Upload
ngonguyet
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ARTIGO FINAL – PDE 2010
“A FLORA DO ESPAÇO ESCOLAR COMO UM INSTRUMENTO PARA
O CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE”
PROFESSORA PDE- ISLÉIA CRISTINA DOMINGUEZ
FOZ DO IGUAÇU- 2012
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
1
ISLÉIA CRISTINA DOMINGUEZ
“A FLORA DO ESPAÇO ESCOLAR COMO UM INSTRUMENTO PARA
O CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE”
Este artigo será apresentado como requisito
final para o cumprimento das atividades
propostas pelo Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE, da Secretaria de Estado da
Educação – SEED do Paraná, sob a orientação
do Professor Dr. Bartolomeu Tavares da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE - Cascavel.
FOZ DO IGUAÇU- PR
2012
2
A FLORA DO ESPAÇO ESCOLAR COMO UM INSTRUMENTO PARA
O CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE
Autora: Isléia Cristina Dominguez1
Orientador: Profº Dr.Bartolomeu Tavares 2
RESUMO. Este artigo é parte integrante dos estudos e análises finais realizados no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Este trabalho tem por objetivo analisar os resultados obtidos durante a aplicação do Projeto de Implementação Pedagógica: “A Flora do espaço escolar como um instrumento para o conhecimento da Biodiversidade”. Por meio do estudo da Flora fanerogâmica que se encontra no espaço escolar, o público alvo desta implementação pedagógica, as turmas de 2º ano A e B do Ensino Médio, teve a oportunidade de conhecer e estudar as plantas que se encontravam no ambiente escolar e no seu entorno. Além disso, analisamos no decorrer deste estudo os resultados de atividades diversificadas que tinham como intuito associar práticas lúdicas, interdisciplinares e o contato direto com a natureza. As atividades propostas no Material Didático também foram objetos de Estudo deste artigo. Dentre as atividades destacaram-se com maior ênfase as visitas técnicas no Parque Nacional do Iguaçu e no Refúgio Biológico de Itaipu, nas quais os educandos tiveram acesso a informações sobre a biodiversidade da flora e fauna regional. Após as palestras houve o incentivo aos alunos a conhecerem e valorizarem a rica diversidade de vida e o delicado equilíbrio que as mantém. Como embasamento teórico deste artigo utilizou-se as Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia (2008), dos estudos de Krasilchic (2005), de Reigota (2009) e Dias (2004).
PALAVRAS-CHAVE: Biodiversidade; Educação Ambiental; Flora; Fauna.
1 Pós-graduação em Didática e Metodologia de Ensino pela UNOPAR, professora do Ensino Fundamental
e Ensino Médio, Col. Est. Almirante Tamandaré- Foz do Iguaçu –PR.
2 Doutor em Ciências Biológicas, Professor Associado da UNIOESTE – Campus Cascavel- PR.
3
1 INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios enfrentados pela maioria dos professores é
aliar os conteúdos teóricos à prática e tornar as aulas de Biologia mais
dinâmicas e interessantes. Durante os estudos teóricos e práticos na Formação
Continuada do PDE tivemos a oportunidade de observar estudos de diversos
autores da área de Biologia e de Educação Ambiental que afirmavam que o
estudo da vida se faz mais sólido e conciso se o mesmo for associado à prática
do aprendiz.
Por meio de atividades práticas e simples como o estudo e a análise da
Flora ambientada nas proximidades da escola, pode-se aproximar a teoria que
se encontra nos livros da realidade do aluno.
O Projeto de Intervenção “A Flora do espaço escolar como um
instrumento para o conhecimento da Biodiversidade” visou analisar e produzir
recursos didáticos, que possibilitassem que o estudo de Biologia se tornasse
mais motivador e próximo do aluno. Por meio de metodologias que aliaram a
Teoria à Prática desenvolveu-se o processo ensino-aprendizagem de forma
mais dinâmica e interessante.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação
Básica os conteúdos estruturantes da disciplina “devem considerar as relações
que estabelecem entre si e entre os conteúdos tratados no dia-a-dia da sala de
aula, nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede
de ensino”. (PARANÁ 2008, p.55).
Neste sentido, observamos na análise deste artigo que o Projeto “A
Flora do espaço escolar como um instrumento para o conhecimento da
Biodiversidade” buscou aproveitar para o trabalho em sala de aula a
Biodiversidade existente no ambiente escolar e seu entorno.
Aproximar a Teoria à Prática se faz necessário, pois desta forma,
procurou-se despertar no aluno o interesse em conhecer e preservar a
4
diversidade biológica da região, isto porque, o que nos é desconhecido, muitas
vezes não é valorizado.
