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ARSLVT, IP Relatório de Atividades 2013 Núcleo de Estudos e Planeamento Lisboa, julho de 2014

ARS Lisboa e Vale do Tejo - Relatório de Atividades 2013 · 2014. 7. 29. · Decorrente da nova orgânica, Decreto-Lei nº 22/2012, de 30 de janeiro e Portaria n.º 161/2012, de

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  • ARSLVT, IP

    Relatório de Atividades 2013

    Núcleo de Estudos e Planeamento Lisboa, julho de 2014

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 2

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 3

    ÍNDICE

    I. NOTA INTRODUTÓRIA .................................................................................................................... 5

    II. MISSÃO, VISÃO E VALORES ............................................................................................................. 6

    III. ESTRUTURA ORGÂNICA E CARACTERIZAÇÃO DA ARSLVT ................................................................. 7

    Estrutura orgânica da ARSLVT ......................................................................................................... 7

    Caracterização da ARSLVT............................................................................................................. 10

    Organização dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde ....................................................... 11

    IV. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ......................................................................... 20

    V. ATIVIDADES PREVISTAS E NÃO PREVISTAS NO PLANO DE ATIVIDADES........................................... 28

    VI. Execução por Unidade Orgânica ................................................................................................... 31

    Departamento de Saúde Pública ................................................................................................... 31

    Departamento de Planeamento e Contratualização ...................................................................... 44

    Departamento de Gestão e Administração Geral .......................................................................... 57

    Departamento de Recursos Humanos ........................................................................................... 59

    Departamento de Instalações e Equipamentos ............................................................................. 64

    Gabinete Jurídico e do Cidadão..................................................................................................... 70

    Núcleo de Estudos e Planeamento ................................................................................................ 84

    Núcleo de Informática .................................................................................................................. 92

    Equipa de Projeto Parcerias .......................................................................................................... 93

    Equipa de Cuidados Continuados Integrados ................................................................................ 96

    Equipa Regional de Apoio e Acompanhamento à Reforma dos Cuidados Primários de Saúde ...... 100

    Comissão de Ética para a Saúde da ARSLVT ................................................................................. 101

    Comissão de Farmácia e Terapêutica para a Saúde ..................................................................... 103

    Unidade Orgânica Flexível de Farmácia ....................................................................................... 104

    Unidade de Administração Geral ................................................................................................ 107

    Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho ................................................................................. 112

    Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências ................................ 117

    Assessoria de Comunicação ........................................................................................................ 124

    VII. AFETAÇÃO REAL E PREVISTA DE RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS ...................................... 129

    Recursos Humanos ..................................................................................................................... 129

    Recursos Financeiros .................................................................................................................. 131

    VIII. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO ...................................................................... 138

    IX. AUDIÇÃO DOS DIRIGENTES INTERMÉDIOS E DEMAIS TRABALHADORES NA AUTOAVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS ................................................................................................................................... 140

    X. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS PARA REFORÇO POSITIVO DE DESEMPENHO .......................... 140

    XI. COMPARAÇÃO COM O DESEMPENHO DE OUTROS SERVIÇOS, ORGANISMOS OU ORIENTAÇÕES TÉCNICAS ................................................................................................................................... 141

    XII. BALANÇO SOCIAL ....................................................................................................................... 143

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 4

    Caracterização dos trabalhadores ............................................................................................... 143

    Formação de Pessoal .................................................................................................................. 150

    Estágios Curriculares .................................................................................................................. 158

    XIII. INICIATIVAS DE PUBLICIDADE INSTITUCIONAL............................................................................. 160

    XIV. AVALIAÇÃO FINAL....................................................................................................................... 161

    XV. ANEXOS...................................................................................................................................... 162

    Anexo I - Produção dos ACES ..................................................................................................... 162

    Anexo II - Produção dos Hospitais .............................................................................................. 167

    Anexo III - ECR-LVT .................................................................................................................... 174

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 5

    I. NOTA INTRODUTÓRIA

    O presente relatório procede à autoavaliação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do

    Tejo, IP (ARSLVT, IP), no quadro do SIADAP-1 criado pela Lei 66-B/2007 de 28 de dezembro. O

    documento apresenta e fundamenta os resultados alcançados em 2013, face aos objetivos operacionais

    e indicadores expressos em sede de Plano de Atividades 2013 no Quadro de Avaliação e de

    Responsabilização institucional (QUAR), destacando igualmente algumas das atividades realizadas ao

    logo do ano, assim como os constrangimentos que dificultaram a sua concretização.

    Decorrente da nova orgânica, Decreto-Lei nº 22/2012, de 30 de janeiro e Portaria n.º 161/2012, de 22

    de maio, o ano de 2013 apresentou-se como um ano de integração e de consolidação das novas

    estruturas orgânicas e atribuições da ARS.

    Os objetivos e indicadores conseguidos em 2013 são o resultado do compromisso e trabalho dos

    profissionais da ARSLVT, serviços centrais e ACES, contribuindo para que a ARS garanta o cumprimento

    da sua missão e compromissos institucionais, nomeadamente com a população que serve.

    Os resultados alcançados são muito satisfatórios. Em 2013, a ARSLVT alcançou todos os objetivos

    operacionais do QUAR, tendo atingido 6 e superado 9 dos 15 objetivos iniciais, propondo-se uma

    classificação de BOM. Deve sublinhar-se que estes resultados foram atingidos num contexto de grande

    dificuldade ao nível dos recursos humanos, num contexto social adverso e num enquadramento

    financeiro muito restritivo e exigente.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 6

    II. MISSÃO, VISÃO E VALORES

    A ARSLVT, IP tem como Missão:

    Garantir à população, da Região de Lisboa e Vale do Tejo, o acesso à prestação de cuidados de saúde,

    adequando os recursos disponíveis às necessidades e cumprir e fazer cumprir políticas e programas de

    saúde na sua área de intervenção.

    Pretendendo a ARSLVT, IP ser reconhecida, por utentes e parceiros, como uma organização que

    assegura a prestação de um nível apropriado de serviços, monitorizado numa base individual, e que

    procura a sua melhoria contínua, de forma a atingir as metas nacionais para a saúde e para as

    necessidades individuais, a Visão adotada é a seguinte:

    Mais Saúde e Bem-estar para a Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, atingindo os melhores

    indicadores de saúde do país.

    Os Valores que se consideram facilitadores da missão e visão e pelos quais se rege a ARSLVT, IP são os

    seguintes:

    RESPONSABILIDADE: A ARSLVT, IP norteia a sua atuação de modo a que esta atenda às expectativas da

    sociedade em termos do respeito pela lei, pelos valores éticos, pelas pessoas, pela comunidade e pelo

    meio ambiente

    ENTREAJUDA E RECIPROCIDADE: A ARSLVT, IP privilegia o espírito de equipa, como motor de arranque

    para a inovação e para a contínua busca de maiores níveis de qualidade, não só nas relações entre os

    seus serviços centrais e desconcentrados como, também, nas relações de parceria com os utentes e com

    os seus vários parceiros, dos setores público, privado e social

    CRIAÇÃO DE VALOR: A ARSLVT, IP pauta a sua atuação de forma a ser útil às pessoas, a garantir a

    qualidade na prestação de serviços e nos procedimentos internos, a ser disponível para as organizações

    que tem sob a sua tutela e responder às necessidades com eficiência

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 7

    III. ESTRUTURA ORGÂNICA E CARACTERIZAÇÃO DA ARSLVT

    Estrutura orgânica da ARSLVT

    A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Público (ARSLVT, I.P.), nos termos

    do Decreto-Lei 22/2012, de 30 de janeiro, Diário da República 1.ª Série, n.º 21 de 30 de janeiro de 2012,

    é uma pessoa coletiva de direito público, integrada na administração indireta do Estado, dotada de

    personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial. É dirigida por um Conselho

    Diretivo constituído por um Presidente, um Vice-Presidente e dois Vogais. É constituída ainda pelos

    seguintes serviços centrais:

    Departamento de Saúde Pública (DSP)

    Departamento Planeamento e Contratualização (DPC)

    Departamento de Gestão e Administração Geral (DGAG)

    Departamento de Recursos Humanos (DRH)

    Departamento de Instalações e Equipamentos (DIE)

    Gabinete Jurídico e do Cidadão (GJC)

    A Organização Interna compreende ainda outras unidades funcionais, a Comissão de Ética para a Saúde,

    a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas

    Dependências, a Unidade Orgânica Flexível da Farmácia, a Unidade Orgânica Flexível de Administração

    Geral, o Núcleo da Qualidade e Formação, o Núcleo de Informática, o Núcleo de Estudos e Planeamento,

    o Gabinete de Auditoria Interna e as Equipas de Projeto, Equipa Regional dos Cuidados Continuados

    Integrados, Equipa de Projeto das Parceria Público-Privadas e a Equipa de Apoio e Acompanhamento à

    Reforma dos Cuidados de Saúde Primários.

    A organização da ARSLVT, IP é representada pelo seguinte Organograma funcional:

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 8

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 9

    A ARSLVT, IP integra ainda os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES). Os ACES constituem serviços

    desconcentrados da ARS, estando sujeitos ao seu poder de Direção. Os ACES têm autonomia

    administrativa e têm como missão garantir a prestação de cuidados de saúde a uma determinada

    população de uma área geográfica específica.

    Presentemente a ARSLVT,IP integra 15 ACES criados no âmbito da Portaria n.º 394-B/2012, de 29 de

    novembro. Os ACES dependem funcionalmente do Conselho Diretivo da ARSLVT e apresentam a

    seguinte estrutura orgânica:

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 10

    Caracterização da ARSLVT

    População e território

    A Região de Lisboa e Vale do Tejo é constituída por 5 NUTS III: Oeste, Grande Lisboa, Península de

    Setúbal, Médio Tejo e Lezíria do Tejo, e é composta por 52 Concelhos, conforme mapa abaixo:

    O território da RLVT corresponde a 13% do todo o território nacional e concentra 34,7% da população

    total (Censos 2011). A Área Metropolitana de Lisboa (AML) corresponde às NUTS III Grande Lisboa e

    Península de Setúbal, e representa 3,2% do território nacional e 26,7% da sua população.

    A população da RLVT, em 2001, era de 3.475.925 residentes, tendo aumentado cerca de 5,3% nos

    últimos 10 anos (2001-2011), passou para 3.659.868 residentes, percentagem muito superior à nacional,

    onde a população aumentou apenas 1,95%

    A Região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta uma elevada densidade populacional, que é cerca de 3

    vezes superior à média nacional (8 vezes superior na Área Metropolitana de Lisboa - AML).

