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Cavalaria 1 Cavalaria Carga dos hussardos da cavalaria napoleónica. Cavalaria é a arma das forças terrestres que, antigamente se destinava ao combate a cavalo, em ações de choque ou de reconhecimento. Historicamente, a cavalaria é a arma mais móvel dos exércitos e a segunda mais antiga - a seguir à infantaria. Hoje em dia, são raros os exércitos que mantém forças de combate a cavalo. No entanto, em muitos deles, por tradição, continua a chamar-se "cavalaria" às forças e unidades que desempenham missões semelhantes às da antiga cavalaria, mas fazendo uso de veículos motorizados, de veículos blindados ou de helicópteros. Normalmente, a designação "cavalaria" não se extendia às forças que combatiam montadas em outros animais que não o cavalo, como o camelo ou o elefante. Igualmente, as tropas que se deslocavam a cavalo, mas que desmontavam para combater, eram conhecidas como "dragões", não sendo consideradas parte da cavalaria, senão a partir da segunda metade do século XVIII. Desde os tempos mais remotos que a elevada mobilidade da cavalaria lhe deu uma vantagem como um instrumento multiplicador de forças. Mesmo uma pequena força de cavalaria poderia manobrar de forma a flanquear, evitar, surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem combatendo montado num cavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa inercial sobre um oponente a pé. Outro elemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um soldado montado poderia infligir sobre um oponente. O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da Antiguidade e da Idade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a cavalo. Isso acontecia especialmente nas sociedades nómadas da Ásia que originaram os exércitos mongóis. Na Europa, a cavalaria transformou-se, essencialmente, numa cavalaria pesada constituída por cavaleiros de armadura. Durante o século XVII a cavalaria europeia perdeu a maior parte das suas armaduras e, no final do século já só algumas unidades usavam armadura e esta, limitando-se à couraça do peito. A cavalaria tradicional sobreviveu até ao início da guerra de trincheiras na Primeira Guerra Mundial. A maioria das unidades de cavalaria foram então desmontadas e empregues como infantaria na Frente Ocidental. No período entre guerras, muitas unidades de cavalaria, foram motorizadas ou mecanizadas. No entanto, algumas tropas a cavalo ainda combateram durante a Segunda Guerra Mundial sobretudo na União Soviética, onde foram usadas tanto pelos Soviéticos como pelos Alemães e seus aliados. Hoje em dia, a maioria das unidades militares a cavalo ainda existentes, são usadas apenas para funções cerimoniais. Existem no entanto, algumas forças de combate a cavalo que atuam como infantaria montada para operar em terrenos de acesso difícil, como florestas densas e montanhas.

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Cavalaria 1

Cavalaria

Carga dos hussardos da cavalaria napoleónica.

Cavalaria é a arma das forçasterrestres que, antigamente sedestinava ao combate a cavalo, emações de choque ou dereconhecimento. Historicamente, acavalaria é a arma mais móvel dosexércitos e a segunda mais antiga - aseguir à infantaria.

Hoje em dia, são raros os exércitos quemantém forças de combate a cavalo.No entanto, em muitos deles, portradição, continua a chamar-se"cavalaria" às forças e unidades quedesempenham missões semelhantes àsda antiga cavalaria, mas fazendo usode veículos motorizados, de veículosblindados ou de helicópteros.

Normalmente, a designação"cavalaria" não se extendia às forças que combatiam montadas em outros animais que não o cavalo, como o cameloou o elefante. Igualmente, as tropas que se deslocavam a cavalo, mas que desmontavam para combater, eramconhecidas como "dragões", não sendo consideradas parte da cavalaria, senão a partir da segunda metade do séculoXVIII.

Desde os tempos mais remotos que a elevada mobilidade da cavalaria lhe deu uma vantagem como um instrumentomultiplicador de forças. Mesmo uma pequena força de cavalaria poderia manobrar de forma a flanquear, evitar,surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem combatendo montado numcavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa inercial sobre um oponente a pé. Outroelemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um soldado montado poderia infligir sobre um oponente.O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da Antiguidade e daIdade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a cavalo. Isso aconteciaespecialmente nas sociedades nómadas da Ásia que originaram os exércitos mongóis. Na Europa, a cavalariatransformou-se, essencialmente, numa cavalaria pesada constituída por cavaleiros de armadura. Durante o séculoXVII a cavalaria europeia perdeu a maior parte das suas armaduras e, no final do século já só algumas unidadesusavam armadura e esta, limitando-se à couraça do peito. A cavalaria tradicional sobreviveu até ao início da guerrade trincheiras na Primeira Guerra Mundial. A maioria das unidades de cavalaria foram então desmontadas eempregues como infantaria na Frente Ocidental. No período entre guerras, muitas unidades de cavalaria, forammotorizadas ou mecanizadas. No entanto, algumas tropas a cavalo ainda combateram durante a Segunda GuerraMundial sobretudo na União Soviética, onde foram usadas tanto pelos Soviéticos como pelos Alemães e seusaliados. Hoje em dia, a maioria das unidades militares a cavalo ainda existentes, são usadas apenas para funçõescerimoniais. Existem no entanto, algumas forças de combate a cavalo que atuam como infantaria montada paraoperar em terrenos de acesso difícil, como florestas densas e montanhas.

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A missão da cavalariaEm muitos dos exércitos modernos, o termo "cavalaria" ainda é usado para se referir à arma que desempenhafunções semelhantes às que a antiga cavalaria ligeira desempenhava, montada a cavalo. Essas funções incluem aexploração, a caça aos elementos de reconhecimento inimigos, a segurança avançada, o reconhecimento ofensivopelo combate, cobertura das forças amigas durante movimentos retrógados, a retirada, a recuperação do comando econtrolo, a decepção, a ligação, a penetração e a incursão. Para desempenhar estas funções, a cavalaria modernatrocou o cavalo por um conjunto de equipamentos que inclui veículos ligeiros todo-o-terreno, motociclos, veículosblindados, helicópteros, radares de superfície e drones.Já a função de choque, antigamente desempenhada pela cavalaria pesada, é, em muitos exércitos hoje desempenhadapor uma arma própria (normalmente designada "arma blindada" ou " de blindados") ou, nalguns casos, pelainfantaria. No entanto, em outros exércitos, esta função também ainda se mantém como atribuição da arma decavalaria. Para desempenho da função de choque, os cavalos de grande porte e as armaduras foram substituídos peloscarros de combate.

