Apresentação Aula 2

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Direito

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Direito Aplicado Engenharia Civil

II PESSOA FSICAPersonalidade e Pessoa NaturalComeo da PersonalidadeFim da PersonalidadeRegistro Civil das Pessoas NaturaisDireitos da PersonalidadeCapacidade Civil e Incapacidade

Personalidade e Pessoa NaturalSegundo o autor Caio Mrio da Silva Pereira, a ideia de personalidade est intimamente ligada de pessoa, pois exprime aptido genrica para adquirir direitos e contrair deveres. Desse modo, como o homem o sujeito das relaes jurdicas, e a personalidade a faculdade a ele reconhecida, diz-se que todo homem dotado de personalidade. Mas no se diz somente o homem, individualmente considerado tem esta aptido. O direito reconhece igualmente personalidade a entes morais, como por exemplo queles que se constituem de agrupamentos de indivduos que se associam para realizao de uma finalidade econmica ou social, atribuindo estes autonomia relativamente s pessoas fsicas de seus componentes ou dirigentes, conforme ser visto mais adiante.

O reconhecimento da personalidade no depende da conscincia ou vontade do indivduo, posto que inerente ele. Assim, a criana, mesmo recm-nascida, o deficiente mental ou o portador de enfermidade que desliga o indivduo do ambiente fsico ou moral, no obstante a ausncia de conhecimento da realidade, ou a alta de reao psquica, uma pessoa e como tal, dotado de personalidade, atributo inseparvel do homem dentro da ordem jurdica, qualidade que no decorre do preenchimento de qualquer requisito psquico e dele tambm inseparvel. Isto posto, uma vez reconhecida a personalidade do indivduo, o nosso direito utiliza a expresso Pessoa Natural para design-lo, sendo esta expresso sinnima Pessoa Fsica.

Comeo da PersonalidadeA personalidade, conforme dito, indissocivel do indivduo. A sua durao a vida. Desde que vive e enquanto vive, o homem dotado de personalidade. Para o nosso ordenamento jurdico, considera-se dotado de personalidade jurdica a partir do nascimento com vida, sendo o nascimento a partir do momento que o feto separado do ventre materno e a vida se configura a partir do momento em que ocorre a primeira troca oxicarbnica no meio ambiente (respirao).Entretanto, cumpre salientar que embora antes do nascimento no seja atribudo ao feto personalidade jurdica, no significa dizer que o mesmo no seja destinatrio de proteo especfica enquanto nascituro, cuidando a lei de proteger e resguardar seus interesses, sendo reconhecido a existncia de um direito em potencial ao ente concebido, podendo o mesmo ser destinatrio de heranas, doaes, etc, as quais somente vo se aperfeioar com o nascimento com vida conforme exposto acima.

Fim da Personalidade

Somente com a morte termina a personalidade jurdica do indivduo. Deste modo, inexiste a possibilidade de perda da personalidade em vida.Existe grande discusso sobre o momento da morte, nos casos de morte enceflica declarada clinicamente, ou nas hipteses de ausncia do indivduo, por exemplo, sendo que a personalidade jurdica somente cessa aps a decretao da morte enceflica, podendo neste caso ser aberta a sucesso e procedida a doao dos rgos (nos casos autorizados) e, no caso da ausncia, somente aps a ocorrncia da sucesso definitiva, de modo que durante a sucesso provisria, o mesmo tratado como absolutamente incapaz, cujo conceito veremos mais adiante.

Registro Civil das Pessoas Naturais

Ocorrendo o nascimento com vida, adquirindo pois personalidade, diz a lei que tal fato deve ser registrado perante o Registro Civil. Esta obrigatoriedade se deve ao fato do art. 9 e 10 do Cdigo Civil e art. 29 da Lei de Registros Pblicos determinar que todos os atos ou fatos ligados ao estado das pessoas ficam consignados, de forma a assinal-los definitivamente e fazerem prova as certides dos respectivos assentos, exaradas pelos oficiais titulares do respectivo cartrio. Neste sentido, devem ser registrados no Registro Civil os nascimentos, casamentos, bitos, emancipao do menor, interdio por incapacidade relativa ou absoluta, sentena declaratria de ausncia e morte presumida, reconhecimento de filiao, enfim, todos os atos ligados ao estado da pessoa natural, ou seja, do indivduo.

