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CONSEUtO_REDATORIAL~
Dr. Johannes RottmannDr. Donaldo SchülerRev. Leopoldo Helmann
EXPEDiÇÃO E ENCOMENDAS~
Casa Publicadora Concórdia S. A-a quem devem ser dirigidos os ped1dos -de 8sslnaturas, bem como os valores correspondenteS êassinatura.
ENDEREço~
APRESENTANDO
Todos os que exam'~:::ram e absorveram a «sã C:J
«palavras de verdade- e :;'zas de Deus» que a 19re<iapresentou em suas qua:~:1976, . certamente • to (""1 c.S ,adultos em Cristo», C:5:graça e no conhecir5~~_Senhor e Salvador 15S_",devem estar melhor «::;,=::"responder a todo aqli6 edir razão da esperar;:: -vós»_
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'saram de ensinar e ce :-_o Cristo».
Todo aquele que ~__ ~_e aproveitar as expcs ;:.?'oportunas dos artiS::s Ódas mensagens devcc ::-:.=:::.=
lises objetivas de te-ss cbam o nosso sécu c : --,melhor a responsao = _que estão convictos c= ::_=de escrever palavras cs ::.que tem significado:: =-:Evangélica Luterana cc =:s:
Procurai progreG:r .::.i
cação da igrej~
APRESENTANDO
Todos os que examinaram, refletiram e absorveram a «sã doutrina», as«palavras de verdade» e as «grandezas de Deus» que a Igreja Luteranaapresentou em suas quatro edições de1976, certamente «tornaram-se maisadultos em Cristo», cresceram «na
graça e no conhecimento de nossoSenhor e Salvador Jesus Cristo», edevem estar melhor «preparados pararesponder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há emvós»"
Foi graças aos colaboradores «deboa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria» que nos foi possível praticar uma sadia e equilibradareflexão teológica, transmitir mensagens de edificação espiritual e mostrar que ainda hoje muitos «não ces
'saram de ensinar e de pregar Jesus,o Cristo»"
Todo aquele que souber valorizare aproveitar as exposições atuais eoportunas dos artigos doutrinários,das mensagens devocionais, das análises objetivas de temas que perturbam o nosso século, compreenderãomelhor a responsabilidade daquelesque estão convictos de que «é tempode escrever palavras de verdade» e deque tem significado o lema da IgrejaEvangélica Luterana do Brasil em 1976.
Procurai progredir para a edificação da igreja.
L
o CÂNONE DO ANTIGOTESTAMENTO
Rudi Zimmer ")
Por várias razões o tópico a ser estudado nas páginas seguintes deve mereceratenção cuidadosa. Uma destas razões,sem dúvida, está inerente nas grandesproporções assumidas pelo movimentoecumênico, envolvendo de modo especial também a Igreja Católica. Este fatonaturalmente levanta a seguinte questão:Qual é a extensão da Escritura autoritaUva da Igreja, a' dos católicos ou a dosprotestantes?
Outra razão decorre diretamente dapropagação do liberalismo teológico nomundo, atingindo também o Brasil deuma maneira não menos perniciosa. Ainfluência do liberalismo em relação aocânone do Antigo Testamento assumevárias formas. De um modo, essa influência manifesta-se na completa rejeiçãodo cânone do Antigo Testamento, baseada ou na alegação de que o Deus doAntigo Testamento não é o Deus e Paido Sénhor Jesus (Marcião, Harnack), ouna alegação de que o Antigo Testamentosempre prejudicou a prática da arte exegética da Igreja e submergiu as controvérsias doutrinárias em complicações inúteis e desnecessárias (Schleiermacher).De um outro modo, a influência do liberalismo manifesta-se na avaliação negativa do Antigo Testamento, encarando-oapenas como uma apresentação (entreoutras) das possibilidades básicas paraa compreensão da existência humana.Neste caso vê-se o Antigo Testamentocomo "lei" num sentido negativo, a saber, como preparação para ouvir-se o"evangelho" expresso no Novo Testamento (Bultmann). E a influência do liberalismo ainda manifesta-se de um terceiro modo, isto é, na identificação Iiteralística da Igreja com o antigo Israel.
*) O autor, pastor da IELB, está terminando seus estudos teológicos, comodoutorando em Teologia, no ConcórdiaSeminary de .Saint Louis, Mo, EUA.
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B. Duas Posições
Ao estudarmos a formação do cânone do Antigo Testamento, imediatamenteencontramos entre os teólogos duas posições opostas: a dos liberais e a dosconservadores.
Os liberais procuram explicar a formação do cânone como um processo puramente humano; esta é a caracteristicadistintiva de sua posição. Os livros bíblicos, quando pela primeira vez apareceram, não teriam sido sagrados e divinamente autoritativos, mas teriam adquirido tal status na medida que a comunidade dos crentes atribuía-Ihes autoridade divina, e por fim, em vista de ameaças que colocavam em perigo' a listadesses livros, esta canonizava-os com afinalidade de assegurar e garantir umanorma e regra da fé e conduta. '" claroque não podemos generalizar e colocartodos os criticos no mesmo pacote. Osmais moderados, na verdade, reconhecem de alguma forma a presença daprovidência divina em todo esse processo. O nosso objetivo em resumir a posição liberal desta forma é de dar relevo à posição conservadora defendidaneste estudo.
Em geral, a teoria dos críticos baseia-se em alguns eventos da história do
xandria chamavam a sua coleção de escritos antigos de kanôn, porque esta coleção era o padrão para a linguagem pura e o modelo para a composição literária. O mesmo termo também era usadopelos gregos no sentido ético. Eurípedesfaz referência ao "cânone do bem", eAristóteles afirma, na Ética, que o b'omhomem é "o cânone e a medida" daverdade.
O Novo Testamento emprega o termokanôn de uma maneira similar a dosgregos. Paulo concluiu a carta aos Gálatas enunciando a promessa de que"a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdiasejam sobre eles e sobre o Israel deDeus" (GI 6.16; cf. 2 Co 10.13-16), Somente no 4.° século da era cristã estetermo veio a ser usado com referênciaàs Escrituras, primeiramente por Atanásio, em 352 A.D. (De decretis Nicaenaesynodi 18.3), e então no Concílio deLaodicéia, em 360 A.D.
o termo grego kanôn vem de umapalavra semítica que significa "cana","junco". A cana foi um dos primeirosinstrumentos de medida, de modo quekanôn veio a designar especificamentea "cana de medida", e então, metaforicamente, veio a significar aquilo que regula, julga, ou serve como norma oumodelo para outras cousas. Mais tarde,na crítica literária, os gramáticos de Ale-
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A. "Cânone"
11 - A FORMAÇÃO DO CÃNONE DOANTIGO TESTAMENTO
Ao ignorar a descontinuidade entre oscânones do Antigo e Novo Testamentose consequentemente enfatízar demasiadamente a continuidade, esta tendência liberal advoga, entre outras coisas, o envolvimento direto da Igreja na política(Teologia da Liberação).
E uma terceira razão deve levar-nosa ver a importância deste tópico. Estarazão diz respeito ao uso prático do Antigo Testamento nas atividades da Igreja,a saber, na pregação, no ensino, noaconselhamento, na missão; enfim, noplanejamento e execução de todas asatividades da Igreja. Embora tenhamosaceito e defendemos a afirmação dasnossas Confissões de que "Cremos, ensinamos e confessamos que os escritosproféticos e apostólicos do Antigo e Novo Testamentos são a única regra e norma de acordo com todas as doutrinasbem como os que ensinam devem seravaliados e julgados, como está escritono SI 119.105:' Lâmpada para os meuspés é a tua palavra, e luz para os meuscaminhos' " (FC, Ep. I, 1), observa-seque muitas vezes não fazemos jus aoprincípio confessional "Antigo e NovoTestamentos" .
Querer responder, através do estudodo cânone do Antigo Testamento, a todosos problemas até este ponto, seria umapretensão injustificável. Vários dessesproblemas caberiam mais adequadamentedentro da Hermenêutica Bíblica. No entanto, se fizermos menção deles aqui éporque, por um lado, eles envolvem deuma ou de outra forma o presente tópico,e, por outro, esperamos fornecer algumasindicações que possam contribuir paraa solução desses problemas.
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divina em todo esse processo objetivo em resumir a po,j desta forma é de dar rele'ção conservadora defendidaia.;1, a teoria dos críticos basei'guns eventos da história do
povo de Israel. O primeiro passo nacanonização do Antigo Testamento teriaocorrido na Reforma do rei Josias (2 Rs23.2ss.; Cr 34.30ss.). De acordo com ateoria evolucionista cristalizada porWellhausen, e ainda hoje defendida, osdocumentos JEDP teriam aparecido respectivamente ao redor de 950, 850, 625e 450 A.C. Por ocasião da Reforma dorei Josias (622 A.C.) o documento O (grande parte de Deuteronômio) teria sidocanonizado, isto é, introduzido comouma norma obrigatória. O segundo passo teria ocorrido depois do Exílio coma introdução do Pentatêuco (compiladoa partir dos documentos JED e suplementado pelo acréscimo de P) por Esdras (Ed 7; Ne 8), como a função e norma da comunidade de Jerusalém. OsProfetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze) teriam começado a aparecer ao mesmo tempo emque o Pentatêuco vinha sendo composto,mas estes só viriam a adquirir a canonicidade pelo ano de 200 A.C. (cf. Prólogo de Eclesiasticus). Os livros queconstituem a última parte do cânone hebraico, os Escritos, teriam começado aaparecer apenas depois que a dos Profetas estavam canonizada. E o passofinal na canonização teria ocorrido porocasião do muito discutido Sínodo deJabné realizado pelos rabis em 90 A.C.Nesta ocasião ter-se-ia definido a extensão da terceira parte do cânone eestabelecido o exato número dos livrospertencentes ao Antigo Testamento, encerrando o processo de canonização.
Em vez de atacarmos a posição liberal, vamos, pelo contrário, apresentar aposição conservadora. Esta atitude éadotada não por falta de argumento a simples leitura dos textos a respeitodos aventos que envolvem o rei Josiase Esdras mostra que a existência deEscrituras canônicas é um fato pressuposto e não resultante em ambos oscasos -, mas por considerarmos quea posição liberal tem sido extensamentediscutida por outros teólogos (cl. Bibliografia).
A posição conservadora caracterizase por eQtender que a formação do cânone foi uma obra divina pela qual aspalavras autoritativas de Deus foram
escritas, através do mistério da inspiração, em documento após documento,sendo o cânone formado pelo próprioaparecimento destas Escrituras inspiradas. Aqui tabém é preciso deixar claroque, embora o que acabamos de dizercaracterize os teólogos conservadoresem geral, nem todos possuem a mesmavisão quanto ao processo histórico daformação do cânone em si. Na verdade,existem poucos estudos detalhados nesta área. Também neste estudo não pretendemos ser exaustivo. O objetivo éfornecer um breve esboço das origense desenvolvimento do cânone, sua divisão, e o problema dos apócrifos, encerrando o estudo com algumas reflexõessobre a função do cânone do AntigoTestamento na Igreja.
O presente estudo está baseado emvárias obras (cl. Bibliografia), mas acima de tudo reflete a posição elaboradapor Meredith G. Kline em sua obra '. neStructure of Bliblical Authority (GrandRapids, Michigan: William B. EerdmansPublishing Company, 1972), pois achamosque mais do que qualquer uma ela fazjus às evidências bíblicas.
C. Origens e Desenvolvimento do Cânone
As raízes formais do cânone bíblicoencontram-se na literatura do Orienteantigo. A publicação do artigo de George Mendenhall, "Covenant Forms in Israelite Tradution," em The Biblical Archaeologist XVI1.3 (Sept. 1954), 50-76, constituiu-se num marco para os estudos doAntigo Testamento. Embora já era reconhecido anteriormente, desde entãotornou-se evidente que Deus ao fazer asua aliança com o povo de Israel nomonte Sinal lançou mão de uma formacomum naquela época em todo o Oriente. Esta forma chama-se Tratado de Suserania. Sem entrar em maiores detalhes, estudos da forma demonstrada demodo conclusivo que, entre outras, tan"to a aliança no Sinai como a renovaçãoda aliança em Moabe (Deuteronômio)correspondem inteiramente em suas partes ao Tratado de Suserania usado pelosheteus no 2.0 milênio A.C., exceto naquilo que destoa do monoteísmo hebreu.Uma das feições essenciais da forma daaliança atestada pelos tratados heteus é
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o fato que eles eram redigidos por escrito. Em outras palavras, o documentocontendo o tratado era parte integrantee inseparável do próprio tratado. Semelhante, nós bem sabemos que tanto noSinai como em Moabe o soberano Deustransmitiu através de MOisés, o mediador da aliança, aos seus vassalos terrenos a lei do seu reino. E suas palavrasautoritativas, reguladoras da fé e conduta de Israel, foram inscritas nas tábuasde pedra e "no livro". No devido tempo Deus providenciou que as "tábuasda lei" fossem colocadas na arca e o"livro da lei" fosse guardado junto daarca, no santuário, como testemunhaspermanentes da aliança. O carácter canônico destes documentos certamenteficou claro, pois esta provisão de guardar os documentos no santuário e a sanção canônlca constituíam a marca decanonicidade para os documentos extrabíblicos. E os dois elementos não faltam nas Escrituras: Em Dt 31.9-13 temos ampla descrição da provisão deguardar o "livro da lei" no santuário (cf.Dt. 10.2; Ex 25.16, 21; 40); da mesmaforma encontramos a sanção canônicaem Dt 4.2: "Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentosdo Senhor vosso Deus, que eu vos mando" (et. Dt 27.2ss.; Js 8.30ss.; Jr 36; éimportante notar essa sanção em Ap22.18s.; cl. 1.3). E é claro que a "palavra" mencionada nesta sanção não équalquer expressão oral, mas na realidade refere-se ao documento escrit9,pois em Dt 30.10 a "palavra" é identificada com a "voz do Senhor" escrita no"livro da lei". Em vista disso conclui-seque, no que diz respeito à forma, à es·trutura canônica já era usada no Tratado de Suserania. Era necessário apenas que esta forma fosse absorvida einspirada pelo Sopro de Deus para tornar-se aquilo que a Igreja confessou como sendo o cânone. E foi isto que aconteceu quando Deus adotou a formaliterária e legal das alianças de Suserania para a administração do seu reino em Israel. As origens da Escrituracanônica, então, coincidem com a fundacão formal de Israel como reino deDeus. O próprio tratado que formalmen~te estabeleceu a teocracia israelita eraem si mesmo o começo e o núcleo de
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todo o corpo escriturístico que constitui o cânone do Antigo Testamento. Deforma que o conceito de cânone estáinerente no conceito de aliança.
Admitindo que de fato a canonicidade bíblica está fundada na aliança, ainda assim surge a pergunta: Qual é abase da canonicidade do grande número de escritos do Antigo Testamento quenão possuem a forma clássica da aliança? Será que podemos estender asconclusões a que chegamos até esteponto a toda a Bíblia? ou no caso desteestudo, a todo o Antigo Testamento?As evidências supridas pelas Escriturassugerem que sim, nós podemos estender essas conclusões a todo o AntigoTestamento e, em última análise, também ao Novo Testamento.
Em 2 Co 3.14, o apóstolo Paulo refere-se à leitura das Escrituras por parte dos judeus, chamando todo o AntigoTestamento de "antiga aliança". Haveremos de ver que esta identificação émuito apropriada se levarmos a sério.em .primeiro lugar, o testemunho expresso do Antigo Testamento de que Deusé o seu autor primário. Por outro lado.no entanto, chegaremos à mesma conclusão se analisarmos o Antigo Testamento na sua direta procedência terrena de membros individuais e de gruposdo povo de Israel, o povo de Deus. Poistoda a vida de Israel, seu culto e suacultura (esta última tanto em sua manifestação privada, na família, como emsua manifestação pública, na esfera doestado) estava sob o domínio de Deus,um dominio do centro de culto de seupovo, o lugar de sua presença teofânica.Deste fato segue a conclusão que todaa literatura inspirada que derivava deste culto e era relacionada a ele (comoas legislações rituais e hinos), e era associada com a cultura (como a lei civil,a história nacional, as mensagens diplomáticas dos profetas ea instrução dossábios) servia à aliança e inevitavelmente levava a sua marca. Além disso,haveremos de observar que as funçõesparticulares das várias partes do cânonedo Antigo Testamento na vida de Israelrelacionam-se a um ou outro elementodos documentos da aliança Mosaica.ilustrações destes fatos serão providenciados no que segue.
(1) Lei
Sendo o corpo esc,,~_- õ",tigo Testamento um tr,,~5: c ~a presença das leis é fê:: -::cada, pois as estipulaç6sõ -=10 Suserano eram um e "'-"'"nos tratados antigos .. " "'- "go que contém as esk:,c; "c ~.~ça fundadora do povo c:' ::~tras leis contidas no Pe-:":õ-,,borações sobre as e5::. =.:5cálogo, sendo que Ds"s :;lar ao seu povo atrai"'õmediador da aliança.
As leis menciona·:as _23.33 são especificam:,-:õ '"como o "livro da 2!]a-.;" :;:24.4). O fato que esc" :: '7-~
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sua direta procedência terre"bras individuais e de grupose Israel, o povo de Deus. Poisa de Israel, seu culto e suata última tanto em sua manirivada, na família, como em;stação pública, na esfera dotava sob o domínio de Deus,a do centro de culto de seu;ar de sua presença teofânica.
segue a conclusão que toda: inspirada que derivava des-
era relacionada a ele (como5es rituais e hinos), e era asm a cultura (como a lei civil,nacional, as mensagens diploiS profetas ea instrução dosrvia à aliança e inevitavel'Ia a sua marca. Além disso,de observar que as funções
i das várias partes do cânoneTestamento na vida de Israel,se a um ou outro elementonentos da aliança Mosaica.destes fatos serão providenque segue.
(1) Lei
Sendo o corpo escriturístico do Antigo Testamento um tratado da aliança,a presença das leis é facilmente explicada, pois as estipulações impostas pelo Suserano eram um elemento centralnos tratados antigos. Além do Decálogo que contém as estipulações da aliança fundadora do povo de Deus, as outras leis contidas no Pentatêuco são elaborações sobre as estipulações do Decálogo, sendo que Deus continuou a falar ao seu povo através de Moisés, omediador da aliança.
As leis mencionadas em Ex 20.2223.33 são especificamente identificadascomo o "livro da aliança" (Ex 24.7; cf.24.4). O fato que esta coleção de leisabrange assuntos morais e cerimoniais,civís e de culto, individuais e de grupo,é uma indicação de como toda a vidade Israel caía dentro das regulamenta-ções da aliança de Deus. Resultante -disto é a tranformação natural e necesária da esfera política em cúltica. Assim,o palácio do grande Rei vem a. ser opróprio santuário, e os ritos da ratificação da aliança correspondem ao sistema de sacrifícios (especialmente a oferta de paz). Entende-se então as trêsperigrinações anuais obrigatórias ao santuário, e a estipulação de que o "livroda lei" deveria ser lido na Festa dosTabernáculos de sete em sete anos diante de todo o povo (Dt 31.9ss.), Poroutro lado, o sistema de sacrifícios doculto era também um meio de fazercompensação por ofensas contra as estipulações do tratado da aliança. E, emgeral, era através da par1;icipação noculto que os israelitas experimentavammais diretamente a aliança como umrelacionamento pessoal com o SenhorDeus.
Mais um aspecto a ser destacado éo fato que as leis do Antigo Testamentotambém legislavam a vida coletiva deIsrael. Assim, encontramos, no Pentatêuco, leis que prescrevem para o povode Israel o seu sistema de governo comsacerdotes, juízes, reis e profetas. Outras dividem o território da terra deCanaã entre as tribos do povo e estipulam como programa nacional a conquista desta terra com a finalidade de estabelecer ali o culto e o domínio de Deus.
Finalmente, deparamo-nos com mais leisque tratam de ofensas de toda a comunidade (cf. especialmente Lv 4.13) eimpõem sanções de interesse nacional.
(2) História
As narrativas históricas constituemuma grande parte do cânone do AntigoTestamento. A combinação deste material com legislações, especialmente noPentatêuco, é uma indicação da sua natureza, a saber, de ser parte integranteda aliança; pois nos Tratados de Suserania um prólogo histórico introduzia asecção das estipulações. Tanto no Decálogo COmo em Deuteronômio as leissão precedidas por uma revisão histórica do relacionamento gracioso de Deuspara com Israel. Se encararmos o Pentatêuco como uma unidade cujo núcleoé a aliança de Deus e a geração deIsrael do período do êxodo, então asnarrativas do Gênesis e a primeira parte do Êxodo assumem o caráter de umprólogo histórico, em que o relacionamento fundamentado na aliança é remontado às suas raizes históricas nasintervenções de Deus no passado emfavor do povo escolhido e dos seus ancestrais, os patriarcas. As demais narrativas históricas do Pentatêuco, comotambém era comum nos tratados extrabíblicos, fornecem o cenário para o aparecimento de certas legislações específicas.
Quanto às narrativas encontradas fora do Pentatêuco, embora não exerçama função de prólogo ou cenário para asleis decorrentes da aliança, tematicamente elas não são nada mais do queuma elaboração dos prólogos históricosdos tratados Mosaicos. Pois o seu tema, de um modo geral, é o relacionamento de Deus para com Israel comoo seu Senhor, relacionamento este quefora estabelecido pela aliança. Assim,por um lado, as narrativas relatam oscontínuos benefícios concedidos por Deus,o fiel protetor do seu reino vassalo, e,por outro lado, a constante quebra daaliança por parte do povo e consequente inflingimento dos males delineados nasmaldições dos tratados Mosaicos, especialmente Deuteronômio. Em vista disso,os pontos altos destas narrativas só podiam ser as renovações e re-afirmações
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da aliança (cf. Js 8.30ss.; 23 e 24; 1 Sm12; 2 Sm 7; 2Rs 11.17ss.; 22 e 23; 2 Cr15.8ss.; 34 e 35; Ed 9 e 10; Ne 9 e 10).
Além disso, devemos notar a estreita conexão entre as narrativas, e comoas narrativas históricas estão ligadas àaliança. É reconhecido que a vocaçãodos profetas era distintamente subordinada à aliança.
(3) Profecia
Os profetas eram mensageiros deDeus, não apenas no sentido geral deserem inspirados agentes de revelação,mas no sentido particular de exerceremuma distintiva função diplomática. Nestafunção eles eram os representantes deDeus na administração de sua aliançasobre Israel, para declarar as suas reivindicações e reforçar a sua vontadeatravés de efetiva proclamação.
O estabelecimento do ofício profético foi em si mesmo matéria de uma estipulação de um tratado da aliança. Através de Moisés, o mediador da antigaaliança, Deus estabeleceu que a funçãode Moisés fosse continuada por umasucessão de profetas semelhantes a ele(Dt 18.15ss.; cf. Ex 4.16; 7.12). A tarefapeculiar desta sucessão de profetas eraa elaboração e aplicação das sançõesda aliança feita através de Moisés. Demaneira que os escritos proféticos sãoextensões dos documentos Mosaicos.
(4) Louvor
É claro que muitos salmos eram usados no culto de Israel. E sendo que osantuário era o ponto focal e sacramental das orações de Israel (cf. 1 Rs 8.29 ss.), podemos afirmar que os salmosem geral possuem uma orientação cúltica. Os salmos de louvor eram os sacrifícios espirituais oferecidos ao grandeRei; como veículos da devoção privadae pública, eles continuamente faziamsoar o "Amém" de Israel pela ratificação da aliança. Além destes, há salmosque relatam a história do relacionamento estabelecido pela aliança (cf., porexemplo, SI 78; 105; 106; 135; 136), estes relacionam-se com os prólogos históricos dos tratados. Em salmos queexaltam a lei, Israel re-afirma a sua submissão às estipulações da aliança. En-
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fim, os salmos serviam como um instrumento de culto na manutenção dorelacionamento apropriado do povo para com Deus, um relacionamento fundado na aliança.
(5) Sabedoria
A tese central dos livros de sabedoria é que "0 temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (cf. Pv 1.7; 9.10; Jo28.28; SI 111.10), o que é o mesmo quedizer que o caminho da sabedoria é ocaminho da aliança. Em Deuteronômio,Moisés deixa claro que Israel recebeu asabedoria como uma dádiva objetiva doSenhor quando ele entregou-Ihes os justos estatutos da sua aliança, e que a possessão subjetiva da sabedoria por parte de Israel deveria ser manifestada emsua observação da aliança (Dt 4.6-8; cfJr 8.8; Ed 7.14j 25). Em vista disso, afunção da literatura da sabedoria do Antigo Testamento é a explicação da aliança de uma maneira a traduzir suasestipulações em máximas e in.struçõesreferentes à conduta em diferentes árease sob diversas condições da vida. Masos livros da sabedoria estão igualmente preocupados com a efetuação dassanções da aliança na experiência humana. Um importante ponto de contato entre a sabedoria do Antigo Testamento eos tratados, bíblicos e extra-bíblicos, éa preocupação que os seus preceitosfossem transmitidos a sucessivas gerações através da instrução dos pais aosfilhos (cf. Pv 3.1sS.; 6.20s.; 7.1sS.; Dt 4.2-8; 6.1s5.; 11.13ss.; Jr 31.3ss.). O fato de Deus providenciar as palavras desua aliança em forma de instrução a serlevada a efeito no lar lembra-nos da verdade que o Senhor da aliança é também o Pai do seu povo (cf. Dt 1.31; 8.5;14.1; 32.5ss.; 1 Co 8.5s.).
Resumindo, então, podemos dizer queo tratado de Suserania adaptado na aliança do Sinai e na renovação desta, emMoabe, antecipou em sua forma compósita o desenvolvimento subsequentedo cânone do Antigo Testamento, deforma que a aliança do Sinai constituiuse numa notável epítome de todo o relacionamento entre Deus e o seu povo.E com M. G. Kline podemos dizer queno tratado da aliança vemos uma coroIa de pétalas cerradamente compactas,
enquanto que no cânone :: -'tamento como um todo, -= - :;,
rola da aliança desabro: -Oo~Portanto, o Antigo Tes:s-~apenas materialmente rs..õ 'amalmente sui generis. :: =como um todo a alianç::: :=com o seu povo, e corr:,: :snico, isto é, divinarr:e-:Ooconstituindo-se na now::: =
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o Senhor da aliança é tamdo seu povo (cf. Dt 1.31; 8.5;
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desenvolvimento subsequentee do Antigo Testamento, de
a aliança do Sinai constituiu-,otável epítome de todo o re1to entre Deus e o seu povo.
G. Kline podemos dizer queda aliança vemos uma coro
aias cerradamente compactas,
enquanto que no cânone do Antigo Testamento como um todo vemos esta corola da aliança desabrochada em flor.Portanto, o Antigo Testamento não éapenas materialmente mas também formalmente sui generis. Ele é de fatocomo um todo a aliança de Deus paracom o seu povo, e como tal ele é canônico, isto é, divinamente autoritativo,constituindo-se na norma e regra da fée conduta do povo de Deus.
D. Divisão do Cânone
Há uma grande discussão em tornoda seguinte questão: Qual foi a divisãooriginal do cânone do Antigo Testamento? Uma posição é que originalmenteo cânone estava dividido em três partes,a saber, a mesma divisão que encontramos na Bíblia Hebraica:lei (Toráh) -
1. Gênesis; 2. Exodo; 3. Levítico;4. Números; 5. Deuteronômio.Profetas (Nebiim) -
Anteriores: 6, Josué; 7. Juízes; 8. Samuel (1 e 2); 9. Reis (1 e 2).
Posteriores: 10. Isaías; 11. Jeremias;12. Ezequiel; 13. Os Doze (Oséias, Joel,Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias,Malaquias).Escritos (Ketubim) -
14. Salmos; 15. Jó; 16. Provérbios;17. Rute; 18. Cantares; 19. Eclesiastes;20. Lamentações; 21. Ester; 22. Daniel;23. Esdras e Neenias; 24. Crônicas(1 e 2).
A primeira evidência escrita queatesta claramente esta divisão provémdo 4.° século A.D., no Talmud. A divisão em três partes, no entanto, é suportada por algumas evidências maisantigas mas não tão claras. Ben Sira,no prólogo do livro apócrifo de Eclesiasticus, escrito pelo ano 130 A.C.,menciona duas vezes "a lei e os profetas e os outros", mas ele não enumeraos livros que constituiamcada parte.Também Josefo (contra Apionem, 1.8),pelo ano 90 AD., menciona uma divisão em três partes, e acrescenta o número que cada uma delas possuia:Lei - 5 livros; Profetas - 13 livros; e oresto dos Iivos contendo hinos a Deuse preceitos para a conduta - 4 livros.Para chegar ao total de 22 livros, Josefo
provavelmente juntou o livro de Rute aJuízes e o livro de Lamentações a Jeremias. Este fato, no entanto, envolvea transferência de Rute e Lamentaçõesdo terceiro grupo de livros (cf. acima)para o segundo; e, como o grupo queele chama de Profetas possuia 13 livros,Josefo deve ter transferido mais algunslivros do terceiro grupo para O segundo.Finalmente, inclusive uma referência noNovo Testamento parece apoiar a divisão em três partes. Em Lc 24.44, Jesusdirige-se aos discípulos dizendo "queimportava se cumprisse tudo o que demim está escrito na Lei de Moisés, nosProfetas e nos Salmos". A referência"nos Salmos" pode ser interpretada pelo menos de duas maneiras: Em primeiro lugar, ela pode de fato identificarum terceiro grupo de livros, sendo umaparte deste grupo, a saber, o livro dosSalmos que encabeçava o grupo, mencionada pelo todo; por outro lado, noentanto, Jesus pode ter mencionado osSalmos à parte apenas para enfatizarque eles são especialmente ricos emprofecias Messiânicas, mantendo aomesmo tempo a divisão em duas partes.Esta última interpretação parece ter apoio no versículo 27 do mesmo capítulo 24 de Lucas, onde lemos:"E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-Ihes o que aseu respeito constava em todas as Escrituras. "
Como esta última citação de Lucasjá indicou, a divisão do cânone do Antigo Testamento em duas partes, a saber, a Lei de Moisés e' os Profetas, também estava em uso. Na realidade, estadivisão possui uma lista maior de evidências atestando o seu uso, e há osque defendem a posição de que estateria sido a divisão original. O livro deDaniel, do tempo do Exílio, já parecesugerir a divisão em duas partes (9.2,6, 11); da mesma forma, após o Exílio,Zacarias (7.12) e Neemias (9.14, 29-30).No período intertestamentário encontramos esta mesma divisão em 2 Macabeus (15.9) e no Manual de Disciplina dacomunidade de Qumran (1.3; 8.15; 9.11).Finalmente, no Novo Testamento, amenção da divisão em duas partes é amais frequente (Mt 5.17, 18; 22.40; Mc13.11; Lc 16.16, 29, 31; 24.27; At 13.15;20.27; 24.14; 26,22; Rm 1.2).
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Os críticos vêem na abundância dasevidências atestando a divisão em duaspartes uma indicação clara que até operíodo do Novo Testamento apenasduas das três partes do cânone tinhamsido canonizadas, e a terceira ainda estava aberta. A terceira, na sua opinião, teria sido fechada pelos rabis e alcançado a canonização no sínodo deJabn,é, pelo ano 90 A.D. Esta posição,no entanto, não pode ser mantida seconsiderarmos que o Novo Testamento,ao usar a designação "Lei e Profetas",sempre identifica com ela todo o cânone do Antigo Testamento, incluindo oslivros do terceiro grupo da Bíblia Hebraica atual. O livro dos Salmos é umdos livros mais citados no Novo Testamento. Jó é citado como "Escritura"em 1 Co 3.19, Daniel é chamado de"profeta" por Jesus em Mt 24.15. Provérbios é citado por Jesus em Lc 14.8-10e por Tiago em sua epístola (4.6).
As considerações feitas até este ponto levam-nos a concluir que não se podetomar nenhuma das divisões acima analisadas como sendo a divisão original.As evidências sugerem que as duas estavam em uso, e que havia grande flexibilidade na organização dos livros quevem depois do Pentateuco. No entanto,precisa ficar claro que esta flexibilidadenão significa que o cânone ainda estava aberto, isto é, sem definição exatado número de livros, no tempo de Cristo. No Novo Testamento, a expressão"todas as Escrituras'" (cf. Lc 24.27),bem como as citações de livros queabrangem todo o Antigo Testamento, eainda o fato que nenhum livro apócrifoé citado como " Escritura", são evidências que claramente mostram que notempo de Jesus o cânone do AntigoTestamento já estava fechado. Por outro lado, o testemunho de Josefo (90A.D.) corresponde a esta conclusão, edemonstra que tal fechamento não erade data recente, pois Josefo deixa claro que a lista dos livros já estava completa há muito tempo.
Finalmente, devemos acrescentar umapalavra sobre a divisão do Antigo Testamento que possui mos em nossas Bíblias. O agrupamento dos livros naBíblia portuguesa segue a versão latinachamada Vulgata, que por sua vez segue a Septuaginta, a versão grega. Apa-
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rentemente esta sequência dos livros bíblicos está baseada no conteúdo:Lei - Gênesis, Êxodo, Levítico, Núme
ros e Deuteronômio (5 livros, oPentatêuco).
História - Josué, Juízes, Rute, 1 e 2Samuél, 1 e 2 Reis, 1 e 2Crônicas, Esdras, Neemias eEster (12 livros).
Poesia e Sabedoria - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares (5livros).
Profecia - Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel,Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu,Zacarias e Malaquias (17 livros; total - 39).
111 - o PROBLEMA DOS APóCRIFOS
Se conferirmos uma Bíblia Católica,haveremos de ver que o seu cânone doAntigo Testamento possui um acréscimode 15 Iivros ou partes de livros: 1 e 2Esdras, Tobias, Judite, Adições ao livrode Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiasticus, Baruque, Carta de Jeremias,Oração de Asarias e Cântico dos TrêsJovens, Susana, Bel e o Dragão (estesúltimos três são adições ao livro de Daniel), Oração de Manassés, e 1 e 2 Macabeus. Estes livros e partes acrescentadas a livros bíblicos, que foram escritos durante os últimos dois séculos antes de Cristo e no primeiro da era cristã, sãochamados de "Apócrifos". Onome, na realidade vem do grego apókrypha, que significa "cousas que estãoescondidas". Alguns sugeriram que estes livros foram "escondrdos", ou tirados de circulação, porque continham doutrinas misteriosas, ou esotéricas, muitoprofundas para quem não era um iniciado. Outros sugeriram que este termofoi empregado para indicar que os livrosmereciam ser "escondidos", porque eramfalsos e heréticos. Seja como for, oproblema é: Por que nós, luteranos, ouprotestantes em geral, não aceitamosestes livros como integrantes do cânonedo Antigo Testamento? Esta perguntaleva-nos de novo a considerar o princípio que determina a canonicidade deum livro,
Nas considerações acima, sob o subtítulo "Origens e Desenvolvimento do
isso mess-:'
apenas e:- P'c:;·=;,pírito 22.:-::: :::são leva,,-::: a :_saber:-:s c_" ~Antí·co -e:::2-=
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~ esta sequência dos livros bí2. baseada no conteúdo:?nesis, Êxodo, Levítico, Númes e Deuteronômio (5 livros, o",tatêuco).- Josué, Juízes, Rute, 1 e 2
Samuél, 1 e 2 Reis, 1 e 2Crônicas, Esdras, Neemias eEster (12 livros).
Sabedoria - Jó, Salmos, Pros. Eclesiastes e Cantares (5
- Isaías, Jeremias, LamentaEzequiel, Daniel, Oséias, Joel,
Obadias, Jonas, Miquéias,Habacuque, Sofonias, Ageu,
as e Malaquias (17 livros; to39).
;) PROBLEMA DOS APóCRIFOS
~ferirmos uma Bíblia Católica,de ver que o seu cânone do
stamento possui um acréscimoos ou partes de livros: 1 e 2)bias, Judite, Adições ao livroSabedoria de Saio mão, EcleBaruque, Carta de Jeremias,
, Asarias e Cântico dos TrêsJsana, Sei e o Dragão (estes3S são adições ao livro de Da;ão de Manassés, e 1 e 2 Maostes livros e partes acrescen'irOS bíblicos, que foram esc ri:8 os últimos dois séculos an:sto e no primeiro da era cris~hamados de "Apócrifos". Orealidade vem do grego apó
Je significa "cousas que estãos". Alguns sugeriram que es
foram "escondidos", ou tiraculação, porque continham douteriosas, ou esotéricas, muitopara quem não era um inici
ros sugeriram que este termoJado para indicar que os livrosser "escondidos", porque eramheréticos. Seja como for, oé: Por que nós, luteranos, ou,s em geral, não aceitamoss como integrantes do cânone, Testamento? Esta pergunta:ie novo a considerar o prin-
determina a canonicidade de
>nsiderações acima, sob o sub'igens e Desenvolvimento do
Cânone", procuramos deixar claro, emprimeiro lugar, que o próprio Deus daaliança determina a canonicidade doslivros bíblicos, e, em segundo lugar,que ele faz isto, nas dimensões terrenase humanas, ao chamar homens para serem seus mediadores, fazendo-os escrever os termos de sua aliança. Este segundo aspecto, no entanto, precisa demaiores esclarecimentos, nesta altura.A passagem chave no Novo Testamentoa este respeito é a de Pedra, que diz:"homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21).Fortes razões levam-nos a concluir queno Novo Testamento canonicidade estádiretamente ligada a profelas: (1). Ofrequente uso, peios escritores do NovoTestamento, da designação "Lei e Profetas" parece apontar para esta direção;(2). No contexto da passagem de Pedra, o apóstolo usa ° termo "profecia"com referência à Escritura do AntigoTestamento; (3). E o falar "da parte deDeus" caracteriza a função dos profetas,a saber, a de serem mediadores entreDeus e seu povo. Em vista disso, podemos dizer que, de acordo com o Novo Testamento, livros inspirados e, porisso mesmo, canônicos eram produzidosapenas por profetas "movidos pelo Espírito Santo". Entretanto, esta conclusão leva-nos a outro problema, pois bemsabemos que nem todos os livros doAntigo Testamento foram escritos porprofetas, isto é, por pessoas que ocupavam o ofício profético. Mas, por outrolado, se tomarmos a sério a estreita associação entre aliança e cânone, comofoi desenvolvida acima, e se notarmosque Deus estabeleceu a sua aliança através de um mediador, Moisés, e prometeu que continuaria a comunicar-seao seu povo por meio de mediadoressemelhantes a Moisés, a saber, os profetas (Dt 18.15-22), então veremos quesempre que o Senhor da aliança achava por bem acrescentar alguns detalhesou desenvolver alguns aspectos da aliança, com a finalidade de levar o seupovo a compreender melhor o significado e as implicações do seu relacionamento com ele, ele chamava alguém,pela ação do Esprito, para escrever taisdetalhes ou aspectos, adicionando-osaos anais da sua aliança, o cânone doAntigo Testamento. E assim que tais
escritos faziam a sua aparição, eles imediatamente faziam-se reconhecer comoparte daquele corpo escriturístico quejá era norma e regra da fé e condutado pOVO de Deus. Isto significava quemesmo aqueles autores de livros canônicos que Qão eram profetas no sentido clássico exerceram esta função aoproduzir as suas obras inspiradas, poisnaquele momento ou período eles exerciam a função de mediadores do Deusda aliança, transmitindo as suas palavras, Tendo feito essas qualificações,podemos dizer que, no sentido humano,a "profeticidade" é o princípio de canonicidade.
