Improbidade Administrativa - Notas

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Notas referente à aula do Professor Marcelo Sobral disponível no canal do Curso Mutiplus no youtube.

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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Marcelo Sobral - Lei 8.429/1992 - Improbidade AdministrativaParte 01-6 disponvel em: https://www.youtube.com/watch?v=C7s8u4126LAFundamento da LIA: Princpio da Moralidade que est no Arquivo 37, CF/88.

O PRESIDENTE DA REPBLICA,Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:CAPTULO I
Das Disposies GeraisSUJEITOPASSIVO

Art. 1 Os atos de improbidade praticados por qualquer agente pblico, servidor ou no, contra a administrao direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios, de Territrio, de empresa incorporada ao patrimnio pblico ou de entidade para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimnio ou da receita anual, sero punidos na forma desta lei.Pargrafo nico. Esto tambm sujeitos s penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimnio de entidade que receba subveno, benefcio ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo pblico bem como daquelas para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimnio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sano patrimonial repercusso do ilcito sobre a contribuio dos cofres pblicos.

SUJEITO ATIVO

Art. 2 Reputa-se agente pblico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades mencionadas no artigo anterior.Art. 3 As disposies desta lei so aplicveis, no que couber, quele que, mesmo no sendo agente pblico, induza ou concorra para a prtica do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Sujeito Ativo (quem pode praticar improbidade administrativa):

Art. 2 - qualquer Agente Pblico (na definio da LIA so os agentes polticos, os servidores pblicos, os militares e os particulares em colaborao com o poder pblico).

(...) ainda que transitoriamente ou sem remunerao(...). Ex: mesrio, jurados.

Art. 3: Particular (que no pode responder sozinho por improbidade administrativa consta no INF. 535 do STJ)

(...)quele que, mesmo no sendo agente pblico, induza ou concorra para a prtica do ato de improbidade ou dele se beneficie(...).

Sujeito Passivo: (quem sofre a ao de improbidade administrativa)

Art. 1: toda administrao direta ou indireta dos Estados, do DF, da Unio ou de Territrio.

(...)administrao direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios, de Territrio(...).

* Empresa incorporada ao patrimnio pblico: se incorporou ao patrimnio pblico, ou est de forma direta ou indireta (redundncia da lei).

*Entidade: qualquer pessoa jurdica, eventual particular que recebeu ou recebe recursos pblicos (entidades privadas sem fins lucrativos(ONGs) ou OS OSCIP (senai, sesi, etc)) de 50% ou mais anual.

OBS: 1 Setor: Estado (setor pblico); 2 Setor: empresas que exercem atividades privadas, ou sejam, atuam em benefcio prprio e particular; 3 Setor: constitudo de organizaes sem fins lucrativos, no nem pblico nem privado.

Pargrafo nico: preenche a lacuna deixada pelo Art, 1. Incorpora LIA, como sujeito passivo, empresas que receberam verba do patrimnio pblico inferior a 50% , mas tais empresas receberam tratamento diferenciado daquelas que concorrem ou concorreram com mais de 50%.

() patrimnio de entidade (generaliza) que receba subveno, benefcio ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo pblico(...)

* Incentivo Fiscal: Ex: iseno de IPTU para abrir uma fbrica da Wolks em determinado Municpio (Guerra Fiscal).*Creditcio: Ex: benefcio de crdito a juros reduzidos para o pequeno empreendedor.

O tratamento diferenciado disposto no pargrafo nico que o agente que praticou o ato de improbidade ter apenas que pagar o que desviou do errio, no o que desviou de outras fontes, (...) limitando-se, nestes casos, a sano patrimonial repercusso do ilcito sobre a contribuio dos cofres pblicos.

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA X AGENTES POLTICOS

Reclamao(ao constitucional) 2138: por maioria de 1 voto, o STF afirmou que no se praticaria a LIA para Ministro de Estado porque o Ministro de Estado teria um tratamento especificado por outro decreto (crime de responsabilidade). Recurso Extraordinrio: preliminar de repercusso geral que define a questo no somente para as partes do processo, mas para toda a sociedade.Nessa reclamao, o STF definiu que os prefeitos, mesmo sendo agentes polticos, respondem pelo crime de Improbidade Administrativa. Essa deciso no teve efeito vinculante, portanto, prefeito e Governador responde sim pelo crime de improbidade administrativa.

Somente no prejuzo ao errio dolo ou culpa.

