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Vítor Quinta Março 2010; revisto Set. 2011

Muito se tem escrito sobre as 12 tribos de Israel e também, em particular, sobre as chamadas 10 tribos perdidas da Casa de Israel - o Reino do Norte, que após o castigo que lhe foi imposto por YHWH (ter sido expulsa da sua terra), perderam a sua identidade israelita após terem sido conquistados pela Assíria em 722 a.C. e em seguida espalhados entre as nações pagãs, bem como sobre o significado das bênçãos que o patriarca Jacob/Israel derramou, pelo Espírito de YHWH, sobre cada um dos seus filhos e netos (os dois filhos de José). Baseando-nos na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, este trabalho irá procurar analisar as passagens que envolvem este acontecimento determinante, não só para os tempos antigos e distantes como para a vida deste povo que foi espalhado pelos quatro cantos da Terra e que voltará à terra dos patriarcas em breve, através do maior Êxodo da História, ao pé do qual o da saída do povo de Israel do Egipto não se pode comparar.

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AS BÊNÇÃOS DE JACOB 2

Genealogia dos patriarcas de Israel

Filhos NetosAbraão

Isaac

Lia Jacob/Israel

Rúben (Prim.) Gén. 29:32

Simeão (2º) Gén. 29:33

Levi (3º) Gén. 29:34

Judá (4º) Gén. 29:35

Issacar (9º) Gén. 30:18

Zebulom (10º) Gén. 30:20

Dina Gén. 30:21

Bila

(Serva de Raquel)Dan (5º) Gén. 30:6

Naftali (6º) Gén. 30:8

Zilpa

(Serva de Lia)Gad (7º) Gén. 30:11

Aser (8º) Gén. 30:13

Raquel

Manassés

José (11º) Gén. 30:24Efraim

Benjamin (12º) Gén. 35:18

As designadas 12 tribos de IsraelRúben não é incluído por ter pecado contra seu pai

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AS BÊNÇÃOS DE JACOB 3

Através do diagrama anterior podemos ver que os filhos de José, Efraim e Manassés, vieram a assumir a herança de seu pai e considerados como parte integrante das restantes tribos de Israel. Lembremos que a génesis desta história está primariamente centrada em Abraão, o avô de Jacob, que foi chamado por YHWH e que revelou a sua obediência perante toda a vontade do Altíssimo, como nos é dito em Génesis 26:5, obediência e fé que ele transmitiu à sua descendência e que chegou até nós, hoje. Por isso mesmo, YHWH lhe fez promessas milenares que são manifestas na vida do povo de Israel até aos dias de hoje – Génesis 12:1-3:

• Farei de ti uma grande nação (“goy”) • Abençoar-te-ei • Farei grande o teu nome • Serás uma bênção para todos os povos • Abençoarei todos os que te abençoarem • Amaldiçoarei todos os que te amaldiçoarem • Em ti serão abençoadas/enxertadas todas as famílias/nações da Terra.

Esta é a súmula do pacto que YHWH estabeleceu com o patriarca Abraão e que foi transmitido às gerações seguintes, até hoje, descendência essa que seria como o pó da terra ou as estrelas do céu ou a areia do mar que não se podem contar (Génesis 13:16; 15:5; 22:17). A base desta aliança foi sempre a fé e a obediência à vontade do Alto e Sublime Elohim, a Sua Lei/Torá, as “veredas antigas”(Jeremias 6:16). Assim, Abraão tornou-se, de facto, no pai de muitas nações (qahal goyim/). Esta é a boa semente que germinou e que tem produzido frutos em muitos, até hoje, apontando para a promessa final: a redenção por Yeshua, O Rei. Neste trabalho procuraremos identificar também o significado que tais bênçãos implicaram e ainda implicam na vida dos descendentes de Jacob/Israel no mundo, com o relevo e características particulares que devem ser reconhecidas a cada uma das suas 12 tribos. Estas características derivam das próprias bênçãos dadas por seu pai Jacob e encontram-se representadas na sinalética inserida no estandarte/emblema/bandeira de cada uma das 12 tribos (Números 2:2), o qual tem, cada um deles, uma cor própria, que corresponde à cor das pedras preciosas encastoadas no peitoral que o Sumo-Sacerdote tinha que usar quando se encontrava de serviço ao Templo, em Jerusalém. A disposição das pedras seria como nos mostra o quadro:

Levi Simeão Rúben Zebulom Issacar Judá

Gade Naftali Dan Benjamin José Aser

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Com base na Palavra, vemos que a terra fez parte da herança que foi dada a cada uma das 12 tribos, sendo que a única que não recebeu parte da terra em herança foi Levi, pois Elohim ordenou que os seus varões seriam dedicados ao serviço do Santo no Templo. Daí que a repartição da terra ficou da seguinte forma:

