ATPS - D.trabalho II - Etapa 2 - 141009a

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DIREITO DO TRABALHO IIATPS – ETAPA 2 - AULA TEMA: TRABALHO DA MULHER.TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.Anhanguera Educacional - S.C.Sul - SP2014

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ATPS DTR - Etapa 1 - Entregue em 11 03 2014

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DIREITO DO TRABALHO II

Professor GILSON J. SIMIONI

ATPS ETAPA 2

AULA TEMA: TRABALHO DA MULHERTRABALHO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

Alunos___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Renato Moura RA xxxxxxxxxxx

PLT 491 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Manual de Direito do Trabalho.5 ed. So Paulo: Grupo Gen. 2012

So Caetano do Sul So Paulo 09 de outubro de 2014

SUMRIO

1. INTRODUO032. TRABALHO DA MULHER032.1 Perodo Gravdico-Puerperal042.2 Restries ao Trabalho da Mulher 062.3 Igualdade de Remunerao063. O TRABALHO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE063.1 Trabalho Proibido ao Menor087. BIBLIOGRAFIA09

1. INTRODUONeste trabalho abordaremos aspectos do Trabalho da Mulher que demonstram o embate entre preceitos da Constituio Federal de 1988, com preceitos colocados em evidncia desde 1943, quando entrou em vigor a CLT. Visto que, a CLT proibia certos tipos e horrios de trabalho mulher, sendo que a CF, entende de forma diferente, isto , aplica o princpio isonmico. Trataremos tambm, sobre o trabalho da Criana e do Adolescente, suas caractersticas peculiares, bem como os ditames da legislao vigente.

2. TRABALHO DA MULHERA Consolidao das Leis do Trabalho CLT, desde que entrou em vigor em 1943,direcionou um capitulo pertinente exclusivamente ao trabalho da mulher. Capitulo III DA PROTEO DO TRABALHO DA MULHER. Na seo I descreve: a durao, condies do trabalho e discriminao contra a mulher. Inicia-se a respectiva seo com o artigo 372 e vai at o captulo 378. Do art. 379 ao 381, j na seco II, trata sobre o trabalho noturno. Seo III Perodos de descanso do art. 382 aos 386. Seguem-se as sees IV seo VI sempre com referencia mulher, enfatizando porm, alguns artigos forma vetados. historicamente reconhecida a explorao do trabalho da mulher atravs dos sculos Entretanto, pela crescente manifestao contrria surgiram polticas pblicas de proteo para o trabalho similar entre homens e mulheres em todo o mundo e tambm em nosso pas. A nossa CF/88 reconheceu explorao do trabalho feminino e legislou sobre igualdade entre os gneros em direitos e obrigaes logo no art. 5. Homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes nos termos desta Constituio. (Art. 5, I, CF). Tambm o artigo 7, da CF aponta o mago dos constituintes visando proteger a mulher promovendo-lhe apoios dirigidos.Proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos da lei. (Art. 7, XX, CF).

V-se claramente que os legisladores estavam baseados na art. 377 da CLT.A adoo de medidas de proteo ao trabalho das mulheres considerada de ordem pblica, no justificando, em hiptese alguma a reduo de salrio. (Art. 377, CLT).

Tambm o arts. 389, I ao V, CLT, dispem sobre conforto e a segurana das mulheres no ambiente de trabalho. J o art. 390 da CLT assim preceitua:

Ao empregador vedado empregar a mulher em servio que demande o emprego de fora muscular superior 20 quilos para o trabalho contnuo, ou 25 quilos para o trabalho ocasional. (390, CLT).Vemos que medidas para proteo diferenciada mulher ocorre na CLT em diversas situaes, evidenciando sempre dar condies de trabalho ao chamado sexo frgil, embora, segundo correntes feministas, este qualificativo no existe mais. Mesmo assim, a diferena recebeu privilgios do legislador, como aquele que contempla s mulheres com 15 minutos de intervalo antes de alongamento de uma jornada de trabalho. Neste mbito se v regras tambm protecionistas como o j mencionado art. 390 que preceitua sobre o esforo fsico feminino. H tambm medidas que visam adequar a higiene no ambiente de trabalho, bem como, a colocao de bebedouros, aparelhos sanitrios adequados, assentos para que as mulheres possam efetuar suas tarefas despendendo menor esforo fsico.Alguns doutrinadores entendem que estas medidas de proteo no deveriam ser ampliadas nessa direo, pois ferem o disposto constitucional que evidencia que homens e mulheres so iguais... (Art. 5, I, CF). Sendo assim, para adequar a proteo aos operadores do trabalho a melhora das condies deve seguir adiante, mas, no diferenciando gneros, antes adequando critrios em mbito geral. Regrando melhorias operacionais visando o trabalhador em geral, independente do sexo, o ser humano que necessita de proteo no exerccio de funes especficas, bem como, atividades ordinrias no ambiente de trabalho.2.1 Perodo Gravdico-PuerperalA atividade feminina com relao ao seu trabalho profissional no pode ser prejudicada pelo perodo de gravidez. Nesse sentido a CLT prescreveu e adotou medidas protegendo a mulher. Este perodo tambm foi alvo de cuidados por atos reguladores evidenciados posteriormente:[footnoteRef:1] [1: MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemtico de Direito e Processo do Trabalho. 16. Ed So Paulo: Saraiva, 2007. P 26]

IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovao de esterilidade ou gravidez, na admisso ou permanncia no emprego;(Includo pela Lei n 9.799, de 26.5.1999).V - impedir o acesso ou adotar critrios subjetivos para deferimento de inscrio ou aprovao em concursos, em empresas privadas, em razo de sexo, idade, cor, situao familiar ou estado de gravidez;(Includo pela Lei n 9.799, de 26.5.1999).Art. 400 - Os locais destinados guarda dos filhos das operrias durante o perodo da amamentao devero possuir, no mnimo, um berrio, uma saleta de amamentao, uma cozinha diettica e uma instalao sanitria.[footnoteRef:2] [2: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm (CLT).]

A CLT tambm contempla dois intervalos de 30 minutos por dia para que a mulher possa amamentar o filho de at seis meses de idade; a creche para o mesmo, licena maternidade, e, se houver necessidade, com prescrio mdica evidentemente, at um perodo maior. Tambm estipulou o direito de transferncia de funo no perodo de gravidez. E no caso de adoo, a me adotiva tambm recebeu benefcios especiais. J visando o reingresso normal da mulher ao trabalho, aps o perodo de gravidez, h mecanismos que garantem o retorno s mesmas funes, bem como, a estabilidade empregatcia. Esta estabilidade, por sua vez compreende desde a gravidez, at o quinto ms subsequente ao parto, alm daquelas j enunciadas de garantia para cuidados do filho.CF/88, Art. 7So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:XVIII- licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento e vinte dias.

J o Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, ADCT, art. 10, II, b e a CLT em seu art. 496,vedam a dispensa sem justa causada empregada gestante, desde a confirmao da gravidez, at cinco meses aps o parto.2.2 Restries ao Trabalho da Mulher

O Ministrio do Trabalho editou em Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978, a NR 17 que contm regras que premiam mulheres e jovens com relao varias situaes na atividade empregatcia, uma delas est aposta abaixo: 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso mximo destas cargas dever ser nitidamente inferior quele admitido para os homens, para no comprometer a sua sade ou a sua segurana.

2.3 Igualdade de RemuneraoA CF/88 ditou a proibio de diferena de salrioa para homens e mulheres, destacando o principio da isonomia salarial no exerccio de atividades congneres. Tambm ressaltou a no tolerncia quanto a diferenciao salarial por idade, cor, ou mesmo pelo estado civil.

CF/88 Art. 7,XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

J a Lei 7.189, de 04.06.1984, alterou o art. 379 da CLT, e admite o trabalho noturno feminino revogando a proibio da CLT.Tambm os artigos 374 e 375 da CLT, que restringiam a prorrogao e a compensao da jomada de trabalho feminino; outras adequaes foram adotadas pela referida lei. A prorrogao da jornada foi definitivamente revogada quando da publicao da Lei 10.244/2001, assim o principio da isonomia preceituado pela Constituio foi contemplado.

Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio.