Art. 5 Ocorrendo leso ao patrimnio (prejuzo ao errio) pblico por ao ou omisso, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se- o integral ressarcimento do dano. Responsabilidade Subjetiva: dolosa ou culposa

Integral ressarcimento do dano.

As sanes da LIA se acumulam com possvel condenao criminal?R. Sim, porque as estncias so independentes.

Prefeito/Governardor responde com base na Lia?R. (STF/STJ) Sim.

Art. 7 Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ou ensejar enriquecimento ilcito, caber a autoridade administrativa responsvel pelo inqurito representar ao Ministrio Pblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

No caso de prejuzo ao errio e enriquecimento ilcito, a autoridade administrativa (ex: INSS) pede ao Ministrio Pblico que intercede no pedido de indisponibilidade de bens feito ao Judicirio.

Informativo 523 do STJ: No caso de improbidade administrativa, admite-se a decretao da indisponibilidade de bens tambm na hiptese em que a conduta tida como improba se subsuma apenas ao disposto no Art. 11 (leso aos princpios administrativos).Ou seja, segundo os termos da lei, s concebvel a indisponibilidade de bens aos atos de improbidade administrativa que causem prejuzo ao errio e enriquecimento ilcito. No entanto, segundo o STJ, tambm possvel requerer a indisponibilidade de bens para os indiciados que atentaram contra os princpios administrativos.

Clculo para fins de indisponibilidade de bens:

Multa por enriquecimento ilcito: pode ser 3x o valor do acrscimo.

Herdeiros: o ressarcimento integral passa para os herdeiros, no caso de morte do ru, limitando-se ao valor integral da herana.

Sobre qual valor incide a medida cautelar de indisponibilidade de bens?R. Deve recair sobre o valor do ressarcimento integral( acrscimo) do dano + valor de possvel multa civil.

Indisponibilidade: tornar indisponvel a transferncia.

Sequestro: sequestrar mais que decretar indisponibilidade, tomar o bem.

Cabe, no caso de leso aos princpios?

R. CESPE: (STJ INF> 523 -) Sim.FCC: (interpretao Literal) No.

Quais bens podem sofrer medida cautelar de indisponibilidade?Pode-se decretar indisponibilidade de bens para os bens adquiridos antes do ato de improbidade?

R. Sim, bens adquiridos antes ou depois da improbidade administrativa podem sofrer medida cautelar de indisponibilidade.

Quais so os requisitos para se conceder uma medida cautelar de indisponibilidade?

R. Fumus Boni Juris e Periculum in Mora. Segundo o STJ, o periculum in mora j est implicito na solicitao de medida cautelar de indisponibilidade dos bens, restando qo MP provar o fumus boni juris.

(STJ) Em relao aos requisitos para decretao de medida cautelar, pacfico, nesta corte superior, o entendimento segundo o qual o periculum in mora, em caso de indisponibilidade patrimonial por imputao do ato de improbidade administrativa, implcito ao comando normativo do Art. 7, ficando limitado o deferimento dessa medida cautelatria a verificao da verossimilhana das alegaes formuladas na inicial.

Verossimilhana: O STJ deveria ter falado, no lugar de verossimilhana, em fumus boni juris fumaa do bom direito. A verossimilhana seria para antecipar tutela, pois exige mais, quase uma prova cabal. A fumaa do bom direito um resqucio de que haja bom direito pela parte queixante.

Periculum in Mora: perigo (de extravio ou dano) na demora.

Medida cautelar: quando voc tira o bem e deixa com um terceiro at o fim do processo.

Antecipao de Tutela: quando voc tira o bem em questo e deixa com uma das partes.

Quais bens podem sofrer constrio em virtude da medida cautelar de indisponibilidade?(bens de famlia podem sofrer constrio?)

STJ O carter de bem de famlia de imvel no tem a fora de obstar a determinao de sua indisponibilidade.

Julgado Fevereiro de 2014: Os valores investidos em aplicaes financeiras , cuja origem remonte a verba trabalhista, no podem ser objeto de medida de indisponibilidade em caso de improbidade. Conforme entendimento pacificado do STJ a medida de indisponibilidade de bens deve recair sobre a totalidade do patrimnio do acusado, excludos aqueles tidos como impenhorveis (o bem de famlia impenhorvel).R. STJ (informativo 539) No.

Herdeiros: o ressarcimento integral passa para os herdeiros, no caso de morte do ru, limitando-se ao valor integral da herana.