O presente trabalho justifica-se pela necessidade de conhecer a Flora
fanerogâmica que se encontra no espaço escolar, reconhecendo a importância
das espécies que vivem neste ecossistema. Desta forma espera-se que
vivenciando os conteúdos estudados em sala de aula, interagindo com a
biodiversidade que se encontra mais próxima do aluno, possamos construir um
elo entre o conhecimento e a valorização do meio ambiente que nos cerca.
Para tanto, aplicou-se este Projeto de Intervenção no Colégio Estadual
Almirante Tamandaré- Ensino Fundamental e Médio, localizado no bairro Vila
Yolanda, no município de Foz do Iguaçu – Paraná.
Por ser um dos primeiros bairros da cidade, a Vila Yolanda possui uma
característica bastante marcante: a arborização. Em toda sua extensão pode-
se notar plantas nativas e exóticas. Há, inclusive, uma pequena área de
preservação ambiental com características de vegetação nativa dentro desta
comunidade. É neste bairro que se encontra o Colégio Almirante Tamandaré,
que por sua vez, possui em seu espaço interno e em seu entorno, a Flora que
servirá de objeto de estudo na aplicação do presente Projeto.
O público alvo desta implementação pedagógica foram as turmas de 2º
ano A e B do Ensino Médio no período matutino. Por meio de reflexões sobre a
prática pedagógica e tendo em vista os desafios encontrados em apresentar os
conteúdos de forma prática e que pudessem ser vivenciados pelo aluno, o
projeto desenvolveu métodos e recursos didáticos que favoreceram o processo
ensino-aprendizagem.
É importante ressaltar que, muitas vezes, a teoria se apresenta distante
do dia a dia do aluno. Sendo assim, o conteúdo que deveria ser um assunto
motivador e interessante, se torna cansativo e o que deveria ser parte
integrante da construção do ser humano como pessoa ativa e atuante se torna
distante e sem importância.
5
Segundo Krasilchik (2005, p.11), “a biologia pode ser uma das
disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos alunos, ou uma das
disciplinas mais insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for
ensinado e de como isso for feito”. Este dilema tão perturbador permeia a
atividade didática pedagógica e traz a tona o desafio em aliar a teoria à
realidade do aluno. Dentro deste contexto surgem duas questões centrais de
investigação que serão objeto de estudo e análise: Como tornar as aulas de
Biologia mais atrativas e interessantes contribuindo para uma melhor
compreensão dos conteúdos? Como incentivar os alunos a conhecerem e
valorizarem a rica diversidade de vida e o delicado equilíbrio que as mantém?
2 BIODIVERSIDADE BRASILEIRA: A MAIOR DO PLANETA
A vida em toda sua diversidade e os mecanismos que garantem a sua
manutenção é o centro das atenções do estudo de Biologia.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica
“entende-se que a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e
atuantes, por meios de conteúdos que ampliem seu entendimento a cerca do
objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações”
(PARANÁ, 2008, p.52). Neste mesmo contexto, Krasilchik ressalta a importância
da formação biológica:
Esses conhecimentos devem contribuir também para que o cidadão seja capaz de usar o que aprendeu ao tomar decisões de interesse individual e coletivo, no contexto de um quadro ético de responsabilidade e respeito que leve em conta o papel do homem na biosfera (2005, p.11).
Compreende-se então, que os conhecimentos adquiridos através da
disciplina de Biologia devem contribuir para o desenvolvimento da consciência
de cidadania e atitudes de valorização da vida.
6
Em nosso planeta existe uma enorme variedade de formas de vida. O
termo Biodiversidade é utilizado para se referir a essa variedade de espécies
de seres vivos que vivem na Terra ou mesmo em uma determinada região. Ao
tratar do tema
Biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente, enfatiza:
A biodiversidade abrange toda a variedade genética de espécies de flora, fauna e micro-organismos; a variedade de funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades habitats e ecossistemas formados por eles. (...) É ela responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. (BRASIL, 2010).
É fato que o Brasil abriga a maior Biodiversidade do planeta. Segundo, o
Ministério do Meio Ambiente, essa enorme variedade de vida, que se traduz em
mais de 20% do número total de espécies da Terra, eleva o nosso país ao
posto de principal nação entre os 17 países megadiversos (ou de maior
biodiversidade). Toda essa riqueza natural tem um valor inestimável e
essencial em vários aspectos como, por exemplo, os aspectos científico,
econômico, turístico, cultural, social, educacional, entre outros. Essa grande
diversidade biológica vem sendo drasticamente afetada pelas atividades
humanas e a necessidade da preservação da biodiversidade e do meio
ambiente tem se tornado um dos maiores desafios enfrentados pelo homem
(BRASIL, 2010). Somos parte integrante da natureza e a nossa sobrevivência
também depende da conservação dela.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2010), “calcula-se que cerca de um terço da biodiversidade mundial esteja em
nosso país, em ecossistemas únicos como a Floresta Amazônica, a Mata
Atlântica, os Cerrados, áreas úmidas e ambientes marinhos, entre outros”.
