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ANHANGUERA EDUCACIONAL UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – UNIVERSIDADE ABC CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO HANDEBOL HISTÓRIA, FUNDAMENTOS E REGRAS ERICK SANTOS SOUZA RA 1581102342 JOSIANE ANTONIO DA SILVA RA 1568190290 LUCIANO SILVA DE OLIVEIRA RA 1579126429 TAMIRIS VALÉRIA CAMARGO RA 1584979035 WALLACE LOUIS BORGES EBERT RA 1591904638 WILLIAN LINARDI DOS SANTOS RA 1565261900

ATPS Handebol Completo

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trabalho sobre handebol

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Page 1: ATPS Handebol Completo

ANHANGUERA EDUCACIONALUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – UNIVERSIDADE ABC

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO

HANDEBOLHISTÓRIA, FUNDAMENTOS E REGRAS

ERICK SANTOS SOUZA RA 1581102342

JOSIANE ANTONIO DA SILVA RA 1568190290

LUCIANO SILVA DE OLIVEIRA RA 1579126429

TAMIRIS VALÉRIA CAMARGO RA 1584979035

WALLACE LOUIS BORGES EBERT RA 1591904638

WILLIAN LINARDI DOS SANTOS RA 1565261900

SÃO BERNARDO DO CAMPO2015

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ERICK SANTOS SOUZA RA 1581102342

JOSIANE ANTONIO DA SILVA RA 1568190290

LUCIANO SILVA DE OLIVEIRA RA 1579126429

TAMIRIS VALÉRIA CAMARGO RA 1584979035

WALLACE LOUIS BORGES EBERT RA 1591904638

WILLIAN LINARDI DOS SANTOS RA 1565261900

HANDEBOLHISTÓRIA, FUNDAMENTOS E REGRAS

Trabalho Apresentado de Atividade E Prática

Supervisionadas como requisito parcial à

Disciplina “Teoria e Pratica de Esporte –

Handebol” do Curso de Educação Física

Bacharelado, do Centro Universitário Anhanguera

Educacional – Unidade Anhanguera de São Paulo

Unidade ABC.

Orientador: Marco Antônio Amadeu

SÃO BERNARDO DO CAMPO2015

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5História do Handebol...............................................................................................................6A Era Pioneira do Handebol...................................................................................................8A Era Amadora do Handebol.................................................................................................9A Era Profissional do Handebol...........................................................................................10Handebol no Brasil.................................................................................................................11Handebol nas Olimpíadas....................................................................................................12Handebol é seus Fundamentos...........................................................................................131 EMPUNHADURA................................................................................................................142 POSIÇÃO DE EXPECTATIVA OU DE BASE................................................................153 DESLOCAMENTO..............................................................................................................164 RECEPÇÃO........................................................................................................................165 PASSES...............................................................................................................................186 PROGRESSÃO...................................................................................................................19

6.1 DRIBLE......................................................................................................................206.2 SISTEMA TRIFÁSICO...............................................................................................20

7 FINTAS.................................................................................................................................218 ARREMESSOS...................................................................................................................229 CONTRA-ATAQUE.............................................................................................................23Regras Básicas do Handebol...............................................................................................231 AS BALIZAS (TRAVES):...................................................................................................232 A BOLA:................................................................................................................................233 TIMES:..................................................................................................................................244 O JOGO:...............................................................................................................................245 DESENVOLVIMENTO:......................................................................................................246 POSIÇÕES DO HANDEBOL:...........................................................................................25

6.1 Goleiro:.......................................................................................................................256.2 Central:.......................................................................................................................256.3 Armador:.....................................................................................................................256.4 Ponta:.........................................................................................................................256.5 Pivô:...........................................................................................................................26

7 Área do Gol..........................................................................................................................268 Goleiro / Gol..................................................................................................................26

9 Manejo da Bola...................................................................................................................2610 Comportamento com o adversário................................................................................2711 Tiro de meta.......................................................................................................................2712 Bola ao chão......................................................................................................................2713 Escanteio...........................................................................................................................2714 Lance lateral......................................................................................................................28

14.1 Lance de 7m.............................................................................................................2814.2 Lance livre................................................................................................................28

15 Execução...........................................................................................................................2816 Punições.............................................................................................................................29

16.1 Cartão Amarelo........................................................................................................2916.2 Cartão Vermelho: (ou desqualificação)....................................................................2916.3Exclusão....................................................................................................................29

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17 Localização da Arbitragem..............................................................................................2917.1 Os Árbitros...............................................................................................................30

18 O Secretário.......................................................................................................................3019 O Cronometrista................................................................................................................30Conclusão................................................................................................................................31Referencias Bibliográficas....................................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Aqui contamos um pouco da história do handebol, seu surgimento e suas mudanças ao passar do tempo e das modificações que surgiram através de outras modalidades. Mostrando como o handebol veio para o Brasil, e como ele teve uma influencia no País na epoca que o alemão Hirschmann levou para o campo o handebol.Houve varias modalidades, que através delas, obteve essas mudanças na modalidade do handebol, assim levando o esporte para os campos, depois para as quadras, e enfim para as quadras das olimpíadas.

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História do Handebol

Homero, na Odisseia, foi quem primeiro citou o handebol; depois foram os romanos;

mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje.

A bola é, sem dúvida, um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e

que vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Urânia” praticado na antiga

Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem

balizas, é citado por Homero na Odisseia. Também os Romanos, segundo Cláudio

Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”.

Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por

rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol

(“esprés jouaiant à balle, à la paume”). Em meados do século passado (1848), o

professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup um jogo

denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época dos tchecos

conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo

similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do

handebol. Todavia, o handebol como se joga hoje foi introduzido na última década

do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em

1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de

Futebol.