Sucessor de quem praticou improbidade administrativa responde pelo ressarcimento integral?

R. (Com base na lei - FCC) O sucessor responde at o limite da herana.

E quanto a Multa Civil?

R. (STJ CESPE) S passa quando for enriquecimento ilcito ou prejuzo ao errio.

ESPCIES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

MAIS GRAVE

Enriquecimento Ilcito (EI)

Prejuzo ao errio (PE)

Leso aos Princpios Administrativos (LP)

* Se praticar ato que cabe nos trs, responde no mais grave.

* O enriquecimento ilcito um prejuzo ao errio mais grave, pois o autor recebe/percebe algum benefcio deste ato, uma vantagem econmica.

Verbos:

Enriquecimento Ilcito (EI) Art. 9: receber/perceber vantagem econmica.AceitarAdquirirIncorporarUsarUtilizar

Leso aos Princpios Administrativos (LP) - Art. 11:

Praticar Frustrar (concurso pblico)

Frustrar licitao ou Parceria, o Art. 10.

Retardar DeixarRevelar RevelarNegar Descumprir

Art. 11 - Inciso IV - negar publicidade aos atos oficiais;

No h necessidade de dolo especfico (praticar o ato de improbidade), basta o dolo genrico (praticar determinada conduta).

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa leso ao errio qualquer ao ou omisso, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidao dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1 desta lei, e notadamente:

possvel haver prejuzo ao errio sem dano?

* Art. 21. A aplicao das sanes previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico;R. (Fcc de acordo com a lei) As sanes de improbidade administrativa so aplicveis, independentemente de dano, salvo ressarcimento. (CESPE STJ) A configurao dos atos de IA prevista no Art. 10 da LIA, luz da atual jurisprudncia do STJ,existe a presena do efetivo dano ao errio. Pra se configurar PE tem que ter dano, se no, leso dos princpios.

Julgado de Setembro de 2014 (STJ - INF 549): Fracionamento de licitao: fraciona o servio em partes para no haver necessidade de licitao, se torna dispensa. Esse ato constitui improbidade administrativa, pois o simples fato de fracionar causa dano. O dano inerente (in r ipsa).

Lei municipal que admite contratao de temporrio para cargos efetivos do servio pblico configura improbidade administrativa?

R. (STJ) No, porque no encontra dolo genrico j que o prefeito estava respaldado por uma lei municipal, ainda que constitucionalmente duvidosa.

CAPTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seo I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilcito

Art. 9 Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilcito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1 desta lei, e notadamente:I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem mvel ou imvel, ou qualquer outra vantagem econmica, direta ou indireta, a ttulo de comisso, percentagem, gratificao ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico;II - perceber vantagem econmica, direta ou indireta, para facilitar a aquisio, permuta ou locao de bem mvel ou imvel, ou a contratao de servios pelas entidades referidas no art. 1 por preo superior ao valor de mercado;III - perceber vantagem econmica, direta ou indireta, para facilitar a alienao, permuta ou locao de bem pblico ou o fornecimento de servio por ente estatal por preo inferior ao valor de mercado;IV - utilizar, em obra ou servio particular, veculos, mquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidores pblicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;V - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a explorao ou a prtica de jogos de azar, de lenocnio, de narcotrfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilcita, ou aceitar promessa de tal vantagem;VI - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declarao falsa sobre medio ou avaliao em obras pblicas ou qualquer outro servio, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou caracterstica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;VII - adquirir, para si ou para outrem, no exerccio de mandato, cargo, emprego ou funo pblica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional evoluo do patrimnio ou renda do agente pblico;VIII - aceitar emprego, comisso ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa fsica ou jurdica que tenha interesse suscetvel de ser atingido ou amparado por ao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico, durante a atividade;IX - perceber vantagem econmica para intermediar a liberao ou aplicao de verba pblica de qualquer natureza;X - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofcio, providncia ou declarao a que esteja obrigado;XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimnio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;XII - usar, em proveito prprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei.Seo II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuzo ao Errio