O Brasil tem parte de seu território protegido por Unidades de
Conservação. De acordo com SOS Mata Atlântica (2010), estas Unidades de
7
Conservação equivalem a áreas definidas pelo poder público com objetivo
principal da proteção da biodiversidade existente em seu interior.
O Parque Nacional do Iguaçu é uma Unidade de Conservação Federal e
é considerada a maior área natural protegida no domínio da Mata Atlântica de
Interior. A Mata Atlântica é o bioma mais rico em biodiversidade do planeta,
mas também é um dos mais ameaçados. Segundo SOS Mata Atlântica (2010),
cerca de 90% de sua formação original já foi devastada e o que restou
encontra-se atualmente em pequenas áreas isoladas, dentre elas as Unidades
de Conservação.
2.1 O CONHECIMENTO PARA VALORIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO QUANTO
A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Figura 1. Imagem de quati entre os visitantes no Parque Nacional do Iguaçu.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica da disciplina de Biologia
propõe como uma das estratégias de ensino, o estudo do meio. Este estudo
pode ocorrer em locais (Figura 1) como: parques, praias, praças, bosques,
zoológicos, entre outros e “além de integrar conhecimentos, veicula uma
8
concepção sobre a relação ser humano-ambiente e possibilita novas
elaborações em pesquisa” (PARANÁ, 2008, p.66).
Ao promover um maior contato com o ambiente, o aluno é estimulado a
observar, pesquisar e analisar os fenômenos da natureza. Para Krasilchik
(2005, p.131), “os objetivos gerais do trabalho fora da escola são coletar dados
e informações, ver exemplos de princípios e fatos mencionados nas aulas,
encontrar problemas para a investigação”.
Neste sentido, tanto o ambiente escolar como o Parque Nacional do
Iguaçu são um laboratório vivo, isto é, locais propícios para que este processo
de aprendizagem e interação ocorra. É importante observar que a Educação
Ambiental deve iniciar bem próxima do educando. É fundamental que ele
conheça a Biodiversidade que o cerca para posteriormente partir para algo
maior. Um dos princípios básicos da Educação Ambiental é pensar global e
agir local, neste sentido o estudo da diversidade biológica de ambientes
próximos de nós, contribui para que haja conscientização, valorização, respeito
pela natureza.
Seguindo este mesmo pensamento, Blikstein é enfático em afirmar que:
A educação ambiental é, aliás, um excelente campo para tentar novas abordagens de ensino e aprendizagem. Em primeiro lugar, ela é um tema que motiva os alunos – ela está nos jornais, na televisão, na vida de todos nós. Em segundo lugar, é uma área em que, efetivamente, é possível fazer diferença no mundo – mesmo em pequena escala, as ações têm resultados relevantes na vida da comunidade. Além disso, educação ambiental envolve atividades fora dos muros da escola: coleta de dados, observações e entrevistas. Os alunos não precisam ficar presos na sala de aula ou nos livros didáticos (2007, p.157).
Entende-se então, que a Educação Ambiental só logrará êxito se
houver envolvimento ativo em ações práticas. Portanto é preciso muito mais
que pensar sobre o assunto; é necessário levar nossos educandos a agir, a
atuar. Neste sentido, Dias pontua:
As pessoas não se envolvem com a temática ambiental sentadas em suas carteiras, fechadas em um “caixote de tijolos e cimento”, regados
9
a quadro-de-giz ou a parafernália audiovisual. Elas precisam sentir o cheiro, o sabor, as cores, a temperatura, a umidade, os sons, os movimentos do metabolismo do seu lugar, da sua escola, do seu bairro, da sua cidade… Isso não se faz sentado em carteiras! (2004, p.124).
Observa-se com isso, que o trabalho inicial do professor é
promover a “sensibilização” de seus alunos e das demais pessoas envolvidas.
Ela será a chave inicial para que todo o processo de Educação se concretize. A
informação sem a sensibilização não promove mudança de consciência
imediata, sendo esta uma das principais falhas ocorridas em projetos de
Educação Ambiental. Para ilustrar o que foi dito, mencionam-se aqui,
novamente, as palavras de Dias:
Se a pessoa não é sensibilizada, ela não valoriza o que está sendo degradado ou ameaçado de degradação. Sem a sensibilização não há um envolvimento. O ser humano é movido por emoções. Caso elas não sejam estimuladas, a resposta não ocorre (2004, p.125).
