em 11 de abril de 1948. Ele disse: “Aqui
deve ser Tabor. O Tabor das glórias de Cristo e de Maria.”
Sabemos por que ele fala do Tabor? O que é Tabor?
Vamos ler:
Tabor é o nome de um monte na Palestina. Um dia Jesus subiu com três dos seus
Apóstolos. Eram Pedro, Tiago e João. Enquanto conversavam, Jesus ficou
diferente, irradiando uma beleza que eles nunca tinham visto. Suas vestes ficaram
brancas como a neve e seu rosto brilhava como o sol. Ao lado dele apareceram os
dois maiores profetas do Antigo Testamento. Os discípulos ficaram assustados
com tanta luz que partia de Jesus, era muito mais forte que o sol. São Pedro disse:
“Jesus, é tão bom estar aqui. Vamos fazer três tendas, uma para ti, uma para
Moisés e outra para Elias.” Foi quando eles ouviram uma voz que saia da nuvem que
estava sobre Jesus: “Este é meu filho muito amado. Escutai-o!” Os discípulos quase
desmaiaram de tanta admiração. Logo viram que Jesus estava novamente sozinho
junto deles. Foi um momento que eles jamais esqueceram e sempre tinham aquela
imagem tão linda de Jesus em seu coração. Mais tarde, quando Jesus foi preso e o
mataram, eles lembraram disso e quando Jesus ressuscitou puderam vê-lo tão
bonito como naquela vez no Monte Tabor.
DIÁLOGO: Isto foi o que aconteceu no Tabor e os discípulos lembravam sempre daquele
lugar onde “é bom estar”. O Santuário também deve ser este lugar onde Jesus se
manifesta como o Filho muito amado, cheio de luz e de beleza. Ali é bom estar como
no Tabor. Sempre que entramos no Santuário vamos encontrar a Mãe de Deus com
o Menino Jesus nos braços. Ela o apresenta a nós e como que diz as mesmas
palavras que Deus Pai disse de Jesus no Monte Tabor: “Este é meu filho muito
amado. Escutai-o!” Ela aponta também para Jesus Eucarístico que está presente no
Tabernáculo. É ele a verdadeira luz que faz do Santuário um lugar de graças.
Portanto, o Santuário é o nosso “Monte Tabor”. O Tabor de Jesus e da Mãe de
Deus.
Quando veio ao Brasil o Pe Kentenich disse: “Todo o Brasil, o mundo inteiro, deve se
tornar um Tabor.” É por isso que todos os Santuários do Brasil têm o nome Tabor.
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Como é o nome do Santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt de nossa
diocese?
Será uma grande alegria para nossa Mãe, se também nós, como o Pe Kentenich, nos
esforçarmos por dar testemunho e nos esforçarmos para conduzir muitas pessoas
ao Santuário. Somos Apóstolas de Maria e a partir do Santuário ela nos envia para
que também nós sejamos um pequeno Tabor no mundo. Ela quer que levemos a Luz
de Cristo para todas as pessoas que ainda estão na escuridão. Assim a ajudamos em
sua grande missão de tornar Cristo mais conhecido e amado.
Hoje levaremos para casa nosso raio do símbolo das Apóstolas. Ele é símbolo dos
Apóstolos e também nos fala do brilho de Jesus no Tabor. Vamos dar início, assim, à conquista
dos raios do símbolo, e o faremos com muitas contribuições ao Capital de Graças.
Seria lindo se entregasse às meninas algo dourado como lantejoula ou miçangas. Cada
vez que elas fazem alguma contribuição ao Capital de Graças poderão colar em seu
raio.
PROPÓSITO: Durante esta semana nos esforçaremos para dar bom exemplo e convidaremos
alguém para ir ao Santuário , assim nos tornaremos um raio de luz no mundo.
Rezar cada dia a oração do Confio, pedindo à Mãe que nos ajude a sermos verdadeiros sinais
de luz no mundo.
ORAÇÃO FINAL: Confio, em teu poder, em tua bondade, em ti confio com filialidade., confio,
cegamente, em toda a situação, Mãe, no teu Filho e na tua proteção.
Entregar a cada uma o desenho do símbolo com os raios para que possa marcar suas
contribuições ao Capital de Graças e trazer na próxima reunião.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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11º ENCONTRO
O grande Apóstolo de Maria: Padre Kentenich
OBJETIVO DA REUNIÃO: Conhecer o Padre Kentenich como o grande Apóstolo de Maria.
MATERIAL NECESSÁRIO: livro de Cantos. Cartaz com as fotos do Padre Kentenich (fotos
em material anexo).
Para que todas as meninas possam olhar sem dificuldade as fotos do Padre Kentenich é
aconselhável que você faça um cartaz com as fotos.
Canto
Marcar suas contribuições ao Capital de Graças nos raios do símbolo que estão
conquistando.
JOGO: “Adivinha quem é!”. Uma menina sairá da sala. O grupo escolherá um personagem
conhecido por todas e chamará a menina que estava fora da sala, que, por meio de perguntas,
deverá adivinhar a identidade do personagem escolhido. O grupo só poderá responder as
perguntas com SIM ou NÃO. A jogadora tentará descobrir através das respostas, de que
personagem se trata. Poderá arriscar três nomes, se não adivinhar, terá uma prenda.
(Depois de haver jogado duas vezes, propor ao grupo eleger o Padre Kentenich).
DIÁLOGO: Para nós um amigo é algo muito importante. Há amigos de muitas classes, de
distintas maneiras de ser, de idades diferentes, mas sempre tem um mundo em
comum com o nosso. Temos amigos no colégio, perto de nossa casa, lá aonde vamos
de férias. Nós estamos muito bem quando estamos juntos. Podemos contar com
eles, eles podem contar conosco. Nós sabemos de que coisa gosta. Às vezes,
conversamos, às vezes, nós ficamos jogando, brincando, e nos entendemos um ao
outro sem muitas palavras.
Hoje quero apresentar uma pessoa que quer ser nosso amigo: o Padre José
Kentenich. Ele foi um grande Apóstolo de Maria.
(Mostra agora o cartaz com as fotos do Padre Kentenich).
FOTO 1 (foto de sua primeira comunhão): Qual foi o segredo de um grande amor
do Padre Kentenich a Maria? Sua consagração a Ela aos nove anos. Sua mãe, por
problemas econômicos teve que deixá-lo em um orfanato. Ao chegarem lá
encontraram na Capela da grande casa uma linda estátua de Maria. Em silêncio, o
pequeno José e sua mãe, Catharina, pararam alguns minutos diante dela. Sem dizer
nada, a mãe tomou sua correntinha de ouro com uma pequena cruz, recordação de sua primeira
comunhão, colocando-a no pescoço da imagem de Nossa Senhora. Com este gesto ela quis
expressar que a partir deste momento Maria deveria ser a Mãe e Educadora de seu filho.
José observou com atenção o que acontecia e em seu coração de menino compreendeu o que
isso significava. Intimamente fez seu o oferecimento de sua mãe e entregou-se totalmente a
Maria.
Muitos anos mais tarde o Pe Kentenich, recordando este acontecimento, disse que nesse
momento havia selado a Aliança de Amor com Maria, esse ato foi a semente para toda a Obra
de Schoenstatt.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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FOTO 2: Vemos o Pai e Fundador junto com José Engling.
Esta foto nos faz recordar os primeiro congregados que colaboraram na
Fundação de Schoenstatt. Aquele 18 de outubro de 1914 o Padre Kentenich,
junto a um grupo de jovens, selou uma Aliança de Amor com Maria. Desde
aquele momento, foi sua tarefa predileta conduzir as pessoas a Aliança de
Amor.
FOTO 3: Nesta foto vemos o Padre Kentenich em um momento muito
importante da sua vida e de toda a Obra de Schoenstatt. Ela nos lembra o
tempo em que o Padre esteve em Dachau: um campo de concentração, um lugar
de muito sofrimento. E por que teve que estar ali? No ano de 1933 um homem
tristemente recordado na história chamado Hitler deu um golpe e assumiu o
Governo do povo alemão. Nos anos que exerceu seu poder fez sofrer muitos
homens. Seu objetivo era fazer da Alemanha, um país superior a todos os
demais, um povo de raça escolhida e selecionada. Para conseguir sua meta devia conseguir que
todo o povo pensasse como ele e o ajudasse em sua obra. Os que não o faziam eram, portanto,
inimigos do estado.
Foi assim que o Padre Kentenich foi levado a uma cadeia e mais tarde ao Campo de
Concentração. O que eram os Campos de Concentração? Eram como enormes quartéis aonde
viviam e trabalhavam milhares de homens que por um ou outro motivo haviam sido
aprisionados. Ali suportavam o peso das tarefas e os maus tratos sem outro desejo se não o
de escapar. Mas isto era realmente impossível. O Padre Kentenich esteve quase quatro anos
ali, privado de sua liberdade, e oferecendo toda a sua dor por amor a seus filhos e a sua Obra.
FOTO 4: Esta foto foi tirada na audiência que o Padre Kentenich teve com o
Papa Paulo VI em 22 de dezembro de 1965, foi quando este lhe agradece sua
entrega e sua fidelidade a Igreja. Nesse momento nosso Pai e Fundador
promete que todos os filhos de Schoenstatt serão uma benção para a Igreja.
O Padre Kentenich leva em sua mão uma mala: Nela há um cálice que deu ao
Santo Padre.
FOTO 5: Esta foto foi tirada em 24 de dezembro de 1965, no Santuário
Original quando nosso Pai e Fundador chegou de Roma. Ela estava há 14 anos
na América do Norte, separado da Obra de Schoenstatt. A foto nos mostra o
Padre Kentenich em sua primeira visita depois daqueles 14 anos.
Que recolhido está! Nota-se que neste momento está submerso em um diálogo
com Deus e a Mãe. Seu coração estava sempre junto a eles. Muitas vezes
disse: “Quem me busca me encontra no Santuário”, por isso irradiava muita
paz e alegria e estando junto a ele se sentia muito perto de Deus.
FOTO 6: O Pe Kentenich está abençoando.
Como sacerdote, o Pe Kentenich tinha grande alegria de abençoar todas as
pessoas que o pediam. Agora, junto da Mãe de Deus no céu, ele continua no
abençoando.
Ensinar o canto: “Havia uma vez em um distante país... Pe José, sou pequeno como foste tu...” (CD das Apóstolas)
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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DRAMATIZAÇÃO: O grupo se dividirá em equipes e cada um escolherá uma das fotos. As
equipes se perguntarão qual a atitude que o Padre Kentenich transmite através dessa imagem;
por exemplo: recolhimento, espírito apostólico, amor à cruz, etc. Em base a ela realizarão uma
dramatização de alguma cena da vida diária em que podem viver essa atitude.
