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Associação de Defesa Etnoambiental

Associacão a Indígena ovo Indígena a Indígena ana Amondawa ... · tal tal Rua Dom pedro II, nº 1892, sala 07 aças elho - RO CEP 78901-150 ax: (69)3229.2826 [email protected]

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Associação de Defesa Etnoambiental

Associação de Defesa Etnoambiental

Rua Dom pedro II, nº 1892, sala 07

Nossa Senhora das Graças

Porto Velho - RO CEP 78901-150

Tel/Fax: (69)3229.2826

[email protected]

www.kaninde.org.br

Nossos Parceiros:

A Kanindé é filiada à Rede GTA e ao FBOMS

SEDUC - RONDÔNIA

EMEIEF - Irmã Hilda - Guajárá Mirim - RO

EEEFM - Aurélio Buarque de Holanda - Cacoal - RO

EEEFM - Bernardo Guimarães - Cacoal - RO

SEDUC - AMAZONAS

EE - Gilberto Mestrinho - Humaitá - AM

EE - Thomé de Medeiros Raposa - Lábrea - GM3 - AM

EE - Duque de Caxias - Humaitá - AM

EEEFM - Pedro Aguirre - Manicoré - AM

EEEFM - Danilo Correa - Boca do Acre - AM

OPIAJBAMOrganização dos Povos

Indígenas Apurinã e Jamamadí

Associacão

da Terra Indígena

Rio Guaporé

Associacão

da Terra Indígena

Sagarana

Associacão

do Povo Indígena

Amondawa

OPPITAMP

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To promote harmony between human beings and the

environment. Working for a fair and responsible development.

Promover a harmonia entre o ser humano e o meio ambiente.

Atuando para um desenvolvimento justo e responsável.

18 anos defendendo os direitos humanos,

o meio ambiente e valorizando a cultura indígena.

18 years defending human rights, the

environment and enhancing indigenous culture.

MISSAO

MISSIONTexto: Equipe Kanindé.

Tradução: Equipe kanindé - Revisão Final: Luiz Carlos B. dos Santos. Fotografias: Acervo Kanindé.

Projeto Gráfico e finalizacão: www.teiacomunicacao.com.br

novembro/2010

Associação de Defesa Etnoambiental

A Kanindé participa dos seguintes conselhos:CONDEMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente de Porto Velho

CONABIO - Comissão Nacional de Biodiversidade

CPDS - Comissão de Política de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21

CONEDCA - Conselho Estadual do Direito da Criança e do Adolescente

Território da Cidadania Madeira Mamoré

Território da Cidadania Central

Comitê do ARPA

Câmara Técnica Permanete do PAN-BIO (Política Nacional de Biodiversidade)

Conselho Deliberativo do GTA

Diretoria Kanindé 2010 - 2012

Conselho DeliberativoIvaneide Bandeira Cardozo

Samuel Vieira Cruz

Mônica Nascimento da Silva

Urariwe Suruí

Coordenação GeralIsrael Corrêa do Vale Júnior

Coordenação Administrativa FinanceiraIvanete Bandeira Cardozo

Conselho FiscalMaiquel de Lima Siqueira

Irian das Chagas Silva

Waldir da Cruz Vasques

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A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é uma

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público -

OSCIP, sem fins lucrativos, fundada em 15 de novembro

de1992, por um grupo de pessoas que trabalhavam com

o povo indígena Uru-eu-wau-wau e na defesa do meio

ambiente, em Rondônia.

Entre as principais atividades desenvolvidas, desde

a sua criação, destacam-se as ações de vigilância

e fiscalização da Terra Indígena Uru-eu-wau-wau e

do Parque Nacional de Pacaás Novos, a assessoria

às organizações indígenas, laudo de impacto

ambiental, diagnóstico etnoambiental participativo

em terras indígenas, avaliação ecológica rápida,

etnozoneamento, plano de gestão de terras indígenas,

educação ambiental, desenvolvimento de projetos de

carbono, elaboração de projetos e acompanhamento

de políticas públicas.

Seu corpo técnico e associados são formados de

profissionais de diversas áreas: biologia, agronomia,

engenharia florestal, história, geografia, cartogra-

fia, antropologia, saúde, informática, jornalismo,

marketing, fotografia, indigenismo, mateiros, guias,

voluntários e estudantes que colaboram com nosso

trabalho.

As principais características de seus associados são:

o respeito ao meio ambiente e aos direitos dos povos

indígenas, o profissionalismo, a alegria, a justiça, o

gosto pela aventura, a pesquisa, o conhecimento da

floresta e a luta por uma qualidade de vida melhor.

QUEM SOMOS ABOUT US

The Association of Ethno-Environmental Protection

Kanindé is a Civil Society Organization with Public

Interest - OSCIP, nonprofit, founded in November 15,

1992 by a group of people working with the indigenous

people Uru-eu-wau-wau and protection of the

environment, in Rondônia.

Among the main activities developed since its creation,

stand out for surveillance and monitoring of the Uru-

eu-wau-wau Indigenous Land and the Pacaás Novos

National Park, assistance to indigenous organizations,

environmental impact reports, participatory ethno-

environmental diagnosis on indigenous lands, rapid

ecological assessments, ethno zoning, management

plan of indigenous lands, environmental education,

development of carbon projects, project development

and monitoring of public policies.

Its staff and associates are trained professionals from

various fields: biology, agronomy, forestry, history,

geography, cartography, anthropology, healthcare,

information technology, journalism, marketing,

photography, indigenization, trackers, guides,

volunteers and students who collaborate with our

work.

The main features of its associates are: respect for the

environment and the rights of indigenous peoples,

professionalism, joy, justice, love for adventure,

research, knowledge of the forest and fight for a better

quality life.