Partindo do pressuposto da “sensibilização”, pode-se dizer que a
Educação Ambiental visa à harmonia entre o homem e o meio ambiente,
buscando a sustentabilidade. Sendo assim, a preservação ambiental passa a
ter maior significado na vida do indivíduo, passando a ser uma necessidade e
uma responsabilidade social.
2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL - TEMA INTERDISCIPLINAR
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da disciplina de
Biologia propõe quanto ao trabalho envolvendo a Educação Ambiental, que
“este deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no
desenvolvimento dos conteúdos específicos” (PARANÁ, 2008, p.67). Isto
significa que Educação Ambiental deve ser um assunto que deve ser tratado
por todas as disciplinas curriculares, isto porque o tema em questão é uma
10
preocupação social e não um mero conteúdo curricular. Ao discutir a questão
ambiental de forma generalizada, o educando passa a perceber que é preciso
agir, é necessário por em prática aquilo que se aprende na escola, tornando-se
sujeito responsável pelo ambiente em que vive. Neste mesmo raciocínio
Tavares et al aponta que:
(...) é necessário não apenas passar/repassar conhecimentos, mas transformar as concepções individuais/coletivas no intuito de mudar atitudes do cotidiano e do ambiente de convivência, de maneira que os indivíduos se policiem em suas casas e em lugares públicos (2010, p.08).
O estudo isolado da Educação Ambiental como uma disciplina também
não surtiria o efeito esperado. Neste sentido, Reigota acrescenta:
Não se trata de oferecer uma disciplina de educação ambiental, mas sim conquistar brechas e possibilidades da contribuição da Educação Ambiental a todo processo pedagógico voltado para a ampliação da cidadania, da democracia, da liberdade, da justiça e das possibilidades de construção de uma sociedade sustentável (2009, p. 94).
A interdisciplinaridade seria a abordagem mais indicada para
trabalhar assuntos que promovam a sensibilização quanto à preservação
ambiental. Para isso, seria necessário que todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem estivessem compromissados e abertos ao diálogo para
aprofundamento nos estudos, troca de informações e experiências para que a
proposta de trabalho tivesse o êxito esperado. Sendo assim, seria preciso
tomar uma postura e uma atitude interdisciplinar na busca de um conhecimento
mais abrangente. Neste sentido, Fazenda enfatiza quando diz:
A apreensão da atitude interdisciplinar garante, para aqueles que a praticam, um grau elevado de maturidade, isso ocorre devido ao exercício de uma certa forma de encarar e pensar os acontecimentos. Aprende-se com a interdisciplinaridade que um fato ou solução nunca é isolado, mas sim consequência de muitos outros (2003, p.64).
11
É justamente esta ideia que se pretende incutir no ensino- aprendizagem
do tema Educação Ambiental, de que um fato ou uma solução nunca é isolado,
mas são consequências de muitos outros. Nossas ações, no meio ambiente,
não estão isentas de responsabilidades, resultam em consequências que
poderão ser benéficas ou maléficas para o homem e para o planeta.
Uma abrangência maior de discussões sobre Educação Ambiental seria
o ideal. Sobre esta questão, Reigota é enfático:
A educação ambiental, como perspectiva educativa, pode estar presente em todas as disciplinas quando analisa temas que permitam enfocar as relações entre a humanidade e o meio natural e as relações sociais, sem deixar de lado as suas especificidades (2009, p.45).
Por meio de atividades, interdisciplinares, de discussão, de
levantamentos de dados, de proposições, de debates, de produções de textos
e até mesmo jogos lúdicos, a consciência de preservação ambiental e do
consumo sustentável seriam mais difundidos e, consequentemente se
tornariam práticas constantes na vida de nossos aprendizes.
2.3 O LÚDICO E A APRENDIZAGEM
A ludicidade contribui imensamente no processo de memorização e
compreensão, pois ao mesmo tempo em que o jovem “brinca” num jogo
didático, ele está aprendendo.
Luckesi, um dos atuais estudiosos na área da Ludicidade, comenta em
um de seus artigos como a atividade lúdica pode ser elemento importante no
processo de aprendizagem:
O que a ludicidade traz de novo é o fato de que o ser humano, quando age ludicamente, vivencia uma experiência plena. Com isso, queremos dizer que, na vivência de uma atividade lúdica, cada um de nós estamos plenos, inteiros nesse momento; nos utilizamos da atenção
12
plena, como definem as tradições sagradas orientais. Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além dessa própria atividade (2002, p.2).
Neste contexto, com o uso de atividades lúdicas podemos tornar as
aulas de Biologia mais atrativas e interessantes, promovendo uma melhor
integração e compreensão dos conteúdos. A associação de práticas lúdicas,
interdisciplinaridade e o contato direto com a natureza incentivam os
educandos a conhecerem e valorizarem a rica diversidade de vida e o delicado
equilíbrio que as mantém.