Direitos da PersonalidadeConsistem em direitos fundamentados nos princpios que visam defesa e proteo da integridade fsica e moral do indivduo. Assim, a Constituio enuncia direitos e garantias individuais e coletivos, que o legislador tem de proteger e assegurar, alm de consagrar o princpio da dignidade da pessoa humana, como uma clusula geral de tutela da personalidade.Neste sentido, o princpio constitucional da igualdade perante a lei a definio do conceito geral da personalidade como atributo natural da pessoa humana, sem distino de sexo, de condio de desenvolvimento fsico ou intelectual, sem graduao quanto origem ou procedncia.

A importncia dos direitos da personalidade reside no fato de que,para a satisfao das suas necessidades e realizao dos seus interesses nas relaes sociais, o homem adquire direitos e assume obrigaes, sujeito ativo e passivo de relaes econmicas. Ao conjunto das situaes jurdicas individuais, apreciveis economicamente, chama-se patrimnio, o qual pode ser considerado a projeo econmica da personalidade. Neste sentido, podemos dividir em duas categorias os direitos da personalidade, quais sejam, adquiridos e inatos. Os primeiros, existem nos termos e na extenso de como o direito os disciplina (em decorrncia do status individual, como por exemplo o patrimnio). J os segundos, so aqueles inerentes toda e qualquer pessoa natural, como direito a vida, integridade fsica e moral), sendo estes absolutos (porque oponveis qualquer pessoa), irrenunciveis (intimamente vinculados pessoa, no podendo abdicar deles), intransmissveis ( invlida qualquer tentativa de cesso outrem), imprescritveis (pode o titular invoc-los qualquer tempo, mesmo que por largo tempo deixe de utiliz-los).Em sntese, os direitos a personalidade envolvem o direito vida, liberdade, ao prprio corpo, incolumidade fsica, proteo da intimidade, integridade moral, preservao da prpria imagem, ao nome, s obras de criao do indivduo (propriedade intelectual).

Capacidade Civil Conforme exposto anteriormente, todo ser humano dotado de personalidade jurdica e, portanto, dotado da aptido genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes. Inerente a este estado, a ordem jurdica reconhece ao indivduo a capacidade para aquisio de direitos para exerc-los por si mesmo diretamente, ou por intermdio, ou com a assistncia de outrem. Logo, depreende-se que personalidade e capacidade completam-se.A esta aptido oriunda da personalidade, para adquirir os direitos na vida civil, d-se o nome de capacidade de direito, e se distingue da capacidade de fato, que a aptido para utiliz-los e exerc-los por si mesmo.

Em nosso sistema jurdico, a regra a capacidade do indivduo, sendo a incapacidade exceo.Para melhor compreender o conceito de capacidade ou, incapacidade, preciso ter em mente que tais condies esto intimamente relacionadas ao estado do indivduo, sendo este o complexo de qualidades que lhes so peculiares, como por exemplo o estado de casado, solteiro, vivo, separado, de filho, maior ou menor de idade, emancipado, interditado etc.

IncapacidadeSe a capacidade de direito ou de gozo intrnseca personalidade, a capacidade de fato ou de exerccio nem sempre coincide com a primeira, porque algumas pessoas, sem perderem os atributos da personalidade, no tem a faculdade do exerccio pessoal e direto dos direitos civis. Aos que assim so tratados pela lei (apenas a lei estabelece os casos em que o indivduo privado, total ou parcialmente, do poder de ao pessoal), o direito denomina incapazes. importante frisar que a lei no estabelece os casos de incapacidade com o propsito de prejudicar aquelas pessoas que delas padecem, mas, ao contrrio, com o propsito de lhes oferecer proteo, atendendo a que uma falta de discernimento, de que sejam portadores, aconselha tratamento especial, procurando o ordenamento jurdico restabelecer um equilbrio psquico, rompido em consequncia das condies peculiares dos mentalmente deficitrios.Absolutamente Incapazes: Dentre os incapazes, destacam-se, em primeiro plano, os que a lei considera totalmente inaptos ao exerccio das atividades da vida civil. So os absolutamente incapazes, que tem direitos, podem adquiri-los, mas no so habilitados a exerc-los. So apartados das atividades civis; no participam direta e pessoalmente de qualquer negcio jurdico. Para a prtica de tais atos, necessrio se faz a representao.