História

Carro de guerra egípcio.

Origens

Antes da Idade do Bronze, o papel dacavalaria no campo de batalha era,essencialmente, desempenhado pelos carrosligeiros puxados a cavalo. O carro decombate puxado a cavalo teve origem nacultura de Andronovo da Ásia Central eespalhou-se pelos povos nómadas ousemi-nómadas Indo-Iranianos. O carro foiprontamente adoptado por povossedentários, tanto como meio de combatecomo objeto cerimonial símbolo de estatuto,especialmente pelos Egípcios, Assírios eBabilónios.

O poder da mobilidade, dado pelas unidades montadas, cedo foi reconhecido, mas prejudicado pela dificuldade emlevantar grandes forças e pela incapacidade dos cavalos - então, a maioria de epqeuno porte - em carregar armaduraspesadas. As técnicas de cavalaria foram uma inovação desenvolvida pelos povos nómadas equestres da Ásia Centrale pelas povos pastorícios do atual Irão, como os Pártias e os Sármatas.

Os relevos encontrados, datados de cerca de 860 a.C., representando a cavalaria assíria,

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Cavaleiros da antiga grécia

Cavaleiro ibero.

mostram-nos que, por esta altura, oscavaleiros não usavam esporas, selas ouestribos. O combate em cima do cavalo seriamuito mais difícil do que uma simplescavalgada. Os cavaleiros atuavam aos pares,sendo um deles um arqueiro e o outro, umparceiro que lhe controlava as rédeas docavalo, enquanto aquele disparava o seuarco. Já nesta época, a cavalaria fazia uso deespadas, escudos e arcos. Evidênciasposteriores, mostram já o uso de selasprimitivas pela cavalaria assíria, permitindo,aos arqueiros, o controlo dos seus próprioscavalos.

Heródoto refere que, já em 490 a.C., osMedos criaram uma raça de grandescavalos, capaz de carregar homensprotegidos com armaduras cada vez maispesadas. Mas os cavalos de grande porteeram ainda uma raridade, por esta altura.

O uso de carros de combate puxados acavalo estava já obsoleto na altura que osPersas foram derrotados por Alexandre oGrande. Os carros continuaram, no entantoainda a ser usados por povos menosevolluídos técnicamente. Por exemplo, ospovos do sul da Grã-Bretanha aindaenfrentaram a invasão romana, comandadapor Júlio César, com carros de combatepuxados a cavalo, em 55 e 54 a.C.. Noentanto, por esssa altura, os carros já quasesó eram usados cerimonialmente ou em corridas.

Grécia antiga e Macedónia

A cavalaria desempenhou um papel, relativamente subalterno, na Grécia antiga, sendo os conflitos decididos pormassas de infantaria couraçada. Contudo, a Tessália era, amplamente, conhecida por produzir exímios cavaleiros eexperiências posteriores em guerras, tanto com como contra o Império Persa ensinaram aos

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Cavaleiro auxiliar romano.

Cavaleiro mameluco.

Gregos o elevado valor da cavalaria em ações de perseguição e emescaramuças. Xenofon - autor e soldado ateniense - advogou acriação de uma pequena, mas bem treinada força de cavalaria,escrevendo, para isso, vários manuais sobre cavalos e cavalaria.

Em contrapartida, a Macedónia, ao norte, desenvolveu uma fortecavalaria pesada que culminou nos hetaroi (cavalaria dosCompanheiros) de Filipe II e de Alexandre o Grande. Além destacavalaria pesada, o exército de armas combinadas macedóniotambém empregou soldados de cavalaria ligeira, chamados"prodromoi, em missões de exploração e de cobertura. Foramtambém empregues os ippiko, soldados de cavalaria média,armados com lança e espada, protegidos com uma couraça de pele,cota de malha e chapéu, usados como exploradores e caçadores acavalo. Esta cavalaria era usada em conjunto com a infantarialigeira e a famosa falange macedónica. A eficiência do sistema dearmas combinadas foi demonstrado nas conquistas asiáticas deAlexandre o Grande.

Império Romano

O serviço na cavalaria, no início da República Romana,manteve-se como uma pregorrativa reservada aos membros daclasse abastada dos equites, os únicos com capacidade para manterum cavalo, além das armas e da armadura. À medida que a classecresceu, tornando-se mais numa elite social do que, propriamente,num grupo de militares, os Romanos começaram a empregaraliados Italianos (não Romanos) da classe dos socii parapreencherem os postos da sua cavalaria. Ao mesmo tempo, osRomanos começaram a recrutar auxiliares de cavalariaestrangeiros, de entre os Iberos, Gauleses e Numidas. O próprioJúlio César era conhecido pela admiração

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Archeiro a cavalo otomano.

Cavaleiros árabes.

Cavaleiros tártaros.

que tinha da sua escolta de cavalaria mistagermânica, que deu origem à CohorteEquitates. Os primeiros imperadoresmantiveram uma ala de cavalaria, compostapor Batavos, para sua guarda pessoal, maistarde extinta por Galba.

Durante a maior parte da república, acavalaria romana funcionou, apenas comouma auxiliar da infantaria das legiões,formando apenas um quinto da forçaarmada. Isto não significa que a suautilidade possa ser subestimada, uma vezque o seu papel estratégico noreconhecimento e nas operações avançadasfoi crucial para a capacidade dos Romanosem conduzir operações a longa distância emterritório hostil ou desconhecido. Emalgumas ocasiões, a cavalaria romanatambém provou a sua capacidade paraconduzir ataques decisivos contra umainimigo fraco ou pouco preparado, sendoum exemplo disso a carga final durante aBatalha de Aquilónia.

Depois de derrotas, como a da Batalha deCarrhae, os Romanos aprenderam, com osPartos e com os Sassânidas, a importânciada ação de uma grande formação decavalaria. Ambos, mas sobretudo os últimos,eram conhecidos pelos seus catafractários eclibanarii - soldados de cavalaria, armadoscom lanças e protegidos com uma armaduracompleta. A mobilidade da cavalaria partaconfundiu os Romanos, cujas formações emordem unida não foram capazes decontrabalançar a velocidade dos Partos. Apartir daí, os Romanos irão aumentarsubstancialmente, tanto a quantidade comoos padrões de instrução da sua cavalaria.Irão criar as suas próprias unidades decatrafactários e de clibanarii. No entanto oexército romano continuará a basear-seprimariamente na sua infantaria pesada.