3. O TRABALHO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

Desde os tempos mais remotos da raa humana, at onde pode alcanar os registros histricos, vemos a condio degradante a que eram impostos os escravos de ambos os sexos. A crueldade condicionada aos vencidos, no se limitavam a diferena nem ao gnero e nem a idade. O problema que esse vcio infame e humilhante extrapolou a divisa dos tempos e chegou, infelizmente, at a poca atual. Desta forma, vemos a escravido sendo imposta pelo capitalismo ganancioso corroendo a pureza dos mais necessitados e indefesos componentes da nossa sociedade.O renomado escritor Gustavo Felipe Barbosa Garcia, em seu livro Manual do Direito do Trabalho, assim se expressa:[footnoteRef:3] [3: GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. Manual do Direito do Trabalho. 3. Ed. R. Janeiro. Grupo Gen, 2011, p 85 e 86]

O art. 149 do Cdigo Penal, com redao determinada pela Lei 10.803/2003, assim tipifica o crime de reduo a condio anloga a de escravo:Art. 149. Reduzir algum a condio anloga a de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forados ou a jornada excessiva, quer sujeitando-o a condies degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoo em razo de dvida contrada com o empregador ou preposto.Pena - recluso, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, alem da pena correspondente a violncia. 1. Nas mesmas penas incorre quem:I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho;II - mantm vigilncia ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho. 2. A pena aumentada de metade, se o crime e cometido:I - contra criana ou adolescente;II - por motivo de preconceito de raa, cor, etnia, religio ou origem.Assim, podemos definir trabalho em condies anlogas a condio de escravo como o exerccio do trabalho humano em que ha restrio, em qualquer forma, a liberdade do trabalhador, e/ou quando no so respeitados os direitos mnimos para o resguardo da dignidade do trabalhador.

Desta maneira, entendemos que o legislador no se descuidou do menor e do adolescente, muito pelo contrrio, explicitou no inciso I do 2., o cuidado quela parcela da populao, porque por sua concepo psicolgica e fsica em desenvolvimento necessita de cuidados especficos.A nossa Carta Magna tambm no excluiu da proteo ao menor e ao adolescente, considerando pelo ECA (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990) criana at a idade inferior aos 12 (doze) anos e adolescente dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) anos, dessa maneira instituiu:

CF, Art. 7, So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998).3.1 Trabalho Proibido ao MenorO art. 7 da Lei 8.069/1990 dita a proteo vida e sade da criana, bem como, do adolescente. Tudo deve ser levado a efeito atravs de dos rgos governamentais apontando o bem-estar social. Assim, desde o nascimento, e at antes dele, o desenvolvimento deve ser assistido para haver sade em todos os patamares em condies e combinao com a dignidade humana.As aberraes ao trabalho do menor e do adolescente que vinham sendo praticadas desde a revoluo industrial, quando infantes de 5, 6, 7 anos de idade, e at, pasmem, idades mais tenras ainda, trabalhavam 14, 15 horas por dia precisam de proteo. Dessa forma, o art 403 da CLT, com redao da Lei 10.097/2000, em conformidade com a CF/88 art 7, XXXIII, j citado acima, e a Emenda Constitucional 20/1998, probe o trabalho aos menores de 16 anos de idade, ressalvando-se ao aprendiz profissional que pode ser admitido a partir dos quatorze anos de idade. Designando o enquadramento dentro dessa categoria h os ditames da Lei 8.069, art. 62, de1990. Outra norma reguladora ao trabalho da criana e do adolescente como aprendiz pode ser conferida pelo aplicado a seguir:Lei Complementar 123/2006, no art. 51, inciso III, que exclui as microempresas e as empresas de pequeno porte de matricular seus aprendizes nos cursos dos Servios Nacionais de Aprendizagem.Dessa forma, entende-se que as crianas, bem como, os de mais idade, vem tendo a assistncia do governo brasileiro, em especial pelo ECA Estatuto da Criana e do Adolescente/1990.[footnoteRef:4] [4: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm (ECA).]

BIBLIOGRAFIA

GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. Manual do Direito do Trabalho. 3. Ed. R. Janeiro. Grupo Gen, 2011.

MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemtico de Direito e Processo do Trabalho. 16. Ed So Paulo: Saraiva, 2007.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm (CF/88).Acessado em 02 de outubro de 2014.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm (CLT).Acessado em 02 de outubro de 2014.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10244.htm (Trab. feminino).Acessado em 03 de outubro de 2014.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm (ECA).Acessado em 03 de outubro de 2014.