Associação de Defesa Etnoambiental

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Desenvolvemos diversas atividades de estudos e pesquisas, diagnósticos e planos

de gestão em terras indígenas, fortalecimento de organizações indígenas, vigilância

e fiscalização, apoio à produção, capacitação de indígenas e não indígenas em

legislação, uso de GPS, manejo da floresta, acompanhamento de políticas públicas,

entre outros.

Diagnóstico Etnoambiental em Terras Indígenas & Plano de GestãoO Diagnóstico Etnoambiental Participativo promove o diálogo entre as ciências

sociais, as exatas, biológicas e a ciência indígena. A partir desse processo, todos os

esforços estão voltados para a gestão etnoambiental do território indígena. Foram

desenvolvidas as seguintes áreas temáticas nas terras indígenas pesquisadas:

Levantamentos sócio-culturais• Etno-história;

• Socioeconomia de entorno;

• Turismo.

Levantamentos biológicos

• Herpetofauna;

• Ictiofauna;

• Avifauna;

• Mastofauna;

• Vegetação;

Levantamentos do meio físico• Clima;

• Geomorfologia;

• Hidrografia;

• Solos

• Geologia;

NOSSO TRABALHODiagnósticos e Planos de GestãoForam realizados os diagnósticos e Plano de Gestão nas seguintes Terras Indígenas:

• Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau

- RO - 2002

• Diagnóstico Agro-ambiental Participativo Paiter na Terra Indígena Sete de

Setembro - RO - 2001

• Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Igarapé Lourdes e

Plano de Gestão – RO - 2004

• Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Ipixuna e Plano de Gestão

– AM – 2005/2006

• Levantamento Socioeconômico da Terra Indígena Pirahã – AM - 2006

• Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Nove de Janeiro e Plano

de Gestão – AM – 2005/2006

Planos de ManejoRealizou os seguintes Planos de Manejo:

• Plano de Manejo do Parque Nacional Serra da Cutia e a Avaliação Ecológica Rápida

da Reserva Biológica do Traçadal;

• Planos de Manejo Florestal de Uso Múltiplo das Terras Indígenas Uru-eu-wau-wau

e Igarapé Lourdes.

Apoio a produção indígena

• Apoia a agricultura na Terra Indígena Uru-eu-wau-wau;

• Desenvolveu o manejo da copaíba na Terra Indígena Igarapé Lourdes,;

• Desenvolve o apoio ao artesanato nas Terras Indígenas Rio Guaporé e Sagarana;

• Desenvolve junto com a Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí o projeto de

Reflorestamento da Terra Indígena Sete de Setembro.

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Developed several activities of studies and researches, diagnoses and management

plans in indigenous lands, strengthening of indigenous organizations, monitoring

and supervision, production support, training indigenous and non indigenous in

legislation, how to use GPS, forest management, monitoring of public policies,

among others.

Participatory Ethno-environmental Diagnosis on Indigenous Lands & Management PlanParticipatory Ethno-environmental Diagnosis promotes dialogue between the social,

the exacts, the biologicals and the indigenous sciences. From this process, all efforts

will be directed to the Ethno-environmental management of indigenous territory.

Were developed following thematic areas on indigenous lands surveyed:

OUR JOB

Diagnosis and Management Plans

We carried out the diagnosis and management plan in the following Indigenous Lands:

• Participatory Ethno-environmental Diagnosis at Uru-Eu-Wau-Wau Indigenous Land - RO - 2002

• Participatory Agro-environmental Diagnosis Paiter at Sete de Setembro Indigenous Land - RO - 2001

• Participatory Ethno-environmental Diagnosis at Igarapé Lourdes Indigenous Land and

Management Plan - RO - 2004

• Participatory Ethno-environmental Diagnosis at Ipixuna Indigenous Land and Management

Plan - AM - 2005/2006

• Socioeconomic Survey at Pirahã Indigenous Land - AM - 2006

• Participatory Ethno-environmental Diagnosis at Nove de Janeiro Indigenous Land and

Management Plan - AM - 2005/2006

Management PlansHad the following Management Plans:

• Management Plan for the Serra da Cutia National Park and Rapid Ecological

Assessment of the Traçadal Biological Reserve;

• Forest Management Plan for Multiple Use at Uru-eu-wau-wau and Igarapé Lourdes

Indigenous Lands.

Support for indigenous production • Supports the agriculture at Uru-eu-wau-wau Indigenous land;

• Developed the management of Copaiba at Igarapé Lourdes Indigenous land;

• Develops support for handicrafts at Sagarana and Rio Guaporé Indigenous lands;

• Develops with the Association of Indigenous People Suruí Metareilá the Reforestation

Project at Sete de Setembro Indigenous land.

Socio-cultural surveys• Ethnohistory;

• Socioeconomics of surroundings;

• Tourism

Biological surveys• Herpetology;

• Ichtyology;

• Ornithology;

• Mastozoology;

• Vegetation;

Physical Surveys• Climate;

• Geomorphology;

• Hydrography;

• Soils

• Geology.

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Levantamento da área de ocupação dos povos indígenas em isolamento voluntário (índios isolados)Desde 1995, vem realizando levantamentos de áreas nos estados do Amazonas, Mato

Grosso e Rondônia.

Fortalecimento das organizações indígenas Desenvolve cursos e oficinas de capacitação e a formação de indígenas em gestão

e administração de projetos, informática, noções básicas de cartografia e GPS,

legislação ambiental e indígena, elaboração de projetos e captação de recursos,

levantamentos bióticos e abióticos, valorização cultural, multimídia, valores

culturais, agentes ambientais indígenas, saúde, educação ambiental, entre outros.

