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CURSO ON-LINE - AUDITORIA EM EXERCÍCIOS P/ RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 01 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução ........................................................................................ 01 Aula 01.............................................................................................. 02 Lista de questões ............................................................................... 36 Bibliografia ........................................................................................ 43 Introdução Caro Aluno, Vamos dar continuidade ao nosso curso de Auditoria em exercícios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Na aula passada falamos sobre o que é auditoria e quem é o auditor: discutimos os conceitos gerais envolvidos, as diferenças entre auditoria interna e externa, as responsabilidades do auditor independente e as condições para sua independência. Hoje, passaremos a estudar como é o trabalho de auditoria, ou seja, que atividades são desenvolvidas pelo auditor, desde o início dos trabalhos – falaremos sobre planejamento, testes e procedimentos de auditoria. Além disso, para introduzir essa discussão, abordaremos os conceitos envolvidos nos controles internos das entidades, para que servem, como se classificam e qual o seu impacto na auditoria. Lembramos que, por se tratar de um curso de exercícios, faremos referência de um mesmo assunto em diversas ocasiões, trazendo muitas vezes assuntos de aulas passadas ou “dando uma canja” de assuntos que ainda estão por vir. Contudo, esperamos fazer disso um mecanismo de facilitação à memorização do conteúdo. Pois você sabe que para memorizar é necessária a repetição. Outra coisa: não esqueça que sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. E, por último, participe do Fórum de dúvidas! Chega de papo e mãos à obra...

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Introdução ........................................................................................ 01 Aula 01.............................................................................................. 02 Lista de questões ............................................................................... 36 Bibliografia ........................................................................................ 43

Introdução

Caro Aluno,

Vamos dar continuidade ao nosso curso de Auditoria em exercícios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Na aula passada falamos sobre o que é auditoria e quem é o auditor: discutimos os conceitos gerais envolvidos, as diferenças entre auditoria interna e externa, as responsabilidades do auditor independente e as condições para sua independência.

Hoje, passaremos a estudar como é o trabalho de auditoria, ou seja, que atividades são desenvolvidas pelo auditor, desde o início dos trabalhos – falaremos sobre planejamento, testes e procedimentos de auditoria.

Além disso, para introduzir essa discussão, abordaremos os conceitos envolvidos nos controles internos das entidades, para que servem, como se classificam e qual o seu impacto na auditoria.

Lembramos que, por se tratar de um curso de exercícios, faremos referência de um mesmo assunto em diversas ocasiões, trazendo muitas vezes assuntos de aulas passadas ou “dando uma canja” de assuntos que ainda estão por vir.

Contudo, esperamos fazer disso um mecanismo de facilitação à memorização do conteúdo. Pois você sabe que para memorizar é necessária a repetição.

Outra coisa: não esqueça que sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários.

E, por último, participe do Fórum de dúvidas!

Chega de papo e mãos à obra...

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Aula 01

1. (ESAF – SEFAZ/RN– AFTE– 2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade:

a) deve ser superior aos benefícios por ele gerados. b) não deve ser inferior aos benefícios por ele gerados. c) não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele gerados. d) deve ser superior ou igual aos benefícios por ele gerados. e) não deve ser superior aos benefícios por ele gerados.

Resolução:

Atenção: Destacamos, mais uma vez, que os comentários dessas primeiras questões serão um pouco mais extensos, no decorrer das aulas, na medida em que vamos tomando contato com novos conceitos, acumulando conhecimentos, eles vão ficando mais sucintos.

Desta forma, antes de comentar essa primeira questão, vamos aprender alguns conceitos básicos sobre Controle Interno.

O controle é uma das funções básicas da administração e tem como objetivo primordial garantir que os diferentes processos e atividades executados estão de acordo com o que foi planejado, permitindo que sejam efetuadas correções sempre que necessário.

O Controle Interno são ações tomadas pela Administração para aumentar a probabilidade de que os objetivos e as metas estabelecidos estão sendo atingidos.

Dessa forma, representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de:

• proteger os ativos (controles contábeis); • produzir dados contábeis confiáveis (controles contábeis); e • ajudar a administração na condução dos negócios (controles

administrativos).

Os dois primeiros objetivos representam controles internos contábeis e o último, controles interno administrativos.