“ Todavia o handebol come se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem levou para o campo, em 1912 foi o

alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol. O período da Iª guerra (1915 à 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo,

quando o professor de ginástica berlinense Max Heiser, criou o jogo ao ar livre para as operárias da fábrica Siemens, derivado do “Torball” e quando os homens começaram a praticá-lo o campo foi aumentado para as medidas do futebol.

(ZAMBERLAN, 1999, p. 29)

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu

nome para “Handball” para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou a modalidade

para a Áustria e Suíça, além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de

Educação Física da Alemanha tornou a modalidade como desporto oficial. Cinco

anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o primeiro jogo internacional, com

vitória dos austríacos por 6 a 3. Na reunião de agosto de 1927 do Comitê de

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Handebol da IAAF foram adotadas as regras alemãs como as oficiais, motivando

que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse

pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de

países praticantes, o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu em 4

de agosto de 1928, no Congresso de Amsterdã, quando 11 países escolheram o

americano Avery Brudage como membro da Presidência da FIHA.

O COI decidiu, em 1934, que o handebol seria um dos esportes da Olimpíada de

Berlim, em 1936, o que realmente aconteceu com a participação de seis dos 26

países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6,

perante cem mil pessoas no Olympia Stadium de Berlim. Dois anos mais tarde,

também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo

(8 participantes) como no salão (4 concorrentes). Tão logo terminou a Guerra

Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual

Federação Internacional, com sede na Suécia, sob a presidência do sueco Costa

Bjork. Em 1950, a sede da IHF mudou-se para a Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a

participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram

reiniciados no campo em 1948 (para homens) e em 1949 (para mulheres). No salão,

já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1 954.

O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais e

olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino. União

Soviética, Iugoslávia, Alemanha Oriental e Ocidental, Suécia, Dinamarca, Hungria,

Romênia e Espanha são destaques na Europa. Nos outros continentes a Coreia e

Japão (Ásia), Argélia e Tunísia (África), Cuba, Estados Unidos e Brasil (América)

têm obtido os melhores resultados em ambos os sexos.

O Handebol é um dos esportes mais antigos de que que se tem notícia. Ele ja

apresentou uma grande variedade de formas até a praticada atualmente.

Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A Odisséia", onde a bola era jogada

com as mãos e o objetivo era ultrapassar o oponente, através de passes, isto está

gravado em uma pedra na cidade de Atenas e data de 600 A.C.. De acordo com as

escritas do médico Romano, Claudius Galenus (130-200 D.C.), os Romanos

possuiam um jogo de Handebol chamado "Harpaston". Na Idade Média, as legiões

de cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era fundamentado em passes e

metas, isto foi descrito por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o chamou

de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do atual jogo de Handebol. Na França,

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Rabelais(1494-1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles jogam bola,

usando a palma da mão".

O Supervisor de Educação Física Alemão, Holger Nielsen, adaptou o "Haanbold-

Spiel" (Jogo de Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade de Ortrup em

1848, remodelando as regras e método como o jogo deveria ser praticado.

Eventualmente os alemães desenvolveram o esporte e finalisaram as regras em

1897, onde atualmente é baseado o Handebol de Quadra (Indoor) e o Handebol

Olímpico. Era uma forma de 7 jogadores por time, em uma quadra pouco maior do

que a de Basquete, com gols de Futebol de 2m de altura por 2,5m de comprimento.

Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem introduziu o Handebol. Na Alemanha,

em 1912, Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da Associação Internaciona de

Futebol) tentou introduzir o Handebol em um jogo de "campo", seguindo as regras

do Futebol. Durante 1915-1917, o Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-

1921), introduziu o Handebol de Campo para as mulheres, sendo considerado o real

criador do esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um professor de

esportes da Escola Superior de Educação Física é considerado o fundador do

Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo desenvolvimento do Handebol na

Alemanha, Austria e Suiça, onde ele foi treinador.

Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o Diretor da Escola Superior de Educação

Física Alemã, completou o estabelecimento do esporte no cenário mundial,

reconhecendo-o oficialmente como esporte. O jogo era praticado em campos de

Futebol com traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo internacional foi disputado

em 3 de Setembro de 1925, com vitória da Alemanha sobre a Austria por 6 a 3.

A Era Pioneira do Handebol

Durante seu desenvolvimento, o jogo de Handebol não era reconhecido como um

esporte independente, assim como o Basquete e o Volei, era representado pelas

Associações de Educação Física e Associações Atléticas Nacionais. Em um nível

internacional, a Federação Atlética Amadora Internacional (FAAI) observou os

interesses do Handebol desde 1928. Um Comitê Especial foi formado no VII

Congresso da FAAI na Holanda, em 1926, para organizar os países que praticavam

Handebol para formar "regras básicas" para eventos internacionais. A FAAI estava

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preparando e organizando a formação de uma associação internacional

independente e exclusiva ao Handebol.

O congresso se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam, Holanda, onde 11

países criaram a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA). O Handebol

se tornou um esporte internacional em 1934, sendo jogado por 25 membros da

FIHA. O primeiro "grande" evento internacional de Handebol ocorreu em 1936, nos

Jogos Olímpicos de Berlim, e no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato

Mundial de Handebol, realizado em 1938.

Após o término da II Guerra Mundial, o jogo cresceu rapidamente no âmbito

internacional e em 1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi fundada a atual

Federação Internacional de Handebol (FIH), na Dinamarca. A partir de 1952, o

Handebol de Campo era dominante nas nações participantes. O Handebol de

Quadra (Indoor) era mais praticado por países do Norte Europeu. No entanto, devido

a condições climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo", o Handebol de

Quadra era o esporte mais rápido existente, este começou a ganhar muita

popularidade pelo mundo.