São apoiadas diretamente as seguintes organizações indígenas:

• Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí;

• Conselho do Povo Indígena Cinta Larga;

• Associação do Povo Indígena Parintintin do Amazonas – OPIPAM;

• Associação do Povo Indígena Jiahui – JUI;

• Associação de Mulheres Indígenas do Médio Purus – AMIMP;

• Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi de Boca do Acre/AM -

OPIAJBAM;

• Organização dos Povos Indígenas Torá, Tenharim, Apurinã, Mura, Parintintin e

Pirahã – OPITTAMPP;

• Associação Indígena do Rio Guaporé;

• Associação do Povo Indígena Uru-eu-wau-wau/ Jupaú

• Associação do Povo Indígena Amondawa.

Projeto de Carbono SuruíO Projeto Carbono Suruí é desenvolvido pela Associação Metareilá do Povo Indígena

Suruí em parceria com a Kanindé, ACT Brasil, Funbio e Forest Trends. O projeto visa

apoiar os esforços de reflorestamento, mas também a proteção da área maior de

floresta nativa intacta sob administração Suruí, e apoiar os seus esforços como um

povo, para preservar a sua cultura e desenvolver meios de subsistência alternativos.

Protegendo a Amazonia e Defendendo os Direitos IndígenasO projeto visa fortalecer os povos indígenas e grupos locais que habitam a região dos Corredores Etnoambientais Tupi Mondé e Kwahib para que possam atuar na defesa de seus direitos, na conservação dos recursos naturais e na promoção de estudos que gerem informações e planejamento de ações para região, contribuindo para um desenvolvimento econômico que seja ambientalmente sustentável e econo-micamente responsável. Este tem o apoio da Gordon and Betty Moore Foundation.

Projeto de Ecoturismo em Terra IndígenaOs estudos de ecoturismo em terras indígenas vêm sendo desenvolvidos pela Kanindé a pedido das comunidades indígenas desde 2005, fazendo parte dos levantamentos e planejamentos que compõem seus respectivos planos de gestão territorial. Os estudos voltados para o ecoturismo iniciaram em 2005 nas Terras Indígenas Nove de Janeiro e Ipixuna, e em 2010 vem sendo executado nas TIs Diahui, Zoró e Surui.

Como desdobramentos desses estudos e oficinas posteriores a Kanindé em parceria com CSF - Conservação Estratégica, a Organização do povo Indígena Parintintin do Amazonas – OPIPAM e Associação Metareilá do Povo Indígena Surui, estão desenvolvendo desde 2009 o Projeto de Ecoturismo Indígena, como ação de implementação dos Planos de Gestão das respectivas terras indígenas.

Os trabalhos são realizados através de oficinas participativas nas aldeias, tendo como resultado esperado a elaboração do Plano de Ecoturismo para as duas Terras Indígenas, contendo sistematizadamente Plano de Atrações, Estudo de Mercado, Plano de Infra-estrutura e Estudo de Viabilidade Econômica.

A somatória desses esforços representa certamente um direcio-namento sólido e bem estruturado para o desenvolvimento de alternativas complementares de geração de renda e valorização da cultura, contribuindo ao mesmo tempo para que essas comunidades sejam autônomas nas tomadas de decisões e estejam salvaguardadas da má fé de empresas de turismo que vêm explorando tal atividade

em outras terras indígenas.

Programa de EstágioO Programa capacita estudantes indígenas e não indígenas dos níveis fundamental, médio e universitário para atuarem na área de conservação do meio ambiente, gestão de Terras Indígenas e Unidades de Conservação.

O Programa de Estágio implementado desde 2003 na Kanindé, vem sendo desenvolvido nos Estados do Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Pará, tendo contribuído na formação direta de aproximadamente 40 estudantes em diversas áreas de conhecimento.

NOSSO TRABALHO

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Survey the occupation area of indigenous peoples in voluntary isolation (isolated Indians)Since 1995, has been conducting surveys of areas in the states of

Amazonas, Mato Grosso and Rondônia.

Strengthening indigenous organizationsDevelops courses and workshops training indigenous people in

management and project management, information technology,

basic mapping and GPS, environmental and indigenous law,

project development and fundraising, surveys biotic and abiotic,

cultural enrichment, multimedia, cultural values, indigenous

environmental agents, health, environmental education,

among others.

The following Indigenous organizations are directly supported::

• Indigenous People Suruí Metareilá Association;

• Cinta Larga Indigenous People Council;

• Indigenous People Parintintin of the Amazon Association

- OPIPAM;

• Indigenous People Jiahui Association - JUI;

• Indigenous Women of the Médio Purus Association - AMIMP;

• Indigenous Peoples Apurinã and Jamamadi of Boca do Acre/

AM Organization - OPIAJBAM;

• Indigenous Peoples Torah Tenharim, Apurinã, Mura, Pirahã

and Parintintin Organization - OPITTAMPP;

• Indigenous Rio Guaporé Association;

• Indigenous People Uru-eu-wau-wau / Jupaú Association;

• Indigenous People Amondawa Association.

Carbon Project SuruíThe Carbon Suruí Project is developed by Indigenous

People Suruí Metareilá Association in partnership with

Kanindé, ACT Brazil, Funbio, Forest Trends, to enhance

reforestation efforts, but also to protect the largest area

of intact native forest under management of Suruí people

and strengthen its efforts as a people, to preserve their

culture and develop alternative livelihood.

OUR JOBProtecting the Amazon and Defending the Indigenous RightsThe project aims to empower indigenous peoples and local groups who inhabit

the region Corredores Etnoambientais Tupi Mondé e Kwahib, so they can act

in defense of their rights, preservation of natural resources and promotion of

studies that generate information and planning for the region contributing to

economic development that is environmentally sustainable and economically

responsible. This is supported by the Gordon and Betty Moore Foundation.