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa leso ao errio qualquer ao ou omisso, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidao dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1 desta lei, e notadamente:I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporao ao patrimnio particular, de pessoa fsica ou jurdica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;II - permitir ou concorrer para que pessoa fsica ou jurdica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;III - doar pessoa fsica ou jurdica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistncias, bens, rendas, verbas ou valores do patrimnio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem observncia das formalidades legais e regulamentares aplicveis espcie;IV - permitir ou facilitar a alienao, permuta ou locao de bem integrante do patrimnio de qualquer das entidades referidas no art. 1 desta lei, ou ainda a prestao de servio por parte delas, por preo inferior ao de mercado;V - permitir ou facilitar a aquisio, permuta ou locao de bem ou servio por preo superior ao de mercado;VI - realizar operao financeira sem observncia das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidnea;VII - conceder benefcio administrativo ou fiscal sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;VIII - frustrar a licitude de processo licitatrio ou dispens-lo indevidamente;(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)VIII -frustrar a licitude de processo licitatrio ou de processo seletivo para celebrao de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispens-los indevidamente;IX - ordenar ou permitir a realizao de despesas no autorizadas em lei ou regulamento;X - agir negligentemente na arrecadao de tributo ou renda, bem como no que diz respeito conservao do patrimnio pblico;XI - liberar verba pblica sem a estrita observncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular;XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriquea ilicitamente;XIII - permitir que se utilize, em obra ou servio particular, veculos, mquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidor pblico, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.XIV celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestao de servios pblicos por meio da gesto associada sem observar as formalidades previstas na lei;(Includo pela Lei n 11.107, de 2005)XV celebrar contrato de rateio de consrcio pblico sem suficiente e prvia dotao oramentria, ou sem observar as formalidades previstas na lei.(Includo pela Lei n 11.107, de 2005)XVI a XXI -(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)Art. 77. O art. 10 daLei no8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

XVI -facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporao, ao patrimnio particular de pessoa fsica ou jurdica, de bens, rendas, verbas ou valores pblicos transferidos pela administrao pblica a entidades privadas mediante celebrao de parcerias, sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;XVII - permitir ou concorrer para que pessoa fsica ou jurdica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores pblicos transferidos pela administrao pblica a entidade privada mediante celebrao de parcerias, sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;XVIII - celebrar parcerias da administrao pblica com entidades privadas sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebrao de parcerias da administrao pblica com entidades privadas ou dispens-lo indevidamente;XX - agir negligentemente na celebrao, fiscalizao e anlise das prestaes de contas de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas;XIX - agir negligentemente na celebrao, fiscalizao e anlise das prestaes de contas de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas;(Redao dada pela Lei n 13.204, de 2015)XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas sem a estrita observncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular.(Redao dada pela Lei n 13.204, de 2015)XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas sem a estrita observncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular. (NR)

Seo III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princpios da Administrao PblicaArt. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies, e notadamente:I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competncia;II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio;III - revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das atribuies e que deva permanecer em segredo;IV - negar publicidade aos atos oficiais;V - frustrar a licitude de concurso pblico;VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo;VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capaz de afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.VIII -(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)VIII -descumprir as normas relativas celebrao, fiscalizao e aprovao de contas de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas. (NR)IX - deixar de cumprir a exigncia de requisitos de acessibilidade previstos na legislao.(Includo pela Lei n 13.146, de 2015)

Art. 12 - PENAS APLICADAS A QUEM COMETE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

* Suspenso dos Direitos Polticos e Perda da Funo Pblica s com o trnsito em Julgado.*Cabe afastamento preventivo do cargo, com remunerao, mediante deciso do juiz ou da autoridade administrativa. Quanto ao

* As penas podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente.Todos os casos podem gerar Perda da Funo Pblica

ART. 12 (PENAS)Suspenso Direitos PolticosMultaProibio de contratar c/ a adm. pblicaRessarcimento do dano

Art. 9 (EI)8 a 10 anosAt 3x o valor do acrscimo10 anosSe houver

Art. 10 (PE)5 a 8 anosAt 2x o valor do dano5 anosSim

Art. 11 (LP)3 a 5 anosAt 100x o valor da remunerao3 anos Se houver

Quais so os critrios de fixao da pena?

R. A extenso do dano causado, o proveito patrimonial (aquilo que voc ganhou com a improbidade administrativa).

CAPTULO III
Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanes penais, civis e administrativas previstas na legislao especfica, est o responsvel pelo ato de improbidade sujeito s seguintes cominaes, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:(Redao dada pela Lei n 12.120, de 2009).I - na hiptese do art. 9, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de at trs vezes o valor do acrscimo patrimonial e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de dez anos;II - na hiptese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, se concorrer esta circunstncia, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de at duas vezes o valor do dano e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de cinco anos;III - na hiptese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de trs a cinco anos, pagamento de multa civil de at cem vezes o valor da remunerao percebida pelo agente e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de trs anos.Pargrafo nico. Na fixao das penas previstas nesta lei o juiz levar em conta a extenso do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

Art. 13 - DECLARAO DE BENS

* Deve ser apresentada na posse do exerccio, anualmente e quando sair do cargo.* Se houver recusa ou falsificao da declarao, a pena ser a demisso do cargo pblico.