A incapacidade absoluta prende-se a trs ordens de causas: a idade, a enfermidade ou deficincia mental e a impossibilidade, mesmo que temporria, de discernimento.

Incapacidade absoluta dos menores: A primeira incapacidade a que decorre da idade. O nosso Cdigo Civil considera como absolutamente incapazes, os menores de dezesseis anos.Incapacidade absoluta do enfermo ou deficiente mental: So situaes genericamente abrangidas pelo Cdigo Civil, sendo rdua a questo da fixao do alcance da alienao mental para definir se se trata de incapacidade absoluta ou relativa, ou seja, depende do grau de deficincia, a ser verificado atravs de percia mdica. Em sntese, somente queles a quem faltar, de modo completo, o discernimento, sero declarados absolutamente incapazes.Senectude: A senilidade, por si s, no causa de restrio da capacidade de fato, porque no se deve considerar equivalente a um estado psicopatolgico, por maior que seja a longevidade. Dar-se- a interdio se em virtude da idade avanada vier a gerar um estado patolgico, como arteriosclerose, ou doena de Alzheimer, etc.Impossibilidade, ainda que temporria, de expresso da prpria vontade: So as hipteses de embriaguez, sono hipntico, traumatismos, estado de coma, efeito de drogas, etc.

Relativamente IncapazesDentre os incapazes, destacam-se, do outro lado, aqueles que no so totalmente privados da capacidade de fato, em razo de no vigorarem as mesmas razes predominantes da definio da incapacidade absoluta. Deste modo, os relativamente incapazes no so privados de ingerncia ou participao na vida jurdica. Ao contrrio, o exerccio de seus direitos se realiza com a sua presena. Mas, entendendo o ordenamento jurdico a que lhes faltam qualidades que lhes permitam liberdade de ao para procederem com completa autonomia, exige sejam eles assistidos por quem o direito positivo encarrega este ofcio em razo do lao de parentesco ou designao judicial. Nos seus efeitos, uma vez praticado o ato sem observncia da assistncia, gera a anulabilidade do ato jurdico praticado.

Incapacidade relativa dos menores: Enquadram-se nessa categoria os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos. Dependem da assistncia dos pais ou responsveis para prtica de negcios jurdicos. Ressalvadas as normas de proteo relativas a horrio de trabalho, natureza insalubre da atividade e faculdade de obst-lo, conferidas aos pais ou responsvel, o menor relativamente incapaz pode ajustar contrato de trabalho.Incapacidade relativa dos brios habituais e viciados em txicos: Os vcios do txico e da bebida, se atingirem o estado da habitualidade que gera uma fraqueza mental esto abrangidos nesta hiptese. Trata-se de incapacidade a ser aferida perante a justia com a mxima cautela.Incapacidade relativa dos deficientes mentais e dos excepcionais: Caber sempre percia mdica definir e distinguir entre aqueles que possuem o discernimento reduzido e os absolutamente incapazes.Incapacidade relativa dos prdigos: Nestas hipteses, o indivduo privado apenas dos atos que possam comprometer ou repercutir na sua fortuna (emprestar, alienar, transigir, dar quitao etc), podendo contudo exercer a administrao dos mesmos.ATENO: A condenao criminal no implica incapacidade civil. O preso conserva todos os direitos no atingidos pela perda da liberdade.