Quanto aos livros Apócrifos, então,é apenas necessário dizer que eles simplesmente não são obras escritas porprofetas "movidos pelo Espirito Santo";nenhum deles reclama esta qualificação.Em vista disso, desde o seu aparecimento eles não se fizeram reconhecer comointegrantes do cânone. E, assim, embora fazendo parte da Septuaginta, atradução grega muito usada no tempode Jesus, eles jamais foram citados como Escritura no Novo Testamento. Estaconstatação final, pelo menos, além doque foi dito acima, deveria merecer anossa confiança.
Para finalizar queremos apenas destacar brevemente algumas implicaçõesteoiógicas da posição apresentada nocorpo deste estudo.
O reconhecimento de que as origensdo cânone coincidem com a fundaçãodo reino de Deus em Israel, no Sinai,leva-nos a observar, em primeiro lugar,que a Escritura já no momento de suaaparição possui o caráter de uma palavra triunfante, pois surge em conseqüência de uma demonstração do poderde Deus em julgamento e salvação, deacordo com promessas proféticas dadasaos patriarcas. Em segundo lugar, observamos que, constituindo-se no própriodocumento da aliança, esta palavra triunfante tem como função o estruturamento do reino da aliança. E ela desempenha essa função de duas maneiras,a saber, como palavra de poder e palavra autoritativa. Como palavra de podera Escritura possui o seu protótipo nasenunciações criadoras de Deus reiatadasem Genesis 1, pelas quais ele de fatocriou luz, vida, etc. Da mesma forma,
177
a palavra da Escritura, manejada eficazmente pelo Espírito, é poderosa para aexistência a nova criação de Deus. Épor meio da Escritura como palavra poderosa que Deus prepara e incorpora oseu povo como pedras vivas na estrutura do seu Templo.
No estudo do cânone, no entanto, apreocupação gira mais em torno da Escritura como palavra autoritativa. Nestafunção ela constitui-se num modelo arquitetõnico, pois canonicidade é umaquestão de normaS. Sendo assim, asEscrituras funcionam como autoridadedelineadas dos elementos constituintesdo santo Templo de Deus em suas dimensões históricas e teológicas, humanas e divinas. Em outras palavras, ainsistência da Reforma que as Escrituras formam a Igreja, e não vice-versa,fica aqui confirmada e é colocada emdestaque. Mas, nesta função específica das Escrituras, será que o AntigoTestamento ainda possui para nós quevivemos sob a Nova Aliança a mesmaautoridade como para o antigo Israel?Certamente não. Se o Antigo Testamen-·to ainda tivesse para nós a mesma autoridade que teve para o antigo Israel,deveríamos submeter-nos à prática dacircuncisão e à observação do sábado,etc., pois canonicidade é uma questãode normas e regras de fé e conduta. OAntigo Testamento, então, permanecenormativo para a fé, em todos os séculos (todo o Novo Testamento constituise numa confirmação e desenvolvimentodo Antigo, neste sentido), mas ele nãopermanece normativo para a conduta, anão ser naquelas normas de vida quede alguma forma foram confirmadas pelo Novo Testamento. Em vista disso, deveríamos falar não em "cânone das Escrituras", mas em "cânones do Antigo edo Novo Testamento", que juntamenteconstituem as "Escrituras", estabelecendo assim uma distinção entre "cânone"e "Escrituras". Esta distinção não envolve a negação da infalibilidade do Antigo Testamento; ela apenas afirma queo "cânone" da Igreja da Nova Aliançae o Novo Testamento, enquanto que as"Escrituras" consistem nos oráculos deDeus comunicados ao seu povo tanto naera Mosaica como na era Messiânica.
Finalmente, é preciso enfatizar que,embora não sendo autoritativo para nós
178
em matéria de conduta ou vida, o Antigo Testamento continua sendo parteintegrante das Escrituras da Igreja. tcomo tal ele é palavra poderosa dirigida a nós como lei e evangelho para julgamento e salvação, a fim de que nosarrependamos e confiemos no Messias,o Emanuel de Deus, Jesus Cristo. Alémdisso, como parte das Escrituras, o Antigo Testamento é palavra autoritativaem matéria de fé, sendo que, juntamentecom o Novo Testamento, é normativo para a teologia tanto em suas dimensõesdivinas como humanas.
A ignorância de um ou outro dos fatos acima apontados pode levar-nos asérias consequências teológicas, Entreoutras, enumeramos as seguintes: (1) Seignorarmos que o Antigo Testamento nãoé mais normativo em matéria de conduta, seremos de alguma forma "judaizantes" modernos; (2) Se, na prática,considerarmos que o Antigo Testamentoé supérfluo para a fé cristã baseada noNovo Testamento, então ou a nossa teologia acabará sendo acentuadamente colorida pelo pensamento grego, (3) ou, noextremo, exaltaremos as nossas própriasfantasias e aspirações como expressõesdo pensamento de Deus; (4) Mas, acimade tudo, tal atitude deixar-nos-á extremamente empobrecidos, pois negligenciamos dois terços da rica, poderosa egenuína palavra escrita de Deus. Portanto, é absolutamente necessário quetodos aqueles que ensinam e pregam naIgreja de fato façam jus ao princípio praticado pelos escritores das nossas Confissões, isto é, façam uso constante do"Antigo e Novo Testamentos", a fim deque em todas as atividade da Igreja sereflita uma teologia sadia.
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dada na capela do Ca _ .,Sexta-feira, 1.° de r:,s-:;;;Grand Rapids, Mich:;aological Seminary, -,s,:.;
2' de conduta ou vida, o An2:-nento continua sendo parte
das Escrituras da Igreja. I::
sie é palavra poderosa dirigi:omo lei e evangelho para jul: salvação, a fim de que nos~os e confiemos no Messias,
de Deus, Jesus Cristo. Além-o parte das Escrituras, o An::-nento é palavra autoritativa2 de fé, sendo que, juntamente.0 Testamento, é normativo pagia tanto em suas dimensões:-no humanas.'ància de um ou outro dos fa
apontados pode levar-nos a'sequências teológicas. EntreJmeramos as seguintes: (1) Se
que o Antigo Testamento nãoormativo em matéria de conrnos de alguma forma "judaiDdernos; (2) Se, na prática,~,08 que o Antigo Testamento) para a fé cristã baseada no2mento, então ou a nossa teoará sendo acentuadamente co-
pensamento grego, (3) ou, noialtaremos as nossas próprias, aspirações como expressões'ento de Deus; (4) Mas, acimatal atitude deixar-nos-á extreempobrecidos, pois negligenis terços da rica, poderosa e",lavra escrita de Deus. Por2bsolutamente necessário que'es que ensinam e pregam naato façam jus ao princípio pra)8 escritores das nossas Cono é, façam uso constante doNovo Testamentos", a fim dedas as atividade da Igreja se
teologia sadia.
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AS TRADUÇÕES DA BíBLIAWalter G. Kunstmann
Quando o Senhor da Igreja mandouseus discípulos a todo o mundo a fimde pregarem a todas as nações a Palavrada Vida, e quando: no dia do Pentecosteséquipou os apóstolos com o Espírito Santo, também Ihes concedeu falarem em diversas linguas, desta maneira Ele certamente manisfestou a sua vontade quehouvesse comunicação direta com as nações no próprio idioma destas.
Por isso era do agrado do Senhorque na medida do possível a Sua Palavra se tornasse acessível a todos, nãoapenas aos eruditos, como aconteceu naIdade Média no seio da Igreja Católicacom a Bíblia em latim, mas que surgissem traduções nos idiomas que prevalescessem. E como fez Lutero, que aotraduzir a Bíblia para o alemão achouíndispensável de "dem gemeinen Mannaufs Maul schauen", de reparar na linguagem do homem comum, surgiram emtodas as épocas traduções da Bíblia oude partes da mesma.
Desta maneira foram feitas traduçõespara os idiomas universais nas respectivas épocas: a Septuaginta para o mundo grego que por séculos era o idiomauniversalmente falado e lido {1}, e depoisa Itala - Vulgata (2), quando os romanosconquistaram e governavam o mundo deentão.
Mas desde cedo surgiram no orientetraduções de importância mais ou menos regional e de carater missionário,abrangendo muitas vezes apenas o Novo Testamento. Depois de Tatiano (ca172 AO) com seu Diatessaron (harmoniados evangelhos) e diferentes versões si-
179
riacas, das quais a Peshitta (3) é a maisimportante, podemos lembrar a armênica,isto de um lado, e do outro lado, desdeo 4. século da era cristã as versõescópticas (a sahídica e a bohairica) e aetiópica, seguidas mais tarde pela arábica.
No ambiente germânico, primeiro edigno de menção a tradução gótica deWulfila (Ulfila), bispo missionário dos godos, que, para poder dar a Bíblia ao seupovo adotivo, teve que inventar o alfabeto gótico. Em Upsala é guardado o"Codex Argenteus" desta tradução. Existem ainda muitos manuscritos parciaisda mesma versão, como o "Codex Carolínus". Houve nos séculos XV e XVIvários ensaios de traduções para o aiemão, geralmente feitas com base apenasna Itala-Vulgata. Mas estas não podemser comparadas com a do reformadorMartinho Lutero que, depois da traduçãodo NT no seu retiro na Wartburgo em1522, deu ao povo alemão a Bíblia todanum caprichado alemão, compreensívelpara todos, desde 1534, fazendo, posteriormente, ele mesmo, nada menos doque 8 revisões desta obra, sempre melhorando-a, até 1546. Por causa da linguagem antiquada, desde 1864 até 1912foram 'feitas revisões da "Bíblia de Lutero", mas com as necessárias atualizações lamentavelmente foi mudado também o teor de várias passagens quanto ao seu sentido em conformidade coma teologia racionalista-Iiberal do séculopassado. Lutero traduziu das línguas originais e da maneira mais fiel possível.
Ao lado de traduções modernas para o alemão, também feitas em confordade com os originais, como p.ex. a deH. Menge (1961), podemos mencionarainda "Gute Nachricht für Sie" (Boa Nova para Você), o NT em linguagem dehoje, que se beseia nas edições paralelas populareS inglesas "Good News forModern Man" e "The New Testament inToday's English Version", com muitas deficiências devido a liberdades tomadaspara com o texto.
Diz Bo-Reicke (4); "Traduções nãoalemãs há legiões, especialmente apósa invenção da arte tipográfica e da Reforma". Isto em território luterano e reformado, algumas com base em Luteroque mais tarde foram modernizadas nosséculos XVIII a XX (5).
180
Só de traduções para fins missionários, da Bíblia, do NT e de partes dasEscrituras, existem mais de 1000 em línguas e dialetos diferentes. Esta obraestá sendo continuada, e ainda resta muito a fazer (6). Em parte, os missionários,antes de poderem dar a Palavra de Deusàs tríbos no meio das quais estavam eestão trabalhando, tiveram que inventaralém de vocábulos e designações paracousas abstratas (como alma, pecado,eternidade, etc.) até letras e sinais para idiomas e dialetos que nunca antespossuiram escrita ou literatura. Não falta muito que se cumpra a Palavra (Mt24.14): "E será pregado este evangelhOdo Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá ofim."
Quanto, agora, à divulgação de Biblias e partes da mesma é necessáriolembrarmos que nao apenas na antigüidade e no começo da Idade Média ascópias foram feitas à mão e com isto setornaram caríssimas, fora do alcance dopovo em geral, até que Deus, certamentecom isto visando a maior divulgação deSua Palavra, em 1452 fez surgir a 1.a Biblia impressa. Joh. Gutenberg inventoua arte tipográfica, de modo que a tradução feita por Lutera pudesse "ter livrecurso".
Mais tarde foram as Sociedades Siblicas que mais contribuíram para umadivulgação em larga escala da Palavrade Deus. Surgindo na época do pietismo, publicavam altruisticamente, i.e. semvisar lucro algum, pelo contrário, POSSIbilitando mediante as contribuições deseus associados a venda da Bíblia abaixo do preço de custo, obra esta ricamente abençoada por Deus.
É considerada a primeira Soe. Bíblica a "Cansteinsche Bibelanstalt", fundada em 1710 em Halle, Alemanha, peloBarão H. Canstein. Mas esta sociedadeainda tinha um carácter local. Quando,porém, em 1804 foi fundada a SociedadeBíblica Britânica, seguida pela "Württenbergische Bibelgesellschaft" (1812) e a"Haupt-Bibelgesellschaft", em 1814, aSociedade Bíblica da Saxônia, tambémem 1814, e mais tarde (1852) a de AItenburg na Alemanha, isto em nada agradou a Satanás, o inimigo mortal daPalavra de Deus. Quando se tinha formado até uma Soco Bíbl. Católica em
Regensburg (por V;f;tt,-~-imprimiu e divulgou c- ~tólica para o alemãG ''-~2 :3ander von Ess e cutr:5 _--=em 1817, não apenas '2: - :'"Regensburg, mas ta",:2- 2.-;;
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Deus. Quando se tinha foruma Soe. Bíbl. Católica em
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O que mais de perto nos interessa,ou antes devia interessar, nesta nossaterra é a fundação da Sociedade Bíblicado Brasil (SBB) em 10 de junho de 1943,agora com secretarias regionais em quase todos os estados do Brasil e que noano de seu 25.0 aniversário já tinha lançado mais do que 10 milhões de exemplares da Bíblia toda ou partes da mesma.
Últimamente também a Igreja Católica Romana divulga em medida considerável a Bíblia. Isto se deve ao Movimento Bíblico desta Igreja ("Divino AmanteSpiritu", 1943). A Conferência Geral dosBispos do Brasil, recentemente, concordou com a"Almeida Revista e Atualizada" e a adotou tão bem como a nossa"Bíblia na Linguagem de Hoje", da qualaté agora foi publicada apenas o NT (jána 2." edição). esperando-se a publicação do AT e assim da Biblia tl)da para1980.
Isto nos leva a dizer algo a respeitodo primeiro tradutor da, Bíblia para o português, o Rev. João Ferreira de Almeida(7). Pouco se fala sobre este pioneiro.P. ex. o Dicionário Enciclopédico Brasileiro, por Alvaro Magalhães, traz 8 personagens com o nome de Almeida, deixa,porém, lamentavelmente, de mencionar ohumilde reverendo de Batávia, a quemtanto devemos.
Almeida, nascido em Lisboa, Portugal, em 1628, deixou a sua pátria já com14 anos, indo para a Holanda e depoispara MálrlcR nas Indias Orientais, onde
ele, que tinha sido educado por um clérigo na fé católica, se converteu e fezconfissão de fé para a Igreja Reformada.Casou com a filha de um pastor holandês. Só, agora começou a estudar asIinguas originais das Escrituras Sagradas.
Com 16 anos traduziu o NT para oportuguês, mas esta versão deve ter sido feita da Vulgata. Como pastor, serviu a grande congregação evangélica deBatávia na ilha de Java, desde o anode 1663 até 1689. Faleceu em 1691.Além de traduções para sua língua materna de Esopo, do Catecismo de Heidelberg e outras obras da Igreja Reformada,traduziu enfim toda a Bíblia das línguasoriginais (8). Esta Biblia portuguesa foiimpressa várias vezes na Batávia e naHolanda, depois também em Nova lorque,Londres e Rio de Janeiro.
E esta a Bíblia que a SBB, por comissão revisara, atualizou, sempre combase nas línguas originais, como tambémao português moderno, Isto num trabalho de mais de 7 anos. Nesta revisão, anossa Igreja tem prestado importantecolaboração sobretudo o saudoso Prof.Dr. Paul W. Schelp. Enquanto diverSaSequipes trabalharem em diversos centros do Brasil (9), a última revisão geralfoi feita por Dr. Schelp, assistido, quantoao português, pelo rev. Antônio de Campos Gonçalves num trabalho de doisanos em tempo integral, período em quea nossa Igreja Ev. Luterana do Brasillicenciou o Dr. Schelp de sua cadeira noSeminário Concórdia em Porto Alegre,RS, assim que ele desta maneira podededicar-se integralmente a trabalho tãoimportante, sendo naquela ocasião substituído na sua cátedra pelo então pas'crda Com. Ev. Luterana "Cristo" de PortoAlegre, o abaixo firmado. Desta maneira a referida congregação também quiscolaborar para que se realizasse a magna obra.
A atualização e revisão, sempre combase nos melhores textos das línguas originais, podia muito bem ser considerada uma nova "tradução". Mas, é umahomenagem, aliás muito merecida, aogrande vulto, o rev. João Ferreira de AImeida e seu trabalho gigantesco, poistraduziu toda a Blíbia sozinho, pessoalmente. Assim foi resolvido que seu nome venerando continuasse no frontispício de nossa Bíblia brasileira.
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Nunca houve uma tradução que nãotivesse, posteriormente, necessitado decorreções e aperfeiçoamentos. Assim existe para este fim no seiol da nossa SBBa "Comissão Permanente de Revisão eConsulta" (10) que recebe continuamente sugestões para o aprimoramento daBíblia Revista e Atualizada. Tais sugestÕés, é claro, devem ser bem fundamentadas sempre com argumentos gramaIlcais, lexicográficos, ou então baseadosno contexto e consenso bíblicos, e istotanto quanto às línguas originais comoao português. Para ta! a citada comissão pede a colaboração das igrejas eseus componentes, de professores e teologandos, de ministros e leigos.
E falando de correção e sugestões:isto vale igualmente para a "Bíblia naLinguagem de hoje: O Novo Testamento",agora já na sua 2." edição. O AT nalinguagem de hoje ainda está sendo elaborado.
A "Comissão para Versões Biblicas"da nossa Igreja-Mãe nos Estados Unidos,mediante a "Comissão para Teologia eRelações Eclesiais" (CTCR), distribuiurecentemente (setembro de 1975) um trabalho, entitulado "Comparative Study ofBible Translations and Paraphrases". Nopreâmbulo diz entre outras: "Por causadas muitas traduções das Sagradas Escrituras agora disponiveis e em uso popular, a CTCR pediu da "Com. para Versões Bíblicas": " ... desenvolver critériospara auxiliar individuos a avaliar traduções contemporâneas da Bíblia" (cf. Canvention Workbook, 1971, pg. 36). Emresposta a este pedido, a Com. para Versões Bíblicas preparou este estudo comparativo de dez das mais amplamente usadas traduções e paráfrases da Bíblia ..."
Escolheram para fins analíticos as passagens bíblicas constantes das Perguntas121 a 159 do Catecismo Sinodal, comparando os termos de 6 traduções (5 recentes mais a "King James Version") e de4 paráfrases (entre estas o NT na linguagem de hoje, "Good News for ModemMan", e os salmos como parte da mesmaobra). O "Novo Dicionário de Aurélio"traz sob "paráfrase": 1) Desenvolvimento-do texto de um livro ou de um documento, conservando-se as idéias originais ..2)Tradução livre ou desenvolvida .. - Por"desenvolver" entende-se: aumentar, explicativamente.
182
Agora o nosso equivalente do NT "forModem Man", o "Nt na Linguagem deHoje", certamente não conserva apenasas idéias originais, e não desenvolve, antes simplifica e reduz vocabulário, vistoser este bastante reduzido em mais doque a metade do povo brasileiro, a quemse quer proporcionar também a Palavrade Deus. O NT na Linguagem de Hojenão foi criado para substituir o NT daAlmeida Revista e Atualizada, e muitomenos para servir no altar e no púlpito.E que nesta tradução possam ser encontradas falhas e erros, e que exista a possibilidade, sim, a necessidade de aprimoramento, jamais foi negado. Isto acontece com cada nova tradução, comotem acontecido com a de Lutero também(oito revisões por ele mesmo feitas), AAlmeida Revista e Atualizada está sendocorrigjda ainda hoje, onde isto se comprovar necessário. Mas para que tal aconteça é indispensável a colaboração(não apenas uma crítica generalizada edestrutiva) de todos nós. O autor desta,por experiência própria sabe, como sãolevadas a sério as "reclamações" pelacomissão competente, da qual ele fazparte.
O que mais interessa no opúsculo dosirmãos da Igreja-Mãe é o resultado a quechegaram com sua classificação. Aquiloque - sempre da seleção reduzida de passagens analisadas (num total de 104 passagens, das quais 7 são do AT e o restodo NT) - foi julgado bom sob todos osaspectos, não levou nota. Os marcadoscom 1) são considerados "usáveis, masnão refletindo o original tão bem comodevia". Os marcados com 2) são considerados "não usáveis".
Agora: nas 10 traduções analisadasas melhores são KJV (King James Version), com 5 + O = 5. A NASV (NewAmerican Standart Version) com 2+3=5.A NIV (New Intemational Version, NT)com 2 + 4 = 6. O que neste contextointeressou mais o autor desta é a TEV(Today's English Version: Good News forModem Man, NT), classificado entre as"paráfrases" e correspondendo (11) aonosso NT na Linguagem de Hoje, a classificação é 7 + 13 = 20, enquanto outrastraduções: a NEB (New English Bible),a JB (Jerusalem Bibie), a PH (Philips, NTin Modem English) e a LB, esta "pará-
frase" The Living Bible Pé'.2':;mam 23, 30, 30 e 53 ,=:::-==
As conclusões gera:s. :::0;liza a publicação da CTC::: :'ªacertadas, referindo-se :: c:,;,:
duções da Bíblia em ~:=::="-1- Nenhuma versão é p"'~huma versão é inadequad~ ~sagem - 3 - Algumas .8r:--':_usadas com maior pree-::_c;outras, como o sumário ,~d:Cc!:
dispensável competência ~..=:s
bíblicas (12) ao julgar "'~Concluimos esta c:- = .."
decimentos a Deus G-,~ ~:"Palavra desde os cr"g-:: = ;;;
sos dias; que foi dae·a. ': ':s§da, no nosso idioma. ;-~j!trossim, à Socied2d~ :: = .::;;
por seus esforços 2.-'_ :-!Bíblia ao povo bras:~': ::coração a colabor202: :~ '"penas no trabalho =;;: ~b!ia, mas espeG"?>"~--~ :;o':!çoamento das tr2..:·;;:, ':= ::"sa Igreja traba[~2 ~ :: - ~camos a nossE. '2 _'" =- '" !nossas al171as
(1) A Septuaginta _. ,-~11 (283-246 2.. C-=- .. -=- :;;;,
duzida por 72 ~'_: --2 2'~
mente para a :: : 2< =- :c=
tornou-se OCo:;::: ":2 ..:::;c!
pora bem C0171: ::..=
cristãos na faseTestamento.(2) ítala é n0171eoc;~'" .." ~cedente para as t,a:gas antes de He-c:- -: ~Vulgata) que, frag""","'t",""'=:de ca 175 a 400 ,:'.0. P:' -=
lia e Espanha o po'i::: ..2: ~o grego da LXX, C2":::2 .. ~pes) foram traduzidc:s ::.2'2o uso nos cultos. Es:",: c::::
ram uniformes, e ftêS c. "ção local desta espsç S ==':l;lata Agostinho. - A Vu1g..,"""
é a versão oficiai e 2."~: -"Católica desde 1546. _ - ~te, a ítala, a Vulgata,:_~-~geral originou-se ccr'", :.. = ~
390 a 405 AD em 82'=- ::=:
do original hebraico. ,:.. ~:;
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O NT na Linguagem de Hoje-ado para substituir o NT da'svista e Atualizada, e muito-a servir no altar e no púlpito.-::: tradução possam ser encon-2.Se erros, e que exista a possim, a necessidade de apri-
jamais foi negado. Isto a:,m cada nova tradução, comos:::ido com a de Lutera também3es por ele mesmo feitas). A.avista e Atualizada está sendo:::inda hoje, onde isto se com:essário. Mas para que tal a, indispensável a colaboração::.s uma crítica generalizada ede todos nós. O autor desta,
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mais o autor desta é a TEV:nglish Version: Good News for:an, NT), classificado entre ass" e correspondendo (11) aona Linguagem de Hoje, a clas:; 7 + 13 = 20, enquanto outras
a NEB (New English Bible),;salem Bible), a PH (Philips, NT
English) e a LB, esta "pará-
frase" The Living Sibie Pa:aphrased), somam 23, 30, 30 e 53 respectivamente.
As conclusões gerais, com que finaliza a publicação da CrCR ótimas e bemacertadas, referind·:)-se a todas as traduções da Bíbiia em todas as épocas:"01- Nenhuma versão é perfeita. -2- Nenhuma versão é inadequada em cada passagem - 3 - Algumas versões devem serusadas com maior precaução do queoutras, como o sumário indica. -4- e indispensável competência nas linguagensbíblicas (12) ao julgar uma versão."
Concluimos esta com sinceros agradecimentos a Deus que velou sobre SuaPalavra desde os originais até aos nossos dias; que foi dada, e está sendo dada, no nosso idioma. Agradecemos, outrossim, à Sociedade Bíblica do Brasilpor seus esforços altruístos em dar aBíblia ao povo brasileiro. E pedimos decoração a colaboração de todos não apenas no trabalho de divulgação da Bíblia, mas especialmente para o aperfeiçoamento das traduções com que a nossa Igreja trabalha e com as quais edificamos a nossa fé para a salvação denossas almas.
Notas
(1) A Septuaginta (LXX), sob PtolomeosII (283-246 a.C.) na ilha de Pharos traduzido. por 72 eruditos israelitas, inicialmente para a biblioteca de Alexandria,tornou-se o código dos judeus na díáspora bem como, quanto ao A T o doscristãos na fase inicial da era do NovoTestamento.(2) Haia é nome quase coletivo e imprecedente para as traduções latinas antigas antes de Hierônimo (tradutor daVulgata) que, fragmentárias, circularamde ca 175 a 400 AO. Por na Africa, Itália e Espanha o povo não mais dominaro grego da LXX, certos trechos (perícopes) foram traduzidos para o latim parao uso nos cultos. Estas versões não foram uniformes, e ítala foi uma designação local desta espécie, segundo nos relata Agostinho. - A Vulgata, por sua vez,é a versão oficial e autorizada da IgrejaCatólica desde 1546. Utilizando, em parte, a ítala, a Vulgata, quanto ao AT, emgeral originou-s6 com Hierônimo, que de390 a 405 AO em Belém traduziu o ATdo original hebraico. A Vulgata passou
por diferentes fases, até que, desde 1546,no Concílio de Trento fosse declarada"autorizada", mas obteve, depois de várias revisões por comissões nomeadasno Concílio, a sua forma definitiva somente em 1592 (sob os Papas Sixto V edepois Clemente VIII).(3) A Peshitta ("a Simples") foi a maísusada das traduções sírlcas (revisão concluída ca 400 AO), traduzido. do gregoe do Targum, por isso de pouco valorpara a crítica sacra.(4) Bibl.,-Hist. Handworterbuch, I, 244).(5) Na Inglaterra, W,Tyndale, NT 1525M. Coverdale, 1535, mais tarde com outras traduções aproveitada para a "GreatBible ", 1539, revisada esta para a "BIshop's Bible", 1568, chegando, posteriormente, à "King James Version" ou "Authorized Version", 1611. Esta última é,depois da de Lutera, a tradução maisdivulgado.. Novas revisões em inglêssão: a "Revised Version", 1881/85, a"Standard Version", 1901, e afinal a "Revised Standard Version", 1952, esta última surgido. nos Estados Unidos onde,em 1971, apareceu a "The New EnglishBible". Iria levar-nos longe demais, seaí quiséssemos enumerar todas as traduções surgidas na Suiça, na Holanda, nospaíses escandinávios.(6) A "United Bible' Society" (UBS) coma sua publicação "The Bible Translator",ulTIa revista técnica que quer "ajudar aostradutores", agora já por 26 anos, àscomissões tradutoras ou aos missionários que., isoladamente, traduzem textosbíblicos das línguas originais em todo omundo. A UBS ajuda também financiartais empreendimentos. Restam ainda centenas de tribos com idiomas próprios queainda não possuem a "sua" Bíblia. Osmissionários não deviam ensinar, comoantes tem sido a regra, aos indígenas umidioma mundialmente conhecido, que todavia sempre para eles continuaria língua estrangeira, para somente depoisinstruí-Ios mediante este idioma e começar a sua obra missionária.(7) Para informações mais concisas a respeito confere: P. Schelp, Igreja Luterana1954, 9/10, pgs. 173-181, e 11/12, pgs.243-249.(8) NT três edições por ele feitas: 1681,1693 e 1712; a 1." edição do AT foi publicada só após a sua morte por seussucessores no pastorado de Batávia, em
183
respeite, ,:;s :: s, e -tido '1'23,,"":: -: :=--:: :;;:
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Tem-se atribuído a ,~omais variados sentidosto _e comum a pa!avr2- - ': ;zahlung, besonders e'- -e :;-:~te, die in einer biidhafte- =:...",was ein Volk oder e"e =e"in religioser Hinsicht ; s_:'Tomando como defir:;:~: :.,,;
o mito é a expre'ó-,~: _~preensao do me:2-"2-:, ,;§da revelação, o s~::'=" '-""se-ia dizer, em t&Seum livro de mitosdizer é, contudoniente,
A inconveniêno ::to de mito em re :~: _ ~em primeiro iuge- ::'cher e Barth 0,,3-:: -e~ =_
reditariedade c:: -ec~:autor fale de"-: ~: -- -- =_,
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Diferenciação entre história e mito
Capítulo 1I
A teologia moderna ultimamente, comfreqüência, se tem perguntado o que éverdadeiro, histórico, e o que é mitológico na Bíblia, Antes de se fazerqualquer julgamento sobre o procedimento dos teólogos da nossa época, é conveniente analisar a definição e o sentidoque se dá aos termos história e mito.
A teologia "moderna" faz uma diferenciação entre Historie e Geschichte,conforme o teólogo Ernst Ki:isemann seexpressa: "Hitoria ist erstarrte Geschichte. , , ", 1 Na medida em que o tempopassa, um acontecimento do passado sesolidifica. O que, no entanto, é decisivo é a lição que tal acontecimento trouxe, Aquilo que se aprendeu do acontecimento é o que se chama de Geschichte. "Historie ist also das Erstarrte.Geschichte das Lebendige", 2
Apesar de se fazer a diferenciaçãoentre ambos os termos, pode-se afirmarque eles designam um fato verídico acontecido no passado e re!embrado nopresente,
Consideramos Adão e Eva personagens históricos, levando em consideração a seguinte explanação:
Se os acontecimentos de Gênesis 1-3deveriam ser chamados "históricos", depende de como aquele termo é empregado. Se "histórico" se refere ao querealmente aconteceu, Gênesis 1-3 é histórico. Mas se "histórico" é empregad'opara designar ao que pode ser estabelecido em termos de observações e relatos humanos, então a criação obviamenteestá excluida do âmbito do "histórico".Visto que, no entanto, o termo "não-histórico" geralmente tem o sentido de"não tendo acontecido", sería muito enganoso, e, em conseqüência, em desacordo com a forma da sã doutrina declarar a criação e a queda como sendo"não-histórico". 3
mo este aqui tratado. Encontrou-se dificuldades na coleta de fontes que fornecessem indicações precisas e as bases para formar as afirmações convenientes ao caso. - (As traduções das citações do original foram feitas para a publicação pelos próprios autores).
Paulo W. BuasAmo Besse!
(Estudantes de Teologia - 3.° anoSeminário Concórdia)
Capítulo I
Introdução
Objetiva-se através desta monografiaverificar em que implica afirmar ou negar a historicidade de Adão e Eva.
De princípio achou-se conveniente abordar a problemática da diferenciaçãoentre história e mito, uma vez que é importante definir sob qual dessés termosdeve ser classificado o relato bíblico dacriação do primeiro homem. Em seguida, julgou-se oportuno apresentar diversos pontos de vista referente ao temadeste estudo. Por último, tentou-se, sumariamente, afirmar a hístoricídade deAdão e Eva.
Resta ainda ressaltar a complexídadeque envolve a abordagem dum tema co-
1748. Escreve David Lopes "A expansão da língua portuguesa no Oriente nosséculos XVI, XVII e XVIII", Barcelona,1936, diz: "A segunda tradução (da Bíblia), feita pelo católico Antônio Pereirade Figueiredo, sobre a Vulgata latina, ortodoxa, pois, é superior (a de Almeida) ...".Isto deixa claro, que a primeira foi deAlmeida e que esta, por Lopes considerada não ortodoxa por não se basear naVulgata, consequentemente se basearanos textos hebraico e grego.(9) Além do Dr. Schelp colaboraram danossa Igreja entre outros os revs. Th.Reuter, Prof. Johannes H. Rottmann,Prof. W. K. Wadewitz, e o autor desta.(10) Desta, o signatário é membro, tendo preenchido a vaga deixada pelo Dr.Schelp.(11) Prof. Dr. Robert Bratcher, que dirigiu nos EU os trabalhos desta tradução,é colaborador constante também da nossa "em Linguagem de Hoje".(12) Hebraica e grega.
A HISTORICIDADE DE
ADÃO E EVA
184
- ~ tratado. Encontrou-se di-- 2 coleta de fontes que for--jicações precisas e as ba-
: rmar as afirmações conveni:2S0. - (As traduções das cita';,:nal foram feitas para a pus as próprios autores).
Capítulo II
ação entre história e mito
;;ia moderna ultimamente, comse tem perguntado o que éhistórico, e o que é mi
a Bíblia. Antes de se fazer.igamento sobre o procedimenogos da nossa época, é con-
calisar a definição e o sentidoaos termos história e mito.
.gia "moderna" faz uma difeentre Historie e Geschichte,
:: teólogo Ernst Kasemann se;;Hitoria 1st erstarrte Geschi
Na medida em que o tempoacontecimento do passado seO que, no entanto, é decisi
2.0 que tal acontecimento trou) que se aprendeu do aconteo que se chama de Geschich:orie 1st also das Erstarrte.
das Lebendige". 2de se fazer a diferenciação
os os termos, pode-se afirmardesignam um fato verídico ano passado e relembrado no
aramos Adão e Eva persona:ricos, levando em considera2uinte explanação:acontecimentos de Gênesis 1-3ser chamados "históricos", de-como aquele termo é empre-"histórico" se refere ao que
aconteceu, Gênesis 1-3 é hisas se "histórico" é empregado:nar ao que pode ser estabele:ermos de observações e relaos, então a criação obviamenteilda do âmbito do "histórico".
no entanto, o termo "não-hiseralmente tem o sentido de.~ acontecido", seria muito en-
em conseqüência, em desa~ a forma da sã doutrina de:riação e a queda como sendorico", 3
Tem-se atribuijc 2 :)2'2':r2 "mito>; osmais variados se,,~j::s [\]um sentido lato e comum a :::3'a·.'r& mito é "eine Erzahlung, beson,j2-s 2'-e Güttergeschichte, die in eine, b'::-.,,'~en Form ausdrückt,was ein Volk o:er eine Personengruppein religioser Hinsicht glaubt". 4Tomando como definição que
o mito é a expressão humana de apreensão do mata-racional (no casoda revelação, ° supra-racional) poderse-ia dizer, em tese, que a Biblia éum livro de mitos. Essa maneira dedizer é, contudo, perigosa e inconveniente.
A inconveniência do uso do conceito de mito em relação à Biblia, se vê,em primeiro lugar, por aquilo que VIS
cher e Barth chamaram a "pesada hereditariedade do termo". Ainda que oautor fale de Adão como mito, pensando não na falsidade do relato, masna realidade da criação especifica dohomem como algo que não é histórico no sentido comum, esse autor estará correndo o risco de ser mai entendido e, pois, na contingência deconfusão. 5Vaie analizar primeiramente o senti
do que se quer dar ao termo "mito" para, então, analisar as idéias do autor.É mister verificar se o termo "mito" éusado no sentido de contos primitivos arespeito de Deus ou se é usado no sentido mais amplo indicando a maneira deexpressão, diferente do discurso literal,mas que é a apresentação essencial daverdade religiosa.
Apesar da atribuição dum sentidomais amplo ao termo, seu uso não deixa de ser perigoso no campo teológico.Strauss diz que o uso do termo "mito"não teria inconvenientes caso "não seriamais do que as vestimentas, em formahistórica, das idéias reiigiosas, plasmadas pelo poder inventiva da legenda eincorporada num personagem histÓrico".o
J. Andrade Ferreira assim se expres-sa com respeito à teologia de Bultmann:
A pretensa "demitolização" de Bultmann mostra uma nuance diversa doassunto: Bultma.nn entende por mito"o relato de aparências no plano humano de seres de mundos superioresou inferiores." O que eie pretende éeliminar o sobrenaturai, e o faz usando mito num sentido que é peculiar. 7
O Dr. Olto Piper considera viável aaplicação do termo "mito" à Bíblia:
A linguagem mitica, diz ele, fala dosobrenatural em termos concretos como se toda ela fosse muito semelhante ao mundo natural, mas ao mesmotempo o caráter peculiar das realidades sobrenaturais é indicado pela ausência de certas limitações que osmesmos objetos deveriam ter, se designassem fenômenos do mundo natural. 8
O relato bíblico do primórdio casalAdão e Eva, bem como da criação detodo o universo, não pode ser considerado mito quando a definição desta palavra não quer significar um acontecimento certo, veridico, do passado.
Capitulo 111
Posições assumidas face ao reiatobiblico da criação de Adão e Eva
Na medida em que os tempos correm, tem surgido multiformes afirmaçõesque procuram desvirtuar o verdadeirosentido das páginas do Sagrado Livrode Deus, de modo especial o relato dacriação do homem como também dacriação de todo o universo. A ciênciacom sua teoria evolucionista e a teologia "moderna" com a "demitificação' daBíblia, negam ou colocam em dúvida ahistoricidade dos primeiros homens criados neste mundo pelo Criador.
Evolução e teologia "moderna",
Quer-se aqui considerar a posi';:2.0a argumentação dos cientistas evoiucionistas e dos teólogos "modernos'.
Eis uma afirmação científica:Considerando no seu corpo, o "homem" nasceu por uma mutação espontânea, passando de uma natureza menos perfeita a uma natureza mais p",feita, para afinal desembocar nà natureza Ilumana. 9
Ou ainda: "Os evolucionistas concordam que o homem evoluiu de umacriatura a qual hoje não seria considerada homem". 10A teoria evolucionista faz ainda a seguinte afirmação:
O homem é considerado como sendoum produto, possivelmente o produto
185
final, desse sistema. Com respeito aoque teria sido sua ascendência, nãohá unanimidade de opinião.O pensamento popular é que sua descendência é dos macacos antropóidessuperiores ou, senão, que o homeme o macaco têm um ancestral comum.O ponto crítico da questão é a suposição dessa teoria de que o homemnão foi criado separadamente mas queele mesmo é um subproduto da vidaanimal. 11A ciência acredita no surgimento do
homem duma forma gradativa, isto é,provindo originariamente de seres de vida simples, os quais aos poucos sedesenvolveram e adquiriram enfim um cérebro capaz de raciocinar. Ao mesmotempo a ciência crê no surgimento deum grande número de seres racionais aomesmo tempo e em diversos lugares, enão apenas num ser individual.
Há teólogos que pretendem desmembrar o relato de Gênesis da criação emdois relatos diferentes: o capítulo primeiro seria um relato e os capítulos segundo e terceiro outro relato.