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Imperador Qianlong equipado como cavaleirocouraçado chinês.

Cavaleiros cristãos e muçulmanos da Reconquista da Península Ibérica.

No exército do Império Romano tardio, acavalaria desempenhou um papel com umaimportânica crescente. A espata - espadaclássica usada durante a maioria do primeiromilénio depois de Cristo - foi adoptadacomo modelo padrão das forças de cavalariado Império.

O declínio progressivo do Império Romanoe da sua infraestrutura, tornou cada vez maisdifícil a mobilização de uma grande força deinfantaria. Assim, durante os séculos IV e V,a cavalaria começou a assumir um papelmais dominante nos campos de batalha daEuropa, o que também se tornou possívelcom a criação de novas raças de cavalos degrande porte. A substituição da sela romanapor variantes baseadas no modelo cita e aadopção de estribos, permitiram, aoscavaleiros, uma maior estabilidade nocombate a cavalo. Os catrafactárioscouraçados começaram a empregues noleste da Europa e no Próximo Oriente comoa principal força de combate romana, emcontraste com os papeis iniciais da cavalariaque se limitavam à exploração, incursão eflanqueamento.

As tradições da cavalaria do final doImpério Romano e dos invasoresgermânicos contribuiram para odesenvolvimento da instituição da cavalariamedieval.

Árabes

A cavalaria inicial árabe, durante a épocados califas bem guiados, conistia numacavalaria ligeira armada com lanças eespadas, protegida com uma armadura leve.A sua função principal era a de atacar osflancos e a retaguarda do inimigo. A cavalaria ligeira, durante os anos finais da conquista islâmica do Levante,tornou-se no mais poderoso ramo do exército muçulmano. O melhor uso deste tipo de

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Cavaleiros medievais europeus.

Retres alemães.

cavalaria rápida e ligeiramente armada, foidemonstrado na Batalha de Yarmuk, em636, na qual Khalid ibn al-Walid, sabendoda importância e da habilidade da suacavalaria, usou-a para virar o jogo em todosos momentos críticos da batalha,aproveitando-se da sua capacidade para ocontacto, o rompimento de contacto, aretirada e o contra-ataque a partir dosflancos ou da retaguarda. Khalid ibnal-Walid formou a Mutaharrik tulai'a(guarda móvel), uma unidade de cavalariade elite, composta por veteranos dascampanhas do Iraque e da Síria. A guardamóvel era usada como vanguarda doexército e como força canalizadora dastropas oponentes, com a sua grandemobilidade a dar-lhe uma vantagem decisivana manobra contra qualquer exércitobizantino.

Na Batalha de Talas, em 751 - integradanum conflito que opôs o califato dosAbassidas e a dinastia Tang da China pelocontrolo da Ásia Central -, a infantariachinesa foi canalizada pela cavalaria árabeperto do rio Talas.

Mais tarde, os Mamelucos foram treinadoscomo soldados de cavalaria. Os Mamelucosseguiam a Al-Furusiyya, um código deconduta que incluía valores como a corageme a generosidade, mas também doutrinassobre táticas de cavalaria, equitação, tiro com arco e primeiros socorros.

Ásia Cental e Meridional

A literatura indiana contém inúmeras referências às forças de cavalaria dos nómadas da Ásia Central, como os Sakas,os Tocarianos, os Kambojas, os Yavanas, Pahalavas e os Paradas. Numerosos textos purânicos referem-se a umaantiga invasão da Índia , no século XVI a.C., pelas forças de cavalaria de cinco nações, chamadas as

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Hussardos alados polacos.

Dragões bávaros.

"Cinco Hordas" (Pañca Ganah) ou as "Hordas de Xátria"(Kśatriya Ganah), que capturaram o trono de Ayodhya, aodestronarem o rei védico Bahu.

O Mahabharata, o Ramayana, numerosos puranas e algumas fontesestrangeiras atestam que o serviço da cavalaria dos Kambojas erafrequentemente solicitado nas guerras antigas. O Mahabharatafala, em 950 a.C., de uma estimada cavalaria de Kambojas, Sakas,Yavanas e Tocarianos, dos quais, todos eles participaram naGuerra de Kurukshetra, sob o comando supremo do governantekamboja Sudakshina Kamboja.

A importância do cavalo (ashya) como ponto fulcral na cultura dosKambojas, tornou-os, popularmente, conhecidos como "Ashvakas"(cavaleiros) e a sua terra como "Terra dos Cavalos". Os Assakenoi(que se pensam ser tribos dos Ashvakas) enfrentaram Alexandre oGrande com 30 000 soldados de infantaria, 20 000 de cavalaria e30 elefantes de combate. Estas tribos ofereceram uma tenazresistência contra Alexandre, nas suas campanhas nos vales deKabul, de Kunar e de Swat, ganhando a admiração dos própriosmacedónios.

Os Kambojas organizaram-se em corporações militares (sanghas esrenis) para administrarem os seus assuntos políticos e militares.As referências indicam que os Kambojas formavam, pois, umanação em armas, inclusive fornecendo serviços militares a naçõesestrangeiras. Inclusive, existem numerosas referências aorecrutamento da cavalaria dos Kambojas por outros povos.

Os Hunos, os Tártaros, os Tujue, os Ávaros, os Kipchaks, osMongóis, os Cossacos e os diversos povos turcos também sãoexemplos de povos equestres que conseguiram obter bastantessucessos em conflitos militares

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Caçador a cavalo francês.

Spahi senegalês.

com povos agrícolas sedentários e com sociedades urbanas, devidoà sua mobilidade tática e estratégica. Alguns destes povos foramrecrutados, como cavalaria, por diversos estados europeus, sendo,normalmente usados como exploradores e incursores. O exemplomais conhecido, de um emprego continuado dessa cavalaria, foramos regimentos a cavalo de Cossacos usados, pela Rússia, até aoséculo XX.

Extremo Oriente

A história militar da China relata uma longa troca de experiênciasentre as forças de infantaria chinesas do Sul e os "bárbaros"montados do Norte. Em 307 a.C., o rei Wuling de Zhao, ordenouaos seus comandantes militares e às suas tropas, que adoptassemcalças como os nómadas, bem como que praticassem o seu sistemade tiro com arco a cavalo. Depressa, as táticas de cavalariaadoptadas pelo reino de Zhao forçaram os seus inimigos dosoutros reinos combatentes a adoptar as mesmas técnicas.