III PESSOA JURDICANoo e RequisitosNaturezaCriao Capacidade e RepresentaoClassificaoResponsabilidade CivilDesconsiderao da Pessoa JurdicaDireitosEspcies

Noo e RequisitosA complexidade da vida civil e a necessidade da conjugao de esforos de vrios indivduos para a consecuo de objetivos comuns ou de interesse social, ao mesmo tempo que aconselham e estimulam a sua segregao e polarizao de suas atividades, sugerem ao direito equiparar prpria pessoa humana certos agrupamentos de indivduos e certas destinaes patrimoniais e lhe aconselham atribuir personalidade e capacidade de ao aos entes abstratos assim gerados. Surgem, ento, as pessoas jurdicas, que se compe, ora de um conjunto de pessoas, ora de uma destinao patrimonial, com aptido para adquirir e exercer direitos e contrair obrigaes.Isto posto, temos que para a constituio da pessoa jurdica necessria a conjuno de trs requisitos: a vontade humana criadora, a observncia das condies legais de sua formao e a licitude de seus propsitos.

NaturezaSeparadamente das pessoas naturais que lhes deram vida prpria ou que as compe, o direito permite a estas entidades atuar no campo jurdico, reconhecendo-lhes existncia; faculta-lhes adquirir direitos e contrair obrigaes; assegura-lhes o exerccio dos direitos subjetivos. Realizando os interesses humanos ou as finalidades sociais que se propem, as pessoas jurdicas procedem, no campo do direito, como seres dotados de ostensiva autonomia. preciso, ento, reconhecer-lhes vontade prpria, que se manifesta atravs da vontade das pessoas naturais, mas que no se confunde com a vontade individual de cada um, sendo, porm, a resultante de todos. Portanto, as pessoas jurdicas so reais no mundo jurdico, na medida em que operam no mundo jurdico adquirindo direitos, contraindo obrigaes, sendo distintos (relativamente s pessoas naturais a que compe) o seu patrimnio e sua capacidade (limitada consecuo dos seus fins).

CriaoNa criao da pessoa jurdica, h, pois, duas fases: a do ato constitutivo e da formalidade administrativa do registro.Na primeira fase, ocorre a constituio da pessoa jurdica, por ato inter vivos nas associaes e sociedades, e por ato inter vivos ou causa mortis nas fundaes. , sempre, uma declarao de vontade, para cuja validade devem estar presentes os requisitos de eficcia dos negcios jurdicos. O ato constitutivo uma espcie de contrato, no qual regulada a finalidade, os seus membros, forma de diviso etc.J na segunda fase, o registro, uma exigncia administrativa para aquisio da capacidade jurdica, de modo que a sua falta, implica necessariamente em ausncia de personalidade jurdica.

Capacidade e Representao

A capacidade das pessoas jurdicas uma consequncia natural e lgica da personalidade que lhes reconhece o ordenamento legal. Contudo, tem o poder jurdico limitado aos direitos de ordem patrimonial.No que diz respeito sua representao, diz ser a pessoa jurdica representada ativa e passivamente tanto nos atos judiciais quanto nos atos extrajudiciais. Seu querer, que resultante das vontades individuais dos seus membros, exige a presena de um representante para que seja manifestado externamente, agindo estes representantes em nome e em proveito da pessoa jurdica.

ClassificaoAs pessoas jurdicas dividem-se em duas categorias, a saber:Pessoas jurdicas de Direito Pblico: Quer se atenda ao critrio da origem, do fim, ou do funcionamento. Seu paradigma o Estado, por isso mesmo tido como uma pessoa jurdica necessria. Neste sentido, so pessoas jurdicas de direito pblico as entidades que exercem finalidades de interesse imediato da coletividade, e, incorporadas ao organismo estatal, regem-se por princpios de direito pblico. So elas: a Nao Brasileira, sob a denominao de Unio, as unidades federadas Estados -, e os Municpios, alem dos organismos administrativos, resultantes da descentralizao por servio, investidos de atribuies de natureza pblica e dotados de organizao, personalidade jurdica e administrao prpria, conhecidos como Autarquias, sendo estes ltimos considerados como membros da Administrao Indireta, assim como as empresas pblicas e sociedades de economia mista. Pessoas jurdicas de Direito Privado: So entidades que se originam do poder criador da vontade individual, em conformidade com o direito positivo, e se propem realizar objetivos de natureza particular, para benefcio dos prprios criadores.Aqui se compreende toda a gama de entidades dotadas de personalidade jurdica, sem distino se se trata das de fins lucrativos ou finalidades no econmicas. Qualquer que seja a pessoa jurdica de direito privado est sujeita s normas do Cdigo, ou de alguma lei especial que lhes seja aplicvel.