O professor, ao transmitir o conhecimento para o aluno, precisa fazer
disso uma tarefa prazerosa, não um fardo cansativo e enfadonho. É preciso
mostrar para o educando que a Educação Ambiental é necessária para a vida.
Ao sensibilizá-lo, ao fazê-lo refletir sobre suas ações, ao chamá-lo para o
compromisso com a vida no planeta, o professor estará fazendo muito mais
que transmitir conhecimentos. Estará mudando comportamentos, construindo
cidadãos conscientes, “capazes de perceber que os problemas ambientais
foram criados por homens e mulheres e deles virão as soluções” como
acrescenta Reigota (2009, p. 19).
Para que haja um avanço no intuito de preservar o Meio Ambiente é
preciso educar e informar e na Escola encontramos um espaço privilegiado
para que isso ocorra.
3 A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DIDÁTICO- PEDAGÓGICA
As atividades propostas para a Implementação Pedagógica foram
executadas por meio de Oficinas que compunham um Caderno Pedagógico
com os temas: A Biodiversidade da Região e Educação Ambiental.
13
O Caderno Pedagógico tinha por objetivo a implementação do Projeto:
“A flora do espaço escolar como um instrumento para o conhecimento da
biodiversidade”, nas turmas de 2º Ano A e B do Ensino Médio do Colégio
Estadual Almirante Tamandaré. Neste Caderno Pedagógico encontram-se
atividades que aproximam as teorias dos conteúdos que são estudados em
Biologia à prática do educando. Uma vez que, ao vivenciar o que é ensinado, o
aluno aprende, desenvolve novas atitudes e comportamentos, pois percebe
que o conhecimento passa a ser parte da sua vida. A tarefa de tornar as
práticas didático-pedagógicas mais atrativas e dinâmicas demanda tempo e
pesquisa e, nem sempre o educador consegue desempenhar esta empreitada,
constituindo assim, uma das principais dificuldades que acompanha grande
parte dos professores.
Sendo assim, procuramos explorar, primeiramente a flora que se
encontra no entorno do colégio, aproveitando-nos desses recursos que estão
próximos do convívio dos alunos e, a partir deles, sensibilizar para a
necessidade de preservação do Meio Ambiente e da importância da Educação
Ambiental.
Por essa razão, o presente Caderno Pedagógico foi dividido em Oficinas
para facilitar e orientar as tarefas que foram desenvolvidas durante a
Implementação Pedagógica do Projeto: “A flora do espaço escolar como um
instrumento para o conhecimento da biodiversidade”, seguindo o esquema que
se apresenta abaixo:
1ª Oficina - Biodiversidade da Região
2ª Oficina - Biodiversidade da Flora do Espaço Escolar
3ª Oficina - Montagem do Material Multimídia
4ª Oficina – Visitação ao Parque Nacional do Iguaçu
5ª Oficina – Aplicação de Jogos Didáticos e Análise de Charges
Há também, em cada Oficina, por motivo de organização, o tempo
aproximado, os recursos utilizados e avaliação, que tinha como objetivo a
verificação dos resultados após implementação.
14
4 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO: “A FLORA DO ESPAÇO ESCOLAR
COMO UM INSTRUMENTO PARA O CONHECIMENTO DA
“BIODIVERSIDADE”
Para iniciar a implementação foi necessário, primeiramente, verificar
que conhecimentos prévios os alunos já apresentavam sobre o tema a ser
estudado. Para tanto, foi lançado para as duas turmas de alunos de 2º ano A e
B do Ensino Médio (totalizando 62 alunos) um questionário inicial composto de
5 questões. A primeira questão consistia em saber se os alunos sabiam o que
era Biodiversidade. Para tal reposta elaboramos o gráfico a seguir:
O resultado obtido constatou que a maioria dos estudantes, 47 deles
assinalaram que tinham o conhecimento do que era Biodiversidade e somente
15 alunos responderam que não sabiam. Entretanto, ao analisarmos esta
questão, devemos levar em conta que no momento do questionamento foi
observado que os alunos detinham um conhecimento parcial do significado real
15
de Biodiversidade. Foi observado nos diálogos entre eles, os seguintes
comentários:
“Biodiversidade é somente a quantidade de animais?”
“Biodiversidade são somente as espécies de plantas?”
Notou-e que a maioria deles, obtivera acesso a esse assunto de forma
fragmentada, por intermédio da televisão ou por outro meio de comunicação,
pois é um tema que está em grande evidência. Por essa razão, houve a
necessidade de um enfoque maior sobre o tema orientando-os que o tema
Biodiversidade é abrangente e compreende a variedade de espécies de seres
vivos de uma determinada região e não somente a quantidade, conforme
comentários dos alunos entrevistados.