Westermann assim declara sobre osdois supostos relatos:
Ambos se esforçam para demonstrarcomo tudo tem sua existência em Deus. Tudo é o que é porque Deus ofaz assim. (... ) Em Gn 1 a questão é, donde tudo se originou e comotudo surgiu? Em Gn 2 a questão é,por que o homem é assim como eleé? Ambas as questões humanas são,num sentido, deixadas abertas e permitiram uma variedade de respostas.Quando, porém, ambos os relatos dacriação apontam ao investigador queDeus é o Criador, eles indicam, emtudo o que dizem da crição, a linhademarcatória em que questões humanas somente podem terminar numacalma e reverente sub-missão diantedo Criador. 12
Questiona-se onde e em que alturados acontecimentos descritos em Gênesis, se poderia dividir a criação e história, ou fixar o início da história. Sobre a questão Westermann diz o seguinte:
No capítulo 1 criação e história estãonitidamente separadas uma da outra.Nos capítulos 2 e 3 pOder-se-ia dizerque a história começa exatamente
186
com a obra da criação. t: uma narrativa que começa com a criação, edesde o princípio aponta para a realidade presente dos seus ouvintes.Ela não se detém em relatar diferentesestágios que tiveram sua importâncianuma remota pré-história, isto é, umafase antes e outra após a queda empecado. Antes, ela mostra ao leitor,em seu próprio contexto, através dahistória de como tudo começou, qualé sua real existência. 13Apesar da questão duvidosa aborda
da acima, o mesmo teólogo deixa intrmamente relacionadas a criação do homem e a história seqüente. O autor bíblico tem ligado ambos de tal maneiraque um não pode ser compreendido separadamente do outro. 14
Alguns opinam de que o modo comoDeus criou o homem, segundo Gn 2.7,é descrito também em outras fontes extra-bíblicas.
A idéia de que Deus formou o homemdo barro, como um oleiro molda umvaso, é bem conhecida de fontes extra-bíblicas, da África Central, Egito eGrécia. Portanto, não é uma idéia especificamente bíblica. 15Além do que foi citado, outros procu
ram datar a escrita de Gênecis num período bastante tarde após os acontecimentos da criação, fazendo a seguinteconsideração:
Uma renovada reflexão sobre a criação deverá, em primeiro lugar, dar-seconta de que o primeiro capítulo daBíblia, embora importante, não é oúnico texto em que é expressada essadoutrina. Essa passagem, conquantose ache na primeira página do LivroSagrado, foi escrita relativamente tarde, como, aliás, muitas outras passagens. Deve, pois, ser lida numa perspectiva de uma revelação em via dedesenvolvimento, da qual ela forma omaduro coroamento. 16Outro fator bastante polêmico e dis
cutido é a ordem cronológica na criação e o modo como o homem foi formado. Na tentativa de solucionar o problema, muitos distorcem a situação aoponto de afirmar que o texto bíblico deixa transparecer claramente que tais questões não existiam para o escritor sacroinspirado, e, em conseqüência, não sepreocupou com elas . Caso essas pre-
ocupações tivesse,,: S'. ~. ::escritor, ele não ts'" :: :::=pítulos 1 e 2 dO:2 -s ,,':' "que sobre estes ::::- ,~ '~,alegam eles.
A ele interess2':= ô::: 'S";-êleitores reconh,,:sô.ôs- ':;\criaturas, tanto" Sô :: -: ;::que vivem. Pa-a" ~ :; :;;atural atual é ,..,s:: -- - '"a origem rerTK'S : ~ :':@Até Leão Xlii ,=- 's= ::;:c,;;
a Bíblia não tr2Z - .0::2 _c~.~
concreto das ot·.o:~ :=. - :~:Os escritores s=.; 2: _, ::Espírito Sam:. __2 ~""
falava, não te ..::: - =., =. ec'.==<
mens algo sob"s " -" .'7.::-;;visíveis, o q-~s ". - ~.S' ~
importância 2;: _-" :' ~ ,18
Duvidando: 2 -::: ':;::;::texto bíblico. __ 2:- --:: .3revelação p"-'c.=- :-'- : - ::: t::sacro, outrc:s 5._5:=--Z.-'- :''':::~
respeito do :: -:" _:: . : __ .'l'i
lato de Gn :" : ,,:~: - -~Só se ::: ::2 2: - - - ~'"sobre & ::. ;210 que: ,,-"pela ::;& 2, -" :s _7. -~o ma s:s.s ,,"- 'c--:. :::;0
do 'caç·:::-,,': ::- -"---:~:3ê-- -tamsntc c __
Nesta cs~:-=:-"';: :':..~:]!naL ::.:),,::::: -= -=-- ',,,
homem: é : 5-=-;,_ -,= :;i3
a sua ex;s:~"': = ~:,-,:-s-:::= ~todo a um 2.:: : - "c:: '""
que o ar\::" " "s;..-;" -?-...ro seu, em ::,,-::-:-:-= :::;de Deus. ;>:- "" -=:-:-:dois sex::". - -; -:. :"is seres v\v:" := ,,-Mas ao me" ....:dicalmente d:s 3- - ::-.: ~ele é capaz", :-:0:.-.0::: ~pela palavra '" 2;2': 2~ ~us, tendo pGr:2-:: - 2 :;diata e única :: - ~''''''-E!do mundo.Se o hagiógr&': :-2.- =::.~gem do ho~~- - - '---::lÇ:c :::. == '~.-=o mesmo hOmET S =
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princípio aponta para a rea:-esente dos seus ouvintes.se detém em relatar diferentesque tiveram sua importância
710ta pré-história, isto é, uma2S e outra após a queda em
Antes, ela mostra ao leitor,próprio contexto, através da
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l o homem, segundo Gn 2.7,também em outras fontes ex-
de que Deus formou o homem). como um oleiro molda umbem conhecida de fontes exas, da África Central, Egito ePortanto, não é uma idéia es-
,ente bíblica. 15:) que foi citado, outros procua escrita de Gênecis num peante tarde após os aconteci-
criação, fazendo a seguinteão:1Jvada reflexão sobre a criaará, em primeiro lugar, dar-se2 que o primeiro capítulo daembora importante, não é oxto em que é expressada essa
Essa passagem, conquantoe na primeira página do Livro
foi escrita relativamente tar\0, aliás, muitas outras passaave, pois, ser lida numa perde uma revelação em via de
vimento, da qual ela forma ocoroamento. 163-tor bastante polêmico e dis3- ordem cronológica na crianodo como o homem foi for-
tentativa de solucionar o prodos distorcem a situação aoifirmar que o texto bíblico deirecer claramente que tais quesexistiam para o escritor sacroa, em conseqüência, não secom elas . Caso essas pre-
ocupações tivessem existido na mente doescritor, ele não teria colocado nos capítulos 1 e 2 dois relatos lado a lado,que sobre estes pontos se contradizem,alegam eles.
A ele interessava sobretudo que seusleitores reconhecessem serem todoscriaturas, tanto eles como o mundo emque vivem. Para ele, a condição criatural atual é mais importante do quea origem remota da criatura. 17Até Leão XIII já fez declarações que
a Bíblia não traz nada sobre o modoconcreto das obras da criação:
Os escritores sagrados, ou, antes, oEspírito Santo, que pela boca delesfalava, não tencionava ensinar aos homens algo sobre a natureza das coisasvisíveis, o que, com efeito, não é deimportância aiguma para a salvação.18Duvidando da inspiração integral do
texto bíblico, ou admitindo apenas umarevelação parcial da criação ao escritorsacro, outros sustentam pensamentos arespeito do conteúdo doutrinário do relato de Gn da criação, como segue:
Só se pode admitir como revelaçãosobre a origem da humanidade aquilo que o autor sacro podia conhecerpela palavra de Deus presente. Tudoo mais deve ser atribuido ao esforçodo hagiógrafo por representar concretamente a doutrina.Nesta perspectiva, o conteúdo doutrinal, contido no relato da criação dohomem, é o seguinte: O homem devea sua existência concreta e como umtodo a um ato criador livre de Deus,que o criou e elegeu para ser parceiro seu, em liberdade. Este parceirode Deus, por ele mesmo criado nosdois sexos, origina-se como os demais seres vivos da substância da terra.Mas ao mesmo tempo se distingue radicalmente dos animais, porquanto sóele é capaz e chamado a responder,pela palavra e ação, ao apelo de Deus, tendo portanto uma relação imediata e única com o Senhor absolutodo mundo.Se o hagiógrafo transpõe para a origem do homem a aliança divina como mesmo homem e a sua proveniência direta de Deus, também esta circunstância pertence à sua afirmação:a relação do homem a Deus é tão
fundamental para a existência humana,que jamais em toda a sua 'história ohomem pode esquivar-se dela. Embora, continue com o direito de rejeitar ou aceitá-Ia, como parceiro livreque é, por mercê de Deus, contudosempre permanece a aliança como razão última de sua existência. 19
Além do que acima foi afirmado, tudo mais sobre o relato da criação deveser encarado apenas como meios e modos do autor biblico se expressar. Baseado nisso, a formação do homem emulher descritas em Gn como a conhecemos, nada mais seria que uma maneira de expressão do autor. Encarandoo problema sob este aspecto, a modelagem do homem a partir do pó da terra,bem como o sopro do fôlego da vida nasnarinas do homem e a formação da mulher a partir duma costela tomada dohomem, deixam de ser uma realidadeobjetiva e histórica.
Constata-se mais uma outra teoria,olhando o tema da criação sob um prisma diferente:
A narrativa do Gênesis da criação érealmente uma forma de "propagandaateística". Destina-se a ensinar aoshebreus que a visão mágica, pela quala natureza é tida como uma força semidivina, não tem nenhuma base defato. Jeová, o Criador, cujo ser secentraliza fora do processo natural,que chama este processo à existênciae dá nome às suas peças, permite aohomem perceber a própria naturezacomo matéria de fato. 20A teologia não mais toma como cer
to o surgimento do homem por uma criação feita por Deus, em que o homemteria sido formado do nada, sem havermatéria viva preexistente.
Enquanto alguns aceitam como sendoviável a teoria da evolução, embora aindanão comprovada, outros ficam pendentes entre o relato da criação, conforme ..Gênesis, e a teoria da evolução. O catolicismo hoje, por exemplo, não pretende obrigar aos católicos de aceitarema teoria evolucionista ou ficar com acriação adulta do homem por Deus. Ucatolicismo quer deixar a decisão a critério de cada um - é uma liberdade dafé. Constata-se hoje entre os cristãoscomo entre os teólogos cada vez maiornúmero de 'partidários de uma visão e-
187
intenções de dize: : -::: "ação foi ·efetuada. :: _ -..;;;constituiria argume-:: 'a,: ~lucionismo e nem se : ::" a:õ
Da mesma ma"s -:c :: -: ;dúvidas sobre a c::c: ~: :: imem, também sU'Q-~- : _,~descendência do [--e ': :.5vida gira em to:ro :a :=_dora do homem - 2-= -=-=
capaz de originar ,,- --de alma espírituai ::_ ~~ 3;sidade da partic;c:s~ ~: - - ª
cada novo desce":s--~ =';não existir nenhc:-a : 00' ~~esclarecedora do a5: _-,duas opiniões:a) o traducionisc:--: c --];i
tem origem a ::'-- :E:material ou 85: - -_: :'"
b) o criacionismecriada imedia:2- a- =
fundida no cor::
Tendo aprese-:,,:: :,-scom respeito :'o:' a:~ __ o"cabe agora apresa-'a " '..1!Endossamos a c: s: ~-guinte enuncia,::;: --- - - - _.u105 1-3 de Gêns55
É, portanto, nS:5'-55"-: .~fessar o que 65:=" :" - -~~
1 - A criação ex """-,: -do nada - co-: _-: "i
dias por par-e :e :~2 - A criação p:' =,,_:
homem, Adão. a _= ~
Iher, Eva; e a :como um se'e responsáveL ra - a~isto é, em '.e-::a:.,.,",santidade, dG:a::: -=conhecimento:a - "e em bem-:s,e-- _-5[gmento com se_ :- ,,[g
3 - A queda do '"::-5'- ~ato de desoee: ~-: adade, a conse: ~~--smagem de Ds_" 5;do sua natur.=':::.. :::~
4 - A promessa d: :::. ,';;As afi rmaçõ65 ::.:" :.~
volucionista do universo, principalmenteno tocante à origem do homem.
Baseados na Encíclica "Humani Generis", alguns teólogos católicos admitem que o corpo humano tenha-se desenvolvido de formas de vida pré-humanas. A alma, no entanto, Deus teria criada. Após a decorrência de algum tempo, a vida animal teria evoluido já bastante, estando apta para receber a a!ma espiritual por parte do Criador, como novo princípio vital. 21
Embora o catolicismo hoje não pretenda forçar diretamente a ninguém aadmitir a teoria evolucionista, eie tenraamainar o conceito de evolução fazendo a seguinte afirmação;
Não resta dúvida que um evo!ucionismo antroprológico radical como o deSpencer, Lamark, Darwin e Hackei sãoexcluidos pela revelação, porque impugnam uma ação criadora de Deus,sobre o devir do homem. ( ... ) Noâmbito de uma fé revelada, portanto,só é admissível um evolucionismo moderado. 22A teologia católica, até tempos re
centes, crê que o Adão do relato bíblico era um indivíduo histórico, e protoparente de toda a' humanidade, Elaaceitava a descendência do gênero humano dum Adão individual fundamentado nos textos vétero-testamentários.
Mas com a crescente aceitação dumevolucionismo moderado, muitos teólogos católicos modificaram seu pensamento:
Entre os exegetas católicos afirma-secada vez mais a convicção de que osautores de Gn 1-2 não pretendiam ensinar como verdade revelada que Aaaofosse uma só pessoa da qual descendesse toda a humanidade. O teólogodogmático terá que renunciar a eSi.apassagem bíblica como prova do 1110
nogenismo. Os demais textos do A.T.não acrescentam nada à exposição deGênesis. Mais difícil é julgar dos textos neotestamentários, porquanto suaexplicação, por parte dos exegetas católicos, da atualidade, diverge consIderavelmente. Enquanto antigamentetodos os exegetas católicos eram deopinião que Rm 5.12-21 continha oensinamento católico sobre o pecadooriginal e, relacionado com ele, a doutrina tradicional sobre Adão como pai
188
individual da humanidade, hoje muitosexegetas católicos já defendem a idéiade que Paulo não pode ser citado como testemunha a favor do monogenismo. Dificilmente será possível decidir esta questão diretamente com textos escriturístic0s, a não ser atravésduma ulterior reflexão teológica sobreas implicações do pecado original. 23Quando a ciência lançou a teoria da
evolução com todos os seus argumentos, a teologia romana sentiu-se obrigada a expressar a sua posição sobre ofato: ou se rebate a teoria científica ouse nega a antiga interpretação do relatobiblico para concordar com cientistas.Mas a aceitação da teoria evolucionistaredundaria num revés para a teologia.Muitos tiveram, então, a infeliz ousadiade tentar harmonizar as afirmações bíbncas com as teorias científicas. Umadessas tentativas de harmonização estátraduzida nas palavras abaixo:
A Bíblia ... descreve o desenvolvimento progressivo da vida na terra, aseparação da terra da água, a criação das plantas, dos peixes, dos 2nlmais gigantescos, de bovinos, e, finalmente, do homem. Desenvo!vimento progressivo, portanto. Este relatobíblico da criação ... foi confirmadopela ciência. 24"Deus cria, Deus opera em nós, por
meio da evolução" 25, afirma Teilhard.Teilhard procurou conciliar a fé no antigo e tradicional dogma da criação coma ciência. Ele explica a sua posiçãoassim:
Ao nível da ciência, a formação davida e do homem é explicada pelasforças naturais, cujas leis as ciênciasnaturais vão cada vez mais decifrando;de outra parte, este contínuo impulsoda matéria para uma crescente intimidade, e portanto para uma superaçãode si mesma, ao nível da reflexão filosófica, demonstra ser sustentado psIa vontade de uma pessoa absolutamente transcendente; "Deus, motor,coletor, transformador, por antecipação, da evolução". 26
Em outras palavras, o que pretendeestabelecer é não excluir totalmente umser superior o qual teria contribuido naformação do homem e do universo . ...:para não desprezar totalmente a Sagrada Escritura, julga-se que ela n'ão teve
Afirmação daEva
h,::::~-- - -':-.-...::, ; '~<', '- '- ',~
:2 humanidade, hoje muitos2:ctólicos já defendem a idéia
o 2.'.1;0não pode ser citado co~'.1nha a favor do monogenis':>i:nente será possível deci;::'.1estãodiretamente com tex~:..1rfStiC0Sl a não sei através
ê"r;or renexão teológica sobre:2.ções do pecado original. 23
a ciência lançou a teoria da:: m todos os seus argumen:;;[2 romana sentiu-se obriga"ssar a sua posição sobre oõe rebate a teoria científica ou2ntiga interpretação do relato
-3. concordar com cientistas.Hação da teoria evolucionista
num revés para a teologia.;,am, então, a infeliz ousadiaiarmonizar as afirmações bi
as teorias científicas. Uma':ativas de harmonização está'-as palavras abaixo:
... descreve o desenvolvi·agressivo da vida na terra, a,0 da terra da água, a cria
plantas, dos peixes, dos ani;antescos, de bovinos, e, fi-
do homem. Desenvolvimen'essivo, portanto. Este reiato:2. criação ... foi confirmadoneia. 24
cria, Deus opera em nós, por,volução" 25, afirma Teilhard.rocurou conciliar a fé no an-':ional dogma da criação com
Ele explica a sua posição
da ciência, a formação dado homem é explicada pelasaturais, cujas leis as ciênciasvão cada vez mais decifrando;: parte, este contínuo impulsoria para uma crescente intimi-portanto para uma superação
8sma, ao nível da reflexão fidemonstra ser sustentado po
,de de uma pessoa absolutaranscendente: "Deus, motor,transformador, por antecipaevolução". 26
e'as palavras, o que pretender é não excluir totalmente umJr o qual teria contribuido nado homem e do universo. ""desprezar totalmente a Sagra'a, julga-se que ela não teve
intenções de dizer o modo como a cnação foi ·efetuada. Eia também nãoconstituiria argumento favorável ao 8VOlucionismo e nem se opõe ao mesmo.
Da mesma maneira como se levantamdúvidas sobre a criação do primeiro homem, também surgiram dúvidas sobre adescendência do pr1meiro casal. A dúvida gira em torno da capacidade geradora do homem - se ele por si só seriacapaz de originar um novo ser animadode alma esp'('ua! ou se haveria necessidade da participação do Criador emcada novo descendente. Pelo fato denão existir nenhuma passagem bíblicaesclarecedora do assunto, se originaramduas opiniões:a) o traducionismo (a alma dos filhos
tem origem a partir da substânciamaterial ou espiritual dos pais);
b) o criacionismo (a alma espiritual écriada imediatamente por Deus - infundida no corpo gerado pelos pais).
Capítulo IV
Afirmação da historicidade de Adão eEva
Tendo apresentado diversas posiçõescom respeito à criação de Adão e Eva,cabe agora apresentar a nossa posição.Endossamos a posição assumida no seguinte enunciado, referente aos capítulos 1-3 de Gênesis:
É, portanto, necessário afirmar e confessar o qúe estes capítulos ensinam:
1 - A criação ex nihílo - uma criaçãodo nada - como uma obra de seisdias por parte de Deus.
2 - A criação por Deus do primeirohomem, Adão, e da primeira mulher, Eva; e a criação do homemcomo um ser perfeito, raciona;,e responsável, na imagem de Deus,isto é, em verdadeira justiça esantidade, dotado de um perfeitoconhecimento da vontade de Deuse em bem-aventurado relacionamento com seu Criador.
3 - A queda do homem através de umato de desobediência e incredulidade, a conseqüênte perda da imagem de Deus, e a corrupçãode sua natureza (pecado origina!).
4 - A promessa do Salvador.As afirmações dos próprios capí-
tulos são apoiadas e confirmadasespecialmente por todo o NovoTestamento e muitas passagens individuais do mesmo (Rm 5. 12-21;1 Co 15.21 e ss, e 45 e ss.; 1 Co11.7-12; 1Tm 2.13 e s.). Claramente, portanto, a estrutura fatual-histórica da narrativa de Gênesis é· ofundamento indispensável, não somente para a história do povo deDeus que segue, mas para a própria encarnação e redenção. Dentro dessa estrutura, sem dúvida,se encontrarão elementos figurativos. Mas devemos rejeitar todasas interpretações que de qualquermodo minam a realidade (facticity) da própria estrutura, a saber,a sugestão de que a criação e aqueda de Adão e Eva podem sertomadas como não representandopessoas e eventos reais, mas como mitos ou parábolas atemporaísdo que acontece a todo homem. 28
Esta posição vai de encontro tantoà teoria .evoluclonista quanto à moderna teologia liberal. Com referência àprimeira cabe afirmar o que segue:
E claro que o evolucionismo é umamaneira anti-cristã de encarar o mundo. Ele é atersta e basicamente materialista, e expressa a fuga instintivado homem pecador de Deus (ver Rm1.18 e ss.). Ele relativiza todos os absolutos morais e inspira várias filosofias, incluindo ideologias demoniacas que trouxeram incontáveis misérias sobre' milhões de seres humanosem nosso tempo. 29
Enquanto evolução como usualmenteentendida, é, portanto, claramente contrária à Escritura, pode-se perguntar setoda e qualquer especulação evolucionista deve ser rejeitada com base bíblica.Nas palavras abaixo parece dar-se alguma luz neste sentido:
Realmente a Escritura fala muito pouco acerca do mistério do "como" dacriação, e onde a Escritura silencia, aigreja não pode dogmatizar. Se nestas áreas pensadores cristãos sugerema possibilidade de algumas formas ouaspectos de evolução como meios deDeus para criar, então diferenças deopinião sobre tais pontos de vista deveriam ser tratados como não-doutrinários e, portanto, não divisórias da
189
comunhão da igreja. Os claros limites de tal espécie de especulação sãoa autoridade da Escritura em geral. ea historicidade de Adão e Eva em particular, como estas doutrinas são expressas em algum detalhe no presentedocumento e na "The Theses of Agreement and Inerrancy". 30
Necessário se faz ainda apontar alguns aspectos bíblicos para os quais aafirmação da historicidade de Adão eEva é de vital importância, sendo queao mesmo tempo eles corroboram a mesma afirmativa.
Primeiramente lembramos as diversasgenealogias apresentadas na EscrituraSagrada. Nessas genealogias o nomede Adão aparece lado a lado dos nomesde outras personagens histó.ricas. Negar, portanto, a historicidade de Adão eEva implica também em negar a autenticidade dessas genealogias.
Outro fator importante a consideraré o paralelo estabelecido pelo apóstoloPaulo, na carta aos Romanos, em queele justapõe o primeiro e o segundoAdão. Os versículos 12-25 do capítulo5 desta carta, constituem um dos trechosdo Novo Testamento que mais nos obriga a defendermos a historicidade dasprimitivas criaturas humanas. MartinFranzmann faz o seguinte comentário arespeito do paralelo estabelecido nestapassagem:
Tão certo como a grande ação Iibertadora de Cristo foi dele tão somente,e ainda assim envolve e afeta a todos,tão certo também a transgressão deAdão foi sua própria ação e, no entanto, envolve e afeta a todos. O paralelo formal que mais se aproximadeste, nos escritos de Paulo, é 2 Co5.14, onde Paulo assim se expressa
.quanto ao significado da morte deCristo: "Um morreu por todos, logotodos morreram. " Aplicando isto aocontraste entre Cristo e Adão, poderse-ia dizer sem deturpar o pensamento de Paulo: "Um pecou por todos;logo todos' pecaram." Adão pecoucomo cabeça e representante inclusivo de sua espécie. 31Se nós aceitamos essa posição, que
realmente parece apresentar o sentidoque Paulo pretendeu dar às suas paiavras, devemos, caso quisermos ser coerentes, aceitar a historicidade da Adão.
190
O versículo 12 afirma claramente que opecado entrou no mundo por um só homem. Em Gênesis nos é mostrado queeste homem é Adão. Foi dito acimaque Adão pecou como o representantede todos os homens; seu pecado foitransmitido qual doença hereditária a todos os homens (descendentes de Adão).
Sendo assim parece fora de dúvidaque devemos rejeitar opiniões que querem transformar o relato bíblico sobreAdão numa mera apresentação simbólica da origem do homem.
Capítulo V
ConclusãoA questão da aceitação da historici
dade de Adão e Eva é uma questão defé. Se aceitamos a Bíblia como sendo,em todos os seus aspectos; a revelaçaode Deus, então parece não haver outraopção a não ser a de aceitar que Adãoe Eva são personagens histór"icos.
Caso, porém, quisermos passar o re.Iato bíblico pelo crivo da razão enveredaremos" sem dúvida, pelos caminhosda teologia "moderna" e das teorias evolucionistas. Opção que nos ofereceum número de possibilidades não comprovadas.
Optou-se, nesta monografia, pela ~rimeira alternativa: a fé. Acredita-se queas conclusões atingidas dentro desteposicionamento estejam justificadas pelas razões apresentadas no decorrer daexposição.
NOTAS
1 Gerhard Bergmann, Alarm um dieBibel (Gladbeck, Westfalen: Schriftenmissions-Verlag, 1963), p. 26 .
2 Ibid.3 "The Theses of Agreement and Ine
rrancy," The Springfielder, XXXVIII (September, 1973), p. 87.
4 Bergmann, p. 55.5 Júlio Andrade Ferreira, "Mito" na
Terminologia Teológica Contemporânea,"Revista Teológica" (Seminário TeológicoPresbiteriano de Campinas, 1960), p. 35.
6 Ibid., p. 36.7 Ibld., p. 37.8 Ibid.9 Pieter Smulders, "Fé na Criação e
no Evolucionismo,"~ A Redescoberta do
Homem. Do Mito à Antro::~(Petrópolis, RJ: Editora ,!Ç2~2.,.
10 John F. Fritz. --õ ~The Springfielder, XX/,1973), p. 110.
11 James H. Jann:2turns to God (Grand P-,-2 .::;;
Zondervan Publishing ;""2 _::::
12 Claus Westerrna.-Account of Creationtress Press, C. 1954),
13 Ibid., p. 25.14 Ibid., p. 26.15 Ibid.16 Smulders, p. R~":17 Ibid., p. 63.18 Ibid.19 Mysterium Salutis. 0:i
Dogmática Histórico·Sa\-.-tf::~do por Johannes Feine " §rer. RJ: Editora VC;2~ó .Lp. 8,9.
20 Harvey Coxo A c;~~(Tradução de Jovelin: ::=".",.,
Myra Ramos. RJ: Ed::c= ?1968), p.33.
21 Mysterium SaluUs 22 Ibid., p. 15.23 Ibid., p. 16.17.24 Smulders, p. e"c: =..:.
25 Ibid., p. 79.26 Ibid., p. 75.27 Mysterium SaÍtit1s28 The Theses of A9;c~
rrancy, p. 86,87:29 Ibid., p. 87.8330 Ibid., p. 88.31 Martin H. F's-:-" --",
Romanos (Traduzido 02' ',":il
K. Rehfeldt. Porto .~&:;c~ Cdora Concórdia, 1972 c:- 3i:
--:(,=--
: 12 afirma claramente que o":u no mundo por um só hoGênesis nos é mostrado que
,.,..' é Adão. Foi dito acima:cecou como o representante
: 3 homens; seu pecado foiqual doença hereditária a to-
isns (descendentes de Adão),2-ssim parece fora de dúviaa:)3 rejeitar opiniões que que:rmar o relato bíblico sobre2. mera apresentação simbó::Jem do homem.
Capítulo V
Conclusão:ão da aceitação da historicijão e Eva é uma questão des'tamos a Bíblia como sendo,:8 seus aspectos, a revelaçao?rltão parece não haver outra~o ser a de aceitar que Adão
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e. nesta monografia, pela ~rinativa: a fé. Acredita-se que35es atingidas dentro desteento estejam justíficaaas pe-apresentadas no decorrer da
NOTAS
~rd Bergmann, Alarm um diebeck, Westfalen: Schriftenmis" 1963), p. 26.
Theses of Agreement and Ineie Springfielder, XXXVIII (Sep73), p. 87.nann, p. 55.Andrade Ferreira, "Mito" na
a Teológica Contemporânea,iológica" (Seminário Teológico'o de Campinas, 1960), p. 35.p. 36.p. 37.
Smulders, "Fé na Criação e)nismo," A Redescoberta do
Homem. Do Mito à Antropologia Crítica(Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1970), p.71
10 John F. Fritz, "The Beginnings,"The Springfielder, XXXVII! (September,1973), p. 110.
11 James H. Janncey, Science Returns to God (Grand Rapids, Michigan:Zondervan Publishing House, 1972), p. 53.
12 Claus Westermann, The GenesisAccount of Creation (Phíladelphia: Fortress Press, c. 1964), p. 24.
13 Ibid., p. 25.14 Ibid., p. 26.15 Ibid.16 Smulders, p. 61,62.17 Ibid., p. 63.18 Ibid.19 Mysterium Salutis. Compêndio de
Dogmática Histórico-Salvífica, 11/3 (Editado por Johannes Feiner e Magnus Lohrer. RJ: Editora Vozes Uda., 1972),p. 8,9.
20 Harvey Cox, A Cidade do Homem(Tradução de Jovelino Pereira Ramos eMyra Ramos. RJ: Editora Paz e Terra',1968), p.33.
21 Mysterium Salutis, p. 21.22 Ibid., p. 15.23 Ibid., p. 16,17.24 Smulders, p. 63,64.25 Ibid., p. 79.26 Ibid., p. 75.27 Mysterium Saiutis, p. 10.28 The Theses of Agreement and Ine-
rrancy, p. 86,87:29 Ibid., p. 87,88.30 Ibid., p. 88.31 Martin H. Franzmann, Carta aos
Romanos (Traduzido por Mário e GladisK. Rehfeldt. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia, 1972), p. 80.
--;(,õ--
TRADUÇÃO DA PALAVRAPARA 11ALMAII NO
ANTIGO TESTAMENTO
Dr. Heber F. Peacock"The Bible Tranlator" 27,2,216ss
(Trad. e Anotado W. Kunstmann)
A palavra hebraica geralmente traduzida com "alma" em traduções ao péda letra, se acha mais de 750 vezes noAT. Mas apenas algumas vezes a tradução "alma" é adequada ao sentido dohebraico. Muito mais vezes a palavraquer dizer cousas como "garganta","desejo", "ser interior (inner being)","vida", "pessoa", e às vezes é usadano mesmo sentido como nós íamos empregar um pronome pessoal.
Num artigo como este é impossíveldizer exatamente como cada passagembíblica devia ser traduzida para cada umdos idiomas, mas talvez seja útil apresentar alguns exemplos dos diferentesusos da palavra. O tradutor pode usaros exemplos seguintes como guia paracontrolar o sentido de sua própria tradução. Talvez também ache útil comparar com atenção cada uma das ilustrações para ter a certeza que compreende aquilo que o texto bíblico pretende dizer. Só então será capaz a decidir qual a maneira melhor de traduzirpassagens a King James-Version (KJV),a Revised-Standard-Version (RSV) e aNew-English-Bible (NEB) serão citados,sendo o vocábulo para "alma" impressoem grifo. *
(1) Comecemos com algumas passagens nas quais o vocábulo para "alma"de fato significa "garganta". Confere,p. ex. Pv 25.25
KJV: como água fresca para uma.. alma sedenta
RSV: idemNEB: como água fresca para a garganta quanto esta está seca(AR: como água fria para o sedentO)
O tradutor desta, por sua própria conta,acrescentará, entre Parêntese, a passagem como a achamos na nossa AImeida Revista e Atualizada.
191
Nesta e em outras passagens, ondeo tema maior á algo para comer e beber, a palavra claramente se refere a garganta. Por extensão também seria possível compreender a palavra como referindo-se a uma "pessoa sedenta". O mesmo significado acha-se em Is 29.8:
KJV: sua alma é vaziaRSV: sua fome não é saciadaNEB : a achar-se vazio(AR: sente-se vazio (= o faminto)
Em Is 5.14 é encontrado o mesmosignificado, mas aqui a figura é extendida à morte, como se fosse uma pessoa:
KJV: o IIlferno se alargouRSV: Sheol alargou seu apetiteNEB: Sheol está aberto com garganta tensa(AR: aumentou o seu apetite)
A significação essencial da palavra é'garganta". Isto fica ciaro pele fato de
na linha seguinte a palavra pai alela ser"boca". A palavra traduzido. "inferno"ou "Sheo!" se refere ao mundo dos mortos. A morte é ilustrada como sendo algum enorme gigante que abre a sua boca e garganta para engolir a pessoaquando esta morre. Em algumas traduções não seria possível manter a idéia figurativa, que o mundo, dos mortos é como um enorme gigante que abre sua boca e garganta. Talvez seja necessário usar algo parecido como "o mundo dosmortos tem grande apetite", ou até "amorte está pronta para levar emboragrandes multidões de gente".
(2) A palavra também é usada demaneira um pouco diferente, assim que"garganta" está em lugar da parte docorpo que respira, ao invés da parte do
'c.orpo que está necessitando algo paracomer e beber. Nestes casos, a palavra tem quase o sentido de "respiração"(hálito). Vê Jó 11.20:
KJS : sua esperança será como orender do espírito (ghost)RSV: sua esperança é de respirs!rseu últhroNEB: sua esperança é desespero(AR: sua esperança será o render
do espírito)E nota o uso em Gn 35.10:
KJV: sua alma estava partindoRSV: idemNEB : com seu último hálito(AR: ao sair-lhe a alma)
192
(3) A palavra também significa "pescoço" como o exterior da garganta. Confere Jr 4.10:
KJV: a espada alcançou até à almaRSV: a espada tem alcançado aprópria vida delesNEB: a espada se acha às nossasgargantas(AR: A espada lhe penetra até à
alma)Confere também tais passagens comoSi 69.1 onde está bem claro que a significação do vocábulo é "pescoço":
KJV: as águas estão entrando atéà minha almaRSV: as águas subiram até ao meupescoçoNEB: idem(AR: as águas me sobem até à al
ma)Também no SI 105.18 o hebraico
usa a mesma palavra que seguidamenteé traduzida como "alma", mas a referência a "ferros", e a menção de "pés"na linha anterior torna evidente que"pescoço" é o sentido:
KJV: ele foi posto em ferrosRSV: seu pescoço foi posto em umcolar de ferroNEB: um colar de ferro apertou seupescoço(AR: a quem puseram em ferros)
A palavra, assim, evidentemente serefere a uma parte do corpo e é, em umsentido, um símbolo para um homem emaperto ou em perigo. A garganta ou opescoço é quase uma figura para fome,sede, hálito e o próprio homem exposto ao perigo.
(4) O vocábulo traduzido "alma" pode também ter significado de "necessidade" (want) ou "desejo". Em taispassagens como Dt 14.26, onde a causa desejada. é algo para se comer oubeber, está bem perto de se assumir quea garganta é vista como centro do desejar e necessitar:
KJV: tudo que a tua alma desejaRSV: tudo que almeja teu apetiteNEB: tudo que tu desejas(AR: o que deseja a tua alma)
Ma3 a mesma palavra é usada atéquando outras causas são objeto do desejo. Em tais passagens se torna claroque a garganta não está em foco. Antes o vocábulo para "alma" se refereaos desejos intrínsecos em geral. É
quase sua cobiça que é ~ õ';l
mo sujeito do desejo. Coe'"',,,KJV: a alma do pervs c~: ~RSV: idemNEB: o homem 0'2'.,,'0<com mal(AR: a alma do os'.'; o:)mal)
Note que a NEB rã.:o vocábulo para "a1!T:2" ".~parte interior do hOf"e- - ~ceu, que o desejo é:=.'õ,,==homem. mas reconheç-=~ ~G care.cterfstica de ;....: ::-~
Até ern mU:T2S :=-::~'':::7objeto do desele ~ =7_=
parte de h:,me- c_e e-:o: __sede de De.;:, ·:'-:e:: ,:::ê'lalma~~ é '....:53.:·: ::=·~:'::=-=-=_::>E
do homs!T: ~::=. :o:::: _ ~anela por De_= = =. =
KJV: 2::pós tiRSV: .,,':': - ~.': 'epor ti. 6 :"'.'NEB : a':,5'- ~_Deus(AR: ass1C'" --,
a minha alma(5) A palavre :='-:7
simbolizar o cer1:'e: ::::0
homem ou aquilo e:_= :: :~"=
de disposição erne:e:o-e ',ê;J
ma" como alguma :e-ê' :- -;:;a inteira idéia de ~:-ê'- ::::i
nagem sensível. qUê' :o 0:0---;;;Em Êx 23.9 note c: ....: -1am exprimir esta i::s e _';2c~(coração) como o ee:_' :o 7-""símbolo para home- : o- o =;;;
KJV: vós con;-,eoe" - '"""forasteiroRSV: idemNEB : vós con;"eoê': ~se sente por se' ""'-"-'Ji(AR: vós conhecê''' ' ,
forasteiro)A "alma" é imE.g;,,=:~ -::~
tro de toda espécie :e 5:0 :;;
clusive tais como ócio :o :-,3imina 2 Sm 5.8:
KJV: que são h
de DaviRSV: idemNEB : os inimiºo~ 'T'r~r:_~(AR: a quem e aim=: o~rece)
: a.'avra também significa "pes: ') exterior da garganta, Can-
a. espada alcançou até à almas. espada tem alcançado a
a. vida deless. espada se acha às nossas
lIas.ó, espada lhe penetra até à
ô"bém tais passagens como':;e está bem claro que a sig:::; vocábulo é "pescoço":as águas estão entrando até-a almaas águas subiram até ao meu;0idem
as águas me sobem até à al-
.,., no SI 105.i8 o hebraico;ma palavra que seguidamente6. como "alma", mas a refe'erros", e a menção de "pés"anterior torna evidente queé o sentido:
ele foi posto em ferrosseu pescoço foi posto em umde ferroJm colar de ferro apertou seu?O
a quem puseram em ferros)\/ra, assim, evidentemente se':02 parte do corpo e é, em umê símbolo para um homem emem perigo. A garganta ou oquase uma figura para fome,
G e o próprio homem expos:go.'ocábulo traduzido "alma" po, ter significado de "necessimt) ou "desejo". Em taiscomo Dt 14.26, onde a cou
'a é algo para se comer oubem perto de se assumir queé vista como centro do de
,cessitar:
tudo que a tua alma desejatudo que almeja teu apetitetudo que tu desejaso que deseja a tua alma)mesma palavra é usada até
tras causas são objeto do detais passagens se torna claro
;anta não está em foco. Anábulo para "alma" se refereos intrínsecos em geral. E
quase sua cobiça que é imaginada como sujeito do desejo. Confere Pv 21.10:
KJV: a alma do perverso deseja malRSV: idemNEB: o homem perverso ocupa-secom mal(AR: a alma do perverso deseja o
mal)Note que a NEB não tentou traduzir
o vocábulo para "alma" como algumaparte interior do homem, mas reconheceu, que o desejo é caracteristica dohomem, mas reconheceu, que o desejar:3 característica do homem inteiro.
Até em muitas passagens, onde oobjeto do desejo é Deus, não é umaparte do homem que anele por, ou temsede de Deus. Antes o vocábulo para"alma" é usado para expressar o desejodo homem total; é o próprio homem queanela por Deus. Veja SI 42.1:
KJV: assim arqueja minha alma após ti, ó DeusRSV: assim suspira a minha almapor ti, ó DeusNEB: assim eu suspiro por ti, óDeus(AR: assim, por ti, ó Deus, suspira
a minha alma)(5) A palavra também é usada para
simbolizar o centro dos sentimentos dohomem ou aquilo que podemos chamarde disposição emocional. Não é a "alma"como alguma parte do homem, masa inteira idéia do homem, como personagem sensível, que é central.Em Êx 23.9 note como KJV e RSV tentam exprimir esta idéia usando "heart"(coração) como o equivalente inglês dosímbolo para homem como ser sensível:
KJV: vós conheceis o coração dumforasteiroRSV: idemNEB : vós conheceis como alguémse sente por ser extrangeiro(AR: vós conheceis (\ coração do
forasteiro)A "alma" é imaginada como o cen
tro de toda espécie de sentimentos, inclusive tais como ódio e tristeza. Examina 2 Sm 5.8:
KJV: que são odiados pela almade DaviRSV: idemNEB : os inimigos mordazes de Davi(AR: a quem a alma de Daví abor
rece)
Nota-se que a NEB muda o foco etraduz a idéia sem usar uma palavra para alguma parte interior do homem. Uhomem todo se acha envolvido no sentimento. A mesma causa acontece emtais passagens como Jr 13.17:
KJV: a minha alma chorará (shallweep)RSV: idem (will weep)NEB: Eu somente posso chorar(AR: a minha alma chorará)
(6) Existem também muitas passagens nas quais o vocábulo "alma" somente pode significar a própria vida,por exemplo como NEB traduz Si 30.3:
KJV: tu fizeste subir minha almado túmuloRSV: tu fizeste subir minha almado SheolNEB : tu me fizeste subir do Sheol(AR: da cova fizeste subir minha
alma)Se considerarmos o versiculo todo,
que a pessoa tem sido devolvida à vida.torna-se claro que o sentimento deve serporque foi trazida de volta do mundo dosmortos.