ORAÇÃO FINAL:
PROPÓSITO: As meninas escolhem uma das atitudes que descobriram no Padre Kentenich e
durante esta semana tentarão colocar em prática. Cada vez podem marcar um dos raios do
símbolo.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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12º ENCONTRO
Padre Kentenich nos ajuda a partir do céu!
OBJETIVO DA REUNIÃO: Ensinar que o Padre Kentenich continua atuando a partir da
eternidade.
MATERIAL NECESSÁRIO: livro de cantos, cartaz com desenho de um sol, um raio longo de
papel e um raio menor. Os outros raios estarão desenhados no cartaz, com o sol. Fotos da
igreja da Santíssima Trindade (Igreja da Adoração no Monte Schoenstatt),
Capela do Pai e Fundador, fotos do Padre Kentenich, cartão, adesivo, tesoura, papel de cores.
Canto
DIÁLOGO: Vocês sabem quem são os santos? (suscitar respostas). Pois bem, então vamos
ouvir uma história muito interessante. (contar com entusiasmo, com expressão).
HISTÓRIA:
Pedrinho foi com sua mãe para a igreja. Enquanto a mãe rezava, ele observou os vitrais grandes que representam bonitas imagens de santos.
“Mamãe! Quem é esse?” perguntou Pedro apontado para um vitral. “Este é São Pedro, o primeiro Papa da igreja.” Pedrinho se aquietou e ficou pensando: “Que lindo, se chama como eu! Eu levo o nome de
um grande Santo!” Cheio de admiração não podia mover os olhos daquele vitral através do qual o sol
transparecia, fazendo brilhar mais a imagem do seu santo protetor. Outro dia, durante a catequese, a catequista perguntou: “O que é um santo?” Pedrinho muito seguro ergueu a mão e respondeu: “Um santo é aquele que permite passar a luz do sol!!”
DIÁLOGO: Foi correta a definição de santo que Pedrinho deu a sua catequista? (deixar as
apóstolas responderem).
Nós às vezes imaginamos que os santos eram as pessoas tristes, aborrecidas, raras.
Mas não é assim; os santos são pessoas que amam a Deus com todos seu coração e
por isso estão tão unidos a ele que irradiam algo de seu ser: sua alegria, sua pureza,
sua generosidade.
(Mostrar o cartaz com o sol)
Com eles acontecem à mesma coisa que com os raios
do sol. Por quê? Porque assim como os raios podem
nos dar luz e calor na medida em que eles estão
unidos ao sol, também são os santos: eles são uma
prova da grandeza e misericórdia de Deus. Se as
pessoas podem ser tão boas, quanto mais será nosso Pai do Céu!
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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(Convidar as meninas a nomear os santos que elas conhecem.)
Já que estamos falando dos raios do sol, vamos ouvir outra história:
HISTÓRIA: Um dia começou a fazer muito frio na terra, era escuro e todas as pessoas,
animais e plantas estavam muito tristes.
Então o sol pensou: “Eu deveria enviar novamente meus raios para a terra de forma que
lá volte à reinar a felicidade.”
E não somente um, mas vários raios foram enviados. Cada um deveria cumprir uma
missão especial. Um raio faria amadurecer as frutas, outro abriria as flores e outro entraria
nas casas das pessoas para fazer elas felizes.
Mas mesmo assim, muitos permaneceram tristes.
Então o sol disse: “A culpa é minha! Eu esqueci de enviar um raio com a missão de
penetrar nos corações dos homens, porque só pode alegrar-se quem abriga um raio de sol em
seu coração.”
E foi assim que o sol enviou para a terra um raio de grande tamanho.
A primeira pessoa tocada pelo raio procurou ansiosamente a sombra de uma árvore. A
segunda saiu correndo a procura de um ventilador, a terceira tapou os olhos com as mãos e
murmurou algo assim: “Deixa-me em paz.” O raio de sol olhou com tristeza e pensou: “Eu
poderia lhes dar luz e calor, poderia lhes mostrar o bom caminho, mas vocês não me
permitem”. Enquanto pensava assim, um menino se aproximou dizendo: “Espera, querido raio de
sol, eu quero te receber em meu coração!” Com grande alegria o raio iluminou o coração do
pequeno e para sua surpresa observava que todas as pessoas que chegavam perto do menino,
sem perceber, também recebiam a luz que ele mesmo tinha em seu coração, então disse para
si: “Agora sim eu posso retornar para o céu, porque minha luz está acessa em um coração, a
partir do qual iluminará a muitos!”
DIÁLOGO: Todas as pessoas santas são como raios de sol que o bom Deus nos envia. Se os
raios simbolizam os santos, quem será o Sol? O sol representa Cristo. E quem será o
raio mais luminoso e quente? Maria! Ela é a pessoa mais santa porque seu coração
permaneceu limpo e puro.
(Cole agora o nome de Maria no raio mais longo).
Cada santo é um raio de sol que Deus envia para a terra para iluminar o mundo. Eles
têm a missão de nos ajudar a chegar ao sol, a Cristo.
O Padre Kentenich também é um raio de sol que acende a luz de Deus em muitos
corações. E este raio voltou para o sol há alguns anos atrás. No domingo, 15 de
setembro de 1968, festa das sete dores de Maria depois de celebrar a Santa Missa
na igreja da Santíssima Trindade no Monte Schoenstatt, Deus o chamou à
eternidade.
Explicar que chamamos o Padre José Kentenich de Pai e Fundador porque ele é o fundador
da Obra, a Família de Schoenstatt. Ele chamou a vida Schoenstatt, com uma missão especial a
Aliança de Amor.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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(Cole no raio que representa nosso Pai e Fundador o nome dele. Depois mostrar fotos da
igreja da Santíssima Trindade e da Capela do Pai e Fundador – Sarcófago).
DIÁLOGO: Os outros raios não são somente os santos que estão no céu. Nós também somos
chamadas a ser um raio de sol.
Os santos no céu seguem cumprindo sua missão. Se recorrermos a eles com fé, eles
intercedem por nós junto a Deus para que se cumpra em nossa vida o que é mais
conveniente para nossa salvação. Por isso, muitas pessoas chegam de todas as
partes do mundo para visitar o túmulo (sarcófago) de nosso Pai e Fundador, sabem
que ele continua nos ajudando a partir do céu.
Vamos ler alguns exemplos de graças alcançadas com a ajuda do Pe Kentenich:
(convidar as meninas para lerem)
“Ao Padre Kentenich eu devo gratidão de um modo especial. Minhas notas na escola não eram muito boas, o que tornaria difícil que eu fosse aprovada no final do ano. Minha mãe muitas vezes tinha contado que o Padre Kentenich intercede por nós. Por isso eu decidi rezar uma novena, depois da qual as coisas caminharam tão bem que eu pude passar de ano.”
“Em uma terça-feira fui para aula de catequese, e deixei minha bicicleta em frente da igreja. Quando saí eu percebi que minha bicicleta tinha desaparecido. Comecei imaginar o que me diriam em casa, pois minha bicicleta que era quase nova. Ao chegar à escola eu o contei chorando a minha professora tudo aquilo que aconteceu. Ela me falou: „Vamos rezar ao Padre Kentenich, ele nos ajudará '. Nós começamos a rezar imediatamente pedindo minha bicicleta de volta. Pela tarde, eu voltei ao lugar onde eles tinham roubado. Não pude acreditar: ali estava. Na manhã seguinte eu contei isto a minha professora, ela alegrou-se comigo e me falou: „Eu fiz um pequeno pacto com o Padre Kentenich, e lhe prometi contribuir com as crianças pobres se a bicicleta aparecesse'. Muito obrigada, Pai!”
Entregar a cada Apóstola uma novena para crianças onde tem a foto de nosso Pai e
Fundador com duas meninas.
TAREFA: Completar os raios no símbolo que estão conquistando.
PROPÓSITO: A partir de hoje rezaremos a novena ao Pai e Fundador. Nós lhe pediremos
alguma coisa e lhe prometeremos escrever uma oração de agradecimento se ele nos conceder
isto.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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ORAÇÃO: Rezamos pela canonização de nosso Pai e Fundador:
Pai do Céu:
Em tempos difíceis tu sempre escolhes pessoas que por sua palavra e exemplo mostram o
caminho para ti. Em teu amor paternal, confiaste a teu filho e sacerdote, o Padre Kentenich, a
missão de anunciar a grandeza de Maria para a Igreja atual.
Assim como ele se consagrou a Maria, procurou levar muitos à Aliança de Amor com a Mãe e
Rainha de Schoenstatt para que por ela possam chegar mais facilmente a Jesus e a ti, Pai de
Misericórdia. Por isso hoje com muita confiança te pedimos que concedas ao Padre Kentenich a
honra dos altares para que toda a Igreja veja seu exemplo e experimente a sua ajuda.
Pai bom, por intercessão de nosso Pai e Fundador escuta-nos em nossas necessidades, para a
tua glória e a glória da Mãe Três Vezes Admiráveis de Schoenstatt. Amém.
Motivar as meninas a escreverem esta oração em seus cadernos e dizer-lhes que
podem fazer novenas e enviar o relato das graças alcançadas ao
Secretariado do Pe Kentenich Caixa postal 7050 97050 – 971 Santa Maria / RS
Canto: Sugestão: A dirigente poderá ler no livro: “Vou ao Pe. Kentenich”, alguns exemplos de graças
alcançadas escritas por crianças.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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CONQUISTA DO SÍMBOLO
MUNDO 13º ENCONTRO
Quero ser Apóstola de Maria no mundo como José Engling
OBJETIVO DA REUNIÃO: Conhecer a vida de José Engling e descobrir
como ele se tornou um grande apóstolo de Maria no mundo.
MATERIAL NECESSÁRIO: Livro de canto, quadro de José Engling ou
cartão postal, CD instrumental, texto indicado, 2 cartolinas com as
colunas separadas.
Preparar o ambiente com o quadro de José Engling. Se quiser poderá presentear um cartão de
José Engling para cada uma.
ORAÇÃO INICIAL:
Querida Mãe de Deus, queremos peregrinar agora espiritualmente ao teu Santuário e lá
entregar-te o nosso coração, assim como fazia o teu filho José Engling.
Hoje vamos ter a alegria de conhecer um pouco mais sobre a vida do primeiro herói de
Schoenstatt, junto da Mãezinha façamos os nossos agradecimentos e pedidos.