(Distribuição das 12 tribos na antiga terra de Israel)

Este mapa permite-nos identificar com clareza as extensões de terra que foram ocupadas por cada uma das 12 tribos de Israel. Na realidade, naquele tempo, as 12 tribos concentraram-se numa faixa estreita praticamente equivalente (com algumas diferenças) à terra que o Estado de Israel hoje ocupa depois de algumas batalhas com os seus vizinhos inimigos após o restabelecimento em 1948. Apesar da limitação da terra ocupada pelas 12 tribos, ao tempo de Salomão este reinava (recebia tributos) de muitos outros povos que estavam estabelecidos entre o Rio Eufrates, o Mar Mediterrâneo e o Egipto, praticamente toda a extensão que Elohim YHWH havia prometido aos patriarcas e que só virá a ser uma realidade plena quando Adonai Yeshua vier reinar e governar sobre todas as nações durante mil anos. Vejamos o que nos é dito em:

1.Reis 4:21 – “E dominava Salomão sobre todos os reinos desde o rio [Eufrates] até à terra dos filisteus, e até ao termo do Egipto; os quais traziam presentes, e serviram a Salomão todos os dias da sua vida”.

O que Israel teve conforme à promessa feita aos pais, Israel perdeu, devido à desobediência e idolatria, uma vez que o Reino de Salomão foi dividido após a sua morte.

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Pouco antes de descer ao pó, o patriarca Israel (aquele que seria o pai de uma multidão de nações segundo a promessa de Elohim) chamou seus filhos e os dois filhos de José, aos quais constituiu igualmente como herança sua, e abençoou cada um deles. Estas palavras não eram as palavras de um homem, mas as palavras de um homem que andava perante a face de YHWH seu Elohim, obedecendo com fidelidade a tudo quanto YHWH havia transmitido aos seus pais e a ele próprio. Assim, dada a repercussão histórica que estas palavras tiveram ao longo da vida de Israel, podemos dizer, com segurança que as mesmas foram pronunciadas pelo Espírito Santo através deste homem. Assim anunciou a cada um deles:

Génesis 49:1-2 – “Depois chamou Jacob a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros; ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacob; e ouvi a Israel vosso pai”.

Vamos agora procurar analisar as implicações e desenvolvimentos das bênçãos pronunciadas por Jacob/Israel sobre cada um dos seus filhos e netos e suas descendências, para além da distribuição de terras que se pode observar no mapa anterior. Na realidade, em cada uma das bênçãos há mensagens com grande significado para as descendências destes patriarcas de Israel. Para todos os efeitos, as bênçãos de Jacob/Israel actuam como profecias para os dias vindouros e em todas elas poderão ser encontradas diferentes fases da vida Daquele que viria como O Salvador Yeshua (não iremos detalhar estes aspectos neste trabalho). Assim Jacob anunciou em:

Génesis 49:1 – “Depois chamou Jacob a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros”.

Nos versículos entre o 3 e 27 do capítulo 49 de Génesis, é-nos dito que as doze tribos de Israel são:

Génesis 49:28 – “Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção”.

No entanto, a composição das chamadas 12 tribos de Jacob/Israel sofreram uma alteração. Vemos que, nesta altura, nas doze tribos de Israel estão contados Rúben e José, embora, depois, pouco antes de morrer, o patriarca Jacob tenha abençoado aos dois filhos de José, Efraim e Manassés, aos quais contou como parte da sua herança, pelo que, tanto José como Rúben deixaram de ser contados. Quando ocorreu o Êxodo do Egipto, a herança de José já se encontrava repartida entre os seus dois filhos: Efraim e Manassés.

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Tal como aconteceu com o seu progenitor Jacob/Israel, também as 12 tribos de Israel foram abençoadas por Moisés que sobre elas pronunciou bênçãos em tudo equiparadas às pronunciadas pelo patriarca Jacob, porque O Espírito é o mesmo – ver Deuteronómio Cap. 33. Rúben (o primogénito que perdeu a sua primogenitura)