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 11

    N UT S 2001 2011Variação 2001-

    2011 ( % )

    P o rtugal 10.356.117 10.562.178 1,99%

    Continente 9.869.343 10.047.083 1,80%

    A R SLVT 3.475.925 3.659.669 5,29%

    GR A N D E LISB OA 1.947.261 2.042.326 4,88%

    AM ADORA 175.872 175.136 -0,42%

    CASCAIS 170.683 206.479 20,97%

    LISBOA 564.657 547.733 -3,00%

    LOURES 199.059 205.054 3,01%

    M AFRA 54.358 76.685 41,07%

    ODIVELAS 133.847 144.549 8,00%

    OEIRAS 162.128 172.120 6,16%

    SINTRA 363.749 377.835 3,87%

    VILA FRANCA DE XIRA 122.908 136.886 11,37%

    P EN Í N SULA D E SET ÚB A L 714.589 779.373 9,07%

    ALCOCHETE 13.010 17.569 35,04%

    ALM ADA 160.825 174.030 8,21%

    BARREIRO 79.012 78.764 -0,31%

    M OITA 67.449 66.029 -2,11%

    M ONTIJO 39.168 51.222 30,78%

    PALM ELA 53.353 62.831 17,76%

    SEIXAL 150.271 158.269 5,32%

    SESIM BRA 37.567 49.500 31,76%

    SETÚBAL 113.934 121.185 6,36%

    N UT S 2001 2011Variação 2001-

    2011 ( % )

    OEST E 338.711 362.523 7,03%

    ALCOBAÇA 55.376 56.693 2,38%

    ALENQUER 39.180 43.267 10,43%

    ARRUDA DOS VINHOS 10.350 13.391 29,38%

    BOM BARRAL 13.324 13.193 -0,98%

    CADAVAL 13.943 14.228 2,04%

    CALDAS DA RAINHA 48.846 51.729 5,90%

    LOURINHÃ 23.265 25.735 10,62%

    NAZARÉ 15.060 15.158 0,65%

    ÓBIDOS 10.875 11.772 8,25%

    PENICHE 27.315 27.753 1,60%

    SOBRAL DE M ONTE AGRAÇO 8.927 10.156 13,77%

    TORRES VEDRAS 72.250 79.465 9,99%

    M ÉD IO T EJO 234.532 227.998 -2,79%

    ABRANTES 42.235 39.325 -6,89%

    ALCANENA 14.600 13.868 -5,01%

    CONSTÂNCIA 3.815 4.056 6,32%

    ENTRONCAM ENTO 18.174 20.206 11,18%

    FERREIRA DO ZÊZERE 9.422 8.619 -8,52%

    M AÇÃO 8.442 7.338 -13,08%

    OURÉM 46.216 45.932 -0,61%

    SARDOAL 4.104 3.939 -4,02%

    TOM AR 43.006 40.677 -5,42%

    TORRES NOVAS 36.908 36.717 -0,52%

    VILA NOVA DA BARQUINHA 7.610 7.322 -3,78%

    LEZ Í R IA D O T EJO 240.832 247.449 2,75%

    ALM EIRIM 21.957 23.376 6,46%

    ALPIARÇA 8.024 7.702 -4,01%

    AZAM BUJA 20.837 21.814 4,69%

    BENAVENTE 23.257 29.019 24,78%

    CARTAXO 23.389 24.462 4,59%

    CHAM USCA 11.492 10.120 -11,94%

    CORUCHE 21.332 19.944 -6,51%

    GOLEGÃ 5.710 5.465 -4,29%

    RIO M AIOR 21.110 21.192 0,39%

    SALVATERRA DE M AGOS 20.161 22.159 9,91%

    SANTARÉM 63.563 62.200 -2,14%

    Organização dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde

    Cuidados de Saúde Primários – ACES

    A Reforma dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) decorre do particular enfoque dado a este tipo de

    cuidados e à sua importância na ligação ao utente, por ser o primeiro acesso deste aos cuidados de

    saúde.

    Como já referido, atualmente, a ARSLVT,IP integra 15 ACES criados no âmbito da Portaria n.º 394-

    B/2012, de 29 de novembro:

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 12

    Em cada ACES, existem órgãos de administração e de fiscalização, designadamente, o Diretor Executivo,

    o Conselho Clínico e o Conselho da Comunidade e Serviços de Apoio, como sejam a Unidade de Apoio à

    Gestão (UAG), o Gabinete do Cidadão (GC) e a EQUIPA Coordenadora Local de Cuidados Continuados

    Integrados (ECL CCI).

    Os ACES compreendem as seguintes unidades funcionais:

    Unidade de Saúde Familiar (USF)

    Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)

    Unidade de Saúde Pública (USP)

    Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)

    Outras unidades propostas pelas ARS e aprovadas pelo Ministério da Saúde

    Unidades de Saúde Familiar (USF)

    A implementação de unidades de saúde familiar (USF) prende-se com os grandes objetivos da reforma

    dos CSP, que visam:

    Aumento da acessibilidade e satisfação dos utilizadores de cuidados de saúde

    Aumento da satisfação dos profissionais envolvidos na prestação de cuidados

    Melhoria da qualidade e continuidade dos cuidados prestados

    Incremento da eficiência nos serviços

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 13

    A criação das USF baseia-se numa série de condições a respeitar, tais como:

    Responsabilização de prestação de cuidados de saúde gerais, personalizados, com respeito

    pelos contextos sócio familiar a um grupo de cidadãos que varia entre 4.000 e 18.000 utentes;

    Adesão voluntária dos profissionais a envolver;

    Trabalho em equipa multiprofissional;

    Obrigatoriedade da existência de um sistema de informação;

    Regime remuneratório baseado no desempenho profissional;

    Regime de incentivos;

    Contratualização e avaliação de desempenho.

    Durante o ano de 2013 verificou-se um decréscimo de novas USF face ao ano anterior, tendo iniciado

    atividade 13 novas USF, menos 4 do que em 2012.

    USF que iniciaram o seu funcionamento em 2013:

    ACES Centro de Saúde Nome da USF Modelo em vigor Data de início da atividade

    LISBOA OCIDENTAL AJUDA AJUDA A 22-03-2013

    LISBOA OCIDENTAL OERIAS OEIRAS A 30-05-2013

    SINTRA OLIVAL FLOR DE LOTUS A 30-05-2013

    OESTE NORTE NAZARÉ GLOBAL A 01-07-2013

    ESTUÁRIO DO TEJO BENAVENTE BENAVENTE A 16-07-2013

    AMADORA AMADORA ALMA MATER A 07-08-2013

    LISBOA CENTRAL OLIVAIS JARDINS ENCARNAÇÃO A 27-08-2013

    LISBOA CENTRAL S. MAMEDE/STº ISABEL SOFIA ABECASSIS A 27-08-2013

    ESTUÁRIO DO TEJO ARRUDA DOS VINHOS ARRUDA A 23-08-2013

    LOURES - ODIVELAS PÓVOA STº ADRIÃO GENESIS A 02-09-2013

    LISBOA CENTRAL OLIVAIS VASCO GAMA A 16-09-2013

    MÉDIO TEJO VILA NOVA DA BARQUINHA BARQUINHA A 14-10-2013

    OESTE SUL SOBRAL DE MONTE AGRAÇO COSTA CAMPOS A 16-12-2013

    Evolução do número de USF em funcionamento até 31.12.2013

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 14

    Atividade e desempenho dos cuidados de saúde primários

    a. Utentes inscritos no período entre janeiro e dezembro de 2013

    ACES

    Nº Utentes Inscritos

    Sem Médico Família

    Sem Méd Fam p/ opção

    Médico Família

    Total

    Lisboa Norte 40.876 1.346 207.124 249.346

    Lisboa Central 14.399 1.226 259.856 275.481

    Lisboa Ocidental e Oeiras 17.602 909 215.498 234.009

    Cascais 34.915 169 157.615 192.699

    Amadora 30.114 402 157.386 187.902

    Sintra 104.801 1.033 263.084 368.918

    Loures - Odivelas 66.023 434 297.052 363.509

    Estuário do Tejo 50.259 842 182.651 233.752

    Almada - Seixal 69.751 1.306 287.592 358.649

    Arco Ribeirinho 52.599 51 175.443 228.093

    Arrábida 61.801 626 178.063 240.490

    Oeste Norte 18.068 286 162.287 180.641

    Oeste Sul 52.121 131 151.852 204.104

    Médio Tejo 40.451 603 194.495 235.549

    Lezíria 29.217 1.696 172.330 203.243

    Total 682.997 11.060 3.062.328 3.756.385

    Fonte SIARS

    b. Produção dos ACES

    Em termos estatísticos, a alteração do modelo estabelecido na Portaria nº 276/2009, de 18 de março,

    assente em 22 ACES, com a sua reorganização e redução para um total de 15, teve efeito a partir de 1 de

    janeiro de 2013, pelo que nesta análise serão apresentados os 15 agrupamentos de centros de saúde.

    Ao nível da produção dos ACES, foram efetuadas um total de 9.226.833 consultas em 2013. Destas,

    77,1% representam consultas de Saúde Adultos e 5,2% consultas de Doença Aguda, que incluem

    consultas de Atendimento Complementar, SAP, CATUS e SA (serviço atendimento).

    As consultas de Saúde Infantil e Juvenil representam 10,2% do total de consultas e as restantes valências

    variam entre os 0,6% (Domicílios e Especialidades), 1,9% (Saúde Materna) e os 4,3% (Planeamento

    Familiar).

    Em termos de uma análise comparativa com os dados de produção de 2012, verifica-se que houve uma

    variação ao nível dos valores totais da RLVT de -3,4%.

    As maiores subidas em 2013 relativamente ao período homólogo, verificam-se nas consultas de

    planeamento familiar (8,4%) e nas consultas domiciliárias médicas (6,6%), demonstrando neste último

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 15

    caso, ganhos de proximidade ao utente. O programa de saúde infantil/juvenil manteve-se estável face a

    2012.