A adopção da cavalaria de massas na China, também quebrou atradição do uso em combate, do carro puxado a cavalos pelaaristocracia chinesa, que existia desde cerca de 1600 a.C., durantea dinastia Shang. Por esta altura os grandes exércitos chineses comde 100 000 a 200 000 soldados de infantaria, passaram a serapoiados por várias centenas de soldados a cavalo.

Em muitas ocasiões, os Chineses estudaram as táticas de cavalarianómadas e aplicaram-nas na criação das suas próprias forçaspoderosas de cavalaria. As táticas chinesas de cavalaria foramreforçadas pela invenção dos estribos presos à sela, ocorrida jápelo menos no século IV, como mostram as evidências.

A cavalaria foi introduzida na Coreia, pela primeira vez, durante operíodo Gojoseon.

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Lanceiros indianos na Primeira Guerra Mundial.

Dragões austro-húngaros na Primeira Guerra Mundial.

Cavalaria polaca, no período entre guerras.

Os antigos Japoneses também adoptaram acavalaria e a criação de cavalos, por volta doséculo V a.C..

Europa medieval

Apesar da cavalaria romana não usarestribos, as selas usadas permitiam boasestabilidade e flexibilidade. No entanto aadopção dos estribos e de selas maisaperfeiçoadas permitiram uma maioreficiência no combate a cavalo, durante aIdade Média. Os estribos e as novas selaspermitiam que mais peso, tanto do homemcomo da sua sua armadura, podessem sersuportados em cima do cavalo. Emparticular, uma carga com a lança presa nasaxilas já não se iria transformar num "saltocom vara", permitindo um enorme aumentodo impacto da carga a cavalo. Por último,mas não menos importante, a introdução dasesporas veio permitir um melhor controlo damontada durante a carga de cavalaria a todoo galope. Na Europa Ocidental emergiu oque é considerado o expoente máximo dacavalaria pesada: o cavaleiro ouhomem-de-armas medieval. Os cavaleiroscarregavam em formação cerrada, trocandoa flexibilidade por uma primeira cargamassiva e irresistível.

Os homens-de-armas a cavalo, depressa, setornaram numa importante força nas táticasda Europa Ocidental, devendo, no entanto,observar-se que a doutrina militar medievaldefinia que os mesmos deveriam serempregues como parte de uma força dearmas combinadas, juntamente com osvários tipos de tropas a pé. No entanto, oscronistas medievais tendiam a dar umaindevida atenção aos nobres cavaleiros, emdetrimento da peonagem, composta pormembros das classes mais baixas. Isto poderdar a impressão que a cavalaria era a únicaforça a ter em conta nas batalhas medievaiseuropeias, o que está longe da realidade.

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Unidade de reconhecimento de cavalaria alemã, com blindados SdKfz 231 e SdKfz232, no período entre-guerras.

Cavalaria britânica, equipada com carros de combate Crusader na Segunda GuerraMundial.

Cavalaria do Ar dos Estados Unidos na Guerra do Vietname.

Formações massivas de arqueiros inglesesvenceram a cavalaria francesa nas batalhasde Crécy, Poitiers e de Agincourt. Nasbatalhas de Bannockburn, de Lupen e deAljubarrota, os soldados a pé escoceses,suíços e portugueses, respetivamente,provaram ser quase invulneráveis às cargasde cavalaria, desde que mantivessem aformação. No entanto, a ascensão dainfantaria como a principal arma teria queesperar até aos Suíços transformarem seusquadrados de piques, numa formaçãoofensiva, em vez de, apenas, defensiva. Estanova doutrina agressiva deu, à Suíça,vitórias sobre uma série de adversários,levando os seus inimigos a descobrir que aúnica maneira de os derrotar seria através douso de uma doutrina de armas combinadasainda mais abrangente, como veio aacontecer na Batalha de Marignano, onde osFranceses e Venezianos conseguiramderrotar os Suíços. O desenvolvimento dearmas de projeção, mais potentes, como abesta e os canhões de mão, tambémajudaram a mudar a focalização nas elites decavalaria para as massas de infantariaeconómica, equipada com armas operáveiscom uma fácil aprendizagem. Estas armastiveram bastante sucesso nas GuerrasHussitas, em conjunto com a utilização dosfortes de carroças.

A ascensão gradual do domínio da infantarialevou à adopção de táticas de combatedesmontado. Desde os tempos maisremontos, que os homens-de-armas acavalo, tinham, frequentemente, quedesmontar para lidar com inimigos com osquais não podiam lidar em cima do cavalo.A partir da segunda metade do século XVIessa tática tornou-se bastante maisimportante, com os homens-de-armas adesmontarem e a combaterem como umainfantaria super-pesada, usando montantes eachas-de-armas, seguras com as duas mãos.

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Reconstituição da cavalaria suíça de 1972.

Forças especiais dos Estados Unidos a cavalo no Afeganistão.

Dragões da Independência brasileiros em 2007.

De qualquer modo, a guerra, na IdadeMédia, tendia a ser dominada mais porincursões e cercos do que por batalhascampais, não aos homens-de-armas outraescolha que não a desmontar para assaltarfortificações.

Europa renascentista

Ironicamente, a ascensão da infntaria, noinício do século XVI, coincidiu que a "idadede ouro" da cavalaria pesada. No iníciodaquele século, os exércitos espanhol efrancês, por exemplo, poderiam ter até 50%dos seus efetivos preenchidos com váriostipos de cavalaria ligeira e pesada, enquantoque, no século seguinte, esse número nuncaultrapassaria os 25%. A Cavalaria comoinstituição perdeu a maioria das suasfunções militares e transformou-se maisnuma classe social e económica,dedicando-se, cada vez mais às atividadescapitalistas, em crescendo no ocidenteeuropeu. com o crescimento de umainfantaria devidamente treinada eexercitada, os homens-de-armas a cavalo,agora, eles próprios, parte do exércitopermamente, assumiram o mesmo papel dasantigas cavalarias grega e romana - o dedarem um golpe decisivo quando a batalhajá estava a ser travada, quer carregandosobre os flancos inimigos, quer atacando oseu posto de comando.