Com regras de outros esportes introduzidas e maiores punições à faltas violentas, o

jogo se tornou mais seguro, simples de se jogar e mais emocionante de se observar.

O Handebol se tornou um esporte de inverno, levando o espectador a sair do frio e

se emocionar com mais ação e maiores placares do que o Futebol. A partir de 1960

o Handebol de Campo perdeu rapidamente sua popularidade e o último

Campeonato Mundial foi disputado em 1966.

O Handebol sempre foi dominado por nações Européias. Nos anos em que estava

se praticando o Handebol de Campo, Alemanha, Austria e Dinamarca dominaram o

cenário mundia, também pelo fato de não ter muitas nações fora da Europa que

praticavam o esporte.

A Era Amadora do Handebol

Durante a 64° Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Madri, os

membros do COI decidiram incluir novamente o Handebol no programa dos Jogos

Olímpicos, mas desta vez o Handebol de Quadra (Indoor) foi o escolhido. Este foi o

primeiro "grande" evento do Handebol de Quadra, Os Jogos Olímpicos de Munique,

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em 1972, apenas para homens, as competições femininas foram introduzidas em

1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal. O Campeonato Mundial foi reintroduzido

em 1949 para homens e mulheres, as competições juniores para ambos os sexos

foram introduzidas em 1977, O Handebol foi praticado na maioria por jogadores

amadores durante as décadas de 50 à 70, porém alguns jogadores mais destacados

eram patrocinados pelos Governos ou por companias.

Os países do Leste Europeu se tornaram competitivos e passaram a dominar o

esporte, com destaque para a União Soviética (Russia), Romênia, Yugoslávisa e

Hungria que geralmente apareciam entre os três melhores países em competições

internacionais, tanto para homens, quanto para mulheres. Apenas a Suécia e a

Alemanha apresentavam resistência à esses países

A Era Profissional do Handebol

Com o término da Guerra Fria, e o colapso dos países do Leste Europeu, muitas

dessas nações sofreram um temporário problema econômico, com efeito e reflexo

em alguns times nacionais que perderam o topo da liderança e um grande número

de bons técnicos migraram para outras nações. Países como França, Espanha e

Alemanha começaram a dominar o cenário mundial. Juntamente, alguns países

Africanos (Algeria e Egito) e Asiáticos (Coréia do Sul e Japão) começaram a se

destacar nas competições internacionais (especialmente nos Jogos Olímpicos)

durante os últimos anos da década de 80 e durante os anos 90.

A condição amadora do Handebol no cenário internacional foi transformada por

jogadores sob contrato com clubes ou organizações. O Handebol de Quadra é hoje

o mais popular tipo de Handebol. A variedade de Campo é raramente praticada

atualmente, apenas em algumas ocasiões por antigos adimiradores. Portanto hoje

não se usa mais o termo "Handebol de Quadra" e apenas "Handebol" para designar

o esporte. Durante os últimos anos da década de 90, está se popularizando uma

versão de "Handebol de Areia"(ou de praia) conhecida como "Hand Beach", com

torneios e pequenos campeonatos espalhados por diversos países.

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Handebol no Brasil

“O handebol surgiu no Brasil, por volta de 1950/52. O grande impulso a nível nacional começou a acelerar em 1969 quando foi introduzido nos Jogos

Estudantis Brasileiros. Na Europa o handebol (de salão) teve inicio e impulso na década de 30, portanto, o Brasil está aproximadamente 40 anos atrás dos países da

Europa que desenvolvem o handebol” (ZAMBERLAN, 1999, p. 17)

O handebol, até a década de 60, ficou restrito à São Paulo; depois começou a ser

praticado em escolas de todo o Brasil.

Em nosso país, o handebol como modalidade de campo foi introduzido em São

Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30. O

handebol ficou restrito a São Paulo até a década de 60, quando o professor francês

Augusto Listello, durante um curso internacional em Santos, apresentou a

modalidade a professores de outros estados. Esses professores introduziram o

esporte em seus colégios e assim o handebol começou a ser praticado em outros

estados. Em 1971, o MEC incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos

Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso, o handebol

disseminou-se em todo o território nacional, com vários estados dividindo os títulos

nacionais.

Em 1973, a antiga CBD realizou em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para

ambos os sexos. No ano seguinte, em Fortaleza, iniciou-se a competição para

adultos. Em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol,

foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da

entidade.

O Handebol no Brasil Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de

imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta

das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura, tradição

folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas,

dentre os quais o então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve seu

maior desenvolvimento, principalmente quando em 26 de fevereiro de 1940 foi

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fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 ° Presidenta Otto

Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista

de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo

improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse

demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal

maneira que a Confederação Brasileira de Desportos – CBD órgão que congregava

os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol

possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias

categorias masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os Estados adveio com a sua

inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-MG em

julho de 1971 como também nos Jogos Universitários Brasileiros realizado em

Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB’s/72 o Handebol teve a

participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas, já em

1973 nos IV JEB’s em Maceió-AL tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20

masculinas.

A atual Confederação Brasileira de Handebol – CBHb foi fundada em 1º de junho de

1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro Presidente foi o professor

Jamil André.

Handebol nas Olimpíadas

O Handebol do Brasil debutou em Olimpíada na edição de Barcelona (Espanha-

1992), com a Seleção Masculina, quando terminou em 12º lugar. Na Olimpíada de

Atlanta (Estados Unidos-1996), a Seleção Masculina ficou em 11º. Nas duas

edições, o País herdou a vaga após a desistência de Cuba.