Amém.
Deixar um momento com fundo musical para elas refletirem.
Perguntar: Quem foi José Engling? Já ouviram falara sobre ele? (Motivar que elas comentem
o que sabem)
Hoje vamos conhecer um pouco mais da vida deste jovem. Ele foi um grande apóstolo de Maria
no mundo.
TAREFA:
Distribuir as diversas partes do texto para as meninas e fazer a leitura seguindo a ordem dos
números. A dirigente fica com o primeiro número para dar início à leitura.
1. (DIRIGENTE) Um carro pára no caminho que une Cambrai com Vallencienne, ao norte da França.
2. Uns homens descem do carro. Eles não haviam planejado parar ali. 3. Aconteceu algo com o carro? O que buscam estes homens?
4. Agora se dirigem para junto de uma grande cruz que está à beira do caminho. 5. À esquerda da cruz encontram um monumento com uma inscrição em alemão e em
francês. À direita vêem uma imagem da Mãe de Deus. 6. No centro há uma grande taça sobre a qual se vê um globo. 7. Para outro carro. Desce uma família composta de cinco pessoas. Eles lêem atentamente
o que está escrito no monumento. 8. Isto acontece quase todos os dias; e tudo devido a um soldado alemão, que morreu
próximo a aquele local, durante a Primeira Guerra Mundial. 9. Perto dali há um Santuário. 10. Este Santuário não seria construído ali se não fosse aquele soldado.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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11. Afinal, quem foi este soldado? Um general? Um tenente? 12. Não. O soldado que ali morreu não tinha mais de 20 anos, porém sua vida tão curta foi
suficiente para chegar a ser um Herói.
DIÁLOGO: Conseguiram descobrir quem era este soldado? Trata-se do nosso herói José
Engling. Para conhecê-lo melhor, vamos fazer um jogo.
JOGO: “Conhecendo José Engling”
O grupo se dividirá em duas equipes. Cada uma receberá um quebra-cabeça. A equipe que
montar primeiro será a vencedora.
De um lado do papel, cartolina ou papelão, cole uma figura grande (do José Engling.) e,
do outro (atrás), cole a tabela com os dados de José Engling. Recorte a tabela para que
fique como um quebra-cabeça (cuidado para que as frases fiquem em cada pedaço, sem
serem cortados) e entregue-o para o grupo, para ser montado.
Perguntas Respostas
1. Nome de nosso herói: José Engling
2. Local de nascimento: Prossiten/Alemanha
3. Data de nascimento: 05 de janeiro de 1898
4. Número de irmãos: Seis
5. Aparência física Apresentava uma deformação leve dos
ombros.
6. Profissão: Seminarista e soldado
7. Qualidades: Bom, amigo. Alegre, aplicado.
8. Defeito principal: Sensibilidade.
9. Seu ideal: “Ser tudo para todos como inteira
propriedade de Maria”.
10. Seu guia espiritual: Padre José Kentenich
11. Sua atitude na guerra: Servir aos outros.
12. Seu oferecimento: “Mãe, eu ofereço minha vida por
Schoenstatt”. Tudo para o Capital de
Graças.
13. Dia de sua morte: 04 de outubro de 1918
14. Lugar onde morreu: Cambai, ao norte da França.
DIÁLOGO:Agora que já conhecemos um pouco sobre nosso Herói José Engling Vamos fazer
uma viagem à sua terra?
Viajemos mentalmente para a antiga Alemanha oriental, a cidade de Prossitten onde
nasceu o soldado José Engling:
Estudar a história para contá-la, o quanto possível, de cor.
José nasceu em 05 de janeiro de 1898. Era o quarto dos 7 irmãos. O pai dele era
alfaiate. Na infância José Engling teve paralisia infantil (poliomielite), o que lhe causou uma
deformação nos ombros. Também pronunciava com certa dificuldade algumas consoantes como
o R, S, L.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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José Engling quando se preparou para a primeira Eucaristia, refletiu sobre o que
seria quando crescesse. Pediu a Maria que lhe ajudasse a descobrir a vontade de Deus a
respeito de sua vida. Em maio de 1912 descobriu sua vocação: ser sacerdote. Quatro meses
depois despediu-se de seus familiares e cruzou a Alemanha através do rio Reno.
Ingressou na escola missionária em Schoenstatt. Era aplicado em seus estudos e no
trabalho. José era um bom amigo e eram muitos os companheiros que estavam contentes de
compartilhar com ele seu tempo livre. Apesar disto, José tinha um defeito: ele se encolerizava
com facilidade, mas isto os colegas quase não percebiam.
Uma vez, quando eles estavam trabalhando na horta, seus amigos começaram a caçoar
dele, naquele mesmo instante José fez com as mãos uma bola de barro que lançou com
excelente pontaria contra o principal culpado.
José mesmo se assustava diante destes acessos de raiva e fez o propósito de se
corrigir. Ele se perguntava: “O que existe de maior que um homem pode querer alcançar?”
Logo descobriu a resposta: “Chegar a ser um grande santo!” Daquele dia em diante se esforçou
para alcançar sua meta: Conquistar os corações de seus companheiros para conduzi-los a
Maria. Isto expressava seu ideal pessoal: “Ser tudo para todos como inteira propriedade da
Mãe de Deus”.
Em seguida pôs à obra e começou a levar contribuições muito concretas ao Capital de
Graças: lutou contra suas indisposições, seus acessos de raiva, desculpou a quem o ofendeu,
fez exercícios de dicção para poder falar melhor, se esforçou para fazer ginástica e corrigir
sua postura ruim, etc. No mês de maio, que é o mês de Maria, José quis demonstrar seu amor
conquistando um jardim de flores espirituais. Cada flor significava para ele um esforço
especial: a rosa era o símbolo de seu amor; o miosótis: expressou seus esforços para ser fiel;
a violeta: simbolizava seus desejos para ser mais humilde; a flor da paixão (flor de maracujá)
era um sinal de seu espírito de sacrifício e o lírio representava sua luta por ser puro.
José sabia muito bem que sozinho não poderia alcançar o seu ideal. Por isso pediu ajuda
ao Padre Kentenich que desde este momento se transformou no seu guia espiritual.
Aos 18 anos, no começo da Primeira Guerra Mundial, deveria se alistar no exército.
Poderia permanecer fiel à Mãe de Deus? Sim, ele havia decidido ser santo no campo de
batalha.
Por amor a Maria suportou o cansaço e as injustiças. Durante os minutos livres escrevia
cartas aos seus companheiros de Schoenstatt, que também estavam no campo de batalha.
Muitas vezes durante a guerra pôde demonstrar seu valor: um dia chegou o aviso de
que alguns soldados deveriam partir para uma missão muito perigosa. Entre os escolhidos havia
um homem casado que tinha vários filhos. José então se aproximou dizendo: “Fica aqui
companheiro, eu vou no teu lugar.”
Tempo depois, no meio do combate, José se ofereceu voluntariamente a Maria dizendo:
“Mãe, eu ofereço minha vida por Schoenstatt”.
Ele queria oferecer sua própria vida para que o Santuário se
transformasse realmente em um lugar de romaria, fonte de graças
para muitas pessoas. A Mãe de Deus aceitou sua oferta: em 04 de
outubro de 1918, José Engling morreu atingido por uma granada no
campo de combate em Cambrai, ao norte da França. Seu corpo não foi
encontrado e hoje existe, naquele campo um Santuário de
Schoenstatt e no local onde acredita-se ter sido ele atingido pela
granada foi erguido um monumento e junto a ele a “Taça de Engling” ou
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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“Taça de Fogo” onde, cada dia 18 queimamos os inúmeros bilhetes onde as pessoas
escrevem seus oferecimentos ao Capital de Graças.
Também aqui no Brasil, junto aos Santuários de Schoenstatt encontramos a “Taça de
Engling”.
JOGO: “Teste de Memória”
A dirigente prepara cartões com as perguntas relacionadas à história de José Engling. Coloca
todos os cartões virados no chão ou sobre uma mesinha. O grupo se divide em duas equipes. A
primeira jogadora de uma equipe escolhe o primeiro cartão, que tem o valor de pontos
conforme o número indicado. Se o grupo souber responder à pergunta, recebe os pontos, se
não souberem, os pontos passam para o outro grupo. A primeira jogadora da outra equipe
escolhe um cartão e procede do mesmo modo. Assim segue sucessivamente até terminar os
cartões. Vence a equipe quem somar mais pontos. A dirigente cuidará de preparar um placar
onde serão anotados os pontos.
10 - Quem foi
o primeiro
herói de
Schoenstatt?
5 - Em que
país nasceu?
20 - Em que
ano nasceu?
5 - Quantos
irmãos
tinha?
5 - Qual era
sua
profissão?
10 - Que
dificuldade
tinha em sua
constituição
física?
20 – Citar as
suas
qualidades.
10 – Qual era
o seu maior
anseio?
30 - Você se
lembra do
ideal pessoal
dele?
20 – Onde
foi
construída a
primeira
“Taça de
Engling” ou
“Taça de
Fogo”?
30 - O que
José
ofereceu à
Mãe de
Deus?
20 - Quando
morreu?
10 – Cite o
nome de
duas flores
(virtudes)
que José
Engling
queria
cultivar no
jardim de
seu coração
no mês de
Maio?
20 - Quem
era seu
diretor
espiritual?
10 - Onde
morreu?
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
52
PROPÓSITO: Estamos conquistando nosso símbolo e a última é o mundo.
Como José Engling também queremos consagrar-nos inteiramente à Mãe de Deus. Para
isto queremos nos prepara e também conquistar muitos presentes espirituais para nossa
Mãezinha. Ele escolheu flores para as quais deu o significado de uma virtude:
Rosa – o amor
Miosótis – a fidelidade
Violeta – a humildade
Flor da Paixão (flor de maracujá) – o espírito de sacrifício, ser forte
Lírio – a pureza
E nós, quais as virtudes de Maria que queremos conquistar preparando nosso coração
para a consagração à Mãe de Deus?
Todo o esforço que fizermos para conquistar estas virtudes, vamos oferecer à nossa
Mãe como contribuição ao Capital de Graças. E assim como fez José Engling também pedimos
à Mãe que transforme sempre mais o seu Santuário em um lugar de romaria aonde as pessoas
que chegarem para rezar possam dizer “Aqui é bom estar” e recebam as graças que mais
necessitam. Desta forma estaremos ajudando a levar a luz de Cristo ao mundo.