Conforme ao dicionário hebraico Strong’s, o seu nome significa: “Vejam (ou Eis), um filho”. Lia pronuncia palavras que tais como: YHWH viu as minhas aflições e providenciou um filho. O seu estandarte contém o símbolo da mandrágora. As palavras do patriarca Jacob revelam bem a razão pela qual o seu primogénito, ao contrário do que era costume em Israel, não recebeu a maior bênção: Génesis 49:3-4 – “Rúben, tu és meu primogénito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama [Rúben adulterou com Bila, concubina de seu pai, manchando assim o leito de seu pai – Génesis 35:22]. Rúben perdeu a sua primogenitura devido a este grave pecado. Ele é-nos descrito na Palavra como alguém turbulento e que está envolvido igualmente na situação em que José foi colocado pelos seus irmãos: é ele que sugere que José seja atirado a um poço, em vez de o matarem. Apesar de ter conseguido convencer os restantes irmãos a deitarem José a um poço em vez de o matarem, não o iliba do pecado que ali foi cometido. Através das palavras de Jacob contidas em Génesis 48:22 podemos ver que o Jacob decidiu que o direito de primogenitura que era de Rúben passasse para José, favorecendo-o mais do que a seus irmãos. Podemos dizer assim que a instituição das tribos de Efraim e Manassés, filhos de José, são a consequência de Jacob os ter considerado como filhos seus, retirando assim o poder sucessório a Rúben, devido à loucura que tinha cometida com uma das concubinas de seu pai. Devido ao despeito de Rúben, este manteve a sua tribo à margem das restantes, não envolvendo os seus homens na conquista, juntamente com as restantes tribos, como nos é dito através do cântico de Débora (Juízes 5). Esta tribo acabou por cair em completa apostasia, tendo por isso sofrido o castigo do exílio quando os Assírios

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conquistaram o Reino do Norte. Nesta época a tribo dominante no Reino do Norte era Efraim, uma vez que Rúben perdera toda a importância ou liderança. Diz-nos em 1.Crónicas 5:24-26 que a tribo de Rúben, a de Gade e metade da tribo de Manassés foram levadas cativas pelos Assírios porque Elohim havia enviado os seus inimigos devido ao desvio destas tribos para a idolatria, pecado que YHWH abomina. Simeão e Levi

Simeão Levi Estes dois receberam uma bênção profética conjunta de seu pai Jacob/Israel: Génesis 49:5-7 – “Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois. Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacob, e os espalharei em Israel”. A junção e carácter muito parecido destes dois irmãos tornou-se evidente quando juntos pegaram em suas espadas e vingaram a violação de sua irmã Diná e destruíram todos os homens da cidade de Siquém onde vivia o varão que a havia violado – Génesis 34:25-26, mesmo depois de terem declarado a sua disposição para que o homem que a violou casasse com ela e terem-se circuncidado como os filhos de Jacob. Através das palavras de Jacob vemos que a sua acção foi asperamente repreendida Génesis 34:30, tendo estes dois acabado por ser espalhados entre as restantes tribos. A tribo de Simeão O nome de Simeão significa: “Ouvindo”, que deriva da palavra “SHEMA” (“OUVE, Israel”…Deuteronómio 6:4-9). Há toda uma relação profética com a palavra “Ouvir”, como chamamento de YHWH. Lia diz “Elohim ouviu que eu não sou amada por meu marido” – Génesis 29:33. Simeão recebeu uma profecia da boca de seu pai Jacob e todas as suas palavras foram cumpridas ao longo do tempo. A tribo de Simeão acaba por ser dispersa entre os restantes, não sendo mencionada por Moisés nas palavras de bênção para as 12 tribos, nem referida no cântico de Débora.

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Devido à imoralidade sexual cometida com as mulheres midianitas, contrariando as instruções de Elohim, a tribo de Simeão perdeu cerca de dois terços dos homens. Não só foram primeiro espalhados entre as tribos de Israel como depois foram levados cativos pelos Assírios e espalhados entre as nações, tendo perdido a sua identidade israelita. Curiosamente, quando em Apocalipse 7:5-8 nos é dada a lista daqueles que farão parte dos 144.000 das 12 tribos de Jacob/Israel, a tribo de Simeão encontra-se listada, mas já Dan não está incluído. A tribo de Levi Já Levi, o terceiro, significa (“to join”), ou “o que traz o povo para junto/perto de YHWH, ligando-se, unindo-se a YHWH”. O nome de Levi significa também “Ligado/Unido”. Traduz as palavras de sua mãe: “Agora, desta vez, meu marido se unirá a mim, agora que lhe dei três filhos” – Génesis 29:34. Cumpriu-se em Levi as palavras proféticas de seu pai quando Levi foi espalhado/dividido entre a Casa de Efraim (Reino do Norte) e a Casa de Judá (Reino do Sul). Embora lhe tenham sido atribuídas cidades nas quais os homens desta tribo viviam em toda a Canaã (Josué 21), a tribo de Levi não teve herança na Terra de Israel, uma vez que Elohim destinou-os para o Seu serviço, tornando-se assim num grupo sacerdotal cuja sustentação material teria que ser assegurada pelos homens das restantes tribos – Números 3:11, 40-41. Eles deveriam viver entre as restantes tribos e proceder aos sacrifícios no Templo. Moisés nasceu desta tribo, levita tanto da parte do pai como da mãe – Êxodo 2, tendo mais tarde nascido também desta união o filho Aarão e a filha Miriam. Os filhos de Aarão seriam “sacerdotes ungidos” iniciando assim uma linhagem sacerdotal. Para além de Moisés e Aarão, a tribo de Levi produziu ao longo da História do povo de Israel homens com grande envergadura moral, obedientes ao Altíssimo, tais como Esdras e outros que possivelmente tiveram essa linhagem, como Oseias e Jeremias e numerosos outros servos do Elohim de Israel. Também, no tempo da sua visitação, os sacerdotes levitas revelaram a sua violência e furor para com Yeshua – Lucas 24:20. Porém, o seu nome está entre os 144.000 dos dias do fim, 12.000 também da tribo de Levi que serão “assinalados” e darão o seu testemunho – Apocalipse 7. Judá