A Seleção Feminina fez história e, pela primeira vez, colocou o Brasil em uma

Olimpíada por seus próprios méritos. Com o ouro conquistado nos Jogos Pan-

Americanos de Winnipeg (Canadá-1999), a equipe se classificou para os Jogos

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Olímpicos de Sidney (Austrália-2000). A edição foi especial e representou um marco

para o handebol brasileiro, já que as meninas alcançaram o oitavo lugar e

começaram a despertar atenção no cenário mundial. O reconhecimento

internacional pelo trabalho desenvolvido pela CBHb trouxe patrocínios e as atletas

passaram a ser convidadas para atuar na Europa.

Em 2004, mais uma vez, o Brasil voltou a carimbar o passaporte para os Jogos

Olímpicos, dessa vez nos dois naipes, em Atenas (Grécia-2004). Com muito mais

estrutura no plano de preparação, os meninos ficaram em décimo lugar e o feminino

terminou em sétimo. Para Pequim (China-2008), a história se repetiu, depois que as

Seleções conquistaram, de forma invicta, a classificação nos Jogos Desportivos

Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Na China, a equipe feminina terminou na nona

colocação e a masculina em 11º lugar, com um número maior de participantes.

Na edição de Londres-2012, o Brasil confirmou para o mundo que o handebol do

País conquistou seu espaço no cenário internacional. Sob o comando do técnico

dinamarquês Morten Soubak, a Seleção Feminina fez história. A medalha não veio,

mas a equipe verde e amarela conseguiu se classificar para as eliminatórias após

garantir o primeiro lugar na fase de grupos, confirmando a melhor campanha da

modalidade na história dos Jogos Olímpicos. Ao final da competição na capital

britânica, o Brasil encerrou o torneio em sexto lugar, superando a sétima colocação

conquistada em Atenas-2004.  

Handebol é seus Fundamentos

Em qualquer esporte quando se fala em fundamentos técnicos nos referimos aos

movimentos básicos da modalidade os quais uma pessoa precisa se apropriar ou

aprender para ter condições de jogar. 

Se observarmos, todas as modalidades esportivas possuem fundamentos técnicos

sendo que, em algumas, o nome e a função de muitos fundamentos são comuns

mudando somente a forma de realizá-lo.

No handebol temos como fundamentos técnicos: o passe, a recepção, a

empunhadura, o arremesso, a progressão, o drible e a finta. Vamos agora entender

o que é e para que é utilizado cada um deles no handebol.

Page 14: ATPS Handebol Completo

São movimentos fundamentais do handebol que são executados segundo um

determinado gesto técnico que é a forma “correta” de execução de um movimento

específico, descrito biomecanicamente. Por exemplo: o gesto técnico do passe de

ombro no handebol – é a execução desse tipo de passe com menor desperdício de

energia, com a maior rapidez e velocidade, portanto com maior eficácia.

A seguir descreveremos os diversos fundamentos do handebol.

“O treinamento constante dos fundamentos faz com que o gesto desportivo possa ser automatizado, havendo, portanto, uma melhora do nível técnico do jogo”(Silva,

Rogério, 1999, p. 108)

O domínio de bola deve ser desenvolvido pelos participantes do jogo para que consigam manter a posse de bola em situações difíceis. Muitas vezes o domínio de bola é feito através de batidas sucessivas ao solo (drible de bola). 

Handebol - Os fundamentos 1. Empunhadura2. Posição de Expectativa ou Posição de Base3. Deslocamento4. Recepção5. Passes6. Progressão 6.1. Dribles6.2. Sistema Trifásico7. Fintas8. Arremessos9. Conta ataques

1 EMPUNHADURA

A empunhadura é o fundamento mais importante do handebol, pois ela é a base

para todos os outros fundamentos.

É a forma de segurar a bola de handebol com uma das mãos. A mesma deve ser

segura com as falanges distais dos cinco dedos abertos e com a palma da m ao em

uma posição ligeiramente côncava.

Observações: os dedos devem abarcar a maior superfície possível da bola, os

dedos devem exercer certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura.

Page 15: ATPS Handebol Completo

Sendo que a pressão exercida pelos dedos polegar e mínimo é muito importante

para o êxito da empunhadura.

Empunhadura: é a forma de segurar a bola do handebol com uma das mãos. Na

empunhadura os cinco dedos da mão permanecem bem afastados entre si e a

palma fica ligeiramente côncava. 

2 POSIÇÃO DE EXPECTATIVA OU DE BASE

Todas as possibilidades de movimentação no jogo serão determinadas pela posição

inicial, ela deve ser de acordo com o momento do jogo:

Para movimentos defensivos: o jogador fica voltado para seu adversário, com as

pernas afastadas na diagonal e na largura dos ombros, com os joelhos semi-

flexionados, a perna contrária ao braço de arremesso do adversário deve ficar à

frente, o tronco levemente inclinado à frente e os braços elevados na altura do

ombro o que vai facilitar o bloqueio se for possível realizá-lo. 

Para movimentos ofensivos: o jogador deve estar sempre posicionado de frente para

o gol (principal objetivo do jogo), suas pernas devem estar afastadas na largura dos

ombros, os joelhos semi-flexionados, e os braços posicionados para receber a bola

com os cotovelos semi-flexionados, as palmas das mãos devem estar voltadas para

a bola. 