O vocábulo também é usado referente à vida animal, onde fica óbvio que asignificação não é "alma" no sentido usual da paiavra, mas no da vida em si.Isto fica claro em todas as traduçõesde Pv 7.23:
KJV: isto é para sua vidaRSV: que isto lhe custará a suavidaNEB: ele estava arriscando sua vida(AR: isto lhe custará a vida)
Também em tais passagens, comoDt 12.23, está claro que devemos compreender o vocábulo para "alma" no sentido de "vida", como foi feito por todasas traduções:
KJV: o sangue é a vidaRSV: idemNEB: idem(AR: pois o sangue é a vida)
(7) Em um número de passagens doAT fica claro que "alma" ou "vida" nãoé algo que o homem possui. Antes, aidéia é, que o homem inteiro (as a whole) é vida; ele é causa viva. Isto significa que muitas vezes a palavra para "alma" deve ser traduzida "pessoa" ou"ser". Isto é bem claro em tais versícuIas como Gn 2.7:
193
KJV: o homem se tornou uma almaviventeRSV: o homem se tornou um serviventeNEB: o homem se tornou uma criatura vivente(AR: o homem passou a ser alma
vivente)Em Lv 17.10 é achado um uso si
milar, e uma palavra como "pessoa" deve ser empregada na tradução, se o sentido é para ser esclarecido:
KJV: me voltarei contra aquela alma
RSV: me voltarei contra aquela pessoa
NEB: me voltarei contra aquele eomedor(AR: contra ele me voltarei)
Note que a NEB substitui "pessoa"com aquele, a quem "pessoa" se refere.
(8) Com o uso do vocábulo como"pessoa" estam os colocados muito pel"to da possibilidade de usar a palavra nosentido de "homem" ou "humanidade".A palavra muitas vezes é usada destamaneira; é também usada simplesmentecomo pronome. Para tomar um exemplo, confere Lv 24.17, onde a palavrapara "alma" tem sido traduzida "homem":
KJV: aquele que matou qualquerhomemRSV: aquele que mata um homemNEB: caso um homem ferir outroe o matar(AR: quem matar a alguém)
O mesmo uso do vocábulo para "alma" se acha referente a anirnais. Ocontexto deixa claro que a idéia geralé compreendida. Confere Lv 24.18:
KJV: quem matar um animalRSV: aquele que mata um animalNEB: todo aquele que fere um animal e o mata(AR: quem matar um animal
Quando a palavra é usada com "todo", fica claro que o sentido é "cadaum". Em Gn 46.15 é contado cada um:
KJV: todas as almas de seus filhosRSV: conjuntamente os seus filhosNEB: seus filhos(AR: todas as pessoas de seus fi
lhos)Note que na NEB o contexto em si
é suficiente para indicar, que a palavra
194
quer dizer "cada um", e não é traduzida diretamente.
O uso do vocábulo para "alma" como um pronome é óbvio em um número de passagens, onde o pronome daprimeira pessoa é entendido. Vê Gn 27.4:
KJV: que minha alma te abençoeRSV: que eu te abençoeNEB : que eu te dê uma bênção(AR: para que eu coma e te aben
çoa)Estas poucas ilustrações não bastam
para cobrir todas as várias significaçõesda palavra para "alma" no AT. Mas deviam mostrar ao tradutor como é importante compreender a larga extensão dasignificação da palavra. Os versículoscitados também deviam advertir o tradutor que nunca se deve traduzir a palavra (ou qualquer outra questão) sem cuidadosamente atender para o sentido geral da· passagem que defronta, ou semconsiderar os vários sentidos possíveisda palavra.Nota do tradutor. - O trabalho acima apresentado em tradução serve para ilustrar em geral as possibilidades de ostradutores chegarem a traduções levemente divergentes sem, entretanto, ferira imutabilidade do texto original inspirado. Para nós, porém, em certo sentido o exemplo escolhido é significativo.Conhecemos as possibilidades enumeradas, mas para nós o sentido geral eprimário de "néphesh = psyché - alma"é basicamente igual no AT como no NT.Os tradutores da Septuaginta eram israelitas vetera-testamentários, mas traduzem "néphesh" com "psyché" na quasetotalidade dos casos. E quem é queprova que só os gregos deram à "alma"o sentido neo-testamentário? O dicionário de Koehler-Baumgarten dedica nadamenos do que 3 3/4 colunas a "néphesh"e traz as seguintes significações (a queo autor do trabalho acima se agarrou,aparentemente):" 1 - garganta; 2 - alma(não no sentido grego); 3 - ser vivente;4 - gente, homem; 5 - hálito, alma, personalidade; 6 - cada um, todo que; 7 - vida; 8 - hálito, alma como centro de emoções e sentimentos (vontade). - O dicionário novo de de Gruyter, seguindo a linha pré-traçada de K-B, traz mais oumenos o mesmo, acrescentando, tambémele, a "alma"; "não no sentido grego". Podemos imaginar, p. ex. SI 103.1, sub-
stituindo "alma" por "º2'::2~~ço" etc. "Interior" a;~ç=. '~"'=
já por causa da paras =. jhá em mim", Confere ::- ::;;sagens como Gn 2,7' - SSi 31.5; 146.4; Ec 12.7 -: ,:",Poderíamos aumentar e~:~= ';i
tos outros exemplos. =.::;;gsa parte imortal, ina!ad2 ::'~do corpo se separa na -:'2que, na ressurreição 22'=' ,o corpo, que recebe :': : e~aceitação em filiação ,~ ::seqüências do pecado. ,2 2::"juntamente com o c:::: .;E isto é ensinado tant: -: ~NT. Confessamos q"" :2;];"corpo e alma". O ,,-:::2'~nalista que lamentavei~e -2 ;teologia, nega a idé:2 :2 """alma" no AT. Eis::se reflete também n: ~_.~bom e útil, acima a:::-222-'3;
PROF. Dr. HER,\,<i
SASSE[ DD -Um dos grandes
nestes tempos do fi,,-·. ~, 2'seu Senhor e Deus :2·2vale de lágrimas paradeira, da qual foi - ~22 -:: iterra - cidadão abe-; ::,,::~8asse, um dos país e~:: '7_3!Jassinado, fechou os e'~:: :3;':do, a fim de ser ir2::::<: "3!!guarda da milícia do 3e' - :ro exército dos 144000", .. que vêm da gran:e :--.i
varam suas vestiduras, e 2~ jsangue do Cordeíro.'=:~:acham diante do trone ::': J;;vem de dia e de noite -: 5iii
e aquele que se asse-:.:: C!
tenderá sobre eles c se~ ~Foi no oitavo dC:T,'n;: ~
dia 8 de agosto deste s':: ~via, recentemente, (nas::2_ ~lho de 1895) compie:s::: sde existência terrena, 3e_stais foram postos à cs::::o:anhor de sua ressureiç§: -;
"cada um", e não é tradus-nente.
do vocábulo para "alma" co'~nome é óbvio em um núme:ssagens, onde o pronome daassoa é entendido. Vê Gn 27.4:que minha alma te abençoeque eu te abençoeque eu te dê uma bênçãopara que eu coma e te aben-
poucas ilustrações não bastamr todas as várias significações
, para "alma" no AT. Mas de'rar ao tradutor como é impor'preender a larga extensão dal) da palavra. Os versículosmbém deviam advertir o traduunca se deve traduzir a pala.aiquer outra questão) sem cui~te atender para o sentido ge'ssagem que defronta, ou sem
os vários sentidos possíveis
:radutor. - O trabalho acima aJ em tradução serve para i1us;eral as possibilidades de os
chegarem a traduções leve'ergentes sem, entretanto, ferir:idade do texto original inspira nós, porém, em certo senti,mplo escolhido é significativo.os as possibilidades enumera-para nós o sentido geral e
ie "néphesh = psyché - alma"lente igual no AT como no NT.Jres da Septuaginta eram israero-testamentários, mas traduhesh" com "psyché" na quasedos casos. E quem é quesó os gregos deram à "alma"neo-testamentário? O dicioná-
)ehler-Baumgarten dedica nadaque 3 3/4 colunas a "néphesh"seguintes significações (a que
jo trabalho acima se agarrou,ente):" 1 - garganta; 2 - alma;entido grego); 3 - ser vivente;
homem; 5 - hálito, alma, per~; 6 - cada um, todo que; 7 - vi;ao, alma como centro de em0sntimentos (vontade). - O dici/0 de de Gruyter, seguindo a Iiraçada de K-B, traz mais oumesmo, acrescentando, também-na": "não no sentido grego". imaginar, p. ex. SI 103.1, sub-
stituindo "alma" por "garganta", "pescoço" etc. "Interior" ainda seria possível,já por causa da paralela: "e tudo quehá em mim". Confere com atenção passagens como Gn 2.7; 7.15; Jó 12.10;S1 31.5; 146.4; Ec 12.7 no seu contexto.Poderiamos aumentar esta lista por muitos outros exemplos. É a alma, a nossa parte imortal, inalada por Deus, quedo corpo se separa na hora da morte eque, na ressurreição será reunida como corpo, que recebe de Deus perdão eaceitação em filiação, ou sofre as conseqüências do pecado, já aqui, e depois,juntamente com o corpo, eternamente.E isto é ensinado tanto no AT como noNT. Confessamos que Deus nos deu"corpo e alma". O modernismo racionalista que lamentavelmente penetrou nateologia, nega a idéia da existência da"alma" no AT. E isto, de certo modo,se reflete também no trabalho, em sibom e útil, acima apresentado.
PROF. Or. HERMANNSASSE, 00 -;
Um dos grandes no Reino de Deus,nestes tempos do fim, foi chamado porseu Senhor e Deus para partir destevale de lágrimas para sua pátria verdadeira, da qual foi - mesmo peregrino naterra - cidadão abençoado. HermannSasse, um dos pais espirituais do abáixoassinado, fechou os olhos para este mundo, a fim de ser transportado, da vanguarda da milícia do Senhor Jesus, parao exército dos 144.000 de Ap 7.14,15," ... que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram nosangue do Cordeiro, razão por que seacham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário;e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo".
Foi no oitavo domingo da Trindade,dia 8 de agosto deste ano de 1976. Havia, recentemente, (nasceu em 17 de julho de 1895) completado seu 81.0 anode existência te"rena. Seus restos mortais foram postos à disposição do Senhor de sua ressureição, no dia 12 de
agosto, na terra da cidade de seu refú'gio terreno, Adelaide, Austrália do Sul.
Dr. Hermann Sasse tornou-se um dosesteios do luteranismo confessionalquando se negou a assinar e subscrevera "Declaração de Barmen", aquele mundialmente conhecido documento, elaborado em protesto às perseguições da política eclesiástica dos partidários de Hitler contra a Igreja Confessional Evangélica da Alemanha. Hermann Sasse, noinício estava muito a favor desta declaração; ele mesmo participou na elaboração das Teses. No entanto, quandoos teólogos ao redor de Karl Barth introduziram elementos calvinistas-existencialistas na formulação final da declaração, protestou e, segundo explicaçõesdadas pessoalmente ao abaixo assinado, não subscreveu. - Certamente nãoporque foi nazista. Ao contrário: sofreumeses horríveis em campos de concentração do nazismo por causa de suafirme posição confessional. Negou-se asubscrever a afamada "Declaração" porsua absoluta fidelidade às Confissões daIgreja Luterana.
Esta absoluta fidelidade às Confissões Luteranas, também o fez protestarcontra aquela aglomeração de igrejas deposições confessionais diferentes na igreja Evangélica da Alemanha (EKiD), quando a sua própria igreja, a Igreja Luterana da Bavária, se afiliou à EKiD. Desligou-se desta Igreja e também demitiuse do seu. alto cargo de Professor deTeologia na Universidade de Erlangen.Amava tanto a verdade, como ele a tinha conhecido, que em 1949 emigrou comsua família para a Austrália. Aqui elede novo pôde viver e ensinar segundosua consciência. Desde aquele ano atéo ano passado, por mais de 25 anos, serviu à Igreja Evangélica Luterana naAustrália na capacidade de professor deTeologia Sistemática e História Eclesiástica na Faculdade de Teologia do "Immanuel Theological Seminary" na cidade de Adelaide, Austrália do Sul. Namão de Deus lá ele tornou-se o instrumento mais decisivo na unificação dasduas igejas luteranas, de modo que agora em todo aquele continente só existe uma única Igreja Luterana.
Sua voz - mesmo de longe - foi ouvida em todo o mundo teológico atravésdas suas "Cartas" - "Briefe an lutheri-
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sche Pastoren" - que por muitos anosregularmente foram por ele escritas e emgrande parte republicadas na revista teológica "Lutherische Blatter", que neste ano já tem 28 anos de existência, soba redação de um dos grandes amigos ediscípulos de Hermann Sasse, o Dr. Friedrich Wilhelm Hopf. Nestas cartas(das quais também a "Igreja Luterana"publicou, através de vários anos, maisou menos uma dezena) sua voz se ouviu em respostas à questões fundamentais de Teologia, tais como: A Igreja deCristo e sua verdadeira Unidade; A Origem, Forma e Significância das Confissões da Igreja, desde os inícios até onosso século; Os Sacramentos da Igreja, especialmente a Santa Ceia; A Autoridade e a Inspiração das Escrituras Sagradas, etc. Em todas estas questõesele procurava e achava as respostas daBíblia, demonstrando-se um verdadeiroconfessor e defensor das verdades biblicas contra todas as aberrações e interpretações espúrias.
Uma das suas obras mais profundasfoi traduzida para a língua brasileira porMário Rehfeldt, sob o título "Isto é omeu corpo" (Ed. CPC), um livro em queHermann Sasse expõe, de uma maneirainequívoca, a doutrina bíblica da Presença Real de Cristo na Santa Ceia, doutrina defendida também pelas Confis-
sões da Igreja Luterana. - Friedrich WiI-.helm Hopf colecionou os mais destacados trabalhos teológicos, ensaios e artigos, que durante os anos foram publicados em diferentes revistas e jornaisteológicos, em dois volumes sob o título "In Statu Confessionis": um verdadeiro monumento dedicado a este "grande", porém muito humilde confessor eservo do seu Senhor Jesus Cristo, quefoi o nosso querido amigo e mestre, oDr. Hermann Sasse.
Escreve Dr. Friedrich Wilhelm Hopfem memória do Hermann Sasse, no número 113 de "Lutherische Blatter":
"Por cima da vida e da morte destehomem de Deus está escrito o que confessamos no terceiro artigo;
Tenho cridono Espírito Santo,na Santa Igreja Cristã, a Comunhãodos Santos,na Remissão dos pecados,na Ressurreição da carnee na vida Eterna. Amém."
Sim, dele, com verdade, pode serdito o que lemos em Dn 12.3: "Os queforam sábios, resplandecerão como ofulgor do firmamento; e os que muitosconduziram à justiça, como as estrelassempre e eternamente."
Johannes H. Rottmann
DEVOCION
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·S,= Luterana. - Friedrich WiI-_::iecionou os mais destaca:s teológicos, ensaios e ar:",rante os anos foram publi-:fferentes revistas e jornaisem dois volumes sob o títu
" Confessionis": um verdadei;~'o dedicado a este "gran-
muito humilde confessor e'eu Senhor Jesus Cristo, que: querido amigo e mestre, o-: Sasse.
Dr. Friedrich Wilhelm Hopf2. do Hermann Sasse, no nú:8 "Lutherische Bléitter"::a da vida e da morte desteDeus está escrito o que cono terceiro artigo:crido
)rrito Santo,,ta Igreja Cristã, a Comunhão,ntos,nissão dos pecados,;surreição da carne.'ida Eterna. Amém."
,Ie, com verdade, pode serlemos em Dn 12.3: "Os que
os, resplandecerão como o'!rmamento; e os que muitos
à justiça, como as estrelaseternamente."
Johannes H. Rottmann
DEVOCIONAL
A IMAGEfYl DO CRISTÃO(Meditação: SI 51.5-9)
Th. Reuter
V.5: "Eu nasci na iniqüidade, e empecado me concebeu minha mãe." Aprocriação em si não é algo pecaminoso, pois faz parte da ordem criadora divina (Gn 1.28). Por esta razão tambémdepois da queda não pode constituir pecado. Este versículo antes fala do efeito que o primeiro pecado teve para coma humanidade inteira, e por isso paracomigo também. Pela procriação umageração passa o pecado, característicodo homem depois da queda, à outra geração; meus pais o passaram a mim.Para apagar o conhecimento desta verdade, o diabo inventou um truque pérfido, a saber, a mentira grosseira da evolução. Segundo esta, o homem deviaser descendência do animal, tendo-sedesenvolvido no percorrer de milhõesde anos ao estado atual. Seria lógico,que deste modo o homem não podia serpecaminoso, pois o animal, seu supostoante passado, não tem alma, nem espírito, nem livre-arbítrio. O mal no homem destarte não teria nada a ver commoral, mas seria somente um característico do seu estado primitivo. Não existiria assim na história humana a quedanem o pecado original, nem culpa hereditária. Confrontando com esta afirmação tenho que decidir-me: ou aceito averdade divina no tocante ao meu estado natural, ou então concordo com opai da mentira, colocando-me no mesmonível com os animais que não tem alma,logrando-me a mim mesmo, querendoesquivar-me da responsabilidade que tenho diante de Deus.Outro truque diabólico nesta conexão éa idéia de o homem nascer em inocência e se tornar mau somente pelo convívio com maus elementos. Cederei eua este logro satânico ou farei uso daminha reflexão? Basta observar uma cri-
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ança ao mentir pela primeira vez, ao dizer propositadamente uma mentira paraproteger-se contra qualquer conseqüência :como não está corando tal criança!Vejo até que aqui se manifesta que "docoração precedem os maus pensamentos .. falsos testemunhos" (Mt 15.19) eque "a norma da lei, gravada nos seuscorações, testemunha-Ihes a consciênciae os pensamentos mutuamente acusando-se" (Rm 2.15). Todavia o diabo tencioha levar-me à convicção de que omal, provindo só de fora, podia ser vencido por mim mesmo, mediante um bomcarater e por energia própria, sastifazendo destarte as exigências de Deus e merecendo seu bom agrado. Quero eu iludir-me tão grosseiramente, ou quero levar a sério minha consciência acusadora? Sim, quero conscientizar-me do meuestado natural assim como o Deus onisciente me vê a mim: "Nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minhamãe."
V.6: "Eis que te comprazes na verdade no íntimo, e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria."O olhar de Deus penetra no interior. Estando a norma. da lei gravada no meu coração, encontro ainda a lei do Senhorpor extenso na Bíblia. Estas duas realidades confrontam-me com a vontadede Deus pelo que toca não somente àsminhas ações e palavras, aos meuspensamentos, gestos· e feições, mas também, às minhas omissões e até ao meuser inteiro. A Bíblia diz, resumindo toda a vontade de Deus a nosso respeito:"Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo" (Lv 19.1). Deus olha o meu interior e vê minha reaçãofrente à sua lei. Quer ver contrição. Devo arrepender-me, reconhecendo que nãosou como devo ser, que não faço o queele manda, mas faço o que ele proíbe.E Deus compara o que confesso com a
. boca com o que vê no meu coração. Sebem que eu confesse: "Sou pecador",é possível que meus pensamentos acham: "Não sou pior do que os outros,pois todos são pecadores." Deste modo escondo-me no anonimato do mundopecador. Penso que posso esquivar-medo olhar de Deus como Adão e Eva atrásdos arbustos. Deus, porém, procura sinceridade e veracidade comigo mesmo.Quer que eu me veja a sós com o Deus
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santo, quer qué eu sinta não estar conforme a norma divina, quer que eu reconheça ter ofendido a santidade delee ter merecido a condenação eterna.Deste modo, todavia, ainda não me torneicristão. O arrependimento acima descrito pode ser um tal "que traz pesar" (2Co 8.10), como o vejo em Caim que pensou não haver maneira para Deus endireitar sua situação de assassino (Gn 4.13). "Caim se retirou da presença doSenhor" (v.16), isto é, do lugar onde Deus fez "conhecer a sabedoria no recôndito". Na família de Adão vivia a fé noDeus de amor que prometera salvaçãoaos pecadores. Este amor é a "sabedoria no recôndito" do coração de Deus,revelada nas promessas divinas, no santoevangelho.O arrependimento que não traz pesar,diz: "Que vergonha! Ofendi ao Deus deamor! Concorri em crucificar o Filho deDeus e empurrá-Io à morte. Meus pecados são os cravos que o prenderam àcruz, que o fizeram gemer: 'Deus meu,Deus meu, por que me desamparaste?'"Sentir doridamente' a vergonha de ter agido contra este santo Deus do amor, istoé verdadeiro arrependimento e contrição.Que Deus mos conceda!
V.7: "Purifica-me com hissôpo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve."Vejo que no Antigo Testamento observaram-se ritos de purificação. Num destes,o sangue de um animal imolado se aspergiu por meio dum ramo de hissôposobre a pessoa a ser purificada. Numoutro, cumpriram-se lavagens cerimoniais.Davi se refere parabolicamente a estesritos, pedindo que Deus, de um modosemelhante, porém mais sublime, efetuea purificação de Davi. É óbvio, que essa não é conseguida por sangue de animal ou água simples. Vejo que todosos detalhes do culto do Antigo Testamento são tipos daquilo que Deus prometeu fazer para a redenção. Vejo quesão sombras do corpo que havia de vir(CI 2.17), a saber, o Cristo. Diz a cartaaos Hebreus (9.13,14): "Se o sangue debode e de touros santifica os contaminados quanto à purificação da carne,muito mais o sangue de Cristo purificaa nossa consciência." E João escreve(1 Jo 1.7): "O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." A
gota mínima pode da' ::_.""todo o mundo, o Iiberta,,:;::- .;ji
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feito dela com um fenõ,~s-J;miliar aos habitantes da:_2:'rando o cume Hermom, =- 5E;ieterna lá, aquela pureza :2;:pura e não contaminada::'lve se oferece à vista, t2: ;;pureza que o batismo e'E;i"sem mácula ou cousa 5e"5.27). Dela Paul Gerra-:hino natalício: ','Louvo eç _-zvisto. Limpo estou, jus:: ,.mor de Cristo." Excia--:,"Agora, pois, nenhuma ::-;;para os que estão es(Rm 8.1).
V.8: "Faze-me ouvir jút~para que exultem os OS5-~gaste."Nova tão sublime não ;:::::"só de raciocínios, bem C_-2
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corri em crucificar o Filho deiQurrá-lo à morte. Meus pecas cravos que o prenderam ào fizeram gemer: 'Deus meu,
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)urifica-me com hissôpo, e fio; lava-me, e ficarei mais aineve."10 Antigo Testamento observas de purificação. Num destes,de um animal imolado se as-
meio dum ramo de hissôpoassoa a ser purificada. Numpriram-se lavagens cerimoniais.;fere parabolicamente a estesndo que Deus, de um modo'. porém mais sublime, efetueão de Davi. É óbvio, que es:onseguida por sangue de aniJua simples. Vejo que todos'8 do culto do Antigo Testa-
tipos daquilo que Deus pro,r para a redenção. Vejo queas do corpo que havia de vira saber, o Cristo. Diz a cartaiJS (9.13,14): "Se o sangue de; touros santifica os contami,nto à purificação da carne,; o sangue de Cristo purifica:onsciência." E João escreve
"O sangue de Jesus, seu Fipurifica de todo pecado." A
gota mínima pode dar pureza plena atodo o mundo, o libertando do vil demônio infando (Hinário 177.9).As lavagens do Antigo Testamento nãosão nada mais do que tipos do sacramento da "lavagem de água pela Palavra" (Ef 5.26). Tudo aquilo que Cristoadquiriu por sua obediência ativa e passiva, ele o incluiu no santo batismo, eisso dum modo tão certo como as palavras são verdade eterna que dizem:"Quem crer e for batizado, será salvo"(Mc 16.16).Para ilustrar o valor e a qualidade desta lavagem espiritual, Davi compara o efeito dela com um fenômeno natural familiar aos habitantes daquela terra, mirando o cume Hermom, a saber, a neveeterna lá, aquela pureza tão alva. Tãopura e não contaminada como esta neve se oferece à vista, tão perfeita é apureza que o batismo efetua, pureza"sem mácula ou cousa semelhante" (Ef5.27). Dela Paul Gerhardt canta numhino natalício: '.'Louvo algum em mim évisto. Limpo estou, justo sou pelo amor de Cristo." Exclamo com Paulo:"Agora, pois, nenhuma condenação hápara os que estão em Cristo Jesus"(Rm 8.1).
V.8: "Faze-me ouvir júbilo e alegria,para que exultem os ossos que esmagaste."Nova tão sublíme não pode ser objetosó de raciocínios, bem que eu preciseda razão para compreender as palavrasda mesma e reconhecer seu conteúdo.A nova é a Boa Nova, o Evangelho, anotícia alegre. Esta origina uma transmudação no meu íntimo. Anteriormente,pela pregação da Lei de Deus, "marteloque esmiuça a penha" (Jr 23.29), fiqueidestroçado, como que os meus ossosfossem esmagados (cf.a descrição dacontrição nos outros salmos de arrependimento: 6; 32; 38; 102; 130; 143).Agora, porém, percebo a nova do perdão,a nova de júbilo e de alegria como umbálsamo sedativo, assim que digo: E como a mão de cirurgião que endireita todo o meu corpo, todo o meu ser. Começo a exultar e a gloriar o nome de meuSalvador, do Senhor que me sarou (Ex15.26). Esta alegria que se apoderou demim se me torna o elemento da vida.Não importa mais, como se me apresentam os' dias de minha vida, se a tribu~
lação se amontoar às vezes, ou se elame acompanhar por longos trechos davida. Sou perdoado.' Por isso o ditode Salomão se refere também a mim:"Ele não se lembrará muito dos diasde sua vida, porquanto Deus lhe encheo coração de alegria" (Ec 5.20). Sinto-me no convívio com os Filipenses, aosquais Paulo tanto escreve acerca da alegria e os exorta: "Alegrai-vos sempreno Senhor; outra vez digo: alegrai-vos(4.4). Oxalá eu aparecesse muito maisalegre no Senhor. Para eu não me vercriticada por aquele pensador afamado,mas incrédulo, que disse: "Os. cristãosdeveriam aparecer-me muito mais redimidos !"
V.9: "Esconde o teu rosto de meuspecados, e apaga todas as minhas iniqüidades."Confessei meu pecado, fui perdoado eme alegro. Não convem, todavia, ficaragora despreocupado. Minha justificação não é uma transformação do meuser. É, antes, um ato que se dá no coração de Deus, um ato forense. Deusme justifica a mim, o ímpio. Juiz algumdeveria proceder assim (pr 17.15), porque o direito tem que prevalecer. Deus,sim, ele justifica o ímpio, pois o direitodivino foi satisfeito pela obediência ativae passiva de Jesus Cristo. Por amordele fui justificado. Ele me substituiu amim em sua justiça e paixão. Creio nele,isto é: ponho toda a minha confiançana sua obra vicária. Sua justiça agorame é imputada. Sou justificado perante Deus. Deus me vê tão justo, comoé justo o seu Filho.Permaneço, todavia, pecador no que dizrespeito ao velho homem que habita emmim até ao sepulcro. "Simul justus etpeccator", diz Lutera, descrevendo o redimido.
Paulo pinta um quadra vivo deste conflito em Rm 7.15-23. Por isso necessito do perdão contínuo. É mister Deusesconder o seu rosto dos meus pecadosque diariamente cometo, e de apagarsempre de novo as minhas iniqüidades.Todas elas. A Bíblia inclui tambéma mim. Perguntando: Quem há quepossa descernir as próprias faltas?"Por esta razão também eu tenho quepedir: "Absolve-me das faltas que mesão ocultas" (SI 19.12).
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Envolvido por completo no perdão, vivomesmo, sou vitalizado, vivo realmenteno sentido de GI 2.19 b, 20. O perdãodivino é o sol da graça, sol este de queme vem a força para viver como um redimido.
Esboço: O crente vê a sua imagemem cinco facetas:
1 - Pecaminoso por descendência2 - Arrependido por meio da Pala-
vra3 - Purificado por Cristo4 - Regozijado pelo Evangelho5 - Vitalizado pelo perdão contínuo.
"BEM-A VENTURADOS OS
MANSOS"(Meditação - Mt 5.5)
J. E. van den Brink
Diz assim a terceira bem-aventurança: "Bem-aventurados' os mansos, porque eles herdarão a terra." Quem pertence a esta categoria e quais são suasqualificações? Está o Senhor se referindo aos pretensos sentimentais, quesempre falam terna e amorosamente deuma necessidade geral e coletiva, masque nunca fazem coisa alguma para aedificação da igreja ou da família? Sãoestes homens tímidos, que não sabemdizer não, sempre duvidando até mesmode si, sempre, se comprometendo, sãoestes os bem-aventurados? Este glorioso futuro está prometido aos de caráter imponente, destituidos de energia edinamismo?
Apontando a Si mesmo como um exemplo o Senhor disse ser manso e humilde. Os que o seguem acharão descanso para as suas almas. O próprioJesus era, em Si mesmo, uma fonte depoder espiritual, sabedoria e conhecimento, entretanto se entregou à direçãodo seu Pai celestial. Os mansos são dóceis. São accessíveis a influências externas. Jesus disse referindo-se a simesmo: "Em verdade, em verdade vosdigo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer."Os mansos gostam de ser guiados. Quemnão tem esta qualificação é ingovernável.Pessoas possuídas por espíritos maus
200
são insubmissas. Em alguns casos aBíblia os chama de teimosos e obstinados, semelhantes a uma criança que resiste aos pais. É um comportamentonatural a obediência dos filhos aos pais.Se eles se recusam a obedecer-Ihcs, aquem vêem, possivelmente não poderãoobedecer a Deus a quem não vêem. Se,entretanto, acontecer de a criança ficar soba influência de um espírito mau, não seharmoníza com aqueles que cuidam dela, o que seria lógico, mas ao, espíritoinjusto e mau de rebelião. A Bíbliachama a desobediência e a rebelião depecado de adivinhação e feitiçaria.
A teimosia não é chamada de adivinhação, mas tem as mesmas origens,que é a obediência a Deus, portanto éidolatria. Em decorrência da velha aliança não ter tido compreensão do reinodos céus e ser incapaz de libertar umacriança da escravidão do mal, isto é,incapaz de tirar a teimosia do coração,o processo de desobediência nas crianças, às vezes, chegava ao seu clímaxcom a morte da mesma. Então o filhorebelde era morto, como idólatra, portodos os homens da tribu(Dt 17.5; 21.12).
Os mansos são pessoas livres, quenão sofrem a influência perniciosa dosespíritos maus. Jesus os chama debem-aventurados, felizes. Esta bem-aventurança é também um paralelo às anteriores e tem uma condiço. A bençãonão será recebida porque se é pobre deespírito, ou porque se chora, ou pelofato de se ser manso, gentil e submisso.O senhor afirma aqui que Sua mensagem do reino dos céus abre um caminhode livramento para todos. Os mansos,que são chamados de abençoados, abrem seus corações para o Espírito deDeus. Durante sua vida na terra Jesusguiou seus discípulos no caminho certo.Prometeu mandar o Espírito Santo depois de sua partida, para guiar às fontes da vida todos aqueles que recebessem de seu Espírito; Este mesmo Espírito faz verdadeiras as palavras do poeta dos Salmos: "Guia os mansos noque é reto, e Ihes ensina o seu caminho."
O oposto do manso é o teimoso ourebelde. Estevão disse aos líderes:"Homens de dura cerviz e incircuncisosde coração e ouvido, vós sempre resistis à (direção) do Espírito Santo;" Naque-
les judeus habitava ~:'"" o=:'~mosia, o espirito de 82.:2.'=.=rio. Jesus disse a reS:2:: :~des o diabo por pai,' - :eram incapazes de::~:~:='am ouvir e cumprir c c.= :'=~Moisés era uma ce22: = -. '"o Senhor pode º~e.-, _ ,,=,,sua mansidão. e.-:" :.7 :Smento, se pôs -O' -",'-= - :."",homem de do';:=' .:2·,: = - ~:"
terra promet': = , -.: - =:=-;;. '
dos céus.;':.:-='2.,: H_ -:-:c;Deus p6:je º~=..,: :O".::= c:. '!seu povo 2:~ .- c:. :2 --c:. ':''::'J;§disso o E2C':': :2 := _um lugar a:~::: - 2 -':'celestia!.
Pedra. ° 2::S:':: c:.:-':~Iheres que 0:":. ~::5~2- :-'::§
incrédulos atr2,~~ .:2 . - o'':''''e submisso. C: _o - 2.: .: "'~com jóias e f(::::" :2 .:.c.::=::;o conseguiram 2::2,os :: -"submissa. É i["':.:s~ ,2 ':.:êIher alcance seu :'""e..-:.: :: ~
pírito de teimosia e -2':2 ;.:O Espírito Se:;:: -. -.:: ~
pessoa usando a 'i:~- " ~razão somente os ~,,:.,.:= :::::cados para o Reu,: :s :'7';;;que são guiados po, 2.= -ãEspírito. Se resisÚ~ç= :: Ese afastará de nós. :02.': :';itas; "Irmãos, se u,,-, :--7:.."ser surpreendido ems.g"- ique sais espirituais c:--g .: ~pirito de mansidão." ::2S::",ais são guiados pelo Es:-:: ~nunca Ihes orienta a 2;; '2fúria ou violência. O =2::', '"pode lidar com pessoa2 :.stáveis, dóceis, o que, :2:.':;clui mansidão. Os me-2:= S
Palavra de Deus como " ....•.:.••não como um solo ef'"'::-s:;",--=
cebei com mansidão a ::" ,,''''implantada", pois o soe e·::gé receptível.
Deve ter sido chOC,,:"2deus quando ouviram 0"2 '!;
mansos herdariam a teT=.,lavam que seus probiemO's .~sem resolvidos por uma -:fnão através da direção d.: 2;to. Pensavam que a her,,- g~ou, mais diretamente, ,jc ::'~
---------~
-:'ssas. Em alguns casos a::hama de teimosos e obstina~,antes a uma criança que reCiais. É um comportamento
:bediência dos filhos aos pais.? recusam a obedecer-Ihes, a
possivelmente não poderãoi Deus a quem não vêem. Se,3.contecer de a criança ficar sob
3 de um espírito mau, não secom aqueles que cuidam de-seria lógico, mas ao. espíritomau de rebelião. A Biblia
jesobediência e a rebelíão deadivinhação e feitiçaria.
:sia não é chamada de adimas tem as mesmas origens,:bediência a Deus, portanto éEm decorrência da velha ali:er tido compreensão do reinoe ser incapaz de libertar uma
escravidão do mal, isto é,tirar a teimosia do coração,
, de desobediência nas crian,zes, chegava ao seu clímax:ie da mesma. Então o filhoa morto, como idólatra, poromens da tribu(Dt 17.5; 21.12).,sos são pessoas livres, que1 a influência perniciosa dosnaus. Jesus os chama derados, felizes. Esta bem-aé também um paralelo às an
tem uma condiço. A bençãoecebida porque se é pobre deu porque se chora, ou peloser manso, gentil e submisso.afirma aqui que Sua mensano dos céus abre um caminho:;to para todos. Os mansos,hamados de abençoados, a-corações para o Espírito de
-ante sua vida na terra Jesusdiscípulos no caminho certo.
'TIandar o Espírito Santo dea partida, para guiar às fon
'!. todos aqueles que recebesu Espírito; Este mesmo Eserdadeiras as palavras do po:Imos: "Guia os mansos no
e Ihes ensina o seu camin-
:0 do manso é o teimoso ouEstevão disse aos líderes:ie dura cerviz e incircuncisos
e ouvido, vós sempre resis~o) do Espírito Santo," Naque-
les judeus habitava um espírito de teimosia, o espírito de Satanás, o adversário. Jesus disse a respeito deles: "Tendes o diabo por pai." - Por esta razãoeram incapazes de obedecer, não podiam ouvir e cumprir o que Deus ordenava.Moisés era uma pessoa muito mansa eo Senhor pode guiá-Io. Quando perdeusua mansidão, ainda que por um momento, se pôs na mesma posição de umhomem de dura cerviz e não entrou naterra prometida, uma imagem do Reinodos céus. Abraão era manso, portanto,Deus pôde guiá-Io, desde a sua terra eseu povo até uma terra estranha. Alémdisso o Espirito de Deus o guiou paraum lugar ainda melhor, isto é, a pátriacelestia!.
Pedro, o apóstolo, admoestou as mulheres que conquistassem seus maridosincrédulos através' de um espírito calmoe submisso. O que não puderam fazercom jóias e frizar de cabelos, somenteo conseguiram através de uma atitudesubmissa. É impossível que uma mulher alcance seu marido se tiver um espírito de teimosia e rebelião.
O Espírito Santo nunca dirige umapessoa usando a violência e por estarazão somente os mansos estão qualificados para o Reino de Deus, aquelesque são guiados por sua mão, por seuEspírito. Se resistirmos ao Espírito, elese afastará de nós. Paulo diz aos gálatas: "Irmãos, se um homem chegar aser surpreendido em algum delito, vós,que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão." Pessoas espirituais são guiados pelo Espírito Santo e elenunca Ihes orienta a agirem com raiva,fúria ou violência. O Espírito Santo sópode lidar com pessoas que sejam tratáveis, dóceis, o que, naturalmente, inclui mansidão. Os mansos são para aPalavra de Deus como um canal aberto,não como um solo empedernido: "Recebei com mansidão a palavra em vósimplantada", pois o solo endurecido nãoé receptível.
Deve ter sido chocante para os judeus quando ouviram que somente osmansos herdariam a terra. Pois esperavam que seus problemas políticos fossem resolvidos por uma vitória militar,não através da direção do Espírito Santo. Pensavam que a herança da terra ou, mais diretamente, do país - depen-
desse de uma demonstração de força epoder exterior. Mas as pessoas que herdarão a terra, que até mesmo governarãotodo o universo, não são as agressivas,mas as mansas. "Sabeis que os santos julgarão o mundo?" Deus só podeusar pessoas como o manso Moisés,pois só estes são capazes de guiar as nações e governar em obediência a ele. Adescendência de' Abraão é o "herdeirodo mundo", isto é, Cristo e os que estão em Cristo.
No Novo Testamento a palavra herança é quase sempre usada em conexão com bençãos espirituais, com umaherança celestial, com a vida eterna,com as promessas. A terra não é mencionada aqui, pois dentre os mansosDeus recrutará aqueles que herdarão tudo. Até então, o que governa o mundocomanda a terra através de meios de violência, agressão, compulção e supressão. Na plenitude do tempo "os reisda terra" serão revelados, aqueles quegovernam junto com seu "Capitão". Eserão achados aptos, porque são guiados pelo Espírito de Deus e portanto fazem a vOntade do Pai.