A partir da segunda metade do século XVI,o uso de armas de fogo, solidificou odomínio do campo de batalha pela infantariae permitiu o desenvolvimento deverdadeiros exércitos de massas. Oscavaleiros pesadamente couraçados erambastante dispendiosos de formar, manter ede subtsituir. Eram necessários anos paracriar um cavaleiro hábil e um cavalotreinado, enquanto que os arcabuzeiros e,mais tarde, os mosqueteiros poderiam sermuito mais rapidamente treinados e mantidos a um custo significativamente menor, além de poderem ser mais

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facilmente substituídos. Os terços espanhóis e as formações de infantaria neles inspiradas, relegaram a cavalaria paraum mero papel de auxiliar. A pistola e a manobra do caracol foram, especificamente, desenvolvidas para tentar voltara aumentar importância da cavalaria no combate. Contudo, a manobra do caracol não foi particularmente bemsucedida e a carga - usando, espada, lança ou pistola - continuou como o principal modo de emprego para a maioriados tipos de cavalaria europeia, sendo, contudo, por esta altura, já realizada através de fomações com muito maisprofundidade e disciplina do que no passado. Os semi-lanceiros ingleses - armados de lança e protegidos com meiaarmadura - e os retres alemães - armados de espada e pistola e protegidos com couraça - estavam entre os tipos decavalaria que atingiram o apogeu nos séculos XVI e XVII. Estes séculos também testemunharam os dias de glóriados hussardos alados polacos - uma força de cavalaria pesada, couraçada e fazendo uso de lança, cujos militares secaraterizavam por terem umas grandes asas de madeira e de penas, presas às costas - que obtiveram um grandesucesso em combate contra os Suecos, Russos e Otomanos.

Europa dos séculos XVIII e XIXA cavalaria manteve um papel importante, durante esta época, que viu a regularização e a uniformização dosexércitos de toda a Europa. Em primeiro lugar, continuou a ser a escolha primária para confrontar a cavalariainimiga. Por outro lado os ataques da cavalaria contra a vanguarda contínua de uma força de infantaria resultavam,normalmente, em fracasso, mas o ataque aos flancos e à retaguarda das extensas linhas da infantaria resultava,frequentemente, em sucesso. A cavalaria foi importante nas batalhas de Blenheim, de Rossbch e de Friedlândia,mantendo-se como um factor significativo durante as guerras napoleónicas. A infantaria em massa era mortal para acavalaria, mas tornava-se num excelente alvo para a artilharia. A partir do momento em que um bombardeamentocriava uma desordem na formação de infantaria, a cavalaria era capaz de pôr em debandada e de perseguir ossoldados de infantaria dispersos. Só quando as armas de fogo individuais atingiram precisão e cadência de tiroelevadas é que a importância da cavalaria diminuiu até nesta função. Mesmo assim, a cavalaria ligeira continuoucomo um instrumento indispensável para a exploração e observação até ser suplantada nesta função, pela aviação,durante a Primeira Guerra Mundial.Em meados do século XIX, genericamente, a cavalaria dos exércitos europeus podia dividir-se em:1. Cavalaria pesada: couraceiros;2. Cavalaria média: dragões;3. Cavalaria ligeira: hussardos e lanceiros.Existiam algumas variantes nacionais e regionais. Por exemplos, como cavalaria ligeira também existiam oscaçadores a cavalo franceses, alemães e portugueses, os chevaulegers bávaros, os cossacos russos, os dragõesligeiros britânicos e os ulanos polacos, prussianos e austríacos. Como cavalaria pesada também existiam os guardasdragões e dragões pesados britânicos e os carabineiros e granadeiros a cavalo franceses.

Impérios coloniais do século XIXA cavalaria obteve novos sucessos nas operações irregulares nas campanhas ultramarinas, levadas a cabo pelaspotências coloniais europeias. Estas campanhas decorriam em teatros de operações vastos e desertos, contra nativossem táticas nem armas modernas, mas que se deslocavam facilmente no terreno. Nestas situações as lentas forças deinfantaria, apoiadas por artilharia eram, normalmente, ineficazes. Pelo contrário a mobilidade e a capacidade decobertura rápida de grandes distâncias da cavalaria, tornou-a especialmente eficaz nas operações coloniais. Exemplosdisto foi a atuação das unidades de dragões portugueses no Brasil e, mais tarde, em África e das unidades decavalaria dos Estados Unidos, no Velho Oeste. Diversas potências europeias criaram unidades de cavalaria nativa,como os sowares da Índia Britânica, os spahis da África do Norte francesa e os savaris da Líbia italiana.

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A decadência da cavalariaNo início do século XX, todos os exércitos mantinham, ainda, forças substanciais de cavalaria, discutindo-se se a suafunção deveria ou não passar a ser, meramente, a de infantaria montada, a função histórica dos dragões. Depois dasua experiência na Guerra dos Boers - na qual os comandos a cavalo boers, desmontando para combater, provaramser superiores à cavalaria regular - o Exército Britânico abandonou o uso operacional da lança - retomando-o em1908 - e deu uma nova ênfase ao treino para ações desmontadas. Também os Russos, entre 1881 e 1910 converteramtodos os seus regimentos de hussardos, lanceiros e couraceiros em dragões, treinados para atuar como infantariamontada - estes regimentos retomaram as suas designações, uniformes e funções históricas em 1910.Em agosto de 1914, todos os exércitos combatentes ainda mantinham números substanciais de cavalaria e a naturezamóvel das batalhas iniciais da Primeira Guerra Mundial, tanto na Frente Ocidental como na Oriental permitiram umnúmero de ações tradicionais de cavalaria, ainda que menores e mais escaças do que nas guerras anteriores. Acavalaria do Exército Alemão - ainda que mantendo uniformes coloridos e tradicionais em tempo de paz - adoptou aprática de atuar, apenas como apoio à infantaria, caso a mesma encontrasse uma resistência substancial. Estas táticascautelosas foram alvo de escárnio por parte dos seus oponentes mais conservadores, mas provaram-se apropriadas ànova natureza da guerra. A partir do momento em que as frentes de batalha se estabilizaram, uma combinação dearame farpado, metralhadoras e espingardas de repetição, provou ser mortífera para as tropas a cavalo. Durante oresto da guerra, na Frente Ocidental, a cavalaria deixou, praticamente, de ter qualquer papel a desempenhar. Osexércitos combatentes, desmonaram as suas cavalarias e usaram-nas noutras funções, como infantaria, metralhadorase ciclistasAlgumas unidades de cavalaria, contudo, foram mantidas a cavalo, na retaguarda das linhas, como uma reserva paracontrariar um seu eventual rompimento, que tardou a acontecer. Só os carros de combate, introduzidos na FrenteOcidental a partir de setembro de 1916, conseguiram obter o rompimento das linhas, mas não tinham a autonomiapara o explorarem. Como as tropas a cavalo eram demasiado lentas e vulneráveis para acompanhar eficazmente ocarro de combate, as mesmas nunca conseguiram obter um papel significativo na guerra mecanizada, levando a que,no planeamento de forças do pós-guerra, ela fosse substituída por forças baseadas meios mecânicos, sobretudoblindados. Muitas das unidades de cavalaria irão ser convertidas para este tipo de forças, mantendo, algumas dasquais, as suas designações tradicionais ligadas à cavalaria.Nos espaços mais amplos da Frente Oriental, continuou a ser travada uma forma mais fluída de guerra, mantendo-sea necessidade do uso das tropas a cavalo. Sobretudo nos meses iniciais da guerra foram travadas várias ações acavalo, de grande envergadura. No entanto, mesmo aí, a necessidade de manter grandes unidades a cavalo, impôs umelevado custo sobre as linhas logísticas, que não era compensado por grandes ganhos estratégicos.No Médio Oriente, as forças a cavalo, tanto aliadas como turcas, continuaram a ter um papel importante - ainda que,sobretudo como infantaria montada - sobretudo nas grandes áreas desertas.