Vejamos alguns exemplos de controle interno:

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Controles Contábeis Controles Administrativos

Sistemas de conferência, aprovação e autorização

Análise de lucratividade por linha de produto

Segregação de funções Controle de qualidade

Controle físico sobre ativos Treinamento de pessoal

Auditoria interna Estudos para aumento de eficiência produtiva

Atenção! Auditoria Interna é um tipo de controle interno.

Controle interno é um elemento que compõe o processo de gestão e é responsabilidade de todos, cujo objetivo principal é auxiliar a entidade atingir seus objetivos, que podem ser divididos em três principais dimensões:

Além disso, temos que destacar que o controle interno é um processo, desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa, ou seja, proporciona uma garantia razoável, nunca uma garantia absoluta.

E por quê? Por vários motivos… vamos citar alguns:

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• custo/benefício: todo controle tem um custo, que deve ser inferior à perda decorrente da consumação do risco controlado, ou seja, inferior aos benefícios gerados;

• conluio entre empregados: da mesma maneira que as pessoas são responsáveis pelos controles, estas pessoas podem valer-se de seus conhecimentos e competências para burlar os controles, com objetivos ilícitos;

• eventos externos: eventos externos estão além do controle de qualquer organização. Exemplo disso foram os acontecimentos do dia 11/09/2001, nos Estados Unidos. Quem poderia prever ou controlar os fatos ocorridos?

Bom… depois dessa introdução já podemos responder nossa questão, não é mesmo?

A relação (custo X benefício) deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade não deve ser superior aos benefícios por ele gerados.

Portanto, a resposta é o item E.

Gabarito: E

2. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Os controles internos podem ser classificados em:

a) contábeis e jurídicos. b) patrimoniais e econômicos. c) financeiros e econômicos. d) empresariais e externos. e) administrativos e contábeis.

Resolução:

Vimos que os controles internos podem ter como objetivo proteger os ativos e produzir dados contábeis confiáveis (controles contábeis) ou ajudar a administração na condução dos negócios (controles administrativos)

O único item que traz essa classificação é a letra E.

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Gabarito: E

3. (ESAF– SEFIN/Fortaleza- Auditor do Tesouro Municipal– 2003) A segregação de uma operação em fases distintas executadas por profissionais diferentes dentro de uma área/departamento é evidência de um bom controle interno. Indique qual dos pontos a seguir não se refere a um procedimento de controle interno.

a) normatização b) limites de alçada c) supervisão d) senhas e) demissão

Resolução:

Vamos continuar falando de controles internos, destacando que a administração da entidade é a responsável pelo estabelecimento dos sistemas de controle interno e pela verificação se esses estão sendo devidamente cumpridos pelos seus funcionários.

Dessa forma, a empresa é capaz de modificar e adaptar seus controles, de forma a promover as melhorias necessárias para a consecução dos seus objetivos institucionais.

No desenho dos seus controles internos, as empresas podem utilizar diversas atividades que, quando executadas a tempo e maneira adequados, permitem a redução ou administração dos riscos.

• Alçadas: são os limites determinados a um funcionário, relativos aos valores ou posições.

• Autorizações: atividades e transações que necessitam de aprovação de um supervisor.

• Auditoria Interna: atividade que permite que sejam verificadas se as normas internas estão sendo seguidas e que se avalie a necessidade de novas normas.

• Segregação de Funções: estabelecer que uma mesma pessoa (ou setor) não pode exercer atividades que gerem conflito de interesses.

• Normatização Interna: definição, de maneira formal, das regras internas necessárias ao funcionamento da entidade.

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• Conciliação: confrontação da mesma informação com dados vindos de bases diferentes.

• Revisões de Desempenho: acompanhamento de uma atividade ou processo, para avaliação de sua adequação e/ou desempenho, em relação às metas.

• Segurança Física: controle de acessos, controle da entrada e saída de funcionários e materiais, senhas para arquivos eletrônicos etc.

• Sistemas Informatizados: controles feitos através de sistemas informatizados.

Voltando à questão, é fácil ver que todos os itens, com exceção da letra E, são atividades de controle interno.

Demissão não é uma forma de controle interno, mas uma consequência de má execução ou de desempenho insuficiente de um funcionário.

Portanto, o item correto é a letra E.