Braços pouco flexionados e tensos ou então flexionados demais; Pernas

excessivamente separadas ou pouco separadas; Posicionar-se de frente para o

Page 16: ATPS Handebol Completo

adversário quando se está na defesa; Não manter o olhar na bola; 

3 DESLOCAMENTO

Os deslocamentos tem grande importância no desenvolvimento do jogo pois serve

de suporte para as outras ações. Os deslocamentos tem como principal

característica o fato que devem ser efetuados de forma equilibrada, para que se

consiga sucesso nas ações realizadas (interceptar um passe, recepção, intervenção,

etc.) os deslocamentos sempre são executados sem bola. 

Os deslocamentos são efetuados em função de um objetivo específico do jogo

sendo realizado: para frente, para trás, em diagonal e lateral em trajetórias retilínea

ou curvilínea (parabólica).

Os deslocamentos poucas vezes se realizam em uma única direção e com

velocidade constante, normalmente são feitos com mudanças de direção.

4 RECEPÇÃO

Recepção: É a ação de receber a bola, amortecer e reter a bola de forma

adequada. A boa execução deste fundamento depende muito da forma como a bola

foi passada, ou seja, da execução do passe. 

Page 17: ATPS Handebol Completo

A recepção é fundamental para se conseguir positivamente qualquer ação individual,

combinação tática ou esquema estratégico. O fato de não dominá-la implica a perda

de posse de bola para equipe e todas as conseqüências negativas que virão: perda

de uma das fases do ataque, possibilidade de um contra-ataque adversário, etc. 

É um fundamento que deve ser realizado sempre com as duas mãos, para garantir a

eficiência em sua execução. Deve ser feita sempre com as duas mãos paralelas e

ligeiramente côncavas para frente. Recentemente os atletas utilizam-se comumente

também da recepção com uma das mãos. Então, apesar a literatura específica sobre

o método parcial haver considerado esse uso habitual recentemente com um erro, a

prática atual e sua eficiência em diversas situações têm nos dado os elementos

necessários para indicarmos o ensino e treinamento da recepção com uma das

mãos como um elemento necessário para o jogo de handebol.

Para se obter uma boa recepção devemos partir da posição de expectativa e irmos

de encontro à bola. As recepções podem ser feitas em várias alturas, dependendo

da altura que a bola seja recepcionada:

1- Alta: Acima da cabeça; 

2- Média: Altura do peito; 

3- Baixa: Altura do quadril, Altura do joelho ou Junto ao solo.

A posição das mãos é muito importante para a execução eficiente da recepção: 

No caso das recepções altas, as pontas dos dedos voltados para cima e as palmas

das mãos voltadas para a bola, os polegares devem estar unidos e os dedos

indicadores também, formando um triângulo, os cotovelos semi-flexionados e as

mãos em forma de “concha”. 

Para as recepções baixas o que muda é apenas o posicionamento das mãos, pois

os dedos mínimos devem estar próximos e os polegares em posição oposta.

Habilidades fundamentais para uma boa recepção: 

a- Olhos na bola – Vigiar a bola; 

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b- Receber a bola com as duas mãos;

c- Ir de encontro a bola; 

d- Amortecer ligeiramente os braços para absorver o contato com a bola; 

e- A bola deve ser imediatamente protegida de forma que o adversário não possa

recuperá-la; 

Erros mais comuns: 

A- Posição errada das mãos (palma das mãos voltadas uma para a outra);  

b- Segurar a bola apenas com os dedos; 

c- A mão não está em forma de “concha”; 

d- Os braços estão estendidos de maneira que não absorvem o contato com a bola; 

5 PASSES

É considerado o fundamento mais importante, básico e imprescindível para que o

jogo de Handebol possa desenvolver-se, sem o qual dificilmente poderá haver a

colaboração entre os jogadores e o cumprimento dos objetivos ofensivos. Todo o

jogo de uma equipe depende da exatidão e segurança do passe. A responsabilidade

da segurança cabe ao passador, que deve observar se deve passar e como passar

a bola a um companheiro.  

São movimentos que permitem a bola ir de um jogador a outro, desta forma ele

necessita sempre da interdependência de no mínimo duas pessoas.

O passe é utilizado para que seja dada a sequência no jogo, a boa execução desse

fundamento pode alterar a velocidade do jogo. Vale lembrar que o

movimento técnico do passe de ombro e do arremesso é o mesmo, o que muda é a

força. Os Passes classificam-se em: De Ombro e Especiais.

Os tipos de passes podem ser classificados da seguinte maneira:

·         Passes acima do ombro: podem ser realizados em função da trajetória da bola

para frente ou oblíquo, sendo que ambos podem ser: retificado ou bombeado.

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·         Passes em pronação: lateral e para trás.

·         Passes por de trás da cabeça: lateral e diagonal.

·         Passes por de trás do corpo: lateral e diagonal.

·         Passe para trás: na altura da cabeça com extensão do pulso.

·         Passe quicado: quando a bola toca o solo uma vez antes de ser recepcionado

pelo companheiro, nesse tipo de passe a bola é atirada ao solo em trajetória

diagonal.

Erros comuns na execução do passe: 

Não olhar para onde vai passar; 

Empurrar a bola para frente;

Não empunhar a bola.

6 PROGRESSÃO

São as formas utilizadas pelos atletas para poder se deslocar no campo de jogo,

quando está com a posse de bola. A progressão pode ser feita das seguintes

maneiras:

Em batidas sucessivas; 

Com ritmo trifásico;  

Combinações (três passadas - passe, três passadas - arremesso, corrida e

passadas - passe ou arremesso, drible - 3 passadas, etc.)

Com duplo ritmo trifásico ou Dupla Progressão.

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6.1 DRIBLE

É o movimento de bater a bola contra o solo com uma das mãos estando o jogador

parado ou em movimento.