    Produção dos ACES (Ano 2013)

    ACESSaúde

    Adultos

    Saúde

    Infantil/Juven

    il

    Saúde

    Materna(1)Planeamento

    Familiar

    Especialidad

    eDomicílios

    Doença

    Aguda(2)Total

    Lisboa Norte 395.666 56.853 11.756 22.235 1.179 5.035 40.886 533.610

    Lisboa Central 472.061 51.255 11.993 27.156 15.939 3.709 7.845 589.958

    Lisboa Ocidental e Oeiras 403.071 54.843 11.021 22.010 2.679 5.460 2.209 501.293

    Cascais 326.405 43.153 6.217 16.351 1.936 1.577 395.639

    Amadora 285.779 42.076 9.204 17.461 6.128 1.342 4.553 366.543

    Sintra 587.202 98.359 17.476 43.640 3.537 3.540 43.066 796.820

    Loures-Odivelas 596.962 82.680 19.773 44.042 6.587 4.864 34.485 789.393

    Estuário do Tejo 443.290 66.012 8.040 10.198 12 2.477 31.869 561.898

    Almada-Seixal 729.696 111.225 20.668 43.433 10.376 7.363 42.586 965.347

    Arco Ribeirinho 436.059 55.196 12.246 29.099 3.851 3.188 28.099 567.738

    Arrábida 464.330 52.471 13.999 36.228 3.636 3.080 78.349 652.093

    Oeste Norte 478.763 53.739 8.590 31.422 3.474 7.724 583.712

    Oeste Sul 386.684 50.069 9.226 23.681 649 3.198 89.588 563.095

    Médio Tejo 584.859 61.990 8.487 19.627 4.987 37.461 717.411

    Lezíria 520.482 56.667 10.340 14.697 2.651 3.945 33.501 642.283

    TOTAL 2013 7.111.309 936.588 179.036 401.280 57.224 57.598 483.798 9.226.833

    TOTAL 2012 7.232.828 935.420 191.727 370.203 113.800 54.020 656.257 9.554.255

    Variação (%) -1,7% 0,1% -6,6% 8,4% -49,7% 6,6% -26,3% -3,4%

    (1) - Es tão incluídas consultas de revisão do puerpério

    (2) - Estão incluídas consultas de AC, SAP, CATUS, SA (serviço atendimento)

    Relativamente às situações de doença aguda ou percecionadas como urgentes pelo utente, verifica-se a

    sua redução por comparação ao período homólogo. Este decréscimo (-26,2%) deveu-se sobretudo a

    várias reestruturações dos serviços por parte de alguns agrupamentos de centros de saúde (extinção de

    locais e redução do horário inerentes a este tipo de atendimento) e foi extensível a todos os locais

    prestadores de consultas urgentes.

    Examinando o destino após a consulta de doença aguda, a maioria dos casos (78,1%), tem como

    encaminhamento o domicílio. Nos restantes episódios (21,9%), a generalidade das ocorrências (78,2%)

    são encaminhadas para o Centro de Saúde/médico de família (ambulatório) ou são referenciadas para

    os cuidados hospitalares (17,3%).

    A quebra de produção verificada nas consultas de especialidades (-49,7%) pode ser explicada pela

    tendência de desaparecimento deste tipo de consultas nos Cuidados de Saúde Primários e sua

    transferência para os Hospitais.

    Apesar da moderação do número de consultas per capita no período anual de 2012/2013, verificou-se

    um aumento na procura de cuidados primários, uma vez que se verifica um incremento de 1,4% no total

    de utilizadores, face ao período homólogo de 2012.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 16

    O crescimento verificado nas consultas domiciliárias (não só de enfermagem, como médicas) aponta

    para uma adequação das estruturas dos CSP e ajustamento das respostas às necessidades das

    populações servidas.

    Ponderação da produção pelos inscritos e por NUTS

    ARSLVTInscritos a

    31/12/2013MGF Especialidades Doença Aguda Produção Total

    Oeste 10,2% 20,8% 3,2% 30,3% 12,4%

    Médio Tejo 6,3% 22,0% 0,0% 19,0% 7,8%

    Grande Lisboa 56,1% 15,7% 32,0% 9,5% 49,2%

    Península de Setúbal 22,0% 18,6% 40,4% 21,5% 23,7%

    Lezíria do Tejo 5,4% 22,8% 24,4% 19,7% 7,0%

    Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

    Nota: Na coluna MGF estão incluídas as consultas de Adultos, Infantil / Juvenil, Materna, P. Familiar e os Domicílios. Os dados

    contemplam todos utentes inscritos e frequentadores no período em análise (mobilidades 1=”Inscrição Primária”,

    2=”Transferidos).

    Numa perspetiva de análise da Produção por NUTS III, face ao respetivo número de Inscritos

    (frequentadores), merecem referência os desequilíbrios averiguados sobretudo nas consultas urgentes e

    MGF. Na Lezíria do Tejo, com 5,4% dos inscritos, realizaram-se 19,7% de situações de doença aguda e

    22,8% de consultas de Medicina Geral e Familiar. Já na Grande Lisboa, com 56,1% dos inscritos, a

    doença aguda e a MGF representam apenas 9,5% e 15,7%, respetivamente, do total da Região de Lisboa

    e Vale do tejo, situação já verificada nos anos anteriores.

    Para além da produção de consultas, também se contabilizam as atividades de enfermagem, que no ano

    de 2013, totalizaram 5.122.631 contactos.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 17

    Os dados de enfermagem (Nº de Contactos, Nº de Atitudes Terapêuticas e Nº de Fenómenos de

    Enfermagem), são provenientes da aplicação SAPE.

    Não serão apresentados, para 2013, dados relativos à Saúde Pública, cujo registo é efetuado no SISP -

    Sistema de Informação para a Saúde Pública, uma vez que esta aplicação se encontra suspenso.

    Ao nível de indicadores globais1, apresentam-se os seguintes resultados:

    ARSLVT INDICADORES

    GLOBAIS

    Utilização Média (MGF) 3,5

    Taxa Utilização Global Consultas (MGF) 66,9%

    % Inscritos USF 43,7%

    % Inscritos Sem Médico Família (inclui s/ méd opção) 18,5%

    % 1as consultas de gravidez 1º Trimestre 66,0%

    % 1as

    consultas vida efetuadas até aos 28d 68,1%

    Taxa visitas domiciliárias médicas / 1000 inscritos 15,3%

    Nº USF a 31/12/2013 124

    De referir, por último, que a média de consultas médicas, na RLVT, foi de 4,1 por utilizador e de 2,5 por

    inscrito (frequentador).

    A informação estatística dos ACES consta dos Anexos do presente Relatório.

    Cuidados de Saúde Hospitalares

    São 16 as unidades hospitalares da RSLVT

    - Os dados contemplam todos utentes inscritos no período em análise (mobilidades 1=”Inscrição Primária “e 2=”Transferidos de ”: Não contempla o código 9=”Utente não frequentador”);.

    1

    - Na utilização média e na taxa de utilização global de consultas, apenas foram consideradas as consultas de MGF; - No cálculo da percentagem de utentes inscritos sem médico de família, foram considerados os utentes s/ médico por opção.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 18

    Hospita is do Sector Empresaria l do Estado (EPE) Hospita is do Sector Públ ico Administartivo (SPA)

    Centro Hospita lar Barreiro/Monti jo Centro Hospita lar Oeste

    Centro Hospita lar Lisboa Centra l Centro Hospita lar Ps iquiátrico de Lisboa

    Centro Hospita lar Lisboa Norte Insti tuto Ofta lmologia Dr. Gama Pinto

    Centro Hospitalar Lisboa Ocidental

    Centro Hospita lar Médio Tejo Hospita is em Regime Paceria Públ ico-Privada (PPP)

    Centro Hospita lar Setúbal Hospita l Dr. José de Almeida, Cascais

    Hospita l Dis tri ta l de Santarém Hospita l Beatriz Ângelo, Loures

    Hospita l Garcia de Orta Hospita l de Vi la Franca de Xira

    Hospita l Prof. Doutor Fernando da Fonseca

    IPO Francisco Genti l , Centro Regional Oncologia de Lisboa

    Produção dos Hospitais

    Apresenta-se aqui o movimento assistencial da Região, total das instituições da ARSLVT, remetendo-se

    para o Anexo 2 os dados discriminados por instituição.

    Consulta Externa 2012 2013 ∆ 2013/2012

    Primeiras Consultas 1.142.291 1.181.662 3,45%

    Consultas Subsequentes 2.884.689 3.045.040 5,56%

    Total ARSLVT 4.026.980 4.226.702 4,96%

    % 1.as Consultas 28,4% 28,0% -1,44%

    O ano de 2013 apresenta um acréscimo, na ordem dos 5%, de consultas realizadas face ao período

    homólogo, sobressaindo as duas novas instituições hospitalares, H. Loures e HVFXira (PPP), com forte

    acréscimo do número de consultas, tendo em conta que estão numa fase de implementação e de

    captação da população da sua área de influência direta.

    Internamento 2012 2013 ∆ 2013/2012

    Lotação Praticada 9.851 8.023 -18,6%

    Dias Internamento 2.594.036 2.560.281 -1,3%

    Doentes Sa ídos 304.560 303.205 -0,4%

    Demora Média 8,52 8,44 -0,9%

    Taxa Ocupação 72,1% 87,4% 21,2%

    Ao nível do internamento tem havido uma diminuição gradual do número de camas disponíveis na

    região (-1.828 camas), por força da concentração de unidades hospitalares e pela fusão de serviços, com

    ganhos de eficiência e rentabilização dos recursos. A demora média tem-se apresentado estável, com

    ligeira diminuição (-0,9%) e a taxa de ocupação apresenta em 2013 um acréscimo na ocupação e

    rentabilização das camas disponíveis.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 19

    Total de Partos 2012 2013 ∆

    2013/2012

    Cesarianas 8.396 7.519 -10,4%

    Outros 4.607 4.374 -5,1%

    Partos Eutócicos 15.078 13.734 -8,9%

    Total de partos ARSLVT 28.081 25.627 -8,7%

    % Cesarianas 29,9% 29,3% -1,9%

    De referir, igualmente, a diminuição do número de partos ocorridos nos hospitais públicos da RSLVT,-

    2.454 partos em 2013. Este decréscimo de nascimentos acompanhado do surgimento de uma nova

    instituição do SNS na ARSLVT, apresenta um grande efeito na diminuição de atividade e procura dos

    serviços de obstetrícia dos hospitais da cidade de Lisboa.