Nota: Cada uma dirá (e também escreverá em seu caderno) uma virtude de Maria que deseja
conquistar e a dirigente vai anotando para que na próxima reunião possam comentar sobre o
que fizeram para conquistar esta virtude escolhida.
Sugestão: motivar que as meninas copiem em seu caderno a oração final e durante a semana
rezem pedindo à graça que gostariam de receber.
ORAÇÃO FINAL;
Oração pela canonização de José Engling: Estende Senhor, tua mão, fazendo sinais, milagres e curas pela intercessão de teu servo fiel, José Engling, a fim de que a tua infinita misericórdia o poder e a bondade da Mãe e Rainha, Três Vezes Admirável de Schoenstatt se manifestem a todo o mundo. Amém
* Entregar a cada Apóstola o desenho do símbolo
com as três primeiras partes já pintadas. Cada
oração e sacrifício que fizerem até a próxima
reunião, podem marcar com um sinal no mundo.
AVISO: Para a próxima reunião trazer revistas
para recortar.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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14º ENCONTRO
Ser luz para o mundo
OBJETIVO: Descobrir como podemos realizar nossa missão a partir do
Santuário.
MATERIAL NECESSÁRIO: Cartões com nomes dos membros da família,
revistas com muitas fotos de casas e de pessoas, papéis, lápis, tesoura, uma
foto do Santuário para cada uma, ficha com “sopa de letras”.
* Ao tratar do tema desta reunião é importante que leves em conta a
situação familiar de cada uma das tuas Apóstolas. Pode ser que em algumas
famílias existam desavenças. Neste caso, seria conveniente que destaques como a Mãe de
Deus pode dar-nos resposta a este problema se o Santuário for realmente nosso lar
ORAÇÃO INICIAL
*Marcar as contribuições ao Capital de Graças no mundo (símbolo).
BRINCADEIRA: “As famílias”
Dividir o grupo em 2 ou 3 equipes. Cada equipe terá um sobrenome.
No centro de uma mesa coloque os cartões (misturados) com os diferentes membros das
famílias: Avô Silva, Avó Silva, papai Silva, mamãe Silva, filho Silva, filha Silva... Cada família
terá estas pessoas: a Família Silva, a Família Lopes, ... (escolher um sobrenome, de
preferência que não tenha nenhuma no grupo com este sobrenome na família). Dado o sinal
cada equipe buscará os membros de sua família até completá-la. Sentar-se-ão todos em fila
indiana, do mais velho ao mais novo (começando pelo avô), com braços e pernas cruzadas. Será
vencedora a equipe que estiver pronta primeiro.
ATIVIDADE: “As arquitetas”
Cada uma recortará das revistas que estão á disposição as casas e os jardins que acharem
mais lindos. Fazem uma exposição na sala. Fazem votação para escolher a mais linda de todas.
DIÁLOGO: Por que esta casa pareceu ser a mais linda para nós? Certamente porque
acreditamos que nesta casa e neste jardim nos sentiríamos mais felizes, mais
abrigadas.
Já se deram conta de que isto não depende de que seja mais luxuosa ou grande?
Podemos ser muito felizes vivendo em uma casa singela e pequena; não depende
disso para que nos sintamos bem. De que depende? O que nos faz realmente nos
sentirmos felizes e à vontade em nossa casa? Que ali vivam as pessoas que nos
amem e aquelas que podemos amar.
TAREFA: Formar dois grupos e recortarão agora, imagens de pessoas que expressem sua
ajuda e amor mútuo. Colar em uma folha e deixar num lugar à vista enquanto escutam a
pequena história:.
HISTÓRIA: Em uma sala de aula, as meninas deviam fazer uma redação sobre o tema “o lar”. A professora, ao corrigi-las se surpreendeu ao encontrar em um caderno, uma só frase: “Lar é aquele lugar onde me entendem e onde me sinto bem”. Esta frase era suficiente para merecer uma boa nota, pois expressava corretamente o que é um lar.
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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DIÁLOGO: O que acontece quando as pessoas não têm lar? Existem muitas pessoas nesta
situação? Sim, perto de nós existem muitas pessoas sem lar: filhos que abandonam
seus pais quando ficam idosos, pais que deixam seus filhos sozinhos e não lhes
dedicam tempo, pais que não se amam mutuamente. Às vezes na família há
desarmonia.
As pessoas sem lar sofrem uma grande solidão, pois elas não se sentem amadas e
por isso lhes falta alegria e paz, não são felizes. Se não experimentamos o belo que
é ter um lar nesta terra, nos será difícil sentir a saudade de ter um lar no céu, pois
não acreditaremos nele. Como a Mãe de Deus sabe que necessitamos de um lar para
sermos felizes, quis presenteá-lo em Schoenstatt.
DINÂMICA: A dirigente apresentará o seguinte “caça palavras”. As meninas deverão
descobrir qual a graça do Santuário que se esconde ali. (ABRIGO ESPIRITUAL)
C A R U H G F A J E
Q A G L A J I O D E
D U S C B R U G L E
E S P I R I T U A L
S D E R I A D C Z O
S W F I G O R D I S
M O L U O M A J E K
C V E F B E R T Y Z
DIÁLOGO: Muitas de nós encontramos em Schoenstatt um lar. Por quê? Porque nele
encontramos um coração de Mãe. Maria está verdadeiramente no Santuário e ali
nos espera para presentear-nos todo o seu amor. É no Santuário que a Mãe nos
transforma em suas Apóstolas e nos envia com a Missão de SER LUZ NO MUNDO.
Todas gostamos de ser amadas, por isso cada vez que vamos ao Santuário Maria nos
recebe com amor e nos leva a encontrar-nos com Jesus, o grande Sol, que está no
Sacrário, com o Espírito Santo e com Deus Pai. Mas o que devemos fazer para
receber esta graça? Ir ao Santuário com fé.
Talvez nos seja difícil ir muitas vezes ao Santuário porque pode ser longe; porém,
apesar disso todas nós temos que ir ao Santuário todos os dias. Como?
Espiritualmente.
Neste momento estamos reunidas aqui, podemos também estar presentes em nossa
casa. Vamos fazer uma prova: fechemos os olhos; agora cada uma vai
espiritualmente à sua casa e imagina exatamente como é cada coisa: aqui está à
mesa, ali a sala e o sofá, a televisão. Ali na parede tem um quadro, no outro lado um
crucifixo, ali tem uma porta,...
Perceberam? Todas nós estivemos em casa; nosso espírito pode mover-se, ainda que
nosso corpo permaneceu no mesmo lugar. Do mesmo modo podemos fazer uma
Livro da dirigente 2 Coleção Apóstolas de Maria
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peregrinação ao santuário mesmo que fisicamente estejamos longe dele. A
isto nós chamamos de peregrinação espiritual.
Como somos felizes por termos um lar no Santuário e no coração da Mãe de Deus.
Com isto deduzimos que falta luz no mundo é porque as pessoas não têm mais lar. É
nossa missão ser uma luz no mundo, por isso queremos ajudar a Mãe de Deus a
iluminar o coração das pessoas. Também nós somos um pequeno Santuário-vivo no
mundo e por nós a Mãe quer irradiar a sua luz.
Seria bonito que agora presenteasses uma foto do Santuário para cada uma delas para
que possam ter em sua casa, no seu quarto. Explicar-lhes que cada vez que olharem com
fé para a imagem poderão encontrar-se com a Mãe e pedir que ela nos presenteie as
graça de seu Santuário transformando-nos em luz para o mundo.
PROPÓSITO: Diante desta foto do Santuário fazer, cada dia, uma peregrinação espiritual ao
Santuário pedindo à Mãe que nos transforme em verdadeiras Apóstolas e sejamos LUZ PAR
AO MUNDO.
Rezar cada dia a oração da pequena consagração: “Ó minha Senhora...”
A dirigente poderá distribuir e marcar a hora que cada menina fará a sua visita
espiritual ao Santuário.
Entregar o desenho do mundo (símbolo) para que possam marcar suas visitas ao
Santuário. Trazer preenchido na próxima reunião (colado no caderno).
CANTO: Hino das Apóstolas
AZUL
AMARELO
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15º ENCONTRO
Compromissos das Apóstolas de Maria
Objetivo: Conhecer os três compromissos das Apóstolas de
Maria que elas vão assumir pela consagração.
Material necessário: Cartaz ou letras com a palavra
“Consagração”, livro de cantos,
Oração inicial:
Querida Mãezinha!
Aproxima-se o grande dia de nossa consagração
pelo qual esperamos com ansiedade e alegria.
Vem tu mesma preparar nosso coração para esta entrega a ti.
Tu és a grande jardineira.
Somente tu podes fazer desabrochar a riqueza de dons
que o bom Deus semeou no coração de cada uma de nós.
Abre nosso coração para acolher os raios da graça
que Jesus nos quer presentear especialmente na Santa Eucaristia.
Ajuda-nos a proteger o jardim de nosso coração
para que nele não cresçam ervas daninhas e venham prejudicar a beleza dos lírios.
Protege nossos olhos para que sejam sempre puros e brilhantes.
A ti nos consagramos inteiramente
e acreditamos que, a partir de teu Santuário de graças,
serás sempre nossa Rainha.
Mãe, aceita-nos com tudo o que somos e o que temos
e faze que sejamos sempre tuas Apóstolas
refletindo no mundo a Luz de Cristo.
Todas: Ó minha Senhora
Música: De um deserto a um oásis (CD da Jufem de São Paulo “Lirializadas” nº3)
Marcar as contribuições ao Capital de Graças na conquista do Mundo (símbolo)
DINÂMICA: “Na escuridão”
Colocam-se alguns obstáculos pela sala, como cadeiras, vasos... Uma das Apóstolas é escolhida
e então se vendam os seus olhos amarrando um pano escuro. Ela deverá andar pela sala sendo
guiada pelo grupo que dirá: “Para a esquerda, para a frente, para a direita, um passo, para....”
Ela deverá chegar até um determinado lugar onde pode estar a imagem da Mãe, por exemplo.
DIÁLOGO: Como tivemos que nos esforçar para que nossa amiga não tropeçasse nos
obstáculos. Tudo isso porque ela não conseguia enxergar. É assim quando andamos
no escuro. Vejam como a luz é importante na nossa vida. E por estarmos falando em
luz, vou contar uma história sobre a importância da luz:
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História: A JANELA DE MARIA
O pai levou sua filha Clara para sua oficina, onde trabalhava com vitrais coloridos. A filha olhou o trabalho do pai encantada com tudo. Havia uma grande armação de janela. Sobre a mesa, uma pilha de vidros coloridos.