O drible é uma habilidade que essencial ao jogador de Handebol, é muito utilizado

nas situações de contra-ataque e nas marcações individuais ou nos momentos de

1x1. 

Deve ser executado evitando-se conduzir a bola, usar sempre a mão em cima da

bola, e no momento de deslocamento deixar a bola lateralmente e a frente do corpo

e mantendo o seu corpo sempre entre a bola e o jogador adversário (proteger a

bola). 

Os dribles classificam-se em:

De Proteção: estando o jogador de costas ou de lado para o adversário

6.2 SISTEMA TRIFÁSICO

Conhecido entre os atletas como as “três passadas”.

É considerada pela literatura específica do método parcial como um fundamento

Page 21: ATPS Handebol Completo

onde o jogador dá três passos à frente e em direção a meta adversária com a posse

da bola. É quando o jogador começa a passada com o mesmo braço que realizará o

arremesso, sendo assim, o jogador dá dois passos seguidos com a mesma perna.

Dupla Progressão ou Duplo Ritmo Trifásico – conhecido entre os atletas como

“dupla passada”, é considerado pela literatura específica do método parcial como um

fundamento onde o jogador dá “sete” passos com a posse da bola, sendo

obrigatoriamente realizados à frente, da seguinte forma: 

Os três primeiros passos são dados com a posse da bola imediatamente após ter

recebido a mesma, E simultaneamente na execução do quarto passo o jogador terá

que quicar a bola no solo uma vez,Tornar a empunhá-la e dar mais três passos com

a bola dominada. Ao final do sétimo passo ele terá obrigatoriamente que passar ou

arremessar a bola. A literatura indica que o primeiro passo deverá ser executado

com a perna contrária ao braço que realizará o arremesso.

7 FINTAS

São as mudanças de direção feitas pelo jogador atacante com o objetivo de evitar a

ação do defensor. Não podemos confundir a finta com o desmarque, embora o

objetivo seja o mesmo – evitar a marcação do oponente direto. Sem dúvida, para

que possa ser considerada finta, o jogador tem que estar de posse de bola e

próximo ao seu adversário direto; enquanto o desmarque, pode estar colocado perto

ou longe do adversário com ou sem a posse de bola.

Fintas: São mudanças de direção realizadas pelo jogador atacante que, estando de

posse de bola, procura evitar a ação do defensor.

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8 ARREMESSOS

São os fundamentos que são executados sempre para tentar fazer o gol. A maioria

dos arremessos podem ser denominados “de ombro” e seguem basicamente a

mesma descrição de movimento a seguir – a bola 

Deve ser empunhada, palma da mão voltada para frente, cotovelo ligeiramente

acima da linha do ombro, a bola deve ser levada na linha posterior a da cabeça e no

momento do arremesso ser empurrada para frente com um movimento de rotação o

úmero.

Podem ser executados das seguintes maneiras: 

A- Parado – significa que um dos pés do arremessador ou ambos estejam em

contato com o solo - usado no Tiro de 7 metros.

B- Em suspensão– significa que no momento do arremesso não há apoio de

nenhum tipo, do arremessador com o solo;

C- Com queda para frente– significa que após a bola ter deixado a mão do

arremessador, o mesmo realiza uma queda, normalmente a mesma se dá dentro da

área adversária e de frente – arremesso bastante comum entre os pivôs e

eventualmente entre os pontas.

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D- Com giro e queda (dois lados); 

E- Com Rolamento – significa que após a bola ter deixado a mão o arremessador, o

mesmo realiza um rolamento, na maioria das vezes um rolamento de ombro. Este

tipo de arremesso é mais comum entre os pontas, e eventualmente pelos pivôs.

9 CONTRA-ATAQUE

São as ações decorrentes do jogo, onde uma das equipes, após sua ação defensiva,

inverte a situação do jogo indo à direção ao gol adversário. Em uma situação de

ataque sem que a defesa adversária possa se posicionar de maneira adequada.

O contra-ataque é um dos meios mais eficientes de se chegar ao gol, na grande

maioria dos casos ele é realizado pelo goleiro, mas como vamos iniciar esse

“fundamento”, todos os alunos passaram por ambas as fases, o passe longo (fase

aérea) e a recepção.

O contra-ataque pode ser dividido em direto e sustentado, o direto é quando o

jogador recebe a bola próximo do gol e não necessita de tocar para outro do time, o

sustentado ou apoiado é quando a bola é dada para qualquer jogador e este leva a

bola ao gol com a ajuda da equipe.

Regras Básicas do Handebol

1 AS BALIZAS (TRAVES):

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Medem 3m de largura e 2m de altura. Os postes e o travessão, de madeira, liga

leve ou material sintético, são quadrados e com 8 cm de espessura. Pintados

geralmente com duas cores diferentes. As redes são presas sem tensores.

2 A BOLA:

De couro ou material sintético. Pesa de 425g a 475g e tem de 58 cm a 60 cm de

circunferência para Homens e de 325g a 400g e tem 54 a 56 cm de circunferência

para mulheres.

3 TIMES:

Geralmente de 12 a 14 jogadores, goleiros e jogadores de linha. Há um goleiro e

mais 6 jogadores na quadra de jogo.