Na sequência, questionamos os educando sobre seus conhecimentos a
respeito do Parque Nacional do Iguaçu (Figura 2). Para isso perguntamos se
eles sabiam que o Parque Nacional era uma reserva de Mata Atlântica.
Figura 2. Foto Parque Nacional do Iguaçu durante a visita técnica.
16
Nesta questão, observamos que somente 28 alunos tinham o
conhecimento sobre o fato, enquanto 34 deles ignoravam o assunto, conforme
pode ser visto no gráfico a seguir.
O gráfico aponta que 34 alunos responderam que não sabiam que
Parque Nacional do Iguaçu era uma reserva de Mata Atlântica e 28 alunos
assinalaram que sabiam. Os números dos resultados desta questão
mostraram-se intrigantes, pelo fato de que mesmo residindo nas proximidades
que comporta o Parque Nacional do Iguaçu, mais da metade dos alunos
desconheciam o Bioma característico da região.
Este levantamento contextualiza o que os documentos das Diretrizes
Curriculares de Biologia para a Educação Básica descrevem, que “há a
necessidade de desvincular a teoria encontrada nos livros, trazendo a prática
para a vida cotidiana dos estudantes nas diferentes realidades regionais onde
se localizam as escolas” (2008, p.55). Sendo assim, o professor deve
aproveitar a natureza que está próxima do aluno para ensinar a valorizar e
consequentemente preservar.
17
Nos dois gráficos seguintes, indagamos os jovens estudantes sobre
seus conhecimentos sobre plantas nativas e exóticas. Os resultados obtidos
ilustram os gráficos abaixo.
18
Ao fazer a análise dos dois gráficos (3 e 4) , notamos que mesmo tendo
afirmado que sabiam a diferença entre plantas nativas e exóticas, os
entrevistados pareciam estar confusos quanto à definição exata de “nativas” e
“exóticas”, conforme podemos constatar nas afirmações dos mesmos:
“Plantas nativas são plantas que só nascem numa região.”
E ainda:
“Plantas exóticas são plantas raras, diferentes”.
Nesta situação, de posse dos dados, foi necessário, primeiramente,
esclarecer os conceitos que anteriormente ofereciam dúvidas aos estudantes
para que posteriormente, esta dúvida não viesse a comprometer as pesquisas
e o entendimento dos educandos durante a observação e estudo das plantas.
A última questão lançada aos entrevistados (gráfico 5) consistia em
saber se os alunos tinham noção de que plantas circundavam o pátio e o
entorno do colégio. Assim, deveriam assinalar uma lista, previamente entregue
a eles, marcando os nomes das plantas, conforme ilustrado no gráfico abaixo:
19
O gráfico anterior nos apontou que poucos dos estudantes conheciam as
espécies de plantas que faziam parte do ambiente escolar e de suas
proximidades, demonstrando o descaso com a importância das espécies para o
Meio Ambiente. Observamos que 32 alunos entrevistados tinham
conhecimento de 1 a 3 espécies listadas, 12 estudantes assinalaram que
conheciam acima de 4 espécies, enquanto 17 deles desconheciam totalmente
os tipos de plantas que existiam no pátio do colégio e no seu entorno. Com
isso, notamos que era necessário dar ênfase ao estudo da flora que se
encontrava próxima dos estudantes, conscientizando-os por meio de pesquisa
da valorização das espécies locais, antes de partir para observação e estudo
de outros ambientes.
Estas questões serviram de motivação para deixá-los curiosos sobre a
biodiversidade local e para que eles pudessem construir as reflexões para
estudos posteriores, e ainda, servissem como eixo norteador do professor para
as atividades seguintes.
Na sequência das oficinas os estudantes puderam realizar pesquisas
nos diferentes recursos disponibilizados (livros, revistas, endereços eletrônicos,
etc.) para reconhecer as plantas do ambiente escolar e de seu entorno.
Para identificar com precisão as plantas encontradas no pátio e no
entorno do colégio foi necessário o auxílio de dois engenheiros ambientais,
além de bibliografia específica para posterior confecção de placas com a
identificação de cada planta, contendo o nome popular e científico da espécie.
No total foram identificadas aproximadamente 20 espécies entre nativas
e exóticas. Dentre elas destacamos o Pau-Brasil, Ipê Roxo, Ipê Amarelo,
Cedro, Angico, Tipuana, Grevílea, Cinamomo, Sibipiruna, Canafístula,
Flamboyant, Araucária, Pata-de-Vaca, Ligustro dentre outros. Todavia, é
importante esclarecer que somente foram identificadas, com placas, as plantas
que se encontravam no pátio da Escola.
A construção do conhecimento por meio de pesquisa nestes diferentes
recursos didáticos proporcionou o interesse pelo assunto e a busca pelo
aprendizado.