COMUNHAO EAÇAOIINO SENHOR 111
(Estudo bíblico)
(Romanos 16.3-16)
Vilson ScholzIntrodução:
Apenas mais uma destas insípidasrelações de nomes que estão na Biblia.Algo semelhante às genealogias. Nomesdifíceis, estranhos e malsonantes. Estaé a primeira impressão.
É uma impressão falsa. Romanos 16é um dos mais instrutivos capítulos doNovo Testamento (Emil Brunner). É pre-
. ciso apenas lê-Ia adequadamente, commente aberta para os detalhes. É umcapítulo importante por ser o epílogo dacarta aos Romanos, a jóia do Novo Testamento, o mais rico escrito doutrináriode toda a Bíblia. Além disso, é o mesmo Paulo quem escreveu os 15 primeiroscapítulos e este ultimo é-lhe igualmenteimportante.
201
Romanos 16 nos mostra que a congregação cristã é formada por pessoas,nomes, que individualmente são importantes para Deus. No Cristianismo o queinteressa e é de importância vital são aspessoas: o Deus pessoal, em contrastecom o "deus" imanente (politeísmo) eo "deus" espírito transcendente (ensspirituale) dos filósofos; as três pessoas:Pai, Filho, Espírito Santo (trindade naunidade); a pessoa individual - o cristão.Cristianismo não é massa, povo, - é indivíduo. Eis então o grande significadode Romanos 16: tudo o que Paulo escreveu anteriormente não fica suspenso noar mas sim, é uma realidade na vida deindivíduos e por isso Paulo cita nomes.Quando Paulo cita "Apeles, aprovado emCristo", "Rufo, eleito no Senhor" ele fazcom que as palavras escritas anteriormente (como pr. ex. "Concluímos, pois,que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" Rm 3.28), sejam trazidas para a vida,deixando de ser apenas uma afirmaçãoteórica. É como se ele dissesse: "Concluímos que Urbano, Asíncrito são justificados pela fé ... "
Estas pessoas, no Cristianismo, se relacionam. Se relacionam no sentido vertical e horizontal: e isto forma a COMUNHÃO. Esta é a primeira grande lição e verdade deste texto: por detrásdas saudações vemos que existe umaGrande Família ligada pela comunhão.
COMUNHÃO
a) "Saudai ... Saudai ... Saudai"(v. 3, 5, 6, 7, etc.) Paulo escreve aoscristãos de Roma, em Corinto, duranteo inverno de 55-56 A. D. A congregaçãode Roma era-lhe em grande parte desconhecida (1.13). Àqueles que Pauloconhece ele solicita que saúdem. importante é que ele não diz "eu vos saúdo" mas "saudai vós este e aquele".Paulo pede que os próprios cristãos deRoma saúdem uns aos outros em seulugar. Paulo tem por objetivo incentivara comunhão, a união. Os cristãos deRoma podem saudar os outros em lugarde Paulo porque existe um elo comumque os une: o SENHOR. Na verdade,quando um cristão saúda o outro, ele seconfessa ligado a este em nome de Cristo. Por isso, quando Paulo, que viveu
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inteiramente para Jesus e que fazia tudo em Cristo, fala em "saudar' ele nãoquer expressar mera simpatia humanamas sim união e amor em Jesus.
b) "Saudai a meu querido Epêneto,primlcias da Ásia, para Cristo" - Epêneto foi o primeiro gentio da Ásia incorporado em Cristo. Bem-aventurados osprimeiros que não abandonam o primeIro amor! Epêneto continuava em Cristo e por isso Paulo não receia em usara calorosa palavra "meu querido", "agapeetón mou", meu amado (v. 5).
c) "Saudai Amplíato, meu dileto amigo (no original "meu amado") NO SENHOR ... e a meu amado Estáquis" (v.8,9)
"amado NO SENHOR" - Fato que sedestaca neste capítulo 16 de Romanose que é de profunda implicação teológica é a insistência com que Paulo enfatiza o "no Senhor" (en kyríoo), "emCristo" (en Kristõo). Para ser exato,Paulo, em suas cartas, emprega essaexpressão 164 vezes. Andrônico e Júnias estavam em Cristo antes de Paulo(v. 7). Os da casa de Narciso estão noSenhor (v. 11). Estar no Senhor, estarem Cristo querl dizer "estar ligado a ele"."Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós", .diz Jesus em João 15.4Objetivamente somos ligados a Cristopelos meios da graça. O batismo nosincorpora em Cristo, nos torna corpo deCristo que é a Cabeça (há uma estreita,absolutamente necessária relação entrecabeça e corpo). Subjetivamente, o quenos liga a Cristo é a fé. Estar em Cristo, estar no Senhor em resumo quer dizer "ter comunhão com Cristo", a comunhão vertical. Os que tem esta comunhão tem também razões suficientespara chamar o irmão de "amado nó Senhor", estabelecendo a comunhão horizontal mesmo que se trate de um escravo,que para os homens era "coisa". (Amplíato provavelmente era escravo).
d "Saudai os da casa de Aristóbu10 ... os da casa de Narciso, que estãono Senhor" (v. 10,11) - Os da casa deAristóbulo e Narciso são dois grupos deescravos compostos de muitas pessoas.(Eram conhecidos não pelo nome mascomo sendo da casa de, propriedadede Aristóbulo e Narciso, os senhores,donos). São pessoas despersonalizadas(não Ihes conhecemos os nomes), rlas-
sificadas, sem expressão scc,;.cravos, objetos. Mas, estão noE isto basta. Paulo não c::; ::~cristãos" ou que "crêem emas que "estão no Senhçc "uma existência nova, inic'a:::= ::.~e determinada por Jesus, ',e~no Senhor, que os compr::c;:"dão espiritual com sua me":,, s:;;va na cruz, está sua impe:-t2~:·"sar de humanamente esora,:svres no Senhor. Paulo escre,: !!
tãos da Galácia (Gi 3.28) c_=estão em Cristo, que se]a~quer libertos, são um só. =s_vos de Roma estão em Cris:c = ;Paulo os saúda e solicita c.:e ::;;nos os saúdem como conse-,:ôhor Jesus.
e) "Saudai ... aos irmã: õ
reúnem com eles .. , os sa~-::~reúnem com eles" (v, 14'::duas afirmações nos mos,r:=~cristãos de Roma não se rejê '"única sala de cultos. A cen;;-7~reunia em diversas casas, =,,--,
cio na três congregações áom:: ;;te capítulo 16 de Romanos. ade Áquila e Priscila (v.5),reunem como os mencionacc2 ~e os do v. 15. Paulo de~,::-""santo" porque apesar de :12cerem eles o são, declaraccs :;;;;devido à cruz de Cristo e esc. j;to de eles estarem em Crist:tos" em Cristo são "irmãos" :: ~irmãos formam o corpo de ::-';;corpo de Cristo se reúne. -"comunhão.
f) "Saudai-vos uns acs _ósculo santo. Todas as igrE"-"to vos saúdam". (v. 16) - c: _lavras Paulo aumenta e 'e:-", ;:;da comunhão. Ele so]'c:,;.'" ;seu lugar, saúdassem j,"9'==--õescravos, livres, gentios (i=::~~:";:gente de origem judai::a "--jEJúnias), romanos (Urbano -, :ô\e mulheres que agora eram _- ;pela união com Cristo. ;.;:;;;:pede que saúdem uns a:s ::':mentando o círculo. Peje:.âúdem com o ósculo (1:,e.: S3:!era uma cerimônia esta::·e:: ':2'ja antiga e temos mençª-::: ,;. ,16.20, 2 Co 13.12, 1 Ts :: 22Cada um se dirigia ac -,2U:
'~e para Jesus e que fazia tu-sto, fala em "saudar' ele não-essar mera simpatia humanajC:íão e amor em Jesus.:;udai a meu querido Epêneto,::a Ásia, para Cristo" - Epêne"imeiro gentio da Ásia incorpo-
Cristo. Bem-aventurados osque não abandonam o primei-
Epêneto continuava em Crissso Paulo não receia em usar
:; palavra "meu querido", "agaou", meu amado (v. 5).oudai Ampliato, meu dileto ami:ginal "meu amado") NO SENe a meu amado Estáquis" (v.
J NO SENHOR" - Fato que seeste capitulo 16 de Romanosje profunda implicação teológisistência com que Paulo enfa10 Senhor" (en kyríoo), "emm Kristõo). Para ser exato,1 suas cartas, emprega essa
164 vezes. Andrônico e Júam em Cristo antes de Paulo
da casa de Narciso estão no11). Estar no Senhor, estar
querl dizer "estar ligado a ele".ei em mim, e eu permaneces", diz Jesus em João 15.4inte somos ligados a Cristo)S da graça. O batismo nosem Cristo, nos torna corpo de
é a Cabeça (há uma estreita,mte necessária relação entrecorpo). Subjetivamente, o queCristo é a fé. Estar em Criso Senhor em resumo quer di:omunhão com Cristo", a co,rtical. Os que tem esta co1m também razões suficientes3r o irmão de "amado no Sen·elecendo a comunhão horizon-
que se trate de um escravo,os homens era "coisa". (Amavelmente era escravo).dai os da casa de Aristóbuia casa de Narciso, que estão. (v. 10,11) - Os da casa dee Narciso são dois grupos de':Jmpostos de muitas pessoas.hecidos não pelo nome masJo da casa de, propriedadeulo e Narciso, os senhores,ão pessoas despersonalizajasconhecemos os nomes), 1'1as-
sificadas, sem expressão social. São escravos, objetos. Mas. estão no Senhor.E isto basta. Paulo não diz que "sãocristãos" ou que "crêem em Cristo"mas que "estão no Senhor", que temuma existência nova, iniciada em Jesuse determinada por Jesus. Neste estarno Senhor, que os comprou da escravidão espiritual com sua morte substitutiva na cruz, está sua importância. Apesar de humanamente escravos, são livres no Senhor. Paulo escreve aos cristãos da Galácia (GI 3.28) que os queestão em Cristo, que sejam escravosquer libertos, são um só. Estes escravos de Roma estão em Cristo e por issoPaulo os saúda e solicita que os romanos os saúdem como conservos do Senhor Jesus.
e) "Saudai .. , aos irmãos que sereúnem com eles '" os santos que sereúnem com eles" (v. 14,15). - Estasduas afirmações nos mostram que oscristãos de Roma não se reuniam numaúnica sala de cultos. A congregação sereunia em diversas casas. Paulo menciona três congregações domiciliares neste capitulo 16 de Romanos: a da casade Áquila e Priscila (v.5), os que sereunem como os mencionados no v. 14e os do v. 15. Paulo denomina-os de"santo" porque apesar de não o merecerem eles o são, declarados por Deus,devido à cruz de Cristo e devido ao fato de eles estarem em Cristo. Os "santos" em Cristo são "irmãos" entre si. Osirmãos formam o corpo de Cristo, e ocorpo de Cristo se reúne, mantém acomunhão.
f) "Saudai-vos uns aos outros comósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam". (v. 16) - Com estas palavras Paulo aumenta e fecha o circuloda comunhão. Ele solicitara que, emseu lugar, saúdassem diversas pessoas:escravos, livres, gentios (Epênoto - v. 5),gente de origem judaica (Andrônico eJúnias), romanos (Urbano' - v. 9), homense mulheres que agora eram um só corpopela união com Cristo. Agora Paulopede que saúdem uns aos outros, aumentando o círculo. Pede que se saúdem com o ósculo (beijo) santo. Estaera uma cerimônia estabelecida na igreja antiga e temos menção dela em 1 Co·16.20, 2 Co 13.12, 1 Ts 5.26, Pe 5.14.Cada um se dirigia ao vizinho dando e
recebendo um beijo na face, demonstrando que estavam unidos pelo mesmovínculo. l:: um costume que ainda persiste nas igrejas do Oriente, onde homens e mulheres sentam separados naigreja.
Para ampliar o circulo da comunhãoe fechá-Ia, Paulo, diz que todas as igrejas de Cristo (não "as igrejas do oriente"mas "as igrejas de Cristo") saúdam aigreja de Roma (ocidente). A grande família dos que estão em. Cristo está reunida, está em comunhão.
AÇAO
A segunda grande verdade de Rm16 é que a congregação, aquele corpoem comunhão, é um todo ativo, é umacomunidade ativa que trabalha no SENHOR.
a) "Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus". Áquila e Priscila formam um casal exemplar no NovoTestamento. Moravam originalmente emRoma donde foram expulsos por um decreto de Cláudio em 49 D.C. (At 18.2).Foram a Corinto onde Paulo foi seu hóspede após seu "fracasso" em Atenas.De Corinto Paulo os levou consigo a Êfeso (At 18.19). onde instruem Apoio (At18.26) e mantém uma igreja em sua casa (1 Co 16.19). Deixando de vigoraro decreto de Cláudio, eles voltam a Roma (Rrri 16.3). Mais tarde encontramolos novamente em Éfeso (2 Tm 4.19).Um casal que muito se moveu dentro doImpério Romano e que aproveitou estasua situação para ser "cooperador" naobra que Paulo estava realizando emCristo Jesus. Paulo era o pioneiro. Suaestratégia missionária era lançar a semente em determinados centros, criando pequenas células, prosseguindo viagem então. A partir destes centros (Êfeso, Corinto, etc.) o trabalho se desenvolvia, era continuado. Nesta expansãoe neste trabalho de edificar, instruir ocorpo de Cristo entrava o trabalho deoutras pessoas e entre estas o de leigos como Priscila e Áquila, em cuja casa se reunia parte da congregação deRoma (v. 5).
Eles igualmente arriscaram suas próprias cabeças por Paulo. Não sabemoso "quanto" nem o "onde" contudo sabemos que houve muitas destas situa-
203
ções e experiências das quais hoje nosfaltam detalhes mas que nos novos céus e nova terra ouviremos maiores detalhes contados pelos personagens nelas envolvidos, entre os quais Áquila ePriscila.
Por este seu cooperar com Paulo,por este seu arriscar da vida por Paulo,são-lhe gratos as igrejas dos gentios,somos-Ihes gratos também nós que dentre os gentios fomos incorporados emCristo.
b) " ... Maria que muito trabalhoupor vós" (v. 6) - É notável o trabalhodas mulheres. Sua atuação é destacada. Priscila, citada antes de Áquila seumarido; Maria, Pérside, Trifena e Trifosa, etc. Quantas servas consagradas!
c) " ... Urbano, que é nosso cooperadar em Cristo" (v. 9) Urbano, "nosso'cooperador de Paulo e dos romanos. Eracooperador não por causa de vantagenspessoais, por tradição, para manter aparências, por amizade a Paulo e aos cristãos de Roma; ele era cooperado r emCristo, ele agia porque estavà em Cristo,porque Cristo agia nele e por intermedia dele .
d) " ... Trifena e Trifosa ... trabalhavam no Senhor .... Pérside que também muito trabalhou no Senhor" (v. 121- Mulheres que trabalharam e muito.Não trabalharam para a igreja. Trabalhavam no Senhor, como fruto da uniãocom este, e no serviço do Senhor.igreja primitiva desconhecia um trabalhovoltado para uma denominação, uma organização externa. Trabalhavam no epara seu Senhor, eles, os servos redimidos.
e) " ... Rufo ... e sua mãe, quetambém tem sido rT\ãe para mim" (v. 13).
"mãe para mim" - por detrás destaspalavras está uma história viva ocorridano passado, talvez em Jerusalém. Mães,além de serem mães no âmbito humano(mãe de Rufo), podem ser e são tambémmães para os servos de Deus (Paulo eoutros) rio Senhor!
Rufo - segundo Me 15.21, trata-sedo filho de Simão Cireneu. (Marcos, otransmissor, o intérprete de Pedro, escreveu .seu Evangelho em Roma, para osromanos razão porque, ao relatar sobreSimão, refere-se a Rufo e Alexandre queeram conhecidos dos romanos). Assimsendo, Rufo é o filho do homem que por
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coação carregou a cruz de Cristo rumoao GÓlgota. Agora Rufo leva sua cruzespontaneamente e difunde a cruz deCristo na capital do mundo de então,Roma. É provável inclusive que Rufojunto com Andrônico e Júnias tenhamsido os pioneiros do trabalho em Roma.
Já na primeira geração o Evangelhode Jesus estava em Roma, criando a comunhão e impulcionando para a ação.Sejamos cooperadores do Evangelho para que isto seja realidade no Brasil!
"SERVOIl(Estudo bíblico)
(At 16.17)
Valdir Feller
No Grego a palavra é "doulos" e setraduz literalmente por "escravo". ~ otermo fundamental de todo o cristão. Significa um objeto, um escravo, ou alguém que foi comprado por um determinado preço, e recebeu então a marca
. de seu dono, e não tem a liberdade defazer o que quer e de falar o que quer,só deve fazer a vontade de seu dono.
O verdadeiro servo de Deus é na realidade um escravo, não um empregaao.Um servente, um empregado, ou um o·perário, como nós conhecemos nos diasde hoje, pode desejar a sua liberdadea hora que quiser; trabalha segundo umcerto horário (Horista-quinzenista-mensalista-empreiteiro etc.) e tem partes dodia livre para fazer o que quizer; trabalhapor um salário; possui vontade própriae pode pensar por sua conta; pode discutir o 'preço que quer pelos seus serviços; o que quer fazer; onde quer trabalhar; possui leis que o protegem; possui certas garantias (INPS-FGTS-PIS-Sin'dicatos, parques de recreação etc.).
Um escravo não pode fazer nenhumadessas coisas. O escravo é uma possessão absoluta de seu amo e não tem tempo para fazer o que ele quiser, nem vontade que se possa dizer sua. Deve render a sua vida ao seu dono, sem fazerperguntas, sem opor objeções ou restrições, sem poder escolher o que elequer fazer, sem poder tirar férias (no cristianismo não há férias - não se pode deixar de ser cristão por um determinado
tempo como que para dGecs' ~S'nós, como cristãos, somcs 7~:-':Deus e não possuimos 'C·'::'::7
Nós somos objetos comp-~:::=eto pagou o preço. 1 Cc ê = =
fostes comprados pcr :'s~:pois, glorificai a Deus nCi:: õõ ::
(demonstra a nossa ob(g::.:~:: :~cravos compradOS). O Cri,;: ~:~lado quando nós nos vet"c=-:::,bo (O salário do pecado 2 s -:~6.23). Cristo pagou o :;0'=:: .::;resgatar desse pecado e ::':;;'::' ªso dono. Foi o Gn:cc:.s :;"condições de ,esga::ar ::, :=alguém, pois e'a "es: es:::.::'cravo é um se, C'SS:: " õ,,própria e, conss:::",s-:::s,,-::"libertar ou des,,:,,' ",- ::,h::cravo não pode ::s '~S' 'tem que obedece' ,,; SS_ :::-: jto alguém está es ::s:: s.-=: s õ-:'.sdiabo e não pode õ6si mesmo).
Para quem Cristo p.a:-~;,; '"
Cristo morreu para De",,, :: ::S;;'lou o preço. O diat.ç ,..~::: s:~preço pois está abaixo ::e :",..2está acima de tudo. dee -::õ <;
e ele faz o preço. (Tai:;ez_ esquema esclareça meiho"
Douloi são todos os (;'.;6 ;;,;pagamento de Cristo. Cad2 s-õ:;:sua obrigação, sua incurntê-:: ~isso o seu Dono lhe dá::-jequipa (dons espirituais) .. ::...."vos temos dois nascimen::s ,~carne, para o mundo e 0:.'-;:espírito, para a vida pelo :3-õ-:"e Nicodemos ... "impo~::.-.:~de novo") ..
Quem é servo, ou escravo áABRAÁO é servo de Ds~õ
24; SI 105.42.MOISÉS recebe este 0 •• __
zes do qualquer um outr:: :.~da bíblia - Ex 14.31; Nm -2-;Js 1.1; 2.7; 13.15; 8.31; 11-22Cr 24.6; Ne 1.7; 10.19; Se • '"
10; 144.10; Dn 9.11.JACÓ é servo de Deus - ~
45.4; Ez 37.25.
~rregou a cruz de Cristo rumo:2.. Agora Rufo leva sua cruzo2.rnente e difunde a cruz de
capital do mundo de então,:: provável inclusive que Rufo~ Andrônico e Júnias tenham:c·neiros do trabalho em Roma.
primeira geração o Evangelhoestava em Roma, criando a co
impulcionando para a ação.ooperadores do Evangelho pa
'o seja realidade no Brasil!
/lSERVQII(Estudo bíblico)
(At 16.17)
Valdir Feller
ego a palavra é "doulos" e sesralmente por "escravo". É odamental de todo o cristão. Si"1 objeto, um escravo, ou al3 foi comprado por um deterreço, e recebeu então a marcaono, e não tem a liberdade deue quer e de falar o que quer,azer a vontade de seu dono.jadeiro servo de Deus é na re11 escravo, não um empregaClo.nte, um empregado, ou um 0orno nós conhecemos nos diaspode desejar a sua liberdade
1e quiser; trabalha segundo umário (Horista-quinzenista-mensasiteiro etc.) e tem partes doara fazer o que quizer; trabalha;alário; possui vontade própria3nsar por sua conta; pOde diseço que quer pelos seus servie quer fazer; onde quer traba,ui leis que o protegem; pos-
garantias (INPS-FGTS-PIS-Sinarques de recreação etc.).cravo não pode fazer nenhuma'sas. O escravo é uma posseslta de seu amo e não tem tem,zer o que ele quiser, nem vonse possa dizer sua. Deve ren-
vida ao seu dono, sem fazersem opor objeções ou res
3m poder escolher o que elesem poder tirar férias (no cr:s
ão há férias - não se pode dei'r cristão por um determinado
tempo como que para descansar). Assim,nós, como cristãos, somos escravos deDeus e não possuimos vontade própria.
Nós somos objetos comprados. Cristo pagou o preço. 1 Co 6.20: "Porquefostes comprados por preço. Agora,pois, glorificai a Deus no vosso corpo".(demonstra a nossa obrigação como escravos comprados). O preço foi estipulado quando nós nos vendemos ao diabo (O salário do pecado é a morte - Rm6.23). Cristo pagou o preço para nosresgatar desse pecado e agora é o nosso dono. Foi o único que possuia ascondições de resgatar ou de compraralguém, pois era sem pecado. Um escravo é um ser preso e sem vontadeprópria e, consequentemente, não podelibertar ou desatar um outro. Um escravo não pode libertar o outro, poistem que obedecer ao seu dono (Enquanto alguém está em pecado é escravo dodiabo e não pode se libertar dele porsi mesmo).
Para quem Cristo pagou o preço?
Cristo morreu para Deus, e este estipulou o preço. O diabo não estipulou opreço pois está abaixo de Deus. Deusestá acima de tudo, dele nos afastamose ele faz o preço. (Talvez um pequenoesquema esclareça melhor). '"
Douloi são todos os que aceitam opagamento de Cristo. Cada escravo temsua obrigação, sua incumbência e paraisso o seu Dono lhe dá condições, oequipa (dons espirituais). Como escravos temos dois nascimentos; um para acarne, para o mundo e o outro para oespírito, para a vida pelo batismo. (Cristoe Nicodemos ... "importa-vos nascerde novo").
Quem é servo, ou escravo de Cristo?
ABRAÃO é servo de Deus - Gn 26.24; SI 105.42.
MOISÉS recebe este título mais vezes do qualquer um outro personagemda bíblia - Ex 14.31; Nm 12.7; Dt 34.5;Js 1.1; 2.7; 13.15; 8.31; 11.12; 1Cr 6.49;2Cr 24.6; Ne 1.7; 10.19; SI 105.26; 132.10; 144.10; Dn 9.11.
JACó é servo de Deus - Is 44.1,2;45.4; Ez 37.25.
CALEBE E JOSUÉ são servos de Deus - Nm 14.24; Js 24.9; Jz 2.8.
DAVI ocupa o segundo lugar, comrespeito a Moisés, entre os servos deDeus - 1Re 8.66; 11.36; 2Re 19.34; 20.6;1Cr 17.4; titulos dos salmos 18 e 36; SI89.3; Ez 34.24..
ELlAS é servo de Deus - 2Re 9.36;10.10.
JÓ é servo de Deus - Jó 1.8; 42.7OS PROFETAS são servos de Deus
2Re 21.10; Am 3.7.OS APÓSTOLOS são servos de Deus
Fp 1.1; Tt 1.1; Jd 1; Rm 1.1; 2Co 4.5.UM HOMEM COMO EPAFRAS é tam
bém servo de Deus - CI 4.12.TODOS OS CRISTÃOS SÃO SERVOS
DE DEUS - Ef 6.6.Podemos acrescentar ainda;Os maiores homens da história tem
considerado como a maior honra saberem ser servos de Deus. Não havia título mais alto que se podia aspirar entreos reis cristãos. O lema do principe deGales, que se inscreve debaixo de trêsplumas de seu escudo é "servo". Nada neste mundo pode ser maior do queum servo de Deus.
Devemos notar a amplitude a que este termo se refere:
Moisés, o LEGISLADOR;Davi, o PASTOR DE OVELHAS, o
mais doce CANTOR de Israel, o REI desua nação;
Abraão, o PEREGRINO E AVENTUREIRO;
Calebe e Josué, SOLDADOS e homens de ação;
Elias e Isaias, PROFETAS e varõesde Deus;
Jó, que foi fiel em seu infortúnio;Os apóstolos que transmitiram aos
homens a história de Jesus;Todos os crístãos, porque todos po
dem aspirar o título de servo de Deus,porque ... Rm 3.23,24 ("Fostes comprados por preço" 1Co 6.20) E... "Agoranão vos torneis escravos de homens" ...Mas de Crísto - 1Co 7.23.
Não há nada' que Deus não possausar, se está disposto a submeter-se aseu serviço. Cada um tem o seu d('l~e como escravo deve usá-Io dignamenteem favor de seu dono.
205
,i1i1j11
I$
I
UMA PALAVRA A CADA UM(Estudo bíblico)
(Tito 2.1-10)Arno Bessel
INTRODUÇÃO - (Algumas recomenda-ções como proceder):
Todos devem ter sua Bíblia.Leitura particular silenciosa.Pensar na vida diária (comparar avida particular com a narração biblica): em casa, no relacionamentocom os pais, irmãos; na escola, noserviço, na igreja.
- Destacar as palavras que mais chamaram a atenção.Ouvidos atentos: deixar que Deusfale:
Obs.: Antes de principiar a leitura, pode-se fazer a seguinte oração:"Fala, Senhor, porque o teu servo ouve."
Leitura comparativa com o Novo Testamento na Linguagem de Hoje.Notar que a palavra de Deus se dirige às mais diversas classes de pessoas. Deus se dirige a cada um a responsabilidade ante Deus é individual. Todos estão colocados nomesmo plano.Tito recebe instruções de Paulo decomo e o que deveria ensinar às pessoas que lhe foram confiadas.
Verso 1 - Tito certamente estava cientecomo proceder e o que ensinar, umavez que recebera instruções de Paulo(Tt 1.9).Paulo, no entanto, dá um lembrete:"Tito, lembre-te: Ensina somente o quea Palavra de Deus diz." Tito recebeuma admoestação e incentivo de permanecer firme naquilo que aprendera, emmeio das falsas doutrinas que estavamsendo anunciadas ao seu redor. Tito écolocado em contraste com os falsosprofetas (Tt i. i 0-16).
Ligado ao ensino da sã doutrina está a conduta. A sã doutrina requer justamente uma conduta condigna - quecondiz, prová e mostra o que ela naverdade é.
A aceitação ou não-aceitação do Evangelho, bem como sua estimação porparte dos não-cristãos, podem dependerbastante do modo de se portar e viverdos cristãos.
206
Tito recebe recomendações as quaisdeve transmitir aos seus congregados.Elas dirigem-se às mais variadas faixasde idades.
UMA PALAVRA AOS HOMENS IDOSOSV. 2
Verso 2 - Cabe aos homens idosos serem exemplos; são o mastro principalque dá equilíbrio à congregação, no caso. Sua maturidade e experiência na vida haverão de mostrar-se: 1) Pela temperança - ser moderado, ter medida,manter-se dentro dos limites cristãosquanto à bebida, sexo, pensar e falar.A leviandade, a irreflexão e a imprudência não devem mais acompanhá-I os.Homens idosos não deveriam deixar arrastar-se pelas paixões e desejos carnais,nem por emoções espirituais. 2) Pelorespeito - une-se à temperança - tomaras coisas a sério. Respeitar para serrespeitado. 3) Pela sensatez - empregar a inteligência como dom de Deus.4) Serem sadios na fé, no amor, na constância .. Na - fé - ser autêntico na confiança em Deus, Fundamento da fé: Palavra de Deus; no amor - o padrão doamor sadio é a Palavra de Deus - é oamor de Deus para com os que não lheretribuiram amor, e nem mereciam esteamor. É o amor desinteressado, t semesperar por recompensas. É o amor dosapesares: Exemplo: Deus amou apesardos homens não o amarem; apesar quenão receberia nenhuma recompensa, étc.
UMA PALAVRA ÀS MULHERES IDOSAS E MOÇ""V. 3-5
Verso 3 - "Sérias em seu proceder" Conduzir-se convenientemente, sabendoque sempre se está na presença de DeuS. "Não caluniadoras" - 8.° Mandamento - manter a língua no freio. Língua- órgão usado por Satanás, muitas vezes.Pode ser usada para bendizer ou maldizer. A fala - particularidade, bênção dada somente aos homens; destaca o homem das demais criaturas. Eleva o homem sobre os animais. Pode tambémescravizá-I o quando empregada maldosamente. Ex.: fofocas. "Não escravizada pelo vinho" - parece ser causa menos comum entre as mulheres do queentre os homens. No Oriente: vinho era
bebida comum; água ;,,-~ - ~:' ~nho era necessário. N~::::"vinho, mas o muito vinr.: :_ :_-:;'bidas alcoólicas.Mulheres idosas-espelhos ::;;às mais moças.
Segue parte positiva: 'i _ ''='"tarefas - "Sejam mestras ::: ~~as experiências são vali::sa: -"',,Iheres mais moças. Te-- já enfrentaram muitas s - , ~~~"as moças irão enfrenta; - :: ':Jperigos - por isso agora :e.:~ ;contra os perigos. Conse:~:s;~te, pouco aceitos pelos r"f:::: Sselho sábio da mulher ex: E' E-:i!capaz de evitar muita Inre": :,,:2tos passos em falso da ,7;,,'-'0' -"Verso 4 - "Instruírem ... 2. ~-:"
seus maridos" - trata-se dE 2.~:"
Na agitação da vida, no tra: "- - :ga diários, na convivênc:a --"ajudar ao outro a supcrta: as :'"'des. Compartilhar o bem =. ::: J!!
O amor pode esfriar -: õ: 2.,
e baixos - daí lembre-se C"E :dádiva de Deus. Ele pedE :~amarem a seus filhos" - c-:=. ;pera a Palavra de Deus, c :~: "amor materno pode dec-=s:",'sumir. (Pode-se abordar éS -::,cias da mãe que trabalha "- -õ
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As oportunidades tentadoras s~:;ras para levar ao deslise, &::ade casa" - 1 Tm 5.13 - De,,'O '~dicadas donas de casa. ==~:.alhos, zelar pela vida es,,:':."Construir um lar acolhedc- - ::;propícias para a educaçã:, t:::;.lhos. Daí a importância da ~..~ver com tempo integral CC~ :.;;
ILUSTRAÇÃO - Lutera: ,n.::=. .~foi pintada de modo tal qus c==:cima duma lesma. A les"7'= :::ti!
onde ela vai, leva sua casa
Assim a mulher deve pe::-2.-ijseus cuidados do lar e n~: 3t!
UMA PALAVRA AOS MOÇOS - V. 6-8
acompanhada poro verdadeiro amor
por submissão volun-
muito dos mesmos. Comparar Pv 7.11com 31.10 e ss.Missão primeira da mulher - ser mãe,zelar pelo lar."Submissas aos maridos" - Hoje se faIa muito em emancipação da mulher isto não pode, todavia, excluir a submissão ao marido.Ef 5.22,23; 1 Pe 3.1-6; Gn 3.16. Submissão não é escravizar.Na antigüidade, especialmente, a mulherera considerada inferior em muitos sentidos em relação ao homem = objeto.Cristianismo eliminou, ou tenta eliminar,esta concepção - como seres humanosnão há diferença de valor entre um eoutro. - Pode ser que aqui surgem perguntas e discuções. O líder deve ser preparado para tal.É da vontade de Deus que o marido seja o cabeça, o chefe da família - nãose entende com isso autoridade tirânica. Homem ser o cabeça é como Cristoé o Cabeça da igreja que a si mesmo seentregou por ela - traçar a comparaçãoentre Cristo e a significação do homemcomo cabeça.A submissão vemverdadeiro amorvem acompanhadotária.
"As ações das mulheres cristãs devem pregar (soar) mais alto que suaspalavras."
Verso 6 - "Em todas as cousas sejamcriteriosos" - ser sensato, de modo reforçado. Ser controlado - sensatos:usar suas faculdades mentais, sua inteligência para distinguir o que convém aocristão. Envolve moderação em todosos aspectos - auto-domínio.
As tentações apresentam-se bem vestidas, atraentes. Não brincar com cousas que sabemos que são perigosas expor-se voluntáriamente ao perigo.Quando menos se espera, é possívelacontecer a queda. O diabo é o melhoramigo - mas amigo da "onça"!Verso 7 - Ser PADRÃO - é recomendação a Tito, mas não exclui cada cristãoindividualmente. PADRÃO - modelo oficial - alguma coisa que se usa paracomparar outras. Ex.: o metro. Outrasextensões se compara (o seu tamanho)
bebida comum; água rara - por isso vinho era necessário. Não se proíbe ovinho, mas o muito vinho ou outras bebidas alcoólicas.
Mulheres idosas - espelhos de condutaàs mais moças.
Segue parte positiva: Mulheres temtarefas - "Sejam mestras do bem." Suas experiências são valiosas para as mulheres mais moças. Tem vivido a vida- já enfrentaram muitas situações queas moças irão enfrentar - perceberamperigos - por isso agora devem advertircontra os perigos. Conselhos, geralmente, pouco aceitos pelos moços. O conselho sábio da mulher experiente já foicapaz de evitar muita infelicidade e muitos passos em falso da mulher moça.Verso 4 - "Instruírem ... a amarem aseus maridos" - trata-se de amor mútuo.Na agitação da vida, no trabalho e fadiga diários, na convivência mútua, umajudar ao outro a suportar as dificuldades. Compartilhar o bem e o mal.
O amor pode esfriar - oscilar: altose baixos - daí lembre-se que o amor édádiva de Deus. Ele pode dá-Io. "Aamarem a seus filhos" - onde não impera a Palavra de Deus, o tão elogiadoamor materno pode decrescer, senãosumir. (Pode-se abordar as inconveniências da mãe que trabalha fora - afastada de seus filhos).Verso 5 - "Sensatas" - assim como oshomens, assim tabém as mulheres jovenssão conclamadas a freiar as paixões naturais do corpo e do espírito. Ser sensato para fazer aos outros sensatos tarefa das idosas. "Honestas" - sinceras no proceder. Pureza, castidade.As oportunidades tentadoras são inúmeras para levar ao deslise. "Boas donasde casa" - 1 Tm 5.13 - Deus requer dedicadas donas de casa. Educar os tIlhos, zelar pela vida espiritual no lar.Construir um lar acolhedor - condiçõespropícias para a educação boa dos filhos. Daí a importância da mãe conviver com tempo integral com os filhos.
ILUSTRAÇÃO - Lutero: A deusa Vênusfoi pintada de modo tal que parasse emcima duma lesma. A lesma, para ondeonde ela vai, leva sua casa.
Assim a mulher deve permanecer nosseus cuidados do lar e não se afastar
'RA ÀS MULHERES IDOSAS E MOÇnvV. 3-5
-"cebe recomendações as quais,-,smitir aos seus congregados.gem-se às mais variadas faixas
"Sérias em seu proceder" ;8 convenientemente, sabendore se está na presença de De) caluniadoras" - 8.° Mandalanter a língua no freio. Língua;ado por Satanás, muitas vezes.usada para bendizer ou malaiIa - particularidade, bênção date aos homens; destaca o hodemais criaturas. Eleva o ho'e os animais. Pode tambémo quando empregada maldo-Ex.: fofocas. "Não escraviza
inho" - parece ser cousa mem entre as mulheres do que)mens. No Oriente: vinho era
~ALAVRA AOS HOMENS IDOSOSV. 2
- Cabe aos homens idosos se:'1plos; são o mastro principal3quilíbrio à congregação, no ca-
maturidade e experiência na vião de mostrar-se: 1) Pela tem- ser moderado, ter medida,
dentro dos limites cristãos: bebida, sexo, pensar e falar.;ade, a irreflexão e a impruden
devem mais acompanhá-Ios.1dosos não deveriam deixar arpelas paixões e desejos carnais,emoções espirituais. 2) Pelo
- une-se à temperança - tomar3 a sério. Respeitar para ser
3) Pela sensatez - empre-:e!igência como dom de Deus.sadios na fé, no amor, na conNa - fé - ser autêntico na confiDeus. Fundamento da fé: PaDeus; no amor - o padrão doiO é a Palavra de Deus - é oDeus para com os que não lhen amor, e nem mereciam este
o amor desinteressado, t semar recompensas. É o amor dos
Exemplo: Deus amou apesarinS não o amarem; apesar que)eria nenhuma recompensa, etc.
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com a medida oficial que é o metro.Cristão ser exemplo, PADRÃO = outrosse medirem, se compararem com eie,Na comparação se manifestam as diferenças que há entre um e outro.
Tito - ser padrão, exemplo "de boasobras" - primeiramente se refere ao pastor; em segundo lugar a cada cristão.Pastor: membros observam sobremanei raseu proceder. Haver coerência do seuensino com a vida que leva. O EXEMPLO de vida é a melhor pregação."Integridade e reverência" - motivaçãocerta (amor de Deus) - não desejo derecompensa - motivado pelo amor deCristo ensinar a doutrina pura, de modoque não se ache nada contrário à Palavra de Deus."Reverência" - dignidade correspondente ao ensino - não arrogante quanto àposição que o pastor ocupa,
Pregar a verdade - não adaptar apregação às conveniências dos ouvintespara agradá-Ias - não perguntar se elesgostam ou não:Pregação ser convicta, clara, decisiva,convincente que o adversário se envergonhe perante ela. Deveria ser impossível ao adversário apontar qualquer objeção - responsabilidade pastora! ! ! !
Verso 8 - "Linguagem sadia e irrepreensível" - assim que nada se tem a objetar contra. Manter a integridade da revelação, sem acréscimos nem diminuições.
JOVENS - SEREM EXEMPLOS
Surgem dúvidas: Posso fazer issoou aquilo? Frequentar baile! posso ounão posso? É questão individual - questão de consciência.Muito importante perguntar-se: "Deuspode ir e ficar comigo onde vou ?"
UMA PALAVRA AOS SERVOS - v. 9,1u
Verso 9 e 10 - Recomendações espeCiaisde Paulo aos servos (escravos). Deveter havido escravatura nas congregaçõesda época. Serem obedientes - respeitaros superiores - não rebelar-se na suasituacão humilde. Portar-se de tal modo que o senhor (patrão) se mostre satisfeito com ele. Não ser involuntários,descontentes. Respondões - retrucarasperamente à uma ordem pouco a-
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gradável. Isto também é válído no relacionamento familiar: pais - filhos. Tópico: NT e a escravatura.