    Cirurgias 2012 2013 ∆

    2013/2012

    Cirurgia Ambulatória 87.791 94.600 7,8%

    Cirurgia Convencional 77.556 77.067 -0,6%

    Cirurgia Urgente 41.441 39.348 -5,1%

    Total Cirurgias 206.788 211.015 2,0%

    % Cirurgia Ambulatório/Programada 53,1% 55,1% 3,8%

    Continua a verificar-se um aumento de atividade cirúrgica de ambulatório, decorrente das novas

    técnicas cirúrgicas e de anestesia, mas também do incentivo à adoção deste tipo de cirurgia. A

    percentagem de cirurgia de ambulatório atingiu em 2013 um valor médio de 55,1%.

    O total de cirurgias aumenta em 4.227 cirurgias (2%), podendo ser maior face ao acréscimo de cirurgias

    de ambulatório (6.809). Contudo, esse efeito é condicionado pelo menor número de cirurgias urgentes,

    -2%, menos 2.093 cirurgias urgentes em 2013.

    Urgências 2012 2013 ∆

    2013/2012

    Geral 1.471.074 1.500.011 2,0%

    Obstetrícia 165.675 163.708 -1,2%

    Pediatria 580.401 590.359 1,7%

    Total Urgência 2.217.150 2.254.078 1,7%

    Ao nível da urgência verifica-se em 2013 um acréscimo de episódios de urgência (36.928), para o que

    contribui o acréscimo de urgências de pediatria e de saúde de adultos (SU Geral).

    De referir que a partir de setembro de 2013 foi implementada a Urgência Metropolitana de Lisboa com

    concentração de atendimentos de urgência no período noturno (20h-08h), por referenciação inter-

    hospitalar, nas especialidades de ORL, Oftalmologia, Urologia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica e

    Reconstrutiva, Cirurgia Maxilofacial, Gastrenterologia e Psiquiatria, baseada em critérios de

    referenciação clínica.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 20

    A incorporação destas especialidades na UML foi gradual, pelo que a análise dos efeitos desta nova

    organização dos Serviços de Urgência na RLVT só será efetuada em 2014, com dados mais consistentes

    que permitam a sua análise.

    IV. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

    A elaboração do relatório teve em conta o normativo previsto no artigo 15.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28

    de dezembro e o documento de Orientação Técnica emitido pelo Conselho Coordenador de Avaliação

    dos Serviços de 12 de janeiro de 2009.

    Deste modo, o relatório estrutura-se nas seguintes secções principais:

    Nota introdutória, com uma breve descrição da missão, visão, valores e estrutura orgânica da

    ARSLVT, IP

    Caracterização da RSLVT, com atividade desenvolvida ao nível dos cuidados de saúde primários e

    secundários

    Autoavaliação, com a apresentação dos resultados alcançados e dos desvios verificados no QUAR e

    no Plano de Atividades de 2013 e ainda da:

    - Afetação real e prevista de recursos humanos e financeiros

    - Avaliação do sistema de controlo interno

    - Audição dos dirigentes intermédios e dos demais trabalhadores

    - Comparação com o desempenho de serviços idênticos, a nível nacional e internacional

    Balanço Social, com uma análise sintética da informação e resultados alcançados no plano da

    formação

    Avaliação final com a apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados e com a

    menção proposta pelo dirigente máximo do serviço como resultado da autoavaliação

    Iniciativas de publicidade institucional, nos termos do n.º 10 da Resolução do Conselho de Ministros

    n.º 47/2010, de 25 de junho e da Portaria n.º 1297/2010, de 21 de dezembro

    Este relatório encerra com anexos relativos a dados de atividade (CSP, HH, CCI).

    Para a sua elaboração foi fundamental o contributo ativo de todos os dirigentes da ARSLVT.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 21

    AUTOAVALIAÇÃO

    OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DEFINIDOS

    Os Objetivos Estratégicos (OE) que orientaram a ARSLVT em 2013, constam do Plano Estratégico de

    2011-2013 a que o atual Conselho Diretivo deu continuidade e sequência, foram os seguintes:

    OE 1 – Promover e melhorar a Saúde da população

    OE 2 – Reforçar o Sistema de Saúde;

    OE 3 – Garantir um Serviço Nacional de Saúde sustentável e bem gerido.

    O primeiro Objetivo Estratégico intervém na área da saúde pública, o segundo traduz a necessidade de

    fortalecer o sistema de saúde e o terceiro concorre para uma gestão eficaz e produtiva dos recursos,

    nomeadamente os financeiros e os humanos.

    Estes três Objetivos Estratégicos pautam a sua operacionalização de forma a garantir a acessibilidade

    aos serviços de saúde, garantindo a qualidade de prestação de serviços ou das funções atribuídas às

    instituições da ARSLVT, I.P., bem como promover a equidade baseada nas necessidades de saúde das

    populações.

    O Plano de Atividades e Quadro de Avaliação e Responsabilização de 2013, homologado por despacho

    do Secretário de Estado Ajunto do Ministro da Saúde de 31 de maio de 2013, estabeleceu 15 Objetivos

    Operacionais e 21 Indicadores de medida, definidos para os vários parâmetros de avaliação: eficácia,

    eficiência e qualidade.

    RESULTADOS ALCANÇADOS E DESVIOS VERIFICADOS NO ÂMBITO DO QUAR 2013

    No âmbito da avaliação do desempenho assente no QUAR, a ARSLVT, IP procedeu à avaliação dos

    resultados obtidos, em cada um dos Indicadores definidos, e à análise dos desvios registados, face às

    metas estabelecidas para o ano de 2013.

    Apresenta-se no quadro seguinte a execução do QUAR 2013 da ARSLVT, traduzida em resultados e taxas

    de realização, para cada objetivo operacional (OOp) e indicadores.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 22

    QUAR 2013 (matriz)

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 23

    25%

    OOp12: Implementar o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (OE1) ; (Obj, DGS/ARS) R Peso: 33%

    2008 2009 2010 2011 2012 Meta 2013 Tolerância Valor crítico Peso Resultado Taxa de Realização Classificação

    17 Apresentação do Plano Regional de Saúde (em meses) n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 11 1 9 100% 12 100% Atingiu

    Peso: 15%

    2008 2009 2010 2011 2012 Meta 2013 Tolerância Valor crítico Peso Resultado Taxa de Realização Classificação

    18Implementar projetos locais de melhoria da qualidade

    do diagnóstico e do tratamento da DPOC em

    interligação dos CSP e HH (em nº)

    n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 2 1 4 100% 3 100% Atingiu

    OOp14: Promover a aplicação do PNV garantindo o controlo ou eliminação das doenças alvo de vacinação (OE1), (Obj. DGS/ARS) R Peso: 26%

    2008 2009 2010 2011 2012 Meta 2013 Tolerância Valor crítico Peso Resultado Taxa de Realização Classificação

    19Taxa de cobertura vacinal da Pentavalente (DTP HibVIP)

    aos 2 anos (em %)n.d. n.d. n.d. n.d. 94% 95 1 98 50% 97,4 120% Superou

    20Taxa de cobertura vacinal da VASPRII aos 7 anos (em

    %)n.d. n.d. n.d. n.d. 94% 95 1 98 50% 93,3 99% Não atingiu

    OOp15: Implementar um sistema de gestão da qualidade na UOF (OE3) R Peso: 26%

    2008 2009 2010 2011 2012 Meta 2013 Tolerância Valor crítico Peso Resultado Taxa de Realização Classificação

    21Elaboração dos procedimentos referentes aos 6

    Processos Chave da Unidade Orgânica Flexível de

    Farmácia, para certificação ISO9001 (em meses)n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 7 1 5 100% 7 100% Atingiu

    NOTA EXPLICATIVA

    JUSTIFICAÇÃO DE DESVIOS

    RECURSOS HUMANOS - 2013

    EFETIVOS PONTUAÇÃO PLANEADOS REALIZADOS DESVIO

    Dirigentes - Direção Superior 4 20 80 80 0

    Dirigentes - Direção Intermédia (1ª e 2ª) e Chefes de Equipa 30 16 480 384 -96

    Médicos 1.987 12 23.844 22.944 -900

    Técnicos Superiores (Inclui Especialistas de Informática) 238 12 2.856 3.948 1.092

    Técnicos Superiores Saúde 95 12 1.140 1.968 828

    Enfermeiros 2.257 12 27.084 27.528 444

    Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 304 12 3.648 3.624 -24

    Coordenadores Técnicos (inclui Chefes de Secção) 42 9 378 225 -153

    Técnicos de informática 35 8 280 288 8

    Assistentes Técnicos 1.854 8 14.832 15.400 568

    Assistentes Operacionais 826 5 4.130 3.860 -270

    Outro Pessoal (Pessoal em formação pré-carreira+ 1 Fiscal de Obras) 407 12 4.884 5.568 684

    Total 8.079 83.636 85.817 2.181

    Efetivos no Organismo 31-12-2008 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2011 31-12-2012 (E) 31-12-2013 (E)

    Nº de efetivos a exercer funções 9.230 8.532 8.127 7.965 7.832* **8.251

    RECURSOS FINANCEIROS - 2013 (Euros)

    DESIGNAÇÃO ORÇAMENTO EXECUTADO DESVIO

    Orçamento de Funcionamento (OF) 1.423.903.456,0 € 1.468.297.549,0 € 3,12%

    Despesas com Pessoal 284.963.537,0 € 290.830.973,0 € 2,06%

    Aquisições de Bens e Serviços 1.136.777.026,0 € 1.175.981.822,0 € 3,45%

    Outras Despesas Correntes 2.162.893,0 € 1.484.754,0 € -31,35%

    Orçamento Investimentos (OI) 669.835,0 € 504.842,0 € -24,63%

    Outros 2.051.030,0 € 5.055.418,0 € 146,48%

    TOTAL (OF+OI+Outros) 1.426.624.321,0 € 1.473.857.809,0 € 3,31%

    * *Valor de acordo com o Balanço Social de 2013. Ao valor inicial foi acrescido o número de efetivos provenientes do ex "IDT"

    Indicador 20 - O resultado do indicador está subavaliado. Foram detectados registos não introduzidos no SINUS de utentes não frequentadores (329 utentes).

    QUALIDADE

    * Valor de acordo com o Balanço Social de 2012

    Indicador 2 - Para 2013 há alteração do denominador, atendendo a Reorganização dos ACES na RLVT e tem-se verificado redução de consultas de apoio à cessação tabágica por questões organizacionais;

    Indicador 18 - meta: Dar início à implementação de projetos locais em 2 ACES

    DESIGNAÇÃO

    INDICADORES

    INDICADORES

    INDICADORES

    OOP13:Promover o desenvolvimento de projetos locais no âmbito da articulação e melhoria de qualidade dos cuidados na área das doenças respiratórias (OE1)

    INDICADORES

    No âmbito do QUAR de 2013 a ARSLVT cumpriu os 15 Objetivos Operacionais, dos quais foram

    superados 9 Oop (60%) e 6 Oop foram atingidos (40%), incluindo o Oop Relevantes.