- O que o senhor faz com estes vidros coloridos? - Vou fazer uma janela representando a Assunção de Maria ao céu. - Mas, pai, com este montão de cacos, todos tortos, o senhor não vai fazer nenhuma
Assunção... - Verás como vai ficar bonita. Alcança-me um pedaço de vidro após outro.
E o pai os foi colocando um após outro sobre o esboço. Todos encaixaram muito bem. - Mas falta ainda alguma coisa, é escura, diz a filha. - Sim, falta, mas o bom Deus vai me ajudar.
Algumas semanas mais tarde, depois que o vitral já estava em seu lugar, o pai foi para a igreja com a filha. De repente ela olhou para o alto e exclamou:
- A janela, pai! O sol batia na janela, e quanto mais o sol subia, maior a claridade e maior o brilho.
- O bom Deus ajudou o pai! - Sim, diariamente ele me ajuda a pintar com seu sol. – respondeu ele –
Veja, nós dois fizemos isso. Tu também ajudaste. Tu me alcançaste os vidros coloridos. O bom Deus quer também fazer uma tal janela contigo e com todos os homens. A filha olhou-o admirada.
- Cada dia que Deus te presenteia é um vidro. Tu lhe dás uma determinada cor e à noite os devolve ao bom Deus. Ele coloca todos os vidros junto e faz uma janela muito linda.
- Deve ser uma janela da Mãe de Deus, diz a filha. – Reflete um pouco e depois diz: Com Maria era diferente, pois era a Mãe de Deus e não uma menina como eu. O pai responde:
- Olha para a janela. Vê como o bom Deus me ajudou a pintar. A figura da Mãe de Deus está resplandecente pela luz do céu. Maria foi tão santa porque estava envolta com a luz de Deus. Ela era uma menina como tu, mas porque o bom Deus derramou sua luz e amor sobre ela e ela estava sempre pronta a recebê-la, tornou-se tão linda. Ela se tornou cada dia mais bela, assim como a figura da janela se torna sempre mais brilhante, à medida que o sol reflete nela. No fim de sua vida, Deus a levou com o corpo e a alma para o céu. E ela tornou-se o modelo para todos os homens. Agora nós devemos ajudar o bom Deus a esculpir sua imagem em nós.
- Então não posso mais correr, brincar, ser tão divertida e alegre? - Claro que não, minha filha. Os vidros são coloridos. Tanto o dia alegre com triste,
devem estar na luz de Deus. Aí, recebem seu brilho. Senão ficam escuros. A filha, cheia de alegria, contempla a janela da Mãe de Deus.
Para ilustrar esta história podes fazer uma transparência com a imagem de Maria.
Coloque-a sobre a mesa escura, de forma que não se veja bem a imagem. Depois
mostre-a contra a luz para que a vejam distintamente.
DIÁLOGO: Já paramos para pensar que nossa vida é uma maravilhosa obra de arte do bom
Deus? Ele nos criou com amor e porque nos ama sempre mais, deu-nos a liberdade
de ajudá-lo nesta obra de arte. Na história que ouvimos a filha ajudou seu pai a
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fazer uma linda janela/vitral com a imagem de Maria, mas esta imagem
somente apareceu quando exposta na luz do sol.
Estamos a caminho do grande dia de nossa CONSAGRAÇÃO. Como o artista da
história, também trabalhamos bastante numa obra de arte que é o nosso símbolo.
Ele representa agora cada uma de nós e tudo aquilo que queremos ser.
Nós queremos ser LUZ NO MUNDO, mas não podemos ser luz sozinhas, precisamos
de uma LUZ maior que nos ilumine primeiro e seja a fonte de nossa luz. Precisamos
do Sol que é Jesus! Sem ele andamos no escuro e não podemos conhecer as
maravilhas que Deus criou no mundo, não podemos conhecer nem as pessoas que
estão conosco.
Olhando para a imagem de nossa Mãe vemos que ela está rodeada de luz, mas esta
luz não parte dela. Maria somente reflete a luz de seu Filho Jesus. Ao consagrar-
nos a Maria estaremos entregando o nosso coração para que ela o traga bem junto
do seu e assim também nós possamos receber a luz de Cristo e levar esta luz ao
mundo.
Mas o que assumimos com a consagração? No que consiste o “entregar os pedaços
de vidro” como fez a menina da história que hoje ouvimos?
(usar cartazes, frases, sinais, etc. conforme a criatividade de cada uma)
“QUEREMOS AMAR MARIA E ASSEMELHAR-NOS A ELA”.
1o compromisso de uma Apóstola
Para fortalecer nosso amor assumimos o compromisso de renovar nossa consagração todos
os dias rezando a oração: Ó minha senhora...
Podes falar da importância desta oração salientando cada um dos sentidos. Rezando
desta oração consagramos a Maria todo o nosso ser e agir... em prova da minha devoção... consagro os meus olhos, meus ouvidos...)
“SOMOS APÓSTOLAS DE UMA RAINHA!” 2o compromisso de uma Apóstola Ela será sempre a Rainha de nosso coração e nós seremos sempre suas princesas. Para
conservarmos o brilho da pureza em nosso ser assumimos o compromisso de, com a ajuda de
nossa Mãe e Rainha, escolher devidamente os programas de televisão, internet, filmes e
revistas.
- Quais são os meus programas de televisão preferidos? Deixe espaço para a reflexão.
- Quando os assisto, a Mãe de Deus poderia estar ao meu lado, olhando junto comigo? - Qual o programa que eu não vou mais assistir?
Podes trabalhar um pouco sobre a importância de usarmos devidamente os meios de
comunicação, também o computador, jogos, etc.)
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SER LUZ NO MUNDO É NOSSA MISSÃO!
3o compromisso de uma Apóstola Para que nossa luz nunca deixe de brilhar pedimos coragem à nossa Mãe para professarmos
nossa fé através da participação na Santa Missa Dominical.
É na Santa Missa que recebemos Jesus, a nossa luz. Se não abrirmos nosso coração para sua
luz, seremos como uma janela de vidros coloridos que não recebe a luz do sol. O resultado é
que a janela permanece sempre escura e não podemos ver a sua beleza..
Perguntar: Gosto de participar da missa?
O que ela significa em nossa vida de cristãos?
PROPÓSITO: Cumprir os três compromissos das Apóstolas de Maria.
-Rezar cada dia a pequena consagração.
-Usar devidamente os meios de comunicação.
-Participar da Missa Dominical (convidar os pais e irmãos).
Entregar a cada uma um coração com a palavra CONSAGRAÇÃO. Neste coração irá
marcar quando cumpriu os compromissos de Apóstola de Maria. Pedir que tragam na
próxima reunião.
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16º ENCONTRO
Mãe, a ti eu me consagro!
Objetivo: Descobrir que a consagração a Maria é uma entrega mútua de corações.
Material necessário: Um cartão com a frase “Nada sem ti, nada sem nós”, cartolina, imagem
do Pe. Kentenich, do Santuário e da MTA, Cartaz com as colunas divididas para a brincadeira,
cartões com respostas, livro de cantos.
ORAÇÃO INICIAL:
*Entrega (para a Mãe de Deus) do coração que receberam no final da última reunião.
BRINCADEIRA: “Vem junto, vem ser luz”
Coloque tocar o CD com o Hino das Apóstolas. Formar um trenzinho e a dirigente vai à frente
guiando o percurso. Pode ter obstáculos pela sala, como cadeiras, pastas, latas...
DIÁLOGO: Nesta dança alegre cada uma pôde experimentar o que significa ser guiada por
alguém. Andamos com segurança no trenzinho seguindo o caminho que a dirigente ia
fazendo à nossa frente. Se alguém se desprendesse da Guia, que neste caso era a
dirigente, se perderia no caminho e talvez iria tropeçar nos obstáculos.
Maria, nossa Rainha, quer ser guia e luz no caminho de nossa vida. É por isso que
vamos nos consagrar a ela.
Consagrar-nos a Maria significa entregar-nos totalmente a ela e pedir-lhe que nos
guie, nos eduque e nos utilize como seus instrumentos. Nossa Rainha necessita de
pequenas Apóstolas que, como autênticas filhas estejam sempre disponíveis para
ajudá-la em sua missão. Assim como na antiguidade os cavaleiros juravam, defender
a causa de sua Rainha, também nós queremos consagrar-nos à nossa Rainha para
ajudá-la em sua missão a partir do Santuário.
Ao consagrar-nos a Mãe lhe dizemos: “Quero andar meu caminho segura em tua
mão!” Se o fizermos com muita confiança ela não nos abandonará nunca e nos
conduzirá ao coração de Deus. Porém, para isto ela espera a nossa colaboração.
Jogo: “Adivinhe a frase”
O grupo se dividirá em duas equipes. A cada equipe se entrega as palavras recortadas da
frase: “Nada sem ti, nada sem nós”. Ganhará a equipe que montar primeiro a frase.
DIÁLOGO: O que nos diz esta frase? Muitas vezes já a encontramos escrita no frontal do
altar do Santuário. Nesta frase, “Nada sem vós, nada sem nós!” encontramos
também o sentido de nossa consagração.
Nada
Sem Ti Nada
sem nós!
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NADA SEM NÓS - Pela consagração entregamos nosso coração à Maria
com tudo o que somos e temos e assumimos os compromissos de uma Apóstola de
Maria. Lembram quais são? (Ler no cartaz da última reunião). Tudo isto oferecemos
como contribuições par ao seu “tesouro” que chamamos de Capital de Graças.
NADA SEM VÓS - Por sua vez, a Mãe de Deus, se compromete a presentear-nos
três graças especiais: Abrigo espiritual, transformação interior e fecundidade
apostólica, para assim conduzir-nos a Deus. Ela aceita nossas contribuições ao
Capital de Graças e como resposta se vincula ao Santuário transformando-o em
lugar de graças e de romarias.
BRINCADEIRA: “Onde encontro esta resposta?”
O grupo procura as respostas que correspondam ao que está escrito em cada
coluna.
Aliados Lugar da
Aliança
Promessas da
Mãe de Deus
Nossa
promessa
Graças do
Santuário
Sobre uma mesa coloque os cartões que contém as seguintes respostas:
Mãe de Deus Santuário de Schoenstatt Pe. José Kentenich nós
estabelecer-se no Santuário contribuições ao Capital de Graças
abrigo espiritual transformação interior fecundidade apostólica
Jovens congregados transformar o Santuário em lugar de romarias
fiel cumprimento do dever Compromissos das Apóstolas
Coloca fita adesiva nos cartões para que possam ser colados no cartaz.