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Judá, o quarto filho, o seu nome significa “Louvar” ou “Seja Ele [YHWH] louvado”. Génesis 49:8-12 – “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O ceptro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Shiló [Yeshua]; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente [Jerusalém]; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite [Ele virá com as Suas vestes salpicadas de sangue, o sangue dos Seus inimigos – Isaías 63:1-4; Apocalipse 19:11-16]”. Como sabemos, esta é a tribo da qual nasceu Yeshua, O Leão da tribo de Judá (Shiló), conforme estava profetizado nas palavras da bênção de Jacob/Israel, sendo assim herdeiro do trono de David. Mas estas palavras proféticas estendem-se igualmente ao facto de Yeshua ter sido aclamado como Rei quando entrou em Jerusalém, montado num jumentinho. A terra que foi atribuída a Judá foi determinada por Moisés mesmo antes de todo o povo ter entrado na Terra Prometida. Este foi o prémio pela conduta de Caleb, o chefe de Judá que entrou na terra de Canaã a espiá-la e apresentou um bom prognóstico/relatório, o qual foi contrário à maioria que com ele tinham ido a espiar a terra que iria ser invadida por Israel, e pela confiança que ele depositou em YHWH – Números 13. Somente Josué e Caleb manifestaram a sua confiança na promessa do Eterno e não temeram os que habitavam na terra de Canaã. Esta manifestação da fé de Caleb veio a proporcionar a Judá uma grande ascendência sobre as restantes tribos e uma extensão de terra superior à restantes. A porção de terra que lhes tinha sido atribuída era superior às suas necessidades, pelo que ainda dividiram uma parte com a tribo de Simeão, conforme nos é dito em Josué 19:9. Com a ascensão de David ao trono de Israel, o reino confirmou-se pela predominância da tribo de Judá, à qual pertencia David, sendo garantido que essa seria a linhagem real da qual procederia O Rei Yeshua, O “Filho de David”. Desta tribo saíram igualmente grandes profetas do Eterno tais como Amós e Habacuque, Isaías, Jeremias, Miqueias, Obadias e Sofonias.

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Zebulom

Este é o décimo filho de Jacob, cujo nome Zebulom tem por significado em hebraico: “Elohim concedeu-me uma boa dádiva”. Há igualmente quem interprete este nome como significando “habitar/exaltar”, da raiz do hebraico “zabahl”, que significa “exaltar/honrar”. Lia, sua mãe, pronuncia-se como “Elohim viu as minhas aflições. Agora Elohim deu-me uma boa dádiva e meu marido voltará a co-habitar comigo” – Génesis 30:20. Génesis 49:13 – “Zebulom habitará no porto dos mares, e será como porto dos navios, e o seu termo será para Sidom”. Esta profecia virá a materializar-se durante o governo milenar de Yeshua, junto ao Mar Vermelho, como explicamos no final deste trabalho. Várias foram as tribos, entre as quais a de Zebulom que após a conquista de Canaã não expulsaram de todo os Canaanitas, ficando a viver no meio deles, o que lhes trouxe alguns dissabores e desobediências ao Elohim Altíssimo, nomeadamente no que respeita ao terem-se deixado contaminar pelas suas práticas religiosas, o que desviou muitos para a idolatria, pela qual vieram a ser castigados – Juízes 1:28-33. Em Apocalipse 7:8 é-nos dito que 12.000 homens da tribo de Zebulom serão “selados” com a bênção de Adonai YHWH nos últimos dias e darão testemunho. Issacar

O nome Issacar significa “Eis uma recompensa” ou “O pagamento dos meus salários”. Génesis 49:14-15 – “Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos. E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo”.