De uma ou outra maneira todos estão subordinados: no trabalho, no lar,na escola, na igreja, etc."Não furtem" - Por causa da consciência, por causa da fé, por causa do mandamento de Deus: "Não furtarás".Fidelidade para que o senhor possa depositar plena confiança nele. O Evangelho será beneficiado desta maneira o Evangelho está comprometido com aboa conduta (fidelidade) do cristão.
O 7.° Mandamento - tenho a impressão - que menos parece nos atingi"Achamos que contra este quase não pecamos, ou pecamos menos que contraos demais!
Não seria a cola em aula furto? Porque?1. É sinônimo de preguiça - Ec 10.18;
Pr 13.4.
2, É covardia - fuga à responsabilidade.3. Vai contra a consciência - Rm 14,23.4. É Infidelidade - Lc 16.10; 19.17
Ap 2.10,5. E engano - Pr 26.18,19; SI 6.6b.
"O costume começa a existir quandoo ato se tem muitas vezes repetido."- cola, roubo pode tornar-se vício!
Alunos - também na escola ser CriStão PADRAO !
CONCLUSÃO
Deus fala a todos. Cada um é responsável por si, em primeiro lugar.O vizinho não pode defender-me perante Deus, assim como o advogadodefende a causa duma pessoa perante a justiça.Não apreciamos as verdades quandonos tocam - elas doem!Cristo, a Palavra de Deus não diz oque agrada mas o que é verdade, oque edifica, o que é conveniente aohomem.
- CRISTO TEM TAMBÉM UMA PALAVkl-\PARA VOCÊ! - palavra de perdão, deamizade, de ajuda, de salvação.
- Cada um mostre que o nome de cristão que ele leva não é simples enfefeite, mas que realmente tem significado para sua vida.
OBS.: Este estudo ce:~diversas oc.a.s;:-·7~- congregaçã:- socieda:je ;:= 37~-:-~
liga dereuni§e :=
Dependec::: :::'.~
Devoce.e
Na Carta aos 82.=.::'.s :õ:-,;;siculo 11 e 12. es:-e·e"Faço-vos, porém. s:'.: e- _~evangelho por mim a-.-: :'.:: êgundo o homem: p:r:~= =_ -~bi, nem o aprendi ::2 -: -õ~mas mediante reveiaçb: _= _'"to",
Prezados amigosUma das coisas que ~
leitura das cartas de Pe~: eque ele manifesta com r~-::e o:'gelho que anuncia. ,A,sse;:c.--=--,:trata de um apocalipse d .=:.Cristo. Quanto a isso, ":b: e~bra de dúvida. No ccc:eJ": .."nossa palavra chega e -~:;:tema contra quantc;; c-e;: _e- ;que vá além do seu, se.-= :'. ,ele mesmo, Paulo, eu T ~ ::20:0,ou Pedro, ou Tiago, ou - =e:-}vindo do céu: seja a":2:=-e _'!
lembra ele, e ag.ora re::: :::.;ma.
Adeptos de algumas ':--"",samento naturalista iec-c-2- ,tipo de certeza conce~~--~ções é fenómeno bem c:--=-:;otas vitimas de aluclna;::-e--odogmatizar e trovejar an2:~- 25-
O fenômeno realmen:e e :.;:cido. Mas pensar que es~e :'"}do também o caso de Pa_:
Isto também é válído no re,ento familiar: pais - filhos. -
NT e a escravatura._ma ou outra maneira todos es::::rdinados: no trabalho, no lar,:a, na igreja, etc.J'tem" - Por causa da consciên. causa da fé, por causa do man-
de Deus: "Não furtarás".de para que o senhor possa deoiena confiança nele. O Evanerá beneficiado desta maneira 2e1ho está comprometido com a~duta (fidelidade) do cristão.. Mandamento - tenho a impresque menos parece nos atingir;
8 que contra este quase não peou pecamos menos que contra
ais!seria a cola em aula furto? Por
nônimo de preguiça - Ec 10.18;,3.4.
::vardia - fuga à responsabilidade.contra a consciência - Rm 14.23.:fidelidade - Lc 16.10; 19.172.10.
ngano - Pr 26.18,19; SI 6.6b.::ostume começa a existir quando3e tem muitas vezes repetido."'oubo pode tornar-se vício!;8 - também na escola ser cnsRAO!
ISÃO
fala a todos. Cada um é res'lei por si, em primeiro lugar.:nho não pode defender-me peDeus, assim como o advogado
je a causa duma pessoa peranjustiça.=-preciamos as verdades quandoDcam - elas doem!. a Palavra de Deus não diz o.grada mas o que é verdade, o-difica, o que é conveniente aon.
'0 TEM TAMBÉM UMA PALAVkAVOCÊ! - palavra de perdão, de
:ie, de ajuda, de salvação.um mostre que o nome de cris;e ele leva não é simples en1emas que realmente tem signifi:Jara sua vida.
08S.: Este estudo pode ser usado emdiversas ocasiões:- congregaçã.o- sociedade de senhoras- liga de leigos- reunião de juventudeDependendo das circunstâncias,dever-se-á enfatizar e desenvolver mais o item que se referemais diretamente às pessoascom as quais se está tratando.
EVANGELHO ... I/NAOSEGUNDO O HOMEMil
Devoção - (GI 1.12,13)
Arnaldo Schueler
Na Carta aos Gálatas, capítulo I, versículo 11 e 12, escreve o Apóstolo:"Faço-vos, porém, saber, irmãos, que oevangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum,mas mediante revelação de JesLls Cristo".
Prezados amigos.Uma das coisas que impressionam na
leitura das cartas de Paulo é a certezaque ele manifesta com respeito ao evangelho que anuncia. Assegura-nos que setrata de um apocalipse direto de JesusCristo. Quanto a isso, não admite sombra de dúvida. No contexto imediato denossa palavra chega a redigir um anátema contra quantos preguem evangelhoque vá além do seu, seja lá quem for:ele mesmo, Paulo, ou Timóteo, ou Tito,ou Pedro, ou Tiago, ou mesmo um anjovindo do céu: seja anátema! Já o disse,lembra ele, e ag.ora repito: Seja anátema .
Adeptos de algumas formas de pensamento naturalista lembram que essetipo de certeza concernente a revelações é fenómeno bem conhecido. Certas vítimas de alucinações costumamdogmatizar e trovejar anátemas.
O fenômeno realmente é bem conhecido. Mas pensar que este pode ter sido também o caso de Paulo é flagran-
temente superficial. Há um complexo defatos que tornam impossível enquadrar oApóstolo na hipótese naturalista. Sublinharemos apenas um deles, que seevidencia a qualquer inspeção.
Os devaneios do homem, invariavelmente, naturalmente, trazem a marca desua origem. Mas vem aos olhos queo evangelho anunciado pelo Apóstolotransgride os horizontes do homem. Enão só transgride os horizontes do homem; está em conflito insanávei com tudo o que o homem considera óbvio. Hostiliza todas as fantasias humanas e porelas é hospitalizado. Choca-se com o quede melhor produziu a sabedoria humanae com o consenso unânime dos homens.
Manifestamente, o evangelho de Paulonão é katà ánthrõpon, "segundo o homem". Seu evangelho machuca de ta!forma as visões do coração, que doponto de vista humano este maior detodos os missionários parece um homemfora de si, um propagandista empenhadoem fabricar a destruição da causaqual se mata. E Paulo, em certo sentido, é um homem fora de si. Ele mesmo se explica no versículo imediatamente anterior ao nosso texto: "Porventuraprocuro eu agora o favor dos homens,ou o de Deus? ou procuro agradar ahomens? Se agradasse ainda a homens,não seria servo de Cristo". Homem quepode falar assim é, em certo sentido, homem fora de si, alheado, arrancado desi mesmo.
Vocês decidiram habilitar-se, nesteSeminário, para a missão de anunciaraos homens um evangelho, rejeitado pela sabedoria dos homens, tornou-se sabedoria para vocês. Toda vez que isso'acontece, estamos em presença do milagre da fé.
Graças a este milagre, concluímoscontra as visões do homem. Graças aeste milagre, sabemos meditar o evangelho fazendo cara feia às objeções dohomem. Graças a este milagre, resistimos a todas as emendas ao evangelho,emendas que têm, qualquer uma delas,a particularidade assustadora de anular·o evangelho todo inteiro.
Que Deus preserve em nossos frágeis corações de homens esta fé no evangelho que não é segundo o homem.
Amém
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"... ANTES DA FUNDAÇÃO DO
MUNDO"
(Devoção)
Acir Raymann
Irmãos:Penso que tenho uma mensagem muitoimportante para vocês nesta manhã.É uma mensagem que sempre me enchede alegria e de conforto. A mensagemé esta: a comunicação e o amor já existiam antes da fundação do mundo!Fala-se tanto neste bimônio comunicação e amor. Fala-se tanto na sua faltae na sua necessidade. Na verdade osgrandes problemas da humanidade residem n0 desiquilibrio ou na inexistênciade comunicação e amor.e homem moderno pergunta de ondevêm comunicação e amor tão necessanos à sobrevivência do ser humano. Músicos, cantores, poetas, psicólogos afirmam que tudo depénde de comunicaçãoe amor mas nem sempre sabem de ondevêm e não sabem o que significam.Nós podemos afirmar que embora façamparte da natureza humana, comunicaçãoe amor não surgiram na criação do mundo. Não apareceram com as coisas queexistem. Não foram criados do nada.Comunicação e amor já existiam bemantes .de todas as cousas. Este relacionamento íntimo, este sentimento quenteque tens pelo teu Deus, pelos teus pais,teus filhos, tua esposa, tua namorada,teu amigo não é novo, é mais antigo quequalquer cousa que vês. É um reflexoda comunicação e do amor que existiam antes da criação.A expressão registrada em Gênesis 1.26que diz "Façamos o homem" demonstraque houve uma conversação, uma assembléia, uma decisão inteligente e volitivadentro da Trindade. Portanto, houve comunicação!
Comunicação existia em Deus!Comunicação faz parte da eternidade!
Que dizer do amor?Em João 17.24 Jesus ora a seu Pai nocéu dizendo: "Tu me amaste antes dafundação do mundo". Jesus está afirmando que é amado pelo seu Pai antes
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da criação de todas as cousas. Antesde "No princípio", portanto, uma situação, que não é uma situaçã.o estática, estava acontecendo.Mas, esta comunicação e este amor nãose limitavam, não se restringiam à Trindade. Eles visavam um objetivo fora dela - visavam a criatura, o homem.Deus estava pensando no mundo,
nos homens,em nós quando comunica
va-se consigo mesmo e demonstravaamor para consigo mesmo. Por isso oapóstolo Pedro (1.20) enfatizava que amorte sacrificial de Cristo já era conhecida, preordenada antes mesmo da fundação do mundo.E tudo porque Deus pensava em nós.
Na minha pessoa.Na tua vida.
No meu destino.Na tua salvação.
O Pai amava o Filho e através do Filhoamava a cada um de nós. Por isso nóssobrevivemos espiritualmente porque recebemos a comunicação e o amor deDeus.Que grande evangelho, que grande consolo, que grande maravilha quando oSenhor diz em Efésios (1.4) que "Deusnos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo ... e em amor nos predestinou para ele". Sublime mensagem!Para mim, a mais grandiosa.Sim, nós fazemos parte do pensamentode Deus desde a eternidade. Não estamos no mundo por acaso. Não somossalvos por acaso. Houve um plano, bemdefinido, bem delineado.Mas, o cuidado de Deus por nós nãose manifesta apenas no que respeita anossa vida, nossa salvação. Deus envolve-se também naquilo que queremosser, realizar. E isto também nos tocabem de perto. Se somos de Deus, somos agentes de Deus. Somos reflexosda comunicação e do amor de Deus. Oministério que exercemos ou para o qualnos preparamos também não é um acaso. A função profética também estádentro dos planos de Deus. Tambémfaz parte da eternidade. Todos conhecemos a passagem de Jeremias(1.5) quediz: "Antes que tu te formasses no ventrematerno ... eu te constituí profeta àsnações". E motivado por este consolo
(Continua na pág. 212)
COMENTÁRI
:ão de todas as cousas. Antesprincípio", portanto, uma situa
s não é uma situação estática, es:;:otecendo.<:: comunicação e este amor não::'/am, não se restringiam à TrinEles visavam um objetivo fora deavam a criatura, o homem.stava pensando no mundo,:8 homens,
em nós quando comunica:):)nslgo mesmo e demonstravaara consigo mesmo. Por isso o
Pedro (1.20) enfatizava que aacrificial de Cristo já era conhe'eordenada antes mesmo da funiD mundo.
porque Deus pensava em nós.minha pessoa.
:a tua vida.No meu destino.
Na tua salvação.,mava b Filho e através do Filho, cada um de nós. Por Isso nósamos espiritualmente porque re3 a comunicação e o amor de
,nde evangelho, que grande conie grande maravilha quando odiz em Efésios (1.4) que "Deus::liheu em Cristo antes da fundanundo ... e em amor nos predes:ra ele". Sublime mensagem!'11, a mais grandiosa.
fazemos parte do pensamentodesde a eternidade. Não es
~ mundo por acaso. Não somosar acaso. Houve um plano, bem
bem delineado.cuidado de Deus por nós nãoresta apenas no que respeita a'da, nossa salvação. Deus en-também naquilo que queremos
izar. E isto também nos tocaperto. Se somos de Deus, so
;ntes de Deus. Somos reflexosnlcação e do amor de Deus. O) que exercemos ou para o qualparamos também não é um a\ função profética também estáias planos de Deus. Também; da eternidade. Todos oonhe-
passagem de Jeremias(1.5) quees qUE!tu te formasses no ventre
eu te constituí profeta àsE motivado por este consolo
(Continua na pág. 212)
COMENTÁRIOS
o EXORCISTARev. Abival Pires da Silveira
O livro "O EXORCISTA" termina comum diálogo interessante entre o padreDyer e Chris, a mãe de Rags. "O quevocê aoha que aconteceu mesmo? Perguntou o padre Dyer em voz baixa. Como descrente. Acha que ela estavaendemoninhada mesmo?" Baixando a vista, Chris pensou um pouco antes de responder. - "Pois é, como você diz ...quanto a Deus sou descrente. E continuo sendo. Mas quando se trata dodiabo ... bem aí a ooisa muda de figura. Nisso eu seria capaz de acreditar.E acredito realmente, acredito mesmo. Enão é só por causa do que aconteceucom Rags. Falo de modo geral. Quando se pensa em Deus, ohega-se à conclusão de que, se ele existe, então comcerteza precisa dormir um milhão de anos cada noite, porque do contrário teria que ficar irritado. Entende o que euquero dizer? Deus nunca abre a boca pra nada. Mas o diabo não pára defazer propaganda, padre. O diabo fazcomerciais à beça."
Dyer olhou-a um instante e, depois,retrucou tranqüilamente:- "Mas já que tudo o que há de ruimno mundo leva você a pensar que o diabo tem de existir, então como é quevocê explica tudo o que há de bom?"
A idéia a fez espremer os olhos enquanto resistia à mirada dele. Por fimbaixou-os.- "Pois é, pois é ... murmurou. Aí éque está." (O Exoroista, pg. 318, Rg/74).
Este diálogo descreve com rara fidelidade uma das vivências de nossa vidacotidiana e ao mesmo tempo uma experiência fundamental da humanidade: aexperiência do mal, da dor, do sofrimento, da doença, da morte, de potênciassatânicas e de poderes demoníacos.Sabemos que esta não é uma questãofácil e que poderia ser abordada de muitas e qiferentes perspectivas. É claro
211
das
O PROBLEMA HERMENtuTICO
bretudo nas diversas fonnas de -'mentais.
maçõesdois extra",:::s.:e- -'S ':2-'~eo que é c':::::,,=- ôs' .--,,:: ::alidade, p:::·c.= - - '". ~~,~ :~~concepção ;:;,-,:ç= :: -, : ~ =
tá superado \1 ).- 2-5 :: - - . 'se pode em ",:::6:=5= "', 3,
do conhecimento c_" :e--:" ~tos fatos (por exe:-:-::: :c:- '51físicos ou psíquiccs'::-:mente que as forças çe-: - diexistem ou não exercecs~~:Agora entremos no rm.:n,j: :::;as potências demoníacas 2-:',,""caráter paradoxal e c:::,,:;a.s:,,--"lado o seu caráter pess:::s : -"constatado pela pre:c.:c"-;,~: ::sar nomes concreL:s:: -: o
Belzebu, Lúcifer.De outro lado. ess"" ,-
acas apresentam -:2- ',,-S'São simplesmene :::2 -: ,,:sem especificaçãc. ~~- - = -
as potestades do a.', -:: :"nio, força, prepotér:a. :=-=:~c!!
O termo "diab::: e- -- ~ballein que signífica. :e-õ: --C:-'~diabólico é tudo a.::_ : : -=- ~
desintegra, confunce ,,-':: - ~Bíblia, todas as m2~ ',,5:::=Sê:ou demoníacas tê,.,., - e=-: ,~mum da desordem. c:" ::"S -,?'iconfusão. Aqui a e,ôô-:-- 2. 1deres satânicos. E 0:-: =-,::' ~
E como podemos tc:-:-2.' -"'::'~
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O PROBLEMA DA CIÊNCIA, OU DOPROGRESSO CIENTíFICO
Escreveu alguém, recentemente, co'mentando este gosto sensacionalista pe'Ia demologia. "Não se pode usar luzelétrica ou aparelho de teievisão ou, emcasos de doença, valer-se dos recursosmédicos e clínicos modernos e ao mesmo tempo crer no mundo dos espiritose dos milagres. Com o conhecimentodas forças e das leis da natureza morreua crença na existência dos espíritos edos demônios".
Não há dúvida alguma que o progresso e o conhecimento científico tem arrancado, expulsado, exorcizado da mente do homem idéias mágicas e crendices. Se a idade média se caracterizoupor uma crença excessiva nos demôniosa ponto de se tornarem comuns e corriqueiras as excomunhões, as condenações e queimas de bruxas e luceferinos,a partir do seco XVII sob a influênciado iluminismo e do desenvolvimento científico começou-se a relegar tais crenças cada vez mais ao reino da magíae da fantasia. E hoje, graças a Deus,sabemos que fenômenos físicos comotempestades e secas têm suas causasnaturais e não precisamos dos espíritosbons ou maus para explicá-Ias, assim como a medicina especializada já fincoualguns marcos significativos nesta delicada fronteira que distingue possessãode fenômenos patológicos naturais, so'
dem mais a linguagem dos filhos e vice-versa. As palavras já não servem para comunicar. Não comunicam bem, para não dizer não comunicam nada.
No campo da religião este problemase torna dramático, pois, a fé dependetotalmente da palavra. A revelação divina é transmitida com a palavra humana. "A FÉ VEM PELO OUVIR". A féentra pelo ouvido. Ora, quando a palavra humana perde o seu valor e geraconfusão, é claro que a convivência humana fundamentada na fé entra em crise.
Daí porque o homem de hoje encontra grande dificuldade em compreendera linguagem que versa sobre pecado,graça, milagre, anjo e, também, demônio.
Este é um aspecto.
antes da fundação do mundo."(Vem da pág. 210)
o PROBLEMA DA LINGUAGEM
de ser designado por Deus antes denascer que Jeremias profetiza a uma nação que perdeu a comunicação e o amor com Deus. É -motivado pela graçade que Deus o separou antes de nascer(GI 2.15-16) que Paulo anuncia o quepara alguns é escândalo e loucura.Motivados também por esta verdade deque Deus nos chamou, escolheu e designou para o ministério é q'ue precisamosdesenvolvê-Io com sublimidade, dinamismo, responsabilidade. O ministério decada um de nós também faz parte daeternidade. Foi ali que foi designado.Por isso o "lde ... pregai" (Me 16.15) deJesus é uma ordem imperiosa. Porqueesta missão está dentro de nós, faz parte de cada um de nós.Nós fomos agraciados pela comunicaçãoe pelo amor de Deus, que nos criaram,redimiram, e salvaram. Sejamoa bonsportadores, instrumentos desta comunicação e desta amor de Deus porque são deimportância e de valor eternos. Amém.
que vamos analisar este problema daperspectiva bíblico-teológica mas é bomassentarmos alguns pontos preliminaresmuito importantes com a ajuda de disciplinas auxiliares.
O problema da linguagem é fundamental na cultura moderna. A comunicação tornou-se hoje um problema. Sepor um lado os meios de comunicaçãopropiciaram uma vertiginosa veiculaçãode idéias, de outro lado a dinâmica e aaceleração do processo dissemântico privaram os vocabulários de toda sua univocidade. Em outras palavras: quandoabrimos o jornal ou ouvimos o noticiárioas paiavras mais usadas como amor, democracia, revolução, abertura, detente,têm tantas conotações que já não significam mais nada a ponto de as pessoas que as usam passarem a brigar paradizer o que queriam dizer e o que nãoqueriam dizer quando as usaram.
Não apenas no campo político, masdentro dos lares, os pais já não enten-
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s a linguagem dos filhos e vi-As palavras já não servem pa
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"mpo da religião este problemadramático, pois, a fé depende
- da palavra. A revelaçfio 01'"nsmitida com a palavra humaFÉ VEM PELO OUVIR". A fé: ouvido. Ora, quando a pa,ana perde o seu valor e gera
é claro que a convivência hudamentada na fé entra em cri-
~rque o homem de hoje encon:e dificuldade em compreender;em que versa sobre pecado,agre, anjo e, também, demônio.
~ um aspecto.
3LEMA DA CIÊNCIA, OU DOROGRESSO CIENTíFICO
eu alguém, recentemente, coeste gosto sensacionalista pe
:gia. "Não se pode usar luz.; aparelho de televisão ou, emdoença, valer-se dos recursos
: clínicos modernos e ao mes-crer no mundo dos espíritos
agres. Com o conhecimentoe das leis da natureza morreu
na existência dos espíritos e1[OS".
dúvida alguma que o progrescnhecimento científico tem ar:xpulsado, exorcizado da men~em idéias mágicas e crendi, idade média se caracterizourença excessiva nos demônios9 se tornarem comuns e cor:s excomunhões, as condenaôimas de bruxas e luceferinos,J seco XVII sob a influênciamo e do desenvolvimento cimeçou-se a relegar tais crenvez mais ao reino da magiasia. E hoje, graças a Deus,ue fenômenos físicos como
3 e secas têm suas causasnão precisamos dos espíritos,us para explicá-Ias, assim co)ina especializada já fincou)OS significativos nesta deliera que distingue possessão;os patológicos naturais, so-
bretudo nas diversas formas de doençasmentais.
O PROBLEMA HERMENtoUTICO
O gênio próprio da iiteratura religiosa exige critérios e categorias próprias de interpretação. Assim, é fundamental que na interpretação dos textosbíblicos se tome em consideração o gênero literário próprio. Sem o que faremos a Bíblia dizer aquiio que ela nãodiz e deixaremos de dizer aquilo queela diz. Neste sentido seria oportunaesta observação: Ao se julgar as afirmações das Escrituras deve-se evitardois extremos: de uma parte, nem tudoo que é dito deve ser tomado como realidade, porque muita coisa pertence àconcepção antiga do mundo e hoje está superado (1), mas por outra parte nãose pode em hipótese alguma, em nomedo conhecimento que temos hoje de mUItos fatos (por exemplo: de fenômenosfísicos ou psíquicos) concluir imediatamente que as forças demoníacas nãoexistem ou não exercem ação maléfica.Agora entremos no mundo bíblico. Aías potências demoníacas apresentam umcaráter paradoxal e contrastante. De umlado o seu caráter pessoal que pode serconstatado pela preocupação em se usar nomes concretos como Satã, Belial,Belzebu, Lúcifer.
De outro lado, essas forças demoníacas apresentam um caráter impessoal.São simplesmente potências, poderes,sem especificação. São os poderes eas potestades do ar símbolos de domínio, força, prepotência, despotismo ..
O termo "diabo" vem do grego diaballein que significa desordenar. Logo,diabólico é tudo aquilo que desordena,desintegra, confunde, aniquila. Assim, naBíblia, todas as manifestações diabólicasou demoníacas têm o denominador comum da desordem, da desintegração, daconfusão. Aqui a essência desses poderes satânicos. E como expressam eles?E como podemos tomar consciência deles? De que modo podemos percebêlos como forças atuando em nós e nonosso mundo? São essas as perguntasque a Bíblia nos responde.
1 - A primeira categoria bíblica dainterpretação demoníaca é a TENTAÇAO.Assim, a tentação é uma manifestação
da presença diabólica. Fazer com queo mundo, fazer com que a existência,fazer com que as coisas no seu conjunto ou nos seus pormenores apareçamcomo TENTAÇÃO. Pessoas, atitudes, palavras, situações, intuições apareçam carregadas de sedução e de ameaça. Tentações, seduções e ameaças que adquirem um caráter absoluto e que visaminstalar o homem numa órbita em queele se aparte de Deus e se perca. E eisporque é perigoso o tentador. Ele nãotem sinais característicos. O seu perigo está justamente no disfarce da sedução.
2 - Outra categoria típica da interpretação demoníaca na Bíblia é a DOENÇA.Encontramos constantemente nos relatosdos evangelhos as doenças, de um modo geral, como manifestação da presença diabólica. Marcos e Lucas atribuemao demônio o caso de um "espírito surdo-mudo". Mateus cita o caso de umendemoninhado ao qual o demônio tinhaarrebatado não somente a fala mas também a vista. Em Lucas, também, umamulher atormentada é descrita como possuída por um espírito de enfermidade.
E assim poderíamos enumerar muitosoutros casos do espírito do mal causando doenças descritas de um modc vagocomo a daquela mulher encurvada aquem Jesus chama e diz: "Esta filhade Abrão a quem Satã mantém prisioneira por 18 anos". Outrora a doençaera considerada uma deterioração dasrelações com o cosmos, um estado caótico da existência individual e, consequentemente, uma situação falsa perante Deus. Havia sensibilidade muito grande para esse tipo de defeitos, aos quaisse procurava dar uma interpretaçãoética. Doença e possessão quase nãose dissociavam. Nos evangelhos a doença é a expressão da impotência dohomem, de sua prostração e miséria ede sua necessidade de cura e restauração. Mas além deste dois há um terceiro nível de manifestacão diabólica. Sãoas chamadas •
3 - POSSESSÕES DEMONIACAS oropriamente ditas. A possessão é ~mamanifestação especialmente drástica dopoder satânico como se ele fosse a alma desse corpo. É a possessão totalem que a atividade demoníaca suplanta as potências anímicas a tal ponto que
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as faculdades superiores da alma e aprópria consciência desaparecem.
É por isso que um especialista noassunto assim se expressa: "nas doenças psíquicas experimentamos ainda hoje o "momento da possessão" que', numsentido mais amplo, e profundo se verifica em todas as doenças".
A narrativa do endemoninhado de Gerasa nos Sinóticos tem um valor quaseparadigmático. O desventurado tem umaafinidade inegável com a morte. A tendência de seu ser revela-se na ação dearruinar, de destruir, de corromper, de aniquilar, Perdeu a sua identidade. Esqueceu o seu nome. É a síntese deforças em conflito que o arrebentam dedentro para fora. Está condenado à escravidão e à morte. E este poder diabólico não destrói apenas o homem enquanto individuo. Ele invade a história.Apossa-se das instituições políticas e sociais, insinua-se no ânimo dos detentores do poder criando um verdadeiro império que o apóstolo descreve na figurados principados e potestades. E o "principe deste mundo".
Dentro de todo este contexto Cristoé apresentado como o Exorcista por excelência. Este é um dos aspectos maisdesconcertantes do ministério de Jesus.Não era algo periférico mas central emsua obra.
Cristo tem não só de ensinar umadoutrina, mostrar um caminho e trazeruma vida. Ele tem de romper os grilhões de um poder antidivino. Ele vence a tentação, repreende a enfermidade,expulsa o demônio e numa visão do seutriunfo cósmico vê Satã caindo do céucomo um relâmpago. É afirmação davitória, total, completa e final de Cristosobre toda e qualquer expressão do poder demoníaco. Onde Cristo entra a tentação e a sedução são desmascaradas,as enfermidades são curadas, os endemoniados são devolvidos ao seu perfeito juizo e as potestadas são destronadas.
As narrativas de exorcismo nos evangelhos não são narrativas vulgares. Elasse encaixam plenamente na economiada salvação: A nossa vida e a vidado nosso mundo se desenrola na fronteira da vida e da morte, da liberdadee da escravidão, e só Ele, descrito co-
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mo o mais forte que venceu a morte,pode livrar-nos dos poderes da morte edar vida.
Os exorcismos que ele praticou sãoos sinais do advento do Reino de Deus,da destruição do império de Satanás euma antecipação da salvação, escatológica.
O filme ou o livro "O Exorcista", naverdade, nos ensina, quiçá sem querer,uma verdade preciosa. Penso que sempretender, inconscientemente, o autor de"O EXORCISTA" põe em evidência o fato de que a fixação em fenômenos extraordinários de suposta origem diabólica dificulta uma compreensão adequadado ministério no qual têm lugar as relações entre o homem e Deus. Em outraspalavras: todos os recursos técnicos foram empregados para a representaçãomais surrealista possivel do espírito maIígno a ponto de causar calafrios, horror e até náuseas e vômitos mas o resultado foi que ao invés de levar. à féna bondade libertadora de Deus, levoua heroina, a mãe de Rags, no fim datragédia, a confessar que quanto a Deuscontinuava descrente, mas depositavatoda a sua fé no diabo. É bem o retrato da condição do homem de hoje: deum lado o descrédito de Deus mas deoutro a sua aproximação cada vez maiordos poderes satânicos que, à semelhança de "O Exorcista", parece ter descoberto uma nova técnica de fazer possessos.
Hoje o clima cultural é diferente. Vangloriamo-nos de viver na tecnópolis construida pelo nosso próprio engenho. Masaí continuam a operar, quiça apenas deum modo mais sofisticado, os poderesdemoníacos. As atividades do espíritomalígno adaptam-se ao espírito da época. O cidadão megalopolense é manipulado, no recôndito mais íntimo de suaconsciência, pela tecnologia audio-visual,pelos meios técnicos de comunicação demassas, pela propaganda e pelos fenômenos de sugestão global.
Nunca, como em nossos dias, o homem foi tão manipulado, massificado,despersonalizado e, quanto mais despersonalizado, tanto mais suscetível de sedução demoníaca. Pois ela nivela o valor da personalidade individual, impededecisões pessoais, e tende a destruir a
autoconsciência e reSpD'i5s: ::.S::'fvidual. O endeusamenL: :::6 '::.: :5
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) clima cultural é diferente. Van'0S de viver na tecnópolis conso nosso próprio engenho. Mas1am a operar, quiça apenas de
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3!izado e, quanto mais desper, tanto mais suscetível de seioníaca. Pois ela nivela o varsonalidade individual, impede)8ssoais, e tende a destruir a
autoconsciência e responsabilidade individual. O endeusamento de ídolos fabricados para a sociedade de consumo, aexploração desenfreiada das paixões noscomerciais, o apelo constante aos instintos, tornam o homem de hoje vítimafácil de qualquer tipo de demonismo.
Talvez, isto tudo esteja na origem deum dos fenômenos mais paradoxais daera tecnológica: a volta das bruxas, aproliferação dos feiticeiros, a multiplicação dos terreiros, a popularização dosorixás e enxús, a industrialização dos horóscopos, nas moderníssimas megalópolis do século XX.
Isso tudo vai gerando um clima mórbido de angústia doentia, despertandoum apelo cego e fanático ao irracional,provocando práticas fantásticas e supersticiosas que vivem à custa da emotividade sensual, do medo e do terror. Eonde há medo, e onde há crendice, e'
, onde há superstição, e onde há angústiae terror não há verdadeira religião e simmagia.
Daí porque hoje, quiça mais aindaque nos tempos de Cristo, temos de,como cristãos e como igrejas, atentarpara o mandamento de Cristo: "não nosdeixes cair em tentação", "curai enfermos" e "expulsai demônios".
Quando Jesus pede a seus discípulos para curarem enfermos e expulsaremdemônios, não distingue entre enfermidades corporais, mentais ou espirituais.Cada página do evangelho mostra queele menciona igualmente as três e astrês são uma só.
Aqui está, talvez, a lição mais preciosa que o divino exorcista nos quertransmitir: - que tanto a enfermidadefísica, como mental, tanto a enfermidadeindividual como a social, são conseqüências do distanciamento entre o espírito do homem e o espírito divino eque nenhuma doença pode ser curadae nenhum demônio pode ser expulsosem a reaproximação do espírito humano com o divino. Como os discípulos,tenhamos alegria em nossa vocação.Nesta missão encontraremos outros aliados.
Quando os discípulos relataram contrariados que outras pessoas estavamtambém expulsando demônios, pedirampara que Jesus os castigasse mandando
cair sobre eles fogo do céus. Não foram atendidos e Jesus lembrou: "quemnão é contra nós é por nós",
Aí está a medicina, aí está a psiquiatria e tantos outros aliados preciososneste ministério grandioso de cÚrar eexorcisar os males do homem e do mundo. Mas aí está, também, a advertênciade Cristo: haveremos de encontrar demônios que só podem ser exorcizadospela palavra da fé, pela mensagem dareconciliação e do' perdão. Apesar denossa enfermidade, apesar dos demônios que operam dentro de nós, de nossas igrejas e de nosso mundo, apesarde todos os usurpadores deste século,apesar da brutalidade e do cinismo, apesar dos tiranos e poderosos, apesardo pecado e da servidão, alegramo-nos.porque:
Teu é o poder,Tua é a glória,Não por uns temposMas por todo o sempre, Senhor!E alegramo-nos, mais ainda:~ não
porque curamos e expulsamos demônios, mas porque temos os nossos nomes arrolados nos céus.
(Extraído de "O Estandarte", junho/?6p. 3, 7)
QUE LUZES LARça A HISTÓRIA
SOBRE O SIGNIfiCADO DA
páSCOA 1
(D. A. Reily - Professor de HistóriaEclesiástica da Faculdade de Teologia de Rudge Ramos, SP)
Os cristãos primitivos pouco se preocuparam em recordar os seus atos para .a posteridade. Por isso, há muitaslacunas em nosso conhecimento da história da Igreja nos primeiros séculos.Não podemos precisar quando a Igrejacomeçou a celebrar a Páscoa como festa . anual e nem sabemos onde tal celebração primeiro se fez. Mesmo assim,a própria controvérsia que se travou sobre a Páscoa, concernente ao dia correto da sua celebração, a maneira dasua celebração e as interpretações da
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festa, lança luzes sobre o verdadeiro significado da Páscoa.
A resistência dos cristãos, de origemgentílica, a tudo que cheirava de judaísmo. Existem evidências de diversasespécies que os cristãos primitivos faziam questão de demonstrar que nãoeram judeus. A Didaquê, por exemplo,explica que os cristãos jejuavam nos 4.°e 6.0 dias da semana, exatamente para
~ser diferentes dos "hipócritas" (os judeus), os quais jejuavam nos 2.° e 5.°dias (Cap. 8). O próprio Apóstolo Paulo criticara severamente os Gáiatas porguardarem "dias, meses, tempos e anos", a saber, observar os sábados efesta judáicas (GI 4.10). O mais conhecido dos Apologistas Cristãos, JustinoMártir, no seu Diálogo com o judeu Trifão, deixou claro que os cristãos nãolevaram em conta os sábados e as outras festas judáicas.
Por causa deste evidente desprezode "dias, meses, tempos e anos" e oafã geral de evitar quaiquer aparência dejudaísmo, é provável que a Igreja demorou algum tempo antes de introduzira prática anual da celebração da Páscoa. No Novo Testamento não existenenhuma referência a uma "Páscoa Cristã" no sentido de um dia anual, a exemplo da festa judáica. A referência neotestamentária mais parecida é 1 Co 5.7"Cristo, nossa Páscoa" ou "Cristo, nosso cordeiro pascai". Também a Didaquê, um manual de culto cristão, quedá instruções sobre batismo, santa ceia,festa de amor, oração, jejum e coisas afins não menciona nenhuma ce!ebração anual da Páscoa.
Apesar desta resistência a "dias, meses, tempos e anos", duas cousas significativas ocorreram.
A primeira destas é que os cristãoscomeçaram, espontaneamente, a celebrar,como dia especial de culto, "o primeirodia da semana" (cf. 1 Co 16.2; At 20.7)que depois também foi denominado Ó
"Dia do Senhor" (d. Ap 1.10; Didaquêcapo 14, refere ao "dia próprio do Senhor"). O "Dia do Senhor", é claro, foio dia da ressurreição, nada tendo a vercom o sábado dos judeus. Os cristãosdeixaram claro este fato. Um dos Pais
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Apostólicos, Barnabé, na sua Epístola,chamava Domingo o 8.0 dia!
"Portanto, guardamos o 8.° dia comalegria, no qual também Jesus ressurgiu dos mortos, e tendo se manifestado,subiu aos céus" (Cap.15). Ele o chamava assim, pois quis enfatizar que emCristo, e particularmente na sua ressurreição, Deus havia iniciado uma novaera! Bem mais tarde, Agostinho também deixou clara a distinção entre oSábado dos judeus e o Domingo doscristãos: "Sábado significa descanso;Domingo significa ressurreição".
A segunda coisa foi que, apesar daresistência de Paulo e de outros, a Igreja chegou a estabelecer um dia anualpara oomemorar a morte e ressurreiçãodo Senhor! E curiosamente, este diacristão veio a ter o mesmo nome daquele dos judeus - Páscoa. (Claro quea coincidência da morte e ressurreição aeJesus com aquela grande festa judáicacontribuiu significativamente para isto).Gostariamos de ter maiores detalhes sobre as origens desta festa anual, porémas lacunas aqui são grandes. Na verdade, as primeiras referências à Pásooacomo festa anual provêm da controvérsia entre dois bispos sobre a data correta da sua celebração. Bispo Poli carpo de Esmirna (o qual foi martirizadodepois) visitou o Bispo Aniceto de Roma, e os dois discutiram sobre o dia ea maneira corretos da celebração daPásooa. Não chegaram ao acordo, masse separaram ainda como amigos. Oque nos interessa no momento, porém,é que esta disputa ocorreu mais ou menos no ano 154 d.C., o que índica que,pelo menos em meados do segundo século, já se celebrava a Páscoa comouma festa anual.
Apesar, então, de uma resistência aoestabelecimento pelos cristãos de diasespeciais, a Igreja, de fato, chegou aestabelecer, quase desde o início, umdia espeoial semanal, e um outro anual.Este fato força-nos a perguntar: por quê?
A única explicação que nos parecede qualquer-forma adequada é que ambas destas coisas enalteciam a RESSURREiÇÃO, e que a Igreja reconhecia aressuneição como pedra - de - toque dopróprio cristianismo.
- Sem a ressurreição, Jesus seria apenas um profeta, mestre e mártir, im-
portante, sem dÚ":::=- - ~vamente diferente ce _-um Amós. Poré~ :e e =---
Deus poderosame"te -e -= e=-_ o ~
mo Filho de Deus ::- .- Sem a ressurre~§:
a Igreja, cuja razão c:e ~e- e-= - ~har as maravi!has .je : e_~mente a ressurreiçãe,.
- Sem a ressurreiçª-c ~:: ~ " -;;;tã seria vã, toda a ç~:: ~-~::':uma falsidade (1 Co 15.-":'
Foi esta convicção ,Le ",: c ]itãos a celebrarem toda =- 5" - ~- :'surreição, para que es:a ~ª-: ::31nas uma memória, um 12::: - "=_ :;;i
também um elemento na "_=- e,_~no dia-a-dia. No entan::::, ="-- :~resistiram à tendência C3 -=.:econtecimento uma festa ar;c;" :::
o início, pela importâne':;c-õ" '~pre mais do que um dia:-õ :-= ~
pois os cristãos sentia" :-õ::'5:a necessidade de um te,,:: - ~ "rado para se preparar ça -õ.
moração, que Gregório \ =..:: "- - -
va "a festa das festas" :;-dos dias".