Responsabilidade CivilDotadas de capacidade, as pessoas jurdicas agem, emitem declarao de vontade, adquirem direitos e contraem obrigaes. Como qualquer pessoa natural, o ente se obriga e responde pelos compromissos assumidos. Desse modo, desde que se tenha em vista um negcio jurdico realizado nos limites do poder conferido pela lei e pelo estatuto, deliberado pelo rgo competente e realizado por quem legtimo representante, a pessoa jurdica responsvel. Assim, verifica-se que o representante (ou preposto), procedendo contra o direito, obriga a entidade a reparar o dano causado.

Neste sentido, no cabe indagar se o agente do ato danoso representante da entidade, no sentido estrito de uma concesso de poderes especficos. Qualquer pessoa vinculada pessoa jurdica, agindo como representante ou preposto acarreta para aquela o dever de ressarcimento pelos ilcitos que pratique. o que se denomina RESPONSABILIDADE OBJETIVA, existente em virtude da teoria do risco (da atividade empresarial ou administrativa).Uma vez responsabilizada a pessoa jurdica, permitido a esta a competente ao de regresso contra o causador do dano buscando o ressarcimento dos prejuzos causados.

Desconsiderao da Pessoa JurdicaA desconsiderao da pessoa jurdica consiste em que, nas circunstncias previstas, o juiz deixa de aplicar a regra tradicional da separao entre a sociedade e seus scios (especificamente a separao patrimonial), segundo a qual a pessoa jurdica que responde pelos danos e os scios nada respondem.

Neste sentido, verifica-se que se elaborou uma doutrina de sustentao para levantar o vu da pessoa jurdica, buscando alcanar aquele que, em fraude lei ou ao contrato, ou por abuso de direito, procurou eximir-se por trs da personalidade jurdica e escapar, fazendo dela uma simples fachada para ocultar uma situao danosa. Assim, em determinada situao ftica a justia desconsidera a pessoa jurdica, visando restaurar uma situao que chama responsabilidade e impe a punio a uma pessoa fsica, permanecendo, contudo, a existncia da personalidade jurdica para os demais atos no alcanados pela desconsiderao.As hipteses mais comuns de desconsiderao da pessoa jurdica so aquelas que envolvem casos de direito ao consumidor, trabalhistas, tributrios e previdencirios.

DireitosOs direitos garantidos s pessoas jurdicas limitam-se apenas nas hipteses em que houver cabimento, no sendo os mesmos to amplos quanto queles conferidos s pessoas fsicas.Assim, merece destaque a proteo ao nome empresarial, como elemento ativo do estabelecimento para a designao da empresa, clientela etc, podendo o mesmo ser, inclusive, objeto de negcio jurdico no sendo lcito, num primeiro momento, a adoo do mesmo nome, marca ou logotipo por mais de uma pessoa jurdica.

Alm disso, de constituio doutrinria e jurisprudencial, reconhecido tambm o direito honra e imagem da pessoa jurdica. O Superior Tribunal de Justia STJ atravs da smula 227, j pacificou o entendimento de que, pela violao de tais direitos, as pessoas jurdicas podem ser sujeitos passivos de dano extrapatrimonial.Contudo, importante frisar que os efeitos das possveis leses sofridas pela pessoa jurdica so essencialmente econmicos, no sendo possvel confundi-los com a proteo conferida constitucionalmente s pessoas fsicas.

EspciesDe modo geral, as pessoas jurdicas podem ser dividas em trs espcies, quais sejam: sociedade, associao e fundao.Em sntese, as sociedades so aquelas formadas por um grupo de pessoas visando uma finalidade econmica, ao passo que as associaes so, e regra, constitudas por um nmero maior de indivduos, tendo em vista realizar atividades no destinadas a proporcionar interesse econmico aos associados.J as fundaes se tratam de uma atribuio de personalidade jurdica a um patrimnio especfico, destinado a uma finalidade social.