Ecotourism Project at indigenous landsThe studies of ecotourism at indigenous lands have been developed by Kanindé at

the request of indigenous communities since 2005 as part of the studies and plans

of their Territorial Management Plans. The studies focused on ecotourism began in

2005 in Ipixuna and Nove de Janeiro indigenous lands and comes running in 2010 in

Jiahui, Zoro and Surui indigenous lands.

As consequences of these studies and workshops, Kanindé in partnership with

CSF - Conservation Strategy, OPIP - Indigenous People Parintintin of the Amazon

Organization and Indigenous People Surui Metareilá Association, are developing

since 2009 the project Indigenous Ecotourism as an act of implementing the

Management Plans of their indigenous lands.

The work is carried out through participatory workshops in villages, resulting in

the expected development of the Ecotourism Plan for both Indigenous Lands,

containing systematized Attractions Plan, Market Study, Infrastructure Plan and

Economic Feasibility Study.

The sum of these efforts certainly represents a solid and well structured

direction to the development of additional alternatives for income generation

and enhancement of culture, while contributing to these communities are

autonomous in making decisions and are taken care of the bad faith of tourism

companies which have been exploring such activity at other indigenous lands.

Internship ProgramThe program enables indigenous and non indigenous students of primary,

high school and university levels to work with environmental conservation,

management of indigenous lands and Conservation Units.

The Internship Program implemented since 2003 in Kanindé, is being

developed in the states of Amazonas, Mato Grosso, Rondônia and Pará, and

helped training approximately 40 students in various areas of knowledge.

14 15

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Programa Cultura DigitalÉ um programa coordenado por uma equipe de implementa-

dores sociais, utilizando ferramentas de tecnologia da

informação e da comunicação, para promover a inclusão digital

em todos os públicos beneficiados pelos projetos da Kanindé.

A base de trabalho do programa é composta por uma cesta de

serviços em software livre, que complementa a conectividade

via satélite de outros projetos de cultura digital desenvolvidos

pela Kanindé ou de outras organizações parceiras e aliadas.

A Kanindé entende que a tecnologia oferecida pelo Programa

de Cultura Digital deve ser tomada como um meio e não como

uma finalidade em si. A tecnologia é um instrumento para operar

o crescimento cultural e a formação de cada cidadão, aliada

também a um sentido coletivo de apropriação dessa tecnologia.

Como consequência direta, o programa visa contribuir para o

alcance de um maior desenvolvimento local das comunidades

beneficiadas pelos projetos da Kanindé.

Projetos sendo implementados:

Ponto de Cultura Hurukunê-wao: disponibilizar aos povos

indígenas do município de Guajará-Mirim acesso às tecnologias

digitais em software livre, através de uma infra-estrutura voltada

à capacitação e produção em multimídia, priorizando a difusão

da cadeia produtiva do artesanato e a criação de instrumentos de

gestão territorial.

Ponto de Cultura Maloca Digital: criação de um centro cultural

denominado Maloca Digital, protagonizado por jovens indígenas da

etnia Surui, visando a democratização da produção em multimídia e

reapropriação tecnológica para fins sociais, através da criação de um

laboratório de MetaReciclagem, sendo tudo em base de software livre.

Estúdio Multimídia da Kanindé: instalação de um laboratório

de produção de multimídia no Centro de Formação da Kanindé para

capacitação dos indígenas dos Corredores Etnoambientais Tupi Mondé

e Kawaghiwa e capacitação continuada dos técnicos da Kanindé em

cultura digital.

Loja Hurukunê-WaoO projeto “Pérola do Mamoré” veio resgatar a

dança, a música e o artesanato da Associação

da Terra Indígena Rio Guaporé na Aldeia

Ricardo Franco e da Associação Indígena

Sagarana na Aldeia Sagarana, incentivando

a valorização da produção cultural e a

manutenção de práticas tradicionais, estímulo,

registro e promoção das formas de transmissão

do conhecimento e saber, entre os mestres idosos e os

mais novos. O projeto é uma parceria da Associação de Defesa

Etnoambiental Kanindé e o ARPA/FUNBIO – projeto comunitário

entorno do Parque Nacional Serra da Cutia (PNSC).

Dentre os muitos pontos alcançados no projeto, está a abertura da

loja física para a comercialização dos artesanatos produzidos, num

espaço turístico de grande

movimentação na cidade de

Guajará-Mirim, Rondônia,

na fronteira com a Bolívia.

NOSSO TRABALHO

16 17

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Digital Culture ProgramIt is a program coordinated by a team of social implementors

using information tools technology and communication

to promote digital inclusion in all public benefit from the

Kanindé projects. The foundation’s work program will

consist in a basket of services for free software, which

complements the satellite connectivity to other projects

of digital culture developed by Kaninde or other partner

organizations and allies.

Kanindé believes that the technology offered by the Digital

Culture Program, should be taken as a means and not as

an end in itself. Technology is a tool to operate the cultural

growth and the formation of each citizen, also along to a

collective sense of ownership of this technology. As a direct

consequence, the program aims to contribute for further

development of local communities benefited by Kanindé

projects.

Projects being implemented:

Hurukunê-wao Culture Point: promote to indigenous people

of Guajará-Mirim town access to digital technologies on free

software, through infrastructure, training and production

focused on distribution handicraft’s production and the creation

of territorial management instruments.

Maloca Digital Culture Point: creating a cultural center

called Maloca Digital, starring young indigenous Surui, in

order to democratize the media production and reappropriate

the technology for social purposes, through the creation of a

MetaReciclagem lab, being all based on free software.