    A análise quantitativa do desempenho face aos parâmetros avaliados, especificamente no que respeita

    aos objetivos de eficácia, de eficiência e de qualidade, verificou-se que em termos de taxa de realização

    global a avaliação final da ARSLVT se situou nos 110%, resultante da taxa de realização ajustada em

    função das ponderações de cada parâmetro.

    No quadro seguinte sintetiza-se o grau de execução do QUAR da ARSLVT em 2013.

    Parâmetros N.º ObjetivosN.º

    IndicadoresNão atingiu Atingiu Superou Peso Realização

    Eficácia 8 12 --- 5 7 50% 59%

    Eficiência 3 4 --- 4 --- 25% 25%

    Qual idade 4 5 1 3 1 25% 26%

    Total 15 21 1 12 8 100% 110%

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 24

    Eficácia Eficiência Qualidade Total

    Atingiu 1 3 2 6

    Superou 7 0 2 9

    Realização 59% 25% 26% 110%

    Objetivos operacionais - Taxa de execução: 110%

    Grau de concretização dos indicadores:

    No parâmetro de eficácia, com uma ponderação de 50%, todos os indicadores foram atingidos. Dos 12

    indicadores 7 foram superados e 5 atingidos. Este parâmetro em função da ponderação dos objetivos

    teve uma taxa de realização de 118%, equivalendo a 59% da avaliação global da matriz do QUAR.

    Oop 1 Oop 2 Oop 3 Oop 4 Oop 5 Oop 6 Oop 7 Oop 8 Total

    N.º de indicadores 1 2 1 1 3 2 1 1 12

    Taxa de execução 22% 11% 13% 14% 11% 18% 19% 10% 118%

    Eficácia - Taxa de execução dos indicadores: 118%

    As áreas incluídas na avaliação deste parâmetro focalizaram-se na melhoria da acessibilidade dos

    utentes: (i) a camas de cuidados continuados, reforçando o incremento de número de camas

    contratualizadas de cuidados continuados na RLVT, uma vez que é a região mais deficitária de oferta

    deste tipo de camas/cuidados no país; (ii) a 1.as consultas das especialidades com maiores problemas de

    acesso na Região (Oft., Ort., Derm, ORL, Ginec.), contratualizando com os HH (EPE, SPA e PPP) maior

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 25

    volume de consultas destas especialidades, (iii) decréscimo dos dias de espera para cirurgia na Região, e

    (iv) melhoria do acesso a consultas de cessação tabágica nos cuidados de saúde primários.

    De referir, que foi proposta a revisão do indicador 4 (Oop 3), incluindo na sua formulação os dados dos

    hospitais em regime parceria público-privada, a qual foi autorizada do SEAMS a 15-12-2013.

    Também os custos com medicamentos e com MCDT, assim como o incentivo à prescrição de

    medicamentos genéricos, têm nos últimos anos sido alvo de contratualização com as unidades de saúde

    e compromisso da Região, com impacte na utilização eficaz dos recursos disponíveis no SNS.

    Estes indicadores têm vindo a ser incluídos no QUAR da ARSLVT, criando um foco adicional de atenção

    sobre estes problemas, com efeito o positivo em sede de monitorização e resultado.

    Neste parâmetro, é ainda de salientar o Oop 5, correspondendo à preocupação de integração na

    organização da área das dependências, visando a manutenção da capacidade de resposta e de

    sinalização dos serviços e cuidados prestados no âmbito dos comportamentos aditivos na RSLVT, de que

    se salienta a criação da rede de referenciação (objetivo partilhado com o SICAD) e também a melhoria

    do tempo de acesso a uma 1.ª consulta.

    No parâmetro eficiência, com uma ponderação de 25%, a avaliação global deste parâmetro foi

    alcançada (100%).

    Dada a relevância dos custos com medicamentos na ARSLVT e a atenção que este indicador exigia no

    desempenho da ARSLVT salienta-se o trabalho de monitorização e análise desenvolvido pela Comissão

    de Farmácia e Terapêutica, em colaboração com os outros serviços da ARSLVT, com vista à melhoria da

    prescrição de medicamentos nos cuidados de saúde da Região. Este trabalho de monitorização e

    avaliação da prescrição de medicamentos e de mcdt tem continuidade em 2014.

    Foi dado igualmente relevo à introdução de mecanismos eficientes de gestão da Farmácia, com vista a

    uma ativa monitorização dos consumos e da distribuição dos medicamentos pelas unidades de saúde da

    responsabilidade da ARSLVT.

    No âmbito do trabalho do Gabinete do Cidadão procedeu-se ao acompanhamento e melhoria de

    funcionamento dos GC em dois ACES.

    Foram alcançados os objetivos e indicadores inicialmente propostos, pelo que a taxa de execução deste

    parâmetro é de 100%, equivalendo a 25% da avaliação global da ARS.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 26

    Oop 9 Oop 10 Oop 11 Total

    N.º de Indicadores 2 1 1 4

    Taxa de execução 50% 27% 23% 100%

    Eficiência - Taxa de execução dos indicadores: 100%

    No parâmetro da qualidade, com uma ponderação de 25%, a realização global deste parâmetro foi

    igualmente superada, 103%, correspondendo a 26% da avaliação global do QUAR. Dois objetivos

    operacionais foram superados e dois atingidos.

    Destaca-se relativamente ao Oop 12 (Plano Regional de Saúde) que a metodologia, conceção da matriz,

    realização de reuniões com vista à preparação do Plano Regional de Saúde da ARSLVT para o período

    2013-2016, foram desenvolvidos na segunda metade do ano, com maior enfoque no final do ano,

    novembro e dezembro, tendo o trabalho decorrido de forma colaborativa, envolvendo equipas

    multidisciplinares e numa perspetiva dinâmica de inclusão de novos projetos e/ou atividades, de modo a

    corresponder à dinâmica da organização, dos profissionais e das orientações estratégicas superiormente

    delineadas.

    De referir que no Oop 14 – Promover a aplicação do PNV e garantir o controlo ou eliminação das

    doenças alvo de vacinação - o indicador Taxa de cobertura vacinal VASPRII aos 7 anos apresenta o

    resultado de não atingido, tendo-se constatado, numa análise mais pormenorizada que o indicador está

    subavaliado, dado que se encontraram registos (aproximadamente 329 registos, de utentes não

    frequentadores) não sinalizados no SI SINUS, o que permitiria atingir a meta inicialmente proposta.

    Esclarece-se que na ARSLVT existe o SI RCV onde é efetuado o registo da vacinação, sendo que o SINUS

    corresponde ao SI através do qual é feita a monitorização dos indicadores de vacinação, resultando uma

    diferença de registo entre os 2 SI, sendo necessária uma atenção no lançamento de dados no SINUS,

    para que o indicador seja lido adequadamente. Foram entretanto efetuadas diligências junto dos SPMS

    para que estes problemas de registo possam ser ultrapassados, garantindo uma maior qualidade da

    informação e elaborada circular normativa para sensibilizar a necessidade de atenção no registo desta

    atividade.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 27

    Sublinha-se que os indicadores de vacinação são sempre opção QUAR para a ARSLVT, dada a sua

    relevância em termos de saúde da população, permitindo uma exigência de continuidade, de

    progressão, melhoria, de alinhamento com os objetivos e de aproximação com as metas nacionais do

    Plano Nacional de Vacinação.

    Oop 12 Oop 13 Oop 14 Oop 15 Total

    N.º de Indicadores 1 1 2 1 5

    Taxa de execução 33,0% 15,0% 28,5% 26,0% 103%

    Qualidade - Taxa de execução dos indicadores: 103%

    Face aos resultados evidenciados e nos termos do artigo 18.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro,

    a avaliação da ARSLVT enquadra-se num Desempenho Bom, dado ter atingido todos os objetivos,

    incluindo os objetivos relevantes.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 28

    V. ATIVIDADES PREVISTAS E NÃO PREVISTAS NO PLANO DE ATIVIDADES

    EXECUÇÃO GLOBAL DO PLANO

    A elaboração do Plano de Atividades da ARSLVT conta com a participação dos Serviços e Dirigentes

    através de Planos sectoriais que inclui uma ficha de objetivos operacionais e indicadores, que

    pretendem perspetivar as ações necessárias para realização das suas atribuições e competências. Os

    objetivos e indicadores elegidos para o Quadro de Avaliação e Responsabilização da ARS constam das

    atividades plasmadas nos Planos e Relatórios de Atividade Setoriais, que apoiam a elaboração deste

    relatório de atividades.

    A concretização das atividades pelos Serviços foi condicionada (i) pela conjuntura política, económica e

    financeira, (ii) pela carência de recursos humanos, com maior reflexo no desempenho dos ACES e na

    prestação de cuidados diretos às populações, (iii) pela continuidade de ausência de orçamento de

    investimentos, para fazer face à necessidade de substituição e renovação de equipamentos de saúde no

    âmbito dos cuidados de saúde primários, desajustados para a função a que se destinam, (iv) pelos

    constrangimentos processuais, advindos no decurso do ano, associados à execução orçamental e

    contratação de pessoal, mas também (v) pelo número elevado de pedidos externos, de diversas

    entidades, que se sobrepõem à execução programada das atividades planeadas.

    Em 2013, manteve-se a conjuntura de reorganização e de reestruturação dos serviços, nomeadamente

    pela consolidação das alterações ocorridas em 2012.

    Assim, o trabalho de monitorização e acompanhamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica da

    ARSLVT, a dinâmica da Unidade Orgânica Flexível de Farmácia, da Divisão dos Comportamentos Aditivos,

    o desenvolvimento de parcerias estratégicas entre Serviços/Departamentos de modo a facilitar a

    execução das atividades e projetos possibilitou a concretização dos objetivos da ARSLVT para 2013.

    De referir que em 2013 foi dada sequência à criação de um novo Gabinete de Auditoria Interna,

    correspondendo a uma preocupação de rigor e controlo sobre os processos e procedimentos internos

    implementados na organização.