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O significado do seu nome pode muito bem significar a grande recompensa (pagamento dos seus salários) que os egípcios entregaram ao povo de Israel em ouro e prata quando saíram apressadamente do Egipto. Tal corresponderia aos salários daqueles que trabalharam como escravos durante muito tempo para engrandecimento do Egipto. Entre os nomes mais salientes desta tribo apontam-se os de Débora e o de Baraque – Juízes 4 e 5. No entanto, os grandes dias dos notáveis desta tribo ocorrerão quando 12.000 homens se levantarem nos últimos dias para prestar testemunho quando forem “selados” com o selo do Elohim vivo. Dan

Conforme a Génesis 30:6, o nome de Dan significa “Elohim julgou-me” (julgamento da pérfida serpente); isto retrata as palavras de Raquel quando Dan nasceu de sua serva Bila. Significa igualmente “Juiz” ou “Ministrar julgamento” e, também “Defender uma causa”, pois Raquel defendeu a sua causa perante Elohim. Na realidade esta tribo exerceu julgamento quando decidiu emigrar para o extremo Norte do território. Génesis 49:16-18 – “Dan julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. Dan será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás. A tua salvação espero, ó YHWH!”. Nesta alusão profética, Dan é comparado a uma víbora/serpente, precisamente o animal que foi usado por Satanás para induzir a mulher à desobediência no Éden. Ora, Dan é a única tribo de Israel que não aparece mencionada como participante da “Nova Jerusalém”, a Esposa do Cordeiro, o que revela que Dan não sobrevive ao julgamento final. O seu nome e traços de personalidade revelam os traços característicos de Satanás, o dragão com sete cabeças e dez chifres que continuamente acusava os seus irmãos – Apocalipse 12:3, 7-10. Dan, tal como Satanás, também morde o calcanhar junto ao caminho – Génesis 3:15. Temos em Sansão um exemplo histórico de uma personagem que esteve envolvida em guerras com os Filisteus, um homem (Juiz) da tribo de Dan. Esta tribo sofreu bastante em desgastantes guerras e guerrilhas contra os Filisteus e Amoritas sem que, em muitas delas tivessem tido o auxílio das restantes tribos de Israel, o que denota pouca união entre as tribos e nenhuma consciência como nação.

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Depois de inúmeras guerras de desgaste, grande parte desta tribo acabou por emigrar para o Norte e sair da terra de conflito em que antes habitavam. Estes foram os que estiveram ligados à reintrodução da idolatria no Reino do Norte que YHWH condenou e castigou. Só uma pequena parte da tribo permaneceu no Sul. Lembremos que um dos bezerros dourados erigidos para adoração no Reino do Norte estava situado na cidade de Dan (o outro estava em Bethel) – 1.Reis 12:28-30, tornando-se assim num dos centros de idolatria, ofendendo a YHWH grandemente. O profeta Jeremais profetizou contra Dan – Jeremias 8:16-17. Digamos que a profecia mais incisiva contra Dan foi pronunciada através do profeta Amós devido aos desvios idólatras desta tribo: Amós 8:14. Talvez seja esta a razão pela qual esta tribo não aparece listada como as restantes em Apocalipse 7. Gade

Gade significa “bando/grupo/soldado/tropa” (“um exército vem”), mas outras traduções apresentam como podendo significar “quão afortunado”. Génesis 49:19 – “Quanto a Gade, uma tropa o acometerá; mas ele a acometerá por fim”. Quando nas suas palavras Jacob diz que Gade “a acometerá por fim”, significa que no fim dos tempos Gade sairá vitorioso. Porém, no tempo da conquista das terras de Canaã, a tribo de Gade, juntamente com a de Rúben, manteve-se à margem do esforço das restantes tribos de Israel que combateram para dali expulsar os povos que ali viviam e que YHWH havia entregado nas suas mãos e ali derramaram o seu sangue. A tribo de Gad esteve envolvida depois, ao longo do tempo, em numerosas batalhas, acabando por fim por sucumbir ao poder dos Assírios entre os anos de 735-722 a.C., e até em datas posteriores, quando estes levaram os homens do Reino do Norte cativos por levas e os espalharam entre as nações. Porém, tempos virão em que Israel castigará os seus opressores de antigamente, como nos diz em Jeremias 49:1.

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Aser

Aser significa “feliz/abençoado”. Sua mãe Lia pronunciou estas palavras “Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada” – Génesis 30:13. Génesis 49:20 – “De Aser, o seu pão será gordo, e ele dará delícias reais”. As palavras de seu pai apontam que esta tribo seria abençoada com pão, sinónimo de riqueza, abundância. Do mesmo modo Moisés também aponta para que Aser possa banhar o seu pé em azeite (óleo), o que condiz com a região onde Aser foi habitar, que era muito rica em oliveiras, tendo enriquecido com a produção e comércio de azeite. Quando o Reino do Norte foi levado cativo e espalhado pelos Assírios (até hoje) por volta do ano 722 a.C., alguns da tribo de Aser e das tribos de Manassés e de Zebulom vieram a Jerusalém, em resposta ao apelo de Ezequias, e humilharam-se, tendo sido poupados, como nos é dito em 2.Crónicas 30:11. Apesar da associação à idolatria das religiões dos povos fenícios e canaanita, uma parte de Aser manteve-se fiel a Elohim de Israel. Encontramos uma referência a Aser no chamado “Novo Testamento” em Lucas 2:36-37, na pessoa de Ana, a profetisa, o que revela a presença de descendentes de Aser ao tempo de Yeshua em Jerusalém, no Templo. Naquele dia ela deu testemunho Daquele que viria a ser O Salvador da humanidade e de Israel. Nesta altura, já a identidade israelita de muitos das várias tribos se tinha perdido por ocorrência da expulsão do Reino do Norte pelos Assírios e do exílio de 70 anos em Babilónia (Reino do Sul), onde muitos ficaram após esse período. Nos últimos dias, também 12.000 homens desta tribo serão “selados” com o selo do Elohim vivo, pelo poder do Altíssimo, e darão testemunho – Apocalipse 7.