Multimedia Studio Kanindé: installation of a multimedia

production lab in Kanindé Training Centre for training Indigenous

in a large area called Corredores Etnoambientais Tupi Mondé e

Kawaghiwa and ongoing training of Kanindé’s technicians in digital

culture.

Hurukunê-Wao ShopThe “Pearl of the Mamore” came to rescue the dance, music

and handicrafts of the Rio Guaporé Indigenous Association at

Ricardo Franco Village, encouraging cultural appreciation to the

production and maintenance of traditional practices, stimulation,

recording and promotion of forms of transmission of knowledge and

knowing, between older masters and young indigenous. With Kanindé and

ARPA / FUNBIO partnership - community project arround the Serra da Cutia National

Park (PNSC).

Among many points achieved in the project, one of them

is the opening of a physical store for the marketing

of handicrafts produced, in a tourist area of great

movement in the city of Guajará-Mirim, Rondonia,

on the border with Bolivia.

OUR JOB

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Gestão Integrada da Terra Indígena Uru-eu-wau-wau e Parque Nacional de Pacaás NovosO Plano de Proteção Integrada - PPI tem como objetivo subsidiar as ações de Proteção da Terra Indígena Uru-eu-wau-wau/Parque Nacional de Pacaás Novos, buscando coordenar as atividades a serem realizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Organizações Não Governamentais - ONGs e organizações indígenas na região destas áreas protegidas, mantendo o preceito básico da Constituição Federal de garantia dos direitos originários à terra demarcada e protegida para os povos indígenas que nela habitam e do direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

O PPI faz parte das ações do Projeto “Gestão Integrada da Terra Indígena Uru-eu-wau-wau e Parque Nacional de Pacaás Novos no bloco de Conservação Itenez-Mamoré, Rondônia, Brasil”, que é executado pela Kanindé – Associação de Defesa Etnoambiental em parceria com a Fundação Nacional do Índio- FUNAI, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Associação do Povo Indígena Uru-eu-wau-wau/Jupaú e Associação do Povo Indígena Amondawa – APIA, com o apoio do WWF-Brasil, com objetivo de desenvolver um Plano de Proteção Integrada para o Parque Nacional de Pacaás Novos e Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, que contribua para o fortalecimento da gestão e proteção integrada e da cooperação entre os órgãos federais responsáveis, as populações indígenas e os parceiros não-governamentais.

Foi formado em 2009 o Grupo de Trabalho com diversos parceiros governamentais e não-governamentais para a elaboracão do PPI. para elaboração do PPI. Nele estão previstas várias atividades, dentre elas operações de vigilância e fiscalização daquelas Areas Protegidas. As atividades foram planejadas para o período de 2010 a 2015, devendo ser reavaliadas a cada ano, em oficina preparada para este fim, com a presença de todos os envolvidos e alguns convidados que possam

contribuir na tomada de decisões.

Kanindé e a luta contra as hidrelétricas na AmazôniaA Kanindé atua desde 2007 na luta contra projetos de hidrelétricas na Amazônia. As hidrelétricas afetam principalmente os povos indígenas e os impactos sociais e ambientais que produzem jamais serão mitigados. A história tem mostrado que produzir energia no interior da floresta é uma forma de apropriação e privatização dos rios com a expulsão dos povos indígenas e das populações tradicionais.Nessa luta para preservação das terras indígenas e dos ecossistemas, a Kanindé articulou reuniões para subsidiar ações jurídicas e representações para o Ministério Público. Atuou diretamente na elaboração das Ações Civis Públicas ajuizadas. Foram elaboradas análises dos documentos do processo de licenciamento ambiental das hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, que resultaram em requerimentos e moções protocoladas no Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) em 2008.Em maio de 2008, a Kanindé apresentou em audiência ao Tribunal Latinoamericano da Água (TLA), em Antigua, na Guatemala, denúncia contra a União Federal, em virtude da ameaça de danos irreparáveis à integridade física e territorial de indígenas e grupos indígenas isolados, representado pelos dois grandes empreendimentos hidrelétricos projetados para o rio Madeira. Em sentença favorável à denúncia da Kanindé, o TLA censurou o Governo do Brasil por sua intenção de construir o projeto do Madeira. Esse projeto causará impactos sociais e ambientais que implicarão na destruição de magnitude imprevisível e colocará em risco as populações nas áreas afetadas. Censurou também o governo por ignorar os direitos indígenas ao não aplicar a Convenção 169 da OIT e desrespeitar a Constituição Federal do Brasil.No final de 2009 a Kanindé foi à Corte Internacional de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, denunciar o governo brasileiro por violações dos Direitos Humanos contra os indígenas e grupos de isolados afetados pelas usinas do rio Madeira. Em 2010, a Kanindé, em parceria com um grupo de organizações da sociedade civil do Brasil, França e Estados Unidos participou na estratégia e ajudou na elaboração de textos e vídeo da campanha contra a empresa GDF Suez, líder do consórcio responsável pela usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, na Amazônia Brasileira.Junto com as parceiras, a Kanindé apontou os impactos e riscos socioambientais decorrentes da construção da hidrelétrica de Jirau. Como resultado da campanha a GDF Suez ficou em segundo lugar para receber o prêmio “Public Eye Award” de 2010, em Davos. Esse prêmio é concedido anualmente às empresas que mais desrespeitaram o meio ambiente no mundo.