Respostas certas:
ALIADOS: Mãe de Deus, Pe José Kentenich, Jovens congregados, nós.
LUGAR DA ALIANÇA: Santuário de Schoenstatt
PROMESSAS DA MÃE DE DEUS: estabelecer-se no Santuário, transformar o Santuário em
lugar de romarias
NOSSA PROMESSA: Contribuições ao Capital de Graças, fiel cumprimento do dever,
compromissos das Apóstolas.
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GRAÇAS DO SANTUÁRIO: Abrigo espiritual, transformação interior,fecundidade
apostólica.
PROPÓSITO: Está se aproximando cada vez mais o dia da nossa consagração, para a qual
queremos nos preparar com um dia de retiro (encontro). Queremos preparar bem
nosso coração para entregá-lo à Mãe de Deus e também para receber o seu
coração. Até o dia de nosso podemos conquistar ainda muitos presente para nossa
Mãe para que ela transforme verdadeiramente nosso coração em um coração de
Apóstola, semelhante ao seu. O que ainda podemos fazer?
O grupo escolhe algo concreto.
Cada vez que cumprimos nosso propósito podemos desenhar uma flor em nosso
coração.
Entregar a cada Apóstola um coração com o símbolo dentro e a frase NADA SEM VÓS,
NADA SEM NÓS.
Oração final
Avisos
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DIA DA CONSAGRAÇÃO
Preparar um pequeno retiro retomando o conteúdo do ideal, a missão e do
símbolo que vão receber (lenço/camiseta ou medalha com o símbolo).
Apresentar a Bandeira das Apóstolas.
Vivências nos sentido da Consagração – texto da pequena consagração.
Rito da consagração e
Oração de consagração de Apóstola de Maria.
Sentido de usarem a medalha da Mãe.
É importante que este encontro se realize junto ao Santuário.
O tema do encontro pode girar em torno do conteúdo das palavras que nosso Pai
e Fundador disse ao primeiro grupo de meninas que se encontraram em
Schoenstatt em 06 de agosto de 1927. Pode-se aproveitar a oportunidade para
explorar esta herança.
Marcar um encontro com os pais, pode ser antes do retiro, ou talvez no mesmo
dia, para explicar o que significa esta consagração que suas filhas vão fazer.
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Rito da consagração
e entrega do Símbolo das Apóstolas de Maria
Dirigente do grupo: Neste dia festivo, querem consagrar-se à Mãe, Rainha e Vencedora Três
Vezes Admirável de Schoenstatt, as seguintes Apóstolas: ..............................................(leitura dos
nomes)
Apóstolas: Querida Mãe de Deus, como sinal de que nós pertencemos totalmente a ti,
queremos receber o símbolo das Apóstolas. Ele nos fala da grande missão que assumimos: Ser
LUZ NO MUNDO.
(Uma menina do grupo leva cada elemento do símbolo para frente enquanto a dirigente ou
mesmo uma menina do grupo lê, vão montando):
O grande mundo é o lugar onde devemos realizar nossa missão. Cristo, o
grande Sol Divino, nos chama para sermos pequenos reflexos de sua Luz no
mundo.
(Levar o símbolo para frente.)
O Santuário, em nosso símbolo, quer lembrar-nos as palavras que nosso
Pai e Fundador, Pe José Kentenich, disse ao primeiro grupo de Apóstolas
de Maria em 06 de agosto de 1927: “Schoenstatt é nosso lar porque ali vive nossa Mãe”. No Santuário, nos sentimos em casa, abrigadas no
coração de nossa Mãe e Rainha, a quem nos consagramos todos os dias
através da oração da pequena consagração.
(coloca o Santuário no símbolo grande preparado pelo grupo)
A Coroa lirial nos fala da régia pureza de Maria. Ela será sempre a
Rainha de nosso coração, por isso pedimos que nos ajude para que
sejamos sempre abertas a Deus e estejamos sempre prontas a decidir-
nos pelo bem. Para conservarmos o brilho da pureza em nosso ser
assumimos o compromisso de, com a ajuda de nossa Mãe e Rainha,
escolher devidamente os programas de televisão, internet, filmes, revistas e livros.
“Queremos amar Maria e assemelhar-nos a ela”. (coloca a coroa em seu lugar no símbolo)
Os raios nos lembram que desde o nosso batismo somos chamadas a
ser Apóstolas no mundo. Como pequenos reflexos de Maria queremos
ser um sinal de luz que ilumina, aquece e conduz para o alto.
Para que nossa luz nunca deixe de brilhar pedimos coragem à nossa Mãe
para professarmos nossa fé através da participação na Santa Missa
Dominical.
(São 16 raios. Cada uma pode levar um raio, se tiver meninas suficientes,
ou dividir entre elas).
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Oração de Consagração
Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de
Schoenstatt. Agradeço-te que me chamaste para ser tua Apóstola.
Confio que tu me conduzirás seguramente a Deus Pai. Por isso,
consagro-me inteiramente a ti assim como fez o Pe. José Kentenich e
os jovens congregados em 18 de outubro de 1914.
Mãe, assume a responsabilidade de educar-me como tua filha
protegendo-me em todos os caminhos de minha vida. Ajuda-me a
realizar o que o Pai do Céu deseja de mim. Conserva e aumenta a
minha fé. Presenteia-me um coração puro para que eu me empenhe
pelo bem. A ti me consagro com tudo o que sou e o que tenho. Aqui
estou, desejo ser tua Apóstola.
Mãe de Deus, agradeço-te que me aceitaste como Apóstola no Reino de Schoenstatt.
Ajuda-me a ser fiel e cuida que eu me decida sempre pelo caminho que Deus traçou para mim.
Que seguindo Jesus, a grande Luz, também eu possa ser luz no mundo e contigo conduza muitas
pessoas ao Pai do Céu.
Presenteia-me as graças do teu Santuário, o abrigo espiritual, transformação interior e
fecundidade apostólica. Com amor e alegria oferecerei minhas contribuições ao teu Capital de
Graças.
Nada sem ti, Mãe! Nada sem nós, tuas Apóstolas.
Ó minha Senhora, ó minha Mãe! Eu me ofereço toda a vós e, em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vossa, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém.
Entrega do símbolo das Apóstolas
Sacerdote (ou a dirigente diocesana da Jufem): Em nome da Mãe, Rainha e Vencedora Três
Vezes Admirável de Schoenstatt e do Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, aceito a tua
consagração e entrego o símbolo das Apóstolas.
(entrega o lencinho/ou camiseta e a medalha para cada uma dizendo):
(Nome)................, sê Apóstola da Mãe e Rainha de Schoenstatt e torna-te Luz no Mundo!
Apóstola: Sim, estou pronta!
Depois que todas receberam o símbolo e a medalha cantar o Hino das Apóstolas.
Observação: O rito da consagração e entrega do lenço das Apóstolas pode ser realizado no final de uma Missa como também pode ser feito com uma celebração especial coordenada pela dirigente do grupo. Neste caso a dirigente diocesana da Jufem é convidada a fazer a entrega do lenço para cada uma. Combinar a celebração com a dirigente diocesana da Jufem e a Assessora diocesana do ramo.
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17º ENCONTRO
Reunião após a consagração
Somos consagradas à Rainha. E agora?
Vamos viver nossa consagração!
OBJETIVO: Apontar caminhos para viver o ideal da Apóstola
no dia-a-dia e ajudar as meninas a descobrir o valor da
fidelidade nas pequenas coisas.
MATERIAL: Folha com as palavras: “Dia da consagração”,
outra com a frase: “Nada sem ti, nada sem nós!”, uma foto de
José engling.
Canto: Hino das Apóstolas
ATIVIDADE: O que te dizem estas palavras? Dia da Consagração” Coloca o cartaz ou as letras no centro e as meninas irão dizendo espontaneamente o que lhes
sugere estas palavras enquanto a dirigente as vai escrevendo ao redor. Por exemplo: alegria,
entrega, santuário...
É importante que retomes a vivência do dia da consagração do grupo e que todas as Apóstolas possam contar suas impressões desse dia e do que decorreu a partir da consagração. Poderias estimulá-las a escrever um relato para enviar às outras apóstolas das outras dioceses (ou para o site do movimento – tabormta) e também que iniciem um “caderno de grupo” onde registram suas vivências: passeios, encontros, visitas em grupo ao Santuário, peregrinações, aniversários, etc.).
DIÁLOGO: Hoje não queremos falar apenas de nosso dia de consagração, mas também dos
que sucederam. Nossa vida ficou diferente depois da consagração? Mudou algo? O
maior, o mais digno de louvor não é que alguém reze uma consagração em um dia de
festa, grande é aquela pessoa que aspira a viver diariamente o que rezou e
prometeu neste dia. Quando nos consagramos à Mãe dissemos: “A ti me consagro com tudo o que sou e o que tenho e prometo ser tua Apóstola”. Em Schoenstatt
conhecemos uma frase que expressa bem claramente o que rezamos aqui. O Pe.
José Kentenich sempre dizia assim à Mãe de Deus, em todas as situações: “Nada sem ti, nada sem nós”. Sabemos que não podemos ser luz no mundo sem que nossa
Rainha nos ajude, mas também sabemos que ela não quer fazer nada sem a nossa
colaboração, ela espera nossa entrega cada dia. Ao nos consagrarmos a ela
mostramos nosso amor. Será que a Mãe de Deus fez o mesmo para conosco?
Em um momento de silêncio, cada uma pensará em um sinal concreto, um
acontecimento desta semana em que a Mãe de Deus demonstrou seu amor para
conosco.
(podes colocar uma música – só instrumental, ou deixar simplesmente silêncio)
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TAREFA: Em um pequeno papel, cartãozinho, cada uma escreverá uma manifestação de
amor da Mãe de Deus para com ela. Não assinar o bilhete.
DIÁLOGO: Tenho certeza que para algumas não foi fácil descobrir o amor da Mãe de Deus
em um fato concreto desta semana. Será que a Mãe de Deus não nos quer bem ou
será que nós não estamos atentas a suas provas de amor?
Vou ler para vocês uma vivência que teve uma Apóstola, talvez assim juntas
encontramos uma resposta a esta pergunta.