4 O JOGO:

É constituído por dois tempos de 30 minutos com 10 minutos de intervalo entre eles,

o cada técnico tem direito há dois tempos técnico um em cada período. O número de

substituições é ilimitado, mas elas têm de ser feitas dentro da linha de 4,5 metros

que cada time possui, e também elas são feitas sem a interrupção do jogo, caso

ocorra uma substituição fora da linha permitida o time sofre uma penalização de 2

minutos, ou seja, o time tem de ficarem dois minutos com um jogador a menos na

quadra, esta penalização também é aplicada para faltas violentas. O objetivo básico

do jogo é manobrar o adversário passando a bola hábil e rapidamente entre os

jogadores, e quando possível arremessá-la ao gol, marcando um ponto. É preciso

ter muito jogo de corpo para enganar o adversário, e deixar um companheiro livre.

Como no futebol e no basquete é preciso mudar rapidamente de direção e

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velocidade e usar de passes inesperados (às vezes no maior estilo NBA) para atingir

o gol.

“O handebol é um jogo que exige movimentação constante. Portanto, para que não haja confusão, é importante que toda a equipe saiba movimentar-se conjuntamente

dentro da quadra e que cada jogador conheça a própria função” (Ventura, 1999, p.103)

5 DESENVOLVIMENTO:

O drible é permitido (mas torna a jogada lenta, é melhor passar a bola). Não é

permitido o duplo drible, mas pode-se fazer uma seqüência de 3 passos, drible, 3

passos, podendo em seguida arremessar ou passar a bola. Também é permitido

caminhar picando a bola. Não há tempo definido para o ataque, mas se o juiz decidir

que o time não está buscando o gol, ele pode dar ataque passivo, passando a posse

da bola para o outro time. Quando a bola passa pela linha de fundo, mesmo tendo

tocado no goleiro do time defensor, a posse da bola é do goleiro que a repõe, mas

se a bola tocar em jogador se não for o goleiro dentro da área a posse da bola será

do time que ataca.

6 POSIÇÕES DO HANDEBOL:

6.1 Goleiro:

Defende o gol de uma determinada equipe, sendo o único que tem acesso livre à

área defensiva. Pode, entre outras coisas, defender a bola com os pés e sair da área

sem o domínio da bola

6.2 Central:

Normalmente é o jogador mais habilidoso, pelo qual quase todas as bolas passam.

É o principal coordenador ofensivo e defensivo da equipe.

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6.3 Armador:

Existem dois meios num time de handebol: o armador direito e o armador esquerdo.

Posicionam-se entre Os pontas e o central, sendo fundamentais no engajamento e

coordenação do ataque e na estrutura da defesa.

6.4 Ponta:

O nome já diz. São atletas que jogam nas extremidades laterais da quadra. Num

time existem dois pontas, um esquerdo e outro direito. Normalmente jogam bem

abertos para atrair a atenção dos defensores, deixando o meio da área menos

congestionado.

6.5 Pivô:

Joga infiltrado na defesa do adversário, fazendo bloqueios para os companheiros e

recebendo bolas na linha dos 6 metros, em frente à área do goleiro adversário.

7 Área do Gol

Fica entre a linha de fundo e a linha de 6m. Somente o goleiro pode permanecer na

área de gol. O atacante que penetra essa área é castigado com um tiro livre; se for

propositadamente e não tiver a posse da bola, será dado lance livre. O jogador que

invadir a área de gol, depois de ter lançado a bola, não está sujeito a qualquer

punição, desde que isso não resulte em prejudizo para a ação do adversário.

8 Goleiro / Gol

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O goleiro é o único jogador que pode se deslocar para qualquer posição da quadra;

é o único que pode parar ou rebater a bola com os pés (mas isso apenas na sua

área), fora dela deve jogar como qualque jogador de linha. Só sera considerado gol

a bola que lançada regularmente ultrapasse inteiramente a linha de gol por, dentro

da baliza.

9 Manejo da Bola

É permitido lançar, bater, empurrar, socar, parar e pegar a bola, não importa de que

maneira, com a ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos. Segurar a

bola durante o máxio de três segundos, mesmo ela estando no chão. Fazer o

máximo de três passos com a bola na mão. É proibido conduzir ou manejar a bola

com os pés.

10 Comportamento com o adversário

Utilizar os braços ou as mãos para se apoderar da bola. Tirar a bola da mão do

adversário com as mãos abertas, não importa de que lado. Bloquear o caminho ao

adversário com o corpo. É proibido arrancar a bola do adversário com uma ou duas

mãos, assim como bater com o punho na bola que o mesmo tem as mãos.

11 Tiro de meta

O tiro de meta é ordenado nos seguintes casos: quando, antes de ultrapassar a linha

de fundo, a bola tenha sido tocada por um jogador da equipe atacante ou pelo

goleiro da equipe defensora, estando este dentro da sua área de gol. O tiro de meta

deve ser cobrado dentro da área do goleiro, e só ele poderá colocar a bola em jogo.

Page 28: ATPS Handebol Completo

12 Bola ao chão

A bola ao chão é marcada quando, mantida a bola dentro da quadra e fora das

áreas de goleiro, ocorrer: falta simultânea de jogadores das duas equipes;

interrupção do jogo por qualquer motivo ou razão que não se caracterize como

infração as regras.

13 Escanteio

O lance de escanteio é ordenado desde que a bola tocada pela equipe defensora

ultrapasse a linha de fundo (sem que o goleiro desta tenha tocado na bola). O lance

é executado no ponto de interseção da linha de fundo e a linha lateral, do lado onde

a bola tenha saído.

14 Lance lateral

O lance lateral é ordenado desde que a bola tenha ultrapassado totalmente a linha

lateral. Ao ser cobrado o jogador deverá manter um pé sobre a linha lateral e o outro

fora da quadra, caso isto seje desrespeitado o árbitro poderá ordenar nova cobrança

de lateral ou aplicar reversão, dando o direito da cobrança a equipe adversária.