CAPTULO IV
Da Declarao de BensArt. 13. A posse e o exerccio de agente pblico ficam condicionados apresentao de declarao dos bens e valores que compem o seu patrimnio privado, a fim de ser arquivada no servio de pessoal competente.(Regulamento)(Regulamento) 1 A declarao compreender imveis, mveis, semoventes, dinheiro, ttulos, aes, e qualquer outra espcie de bens e valores patrimoniais, localizado no Pas ou no exterior, e, quando for o caso, abranger os bens e valores patrimoniais do cnjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependncia econmica do declarante, excludos apenas os objetos e utenslios de uso domstico. 2 A declarao de bens ser anualmente atualizada e na data em que o agente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego ou funo. 3 Ser punido com a pena de demisso, a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 4 O declarante, a seu critrio, poder entregar cpia da declarao anual de bens apresentada Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislao do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessrias atualizaes, para suprir a exigncia contida no caput e no 2 deste artigo .

O que constituti crime na LIA* No cabe representao annima para fins de improbidade administrativa, j que o nico crime desta lei quando a representao acusa agente pblico ou terceiro de improbidade quando sabe que o acusado inocente.

CAPTULO VI
Das Disposies PenaisArt. 19. Constitui crime a representao por ato de improbidade contra agente pblico ou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabe inocente. Pena: deteno de seis a dez meses e multa.Pargrafo nico. Alm da sano penal, o denunciante est sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou imagem que houver provocado.Art. 20. A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticos s se efetivam com o trnsito em julgado da sentena condenatria. * Em relao ao Art. 21, O STJ diz que, no caso de Prejuzo ao errio, necessrio o efetivo dano. Na leitura da lei, no.Art. 21. A aplicao das sanes previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico;I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena de ressarcimento;(Redao dada pela Lei n 12.120, de 2009).II - da aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.Por que mesmo com a aprovao de contas no Tribunal de Contas pode haver condenao por improbidade administrativa?R. O julgamento do Tribunal de Contas possui natureza poltica (com mais discrio), por isso no vincula o Poder Judicirio.

REFERENTE PRESCRIO

* Prazo de prescrio na LIA: 5 anos.* Esse prazo comea a contar, para ocupante de cargo efetivo, a partir da prtica do ato de improbidade administrativa.FUNO DE CONFIANACARGO EM COMISSOMANDATO ELETIVO

TRMINO DO EXERCCIO

PRESCRIO DE5 ANOS

CARGO EFETIVO

CONHECIMENTO DO FATO(*LEI 8112/90 Art. 142.

Interrupo do Prazo: a propositura da ao judicial de improbidade administrativa interrompe o prazo prescricional da LIA mesmo que a citao se d aps 5 anos (Inf. 546 do STJ), logo, o prazo zera.

CAPTULO VII
Da PrescrioArt. 23. As aes destinadas a levar a efeitos as sanes previstas nesta lei podem ser propostas:I - at cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargo em comisso ou de funo de confiana;II - dentro do *prazo prescricional previsto em lei especfica para faltas disciplinares punveis com demisso a bem do servio pblico, nos casos de exerccio de cargo efetivo ou emprego.III - at cinco anos da data da apresentao administrao pblica da prestao de contas final pelas entidades referidas no pargrafo nico do art. 1odesta Lei.(Includo pela Lei n 13.019, de 2014)A Lei 8429/92 se aplica a fatos ocorridos antes da sua vigncia?