A luta da Kanindé contra o planejamento das mega-usinas do rio Madeira serve hoje como referência e experiência para os movimentos sociais, povos indígenas e populações tradicionais que estão enfrentando outros projetos previstos para a Amazônia como Belo Monte, no rio Xingu, as usinas do rio Tapajós e as usinas do rio Teles Pires. Todas as atuações da Kanindé fornecendo informações para fortalecer a resistência contra as mega-obras planejadas para a Amazônia resultaram em artigos, entrevistas, capítulos de livros que deixaram uma mensagem importante: os movimentos sociais, os povos indígenas e as populações tradicionais dispõem de instrumentos jurídicos e técnicos para discutir e interferir na tomada de decisões que norteiam o desenvolvimento da Amazônia.

NOSSO TRABALHO

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Integrated Management of Uru-eu-wau-wau Indigenous Land and Pacaás Novos National ParkThe Plan of Integrated Protection - PPI aims to support the activities of the Uru-eu-wau-wau Indigenous Land/Pacaás Novos National Park protection, seeking to coordinate the activities to be performed by Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation - ICMBio, National Indian Foundation - FUNAI, Non Governmental Organizations - NGOs and indigenous organizations in the region of these protected areas, while maintaining the basic precept of the Federal Constitution guarantees the original rights to land demarcated and protected for the indigenous peoples that inhabit it and the right diffuse to an ecologically balanced environment.

The PPI is part of the shares of the project “Integrated Management of Indigenous Land Uru-eu-wau-wau and Pacaás Novos National Park at Itenez-Mamoré Conservation block, Rondônia, Brazil”, which is run by Kanindé in partnership with the National Indian Foundation - FUNAI, Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation - ICMBio, Indigenous People Uru-eu-wau-wau/Jupaú Association and Indigenous People Amondawa Association - APIA, with support from WWF - Brazil, aiming to develop an Integrated Protection Plan for the Pacaás Novos National Park and Uru-Eu-Wau-Wau Indigenous Land, which contributes to the strengthening of management and integrated protection and cooperation among federal agencies responsible for indigenous peoples and partners Non-governmental organizations.

It was formed in 2009, the Working Group with several governmental and non-governmental organizations for the development of PPI. In it are several activities planned, among them such surveillance and monitoring of those Protected Areas. The activities were planned for the period 2010 to 2015 and should be reassessed each year in the workshop prepared for this purpose, with the presence of all involved and some guests who can contribute in making decisions.

Kanindé and the fight against the dams in the Amazon The Kanindé acts since 2007 in the struggle against dams projects in Amazonia. The dams affect mainly the indigenous peoples and the social and environmental impacts they produce will never be mitigated. History has shown that energy production within the forest is a form of appropriation and privatization of rivers with the expulsion of indigenous peoples and traditional populations.

In this struggle for the preservation of indigenous lands and ecosystems, Kanindé articulated the meetings to support legal actions and representations to the prosecutor. Acted directly in the preparation of civil class actions filed. Analysis of the documents were prepared in the process of environmental licensing of dams on the Madeira River, Santo Antônio and Jirau in Rondonia, which resulted in requests and motions filed in the National Environment Council (CONAMA) in 2008.

In May 2008, Kanindé presented to the Court Hearing in Latin American Water (TLA), in Antigua, Guatemala, complain against the Federal Government, under the threat of irreparable harm to physical integrity and territory of indigenous people and indigenous groups, represented by two major dams projects designed for the Madeira River.In ruling in favor of the complain Kanindé, TLA criticized the Government of Brazil for its intention to build the Madeira project. This project will cause environmental and social impacts that imply the destruction of unpredictable magnitude and endanger people in the affected areas. Also chided the government for ignoring indigenous rights by failing to apply the ILO Convention 169 and disrespecting the Constitution of Brazil.

In late 2009 Kanindé went to the International Court of Human Rights (CIDH), Organization of American States (OEA) in Washington, denouncing the Brazilian government for human rights violations against indigenous and isolated groups affected by Madeira River Dams.

In 2010, Kanindé in partnership with a group of civil society organizations from Brazil, France and the United States participated in the strategy and helped in drafting texts and video for the campaign against the company GDF Suez, consortium leader responsible for Jirau Dam on the Madeira River, Brazilian Amazon.

Along with their partners, Kanindé pointed social and environmental impacts and risks resulting from the construction of Jirau Dam. As a result of GDF Suez campaign, it ranked second to receive the “Public Eye Award” 2010 in Davos. This award is given annually to companies that did not respect the environment in the world.

The Kanindé’s fight against the planning of mega-power dams on the Madeira River now serves as a reference and experience for social movements, indigenous and traditional peoples who are struggling with other projects planned for the Amazon, like Belo Monte on the Xingu River, dams in the Tapajos and dams in Teles Pires river.

OUR JOBAll Kanindé performances providing information to strengthen resistance against mega-projects planned for the Amazon resulted in articles, interview, book chapters, that have left an important message: social movements, indigenous peoples and traditional populations have legal and technical instruments to discuss and interfere in the decisions that guide the development of the Amazon.

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Etnozoneamento da porção paraense das Terras Indígenas Trombetas Mapuera, Nhamundá Mapuera e áreas ocupadas por povos indígenas na Floresta Estadual do TrombetasAs terras indígenas do Pará possuem alta relevância estratégica para o ordenamento

territorial e para conservação e uso sustentável da sociobiodiversidade do Estado,

pois ocupam quase 25% do território paraense. As Terras Indígenas são componentes

fundamentais de conservação da biodiversidade, tanto pela variedade ou

singularidade dos ecossistemas e riqueza de espécies que abrigam ou pela

configuração territorial estratégica que ocupam em relação às diversas categorias

de Unidades de Conservação (UC’s) – formando cinturões territoriais de efetiva

proteção contra o desmatamento e grilagem de terras – quanto pela situação

de relativa preservação de seus recursos naturais, tendo sido apontadas como

territórios que são mais efetivos à conservação do que as próprias Unidades de

Conservação de Uso Integral, onde não é permitido habitação humana.