    Áreas como o Núcleo de Informática, o Departamento de Recursos Humanos ou o Departamento de

    Instalações e Equipamentos ou mesmo a Unidade de Administração Geral (vulgo, Compras), são

    confrontadas diariamente com pedidos de informação, de resposta, com novas orientações técnicas,

    legais ou de novos projetos, concursos, contratações e atividades a desenvolver, a nível da sede e

    também dos ACES, com grande dispersão geográfica, dificultando o trabalho programado e atempado

    das tarefas planeadas ou a organizar.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 29

    Por sua vez, o processo de contratualização das ARS, CSP e Hospitalares, está dependente de

    orientações da ACSS e do MS para poder prosseguir e planear atempadamente o processo a nível

    regional.

    O contexto de restrição económico e financeiro tornam os processos de contratualização mais críticos e

    exigentes, com destaque no domínio hospitalar com grande diminuição da dotação orçamental a

    distribuir pelas instituições.

    Neste contexto, foi desenvolvido, com apoio de prestação de serviços externos, análise e estudo

    conducente à reorganização da carteira de serviços dos hospitais da Região LVT, que decorreu

    paralelamente aos trabalhos normais dos serviços.

    Também a implementação da Urgência Metropolitana de Lisboa, através da concentração da oferta de

    SU no período noturno na área Metropolitana de Lisboa, implicou um acréscimo de tarefas às equipas

    do NEP e DPC, com grande exigência de atenção e participação em detrimento das tarefas regulares e

    programadas.

    Na área Patrimonial houve um acréscimo de trabalho associado ao levantamento dos móveis e imóveis

    da ARSLVT, de modo a corresponder a novas exigências de avaliação e atualização do património do

    Estado.

    Este trabalho reforçou a evidência e necessidade de avaliar e priorizar os equipamentos de saúde nos

    Cuidados de Saúde Primários da RLVT, dado que instituições com melhores condições físicas podem

    potenciar a organização dos recursos e a oferta de cuidados de saúde à população.

    O CD desenvolveu, com a participação da ERA, DPC, NI, NQF, DSP, trabalho de proximidade com os

    Diretores Executivos dos ACES, com vista a uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis. Para tal

    contribuiu o trabalho de limpeza das listas de utentes, o trabalho conjunto de partilha de experiências e

    dinâmicas de organização, mas dificultado pelo aumento de aposentações e pela necessidade de

    recorrer a prestadores de serviços para colmatar a diminuição de médicos de medicina geral e familiar.

    Em termos do balanço da execução global do Plano de Atividades de 2013 podemos considerar que a

    maioria das metas estabelecidas pelas unidades orgânicas da ARSLVT, IP (Departamentos, Unidades

    Orgânicas, Equipas de Projeto, Núcleos) foi concretizada.

    Continua a não existir um instrumento ou matriz que agregue todos os objetivos e indicadores dos

    Serviços da ARSLVT.

    Esta sistematização é dificultada pelo número de Serviços e a abrangência das competências e

    atribuições cometidas à ARS, porque de ordem prática, de execução de políticas, projetos, ações,

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 30

    reformas, que levam tempo a organizar e exigem recursos e equipas diversificadas dedicadas à sua

    aplicação e implementação.

    A falta de um instrumento agregador que permita de modo eficiente acompanhar e avaliar

    atempadamente as atividades realizadas por cada Unidade Orgânica, facilitando trabalho de reporte a

    cada Unidades e de análise e relato eficiente é dificultado pela equipa diminuta dedicada a esta tarefa

    comprometendo o cumprimento dos prazos impostos para a apresentação deste Relatório.

    De seguida, apresentam-se de modo sucinto, as atividades realizadas pelas Unidades/Serviços e

    Departamentos da ARSLVT.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 31

    VI. EXECUÇÃO POR UNIDADE ORGÂNICA

    Departamento de Saúde Pública

    Desenvolvimento de Programas e Projetos Regionais de Saúde

    A atividade de planeamento da saúde desenvolveu-se de acordo com as prioridades definidas a nível

    nacional e regional, tendo os programas e projetos regionais, alinhados com os programas verticais,

    procurado centrar o seu desenvolvimento de forma a facilitar a sua execução e implementação a nível

    local, através de uma visão transversal e integradora dos vários serviços e setores.

    De destacar, este ano, a elaboração do Plano Regional de Saúde 2013-2016.

    Dos programas nacionais prioritários, importa referir que o Programa para as Doenças Oncológicas, o

    Programa para a Diabetes e o Programa para a Saúde Mental foram desenvolvidos em contexto de

    Assessoria do Conselho Diretivo, pelo que são apenas mencionadas algumas atividades colaborativas ou

    especificamente desenvolvidas pelo Departamento nestas áreas.

    Também as atividades no âmbito do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares não

    têm decorrido através do Departamento de Saúde Pública.

    Os programas e projetos são trabalhados por equipas regionais, na sua maioria sob a forma de recursos

    partilhados com os serviços de âmbito local, procurando garantir a multidisciplinaridade dos grupos.

    Em 2013 estiveram em curso os seguintes programas/projetos regionais de saúde, apresentados, de

    forma sistematizada, segundo as seguintes áreas:

    Programa Regional para a infeção VIH/SIDA

    Em 2013 foi iniciado o processo de implementação dos testes rápidos nos cuidados de saúde primários,

    tendo sido realizadas várias ações que incluíram, entre outras, reunião do Diretor Nacional do Programa

    com os Presidentes do Conselho Clínico e de Saúde (PCCS) dos ACES; realização de duas ações formação

    dirigidas aos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) dos 15 ACES da Região, tendo sido

    convidados para estarem presentes os 15 PCCS dos ACES ou seu representante. Foi solicitada

    apresentação de projeto de implementação dos testes rápidos em cada ACES com garantia do

    atempado encaminhamento hospitalar;

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 32

    No início de 2013 foi iniciada a implementação do Programa de Troca de Seringas “Diz não a uma

    seringa em 2ª mão”, nos Agrupamentos de Centros de Saúde, em concertação com o Programa

    Nacional;

    Foram efetuados um total de 6 612 atendimentos nos CAD da ARSLVT, tendo sido realizados 3 158

    testes rápidos, dos quais foram reativos 77 testes (2,4%) e não reativos 3 081 testes (97,6%). A todos os

    utentes foi proposto encaminhamento para consulta médica para confirmação. Foram encaminhados,

    pelo CAD, todos os utentes com teste reativo para o VIH para os cuidados hospitalares.

    De destacar também:

    a atividade pedagógica que tem sido desenvolvida no CAD da Lapa através da promoção de

    formação teórico-prática em VIH/IST e estágios in loco dirigido a profissionais de saúde dos

    cuidados de saúde primários.

    articulação com o Programa Nacional para a Infeção VIH/sida, nas várias atividades solicitadas,

    incluindo:

    a apresentação dos relatórios técnicos e financeiros dos CAD (semestrais e anuais);

    elaboração de pareceres técnicos e visitas de acompanhamento no âmbito do programa ADIS

    sempre que foi solicitado;

    participação em reuniões com o Diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA.

    Programa para as doenças oncológicas - Cancro da mama - Programa de rastreio

    As ações da ARS foram desenvolvidas em articulação com o Programa Nacional para as Doenças

    Oncológicas, nas várias atividades solicitadas.

    De seguida são apresentadas as atividades no âmbito dos programas de rastreio oncológicos

    organizados (ponto de situação a Março de 2013). É também apresentada a atividade de deteção

    precoce que tem sido contratualizada com os cuidados de saúde primários.

    O Programa de Rastreio do Cancro da Mama (PRCM) na área de influência da ARSLVT tem sido

    desenvolvido, há mais de duas décadas, pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em cooperação

    com a ARSLVT.

    O teste de rastreio é mamografia mamária (2 incidências), de 2/2 anos e a população-alvo é a população

    feminina dos 45 aos 69 anos de idade com critérios de rastreio. A área de abrangência do Programa de

    Rastreio de Cancro da Mama, na ARSLVT, é a correspondente a 28 Centros de Saúde, respetivamente 27

    Concelhos.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 33

    Principais resultados:

    A avaliação do Programa de Rastreio de Cancro da Mama apresentada reporta-se ao ano de 2013, e é

    efetuada segundo os indicadores mencionados no Despacho 4808/2013, reportando-se, portanto, à

    população dos 50-59 anos (portanto não constam os dados da população dos 45-49 anos rastreada).

    Foram rastreadas 25.761 mulheres (53,3 % rastreadas das 48.369 mulheres convocadas);

    A taxa de deteção de cancro foi de 4,9/1000 mamografias (127 mulheres encaminhadas para

    tratamento após consulta de aferição positiva).

    Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes

    Durante o ano de 2013, no âmbito deste programa decorreram as seguintes atividades:

    Constituição da Equipa Regional para o Programa

    Constituição das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF), ao abrigo do Despacho 3502/2013

    Constituição de Unidade Integrada da Diabetes (UID), com consultas multidisciplinares, em

    Hospitais/Centros Hospitalares

    Resposta às solicitações oriundas da Coordenação do PNPCD

    Programa de Rastreio da retinopatia diabética

    Principais resultados:

    Constituição da equipa regional.

    Constituição das UCF da diabetes, a funcionar nos ACES: 11 num total de 15 ACES da Região de

    Lisboa e Vale do Tejo.

    Constituição das UID em Hospitais/Centros Hospitalares: 10 num total de 16 Hospitais/ Centros

    Hospitalares da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

    Foi dada resposta às solicitações do Programa Nacional para a Diabetes, incluindo a participação nas

    reuniões do Programa Nacional.

    Programa de Rastreio da Retinopatia Diabética desenvolvido pela APDP (referente ao ano 2013),

    abrangeu pessoas com diabetes inscritas nos ACES de Almada, Seixal-Sesimbra, Arco Ribeirinho,

    Setúbal-Palmela, Ribatejo, Lezíria, Serra d’Aire, Zêzere, Oeste Norte e Oeste Sul, tendo sido

    rastreadas 23 065 pessoas com diabetes (12,4% em relação ao total de 186.996 diabéticos com

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 34

    guia, a 31.12.2011 - fonte SIARS), das quais foram identificadas 3.021 pessoas para tratamento

    (12,9% dos rastreados).

    Foram realizados 24.792 rastreios (dados provisórios).