R. A LIA no possui aplicao retroativa a sua vigncia.CAPTULO I
Das Disposies GeraisArt. 1 Os atos de improbidade praticados por qualquer agente pblico, servidor ou no, contra a administrao direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios, de Territrio, de empresa incorporada ao patrimnio pblico ou de entidade para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com mais de cinqenta por cento do patrimnio ou da receita anual, sero punidos na forma desta lei.Pargrafo nico. Esto tambm sujeitos s penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimnio de entidade que receba subveno, benefcio ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo pblico bem como daquelas para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com menos de cinqenta por cento do patrimnio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sano patrimonial repercusso do ilcito sobre a contribuio dos cofres pblicos.Art. 2 Reputa-se agente pblico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades mencionadas no artigo anterior.Art. 3 As disposies desta lei so aplicveis, no que couber, quele que, mesmo no sendo agente pblico, induza ou concorra para a prtica do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.Art. 4 Os agentes pblicos de qualquer nvel ou hierarquia so obrigados a velar pela estrita observncia dos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe so afetos.Art. 5 Ocorrendo leso ao patrimnio pblico por ao ou omisso, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se- o integral ressarcimento do dano.Art. 6 No caso de enriquecimento ilcito, perder o agente pblico ou terceiro beneficirio os bens ou valores acrescidos ao seu patrimnio.Art. 7 Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ou ensejar enriquecimento ilcito, caber a autoridade administrativa responsvel pelo inqurito representar ao Ministrio Pblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.Pargrafo nico. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recair sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acrscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilcito.Art. 8 O sucessor daquele que causar leso ao patrimnio pblico ou se enriquecer ilicitamente est sujeito s cominaes desta lei at o limite do valor da herana.CAPTULO II
Dos Atos de Improbidade AdministrativaSeo I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento IlcitoArt. 9 Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilcito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1 desta lei, e notadamente:I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem mvel ou imvel, ou qualquer outra vantagem econmica, direta ou indireta, a ttulo de comisso, percentagem, gratificao ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico;II - perceber vantagem econmica, direta ou indireta, para facilitar a aquisio, permuta ou locao de bem mvel ou imvel, ou a contratao de servios pelas entidades referidas no art. 1 por preo superior ao valor de mercado;III - perceber vantagem econmica, direta ou indireta, para facilitar a alienao, permuta ou locao de bem pblico ou o fornecimento de servio por ente estatal por preo inferior ao valor de mercado;IV - utilizar, em obra ou servio particular, veculos, mquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidores pblicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;V - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a explorao ou a prtica de jogos de azar, de lenocnio, de narcotrfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilcita, ou aceitar promessa de tal vantagem;VI - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declarao falsa sobre medio ou avaliao em obras pblicas ou qualquer outro servio, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou caracterstica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;VII - adquirir, para si ou para outrem, no exerccio de mandato, cargo, emprego ou funo pblica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional evoluo do patrimnio ou renda do agente pblico;VIII - aceitar emprego, comisso ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa fsica ou jurdica que tenha interesse suscetvel de ser atingido ou amparado por ao ou omisso decorrente das atribuies do agente pblico, durante a atividade;IX - perceber vantagem econmica para intermediar a liberao ou aplicao de verba pblica de qualquer natureza;X - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofcio, providncia ou declarao a que esteja obrigado;XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimnio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;XII - usar, em proveito prprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei.Seo II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuzo ao ErrioArt. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa leso ao errio qualquer ao ou omisso, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidao dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1 desta lei, e notadamente:I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporao ao patrimnio particular, de pessoa fsica ou jurdica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;II - permitir ou concorrer para que pessoa fsica ou jurdica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;III - doar pessoa fsica ou jurdica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistncias, bens, rendas, verbas ou valores do patrimnio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, sem observncia das formalidades legais e regulamentares aplicveis espcie;IV - permitir ou facilitar a alienao, permuta ou locao de bem integrante do patrimnio de qualquer das entidades referidas no art. 1 desta lei, ou ainda a prestao de servio por parte delas, por preo inferior ao de mercado;V - permitir ou facilitar a aquisio, permuta ou locao de bem ou servio por preo superior ao de mercado;VI - realizar operao financeira sem observncia