14.1 Lance de 7m

Este lance apenas é ordenado com a execução de uma falta grave sobre o

adversário; no momento da cobrança os jogadores da defeza e ataque deverão

permanecer atás da linha de 9m. O jogador que for cobrar deverá manter um pé fixo

perante a linha de 7m, não podendo invadí-la ou mover este pé.

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14.2 Lance livre

É ordenado lance livre nos seguintes casos: entrada ou saída irregular de um

jogador; mau comportamento; faltas cometidas pelos jogadores na área de gol;

lançamento intencional da bola para sua área de gol; faltas do goleiro; execução ou

conduta irregular nos lances de lateral, escanteio, livre, tiro de meta e 7m; atitude

antidesportiva.

15 Execução

Antes da execução de todos os lances citados acima a bola deverá pousar na mão

do lançador e todos os jogadors deverão ter tomado a posição regularmente.

Apenas o lançador pode tocar na bola e este não deve ficar batendo-a contra o

chão, pois o árbitro pode considerar o lance como cobrado e aplicar reversão da

jogada.

16 Punições

16.1 Cartão Amarelo

Serve para advertir qualquer atleta ou técnico. Aplicado em algumas faltas, por

reclamações ou quando após uma falta o jogador não deixa a bola no lugar indicado,

podendo variar com o critério de cada árbitro.

Dois Minutos: - Este apenas é aplicado a jogadores. Quem receber esta punição

deve permanecer fora da partida durante um períiodo de dois minutos (que será

controlado pelo cronometrista), e após podendo retornar ao jogo com permição da

mesa de arbitragem. Durante este período o time fica com um jogador a menos, esta

punição é geralmente aplicada a faltas desnescessárias e a substituições incorretas.

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16.2 Cartão Vermelho: (ou desqualificação)

Ao ser aplicado um Cartão Vermelho o jogador deve retirar-se da quadra, não

podendo nem permanecer no banco de reservas e nem voltar mais a partida. O time

permanece durante dois minutos com um jogador a menos e após pode completar o

time com outro jogador. (O jogador que receber mais que 3 "Dois Minutos" durante a

partida é automaticamente desqualificado, sofrendo todo o peocesso acima descrito)

16.3Exclusão

Este é um recurso extremo da arbitragem, utilizado apenas em casos de agressão

física e verbal. O jogador que sofrer exclusão não pode voltar a quadra e nem se

sentar no banco de reservas, e seu time permanece até o fim da partida com um

jogador a menos.

17 Localização da Arbitragem

O jogo é dirigido por dois árbitros, asistidos por um secretário e um cronometrista.

17.1 Os Árbitros

Os dois árbitros(juízes) atuam em conjunto tanto nos lances de defesa e ataque de

ambos os times. (geralmente um árbitro se situa na linha de fundo, de um lado da

quadra, e o outro na linha de meio campo, do outro lado da quadra). Eles atuam em

cooperação e suporte mútuos, observam além do foco do jogo, todos os outros

jogadores.

18 O Secretário

Este fica sentado na mesa de arbitragem, possui a súmula da partida e deve

computar todas as estatísticas do jogo, para auxiliar os juízes (tal como: número de

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gols; quem marcou o gol; número de cartões amarelos, dois minutos e faltas de cada

jogador).

19 O Cronometrista

É quem controla o tempo da partida, também está sentado à mesa de arbitragem.

Possui um cronômetro que deve ser interrompido toda vez que os juízes ou os

técnicos dos times assim solicitarem. Também é sua função cronometrar os lances

de "dois minutos", sendo ele responsável pela volta do atleta ao jogo.

Conclusão

 O handebol é um esporte que foi inventado na Alemanha em 1919 por um professor

de Educação Física chamado Karl Scheleng, reformulando um jogo anterior

chamado torball.Handebol tanto no Brasil tanto em outros países obteve muitas

mudanças, devido a sua forma nova de jogabilidade.

Em nosso país, o handebol como modalidade de campo foi introduzido em São

Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30. O

handebol ficou restrito a São Paulo até a década de 60, quando o professor francês

Augusto Listello, durante um curso internacional em Santos, apresentou a

modalidade a professores de outros estados.

    É um exporte muito veloz, com a bola movimentada com passes feitos pelas

mãos até chegarem a área do adversário.  Os defensores fazem com o corpo uma

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barreira na área de lançamento para impedir o gol. Se o goleiro não defender sua

equipe recomeça o jogo a partir do meio do campo.

 No início, o jogo foi inventado para as alunas, depois passou a ser praticado

também pelos rapazes. O handebol é um esporte que sempre foi muito popular entre

os estudantes, por ter sido inventado por um professor e divulgado entre os

estudantes.

O Handebol estreou como esporte olímpico somente em 1936, durante as

Olimpíadas de Berlim (Alemanha). A medalha de ouro ficou com a seleção alemã. O

primeiro jogo internacional de Handebol ocorreu entre Alemanha e Áustria, no ano

de 1925. A Áustria saiu vencedora pelo placar de 6 a 3.

O handebol e uma modalidade que obteve mudanças devido a Federação Paulista

de Handebol, que criou algumas regras para melhorar a pratica dessa modalidade,

tendo punições bastante rígidas, para garantir a pratica amigável dentro da quadra.

Referencias Bibliográficas

SILVA, Rogério, Esportes de Quadra, 1ª Edição, 1999, Editora SPRINT

VENTURA, Hudson, Educação Física e Desportos, 4ª Edição, 1999, Editora Saraiva

ZAMBERLI, Elói, Escolar e de Iniciação, 1ª Edição, 1999, Editora Treinamento Desportivo

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