Período entre-guerrasUma combinação de conservadorismo militar e de restrições económicas evitou que as lições da Primeira GuerraMundial fossem, imediatamente, postas em prática. Apesar da acentuada redução de unidades a cavalo na maioriados exércitos ocidentais, ainda se pensava que as tropas montadas iriam desempenhar um papel determinante naguerra futura.A cavalaria foi extensivamente usada na Guerra Civil Russa e na Guerra Polaco-Soviética. As guerras coloniais emMarrocos, Síria e Índia deram oportunidade ao uso da cavalaria contra inimigos sem armamento moderno.Durante a década de 1930, o Exército Francês experimentou a integração de unidades de cavalaria montadas e mecanizadas, em grandes unidades mistas. Os regimentos de dragões foram convertidos em dragons portées - infantaria transportada em camiões e motorizadas - e os couraceiros em unidades blindadas. As unidades de cavalaria ligeira (caçadores a cavalo, hussardos e spahis) mantiveram-se a cavalo. A teoria era a de que, grandes unidades

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mistas, poderiam usar as vantagens do cavalo e do blindado, conforme as circustâncias. Na prática, verificou-se queas tropas a cavalo não dispunham da velocidade suficiente para acompanhar as velozes tropas mecanizadas.Os exércitos britânico e dos Estados Unidos decidiram pela mecanização total das suas unidades a cavalo, tendo esseprocesso praticamente concluído no início da Segunda Guerra Mundial. No caso do Exército Britânico, os antigosregimentos de cavalaria - agora mecanizados, mas mantendo as suas designações tradicionais - juntaram-se ao CorpoReal de Tanques da infantaria, constituindo uma nova arma blindada designada "Royal Armoured Corps" (RealCorpo Blindado).

Segunda Guerra MundialNo início da Segunda Guerra Mundial, praticamente só os exércitos britânico e norte-americano estavam, quasetotalmente, motorizados. Os restantes exércitos (inclusive, e ao contrário do mito, o Exército Alemão) aindautilizavam o cavalo, em grande escala, para as mais variadas funções, desde as de transporte logístico às de combate.No entanto, apesar da maioria dos exércitos manter ainda unidades de cavalaria, as grandes acções a cavalorestringiram-se, essencialmente, às campanhas da Polónia e da União Soviética.Um mito que se tornou popular é o de que os lanceiros polacos carregaram, a cavalo com as suas lanças, sobre oscarros de combate alemães durante as operações de setembro de 1939. Este mito nasceu da má interpretação de umúnico combate, ocorrido a 1 de setembro perto de Krojanty, quando dois esquadrões do 18º Regimento polaco deLanceiros tentava atacar a infantaria alemã, quando foi apanhada em campo aberto, pelos carros de combateinimigos. As duas razões principais para o desenvolvimento deste mito, foram a falta de veículos motorizados noExército Polaco, que o obrigava a usar cavalos nas mais diversas funções - incluive no reboque de armas anti-carro -e o fato da cavalaria polcaca, por diversas vezes, ter ficado encurralada pelos carros de combate alemães, não lherestando outra alternativa senão tentar lutar com eles, para escapar - essa luta seria, portanto, não uma açãointencional, mas uma ação de desespero.Será mais correta a referência a "infantaria montada" do que a "cavalaria", já que os cavalos eram usados,primariamente, como um meio de transporte, para os quais eram especialmente adequados, dado o mau estado dasestradas polacas. Outro mito, refere-se à cavalaria polaca como armada com sabres e lanças. Na verdade, em 1939,as lanças já só eram usadas como arma cerimonial, sendo a carabina a principal arma do soldado de cavalaria polaco.Realmente, o equipamento individual de campanha incluía um sabre - talvez por tradição - mas, em caso de combate,o soldado de cavalaria polaco, certamente daria preferência ao uso da sua carabina e baioneta. Além disso, a ordemde batalha, de uma brigada de cavalaria polaca, incluía - além dos soldados a cavalo - metralhadoras ligeiras epesadas, armas anticarro e antiaéreas, artilharia, veículos blindados de reconhecimento e carros de combate ligeirosNos estágios mais avançados da guerra, já só a União Soviética mantinha, ainda, números substanciais de unidades acavalo, algumas combinadas com unidades mecanizadas. A vantagem desta abordagem era que, na exploração, ainfantaria montada podia acompanhar o avanço dos carros de combate. Outros fatores a favorecer a manutenção deunidades a cavalo incluiam a elevada qualidade dos cossacos russos e de outras forças a cavalo e a falta de estradasadequadas a veículos motorizados. Outro fator importante era o de que a capacidade logística necessária para apoiargrandes forças mecanizadas excedia a necessária para apoiar tropas a cavalo.Além da Alemanha, também a Roménia, a Hungria e a Itália participaram, com forças de cavalaria, na invasão daUnião Soviética. Apesar da maioria das unidades de cavalaria terem sido extintas ou reconvertidas, depois daretirada da União Soviética, a Alemanha manteve até ao final da guerra, algumas unidades a cavalo das SS e dealiados cossacos.No Extremo Oriente, unidades a cavalo do Exército dos Estados Unidos ainda combateram os Japoneses, nasFilipinas. O 26º Regimento de Cavalaria dos EUA (Philippine Scouts) combateu a cavalo durante a retirada para aPenínsula de Bataan, até ser destruído em janeiro de 1942. A última grande unidade a cavalo do Exército dos EUA, a2ª Divisão de Cavalaria, foi apeada em março de 1944.