das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidnea;VII - conceder benefcio administrativo ou fiscal sem a observncia das formalidades legais ou regulamentares aplicveis espcie;VIII - frustrar a licitude de processo licitatrio ou dispens-lo indevidamente;(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)IX - ordenar ou permitir a realizao de despesas no autorizadas em lei ou regulamento;X - agir negligentemente na arrecadao de tributo ou renda, bem como no que diz respeito conservao do patrimnio pblico;XI - liberar verba pblica sem a estrita observncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular;XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriquea ilicitamente;XIII - permitir que se utilize, em obra ou servio particular, veculos, mquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou disposio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei, bem como o trabalho de servidor pblico, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.XIV celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestao de servios pblicos por meio da gesto associada sem observar as formalidades previstas na lei;(Includo pela Lei n 11.107, de 2005)XV celebrar contrato de rateio de consrcio pblico sem suficiente e prvia dotao oramentria, ou sem observar as formalidades previstas na lei.(Includo pela Lei n 11.107, de 2005)XVI a XXI -(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)Seo III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princpios da Administrao PblicaArt. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies, e notadamente:I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competncia;II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio;III - revelar fato ou circunstncia de que tem cincia em razo das atribuies e que deva permanecer em segredo;IV - negar publicidade aos atos oficiais;V - frustrar a licitude de concurso pblico;VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a faz-lo;VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgao oficial, teor de medida poltica ou econmica capaz de afetar o preo de mercadoria, bem ou servio.VIII -(Vide Lei n 13.019, de 2014)(Vigncia)IX - deixar de cumprir a exigncia de requisitos de acessibilidade previstos na legislao.(Includo pela Lei n 13.146, de 2015)(Vigncia)CAPTULO III
Das PenasArt. 12. Independentemente das sanes penais, civis e administrativas, previstas na legislao especfica, est o responsvel pelo ato de improbidade sujeito s seguintes cominaes:Art. 12. Independentemente das sanes penais, civis e administrativas previstas na legislao especfica, est o responsvel pelo ato de improbidade sujeito s seguintes cominaes, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:(Redao dada pela Lei n 12.120, de 2009).I - na hiptese do art. 9, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de at trs vezes o valor do acrscimo patrimonial e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de dez anos;II - na hiptese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, se concorrer esta circunstncia, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de at duas vezes o valor do dano e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de cinco anos;III - na hiptese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de trs a cinco anos, pagamento de multa civil de at cem vezes o valor da remunerao percebida pelo agente e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de trs anos.Pargrafo nico. Na fixao das penas previstas nesta lei o juiz levar em conta a extenso do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.CAPTULO IV
Da Declarao de BensArt. 13. A posse e o exerccio de agente pblico ficam condicionados apresentao de declarao dos bens e valores que compem o seu patrimnio privado, a fim de ser arquivada no servio de pessoal competente.(Regulamento)(Regulamento) 1 A declarao compreender imveis, mveis, semoventes, dinheiro, ttulos, aes, e qualquer outra espcie de bens e valores patrimoniais, localizado no Pas ou no exterior, e, quando for o caso, abranger os bens e valores patrimoniais do cnjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependncia econmica do declarante, excludos apenas os objetos e utenslios de uso domstico. 2 A declarao de bens ser anualmente atualizada e na data em que o agente pblico deixar o exerccio do mandato, cargo, emprego ou funo. 3 Ser punido com a pena de demisso, a bem do servio pblico, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o agente pblico que se recusar a prestar declarao dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 4 O declarante, a seu critrio, poder entregar cpia da declarao anual de bens apresentada Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislao do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessrias atualizaes, para suprir a exigncia contida no caput e no 2 deste artigo .CAPTULO V
Do Procedimento Administrativo e do Processo JudicialArt. 14. Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato de improbidade. 1 A representao, que ser escrita ou reduzida a termo e assinada, conter a qualificao do representante, as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao das provas de que tenha conhecimento. 2 A autoridade administrativa rejeitar a representao, em despacho fundamentado, se esta no contiver as formalidades estabelecidas no 1 deste artigo. A rejeio no impede a representao ao Ministrio Pblico, nos termos do art. 22 desta lei. 3 Atendidos os requisitos da representao, a autoridade determinar a imediata apurao dos fatos que, em se tratando de servidores federais, ser processada na forma prevista nosarts. 148 a 182 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.Art. 15. A comisso processante dar conhecimento ao Ministrio Pblico e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existncia de procedimento administrativo para apurar a prtica de ato de improbidade.Pargrafo nico. O Ministrio Pblico ou Tribunal ou Conselho de Contas poder, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.Art. 16. Havendo fundados indcios de responsabilidade, a comisso representar ao Ministrio Pblico ou procuradoria do rgo para que requeira ao juzo competente a decretao do seqestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimnio pblico. 