A evidência histé - :;"va a crer que :09:universal na Igreja a :,,-õ:'''::':da Páscoa. Mas. ,,-:e~~ _~ _-::1
dade da celebraçª.:; !"o~CF~ 6'""
quanto à data e -à !7'a ê'~'= ~ ,lebração. Pelo ex::~~: :õ: -~ -c;;
ro que havia difere- :::'5 "ção em Roma e ."-"" __mais ou menos e~ -~- _uma outra contrC'''e~'' - -:: :,,-:5;uma terceira mej",:":e := >ÕE
da Páscoa e um;:, ~e-:e -" :"',,mo a correta. Se,- -: ~ :~-:=núcias, será nec:e~~~': õ. =~-1'iexaminar ligeirame,-,=e : =: = ;; _Jcialmente quanto à ~_" ",,': =";;
data correta da eee:-,,~ª:1) A ênfase dos Et:- 5:,,5 : - j,teso Este grupo, 8e;_ -:: :õ ::-"
dos Evangelhos Sh:::::~ ~ 53i:
teus, Marcos e Lucas, e-:=-:=~sus realizou sua ú:::-:'" :" ~ '"de 14 de Nisã (isto e ~a -,,'S!em que os Judeus eê'Oça-a '=-~tavam celebrando sua ::=~.'-""
cos, Barnabé, na sua Epístola,3, Domingo o 8.° dia!~anto, guardamos o 8.° dia com
no qual também Jesus ressurmortos, e tendo se manifestado,
)3 céus" (Cap.15). Ele o cha-3sím, pois quis enfatizar que ems particularmente na sua ressur-Deus havia iniciado uma nova
33m mais tarde, Agostinho tamxou clara a distinção entre odos judeus e o Domingo dos
"Sábado significa descanso;significa ressurreição".
,gunda coisa foi que, apesar da)'a de Paulo e de outros, a Igreou a estabelecer um dia anualmemorar a morte e ressurreição~,or! E curiosamente, este dia"eio a ter o mesmo nome daJS judeus - Páscoa. (Claro que:ência da morte e ressurreição aeem aquela grande festa judáicaj significativamente para isto).mos de ter maiores detalhes so)'ígens desta festa anual, porém:as aqui são grandes. Na ver-
primeiras referências à Páscoasta anual provêm da controvér, dois bispos sobre a data corsua celebração. Bispo Policar:smirna (o qual foi martirizadovisitou o Bispo Aniceto de Ro3 dois discutiram sobre o dia e'a corretos da celebração daNão chegaram ao acordo, mas
raram ainda como amigos. Ointeressa no momento, porém,
:ta disputa ocorreu mais ou me,no 154 d.C., o que indica que,:os em meados do segundo sé-se celebrava a Páscoa como
a anual.,r. então, de uma resistência ao:mento pelos cristãos de dias
a Igreja, de fato, chegou asr, quase desde o início, um:ial semanal, e um outro anual.força-nos a perguntar: por quê?ca explicação que nos pareceJer' forma adequada é que am,s coisas enalteciam a RESSUR-
e que a Igreja reconhecia a20 como pedra - de - toque dodstianismo.a ressurreição, Jesus seria a
1 profeta, mestre e mártir, im-
portante, sem dúvida, mas não qualitativamente diferente de um Jeremias ouum Amós. Porém, pela ressurreição,Deus poderosamente revelara Jesus como Filho de Deus (Rm 1.4).
- Sem a ressurreição, nem existiriaa Igreja, cuja razão de ser era testemunhar as maravilhas de Deus, particularmente a ressurreição.
- Sem a ressurreição, toda a fé cristã seria vã, toda a proclamação cristãuma falsidade (1 Co 15.14).
Foi esta convicção que levou os cristãos a celebrarem toda a semana a ressurreição, para que esta não fosse apenas uma memória, um fato histórico, mastambém um elemento na sua existênciano dia-a-dia. No entanto, também nãoresistiram à tendência de fazer do acontecimento uma festa anual. E desdeo início, pela importância dela, foi sempre mais do que um dia de celebração,pois os cristãos sentiam, desde logo,a necessidade de um tempo mais demorado para se preparar para esta comemoração, que Gregório Nazianzo chamava "a festa das festas" ou "o mais felizdos dias".
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A evidência histórica que temos leva a crer que logo tornou-se práticauniversal na Igreja a celebração anualda Páscoa. Mas, apesar da universalidade da celebração, havia diversidadequanto à data e à maneira da sua celebração. Pelo exposto acima, ficou claro que havia diferenças entre a celebração em Roma e Ásia Menor. Porém,mais ou menos em 167 d. C., arrebentouuma outra controvérsia, indicando aindauma terceira modalidade da celebraçãoda Páscoa e uma terceira data tida como a correta. Sem nos perder em minúcias, será necessário a esta alturaexaminar ligeiramente cada grupo, especialmente quanto à sua interpretação dadata correta da celebração.1) A ênfase dos Ebionistas ou Judaizantes. Este grupo, seguindo a orientaçãodos Evangelhos Sinõticos, a saber, Mateus, Marcos e Lucas, entendeu que Jesus realizou sua última ceia na noitede 14 de Nisã (isto é, na mesma noiteem que os Judeus em geral também estavam celebrando sua Páscoa). Para
eles, Jesus fora crucificado no dia 15 domês de Nisã.2) O segundo grupo, representando umcostume geral da Ásia Menor, baseou asua prática no Evangelho de João, queindica que Jesus morreu na tarde do dia14 de Nisã. Estes faziam uma vigília ejejum, terminando o mesmo às 15 horas(a hora que Jesus teria morrido) com aSanta Ceia.3) A terceira posição, a romana, era amais radical. Esta desprezou o calendário judáico, sem desprezar a história.Todos os Evangelhos concordam que aressurreição ocorreu no "primeiro diada semana", ou seja, domingo. Já vimos como as Igrejas espontaneamenteadotaram o domingo, ou seja, o Dia doSenhor, como o seu dia especial de .adoração, por ser o dia da ressurreiçãode Cristo. A celebração romana semprese fazia no domingo, sem levar em conta a data do calendário judáico.
A prática romana, então, fez duas coisas: a) Ela conservou o elemento histórico do acontecimento, em lembrar queJesus de fato apareceu ressurreto aosseus discípulos no primeiro día da semana. b) Ao mesmo tempo, ela desvinculou o evento da festa judáica! .Poisas respectivas práticas acima descritas representavam três posições filosóficas ou doutrinárias bem diversas. Senão, vejamos:
Sucintamente, podemos representar aposição Ebionista assim: "A PáscoaCristã é, basicamente, uma continuaçãoda Páscoa judáica".
A posição da Ásia Menor era: "APáscoa cristã, de fato, se liga à Páscoajudáica, mas não é idêntica".
Enquanto a posição romana insistia:"A Páscoa cristã é algo radicalmente novo. De fato. ela ocorreu históricamentena mesma época da Páscoa judaica,mas convém frisar que há novidade, háelementos únicos, há dimensões inéditas,que precisam ser enfatizados e aproveitados" .
Esta controvérsia sobre a data correta da celebração da Páscoa noslembra, então, dois fatos importantes. Primeiro, que a nossa fé é essencialmentehistórica! Ela está vinculada a eventosque ocorreram mesmo, envolvendo pessoas cujos nomes conhecemos e cujas
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personalidades podemos deiinear, emuma área geográfica conhecida e em época que pode ser precisa quase aodia e hora. Não é uma filosofia cujosprincípios são universais e eternos, Masé a fé no Deus que age e que de fatoagiu na pessoa de Jesus, o carpinteirode Nazaré, o qual viveu, ensinou, 'morreu e foi ressurreto! Mas, em segundolugar, que este carpinteiro judeu, criadoem Nazaré, e crucificado em Jerusalém,não pode ser confinado ao judaísmo.Este carpinteiro de Nazaré realmenterevolucionou o mundo; ele derrubou aparede que separava Judeu e Gentio(Ef 3.14); ele iniciou a nova era; eleinaugurou o Reino de Deus entre os homens.
(Expositor Cristão, Março/76, p.5)
SÓ NO CASO DE URIAS
Poucas pessoas têm a nobreza decaráter e a delicadeza de espírito daquele que escreveu a maior parte dosSalmos, o livro mais lido da Bíblia. Oitavo e último filho de Jessé, ruivo, debelos olhos e boa aparência, harpista degrande talento, homem de fé, ao mesmotempo forte e corajoso, sisudo em palavras, profundamente humano, desprovido de vaidade e espírito de vingança,nascido em Belém da Judéia, Davi começou a vida exercendo a profissão depastor de ovelhas. Saiu da obscuridadede repente, ao aceitar por conta própriao desafio de Golias. Pouco depois tornou-se chefe da guarda pessoal e genro do rei Saul. A sua popularidadefoi tal, que despertou os ciumes do reie foi obrigado a fugir por tempo indeterminado. Neste período, juntaram-se aDavi "todos os homens que se achavamem a,perto, e todo o homem endividado,e todos os amargurados de espírito, eele se fez chefe deles" (1 Samuel 22.2).Com a morte de Saul, Davi foi aclamadorei e tratou com benevolência os seusinimigos. Fez o que era agradável aosolhos de Deus, a ponto de se tornarpadrão para os demais reis, até o cativeiro babilônico, Mas há um grave senão, que a Bíblia não oculta: Davi fezo que era reto perante o Senhor, e nãose desviou de tudo quanto lhe ordenara
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em todos os dias da sua vida,senão sóno caso de Urias, o heteu"(1 Reis, 15.5).O chamado caso de Urias foi o escândalo provocado por um escorregão moral de grandes proporções envolvendo orei e Bate-Seba, a mulher de Urias.A análise cuidadosa deste famoso adultério e de suas conseqüências há deproduzir nos leitores boa dose do temordo Senhor e oportunas advertências para o dia de hoje. Para tornar as causas mais vivas, apresentaremos os fatospor meio de uma suposta entrevista como autor da comovente confissão do Salmo 51. As respostas colocadas na boca de Davi têm base bíblica e uma dose muito pequena de imaginação.
A concupiscência dos olhos
Ultimato - Ninguém poderia suporque o Rei seria capaz de todas aquelas misérias contidas no 11.° capítulodo 2.° livro de Samuel ...
Davi - Nem eu tampouco. Posso, noentanto, garantir que não foi uma cousa premeditada. Fui tomado de surpresa.
Ultimato - Os psicólogos dizem quehá uma idade considerada perigosa, entre os 31 e os 50 anos, um período detumulto interior, quando a juventude jáacabou, mas a velhice ainda não seestabeleceu. O Rei pecou quando estava nesta faixa?
Davi - Sim, mas não exagero o valor destas pesquisas. Se há crises deidade, não há algo como dispensa decertas obrigações morais, que devemser guardadas a qualquer custo, para onosso próprio bem. José era jovem sadio e solteiro quando, em circuntânciastremendamente favoráveis ao pecado, rejeitou a proposta da mulher de Potifar,sob a alegação de que pecaria contraDeus (Gênesis, 39.7-20). Jamais tenteidesculpar o meu pecado.
Ultimato - Como o Rei explica o seuadultério com Bate-Seba?
Davi - Creio ter havido o concursodos seguintes elementos: 1.°) Naquelesdias eu não estava fazendo o 'que deveria fazer. Meu lugar era o campo debatalha e não Jerusalém (2 Samuel, 11.1e 12.26-31; 1 Crônicas, 20.1). 2.°) Deium valor exagerado ao ímpeto das paixões. Dispus-me a satisfazer a carne
de imediato, sem mais ne!7, ....~- Jesta razão passei por cima::,o ~contrariei inclusive certas face:e" jha personalidade. 3.°) A!ér- :: ~"vavelmente porque atravessa',=, -"odo de relativa segurança e ~~:io meu relacionamento cor- :>õ';;estava na melhor fase.
Ultimato - Por que nãota de recato de Bate-Seba - - - mentos que o levaram ao
Davi - Não há dúvida ca ::. eda parte dela uma provocaç~: '.",se pode depender da ausê- ~ ~ ~tações para se viver corre;"-~'"mundo inteiro jaz; no maligno ~ -"jhá no mundo, a concupiscê-:: :: ~ne, a concupiscência dos é> ~ ::" ::
berba da vida - não proce:a ::emas procede do mundo. :::-~fazer a vontade de Deus ne"ca ::'hostil (1 João 2.15-17; 5.18 =eu falhei, porque fiz a "':-. eNão há aquilo que se Cf,e-eesmagadora da carne, pcs e }jé humana e não divina, e Ce.~ "mite que sejamos tentado ô ~ ~
nossas forças (1 Coríntics - 3)
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A diferença entre perék-
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~eu. O Rei pecou quando esta faixa?- Sim, mas não exagero o va,s pesquisas. Se há crises deão há algo como dispensa de)brigações morais, que devem:Jadas a qualquer custo, para oóprio bem. José era jovem sadteiro quando, em circuntânciasmente favoráveis ao pecado, reproposta da mulher de Potifar,'egação de que pecaria contraênesis, 39.7-20). Jamais tentei. o meu pecado.lto - Como o Rei explica o seucom Bate-Seba?
- Creio ter havido o concursointes elementos: 1.°). Naqueleslão estava fazendo o que deve-
Meu lugar era o campo denão Jerusalém (2 Samuel, 11.1
1; 1 Crônicas, 20.1). 2.°) Deiexagerado ao ímpeto das pai
)ispus-me a satisfazer a carne
de imediato, sem mais nem menos. Poresta razão passei por cima de tudo e
; contrariei inclusive certas facetas de minha personalidade. 3.°) Além disto, provavelmente porque atravessava um período de relativa segurança e facilidade,o meu relacionamento com Deus nãoestava na melhor fase.
Ultimato - Por que não incluiu a falta de recato de Bate-Seba entre os elementos que o levaram ao pecado?
Davi - Não há dúvida de que houveda parte dela uma provocação. Mas nãose pode depender da ausência de tentações para se viver corretamente. Omundo inteiro jaz; no maligno, e tudo quehá no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede de Deus,mas procede do mundo. Compete-nosfazer a vontade de Deus neste ambientehostil (1 João 2.15-17; 5.19). Foi ai queeu falhei, porque fiz a minha vontade.Não há aquilo que se chama pressãoesmagadora da carne, pois a tentaçãoé humana e não divina, e Deus não permite que sejamos tentados além dasnossas forças (1 Coríntios, 10.13). Também não se pode confundir sexo compecado. O sexo faz parte da criaçãode Deus e é elemento indispensável nabiologia atual. Pecado é aquela tendência sempre presente de não se aceitar as regras do jogo, a presunçãode achar que Deus não existe ou, seexiste, não ditou lei alguma.
A diferença entre perdão e correção
Ultimato - Parece que o pecado trouxe alguns problemas para o Rei ...
Davi - Primeiro, a preocupação deocultar o ocorrido. Segundo, a gravidezindesejável de Bate-Seba. Terceiro, ofracasso da tentativa de trazer o maridodela do campo de batalha e fazê-Io estar com ela, para que o filho fosse tido como de Urias.
Ultimato - Foi aí que o Rei resolveumatar a Urias, um de seus valentes (2Samuel, 23.39)?
Davi - Não o matei com as minhaspróprias mãos. Enviei por Urias umacarta ao comandante do Exército, ordenando que pusesse o marido de BateSeba na frente da maior força da peleja, para que a morte dele parecesse aci-
dente de guerra. Tenho repugnância disto tudo, especialmente da falsidade eda maldade de meus atos. O pecadonunca vem só. Ele cria um circulo vicioso e ilude.
Ultimato - Depois da morte de Urias,o Rei levou a viúva para o palácio e afez sua mulher. Houve algum problemade consciência?
Davi - O pecado insensibiliza. Só acordei para a hediondez de minha conduta meses depois, por ocasião do nascimento de nosso filho, quando a palavrado Senhor veio a mim por intermédio doprofeta Natã.
Ultimato - Foi nesta ocasião que oRei compôs o Salmo 51 ?
Davi - Minha alma se derreteu comocera. Nunca senti tanto a necessidadede perdão e purificação. Orei para queo Senhor me lavasse completamente deminha iniqüidade, não retirasse de mimo seu Santo Espírito e me devolvessea alegria da salvação.
Ultimato - Deus o perdoou?Davi - Enquanto calei os meus peca
dos, não obtive cousa alguma do Senhor.Mas, quando confessei tudo que haviafeito, Ele me perdoou. Bem-aventuradoaquele cuja iniqüidade é perdoada ecujo pecado é coberto (Salmo 32.1-5).
Ultimato - Se Deus o perdoou, porque, então, feriu a criança?
Davi - E necessário fazer distinçãoentre perdão e correção. Deus me livrou da culpa, mas não me poupou dasconseqüências naturais do pecado. Pormeio do perdão, eu me aproximei dEleoutra vez, reatei a comunhão perdida,achei-me purificado de minha iniqüidade, encontrei ânimo e alegria para vivere livrei-me de sua mão que pesava sobre mim dia e noite. Por meio da correção, Deus mostrou o seu desagradopelo meu pecado e os homens viramque Ele é Deus zeloso. O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filhoa quem recebe (Hebreus, 12.6). A varae o cajado de Deus me consolam (Salmos, 23.4).
Ultimato - O Rei nunca teve um sentimento de aversão por Bate-Seba?
Davi - Por que o teria? Quando acriança morreu, fui a ela e consolei-a.Não a deixaria sozinha numa hora desta.
219
Ultimato - A naturE3za humana temdificuldade para acolher crítica e repreensão. Quanto mais alta a posição doindivíduo, maior é esta dificuldade. Guarda o Rei algum rancor contra o profeta Natã?
Davi - Natã veio a mim por ordemdo Senhor. ~Jão havia nada de pessoal nas palavras dele. Graças ao profeta,o círculo vicioso criado pelo pecado serompeu. Portanto, nada tenho contr'aele. Quando Bate~Seba me deu à luz osegundo filho, Salomão, este dentro domatrimônio, eu o entreguei nas mã.os deNatã (2 Samuel, 12.25). Anos a fio oprofeta foi amigo particular da família.Ele teve papel importante para que Salomão subisse ao trono após a minhamorte (1 Reis, 1.5-31). Dois filhos deleforam oficiais de meu filho (1 Reis, 4.5).
Os ris.cos a longo prazo
Ultimato - Natã anunciou que o Rei,por ter desprezado a palavra do Senhor,veria acontecimentos bastante desagradáveis, envolvendo membros da famíliareal. Estas cousas se deram?
Davi - Elas foram acontecendo aospoucos. A primeira tragédia foi o incesto de Amnon. Este meu filho primogenito se apaixonou por uma meia-irmã,chamada Tamar, filha de outra esposa,forcou-a e abandonou-a. A segunda ocorreu dois anos depois: meu filho A>salão matou a Amnon à traição paravingar a irmã, e fugiu para o exterior.Ao cabo de três anos, permíti que Absalão voltasse ao país, mas ordenei quepermanecesse em sua casa, em Jerusalém. A liberdade total só a concedi depois de mais dois anos. A terceira tragédia deu-se quatro anos mais tarde:este mesmo Absalão furtou o coraçãodos homens de Israe! para si e levantouuma conspirata contra mim. Fui obrigado a fugir de Jerusalém. Deixei dezconcubinas para cuidarem da casa, eAbsa!ão, para se mostrar odio~o a mim,armou uma tenda no eirado e, à vistade todo o povo, coabitou com elas.
Ultimato - Mas tudo isto tem relaçãocom o seu pecado com Bate-Seba?
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Davi - O Senhor me disse por bocade Natã: "Eis que da própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei ateu próximo, o qual se deitará com elas,em plena luz deste sol".
Ultimato - Então, Deus é mau e vingativo?
Davi - Entendo doutra maneira. Euprovoquei o Senhor a zelo, isto é, leveio Senhor a agir, a descarregar a suamão sobre mim, a exercer a sua justiçaou a sua ira. Já disse, e repito: o Senhor é Deus zelozo (Êxodo, 20.5). Poresta razão, quando Slmei, valendo-se dasituação, me amaldiçoou e me atiroupedras, estando eu fugindo de Jerusalém, não permiti que Abisai lhe tirassea cabeça, dizendo-lhe: "Deixai-o, queamaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou"(2 Samuel, 16.5-14).
Ultimato - Quer dizer que Deus mandou Absalão possuir as concubinas doRei ?
Davi - Deus não mandou que eiefizesse isto. Foi Aitofel quem lhe deueste conselho. Também não foi Deusquem sugeriu que os irmãos de Joséintentassem contra a sua vida, mas oSenhor fez uso daquele crime como lheaprouve e o transformou em bem (Gênesis, 50.20). Deus tem tudo sob controle. Absalão agiu como quis e nãodeíxou de responder por seus atos, masDeus se serviu de tudo aquilo paracumprir o seu intento.
Uitimato - Diz-se que onde abundouo pecado, superabundou a graça (Romanos, 5.20). O Rei o comprova?
Davi - Acho notável que Natã tenhachamado Salomão de Jedidias,que querdizer "amado do Senhor". Foi estemeu filho com Bate-Seba que ocupou otrono após minha morte. Exatamenteele conduziu o país ao período de maior glória e construiu o templo do Senhor em Jerusalém. O perdão de Deusé algo maravilhoso. t:. como se nadativesse acontecido. Por esta razão, lêse na genealogia de Jesus, de acordocom Mateus: "Jessé gerou ao rei Davi;e o rei Davi, a Salomão, da que foramulher de Urias" (1.6)!
(Ultimato - junho/76 - p. 6,7)
REENCARNAÇÃOPara o Jornal Espírita. - ._
A Viagem "marca uma n0'i'" =',,- =,doutrina espírita no Bras: - ~mesmo abatendo o entus!",s-.: .: "-5
iro que deixou muita gen:e .:: - ~~com vontade de estuda":::2 :;Allan Kardec, é possive: c:_= : 1tismo ganhe alguns novos ::::7:'~'"número de católicos com c.: -. : ::"píritas se amplie. Os pro:s;:,,--~~õmente sem doutrina e se~ =:.: "se cuidem, porque o al2.:: = ':
de. Ao mesmo tempo. a:c,,-; ~c·rece e estimula uma ava!iaçé.: :: ~espíritas, especialmente a -~~- .•à luz do Cristianismo.
O que é
A reencarnação é uma: '=- :::;e muita antiga, sem o me...:' ._'-.~to bíblico. Faz parte da :: --" -~rita codificada por Allan 1<","::=- '"ados do século passado. = -;c ""ralidade das existências. 7- -"qual todas as criaturas h·1-2- .... ,cessivas encarnações, vã: 2,: - -.~dativamente, quer no p;2.~': --"quer no plano moral, er-::_,,-:: ::;mesmo passo, vão resgs:=:-:: - !!
crimes do passado. "O::: ,,' encarnação, «diz o próp": ,: ~.:~expiação, o melhorament:: :::.: c .=':S;
humanidade". As novO'.. ,,'-: =='!
podem se dar aqui na 1'2--::: :. ,tros corpos celestes, de -·2 -.:;)perior ao nosSO. O es:r":: :=mem pode encarnar n0 c.:' c: .~mulher e vice-versa.
Em que se baseia
A doutrina da reenoa--2:§.:assentar as suas bases i:3 7;~ 3;espíritos. Detalhes fanté.s-::2 s2
buídos a eles e aceitos.: _z- :'=.
disse: "Tenho ainda mu:: : - =
zer, mas vós não o podes ;_::'1ra" (Jo 16.12), Ele esta, .. s" !'1
a outras revelações, inoc;s." àreencarnação, que viria", s ==-'por intermédio dos esc!" ::2 2'-"
com o concurso de dive,sC:2 -~que chega a ser séria ir"6'.S"-S""E
Confrontando .com a Bíblia
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I
IIi
§
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- o Senhor me disse por bocaEis que da própria casa sus
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nato - Então, Deus é mau e vin-
Entendo doutra maneira, Euo Senhor a zelo, isto é, levei
- a agir, a descarregar a sua-e mim, a exercer a sua justiça
,s ira. Já disse, e repito: o SenJeus zelozo (Êxodo, 20.5). Por:ãc, quando Simei, valendo-se da
me amaldiçoou e me ,atirouestando eu fugindo de Jerusa
c permiti que Abisai lhe tirasse;;a, dizendo-lhe: "Deixa i-o, que:a, pois o Senhor lhe ordenou".ai, 16.5-14).
lato - Quer dizer que Deus manselão possuir as concubinas do
- Deus não mandou que ele'sto. Foi Aitofei quem lhe deu,selho. Também não foi Deus,,;geriu que os irmãos de Joséem contra a sua vida, mas o'ez uso daquele crime como lhee o transformou em bem (Gê
;,20). Deus tem tudo sob con'.bsalão agiu como quis e nãoa responder por seus atos, mas, serviu de tudo aquilo para:' seu intento.
,10 - Diz-se que onde abundou). superabundou a graça (Roma:j. O Rei o comprova?
- Acho notável que Natã tenhaSalomão de Jedidias, que quer
'nado do Senhor". Foi estecom Bate-Seba que ocupou o
,ós minha morte. Exatamentelziu o país ao período de. mai-
e construiu o templo do SenJerusalém, O perdão de Deusnaravilhoso. t:: como se nada::ontecido. Por esta razão, lê,nealogia de Jesus, de acordoJUS: "Jessé gerou ao rei Davi;Davi, a Salomão, da que fora= Urias" (1.6)!(Ultimato - junho/76 - p, 6,7)
REENCARNACÃO,Para o Jornal Espírita, a telenovela
A Viagem "marca uma nova era para adoutrina espírita no Brasil". De fato,mesmo abatendo o entusiasmo passageiro que deixou mui,ta gente confusa ecom vontade de estudar os livros deAllan Kardec, é possível que o Espiritismo ganhe alguns novos adeptos e onúmero de católicos com convicções espíritas se amplie. Os protestantes igualmente sem doutrina e sem Bíblia quese cuidem, porque o alarde foi grande. Ao mesmo tempo, a ocasião favorece e estimula uma avaliação dos temasespíritas, especialmente a reencarnação,à luz do Cristianismo,
o que é
A reencarnação é uma crença pagãe muita antiga, sem o menor fundamento bíblico. Faz parte da doutrina espírita codificada por Allan Kardec em meados do século passado. Ensina a pluralidade das existências, em virtude daqual todas as criaturas humanas, em sucessivas encarnações, vão evoluindo gradativamente, quer no plano intelectual,quer no plano moral, enquanto que, aomesmo passo, vão resgatando erros ecrimes do passado. "O objetivo da reencarnação, «diz o próprio Kardec», é aexpiação, o melhoramento progressivo dahumanidade ". As novas encarnaçõespodem se dar aqui na Terra ou em outros corpos celestes, de nível moral superior ao nosso. O espírito de um ho"mem pode encarnar no corpo de umamulher e vice-versa.
Em que se baseia
A doutrina da reencarnação procuraassentar as suas bases na revelação dosespíritos. Detalhes fantásticos são atribuídos a eles e aceitos. Quando Jesusdisse: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora" (Jo 16.12), Ele estaria se referindoa outras revelações, inciusive à lei dareencarnação, que viriam a seu tempopor intermédio dos espíritos superiorescom o concurso de diversos médiuns, oque chega a ser séria irreverência para
quem conhece e preza a Palavra de D.eus. Além destas bases, a reencarnaçãoseria a explicação para o sofrimento humano e para uma série de fenômenos,tais como a existência de crianças-prodígio, as reminiscências, as faculdadessupranormais de animais, etc. A doutrina firma-se ainda na tentativa de afastar para longe e para sempre a idéiado juízo final, pois, por meio dela, querqueiram quer não, com menor ou maiordemora, todos os homens chegarão aoestado de perfeição e pureza que Deusexige, por esforço e moto próprios.
Ninguém se iluda: uma vez aceitaa reencarnação, as principais doutrinasdo Cristianismo são reduzidas a nada.A atriz Eva Wilma estava tremendamente enganada quando declarou ao JornalEspírita que não acha "o Espiritismo conflitante com o Catolicismo". E o atorEwerton de Castro, que também trabalhou na novela A Viagem e que é membro de uma Igreja Presbiteriana Independente, confessou grave tibieza ao afirmar, ao mesmo jornal, que gosta muitoda doutrina espírita e encontrou nas obras de Kardec respostas a muitas desuas perguntas.
Apesar de o Espiritismo se gloriar denão ser materialista por acreditar, acertadamente, que o homem não é só corpo, o sistema deixa o homem sozinhoem seus anseios de salvação, Não háIu'gar na doutrina espírita para a mais
,importante mensagem da Bíblia, de queJesus "veio buscar e salvar o perdido"(Lc 19.10). Não se conta a expiação denossos pecados "mediante a oferta docorpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hb 10.10). O véu do templo nãose rasgou em duas partes, de alto a baixo, naquela sexta-feira da Paixão (Me15.38), e nós não podemos entrar noSanto dos Santos pelo sangue de Jesus(Hb 10.19). Não é a propiciação pelosnossos pecados (1 Jo 1.9; 2.2). Deusnão amou ao mundo de tal maneira adar o seu Filho unigênlto, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Paulo estava errado quando declarou: "Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto nãovem de vós, é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie" (Ef2.8-9). O escrito da dívida que era contra nós não foi removido nem encravadona cruz (CI 2.14). O ladrão que se arrependeu e creu ali na cruz junto a Jesus, não se salvou nem foi levado parao Paraíso (Lc 23.43). O castigo que nostraz a Daz nunca esteve sobre Ele, Jesus, m~s repousa implacavelmente sobrenós, indefinidamente (ls 53.5).
Aquele que crê na reencarnação obriga-se a rejeitar a doutrina das ultimascousas conforme apresentada na Bíblia.Para ele não haverá salvos e perdidos,não obstante as palavras de Jesus (Mt13.41,2 4, 49, 50; 25.46; etc). O juízofinal é algo meramente simbólico. Osinjustos, contemporâneos a Noé e a Ló,não estão, sob castigo, reservados para o dia do juízo (2 Pe 2.4-11). A ressurreição dos mortos não deve ser entendida como Paulo ensinou: "Semeiase o corpo na corrupção, ressuscita naincorrupção" (1 Co 15.42), pois entre amorte e a "ressurreição" dar-se-ão intermináveis novas encarnações. A destruição dos céus e da Terra que agoraexistem (2 Pe 1.13) será um fenômenonatural, e quando isto suceder, daqui amilhões de anos, a Terra já estará desabitada, porque os seres humanos "terãoatingido um nível evolutivo em que oplano terreno não mais Ihes servirá demorada".
o que fazer
A doutrina da reencarnação é tão o'posta à Bíblia que se impõe uma opçãocomo aquela que Elias colocou dis'ltede Israel: "Até quando coxeareis entredois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o" (1 Rs18.21). No caso das múltiplas existências, a primeira opção terá que ser entre o Espírito Santo de Deus e os espíritos de que falam os espíritas, entre aautoridades das Escrituras Sagradas e acodificação de Allan Kardec, entre o absolutamente certo dos Evangelhos (SI2.36) e a ficção reencarnacionista. Deuma causa não haja dúvida: é inútilqualquer tentativa de harmonizar o verdadeiro Cristianismo com o Espiritismo.
(Ultimato - maio/76 - p. 5)
222
MÉDICOS CAPITULAM DIANTE
DE ADIVINHOS
Um pesquisador afirma: adivinhos podem evitar que os médicos tenham derealizar exames que envolvem riscos.
Os adivinhos podem diagnosticar certas doenças e males indeterminados coma mesma certeza que os médicos commétodos complicados, mas sem riscos,concluiu um relatório, foi pesquisa deum enoontro médico em Tuscon, Arizona,EUA. O DI'. C. Norman Shealy, um cirurgião, formado pela Universidade de Wisconsin, disse numa entrevista, que num,estudo de 18 meses concluiu que adivinhos podem realizar um diagnóstico médico exato em cada três de quatro casos.portanto, a mesma média alcançada commétodos que muitas vezes são acompanhados de exposição a raios ou outrosriscos. O médico disse que muitas queixas sobre males indefinidos - como dores de cabeça e no ventre - levam auma série de exames caros e arriscados, que não garantem um diagnósticocorreto. O DI'. Shealy disse aos médicosque a sua "solução-PSI" (Fator PSI ==
poder sobrenatural), poderia ser a resposta para a realização de um diagnóstico numa situação duvidosa e arriscada.Ele não aconselha, portanto, consultaradivinhos ao invés de médicos, mas aconselhou aos médicos que consultemum vidente conhecido quando acharemnecessário. "Se o PSI disser não, porque deveríamos realizar o exame?" - "Ese consultares três adivinhos, e eles concordarem, poderás ohegar a uma certeza em torno de 98%, e isto é muitomais garantido que um diagnóstico médico!" - O Congresso Nacional sobrecomplementação da medicina, exortou àprocura de diretivas novas e não tradicionais na medicina, e à busca de caminhos onde o corpo e o espírito trabalhem conjuntamente para a cura. ODI'. Shealy afirmou que sua pesquisa foirealizada com mais de 200 pacientes, ecom a ajuda de videntes, interpretadoresde sinais, quiromantes e astrólogos,que na maioria dos casos nunoa viramos pacientes cujo diagnóstico tinha quefornecer. "A maior parte do trabalno foifeita pelo correio, e nunca fornecemos
informações médicas", d'S5e : 3aly, "aos videntes enviar:s ":=finterpretadores de sinais e =-S:': :1necemos a data do naS':~8',=quiromantes as impressões :~Os adivinhos receberam t=-c,:~senho do corpo. Ali loca'z=-, =-
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DE ADIVINHOS
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1a exposição a raios ou outrosO médico disse que muitas queira males indefinidos - como docabeça e no ventre - levam a'ie de exames caros e arriscas não garantem um diagnósticoO Dr. Shealy disse aos médicos,ua "solução-PSI" (Fator PSI =Dbrenatural), poderia ser a res,ra a realização de um diagnós:a situação duvidosa e arriscada.
aconselha, portanto, consultar, ao invés de médicos, mas au aos médicos que consultemnte conhecido quando acharem'o. "Se o PSI disser não, por,ríamos realizar o exame?" - "Eítares três adivinhos, e eles coni. poderás chegar a uma certetorno de 98%, e isto é muitosntido que um diagnóstico médi-O Congresso Nacional sobre
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) correio, e nunca fornecemos
informações médicas", disse o Dr. Shealy, "aos videntes enviamos fotos, aosinterpretadores de sinais e astrólogos fornecemos a data do nascimento, e aosquiromantes as impressões das mãos.Os adivinhos receberam também um desenho do corpo. Aii localizavam a parte do corpo onde estava o mal, preenchendo depois um formulário. Em todosos casos", disse Shealy, "o diagnósticojá era conhecido. Os adivinhos foram3 a 10 vezes mais exatos que o acaso.Em aproximadamente 75%· dos casos oseu diagnóstico foi correto."
Baseado nesta exatidão, Sheaiy propôs a utilização da solução-PSI, ao invés de muitos dos 750.000 caros e potencialmente perigosos exames de contraste com Raio-X, realizados anualmente nos EUA. "Quando se tira uma chapa de Raio-X do crâneo, para localizarum tumor cerebral, a chance de encontrá-Io está em menos de 10%, disse ele."Os médicos conseguem uma exatidãode 80% com exames de contraste", disse ele, "mas com o risco de complicação em torno de 10%. "Com os adivinhos conseguimos uma exatidão de 98%,sem fator de risco. Somente 10% dosexames com Raio-X descobrem uma doença que necessita de operação, istosignifica que nós médicos fazemos estes testes para evitar diagnósticos falsos. Poderíamos alcançar a mesma, ouaté uma maior exatidão, com diagnósticos-PSI, evitando anualmente 5. O O ucomplicações" .
O Dr. Shealy disse que um adivinho,num certo caso de pesquisa, corrigiu umdiagnóstico médico. "Tínhamos um paciente que, pensávamos, sofria de leucemia. Um PSI o olhou e disse que elesofria do fígado. Ele disse também queem 10 dias o paciente estaria em casa.Dois dias depois o paciente levantou-seda cama e disse que se sentia bem.Achamos que ele teve sintomas de envenenamento em conseqüência da anestesia na operação." - Num outro caso,o diagnóstico do adivinho dizia de umpaciente que ele tinha câncer no sistema linfático. "Eu achei que o diagnóstico estava errado. O paciente morreuapós nove meses. A autópsia revelouque ele havia morrido de câncer nosistema linfático."
Nota da Redação: Copiamos este relatório horrivel da revista "Chamada daMeia Noite", cujo redator evangélico acrescenta um comentário que aceitamosna íntegra. Escreve Wim Malgo: "Estaé uma notícia muito séria. Ela relata nada menos que o fato de a classe médicaamericana estar se colocando à disposição dos demônios. Em outros camposo limite entre a ciência e o ocultismo jáfoi apagado há muito. Agora também amedicina é atacada. Por que os médicos capitulam diante dos adivinhos?Porque se impressionam com os resuitados. Certamente desconhecem que Satanás sabe muito, mas que para cadamanifestação do seu conhecimento exigeum preço, o direito sobre a alma dopaciente em questão. Não podemos aiertar suficientemente contra a busca doauxílio com adivinhos, pois quem faz talcoisa é abominação ao Senhor" (Dt 18.10-12).
BRASIL: 500 MILHÔES
1. Em 1872 quando foi feito o primeiro recenseamento geral do país, tinhao Brasil dez milhões de habitantes. Acabara de sair vitorioso de sangrenta guerra contra o paraguai, que invadira o Sule ameaçara a segurança nacional.
2. Trinta anos antes, cessara o tráfico dos escravos, principal fonte de braços para a agricultura e mineração epara o desenvolvimento do país. Já estava em andamento a campanha da abolição da escravatura, o que, na opiniãode muitos, significaria a desorganizaçãodo setor agrícola e a queda da produção.
3. A primeira prioridade do Brasil,era então, povoar para desenvolver e garantir a segurança nacional. Embarcamosem intensa campanha para atrair colonoseuropeus. Oferecíamos ajuda em dinheiro, terras gratúitas e outras vantagensaos que quisessem emigrar para o Brasil e aqui se radicarem. A resposta foimuito satisfatória. Nas décadas seguintes cinco milhões de italianos, portugueses, espanhóis, alemães e pessoas deoutras nacionalidades optaram pelo Brasil. Na década de 1880, mais de 500mil estrangeiros chegaram ao Brasil, ís-
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to é, o dobro da migração de 1800 a1870. No último decênio do século,mais de 1.200 mil emigrantes preferiramnosso País. Tal caudal humano correspondia a quase 10% da população total de então.
4. A família numerosa era glorificada de todas as formas. As mulhereseram convocadas a dar à pàtria o maiornúmero possivel de filhos. Era a po!ítica adequada, certa e lógica para umcontinente subpovoado. Cem anos maistarde, em 1972, a população brasileiraatingia a marca dos 100 milhões. Agora,somos 110 milhões. Crescemos ao ritmode três milhões por ano. Justificam-sehoje as políticas, atitudes e "slogans"de um século atrás? A nossa primeiraprioridade não deveria ser a qualidadede vida dos brasileiros, em vez da quantidade de vidas?