Relato: “Eu tinha completado 11 anos quando comecei a fazer parte de um grupo de Schoenstatt. Gostei muito, principalmente pelos divertidos jogos que fazíamos. Alexandra, nossa dirigente, em cada reunião nos contava algo de Schoenstatt, e nos preparou para nossa consagração de Apóstolas. Deve ter sido em maio quando ela nos contou sobre a vida de José Engling. Chamou-me a atenção como a Mãe de Deus tomou a sério a consagração que este jovem fez. No ano seguinte nos preparamos para a nossa consagração de grupo. Decidimos fazer em 15 de agosto, festa da Assunção1 de Maria. Em preparação a este dia fomos conquistando uma coroa de flores para a Mãe de Deus. Cada flor significava um pequeno sacrifício, uma boa ação que queríamos presentear à nossa Rainha. Sinceramente, a coroa não teve muitas flores conquistadas por mim. No dia da festa, depois da Missa, nos consagramos à Mãe, diante de sua imagem. Foi uma cerimônia singela, mas muito linda; eu a tomei muito a sério e a vivi como uma festa... porém, a verdade é que não pensei que a Mãe de Deus tivesse tanto interesse em mim e que se preocuparia comigo como uma Mãe de verdade. Então um dia aconteceu algo que nunca mais esquecerei. Perto de minha casa havia uma pequena ermida da Mãe de Deus, cada semana uma outra menina de nosso grupo se encarregava de cuidar das flores. No início de setembro tocou a mim. Então eu pedi à minha tia um ramo de dálias, pois ela tinha um lindo jardim. Minha tia me presenteou com gosto e alegria. Quando eu ia saindo ela me disse: “Hoje à tarde o tio Luiz irá até a chácara. Se tiveres vontade podes ir com ele. Mas às 4h (16h) tens que estar aqui, pronta para sair, o tio não pode esperar-te”. Eu tinha uma vontade louca de ir junto! Gostava muito de ir à chácara com ele. Minha mãe não teria nada contra. Rapidamente tomei o ramo de flores para passar antes na ermida. Teria que fazer tudo muito rápido; lavei depressa o vaso e em uma casa vizinha, busquei água limpa. Mas no caminho de regresso tropecei, o vaso me escapou das mãos e se fez em pedaços. Fiquei tão nervosa que comecei a chorar como uma tonta, e naquele momento o relógio da catedral marcou as 15h55. Uma voz interior me dizia: “Deixa tudo e corre senão, adeus passeio! O tio Luiz é muito pontual!”, porém, de repente olhei para a imagem da Mãe, senti seu olhar e já não pude pensar mais assim. Corri em casa para buscar outro vaso. Fiz tudo bem rápido, mas apesar disso já eram 16h10. Sem pensar muito rezei como sempre fazia, a pequena consagração. Ansiosa fui até a casa de meus tios... quem sabe a Mãe teria se encarregado de que o tio Luiz se atrasasse. Porém, que desilusão quando vi a garagem vazia, ele havia ido. Minha tia o lamentou muito e me disse que pensaram que eu não iria. Voltei para casa e chorei desconsoladamente. Fiquei muito triste e pensei: “Mãe, é esta a recompensa pelas flores que te levei?” À noite tocou a campainha e escutei a voz de minha tia, mas não pude entender o que dizia. Logo minha mãe entrou no meu quarto pálida e nervosa: “Isabel, o tio teve um acidente, está internado; chocou-se com um caminhão e o lado
1 Festa em que a Igreja celebra nossa Senhora que é levada ao céu de corpo e alma. Dogma Mariano proclamado em 1
o
de novembro de 1950.
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direito do carro foi totalmente destruído. Graças a Deus que não foste com ele! Te dás conta, agora estarias morta”. “A Mãe me salvou!” foi meu primeiro pensamento. Então compreendi porque tudo tinha acontecido assim. Nesta noite quase não pude dormir, pensando continuamente: “Então é certo! A Mãe de Deus me quer bem e cuida de mim, é realmente minha Mãe e tomou a sério minha consagração. Ela até pode fazer por mim mais do que minha mãe, porque ela é muito poderosa. Ela é a Rainha do céu e da terra!”
Diálogo: É certo que vivências tão fortes como a de Isabel não teremos todos os dias, mas
podemos ter certeza que a Mãe de Deus nos presenteia seu amor muito mais do que
nos damos conta, somente precisamos ter nossos olhos e ouvidos abertos. Como
podemos fazer? Vamos por em prática!
ATIVIDADE: “O que nossos sentidos captam” As meninas recebem uma pequena cédula de papel em branco. Podem retirar-se, se possível
para o jardim, e anotarão todos os ruídos que perceberem. Depois, uma após outra irá lendo o
que escutou. Quem teve o ouvido mais atento?
DIÁLOGO: Por que conseguimos escutar tantos ruídos que antes nem percebíamos? Porque
estivemos em silêncio. Só podemos escutar bem quando nós mesmas estamos em
silêncio. Na história que ouvimos hoje, em que momento Isabel esteve mais atenta à
voz da Mãezinha? (Deixe que as meninas respondam).
- Quando, apesar de ter pouco tempo, cumpriu seu propósito de levar as flores
para a ermida.
- Quando ao quebrar o vaso e em vez de deixar assim mesmo foi buscar outro em
sua casa.
- Quando antes de sair rezou a pequena consagração.
- Quando, ao saber do acidente, lembrou-se imediatamente da ajuda e proteção
da Mãe de Deus que a livrou de ter ido junto.
Como teriam reagido pessoas que têm os olhos e ouvidos fechados para Deus e para
Maria? Se vocês fazem à prova de viver durante o dia com os olhos e ouvidos
atentos experimentarão muitas manifestações de amor da parte da Mãe de Deus,
ela está constantemente disposta a manifestar seu amor.
Então, qual deveria ser nossa resposta? Certa vez o Pe Kentenich disse que o que
mais admirava numa pessoa era a fidelidade. O maior elogio que podia dar a uma
pessoa era: “Permaneceu fiel!” Muitas vezes ele apontou ao jovem José Engling, um
dos co-fundadores de Schoenstatt, como exemplo de fidelidade.
Vejamos alguns exemplos de sua vida em que ele se comprovou fiel:
- Sua aplicação, sua luta por corrigir seus defeitos, a vida de oração (sempre rezava
de joelhos no dormitório do seminário, a sua oração da manhã e da noite, mesmo que
os outros fizessem gozação. Alguns até tropeçavam em suas pernas para ter motivo
de rir), também durante a guerra rezava suas orações, cada dia, onde estivesse: no
campo de batalha, nas trincheiras ou em qualquer lugar, sempre controlava, por
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escrito seus propósitos para presentear à sua “Mãezinha”, como ele chamava
carinhosamente à Mãe de Deus. Em seu trabalho, junto aos seus companheiros na
guerra, foi sempre fiel à sua consagração.
E o Pe Kentenich terá sido fiel? Claro que sim. De outro modo Schoenstatt não
teria nascido e nós não estaríamos aqui, não teríamos o Santuário e toda a vida que
existe em torno dele. Schoenstatt não existiria sem a fidelidade do Pai e Fundador,
Pe José Kentenich. Quantas pessoas não teriam encontrado o caminho para Deus e
a Mãe de Deus!
Maria espera também a nossa fidelidade para que Schoenstatt continue existindo,
para que o Santuário seja uma fonte de graças para a Igreja e o mundo. Cada uma
pessoalmente e todas juntas queremos mostrar a muitas pessoas o caminho a Deus
através de Maria em seu Santuário.
Cada dia queremos recordar: da minha fidelidade nas coisas mais pequenas depende
que muitos cheguem a Deus. Poderíamos comparar o nosso grupo como um barco que
tem a missão de levar uma grande tripulação para a outra margem. Cada parte do
barco tem uma tarefa que deve cumprir fielmente. Até o menor parafuso tem muita
importância.
PROPÓSITO: Nesta semana queremos descobrir as provas de amor da Mãe, o sinal de que ela
aceitou a nossa consagração. De nossa parte queremos ser fiéis aos nossos três compromissos
assumidos na consagração.
(LEMBRAR OS TRÊS COMPROMISSOS DAS APÓSTOLAS)
CANTO:
ORAÇÃO FINAL
AVISOS
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18º ENCONTRO
Mãe ajuda-me a ser serviçal!
OBJETIVO: Despertar a atitude de serviço.
MATERIAL NECESSÁRIO: tela, botões, linha, agulha e livro de canto( ou o material que
necessita para realizar alguma atividade doméstica com as meninas)
Canto:
JOGO: diálogo com mímica - Duas ou três meninas sairão da sala. As que ficam escolherão
uma ação determinada que se possa imitar como, por exemplo: Ajudar a lavar a louça, deixar
em ordem o quarto, preparar a mesa para a refeição, prestar um favor… Escolher alguém do
grupo para realizar a mímica. Chamar uma das meninas que saiu da sala para adivinhar. Esta
deverá repetir para a segunda. A segunda deverá repetir para a terceira. As três deverão
explicar a importância da ação realizada.
Relato: “Bianca vivia com seus pais e seus três irmãos em uma casa pequena no centro da
cidade. Ao lado vivia Elisa, que era um ano mais velha que ela. A diferença de idade não
impedia que elas fossem grandes amigas. Elisa era boa aluna e boa companheira, sempre tinha
ideias brilhantes para jogos e atividades divertidas. Bianca também era muito alegre, porém
muito desordenada. Sempre terminava rápido com seus deveres e fazia-os bem, pelo menos
seus cadernos pareciam livres de erros. Cada dia sua mochila ia parar num lugar diferente.
Bianca, geralmente, não sabia onde tinha colocado as suas coisas, por isso, procurava
desesperada por muitos dias, até que sua mana encontrava-as. Muitas vezes, quando seu pai
entrava na casa, olhava-a com tristeza e não conseguia dizer uma palavra. Às vezes, Bianca
compreendia que sua desordem havia chegado a um limite. E fazia um firme propósito de
corrigir-se, mantendo por algumas horas a ordem na sua casa e colocando os objetos em seus
devidos lugares.
Elisa e Bianca estavam participando há algumas semanas de um grupo de apostolado. Bianca se
sentia muito importante no grupo, porque tinha uma nova ocupação, mas, por isso, não
conseguiu mais organizar-se. Não tinha mais tempo para nada e muito menos para atender os
seus irmãos menores.
Certa vez, pouco antes da reunião, a mãe lhe perguntou:
-O que você vai fazer hoje?
-Muitas coisas mamãe! Nunca se esgota o trabalho para nós, sempre ajudamos onde
necessitam. Damos uma mão aos pobres, aos idosos e presenteamos as pessoas com um
pequeno presente. - Comentou muito orgulhosa.