1 O pedido de seqestro ser processado de acordo com o disposto nosarts. 822e825 do Cdigo de Processo Civil. 2 Quando for o caso, o pedido incluir a investigao, o exame e o bloqueio de bens, contas bancrias e aplicaes financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.Art. 17. A ao principal, que ter o rito ordinrio, ser proposta pelo Ministrio Pblico ou pela pessoa jurdica interessada, dentro de trinta dias da efetivao da medida cautelar. 1 vedada a transao, acordo ou conciliao nas aes de que trata o caput.(Revogado pela Medida provisria n 703, de 2015) 2 A Fazenda Pblica, quando for o caso, promover as aes necessrias complementao do ressarcimento do patrimnio pblico. 3 No caso da ao principal ter sido proposta pelo Ministrio Pblico, a pessoa jurdica interessada integrar a lide na qualidade de litisconsorte, devendo suprir as omisses e falhas da inicial e apresentar ou indicar os meios de prova de que disponha.3oNo caso de a ao principal ter sido proposta pelo Ministrio Pblico, aplica-se, no que couber, o disposto no 3odo art. 6oda Lei no4.717, de 29 de junho de 1965.(Redao dada pela Medida Provisria n 1.472-31, de 1996)3oNo caso de a ao principal ter sido proposta pelo Ministrio Pblico, aplica-se, no que couber, o disposto no 3odo art. 6oda Lei no4.717, de 29 de junho de 1965.(Redao dada pela Lei n 9.366, de 1996) 4 O Ministrio Pblico, se no intervir no processo como parte, atuar obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.5oA propositura da ao prevenir a jurisdio do juzo para todas as aes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.(Includo pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001)6oA ao ser instruda com documentos ou justificao que contenham indcios suficientes da existncia do ato de improbidade ou com razes fundamentadas da impossibilidade de apresentao de qualquer dessas provas, observada a legislao vigente, inclusive as disposies inscritas nosarts. 16 a 18 do Cdigo de Processo Civil.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)7oEstando a inicial em devida forma, o juiz mandar autu-la e ordenar a notificao do requerido, para oferecer manifestao por escrito, que poder ser instruda com documentos e justificaes, dentro do prazo de quinze dias.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)8oRecebida a manifestao, o juiz, no prazo de trinta dias, em deciso fundamentada, rejeitar a ao, se convencido da inexistncia do ato de improbidade, da improcedncia da ao ou da inadequao da via eleita.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)9oRecebida a petio inicial, ser o ru citado para apresentar contestao.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)10.Da deciso que receber a petio inicial, caber agravo de instrumento.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)11.Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequao da ao de improbidade, o juiz extinguir o processo sem julgamento do mrito.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)12.Aplica-se aos depoimentos ou inquiries realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto noart. 221,capute 1o, do Cdigo de Processo Penal.(Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001)Art. 18. A sentena que julgar procedente ao civil de reparao de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinar o pagamento ou a reverso dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurdica prejudicada pelo ilcito.CAPTULO VI
Das Disposies PenaisArt. 19. Constitui crime a representao por ato de improbidade contra agente pblico ou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabe inocente. Pena: deteno de seis a dez meses e multa.Pargrafo nico. Alm da sano penal, o denunciante est sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou imagem que houver provocado.Art. 20. A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticos s se efetivam com o trnsito em julgado da sentena condenatria.Pargrafo nico. A autoridade judicial ou administrativa competente poder determinar o afastamento do agente pblico do exerccio do cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao, quando a medida se fizer necessria instruo processual.Art. 21. A aplicao das sanes previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico;I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena de ressarcimento;(Redao dada pela Lei n 12.120, de 2009).II - da aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.Art. 22. Para apurar qualquer ilcito previsto nesta lei, o Ministrio Pblico, de ofcio, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representao formulada de acordo com o disposto no art. 14, poder requisitar a instaurao de inqurito policial ou procedimento administrativo.CAPTULO VII
Da PrescrioArt. 23. As aes destinadas a levar a efeitos as sanes previstas nesta lei podem ser propostas:I - at cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargo em comisso ou de funo de confiana;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei especfica para faltas disciplinares punveis com demisso a bem do servio pblico, nos casos de exerccio de cargo efetivo ou emprego.III - at cinco anos da data da apresentao administrao pblica da prestao de contas final pelas entidades referidas no pargrafo nico do art. 1odesta Lei.(Includo pela Lei n 13.019, de 2014)CAPTULO VIII
Das Disposies FinaisArt. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 25. Ficam revogadas asLeis ns 3.164, de 1 de junho de 1957, e3.502, de 21 de dezembro de 1958e demais disposies em contrrio. Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171 da Independncia e 104 da Repblica.FERNANDO COLLOR
Clio Borja