    Programa Regional Para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

    No âmbito do Programa Regional Para a Prevenção e Controlo do Tabagismo decorreram as seguintes

    atividades:

    Realização de 3 reuniões

    Participação no Encontro Nacional de Cessação Tabágica, organizado pela DGS no dia 29 de

    Novembro

    9º Curso de Cessação Tabágica para Médicos nos dias 17,18 e 19 de Abril - alteração do local para

    Auditório do Centro de Histocompatibilidade Sul – HPV – CHLN

    Informação de nova consulta no Centro Hospitalar Médio Tejo

    Colaboração na 3ª fase do COSI Portugal, projeto da Organização Mundial de Saúde, com

    coordenação científica, em Portugal, da Profª. Ana Rito (INSA)

    Principais resultados:

    Decorreu em 17 de setembro, um dia de formação e treino dos examinadores COSI dos 15

    Agrupamentos de Centros de Saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP

    para:

    apresentação do Projeto COSI;

    capacitação das equipas em termos de tarefas acometidas, formação e treino específicos e

    utilização da plataforma online para registo dos dados.

    Foram incluídas 49 escolas da Região no COSI Portugal, tendo sido avaliadas crianças dos 1º , 2º e 3º

    anos de turmas selecionadas ao acaso, após obtenção do consentimento informado dos

    pais/Encarregados de educação e autorização da própria criança.

    Programa Regional Para as Doenças Respiratórias

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 35

    Participou-se nas reuniões nacionais, na Direção Geral da Saúde, no âmbito do Programa Nacional para

    as Doenças Respiratórias e em reuniões, na ARSLVT, com elementos do Programa Nacional para as

    Doenças Respiratórias e em grupo de trabalho na ACSS relativo ao processo de câmaras expansoras.

    Participou-se ainda num grupo de trabalho na ACSS no âmbito dos trabalhos conducentes à prescrição

    dos cuidados respiratórios domiciliários integrados na aplicação PEM – Prescrição Eletrónica Médica.

    Foram elaborados os contributos para indicadores de contratualização e de QUAR no âmbito deste

    Programa.

    Participou-se na elaboração de contributos para indicadores de contratualização e de QUAR no âmbito

    deste Programa.

    Foram instruídos centenas processos de validação clínica no âmbito dos cuidados respiratórios

    domiciliários (CDR) que extravasam o concurso internacional de CDR para oxigenoterapia de longa

    duração, ventiloterapia, aerossoloterapia, monitor de apneia e aparelho de secreções, de 2001

    Programa Regional de Saúde Escolar

    Dinamização, apoio e acompanhamento das equipas locais nos ACES da saúde escolar por forma a

    responder às suas dúvidas.

    Divulgação de documentos/materiais para o desenvolvimento das atividades de promoção e educação

    da saúde (Exemplos: manuais “e-Bug – um recurso educacional europeu sobre o mundo dos micróbios e

    as doenças”; “Promover a saúde da juventude europeia – manual de formação para professores e

    outros profissionais que trabalham com jovens”; “Manual prevenção – álcool, drogas e tabaco”;

    manuais “Querer é poder I” e “Querer é poder II” de apoio ao desenvolvimento de projetos de

    prevenção do tabagismo.

    Definição entre o grupo da saúde escolar e o grupo da saúde oral de estratégias de intervenção em meio

    escolar, levando a uma Integração e complementaridade das atividades das atividades de saúde oral e

    de saúde escolar.

    Realização de uma reunião de monitorização e acompanhamento com os coordenadores da USP.

    Colaboração conjunta com a DGS na elaboração de documentos orientadores no âmbito do Programa

    Nacional de Saúde Escolar.

    Programa Regional de Saúde Oral

    Apoio e acompanhamento das equipas locais dois dias/semana, todas as semanas do ano por forma a

    dar resposta às suas questões/dúvidas.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 36

    Validação de adesões, de profissionais de Medicina Dentária ao PNPSO, em primeiros processos e em

    processos de renovação, bem como atualização de dados de médicos já aderentes num tempo útil

    médio de uma semana.

    Participação no 3º Estudo Nacional da Prevalência das Doenças Orais por um representante da ARSLVT

    em reuniões de trabalho efetuadas na DGS;

    Participação na reunião de formação dos observadores e anotadores ao estudo, com o objetivo de

    uniformizar critérios.

    Planeamento e acompanhamento das equipas de rastreio nos locais de realização do estudo.

    Foram realizados 934 rastreios dos quais 195 no grupo etário dos 6 anos (Escolas do 1º Ciclo),192 a

    alunos do grupo etário dos 12 anos (Escolas de 2º e 3º Ciclo), 157 do grupo etário dos a8 anos (Várias

    instituições militares) e 195 do grupo etário dos 35 aos 44 anos (observados em Centros de Saúde) e 195

    no em grupo etário igual ou superior a 65 anos (Observados em Centros de Saúde)

    Participação de elementos da Equipa Regional em todas as reuniões promovidas pela DGS.

    Colaboração nos processos de inspeção da iniciativa e solicitação do IGAS;

    Realização de reuniões com Coordenadores de USP e Presidentes de Concelho Clinico dos ACES

    No âmbito do Projeto Saúde Oral na Criança e no Jovem (SOCJ) foram emitidos 118.796 cheques-

    dentista e utilizados 65.252, a Taxa de Utilização foi de 54.9%. Foram alvo de intervenção em cadeira

    por parte dos profissionais de Higiene Oral 19.354 crianças, tendo sido aplicados 122.372 selantes;

    No âmbito do Projeto Saúde Oral Jovens 16 anos foram emitidos 1.177 cheques-dentista e utilizados

    727, a Taxa de Utilização foi de 61.7%;

    No âmbito do Projeto Saúde Oral da Grávida (SOG) foram emitidos 24.000 cheques dentista e utilizados

    18.804, sendo a Taxa de Utilização de 78%

    No âmbito do Projeto Saúde Oral da Pessoa Idosa (SOPI) foram emitidos 1.417 cheques-dentista e

    utilizados 1.209, sendo de 85.3% a Taxa de Utilização.

    No âmbito do Projeto Saúde em utentes com VIH foram emitidos 519 cheques-dentista e utilizados 431,

    sendo de 83% a Taxa de Utilização.

    No âmbito Saúde infantil foram emitidos 5.504 cheques-dentista e utilizados 3.012, sendo de 54.7% a

    Taxa de Utilização.

    No âmbito dos Cheques Intermédios foram emitidos 1.469 cheques-dentista e utilizados 987, sendo de

    67.1% a Taxa de Utilização.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 37

    Na globalidade dos programas foram realizados 413.994 tratamentos, dos quais 288.480 foram selantes

    de fissura. Realizadas 66.941 restaurações e 8.448 exodontias.

    Programa Regional de Vacinação

    Foram alcançadas coberturas vacinais elevadas ≥ 95% para a maioria das coortes em avaliação (12 das

    18 coortes) no PNV recomendado.

    Relativamente à gripe sazonal o total de profissionais vacinados nos 15 ACES em 2012/2013 foram os

    seguintes:

    Enfermeiros – 49,2%

    Médicos – 46,2%

    Assistentes Técnicos – 37,6%

    Assistentes operacionais – 50,3%

    Outros profissionais – 42,9%

    Relativamente aos profissionais vacinados nos Hospitais Públicos os resultados foram os seguintes:

    Enfermeiros – 16,1%

    Médicos – 20,8%

    Assistentes técnicos – 20.1%

    Assistentes operacionais – 23,6%

    Outros profissionais – 23,3%

    O total da população vacinada residente em instituições e abrangidos pela vacina gratuita foi de 17.463

    (85.3%). Estes dados correspondem a 71,8% dos lares respondentes.

    Trabalhadores – 1.752 (22.8%)

    Valor subavaliado, uma vez que muitos lares não enviaram a cobertura vacinal dos seus

    profissionais

    O total da população deficiente vacinada acolhidas em Lares de apoio, lares residenciais e Centros de

    Acolhimento temporário foi de 1.744 (72,4%)

    Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)

    Doentes internados – 88,2%

    Doentes em cuidados domiciliários – 54,9%

    Profissionais das Unidades – 26,7%

    Profissionais das ECCI – 48%

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 38

    Garantiu-se a resposta atempada aos pedidos de esclarecimento apresentados à Equipa Regional na

    área da Vacinação.

    Manteve-se a distribuição dos fluxogramas referentes aos circuitos de:

    Esclarecimento de dúvidas no âmbito do PNV;

    Divulgação de informação no âmbito do PNV;

    Notificação de acidentes na rede de frio.

    Foi realizado acompanhamento e identificação dos ACES com coberturas mais baixas, com a divulgação

    da avaliação semestral e anual para discussão dos resultados e propostas de estratégias de intervenção.

    Rede de frio: foram analisados todos os acidentes notificados aos Serviços Farmacêuticos da ARSLVT.IP

    Nº Acidentes – 151

    Custos financeiros envolvidos:

    Total financeiro envolvido – 366.549,23 Euros

    Total financeiro inutilizado – 166.075,01 Euros

    Total financeiro recuperado – 200.448,51 Euros

    Em 2013, 35% dos acidentes verificados ocorreram com equipamentos sem sistema de monitorização

    contínua de temperatura (em 2012 este valor foi de 27%)

    Monitorização da Plataforma informática utilizada em todos os Hospitais Públicos e Privados, e outras

    Instituições que administram vacinas do PNV fornecidas pela ARSLVT.IP.

    PNV – Cumprido (dados referentes a 31 de dezembro de 2013)

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 39

    PNV Cumprido – Avaliação 2012/2013

    PNV Cumprido aos 2, 7 e 14 anos – 2013 Contratualização

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 40

    PNV- Contratualização (Avaliação 2012/2013)

    Programa Regional de Luta Contra a Tuberculose

    Em 2012, participou-se nas reuniões e nos trabalhos com o Programa Nacional de Luta Contra a

    Tuberculose.

    Foram realizadas atividades de colaboração com a Autoridade de Saúde Regional em contexto de

    vigilância epidemiológica da tuberculose para efeitos de garantia da investigação epidemiológica e

    implementação de medidas de prevenção e controlo da infeção na comunidade pelas autoridades de

    saúde.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 41

    Foi elaborada uma proposta de reorganização dos Centros de Diagnóstico Pneumológico para a área de

    influência da ARSLVT, numa perspetiva de melhoria da qualidade organizacional e de sustentabilidade

    destes serviços e em contexto do Programa de Luta Contra a Tuberculose.

    Colaborou-se com a Unidade Flexível de Farmácia no âmbito da adequação do circuito dos

    medicamentos utilizados nos CDP e Centro de Referência Regional para a Tuberculose Multirresistente.

