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CLIPPINGSUSIPE
08NOV
www.susipe.pa.gov.br
08/11/2019IMPRENSA
OFICIAL DO
ESTADO
08/11/2019IMPRENSA
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ESTADO
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Jornais e Blogs
08/11/2019
Vinte e um celulares, 22 carregadores, 10 fones de ouvido, 17 petecas de maconha, sete estoques (armas
similares a facas, produzidas manualmente pelos próprios internos), uma balança de precisão e uma balança
artesanal foram encontradas Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT), situado no sudeste do Pará,
durante revista geral realizada pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), nesta quinta-
feira (7).
De acordo com a Susipe, a identificação dos objetos que foram introduzidos na unidade de detenção de forma
ilegal se deve "ao rigor nos procedimentos de segurança". Os aparelhos, as armas e equipamentos foram
retirados das celas e apreendidos.
A ação contou com o apoio de policiais militares do Grupamento Tático Operacional (GTO), de policiais civis e
dos agentes prisionais. Ainda segundo a Susipe, a vistoria na unidade ocorreu sem anormalidades. "O CRAMA
permanece sem alterações", assegurou o órgão de segurança.
Segundo a direção da unidade, os internos das celas onde os objetivos ilícitos foram encontrados responderão
Procedimento Disciplinar Penitenciário (PDP).
08/11/2019
Um novo relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, vinculado ao Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos, aponta uma série de atos de tortura praticados em presídios do Pará sob a
responsabilidade da força-tarefa de intervenção penitenciária, autorizada pelo Ministério da Justiça.
Este é o segundo documento oficial que registra maus-tratos, agressões e tratamento considerado cruel
dispensado aos presos no Pará por agentes federais.
O primeiro foi uma ação de improbidade administrativa assinada por 17 dos 28 procuradores da República que
atuam no estado. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça e
responsável pela força-tarefa, diz que laudos de perícias feitas em 64 presas e 11 presos, a pedido do órgão
ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, deram negativo para tortura.
O novo documento volta a apontar casos de tortura. O relatório do Mecanismo de Combate à Tortura, assinado
por quatro peritos independentes que inspecionaram presídios do Pará entre 17 e 20 de setembro, foi concluído
nesta semana e remetido aos órgãos estaduais e federais que têm responsabilidade sobre o que ocorre dentro
dos presídios.
Os peritos apontam atos de tortura como a obrigação de que presos com transtornos mentais permaneçam
agachados por horas com as mãos na cabeça, submetidos a agressões, num "estado de terror"; agressões com
cabos de vassoura nas costas, na cabeça e nos dedos de detentos, que ficam sem atendimento, apesar de
graves infecções, num "ambiente de horror"; e a existência de um "calabouço de tortura", uma ala de castigo e
isolamento que foi omitida pela força-tarefa no momento da inspeção, onde estavam 20 detentos em meio a
esgoto.
Em uma das celas, dez presos ficaram 17 dias bebendo água da bacia sanitária, conforme o relatório do
Mecanismo de Combate à Tortura.
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08/11/2019
Torturas
O documento traz diversas fotos que denotam a suposta tortura, como dedos quebrados dos presos. Há registros
dos espaços encontrados pelos peritos, denominados "calabouço de tortura", no Centro de Recuperação Prisional
do Pará (CRPP III). Os integrantes do Mecanismo de Combate à Tortura pediram o imediato fechamento da ala e
a transferência dos detentos.
Segundo os peritos, a água é racionada e a comida é cortada como forma de castigo aos presos. Tanto em
presídio para homens quanto na unidade para mulheres, o Centro de Reeducação Feminino (CRF), foi registrado
o disparo de spray de pimenta nos presos após o almoço, o que os levava a vomitar uns sobre os outros, como
consta no relatório. Detentos apontaram que um interno morreu asfixiado pelo spray.
Jatos de água fria são disparados nos presos; alguns são acordados de madrugada dessa maneira. A força-tarefa
chegou a deixar detentos sem roupa durante dez dias, conforme o relatório assinado pelos quatro peritos. É
comum o confisco de material de higiene, como barbeador, escova de dente e sandálias. Unhas devem ser
cortadas no dente; presos ficam descalços, com um único uniforme; eles compartilham escovas de dente e ficam
sem escovar por um mês, segundo o documento.