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A última carga tradicional de cavalaria, confirmada, da história, ocorreu em agosto de 1942, levada a cabo por umaunidade do Corpo di Spedizione Italiano in Russia (Corpo Expedicionário Italiano da Rússia). O 3º Regimentoitaliano de Dragões Savoia carregou, com sucesso, sobre as forças soviéticas.

Depois da Segunda Guerra MundialNo início da década de 1950, quase todos os exércitos europeus tinham motorizado ou mecanizado o que restava dassuas unidades a cavalo. O Exército Soviético, no entanto, manteve divisões a cavalo até 1955 e, ainda em 1991,mantinha um esquadrão independente a cavalo no Quirguistão.O Exército Suíço foi o último exército moderno ocidental com unidades operacionais a cavalo, mantendo-as até1972.As unidades a cavalo mantiveram-se, no entanto, até mais tarde nos países da América Latina. O Exército Mexicanomanteve vários regimentos a cavalo até final da década de 1990. O Exército do Chile manteve cinco dessesregimentos até 1983, que erma usados como tropas de montanha a cavalo.Várias unidades blindadas e mecanizadas de muitos exércitos mantém a designação histórica de "cavalaria". OExército dos EUA também criou a "cavalaria do Ar" - constituída por unidades equipadas com helicópteros. O termo"cavalaria do Ar" foi adoptado por outros exércitos mas agora foi substituído, na maior parte dos casos, pelo termo"assalto aéreo".Apesar das modernas unidades de cavalaria terem relação com antigas unidades a cavalo, nem sempre esse é o caso.A mística da cavalaria fez com que, por exemplo, a Força de Defesa Irlandesa - que nunca teve unidadesoperacionais a cavalo, desde a sua formação em 1922 - inclua um "corpo de cavalaria" equipado com veículosblindados.Algumas guerras de guerrilha na segunda metade do século XX e no século XXI levaram ao reaparecimento deunidades de combate a cavalo, mesmo nos exércitos mais modernos. Esse reaparecimento deveu-se à eficácia dastropas a cavalo no combate contra os guerrilheiros em terrenos difíceis e com poucas estradas. Os principaisexemplos de emprego desse tipo de tropas - sobretudo, como infantaria montada - ocorreram no Afeganistão, naRodésia e em Angola. O Exército Português criou, experimentalmente, um pelotão a cavalo, para operar no Leste deAngola, em 1966, que obteve tanto sucesso que foi expandido para uma força de quatro esquadrões, conhecida poros "Dragões de Angola". Os Dragões de Angola operavam como infantaria montada em patrulhas e em perseguiçãode guerrilheiros, muitas vezes em cooperação com forças transportadas por helicóptero que eram lançadas naretaguarda do inimigo, que ficava assim cercado entre os dragões e aquelas. Cada dragão estava armado com umaespingarda automática - para combate desmontado - e com uma pistola - para combate a cavalo. Um sistemasemelhante foi adoptado pelos Rodesianos, com a criação da sua unidade de elite a cavalo Grey's Scouts, em 1975.As tropas especiais dos Estados Unidos têm usado unidades a cavalo no Afeganistão.Unidades a cavalo, essencialmente cerimoniais, são, atualmente, mantidas pelos exércitos ou forças militarizadas daArgentina, Brasil, Bulgária, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Índia, Itália, Jordânica,Marrocos, Nigéria, Suécia, Países Baixos, Paquistão, Paraguai, Perú, Polónia, Portugal, Reino Unido, Senegal eVenezuela. A Federação Russa reintroduziu, recentemente, um esquadrão a cavalo cerimonial, fardado comuniformes históricos.Hoje em dia, o 61º Regimento de Cavalaria do Exército Indiano, é a última unidade permamente a cavalo, nãocerimonial, do mundo.

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A cavalaria ligeira e a pesadaTradicionalmente, a cavalaria estava dividida em cavalaria ligeira e cavalaria pesada ou couraçada. A diferençaestava, sobretudo, no tamanho das montadas utilizadas, na quantidade de armadura levada pelo cavalo e pelocavaleiro, bem como a função desempenhada em combate. Um terceira categoria, a cavalaria média era a constituída,inicialmente pelos archeiros a cavalo e, mais tarde, sucessivamente por besteiros a cavalo, arcabuzeiros a cavalo edragões.A cavalaria ligeira era, tipicamente, utilizada no reconhecimento, em escaramuças e no corte da retirada dainfantaria. A cavalaria pesada era usada como tropa de choque, sendo empregue em cargas sobre o corpo principaldas tropas inimigas.Com o desenvolvimento das armas de fogo, a cavalaria pesada começou a aproximar-se da obsolescência. Noentanto, diversas unidades mantiveram o uso de couraças e capacetes como proteção contra golpes de espada e debaionetas e como incentivo para a moral dos utilizadores.Com a motorização e a mecanização da cavalaria, continuou a distinção entre a cavalaria ligeira e a pesada, segundoas mesmas linhas. A primeira é constituída por veículos motorizados ou por blindados ligeiros e usada parareconhecimento. A cavalaria pesada ou blindada é constituída por carros de combate pesados e usada como tropa dechoque.