20
No pátio do colégio e durante as visitas técnicas, os educandos
fotografaram e filmaram plantas (Figuras 3,5 e 6) e animais (Figura 4) que,
posteriormente, serviu de instrumento na construção do material de estudo dos
mesmos.
Figura 3. Pata de vaca no pátio do colégio. Figuras 4. Onça Pintada no Refúgio Biológico de Itaipu.
Figura 5. Pau-Brasil no pátio do colégio. Figura 6. Ipê roxo no pátio do colégio.
Durante as visitas ao Parque Nacional e ao Refúgio Biológico, os alunos
ficaram curiosos sobre as espécies de animais que habitavam a região.
Vejamos alguns dos diálogos a seguir:
“Nossa! Eu achava que Suçuarana era uma espécie de cobra”. “Macuco é uma ave? Eu não sabia!” “Eu não conhecia o Refúgio Biológico, mesmo eu tendo nascido aqui”. “Eu nem sabia que tinha escola de educação ambiental dentro do Parque Nacional.”
21
Destacamos também outros animais que os alunos conheceram como o
cateto, a harpia e a ariranha e a partir daí, sentiram-se instigados a estudar e
conhecer os hábitos destas espécies e de outras.
Ao final da implementação notou-se que os alunos estavam mais
sensibilizados e mais atentos à diversidade de espécies que se encontram no
ambiente escolar. Houve interesse maior dos alunos sobre a fauna da região e
a flora do entorno escolar, com propostas de cuidados maiores com o ambiente
e ainda, sugestões de debates para conscientização de outros colegas que não
fizeram parte do Projeto.
Na oficina final, a qual tinha por objetivo a confecção de Power Point e o
portfólio com as fotos dos locais visitados e pesquisa sobre a flora e a fauna
observada nos locais de visitação, houve o envolvimento e a apresentação de
trabalhos de excelente qualidade, nos quais os educandos puderam manifestar
suas preocupações com a preservação ambiental e os conhecimentos
adquiridos por intermédio do estudo.
4.1 A IMPLEMENTAÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DO PROJETO
A socialização do Projeto PDE com outros professores do estado
paranaense através do GTR (grupo de trabalho em rede) foi bastante
enriquecedora, pois com a participação de professores da mesma área de
trabalho pudemos analisar as fundamentações teóricas que norteavam o
Projeto, e ainda, colher sugestões sobre o material didático construído.
É importante ressaltar que a troca de experiências entre os professores
foi essencial, pois estes docentes tiveram a oportunidade de aplicar parte das
atividades que constituíam o material didático em suas salas de aula. A partir
daí, teceram comentários de pontos positivos e possíveis ajustes em atividades
propostas no Caderno Pedagógico.
22
A troca de informações auxiliou a aplicação das tarefas durante o
período da implementação em sala de aula. Vários comentários foram feitos
sobre as oficinas apresentadas, enfatizando a importância de aproximar a
teoria dos conteúdos com a prática dos discentes.
Todos os professores foram unânimes em afirmar a importância da
sensibilização, da conscientização e da Educação Ambiental para a
preservação do planeta.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar este artigo mencionamos aqui as palavras de Paulo Freire
que pontua a missão de ser professor: “Ninguém nasce educador ou é
marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como
educador permanentemente, na prática e na reflexão da prática” (Freire, 1991).
Esta missão consiste em construir a cada dia o aprendizado constante.
A atualização contínua e o uso de metodologias aliadas à tecnologia tornam as
aulas mais atrativas e conseguem uma atenção maior por parte dos
educandos. Estas tecnologias propiciam a interatividade e participação ativa
dos jovens e crianças, tornando a tarefa da aprendizagem motivadora e
convidativa.
Como já dissemos anteriormente, o fato de aliarmos a teoria que se
encontra nos livros para a prática dos nossos alunos, proporciona que os
mesmos construam sentido para tudo o que estão aprendendo. Além disso, a
conscientização para a Educação Ambiental somente será construída se o
indivíduo conhecer a natureza e observar o elo que mantemos com ela. A partir
daí, haverá sensibilização e consequentemente o indivíduo terá hábitos que
visem à preservação e a manutenção do meio ambiente.
23
Lembramos, ainda aqui, as questões que foram mencionadas no início
deste artigo e que nos motivaram as pesquisas e a busca pelas respostas das
mesmas. Estas questões são:
Como tornar as aulas de Biologia mais atrativas e interessantes
contribuindo para uma melhor compreensão dos conteúdos?
Como incentivar os alunos a conhecerem e valorizarem a rica
diversidade de vida e o delicado equilíbrio que as mantém?