Resposta
Em nota, o Depen disse não reconhecer as alegações de tortura durante o emprego da Força de Cooperação no
estado. Segundo o Depen, as Forças de Cooperação promovem a humanização da pena na medida em que
retiram o domínio das organizações criminosas sobre os demais presos, representando os Direitos Humanos na
prática e não apenas nos discursos.
O Departamento alega ainda que as estatísticas de atendimento aos presos demonstram comprovadamente o
êxito das ações, e que todas as denúncias recebidas são tratadas e estão em processo de apuração pela
Corregedoria e pela Ouvidoria do órgão. “Até o momento nenhuma das alegações de tortura foram
comprovadas”, diz a nota.
Outros
07/11/2019
Um novo relatório concluiu que a Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) no Pará atuou de forma ilegal.
De acordo com o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), comitê ligado ao Ministério
dos Direitos Humanos, do governo federal, houve prática de maus-tratos e tortura a presos.
O documento foi elaborado após visita às casas penais do estado, com inspeções realizadas em setembro. A
visita dos peritos federais do MNPCT ocorreu de 16 a 21 de setembro no Centro de Recuperação Regional de
Altamira (CRRALT), onde 58 presos foram mortos durante rebelião em julho deste ano; Central de Triagem de
Altamira; Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA), em Belém; Centro de Recuperação Prisional do Pará 3
(CRPP III), em Santa Izabel; e Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua.
Segundo o relatório, há um "quadro
caótico de superlotação, agravado a
partir da atuação da FTIP", que
fechou presídios, transferiu e
amontoou detentos em outras
unidades, sem planejamento
adequado. A comissão também
afirma que houve situações de
desrespeito à condição humana dos
presos.
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07/11/2019
"Várias denúncias mostradas incluem ausência de atendimento médico a pacientes doentes e gravemente
feridos, além de celas totalmente insalubres ao ponto de ter pessoas ingerindo água do vaso sanitário", afirmou o
perito Bruno Teixeira.
O perito Teixeira criticou, também, o papel de gerência da intervenção no sistema penitenciário do estado. "(Os
agentes federais) inclusive subjugaram os quadros de servidores da secretaria estadual, o que entendemos como
ilegalidade, uma carta branca que foi dada pelo Governo do Pará à essa força de intervenção penitenciária para
gerir o sistema", afirmou.
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Detentas do CRF disseram que os agentes promoviam cenas de violência dentro da unidade. "O que nós
passamos aqui eu nunca vi na minha vida. Foi uma intervenção que entrou igual a um filme, tratando todas nós
como bicho, como porco. Todo mundo se jogando no chão. Eles atiravam dentro das celas, jogavam bomba de
gás. Todas nós ficamos desesperadas", disse uma delas.
Ainda segundo o relatório, policiais militares aplicavam punições coletivas e obrigavam os detentos a participar de
rituais religiosos para supostamente discipliná-los.
O comandante da intervenção federal chegou a ser afastado por não ter tomado providências para evitar os
maus-tratos e abuso de poder, mas foi reintegrado pela Justiça.
07/11/2019
A FTIP veio ao Pará após o massacre em Altamira, que deixou 62 mortos - dezesseis foram decapitados e quatro
foram mortos durante transferência, logo após o episódio. O presídio de Altamira foi fechado para reforma. Os
presos foram transferidos para uma cadeia recém inaugurada, com três anos de atraso, em Vitória do Xingu.
Visitas nos presídios
O relatório de mais de 70 páginas faz uma série de recomendações, especialmente para o Estado, de combate à
tortura e para evitar novos massacres em presídios do estado.
Advogados continuam tendo que agendar visitas para falar com os presos. A Ordem dos Advogados do Brasil
disse que não é contrária à decisão, mas diz que a medida prejudica o andamento dos processos. "Não somos
contra a racionalização do atendimento, mas desde que ocorra a contento. Os agendamentos têm sido
demorados e não estão sendo feitos dentro do prazo necessário para os advogados", afirmou José Vieira, da
Comissão de Direitos Humanos da OAB no Pará.