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Naftali

O seu nome significa”O que prevalece/O que vence”, pois sua mãe pronunciou estas palavras “Com grandes lutas tenho lutado com minha irmã; também venci” – Génesis 30:8, apesar de Naftali ter nascido da serva de Raquel, Bila. Génesis 49:21 – “Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas”. Estas palavras assumem, claramente, uma conotação com O Messias, Aquele que prevalece, que triunfa no fim. Por altura do pronunciamento das bênçãos sobre os filhos de Jacob, Naftali já se tinha tornado num verdadeiro servo do Elohim de seu pai, e homem que caminhava segundo a justiça de YHWH, pelo que, segundo as palavras de Moisés (Deuteronómio 33), Naftali obteve bênçãos e favor do Altíssimo. Benjamim

Benjamim pode ter mais do que um significado: “Filho de desgostos” (“Benoni”) ou “Filho da minha mão direita” (“Benjamim”). Após sua mãe Raquel o ter chamado de Benoni, seu pai mudou o seu nome para Benjamim – Génesis 35:18. Raquel morreu ao dar à luz este filho, o 12º de Jacob, no decurso de uma viagem de Betel para Belém – Génesis 35:17-19. Génesis 49:27 – “Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã comerá a presa, e à tarde repartirá o despojo”. Há aqui grandes semelhanças entre Benjamim e Yeshua, pois ambos foram nomeados por seus pais e ambos significam “Filho da Minha mão direita”, não havendo dúvidas que Yeshua se senta no trono celestial à direita de Seu Pai. Estas conotações messiânicas também podem ser observadas nos nomes dos patriarcas de algumas das outras tribos de Israel, em diferentes partes do plano de Elohim.

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AS BÊNÇÃOS DE JACOB 15

Nos episódios que nos são descritos em Juízes 19 e 20, vemos que a tribo de Benjamim foi quase aniquilada pelas restantes devido à loucura de alguns homens de Belial (homens de índole perversa) que habitavam na cidade de Gibeá que pertencia a Benjamim (resultante do agravo que tinha sido feito à concubina de um levita que ali havia pernoitado). Para além de outras tribos de Israel terem apresentado um carácter guerreiro ao longo da História, a própria bênção de seu pai Jacob aponta para essa característica, a de ser uma tribo de grande valentia e coragem perante os inimigos e extremamente aptos para a guerra (Juízes 20:15-16; 1.Crónicas 12:2), apesar de, segundo os censos, a tribo de Benjamim ser a menos populosa. De acordo com a lista de repartição de terras que consta em Josué, a cidade de Jebus (habitada pelos Jebuseus), Jerusalém, ficou pertença de Benjamim, que não expulsaram os Jebuseus e acabaram co-habitando com eles – Juízes 1:21. Benjamim e Judá estiveram fortemente empenhadas na reconstrução de Jerusalém e do Templo após a libertação do exílio de Babilónia, ao tempo de Esdras e Neemias. O primeiro rei de Israel era da tribo de Benjamim: Saul, bem como o evangelista Paulo (Shaul). José Sua mãe Raquel pronunciou estas palavras quando Elohim abriu a sua madre (até ali ela era estéril, daí a vergonha e a inveja de sua irmã Lia): “Tirou-me Deus a minha vergonha” – Génesis 30:23, que é o significado do nome de José. Génesis 49:22-26 – “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram. O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacob (de onde é o pastor e a pedra de Israel). Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos”. É importante recordar que, tal como aconteceu com Esaú que trocou o seu direito de primogenitura por um guisado de lentilhas, também Rúben perdeu o seu ao ter conspurcado a cama de seu pai. O direito de primogenitura entre os filhos de Jacob passou então para os dois filhos de José, conforme nos é dito em 1.Crónicas 5:1-2. A maior bênção entre os filhos de Jacob foi igualmente confirmada em José pelas palavras de Moisés pouco antes da sua morte – Deuteronómio 33:13-17. Porém, estas bênçãos têm a sua maior relevância e cumprimentos “nos últimos dias”.