    Procedeu-se igualmente à definição dos procedimentos inerentes ao funcionamento do Centro e dos

    termos de articulação com as Unidades de Saúde com vista à boa gestão clínica dos casos de

    tuberculose multirresistente, à vigilância epidemiológica da doença e aos rastreios de conviventes.

    Elaborou-se o Documento “Centro de Referência Regional para a Tuberculose Multirresistente – Termos

    de de referência.

    Principais Resultados:

    Em 2013, na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados, 984 casos, dos quais 909 correspondem

    a casos novos e 75 retratamentos (com 52 recidivas).

    A distribuição dos casos notificados em RLVT, em 2013, por grupo etário e sexo pode ser ilustrada pela

    figura seguinte.

    Do total de casos, 670 (67,89 %) são de nacionalidade portuguesa e 314 (31,91%) são de nacionalidade

    estrangeira.

    A coinfecção VIH/SIDA está presente em 151 doentes, o que corresponde a cerca de 24% dos casos com

    serologia conhecida para a infeção VIH/SIDA (634 casos). Cerca de 350 casos de tuberculose estão

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 42

    registados com serologia para a infeção VIH/SIDA desconhecida, o que corresponde a uma evidente

    insuficiência de registo.

    Dos 984 casos, 602 casos de tuberculose tem localização pulmonar, o que corresponde a cerca de 68%

    do total de casos.

    Do total de 984 casos notificados, apenas 482 casos foram confirmados por cultura, o que corresponde

    a cerca de 49 % de confirmação por cultura positiva. Notificaram-se 41 falecidos durante o tratamento.

    O Departamento de Saúde Pública colaborou ainda com diversas instituições. Colaborou com a

    Direcção-Geral da Saúde nomeadamente:

    No âmbito dos vários programas nacionais verticais, referida no âmbito de cada programa.

    Trabalhos colaborativos no âmbito da Rede Inter-Regional de Implementação do Plano Nacional de

    (PNS) 2012-2016, com representantes das Administrações Regionais de Saúde e que integra dois

    elementos do Departamento de Saúde Pública.

    Colaboração com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD):

    Participação nos trabalhos, iniciados em 2012, no contexto de um grupo de trabalho, coordenado

    pelo SICAD, para construção e apresentação para aprovação à tutela da Rede Nacional

    Referenciação/Articulação para Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências e

    respetivas Redes Regionais.

    Este grupo de trabalho contou com a participação das Administrações Regionais de Saúde e da

    Direção-Geral da Saúde, nomeadamente com os Diretores do Programa Nacional para a Saúde

    Mental e de um representante do Programa Nacional para Prevenção e Controlo do Tabagismo. Um

    colaborador da DICAD e uma colaboradora do DSP integraram este grupo como representantes da

    ARSLVT, IP.

    Paralelamente e em simultâneo, conclui-se a elaboração de proposta de Rede Regional de

    Referenciação/Articulação para Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (RRRA-

    ICAD), alinhada com as orientações genéricas da Rede Nacional, elaborada pelo SICAD na sequência

    dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo anteriormente descrito.

    A apresentação pública da Rede foi efetuada pelo SICAD, num Encontro em Coimbra, a 26 de

    setembro de 2013, tendo sido efetuada, neste mesmo Encontro, a apresentação pública das

    especificidades da RRRA-ICAD de Lisboa e Vale do Tejo pelos dois representantes da ARSLVT

    supramencionados.

    Colaboração com o Conselho Superior de Estatística (CSE) – Grupo de Trabalho das Estatísticas de Saúde

    (GTES):

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 43

    Continuação dos trabalhos colaborativos com o Conselho Superior de Estatística (CSE) – Grupo de

    Trabalho das Estatísticas de Saúde (GTES), sobretudo no âmbito da implementação da

    recomendação relativa ao início da cobertura da morbilidade nos cuidados de saúde primários, para

    fins estatísticos, através dos ficheiros de base das Administrações Regionais de Saúde. De referir

    que esta colaboração surgiu no âmbito do desenvolvimento do trabalho em rede dos cinco

    observatórios regionais de saúde dos Departamentos de Saúde Pública das cinco Administrações

    Regionais de Saúde.

    Colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge:

    Participação na primeira reunião de apresentação do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico

    (INSEF), promovido pelo INSA. Foi aprovado como Projeto pré-definido pelo Programa de Iniciativas

    em Saúde Pública, no âmbito do financiamento proporcionado pela European Economic Area

    Grants (EEA Grants). Este projeto prevê ser realizado em parceria com as Administrações Regionais

    de Saúde e Regiões Autónomas. O INSEF pretende produzir informação epidemiológica de base

    populacional acerca do estado de saúde, seus determinantes económicos e sociais e avaliar as

    necessidades de saúde da população.

    Colaboração com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social:

    Apreciação de projetos com emissão de parecer ao abrigo da Portaria 466/86, de 25 de Agosto.

    Outras atividades

    Em 2013 foram promovidos vários trabalhos no âmbito do desenvolvimento do observatório regional de

    saúde, trabalhos estes que têm decorrido em rede com os restantes observatórios de saúde das

    restantes quatro Administrações Regionais de Saúde.

    Têm ainda sido desenvolvidas e implementadas ferramentas de trabalho e de apoio ao desenvolvimento

    destes observatórios.

    De destacar também, e neste âmbito, o início de um trabalho de cooperação com o Instituto Nacional

    de Estatística.

    De destacar a elaboração do Perfil de Saúde Infantil de Lisboa e Vale do Tejo, elaborado e divulgado em

    2012, com base na ferramenta [email protected], de autoria da ARS Norte.

    De destacar também a elaboração do Perfil de Saúde e Determinantes da Região de Lisboa e Vale do

    Tejo.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 44

    Colaboração com os restantes departamentos na emissão de pareceres técnicos ou outras atividades de

    colaboração solicitadas. De destacar:

    Cooperação contínua com o Departamento de Planeamento e Contratualização da ARSLVT, em

    contexto dos trabalhos preparatórios de seleção de indicadores a contratualizar com os Cuidados

    de Saúde Primários, nomeadamente com as Unidades de Saúde Pública da Região. De referir que

    foi o primeiro ano em que decorreu o processo de contratualização com estas Unidades.

    Cooperação contínua com o Núcleo de Estudos e Planeamento da ARSLVT, em contexto dos

    trabalhos preparatórios de seleção de indicadores a incluir no QUAR da ARSLVT, no âmbito do

    Plano Nacional de Saúde 2012-2016 e Programas de Saúde Prioritários, bem como restantes

    programas de saúde e em contexto de elaboração do Plano Regional de Saúde 2014-2016;

    Cooperação contínua com o DGAG em contexto de elaboração dos relatórios técnicos e

    financeiros no âmbito do funcionamento dos CAD, no âmbito da monitorização e

    acompanhamento da prescrição na área dos cuidados respiratórios Domiciliários (nos cuidados de

    saúde primários e hospitais), entre outros.

    No âmbito da coordenação e desempenho das funções de Autoridade de Saúde foi dado cumprimento

    às atividades planeadas, nomeadamente de apoio técnico às Unidades de saúde Pública. Reportam-se

    em Anexos as atividades realizadas no contexto de Autoridade de Saúde do DSP.

    Departamento de Planeamento e Contratualização

    Contratualização com os Hospitais

    Os contratos-programa de 2013 com os Hospitais EPE e SPA foram sendo concluídos ao longo de 2013,

    decorrente das situações específicas de cada instituição. No ano 2013 a única alteração ocorrida a nível

    hospitalar foi a transferência da população2 do concelho da Nazaré e da maioria das freguesias do

    concelho de Alcobaça3 para a área de influência do Centro Hospitalar de Leiria em detrimento do

    Centro Hospitalar do Oeste. Neste sentido o Departamento de Planeamento e Contratualização (DPC)

    procedeu à celebração de 13 Contratos Programa que foram maioritariamente assinados até 5 abril

    2013. O contrato do C. H. Lisboa Norte foi celebrado em 21.06.2013.

    2 Decreto-Lei n.º 116/2013, de 9 de agosto 3 Com exceção das freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto do concelho de Alcobaça.

  • RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 DA ARSLVT

    ARSLVT, NEP 2014 Página 45

    Os contratos-programa 2013 dos Hospitais EPE da Região de Lisboa e Vale do Tejo foram afetados

    novamente por constrangimentos financeiros refletidos na redução do pagamento da atividade SNS (-

    2,8% face a 2012).

    Nas reuniões de negociação de 2013 com algumas instituições hospitalares, adotou-se um modelo de

    análise integrado na estratégia regional e articulada entre instituições.

    Assim a maioria dos hospitais teve duas reuniões, uma de âmbito estratégico e outra final para a

    concretização do documento do plano desempenho e definição da produção, orçamento económico e

    metas para os indicadores nacionais e regionais.

    Objetivos específicos Atividades / Indicadores Metas Realizado

    Contribuir para o aumento da oferta

    consulta externa (CP2013)

    Negociar aumento das % primeiras consultas

    para valores superiores ao estimado para

    2012 (27,3%) (apenas HH EPE e SPA)

    28%

    Negociado 29,3%; Realizado 26,8%

    (efeito da abertura do H. Loures em

    2012 com atividade transferida dos

    EPE e SPA)

    Aumento das primeiras consultas externas nas

    5 especialidades prioritárias (Oft., Ort., Derm.,

    ORL e GINEc.) HH EPE, SPA e PPP (em %)

    2% Realizado 3,3% (cumprindo indicador

    do QUAR 2013 da ARSLVT)

    Diminuir as listas de espera em

    cirurgia nas especialidades

    prioritárias (CP2013)

    Assegurar que o tempo médio de espera para

    cirurgia se mantém no tempo clinicamente

    aceitável

    160 dias

    Negociado 160 dias; Realizado 150,3

    dias

    (cumprindo indicador do QUAR 2012

    da ARSLVT)

    Garantir a sustentabilidade

    financeira do SNS (CP2013)

    Negociar no Plano Desempenho dos Hospitais

    EPE e SPA as variações previstas na

    Metodologia de Contratualização 2013

    EBITDA negociado s/

    CHPL =

    -110.876.892€

    Custos operacionais

    negociados = -5%

    EBITDA realizado =

    -76.525.835€

    Realizado = - 3,5%

    Manter o acompanhamento dos

    Contratos Programa 2013

    Realizar reuniões de acompanhamento do

    CP2013 com os Hospitais

    Reuniões em maio,

    julho e setembro

    A