Notas
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou que as forças de cooperação promovem a
humanização da pena na medida em que retiram o domínio das organizações criminosas sobre os demais
presos. Segundo o Depen, as estatísticas de atendimento aos presos demonstram comprovadamente o êxito das
ações. A atuação, segundo o Depen, conta com o apoio do governador do Estado do Pará, Ministério Público e
Poder Judiciário.
Em nota, o Governo do Estado informou que o MNPCT e o Conselho Penitenciário solicitaram que 64 presas e 11
presos fosse levados ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e em todos os laudos não foi constatada
prática de tortura e nem ofensa à integridade corporal dos presos.
A OAB e o MPF não comentaram sobre o relatório.
Entenda o caso
O MPF recomendou que sejam instaurados procedimentos administrativos para apurar denúncias de maus tratos
e tratamento desumano, cruel e degradantes. No dia 2 de setembro, os procuradores enviaram recomendações
às autoridades ligadas ao sistema penitenciário do estado e à FTIP que começou a atuar em presídios paraenses
depois do massacre no Centro de Recuperação de Altamira, que resultou na morte de 58 detentos, e de outros
quatro durante a transferência de presos, dois dias após o massacre.
No dia 5 de agosto, foi publicada uma portaria no Diário Oficial do Estado que suspendeu todas as visitas a
detentos no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, região metropolitana de Belém, pelo período de trinta dias.
De acordo com a portaria nº 882/2019, o objetivo da medida é "garantir a segurança dos internos, familiares e
servidores do sistema prisional", durante a atuação da FTIP no Pará, ação autorizada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública.
Denúncias
Desde o início de agosto, quando a Força-Tarefa passou a atuar no presídio, o MPF vem recebendo denúncias
de mães, de companheiras de presos, de presos soltos recentemente, de membros do Conselho Penitenciário e
de membros da OAB que fiscalizam o sistema penitenciário. Entre elas, denúncias de que os presos vêm
sofrendo violência física pelos agentes federais, pois estão apanhando e sendo atingidos por balas de borracha e
spray de pimenta, de modo constante, frequente e injustificado, mesmo após muitos dias da intervenção, e sem
que tenha ocorrido indisciplina dos presos.
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07/11/2019
De acordo com o MPF, os presos também vêm sofrendo violências morais pelos agentes federais, como
ameaças, intimidações, humilhações, demonstrações excessivas de poder e controle, mesmo após muitos dias
da intervenção, e também sem prévia indisciplina dos presos.
Também há declarações de que os detentos não estariam sendo alimentados, ou que são alimentados em
quantidade e qualidade aquém da mínima essencial, sem qualquer diferenciação da alimentação para diabético,
hipertensos e doentes, além de sofrerem privação de água, apontam as denúncias.
Há relatos, ainda, de falta de assistência à saúde, mesmo no caso de presos feridos com balas de borracha, ou
lesionados por causa da violência física dos agentes federais, com privação de medicação e tratamento, inclusive
nos casos de pessoas com deficiência, HIV e tuberculose.
Informações enviadas ao MPF também apontam que os condenados estão em locais sem condições mínimas de
salubridade e higiene, com ratos, superlotação em nível de desmaio e sufocamento, dormindo no chão.
GUIA DE PESQUISA
IOEPA – DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO -http://www.ioepa.com.br/portal/#2
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DOL - http://m.diarioonline.com.br/noticias/paraOLIBERAL.COM (AMAZÔNIA) - https://www.oliberal.com/
ROMA NEWS - https://www.romanews.com.br/G1 PARÁ - https://g1.globo.com/pa/para/
GLOBOPLAY PARÁ- https://globoplay.globo.com/jornal-liberal-1a-edicao/p/5806/
GLOBOPLAY BOM DIA PARÁ - https://globoplay.globo.com/bom-dia-para/p/5805/
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BACANA NEWS - https://bacana.news/PORTAL PARÁ NEWS - http://www.portalparanews.com.br/index.php
FOLHA DO PARÁ - http://www.folhadopara.com/FOLHA DO PROGRESSO - http://www.folhadoprogresso.com.br/
GAZETA SANTARÉM - http://www.gazetadesantarem.com.br/
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