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Entre os vários filhos de Jacob/Israel, José foi o seu preferido. José teve sonhos e revelou-os na casa de seu pai. Esses sonhos profetizavam que seus irmãos haveriam de se curvar perante ele, o que levou ao ódio dos seus irmãos, ódio esse que conduziu a uma maquinação para o matarem. Acabaram abandonando-o num buraco ou poço tendo-o depois vendido a uma caravana ismaelita que por ali passou, sendo então que José é levado para o Egipto. Sabemos igualmente que José era um tipo de Yeshua, que também foi rejeitado pelos seus. No final, os sonhos de José concretizaram-se quando este, depois de vários sofrimentos e provações porque passou no Egipto, veio a ser o homem mais poderoso no Egipto, logo abaixo de Faraó. Seus irmãos e pai foram obrigados a procurar refúgio no Egipto dada a fome que se instalara na terra de Canaã onde viviam – os sete anos das vacas magras do sonho do Faraó, concretizando-se, então, os sonhos proféticos que José havia anunciado a seus irmãos – eles curvaram-se perante ele no Egipto. Como acima referimos, pouco antes de morrer, Jacob recebeu seu filho José e os seus dois filhos, Manassés (o mais velho) e Efraim (o mais novo), e sobre as suas cabeças colocou as suas mãos para os abençoar, trocando-as intencionalmente, não sem antes reclamar para ele os dois filhos de José como seus, tornando-os assim parte da sua herança: Génesis 48:5-6 – “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egipto, antes que eu viesse a ti no Egipto, são meus: Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão; mas a tua geração, que gerarás depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão chamados na sua herança”. Quando os dois jovens filhos de José, ainda garotos, receberam as bênçãos de Jacob/Israel seu avô, gerou-se uma confusão quando José percebeu que seu pai trocava as mãos. Mas ele o fazia intencionalmente como nos diz em: Génesis 48:10-20 – “Os olhos de Israel, porém, estavam carregados de velhice, já não podia ver; e fê-los chegar a ele, e beijou-os, e abraçou-os. E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência. Então José os tirou dos joelhos de seu pai, e inclinou-se à terra diante da sua face. E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele. Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pós sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogénito. E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaac, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia; O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaac, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra. Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés. E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogénito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça. Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um

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povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações. Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti abençoará Israel, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés”.

(por Mattia Preti, século XVII)

Ora estes dois filhos de José tornar-se-íam em grandes nações. Não vamos agora procurar conhecer que nações seriam essas no mundo actual. Sobre isso há muitos estudos que defendem que os EUA são a nação de Efraim e que o Reino Unido representa a nação de Manassés, mas não abordamos este tema aqui. De resto, nas bênçãos pronunciadas por Moisés acerca de Efraim e Manassés, este disse que Efraim seria dez vezes maior que Manassés, possivelmente em território e em povo – Deuteronómio 33:17. Vamos então procurar analisar as bênçãos proféticas que foram derramadas sobre estes dois rapazes por seu avô Jacob. Efraim

Como vimos, apesar de ser o filho mais novo de José (e de sua mulher Asenath, filha de um sacerdote egípcio), quando Jacob troca as mãos e coloca a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, está a conceder as maiores bênçãos ao irmão mais novo. Efraim, tal como Benjamim, é chamado o “filho da minha mão direita”. Ambos os filhos de José nasceram antes dos anos da fome. Segundo Génesis 41:52, ao nascer o segundo filho, José pronunciou estas palavras: “Deus me fez crescer na terra da minha aflição”, significando assim “Cheio de fruto” ou, igualmente “Grande nação”. O nome de Efraim significa “Esquecimento” porque José havia sido reintegrado à liberdade dos seus antepassados.

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Segundo a bênção dada por Jacob a Efraim, este seria “maior” que seu irmão Manassés, e a sua descendência seria uma “multidão de nações”. Conforme ao que nos é dito por Moisés em Deuteronómio 33:13-17, é estabelecida uma relação de 1 para 10 entre Manassés e Efraim. Uma das figuras centrais da antiguidade que pertencia à tribo de Efraim foi Josué, sucessor de Moisés na condução do povo de Israel à saída do deserto. Este é o mesmo Josué que, conjuntamente com Caleb, apresentou um relatório de confiança no seu Elohim depois de espiar a terra de Canaã durante 40 dias. Manassés