A respeito destas questões, foi possível concluir que as aulas de
Biologia podem ser mais interessantes quando o professor oportuniza seu
aluno a buscar seu conhecimento através de atividades que mesclem a teoria e
a prática. Além disso, o educador pode incentivar seus alunos a valorizar a
natureza, primeiramente, propiciando que ele conheça e aprenda sobre o meio
ambiente que ele está inserido para posteriormente partir para algo maior. Há
de se considerar também que o educador deve diversificar suas metodologias,
aliando sempre ao uso de diferentes recursos visuais e tecnológicos que fazem
parte desta atual sociedade do conhecimento.
Participar do Programa de Desenvolvimento de Educação – PDE é uma
grande oportunidade para o professor paranaense, pois oferece a possibilidade
de aperfeiçoamento, formação continuada e valorização do profissional da
Educação. O docente volta à Universidade, atualiza-se, reflete sobre suas
ações, aprofunda seus conhecimentos teórico-metodológicos e, ainda, tem a
possibilidade de contrapor as teorias de autores apresentados pelos
professores universitários, com as práticas da sala de aula, oportunizando a
trocas de experiências.
Desta maneira voltamos às palavras de Paulo Freire, anteriormente
mencionadas, destacando a importância da participação do professor no PDE
na formação contínua e permanente do educador.
Além disso, devemos ressaltar os pontos positivos na implementação do
Projeto que se encontraram principalmente no interesse dos alunos pelas
atividades propostas e no empenho dos mesmos durante o desenvolvimento
24
das pesquisas. Foi possível notar a curiosidade, a busca pela informação
durante as visitas técnicas e ainda no envolvimento entre os grupos no
momento das pesquisas e apresentações.
As falhas ocorreram principalmente pelo curto espaço de tempo, pois
quando estruturado e montado o Projeto, em 2010, a grade curricular
comportava um número maior de aulas, devido ao Sistema de Ensino por
Blocos. Em 2011, período em que o Projeto foi executado, houve a alteração
da grade curricular e do Sistema de Ensino voltando ao modelo tradicional
(ano/ série), diminuindo consequentemente o número de aulas. Por essa razão,
foi preciso atribuir várias atividades extraclasses para finalizar o Projeto em
tempo hábil.
Outro fator bastante relevante que não podemos deixar de mencionar
trata-se do uso do laboratório de informática. As máquinas utilizadas nem
sempre estão em perfeito estado causando, muitas vezes, frustrações por parte
dos educandos e de professores. Algumas atividades que foram planejadas
para a sala de informática tiveram que ser executadas fora da escola,
causando transtornos para os estudantes que não dispunham de
computadores com acesso a rede de comunicação.
Felizmente, todos os entraves foram contornados e o Projeto teve o êxito
e a participação ativa dos educandos, cumprindo com os objetivos para os
quais foi elaborado.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLIKSTEIN, Paulo. As novas tecnologias na Educação Ambiental:
Instrumentos para mudar o jeito de ensinar e aprender na escola. In
BRASIL (2007). Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação
ambiental na escola. Brasília, 2007.
25
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade. Portal Bio. Disponível
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=72&id
Conteúdo=3754. Acesso em 10 de Outubro de 2010.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. São
Paulo, 9ª Edição, Editora Gaia, 2004.
DOMINGUEZ, Isléia Cristina. Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Fotos tiradas em
diferentes ambientes ( pátio da escola, Parque Nacional do Iguaçu e Refúgio
Biológico de Itaipu) em maio de 2012.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: Qual o sentido?
São Paulo: Paulus, 2003.
FREIRE, Paulo. Educar para libertar. Disponível para acesso em
http://www.webartigos.com/artigos/educar-para-libertar/7288/
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: IBGE Teen. Disponível
em http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/florestas/situacao.html. Acesso em
29 de setembro de 2010.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª Edição. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos, Ludicidade e atividades lúdicas: uma
abordagem a partir da experiência interna, Educação e Ludicidade,
Ensaios 02; ludicidade o que é mesmo isso?- Publicada pelo Gepel,
Faced/Ufba, 2002. Disponível em: http://www.luckesi.com.br/publicacoes.htm. Acesso em 19 de março 2011.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED – Diretrizes
Curriculares Estaduais de Biologia. Curitiba, 2008.
26
REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental, 2ª Edição. Coleção
Primeiros Passos. São Paulo. Editora Brasiliense, 2009.
SOS MATA ATLANTICA. Unidades de Conservação - Mata Atlântica.
Disponível http:// www.sosmatatlantica.org.br. Acesso em 22 de outubro de
2010.
TAVARES, Bartolomeu; SILVA, Helaine Maruska Vieira; PERES, Janaine
Fragnan; SORNBERGER, Neimar Afonso; ZANATTA Renann. Coletânea de
Oficinas pedagógicas de inclusão de jovens agricultores na vida
universitária. 1ª Edição. Cascavel, 2010.