5. Não só duplicou nossa populaçãoem um século, como nas últimas décadas passou a só aumentar nas cidadese grandes aglomeraçõ~s metropolitanas.Em 1940, dos 41 milhões de brasileiros,28 milhões estavam dispersos nas áreasrurais e 13 milhões viviam nas cidadese vilas. Em 1970 mais da metade dos93 milhões de brasileiros (52 milhões)se concentravam em cidades e vilas e41 milhões nas áreas rurais. Em 1980,nossa população urbana será de 80 milhões e a rural 40 milhões. Em 40 anos,de "país essencialmente agrícola" emque dois terços da população eram habitantes do campo, nos transformaremosem "nação preponderantemente urbanacom dois terços da população nas cidades e vilas.
6. Os brasileiros mostram clara preferência pela vida nos grandes aglome"rados urbanos, onde as oportunidadesde trabalho são mais amplas. Em 1960,habitavam as nove regiões metropolitanas oficiais 13.600 mil pessoas. Em 1970,eram 22800 mil. Em 1985, serão 51 milhões, ou seja, quase a mesma popula-'ção total do Brasil em 1950. Em 1960,apenas três regiões metropolitanas tinham mais de um milhão de habitantes.Em 1970, seis estavam nesta categoria.Em 1985, todas terão mais de um milhão. A região metropolitana de São Paulo terá 20 milhões e a do Rio 12 milhões.
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7. A causa principal da rápida urba-.nização é o acelerado crescimento demográfico e a migração rural urbana.Todo nosso aumento populacional ocorre nas áieas urbanas. Estas aumentam3 milhões de pessoas por ano. Assim,nos 24 anos que nos separam do fimdo século, a população urbana do Brasil aumentará 100 milhões de pessoas.Chegaremos ao ano 2.000 com uma população de 200-210 milhões, dos quais80%, ou seja, 160-170 milhões viverãonas megalópoles cidades e vilas.
8. Quantos seremos daqui a 100 anos? Em 1872 éramos 10 milhões. Duplicamos em 1910. Já em 1939 o Brasiltinha 40 milhões. Em 1965 atingimosa cifra de 80 milhões. Em 1990 nossapopulação terá duplicado para 160 milhões. Se duplicarmos nos 30 anos seguintes (supondo que a taxa de crescimento demográfico caia para 2,3% aoano), seremos 320 milhões no ano2020. Se a taxa de crescimento diminuir para 1,5% ao ano, nossa população será de 640 milhões no ano 2065.
9. Como num planeta fínito não pode haver crescimento infinito, a população do mundo tenderá a se estabilizarno futuro. A do Brasil também. As taxas de crescimento demográfico diminuem com o desenvolvimento econômico,a urbanização, a elevação d9 "status"da mulher'- e muitos outros fatores demodernização da sociedade. No Brasiljá se verifica lenta redução de natalidade, o que autoriza certa cautela nasprojeções de população. Mas, pode seconfirmar com bastante confiabilidadeque no ano 2000 seremos cerca de 200milhões e que, daqui a cem anos, oBrasil terá aproximadamente 500 milhõesde habitantes.
10. Com esta perspectiva, não teriaChegado a hora de o Governo patrocinar amplo programa de planejamentofamiliar voluntário, oferecendo aos casais que desejam determinar o númerodos filhos a informação e os meios indispensáveis? É bem provável que nospróximos 24 anos a população aumentecerca de 100 milhões de pessoas, asquais, em sua totalidade, se localizarãonas áreas urbanas. Torna-se, pois, indispensável que o poder público ajude
(Continua na pág. 226)
A IGREJA NO ft
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si que o poder público ajude(Continua na pág. 226)
A IGREJA NO MUNDO
Lutero na avaliação do catolicismode hoje - 459 anos após afixação desuas famosas teses na porta da catedral de Wittenberg, Martinho Lutero aindaé discutido. O número de agosto-outubro de 1975 do jornal "Catolicismo", editado em Campos, RJ, publica violentoartigo contra o reformado r alemão sobo título "Aprender com Lutero?" e diz:"nos lábios de Lutero encontramos palavras que só se pode transcrever fazendo ao mesmo tempo um ato de reparação a Deus Nosso Senhor e aos seussantos. São blasfêmias que dispensamqualquer comentário." Já o teólogo dominicano francês Yves Congar, em recente entrevista, publicada inclusive na"Folha da Tarde" de Porto Alegre, dizexatamente o contrário: "Lutera foi umdos maiores gênios religiosos da História, e de certa forma maior do que Santo Agostinho, São Tomás de Aquino ePascal. Lutero reexaminou o cristianismo inteiro. Ele foi um homem da Igreja". - É evidente: assim como foi profetizado do próprio Jesus nas palavras deSimeão: "Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel, e para seralvo de contradição" (Lc 2.34), assimseus mensageiros aqui na terra, e emespecial os que por Deus foram chamados de levantar bem alto a bandeirado evangelho, como Lutero, serão atéo fim deste mundo "alvo de contradição". - H.R.
Alvos para o I Centenário dos Batistas Brasileiros - Em 1982, portanto daqui a seis anos, os batistas brasileiroscomemorarão o· seu primeiro centenário.No momento, eles possuem 3.000 igrejas e 400.000 membros. Neste períodode 312 semanas ou 2.190 dias, esperamalcançar o seguinte alvo, proposto na última convenção nacional realizada emManaus: 6.600 igrejas, 1. 000. 000 demembros, 120 missionários no Exterior,550 missionários nos campos nacionais,3.000 alunos nos seminários, 3.000 igre-
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jas com pastores de tempo integral euma tiragem de 50.000 exemplares doórgão oficial, o semanário O Jornal Batista. (Parece que a proporção entre o número de membros e a tiragem do órgãooficial ainda não é ideal - Um jornal para 20 batistas. O entusiasmo da convenção deveria aumentar o alvo para200.000 exempiares - um jornal para 5batistas.) Para conseguir 3.300 novasigrejas até 1982, será necessário organizar mais de 10 igrejas por domingo.Para conseguir 600.000 novos crentesaté 1982, será necessário um acréscimodominical de 19.230 pessoas por batismo. Os alvos são audaciosos, mas possíveis, com a benção de Deus e a consagração dos fi eis. Não obstante osbatistas terão que zelar pela qualidadedos frutos e pela motivação do aivo proposto. - "Ultimato", nr.89,6.
A População Judaica - De acordocom o 1976 "American Jewish YearbooK ,a população judaica mundial é de 14.200.000, assim espalhada: 5.700.000 nosEUA (40,1%), 2.900.000 em Israel (20,4%), 2.700.000 na União Soviética (19%)e o restante em outros países (20,4%).Em cada quilômetro quadrado do atuaiEstado de Israel há 140 habitantes denacionalidade judaica. A população éacentuadamente urbana (84%) e cresceà razão de 3% ao ano. Em 1973, houve 27,4 nascimentos e 9 mortos por
B R A S I L: 500 Milhões(Vem da pág. 224)
aos que desejam planejar suas famíliase, assim, evite que, a longo prazo, nostornemos a índia do Ocidente, em número de habitantes. A política de fomentar o crescimento populacional erapatriótica há cem anos. Hoje, nossa"primeira prioridade" é reduzir o explosivo crescimento demográfico do País,se desejarmos legar a nossos filhos enetos uma sociedade maís justa em quea qualidade da vida melhore gradativamente. Nada fazer neste campo, porpreconceito religioso, timidez política ouapego a velhas idéias, é marcar um encontro nacional com o caos.
(Folha de S. Paulo de 24-6-76)
226
mil habitantes. No censo levantado pormilitares durante nove meses e vinte dias, por ordem 'do rei Davi, cerca de1.000 anos antes de Cristo, havia emIsrael 1.300.000 homens de guerra, o quesignifica uma população muito maior quea atual (2 Sm 24.8-9). - "Ultimato"nr.89,7.
A mulher que fuma - O presidente daSociedade Americana de Câncer, Dr.Benjamin F. Byrd, declarou recentemente que a campanha contra o fumo deveser intensificada, e as companhias decigarros deveriam ser proibidas de relacionar o fumo com "saúde, beleza, boaaparência e sexo". O pronunciamentofoi ocasionado pela revelação de que27% das meninas entre 13 e 17 anosestão fumando agora nos EUA, um elevado aumento nos últimos seis anos. Ohábito de fumar entre rapazes permaneceu mais ou menos constante nestemesmo período. A propósito, sabe-seque no Estado de Utah a incidência decâncer fica 22% abaixo da taxa no paíse os pesquisadores relacionam este fato com outro : 70% da população daquele Estado é mórmon, e os mórmonsnão fumam. Aqui no Brasil, o cirurgiãoplástico Dr. Vilmar Ribeiro Soares, porocasião do XIII Congresso Brasileiro deCirurgia Plática, realizada alguns mesesatrás em Porto Alegre, explicou ql:le ofumo é o grande causador do evelhecimento precoce da mulher e explica substancialmente a procura da cirurgia plástica. - H.R. cf. "Ultimato" nr. 91.15.
o trabalho dos "Gideões" torna-sefrutífero também no Brasil. - Esta organização reune homens de negócios e profissionais liberais que acreditam na Bíblia como a Palavra de Deus e em Jesus Cristo como o eterno Filho de Deuse Salvador pessoal daqueles que crêem.A Convenção Mundial dos "Gideões"deste ano realizou-se em São Franciscoda Califórnia, EUA, em julho deste ano.Nos dias 17 a 19 de Setembro realizarse-á em Goiânia a VII Conferência Nacional dos Gideões Brasileiros. - Tantoa organização internacional como a doBrasil tem por objetivo colocar as Escrituras Sagradas em quartos de hotéis, enas mãos de militares, estudantes, enfermeiras, presidiários ete. - "Ultimato" (a-
gosto 76.14) rep;C':~::: "~-~=nantes que mostram :: -: ==
de Brasília distribus- ',~ ,~= - -:-;:tos aos 1) soldados :::~ =' = -:--
mens da Polícia M!::,,' =-Jipré-universitários; 4i e5'~: = -'7-"grau; 5) presidiários s ~ ;. :',-~um colégio católico. -: .::: '","Gideões" começou er- '~=-= : sra muito modesta. H~;s. S5::::'~vários países, os "G1de::25 : o,!!
dos porque o relógio de : -= ,õ :::::rendo", estão aceleran,:;: " ::: ,CS
Evangelhos através da:õ--~ o';;Novos Testamentos. AC2: ,,- = =iganizar o Campo de D2:."- - ~ 3>onde há 2.500 quartos de-::e tado de Senegal é dor--<,,:::: :::7'"com uma minoria de c,,:: ::::: "e o Campo de Jerusa!é:- ::: "ção Internacional de - : "suma oferta especial pari'. i'. ::::_:::j636.000 Novos Testame~:: s ::::.:::siL - Aqui o trabalho se ôo-: ::: ~mais.: Só no ano passôo:~ :, i:de Brasília" distribuira-piares. Os Gideões:::e ','O-"distribuiram mais de • ~= === :;
organização daquele C2.-:: :::deões" de Londrina, P=. :S'S':!;tribuir 30. 000 Novo~ -20::: -S~1976. - H.R.
Ordenação de mulhec~ -c.., Õj
Esta questão está ce"":- -::-:: ~algumas Igrejas - ta;:: i'. : :::::
protestantes. O A':2: 5::representante do Va' :,,- ~ -:" ::reunião anual da Fe-:-=-s~~~ '!;
dos Concílios de .S2.:e-:::~--:ton, Texas,- declar: _ - e-:_ ,~::;"Mais por razões te: :,;:::.2 :::.e
gicas, as mulheres .._-:=. 50.~:das sacerdotes na ,;'S =. .::::-"
Que tal não é a Ct-'O :s= = ~ja Católica se vê :-=: -ôo-: :'2'Pontifícia Comissã: :::::= :-c
de vinte membros • ::::5 :c7'S"'!nacional, concluiu : -,; :mento, por si só. ~~: :::: ·S:'O spara "determinar de ':' - =- :::.:::'
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possam ser admiti:as ôo: ==.=,;'1lmesmo grupo de es:~: :2:2 =~credita que se a Ig-e.a :-2'dócio às mulheres - ~- .::: c::::.
íntenções de Cristo :-_e~ 2.=
,ntes. No censo levantado pordurante nove meses e vinte diordem 'do rei Davi, cerca deos antes de Cristo, havia emJO.OOO homens de guerra, o queJma população muito maior que(2 Sm 24.8-9). - "Ultimato"
her que fuma - O presidente da; Americana de Câncer, Dr.F. Byrd, declarou recentemencampanha contra o fumo deve
sificada, e as companhias dejeveriam ser proibidas de relafumo com "saúde, beleza, boa
e sexo". O pronunciamento:nado pela revelação de que
meninas entre 13 e 17 anos:ando agora nos EUA, um eleento nos últimos seis anos. O
fumar entre rapazes perma;is ou menos constante neste:eriodo. A propósito, sabe-sestado de Utah a incidência de:a 22% abaixo da taxa no paísquisadores relacionam este fa:utro : 70% da população dae.do é mórmon, e os mórmonsTI. Aqui no Brasil, o cirurgião) r. Vilmar Ribeiro Soares, poro XIII Congresso Brasileiro de"ática, realizada alguns mesesPorto Alegre, explicou que ogrande causador do evelheci
,coce da mulher e explica sub·nte a procura da cirurgia plásR. cf. "Ultimato" nr. 91.15.
lalho dos "Gideões" torna-se~mbém no Brasil. - Esta orgaune homens de negócios e proliberais que acreditam na Bi-a Palavra de Deus e em Jecomo o eterno Filho de Deus
r pessoal daqueles que crêem.l':;ão Mundial dos "Gideões"
realizou-se em São Francisconia, EUA, em julho deste ano.17 a 19 de Setembro realizar30iânia a VII Conferência Na; Gideões Brasileiros. - Tanto;ção internacional como a do
por objetivo colocar as Escrí'adas em quartos de hotéis, ede militares, estudantes, enferssidiários etc. - "Ultimato" (a-
gosto 76.14) reproduz fotos impressionantes que mostram como os "Gideões"de Brasília distribuem Novos Testamentos aos 1) soldados do exército; 2) homens da Polícia Militar; 3) estudantespré-universitários; 4) estudantes de 1.°grau; 5) presidiários e 6) à diretoria deum colégio católico. - O trabalho dos"Gideões" começou em 1899, de maneira muito modesta. Hoje, espalhados emvários países, os "Gideões", "preocupados porque o relógio de Deus está correndo", estão acelerando a difusão doEvangelhos através da distribuição deNovos Testamentos. Acabam eles de organizar o Campo de Dacar, no Senegal,onde há 2.500 quartos de hotel - o Estado de Senegal é dominado pelo Islão,com uma minoria de católicos romanos,e o Campo de Jerusalém. Na Convenção Internacional de julho levantou-seuma oferta especial para a aquisição de636.000 Novos Testamentos para o Brasil. - Aqui o trabalho se amplia cada vezmais,. Só no ano passado os "Gideõesde Brasilia" distribuiram 73.000 exemplares. Os Gideões de Natal, RN, jádistribuiram mais de 160.000, desde ~organização daquele campo. E os "Gideões" de Londrina, PR, pretendem distribuir 30. 000 Novos Testamentos em1976. - H.R.
Ordenação de mulheres na Igreja. Esta questão está perturbando bastantealgumas Igrejas - tanto a católica comoprotestantes. O Arcebispo Jan Jadot,representante do Vaticano nos EUA, nareunião anual da Federação Nacionaldos Concílios de Sacerdotes, em Houston, Texas,' declarou inequivocamente:"Mais por razões teológicas que sociológicas, as mulheres nunca serão ordenadas sacerdotes na Igreja Católica." Que tal não é a última palavra na Igreja Católica se vê pelo fato de que aPontifícia Comissão Bíblica, compostade vinte membros - todos de fama internacional, concluiu que o Novo Testamento, por si só, não parece suficientepara "determinar de forma clara de umavez para sempre" que as mulheres nãopossam ser admitidas ao sacerdócio. Omesmo grupo de estudiosos também acredita que se a Igreja permitir o sacerdócio às mulheres não iria contra asintenções de Cristo. Quase ao mesmo
tempo, a irmã Elizabeth Carroll, da ordem das "Religious Sisters of Mercy",recebeu uma ovação quando afirmou,numa reunião de 600 freiras em NovaYork, que "nem os Evangelhos nem asdoutrinas centrais da igreja excluem asmulheres do ministério ordenado". Nomeio protestante, as divergências são,às vezes, enormes. Há pouco tempoatrás uma pastora presbiteriana dos EUAacusou os que se opõem à ordenaçãode mulheres de misogenia (desprezo ouaversão às mulheres) e convidou-os aoarrependimento .. , Em compensação, Lavínia Stewart, pastora da Igreja BatistaMonte Sião, em Nassau, Capital das Bahamas, foi eleita a Mulher Religiosa doano(1975), pelos ouvintes de estação derádio do arquipélago. Ela foi ordenadaem 1971, após a morte do marido, aquem substituiu no pastorado da igreja.E a Rev. Dora Ofori-Owusu, a primeiramulher ordenada pela Igreja Presbiteriana de Ghana, na África Ocidental, acaba de aceitar um convite para trabalharno Presbitério de Atlanta, Geórgia, naárea de evangelismo e educação. - Também a Igreja Episcopal nos EUA na suaúltima Convenção Geral, realizada emfins de setembro na cidade de Minneapolis, Estado de Minnesota, teve muitas dificuldades de evitar, ao menos porora, uma completa ruptura sobre a questão da ordenação de mulheres. A parte mais aberta para a Igreja Católicanão aceita mulheres no ministério ordenado, enquanto a parte que se inclinapara o protestantismo em geral já ordenou várias mulheres e quer que sejamconfirmadas como ministros femininos ordenados. - Também aquela parte na Igreja Luterana, Sinodo de Missouri, que sereuniu na organização chamada "ELlM"está favoravelmente inclinada a aceitarmulheres no pastorado. - Sem dúvidasurgirá também nas igrejas luteranas daAmérica Latina o problema mais cedoou mais tarde, e o assunto deve ser estudado à base do Novo Testamento. H.li.
Rebelião feminina na religião judaica - É sem dúvida, uma notícia extraordinária que a Revista "Veja" na suaseção "Religião" está comentando, noticia, aliás, que se sincroniza perfeitamente com o comentário acima. A revista dá destaque ao seu comentário,
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reproduzindo a foto de uma (notem ofeminino!) rabi tendo na mão o rolo daLei, a rabi Priesand. Notícia e comentário que seguem, merecem, de fato,também destaque para nós, os luteranos.O texto é o seguinte:
"Segundo a tradição hebraica, o lugar de uma mulher judia é o lar. Porisso, nas sinagogas ortodoxas, a mulherfica segregada no balcão ou atrás dasbalaustradas. Não é chamada à "aliiah"(leitura da Tora, a lei mosaica) nem conta para o "minián" (serviço religioso quesó se realiza com um mínimo de dezpessoas). Ela também não possui qualquer participação na cerimônia de casamento ou no encaminhamento do pedido de divórcio, bem como no serviçoreligioso que acompanha o nascimentode seus filhos. E, mesmo no JudaismoReformado, que há 130 anos proclamoua igualdade feminina, a ordenação deuma primeira mulher rabi só ocorreuquatro anos atrás.
A tradição admite a existência detodas essas limitações, mas explica queelas só ocorrem para assegurar a sobrevivência da fé judaica. Em outraspalavras, os direitos principais da mu·Iher judaica seriam a concepção, paraa continuidade de sua raça, e a educação de seus filhos como judeus praticantes. 'Depois do holocausto nazistaa que fomos submetidos e do adventodas modernas técnicas anticoncepcionais, essas premissas se tornaram extremamente atuais', sustenta o rabino ortodoxo Steven Riskin, de Nova York. "Necessitamos desesperadamente de mulheresque tenham uma porção de filhos. Alémdisso, o lar, onde são gerados novos judeus, é uma fonte de espiritulidade bemmaior que a sinagoga."
- O fato é que nos Estados Unidos,onde vive a maior comunidade hebraicado mundo, formada por 6 milhões depessoas, os judeus vêm-se reproduzindo apenas vegetativamente, ou quase cada casal tem em média dois filhos.Mais ainda, muitos que nascem judeussimplesmente abandonam sua fé depoisde adultos, e uma terça parte com nãojudeus. Para arrematar, um respeitávelcontingente de mulheres, inspirado pelo movimento feminista, trabalha inces-
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santemente pelos chamados "direitos religiosos . femininos".
"Se as mulheres são infelizes, aí está o perigo para a sobrevivência da raça judaica", diz Ester Faber, ex-Iider daOrganização Feminista Judia, de 1.500associados. Com a finalidade expressade conquistar tais direitos, um grupo defeministas judias está lançando nos Estados Unidos a revista "Lilith", cujo título homenageia uma mitológica figurafeminina, anterior até mesmo a Eva, queteria sido, segundo a lenda, expulsa doParaíso por reivindicar igualdade em relação ao primeiro homem, Adão. A combatividade de crescente número de feministas judias, aliás, já levou a mudançassignificativas. Uma pesquisa da Assembléia Rabínica mostra, por exemplo, que50% dos ministros do culto judaico dosEstados Unidos já estão permitindo aparticipação da mulher em alguns atosreligiosos, inclusive no chamamento à leitura do Tora.
- Com efeito, estimuladas pelo sucesso, algumas mulheres judias chegama ultrapassar antigas tradições e criarrituais próprios. Arabi Sandy Sasso,por exemplo, da Havurah Reconstrucionista de Manhattan, acaba de escrever umserviço celebrando o nascimento de suafilha. "Havia um enorme simbolismo envolvendo o nascimento de um menino,mas pouquísima coisa em relação aode uma menina", explica ela. Além disso, em sua busca do que chamam "espiritualidade alternativa", mulheres judiascomeçam a se unir em grupos religiosospouco ortodoxos, como certas comunidades independentes destinadas a estudar e a prestar culto a Deus.
É bem verdade que o movimento dasfeministas judias também se defrontacom problemas. Das três primeiras mulheres ordenadas rabis pelo JudaismoReformado, somente uma, Sally Príesand,por coincindência a primeira, tem o direito de fazer pregações. E os tempostambém não são fáceis para a Organização Feminista Judia. Acometida porfalta de dinheiro e divergências internas,o movimento viu recentemente desertarmetade de sua diretoria. E tal como omovimento leigo, as feministas judiastambém se defrontam com resistência da
parte de suas irmãs de S3.fg_-:pegadas à tradição.
"Devo admitir que as aç::-:5dias feministas me parecer:- ::""lameaça", diz, por exemplo, :2---~berg, filiada a uma sinagoga :~de Los Angeles. "Vejo-as o: - :tivessem tentando destrui r :...::::críticas, as feministas judias 'católicas e protestantes, res;::- j'lestão simplesmente buscandc - "'ª
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primeiro homem, Adão. A come de crescente número de femidias, aliás, já levou a mudanças,vaso Uma pesquisa da Assembínica mostra, por exemplo, que3 ministros do culto judaico dos
Unidos já estão permitindo a~ão da mulher em alguns atos3. inclusive no chamamento à leiTora.
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verdade que o movimento dasjudias também se defronta
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defrontam com resistência da
parte de suas irmãs de sangue mais apegadas à tradição.
"Devo admitir que as ações das judias feministas me parecem como umaameaça", diz, por exemplo, Dianne Weinberg, filiada a uma sinagoga ortodoxade Los Angeles. "Vejo-as como se estivessem tentando destruir tudo". A taiscríticas, as feministas judias, tal comocatólicas e protestantes, respondem queestão simplesmente buscando mais liberdade e igualdade. Mas no curso destaluta, muitos judeus ortodoxos acreditamque elas estão na verdade mudando asformas de sua fé.
(Revista "Veja" 06/10/76, pág. 73)
João Ferreira de Almeida - "O extraordinário Lisboeta". - Em 1642, um adolescente de 14 anos, chamado João Ferreira de Almeida, nascido em Lisboa eresidente na Ilha de Java (Indonésia), leuum folheto em espanhol intitulado "ADiferença da Cristandade da Igreja Reformada e Romana" e se tornou oalvinista.O rapazinho era um gênio em lingüística e, aos 17 anos, já havia traduzido para o português o Novo Testamento, servindo-se da versão latina de Beza, daespanhola, da francesa eda italiana.Casou-se com a filha de um pastor holandês, que muito o ajudou no estudodo holandês e do grego. Com a idade
de 28 anos ordenou-se pastor da Igreja Reformada e foi enviado como missionário a Ceilão e à índia. Mais tardevoltou para Java e pastoreou a comunidade portuguesa de Batávia, hoje Jacarta, capital da Indonésia. Dos originaisgrego e hebraico, traduziu todo o NovoTestamento (1670) e quase todo o Velho Testamento (de Gênesis a Ezequiel48.21). A impressão foi custeada pelaCompanhia Holandesa das índias Orientais. Um volume, da 3.a edição, impresso em Al"1lsterdam, em 1712, pode servisto na seção de Livros Raros da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
João Ferreira de Almeida é o primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa e o autor da 32.a versão integralda Bíblia nas línguas modernas, depoisda Reforma. A obra tem sido revisadavárias vezes. A Sociedade Bíblica doBrasil gastou dez anos para apresentaruma edição revista e atualizada no Brasil da tradução de Almeida. É: a versãomais usada pelos evangélicos brasileiros. O extraordinário lisboeta traduziutambém a liturgia das Igrejas Reformadas, o Catecismo de Heidelberg e asfábulas de Esopo (aos 44 anos).
A morte o levou no dia 6 de agostode 1691, com a idade de 63 anos.
("Ultimato", nr. 92, 15)
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LIVROSleonhard Goppelt: Teologia do No
vo Testamento - Volume I: Jesus e aComunidade Primitiva. - Tradução domanuscrito por Marlin Dreher. - Coedição: Editora Sinodal/Editora Vozes São Leopoldo/ Petrópolis. 1976. 300 páginas, Capa plastificada. - Cr$ 70,00.
É com profunda satisfação que anunciamos a publicação dum dos mais recentes e, sem dúvida, mais importanteslivros no campo da teologia neotestamentária ultimamente escrito: "Theologiedes Neuen Testaments" com o subtítulopara o primeiro volume "Jesus und dieUrgemeinde" de leonhard Goppeit. Goppelt, um dos teólogos luteranos quenão caiu diante das ondas derrubadorasda teologia existencial, pessimista e negativista, apresenta com esta obra, numa visão magistral, a riqueza do NovoTestamento sob um aspecto novo e empolgante. Esta nossa satisfação tornase alegria quando o já no mesmo anoda publicação do original alemão - podemos ter em mão uma tradução destaobra numa linguagem fluente e nobrepara a Iingua brasileira, por Martin Oreher, pastor da IECLB, baseado no manuscrito do próprio autor. A esta alegria associa-se mais uma satisfação, asaber, que a obra pode ser publicada noBrasil em coedição Editora Sinodal/Vozes e que, porisso, terá - o que certamente merece - uma divulgação realmente ampla.
Para dar aos nossos leitores oportunidade de conhecer algo mais sobre ométodo do autor, o conteudo da obra eseu alto objetivo, reproduzimos aqui a"Introdução", da qual infelizmente, nãoé mencionado o autor. Vale a pena lê-Ia:
"O Novo Testamento contém as únicas tradições fidedignas a respeito daatividade de Jesus, bem como a respeitoda formação básica da igreja e da suapregação. Constitui, por isso, para todos os tempos, a base decisiva e orientadora de tudo aquilo que se designapor cristianismo e por igreja.
Os escritos do Novo Testamento, noentanto, são, todos eles, palavras destl-
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nadas a uma determinada situação histórica. O objetivo de uma "Teologia doNovo Testamento" é o de deduzir, deescritos isolados ou de grupos de escritos, imagens objetivas e coerentes daatividade de Jesus ou da pregação e daprimeira igreja. Ela é uma disciplina deciência neotestamentária, surgida no século XVIII.
A "Teologia do Novo Testamento" éo cume do monte ao qual conduzemos difíceis caminhos da exegese neotestamentária e do qual, olhando-se paratrás, a vista os pode abranger. Essacomparação evidencia que entre a exegese e. a Teologia do Novo Testamentoexiste uma reciprocidade. A Teologianeotestamentária nao somente coleta osresultados da exegese, mas desenvolveum panorama, ou melhor, uma visão global que, por seu torno, enriquece a exegese e, no fundo, a torna possivel. Oestudo do Novo Testamento ocorre, tanto teológica como historicamente, sempre a partir do detalhe em direção aotodo e do todo em direção ao detalhe.
Nas diversas exposições da "Teologia do Novo Testamento" espelham-se,mais do que nas exegeses isoladas, asposições, a orientação e as premissasdos diversos teólogos. Por isso é CII8se apresentam nelas, com especial clareza, os problemas metódico-hermenêuticos, históricos e teológicos que nos oferecem os escritos do Novo Testamento.Nos diversos tópicos abordados evidenciar-se-ão as possibilidades de solução,discutidas na pesquisa, e suas pressuposições, e não apenas a nossa opinião.Assim o leitor participará do diálogo dapesquisa, habilitando-se a formar umaopinião própria.
A "Teologia do Novo Testamento"resume, pois, os resultados teológicosda pesquisa neotestamentária. Esses resultados, e as afirmações do NT que seencontram por trás deles, somente trarão frutos para o diálogo teológico e eclesiástico da atualidade, caso as análises históricas e as premissas das quaispartem se tornarem transparentes damaneira a que há pouco aludimos. Não
podemos submeter a compr: :-~-iNT, de maneira estática, às :"S;;do pensamento moderno, ne- :'"tar o homem e a socieda:e 2'l!
com meras recitações do NT. :)aspectos, o Novo Testamec:::- :;mem de nossos dias, deve"" ~=frontados em um diálogo cr":.diálogo tem que se realizar. e5:~:"te, entre o texto e o exege~:: ~as disciplinas exegéticas e e e""",Somente por esse caminho é ':" ede chegar a uma compreensê.::.;;mações neotestamentárias.:e ""que se tornem compreensíve:s ::~ti ma exigência e última pro!'"essa
Compreendida desta mans"=. ,logia do Novo Testamento ase" ~esição-chave em toda a teo:;::Sua estrutura e sua problemá'::: ;ciam-se no resumo da histÓ"=. jquisa a respeito de seu dEee- :~to, que apresentamos a seg~' ~lidade deste resumo é a de : 'i!respeito dos problemas bás:-:s 'tudo do Novo Testamento e = ;;
da posição dos teólogos eLe :'''' ,ram a esse estudo. Para:-: :e'de orientação, através de :-:- - :'''iladas e da literatura, noss=- :;'~tem que ser, necessariame-:= e""lica. Não é necessário :: - -= ~=a leitura da "Teologia tc .,: mento" na primeira página: :-::7 ;;cipiar também com a 16'."'= :7minados temas, p.ex., c:- =- : cs;
a respeito da ressurrei;ê.:Quanto mais, no ent2r':: --nomes e opiniões, tanto -=. S """c:será que se procurem 0":-'- =.: ~sa orientação global Q~e :"'-=.----.;presenta o resumo maCe -::--:;história da teologia da :,,:'" "Ji
Essa introdução é ::"~:~::: :extenso "Sumário" a'.~ _:" -'"grande riqueza do ma:e'=- :C~'e;;;obra. O livro tem, t2!'":~ - - - ~registro de passage,",s ::: =-=
que perfaz mais do q~s "- :"'~que nos dá uma idéia ::: ,,:: =. - :=tudo. - O que ainda pC::.Oo :'7" =::tado seria um registro ::e -:-~picos, o qual enriqt.:s,:s" S - - ~o uso da obra; será, 0:-: '" :8' ,acrescentado ao segun:: ':: - -~
Só nos resta reCOiT:S-:"- ::~te aos nossos leitores =- :: -: .•
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as afirmações do NT que sepor trás deles, somente tra
Qara o diálogo teológico e eda atualidade, caso as análi-
;as e as premissas das quaistornarem transparentes da
que há pouco aludimos. Não
podemos submeter a compreensão doNT, de maneira estática, às premissasdo pensamento moderno, nem confrontar o homem e a sociedade de hojecom meras recitações_ do NT. Os doisaspectos, o Novo Têstamento e o homem de nossos dias, devem ser confrontados em um diálogo crítico. Essediálogo tem que se realizar, especialmente, entre o texto e o exegeta, e entreas disciplinas exegéticas e sistemática.Somente por esse caminho é que se pode chegar a uma compreensão das afirmações neotestamentárias, de maneiraque se tornem compreensíveis como última exigência e última promessa.
Compreendida desta maneira, a Teologia do Novo Testamento assume a posição-chave em toda a teologia cristã.Sua estrutura e sua problemática evidenciam-se no resumo da história da pesequisa a respeito de seu desenvolvimento, que apresentamos a seguir. A finalidade deste resumo é a de orientar arespeito dos problemas básicos do estudo do Novo Testamento e a respeitoda posição dos teólogos que se dedicaram a esse estudo. Para poder servirde orientação, através de opiniões isoladas e da literatura, nossa exposiçãotem que ser, necessariamente, esquemática. Não é necessário que se inic'ea leitura da "Teologia do Novo Testamento" na primeira página; pode se principiar também com a leitura de determinados temas, p.ex., com a discussãoa respeito da ressurreição de Jesus.Quanto mais, no entanto, apareceremnomes e opiniões, tanto mais necessárioserá que se procurem informações nessa orientação global que certamente apresenta o resumo mais importante dahistória da teologia da Idade Moderna .."
Essa introdução é precedido por umextenso "Sumário" que nos mostra agrande riqueza do material oferecido naobra. O livro tem, também, no fim, umregistro de passagens bíblicas citadasque perfaz mais do que 17 páginas, oque nos dá uma idéia do alcance do estudo. - O que ainda podia ser acrescentado seria um registro dos nomes e tópicos, o qual enriqueceria muito aindao uso da obra; será, como é de esperar,acrescentado ao segundo volume.
Só nos resta recomendar cordialmente aos nossos leitores a compra deste
livro para um estudo criterioso. Tal estudo, provavelmente, nos induzirá a porpontos de interrogação aqui e acolá aolado de algumas afirmações e formulações, estranhas à terminologia à qual,em nosso meio, estamos acostumados.Porém podemos assegurar aos nossosleitores também, que o estudo deste livro enriquecerá grandemente a nossa"bagagem teológica" e a nossa visãogeral daquele instrumento divino, nos dado para nos servir em nosso ministérioneste mundo: o Novo Testamento.
Johannes H. Rottmann
Desafio às Igrejas. - Diálogo Ecumênico em Tempos de Mudança. Patrocinado pelo Instituto de Pesquisa Ecumênicade Estrasburgo (França). Editorado porWalter Altmann e Bertholdo Weber. Editora Sinodal, São Leopoldo. 1976.Coedição Edições Loyola, São, Paulo126 páginas, Capa plastificada-Cr$ 25,00.
Este "Desafio às Igrejas" é tambémum desafio para nós. Merece ser estudado; merece ser estudado criteriosamente. Pode ser que entre os nossosleitores haja muitos que, com grande reserva, vão se aproximar deste "Desafio"e, aliás, com certa razão, especialmentequando se lê somente o que o subtítulo promete: Diálogo Ecumênico! - Já setem conhecimento de tantos "diálogosecumênicos" não só infrutíferos, massim, até perigosos pela inclinação a fazer concessões, pressupostas em tais"diálogos". No entanto achamos queessa coletânia nos apresenta algo novo.Já o fato de que é um livro de co-ediçãodas Edições Loyola, de origem jesuíta,e da Editora Sinodal, com a qual a Comissão de Literatura da IELB tambémestá trabalhando, lançando co-edições,mostra um raio de ação algo extraordinário. Além disso convém lembrar queaté a Comissão de Teologia e RelaçõesEclesiais da Igreja Luterana-Sinodo deMissouri mantém diálogos com teólogosda Igreja Católica Romana, o que também nos demonstra que o subtítulo dolivro indica algo que realmente existe,a saber "tempos de mudança". Nestesentido achamos aceitável o primeiro parágrafo da descrição na capa do livro:"O 'cenário' ecumênico é hoje muito di-
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Apresentando - L. pág. 169
íNDICE
ástica da Igreja Evangélica de ConfissãoLuterana no Brasil, Vitória): Ecumenismoe teologia da libertação. - 2." parte: Duas Perspectivas de Ação Ecumênica com contribuições de Pe. Fernando Bastos, S. J. (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, Rio de Janeiro): A missãoda Igreja hoje; - D.Mário Teixeira Gurgel,S.D.S. (Bispo de Itabira): Relações ecumênicas nas comunidades de base. 3." parte: Diálogo Teológico Católico-Luterano: Histórico e Significado do Relatório de Malta - com contribuições deProf. DI'. Harding Meyer (Instituto dePesquisa Ecumênica de Estrasburgo): Odiálogo católico-Iuterano internacional; Pe. Jesús Hortal, S.J. (Faculdade de Teologia Cristo Rei, São Leopoldo): O Evangelho e a Igreja perante a realidade brasileira; - Pastor DI'. Walter Altmann (Faculdade de Teologia da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, São Leopoldo): O Evangelho e a Igreja no contexto do ecumenismo brasileiro. - Essa relação do conteúdo do livro mostra seualcance. Sem dúvida constitui este livro um enriquecimento da literatura ecumênica nessa época "de mudanças".O preço é acessível.
Johannes H. Rottmann
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ARTIGOS DE FUNDO:
O Cánone do Antigo Testamento - Rudi Zimmer, 169As Traduções da Biblia - W. Kunstmann, 179A Historicidade de Adão e Eva - P. W. Buss! A. Bessel, 184Tradução da palavra para «alma» no A. T. - H. E. Peacock, 191Professor Dr. Hermann Sasse, DD t - Johannes H. Rottmann, 195
DEVOCIONAL:
A Imagem do Cristão - Meditação - Th-Reuter, 197«Bem-aventurados os mansos» - Meditação - v. d. Brínk, 200Comunhão e ação «no SenhOr» - Est. Bíblico - V. SCholz, 201«Servo» - Estudo Biblico - Valdir Feller, 204Uma palavra a cada um - Estudo Biblico - Arno Bessel, 206Evangelho ... <mão segundo o homem» - Devoção - A. Schueler, 209«Antes da fundação do mundo» - Devoção - Acír Raymann, 210
COMENT ARIOS:
O Exorcísta - A. Pires da Silveira, 211Luzes sobre o Significado da Páscoa - D. A. Reily, 215Só no caso de Urias - Uma «entrevista», 218Reencarnação, 221Médicos capitulam diante de adivinhos, 222Brasil: 500 Milhões, 223A Igreja no lUundo, 225LivrOs, 230
verso daquele de dez anos atrás. O queatualmente carateriza o ecumenismo é oque tem sido chamado a transconfessionalidade de posições. Quer dizer, dentro das mais diversas igrejas institucio~nais, podem ser localizadas as mesmastendências, os mesmos posicionamentos,as mesmas correntes, as mesmas tensões,as mesmas divergências, os mesmos conflitos."
Desta maneira o conteudo pode servisto como uma tentativa de demonstrarestas tensões e ao mesmo tempo a possibilidade de um diálogo apesar das tensões. Assim temos: 1." parte: As Igrejas e suas tensões internas - com contribuições de Prof. DI'. Gunars J. Ansons(Instituto de Pesquisa Ecumênica de Estrasburgo): O movimento ecumênico e atensão entre correntes sócio-po! iticas eevangelicais; - Pe. Jesús Hortal, S. J.(Faculdade de Teologia Cristo Rei, SãoLeopoldo): Catolicismo brasileiro hodierno: posições e tendências; - Pastor DI'.Walter Altmann (Faculdade de Teologiada Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, São Leopoldo): A crisede identidade eclesial e a incónformidade de Cristo; - Pastor Albérico Baeske (Pastor Regional da I Região Eclesi-