Tendo em vista todos estes fatores a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Pará

(SEMA), através de sua Diretoria de Áreas Protegidas/Coordenadoria de Ecossistemas/

Gerência de Proteção do Meio socioeconômico e Cultural, elaborou o projeto

“Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas do Pará” (CONBIO- Indígena) com

vista a promover ações que fortaleçam a capacidade dos povos indígenas do Pará de

promover a conservação da biodiversidade em seus territórios e com intuito de atender

suas demandas relacionadas à promoção da melhoria de suas qualidades de vida.

Em junho de 2009 a SEMA realizou, com apoio da Cooperação Técnica Alemã (GTZ) e TNC- Brasil

a “1a Oficina de Trabalho para o Etnomapeamento e Etnozoneamento das Terras indígenas

do Pará: ferramentas de Gestão Ambiental”, onde foi definido que a primeira área de atuação

do projeto CONBIO-indígena seriam as Terras Indígenas Trombetas-Mapuera, Nhamundá-

Mapuera e áreas indígenas localizadas na FLOTA Trombetas (Kaxuyana, Kahyana, Tunayana

e Tikyana), situadas numa área prioritária para conservação da biodiversidade.

Na ocasião da 1ª Oficina de Trabalho, a Associação de defesa Etnoambiental Kanindé,

assim como a ACT-Brasil e GTZ, puderam apresentar os resultados dos trabalhos de

etnomapeamento e etnozonamento realizados por suas equipes técnicas em diferentes

terras indígenas da Amazônia. Dessa forma foi firmado convênio entre a Kanindé e seus

parceiros e a SEMA de forma a integralizar os esforços e experiências para execução do

trabalho de etnozoneamento da porção paraense das Terras Indigenas Trombetas Mapuera,

Nhamundá Mapuera e áreas ocupadas por povos indígenas na Floresta Estadual do

Trombetas em Oriximiná e Faro no Pará, totalizando mais de 4 milhões de hectares zoneados

participativamente, com vista a viabilizar ações de ordenamento territorial e ambiental

integrada das áreas protegidas da Calha Norte do Pará.

Principais projetos desenvolvidos nos últimos 5 anos

Detalhamento / Apoios

Conectando Comunidades de Floresta e Paisagens para o Desenvolvimento Sustentável do Sudoeste da Amazônia Brasileira

Fortalecimento Institucional das organizações indígenas do sul do Amazonas

Central Território Madeira Mamoré

Carbono Suruí

Levantamento da área de ocupação dos índios isolados

Pérola do Mamoré

Diagnósticos, estudos, pesquisas e elaboração do Plano de Gestão Ambiental de 03 terras indígenas.Apoio: USAIDParticiparam: WWF, Kanindé, SOS Amazônia, CTA, FSC.Período: 2004 a 2007

Aumentar a capacidade das organizações locais para o enfrentamento dos problemas socioambientais relacionados com o avanço da frente de desmatamento e reforçar o diálogo entre os diferentes atores sociais visando a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais do sul do Amazonas.Apoio: USAIDParticiparam: IIEB, kanindé, SCF, ACT-Brasil, Imazon.Período: 2007 a 2009

Fortalecimento de organizações indígenas e do Capital Social do Território Madeira Mamoré(Porto Velho, Itapuã, Nova Mamoré e Guajará Mirim).Apoio financeiro: WWF-Brasil.Participaram: Kanindé, Rio Terra, Movimento Hip Hop da Floresta, Adaçai e Ecoporé.Período: 2008

Preparação da proposta dos Serviços Ambientais (REED e MDL) do povo indígena Suruí.Parceria: Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, ACTBrasil e Forest Trends

Levantar a área de ocupação dos indígenas que não tem contato com a sociedade não indígena, e propor a demarcação de suas terras.Parceria: FunaiApoio: Amigos da Terra SuéciaPeríodo: 2008 a 2010

Buscar mercado para os produtos indígenas da região de Guajará Mirim.Apoio: FUNBIO/Ministério do Meio AmbientePeríodo: 2007 a 2009.

NOSSO TRABALHO

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Ethno zoning of Pará’s portion of the Trombetas Mapuera and Nhamundá Mapuera Indigenous Lands and areas occupied by indigenous peoples in the Trombetas State Forest

Indigenous lands in Pará have high strategic relevance for spatial planning and

conservation and sustainable use of sociobiodiversity of the state, because they

occupy nearly 25% of Pará state. Indigenous lands are important components of

biodiversity conservation, both for the variety and uniqueness of ecosystems and

species richness by harboring territorial configuration or strategic holding for

various categories of Conservation Units (UC’s) - forming belts of territorial effective

protection against deforestation and land grabbing - as by the relative preservation

of its natural resources, having been identified as territories that are more effective

conservation than the actual Conservation Units of Integral Use, where human

habitation is not allowed.

Considering all these factors the Ministry of the Environment of Pará (SEMA),

through its Directorate of Protected Areas / Ecosystem Coordination / Management

of Protection of the Cultural and socioeconomic, prepared the project “Biodiversity

Conservation in Pará Indigenous Lands” (CONBIO-Indigenous) to promote actions that

strengthen the capacity of Pará indigenous peoples to promote the conservation of

biodiversity in their territories and aiming to meet their demands related to further

improving their quality of life.

In June 2009 SEMA conducted, with support from German Technical Cooperation

(GTZ) and TNC-Brazil, the “1st Workshop for Ethno Mapping and Ethno Zoning of

Indigenous Lands in Pará: tools for Environmental Management”, in which it was

defined that the first area of the project operation CONBIO-indigenous would be the

Indigenous Lands Trombetas-Mapuera, Nhamundá-Mapuera and indigenous areas

located in FLOTA Trombetas (Kaxuyana, Kahyana, and Tunayana Tikyana), located in

a priority area for biodiversity conservation.