Antes que a mãe pudesse dizer-lhe algo, Bianca já havia partido. No dia seguinte, quando
Bianca sentou à mesa para fazer seus trabalhos da escola, a mãe entrou em seu quarto
entregando-lhe um papel que assim estava escrito: “Podes lê-lo e logo entregá-lo à responsável
de teu grupo de apostolado. Agora irei fazer algumas compras.” A mãe saiu rapidamente do
quarto.
Bianca ficou quase sem respiração! O que estava acontecendo? A mãe solicitava ajuda às
meninas do grupo de apostolado, já que tinha muita roupa para passar e uma filha que deixava
tudo desordenado. Por um momento, Bianca sentia frio e depois calor. Que pensaria Elisa?
Lembrou-se de uma frase que sua mãe havia dito certa vez: “Vocês tomam um propósito
somente enquanto estão reunidas?”.
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Bianca compreendeu o que sua mãe queria dizer e saiu como um furacão, limpando e
organizando toda a casa. Então, a campainha tocou. Era Elisa que chegara para ir à reunião.
Quando Bianca abriu a porta, Elizabete perguntou-lhe o que aconteceu e logo entendeu o que
acontecia. Por isso, as duas puseram mãos à obra, porque antes que a mãe regressasse à casa,
tudo deveria estar reluzente e em ordem. No seu quarto, Bianca preparou um presente para a
mãe e finalmente tudo estava enfeitado.
O que mais alegraria a sua mãe?
De repente, as meninas escutaram o ruído da porta e os passos da mãe, que se dirigia à
cozinha. Um momento depois, ela abriu a porta do quarto. Bianca e Elisa ficaram
surpreendidas: a mãe apareceu com muitos biscoitos e chocolates!
Elas exclamaram:
-Tudo isso é para nós?
A mãe responde:
-Sim, tudo isso é para vocês, como recompensa pelo belo trabalho!
Bianca continua indo às reuniões de apostolado. Porém, antes de ir, ajuda a sua mãe a fazer os
serviços da casa e deixa tudo em ordem.
DIÁLOGO: Será que nossas mães teriam motivo para escrever às nossas colegas do grupo
pedindo ajuda, como fez a mãe de Bianca? Em que nos parecemos com Bianca? Às
vezes, nos custa muito sermos serviçais, sobretudo em casa!
Consagramo-nos à Mãe de Deus e prometemos ser suas apóstolas. Será que estamos
sendo Apóstolas em nossa própria casa?
Vamos fazer um teste para ver como anda nossa serviçalidade.
JOGO: Teste de serviçalidade
As meninas anotaram em seus cadernos, após cada pergunta: sempre, às vezes e nunca.
1. Quando a mãe nos chama vou em seguida?
2. Quando terminamos de comer ajudo a tirar a mesa?
3. Se me pedem algum favor faça-o rapidamente?
4. Na mesa estou atenta ao que os demais necessitam?
5. Se meus irmãos necessitam de alguma coisa ajudo-os com alegria?
6. Custa-me dividir as minhas coisas com meus irmãos e amigas?
7. Se algum colega de aula não entende algo me ofereço para explicar?
8. Consigo causar pequenas alegrias aos meus familiares com, por exemplo, limpar os
sapatos, arrumar a sua cama, alcançar algo que necessitam?
9. Se toca o telefone e eu estou fazendo algo que gosto, sou capaz de deixar e atender?
10. Costumo ordenar o meu quarto sem que a mãe tenha que pedir?
Somar os pontos
Sempre : 10 pontos;
Às vezes : 5 pontos;
Nunca : 0 ponto.
Resultado:
Se tens entre 80 e 100: és uma apóstola de Maria realmente serviçal, a Mãe de Deus
está muito feliz contigo! Sigas sempre assim. Parabéns!
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Se tens entre e 50 e 70: está em bom caminho! És muito serviçal, porém podes
progredir, recorda que Maria estava sempre a serviço dos irmãos.
Se tens entre 20 e 40: tua serviçalidade está muito fraga. Porém não importa, podes
prestar mais atenção „as necessidades dos que te rodeiam! Vamos lá, a Mãe de Deus te
ajudará a partir do Santuário.
Se tens entre 0 a 20: atenção! Tome cuidado! Tu mesma deves começar a servir! Por
onde começar?
DIÁLOGO: Como a Mãe de Deus viveu a serviçalidade?
É importante que se crie uma atmosfera de oração. Lê para as meninas a passagem
do Evangelho (Conf. Lc 1, 39-56). Motivê-as a escutarem com atenção. Convida-as
fecharem os olhos, enquanto lês pausadamente o texto, para que possam medita-lo.
A cada pergunta as meninas escreverão a resposta em seus cadernos. Terminada a
tarefa, as meninas poderão lê-las.
Meditação: Maria estava em sua casa, e o anjo Gabriel apareceu e anunciou que seria a
Mãe de Deus e que sua prima Isabel, de idade avançada, estava esperando um bebê.
O que sentiu Maria neste momento? (silêncio - para responder no caderno)
Rapidamente tomou o seu burrinho e partiu. O que teria pensado pelo caminho? (silêncio…)
Como teria sido o caminho? (silêncio…)
Agora está chegando à aldeia de sua prima Isabel, ao vê-la, corre para recebê-la.
Como foi o encontro entre Isabel e Maria? (Silêncio…)
E Maria ficou com ela cerca de três meses, ajudando e servindo Isabel, até que seu filho
nascesse.
PROPÓSITO: Todos os dias ajudar pelo menos uma vez nas tarefas domésticas.
Presentearemos esse esforço e escrevermos em bilhetinhos para colocar na Ânfora do
Santuário como contribuição ao Capital de Graças de nossa Mãe.
AVISOS: Para a próxima reunião trazer: 1 tesoura, linha de tricô, canetinhas, algodão.
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19º ENCONTRO
No Santuário a Mãe me transforma e envia.
OBJETIVO: Descobrir que podemos ser missionárias da Mãe e Rainha de Schoenstatt e levar
a sua imagem peregrina.
MATERIAL NECESSÁRIO: balões, linha de tricô, tesouras, adesivos, algodão, papel colorido,
livro de cantos.
ORAÇÃO INICIAL
JOGO: “Desenhando rostos”
Cada um receberá de um balão, papel colorido, lã, plástico, algodão, tesoura, etc.
Com esse material e um tempo determinado deverão transformar seu balão em um
personagem. Então elas organizarão para exposição.
DIÁLOGO: Neste jogo nossos balões foram transformados em diferentes personagens. Agora
quero contar-lhes a história de Roque, um homem que se transformou.
HISTÓRIA: Havia uma vez, um homem muito rico chamado Roque que morava em uma casa
bonita, perto da cidade. Na frente de sua casa havia um parque cheio de flores. Um dia, ao
lado da casa de Roque, se estabeleceu uma família: um homem simples construiu uma casa com
uma horta e um jardim pequeno para seus filhos. Pelo jardim corria o mesmo riacho que
passava pelo jardim de Roque. Os meninos poderiam ver de sua casa, o bonito parque do
vizinho. Como eles gostariam de poder brincar nele.
Pouco a pouco no coração de Roque despertou a inveja; sem motivo começou a odiar seu
vizinho, sua esposa, e as crianças, até a pequena casa. Os odiava porque ele não suportava a si
mesmo e nem a paz em que vivia o vizinho e sua família. Transtornado, Roque decidiu desviar o
pequeno riacho que passava em frente de sua casa, deste modo os filhos do vizinho não
poderiam mais brincar ali. Construiu um muro alto entre a casa dele e a do vizinho, e comprou
um cachorro muito feroz que sempre ficava solto no parque para que os meninos não pulassem
o muro. Uma noite aconteceu um incêndio na casa de Roque. Socorro! – gritou Roque na janela -
Vizinho, me ajude! –gritou mais forte - Tragam água, apaguem o fogo, toda minha casa está em
chamas!” o vizinho se vestiu rápido, e correndo foi ajudá-lo… mas não conseguiu subir o muro
porque era muito alto, teve que ir ao galpão e procurar por uma escada. A casa do rico Roque
ardia em chamas. Quando pôde escalar o muro e chegar ao parque encontrou-se com o
cachorro que não permitiu ele entrar… Roque foi correndo e o prendeu, mas o fogo se
estendia cada vez mais. Demorou muito tempo até que Roque e seu vizinho conseguiram apagar
o fogo… a casa foi totalmente destruída. Em silêncio, Roque contemplou a sua tão bela casa
destruída. Onde iria agora?
Foi então quando o vizinho pôs a mão no ombro dele, e o levou para sua própria casa
dizendo: “Os meninos podem dormir junto em nosso quarto e você pode ocupar o quarto deles.”
Roque sentiu uma grande vergonha, mas convivendo com o vizinho e sua família logo se
tornaram amigos. Depois de um ano Roque construiu uma casa nova. Derrubou o muro alto;
levou o cachorro ao campo e deixou que o riacho pudesse seguir seu caminho natural para que
os meninos pudessem brincar nele.
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DIÁLOGO: O que aconteceu com Roque? Transformou-se! Por quê? Ele mudou de
atitude pelo amor e a generosidade que experimentou em seu vizinho e sua família.
Nós também precisamos ser transformadas? Claro que sim! Quer dizer que “Ana”
tem que se transformar em “Cláudia”? Não, nós falamos de uma transformação
diferente. Por exemplo: se uma menina é acomodada e preguiçosa, deve
transformar-se em uma menina generosa, serviçal. Outra menina que diz mentiras
deveria ser transformada em uma menina sincera. A que sempre quer ter a última
palavra, deve ser mais humilde. A que é desobediente deveria transformar-se em
uma menina obediente.
Mas como se realizara essa transformação? Primeiro eu tenho que saber qual é meu
defeito principal e fazer um esforço para me corrigir.
Mas não quer dizer que isso seja o suficiente, nós precisamos da ajuda da graça
para sermos transformadas. Esta graça a Maria nos presenteia no Santuário: a
graça da transformação interior.
Ela não age como uma varinha mágica que nos faz em seguida umas “santinhas”, mas
se nós lutamos diariamente contra nosso defeito principal e pedimos a Maria que
nos ajude então Ela, do Santuário, pouco a pouco nos transformará.
ATIVIDADE: Entregar às meninas dois pedaços de folhas, um cor-de-rosa e outro azul. No
rosa, motivá-las para escreverem três qualidades pessoais e no azul, três defeitos que
precisam educar-se.
Partilhar as qualidades.
PROPÓSITO: O grupo escolhe.
CANTO:
* Por ser a última reunião, pode fazer algo diferente com uma vivência no Santuário e um
momento alegre convidando para retornar no próximo ano que terá muitas surpresas.