Apesar das maiores bênçãos terem recaído sobre Efraim, Manassés também foi abençoado como o pai de uma poderosa nação. José chamou o seu filho primogénito de Manassés que significa: “Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai” – Génesis 41:51. O significado do nome de Manassés é “Esquecido”, porque a prosperidade em que seu pai José se encontrava havia-o feito esquecer-se das aflições passadas. A Casa de Efraim e Casa de Manassés ficaram igualmente conhecidas como a Casa de José. Também 12.000 homens da tribo de Manassés serão “assinalados” pelo Eterno nos últimos dias para prestarem testemunho.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.- A simbologia é algo que tem muito valor em tudo o que diz respeito a Israel. Nesta óptica chamamos a atenção para o peitoral que o Sumo-Sacerdote deveria usar por instrução divina sobre as suas vestes. Nesse peitoral estavam encastoadas em ouro 12 pedras preciosas, cada uma representando uma das 12 tribos de Israel, conforme nos é dito em:

Génesis 28:17-21 – “E o encherás de pedras de engaste, com quatro ordens de pedras; a ordem de um sárdio, de um topázio, e de um carbúnculo; esta será a primeira ordem; e a segunda ordem será de uma esmeralda, de uma safira, e de um diamante; e a terceira ordem será de um jacinto, de uma ágata, e de uma ametista; e a quarta ordem será de um berilo, e de um ónix, e de um jaspe; engastadas em ouro serão nos seus engastes. E serão aquelas pedras segundo os nomes dos filhos de

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Israel, doze segundo os seus nomes; serão esculpidas como selos, cada uma com o seu nome, para as doze tribos”.

Quando falámos de Dan tivemos oportunidade de referir que esta tribo não aparece mencionada como estando presente na herança eterna da “Nova Jerusalém”. Porém, é interessante vermos que no Reino milenar de Yeshua ela terá parte da terra que então será distribuída entre todas as tribos de Israel. Para constatarmos isso devemos ler todo o Capítulo 48 de Ezequiel. Ainda encontramos identificada a porção de Dan. É nesta profecia de Ezequiel 48 que aparece Zebulom habitando junto ao Mar (Vermelho) quando, se olharmos para o mapa que se encontra nas primeiras páginas deste trabalho verificamos que Zebulom habitava junto a um pequeno “mar” interior, da mesma maneira que outras duas tribos: Manassés e Naftali. Depois de terem vivido e morrido no Egipto, tanto Jacob/Israel como seus filhos, foram a sepultar em Hebron. Os ossos de José foram igualmente sepultados em Hebron junto de seus pais, quando foram transportados durante o Êxodo de Israel do Egipto. Resta apontar também que são vários os profetas do Eterno que nos anunciam a vinda gloriosa do Filho do Homem, Yeshua, O Rei vindouro e, com Ele, o verdadeiro restabelecimento da pátria de Israel e de todas as terras prometidas aos patriarcas por possessão perpétua. Não nos alongaremos nestas profecias, mas referimos uma profecia entre várias que nos falam destes acontecimentos próximos:

Jeremias 16:14-17 – “Portanto, eis que dias vêm, diz YHWH, em que nunca mais se dirá: Vive YHWH, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egipto. Mas: Vive YHWH, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, a qual dei a seus pais. Eis que mandarei muitos pescadores, diz YHWH, os quais os pescarão; e depois enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão de sobre todo o monte, e de sobre todo o outeiro, e até das fendas das rochas. Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; não se escondem da minha face, nem a sua maldade se encobre aos meus olhos”.

Este será o maior êxodo da História, ao pé do qual a saída do povo de Israel do Egipto ao tempo de Moisés foi uma mera peregrinação. O Todo-Poderoso os resgatará com mão forte, de novo, e eles virão do Norte, do Sul, do Nascente e do Poente. Porque a boca de Elohim o disse assim será feito. A grande terra de Israel (desde o Eufrates até ao grande Mar Mediterrâneo e ao grande Rio do Egipto) será pequena para alojar tanta gente que virão dos quatro cantos do mundo:

Zacarias 10:6-10 – “E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e fá-los-ei voltar, porque me compadeci deles; e serão como se eu não os tivera rejeitado, porque eu sou YHWH seu Deus, e os ouvirei. E os

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de Efraim serão como um poderoso, e o seu coração se alegrará como pelo vinho; e seus filhos o verão, e se alegrarão; o seu coração se regozijará em YHWH. Eu lhes assobiarei, e os ajuntarei, porque eu os tenho remido; e multiplicar-se-ão como antes se tinham multiplicado. Ainda que os espalhei por entre os povos, eles se lembrarão de mim em lugares remotos; e viverão com seus filhos, e voltarão. Porque eu os farei voltar da terra do Egipto, e os congregarei da Assíria; e trá-los-ei à terra de Gileade e do Líbano, e não se achará lugar bastante para eles”.

Ler também Jeremias 3:14, 18.

Oseias 1:10-11 – “Todavia o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo. E os filhos de Judá e os filhos de Israel [Efraim] juntos se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra; porque grande será o dia de Jizreel”.

AlleluYAH

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