On the occasion of the 1st Workshop, Kanindé Association, ACT-Brazil and GTZ could

present the results of the Ethno Zoning, Ethno Mapping and their technical teams

in different indigenous lands in the Amazon. A convenio was signed between

Kanindé, its partners and SEMA in order to be paid the efforts and experiences

implementing the work Ethno Zoning of Pará’s portion of Trombetas-Mapuera and

Nhamundá Mapuera indigenous lands and areas occupied by indigenous peoples in

Trombetas State Forest on Oriximiná and Faro in Pará, totaling more than 4 million

hectares zoned participatively in order to facilitate actions of spatial and integrated

environmental planning on protected areas in Pará Calha Norte.

Main projects developed over the last 5 years

Detailing / Support

Connecting Communities and Forest Landscapes for Sustainable Development of the southwestern Brazilian Amazon

Institutional Strengthening of the indigenous organizations in southern Amazonas

Madeira Mamore Central Territory

Carbon Suruí

Survey of the footprint of isolated Indians

Pearl Mamoré

Diagnostics, studies, research and preparation of the Environmental Management Plan of 03 indigenous lands.Support: USAIDParticipants: WWF, Kanindé, SOS Amazônia, CTA, FSC.Period: 2004 to 2007

Increase the capacity of local organizations to confront the social and environmental problems related to the advance of deforestation and enhance dialogue between different social actors to promote the conservation and sustainable use of natural resources in southern Amazonas, Brazil.Support: USAIDParticipants: IIEB, kanindé, SCF, ACT-Brasil, Imazon.Period: 2007 to 2009

Strengthening of indigenous organizations and the Social Capital Territory Madeira Mamore (Porto Velho, Itapuã, Nova Mamore and Guajará Mirim).Financial support: WWF - BrazilParticipants: Kanindé, Rio Terra, Movement “Hip Hop da Floresta” and Adaçai Ecoporé.Period: 2008

Preparation of the proposal of Environmental Services (REED and CDM) of the indigenous people Suruí.Partnership: Association Metareilá of Indigenous People Suruí, ACTBrasil e Forest Trends

Lift the footprint of the Indians who did not have contact with non-indigenous society, and propose the demarcation of their lands.Partnership: FunaiSupport: Friends of the Earth - SwedenPeriod: 2008 to 2010

Search market for indigenous products in the region of Guajará Mirim.Support: FUNBIO/Ministry of Environment - BrazilPeriod: 2007 to 2009.

OUR JOB

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Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, categoria Ciência e Tecnologia, edição 2007A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé vem desenvolvendo desde 2000 a

metodologia de Diagnóstico Etnoambiental Participativo, Etnozoneamento e Planos

de Gestão em Terras indígenas que já foi aplicada em cinco territórios indígenas

distribuídos em Rondônia e sul do Amazonas, gerando excelentes resultados como

descoberta de espécies novas para a ciência, fortalecimento das organizações

indígenas e melhoria da qualidade de vida e autonomia das comunidades envolvidas.

Essa metodologia ganhou o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, edição 2007,

na categoria Ciência e Tecnologia, como destaque em Metodologia de Gestão de

Territórios Indígenas.

Prêmios conquistados pelas organizações indígenas apoiadas pela Kanindé

• Associação do Povo Indígena Uru-eu-wau-wau: Prêmio Ângelo Creta com o projeto

Plano de Manejo Florestal de Uso Múltiplo – Copaíba, 2006;

• Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí: Prêmio Ângelo Creta com o Projeto

de Valorização Cultural do Povo Paiter, 2007;

• Associação do Povo Indígena Amondawa: Prêmio Culturas Indígenas do Ministério

da Cultura, 2008;

• Organização do Povo Indígena Parintintin: Prêmio Culturas Indígenas do Ministério

da Cultura, 2008.

Chico Mendes Prize for the Environment, Science and Technology category, 2007 editionThe Association of Defense Etnoambiental Kanindé has been developing since

2000 the methodology of Participatory Diagnosis Etnoambiental, Etnozoneamento

and Management Plans on Indian lands that has already been applied in five

indigenous territories distributed in Rondônia and southern Amazonas, generating

excellent results as discovery of new species science, strengthening of indigenous

organizations and improving the quality of life and independence of the communities

involved. This methodology has won the Chico Mendes Award for the Environment,

2007 edition, under the category Science and Technology, as highlighted in the

Methodology of Management of Indigenous Territories.

Awards won by indigenous organizations supported by Kanindé

• Association of Indigenous People Uru-eu-wau-wau: Ângelo Creta Award with the

project Forest Management Plan for Multiple Use - Copaiba, 2006;

• Association Metareilá of Indigenous People Suruí: Ângelo Creta Award with the

Project Cultural Enhancement of Paiter Nation, 2007;

• Association of Indigenous People Amondawa: Indigenous Cultures Award from the

Ministry of Culture, 2008;

• Organization of Indigenous People Parintintin: Indigenous Cultures Award from

the Ministry of Culture, 2008.

PREMIOS AWARDSPRÊMIO CHICO MEN DES DE MEIO AMBIENTE

2007

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A Kanindé é filiada à Rede GTA e ao FBOMS

SEDUC - RONDÔNIA

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SEDUC - AMAZONAS

EE - Gilberto Mestrinho - Humaitá - AM

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EE - Duque de Caxias - Humaitá - AM

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OPIAJBAMOrganização dos Povos

Indígenas Apurinã e Jamamadí

Associacão

da Terra Indígena

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Associacão

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Associacão

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