Estatuto socialDesde o início da civilização até ao século XX, a posse de cavalos de combate foi vista como um sinal de riqueza ede pretígio entre os diversos povos. Um cavalo de combate implica uma despesa considerável em termos de criação,treino, alimentação e equipamento, sendo, no entanto, pouco produtivo excepto como meio de transporte.Por esta razão, e por causa do seu papel militar decisivo, a cavalaria foi sempre associada a um estatuto socialelevado. Isto tornou-se mais evidente no sistema feudal, no qual se esperava que um nobre entrasse em combate comarmadura e a cavalo, trazendo consigo um contingente de camponeses a pé. Num combate entre um senhor feudal acavalo e de armadura e camponeses a pé, estes sairiam, certamente derrotados, a não ser que fossem em númeromuito superior.Mais tarde, nos exércitos nacionais, ser um oficial de cavalaria continuou a ser sinal de uma elevado estatuto social.As consideráveis despesas que os oficiais de cavalaria tinham que suportar a nível particular, pela função quedesempenhavam - despesas que não existiam na maioria das outras armas - faziam que a grande maioria deles viessede classes economicamente previligiadas.Igualmente, a maioria das monarquias europeias, mantinha guardas reais ou imperiais a cavalo, cujos oficiais pelasua proximidade aos monarcas, eram recrutados na alta nobreza. O próprio recrutamento dos soldados era bastanteseletivo, em relação ao de outras unidades.

Forças de cavalaria• Caçadores a cavalo;• Hussardos;• Ginetes;• Guias;• Dragões;• Carabineiros• Lanceiros;• Couraceiros.• Spahis• Cossacos

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• Retres

Cavalaria no BrasilNo Exército Brasileiro a cavalaria é a arma que é empregada à frente dos demais integrantes da "força terrestre", embusca de informações sobre o inimigo e sobre o teatro de operações. Na frente de combate, participa de açõesofensivas e defensivas, usando de suas características básicas: alta mobilidade, elevada potência de fogo, ação dechoque e surpresa, proteção blindada e sistema de comunicações avançado.As unidades de cavalaria podem ser:• blindadas• mecanizadas• de guardas• de Carros de CombateAlguns quartéis de Cavalaria do Brasil usam a boina preta, tradicional da Cavalaria Mecanizada da Europa. OPatrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro é o marechal Manoel Luís Osorio.

Cavalaria em Portugal

Dragão páraquedista do Exército Português, desentinela ao Regimento de Cavalaria Nº 3.

Na Idade Média a a cavalaria portuguesa era constituída por trêsclasses de cavaleiros: os cavaleiros nobres, os monges cavaleirosdas ordens militares e os cavaleiros-vilãos da classe popular. Ascaraterísticas da Península Ibérica fizeram com que a cavalarialigeira, composta, essencialmente por ginetes, sem armadura earmados de lança e adarga, preponderasse sobre a cavalariapesada.

Mais tarde, já durante a expansão ultramarina, os ginetes irão ser oprincipal tipo de cavalaria empregue nas operações em Marrocos,sendo usada, sobretudo em escaramuças e em reconhecimento.

Na Batalha de Alcácer-Quibir, a cavalaria portuguesa, jáorganizada de acordo com um modelo renascentista,implementado, sobretudo, no reinado de D. Sebastião I, eraconstituída pelos acobertados - cavalaria pesada couraçada,empregue no choque - e pelos ginetes. O sucesso da ação dacavalaria e de outras tropas portuguesas, contudo, não foisuficiente para evitar a derrota que, dois anos depois, iria levar àperda da independência em 1580.

Depois da Restauração da Independência, em 1640, o Exército Português foi resconstituído, seguindo em parte, omodelo que já havia sido definido no reinado de D. Sebastião I. Durante a Guerra da Restauração, a cavalariaportuguesa incluía, essencialmente, companhias de arcabuzeiros a cavalo (também designadas de clavinas ou decarabinas). Foram criadas, também, algumas companhias de cavalos couraça (ou couraceiros), mas em muito menornúmero.

Em 1707, as companhias independentes de cavalaria foram agrupadas em regimentos. Foram criados regimentos decavalaria ligeira e regimentos de dragões - estes, na altura, ainda não sendo considerados, totalmente, parte dacavalaria.Em 1762, deixou de existir distinção entre regimentos ligeiros e de dragões, passando a haver regimentos homogéneos de cavalaria. Continuaram, contudo, a existir unidades de dragões no Ultramar, sobretudo no Brasil. Em

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1796, foi criada a Legião de Tropas Ligeiras, que incluía seis companhias de hussardos.Já em meados do século XIX, durante a Guerra Civil, foram criados regimentos de lanceiros.No início do século XX, a cavalaria portuguesa era constituída por caçadores a cavalo, por lanceiros e por dragões -estes, apenas no Ultramar. Durante a Primeira Guerra Mundial, a cavalaria portuguesa combateu em Angola eMoçambique, a cavalo. No entanto, os esquadrões de cavalaria do Corpo Expedicionário Português, enviado para aFrente Ocidental, foram transformados em companhias de ciclistas.Durante a Segunda Guerra Mundial, a cavalaria deixa de ser hipomóvel e passa a ser uma força motoblindada. Aseguir ao fim da guerra, responsabilidade pela operação de carros de combate, passa da infantaria para a cavalaria.Na década de 1950, a cavalaria assume também a responsabilidade pela polícia militar.Na Guerra do Ultramar, além de operar com esquadrões de reconhecimento blindado, a cavalaria organiza tambémcompanhias e batalhões que atuam como infantaria ligeira (caçadores). Em meados da década de 1960, voltam a serorganizadas unidades a cavalo, para combaterem as guerrilhas no Leste de Angola. São organizados três esquadrõesa cavalo, no Grupo de Cavalaria de Silva Porto - uma unidade de reconhecimento blindado - que ficam conhecidospelos "Dragões de Angola". Já na década de 1970 inicia-se a organização de uma unidade semelhante emMoçambique.Atualmente, a arma de Cavalaria do Exército Português inclui os seguintes tipos de força:• Reconhecimento• Carros de Combate• Lanceiros (Polícia do Exército)Os militares de cavalaria usam uma boina preta (excepto os páraquedistas que a usam verde), com duas fitas, umaamarela que representa a glória, e, outra, vermelha que representa o sangue.Além do Exército, em Portugal, a Guarda Nacional Republicana também mantém esquadrões de cavalaria, entre asquais estão as únicas unidades a cavalo, ainda existentes em Portugal. A GNR inclui os seguintes tipos de esquadrõesde Cavalaria:• motoblindados• a cavalo• presidencial (guarda a cavalo do Presidente da República)

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Fontes e editores do artigo 21

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