Gabarito: E

4. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2002) Indique o componente abaixo que não está relacionado com a estrutura de controle interno de uma entidade.

a) Controle das atividades b) Informação e comunicação c) Risco de auditoria d) Monitoração e) Avaliação de risco

Resolução:

Essa questão trata de uma metodologia específica de avaliação e aperfeiçoamento do controle interno – COSO I.

O Committee of Sponsoring Organizations (COSO) é uma entidade do setor privado, sem fins lucrativos, voltada para o aperfeiçoamento da qualidade de relatórios financeiros por meio de implementação de controles internos e governança corporativa.

Essa instituição definiu uma metodologia a partir da premissa que o Controle Interno é um processo constituído de 5 elementos, sempre presentes e interrelacionados entre si.

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Não vamos entrar em muitos detalhes relacionados a essa metodologia. Para nós, basta saber que o controle interno, segundo o COSO, é constituído de 5 elementos: Ambiente de Controle; Avaliação de Risco; Atividades de Controle; Informação e Comunicação; e Monitoração.

Obs.: controle das atividades = monitoramento = monitoração

Dessa forma, o único elemento que não faz parte dessa metodologia é “Risco de auditoria”.

Veremos logo mais que risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas.

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Gabarito: C

5. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) A principal finalidade do auditor independente de demonstrações contábeis quando estuda e avalia o sistema contábil e de controle interno da entidade auditada é:

a) coletar dados e informações para elaboração do relatório de sugestões à entidade auditada.

b) determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria.

c) procurar evidências de fraudes ou erros, ocorridos ou potenciais, de efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

d) identificar transações, não registradas nos controles, de impacto relevante nas demonstrações contábeis.

e) elaborar fluxogramas para análise de oportunidades de redução de custos e despesas da entidade auditada.

Resolução:

Vamos, agora, ver qual é a relação entre auditoria independente e controles internos.

Qual é a importância dos controles internos de uma entidade para o auditor externo?

O auditor independente precisa conhecer os sistemas de controle interno da auditada para melhor definir como executará seu trabalho. Em outros palavras, deve efetuar o estudo e avaliação do sistema de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza (o que), oportunidade (quando) e extensão (quanto) da aplicação dos procedimentos de auditoria.

Vamos voltar à nossa questão e analisar item a item.

Item A: errado. O objetivo primordial do auditor independente é avaliar o controle interno da entidade é coletar informações para emitir sua opinião (=parecer). Sugestões

“O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base para

determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria (...)”

Item 11.2.5.2 da NBCT 11

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e recomendações são ações secundárias para esse profissional (diferente do auditor interno).

Item B: correto. É exatamente o que falamos: o auditor independente avalia os controles internos para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria.

Item C: errado. O auditor não avalia os controles internos com o objetivo de procurar erros e fraudes. Não esqueça! A responsabilidade primária pela detecção de erros e fraudes é da administração.

Item D: errado. Identificar transações, não registradas nos controles, de impacto relevante pode até ser um resultado da avaliação, mas não é seu objetivo principal.

Item E: errado. Essas atividades são características de serviços de consultoria e não de auditoria.

Gabarito: B

6. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) Indique a opção que representa um fator relevante que deve ser considerado pelo auditor independente no estudo e avaliação do sistema contábil e de controle interno.

a) O grau de descentralização de decisão adotado pela administração. b) O índice de liquidez e de rentabilidade da entidade. c) As transações e eventos subseqüentes à data-base do balanço. d) A reavaliação de ativos tangíveis e a aprovação em assembléia. e) Os critérios adotados para elaboração do relatório da administração.

Resolução:

Vimos que o auditor independente avalia os controles internos para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria.

Nessa avaliação, segundo a NBC T 11, devem ser levados em considerações os seguintes itens:

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• o tamanho e complexidade das atividades da entidade;

• os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto externos;

• as áreas de risco de auditoria;

• a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade;

• o grau de descentralização de decisão adotado pela administração da entidade; e

• o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.

Vamos voltar à nossa questão…

Item A: correto. O nível de centralização das atividades da entidade é um componente importante na avaliação do controle interno, pois permite levantar pontos como: necessidade de segregação de funções, excesso de poder, falta de mecanismos de confirmação etc.

Item B: errado. Esse item deixa um pouco de dúvidas, pois os indicadores financeiros poderiam ser interpretados como controles internos administrativos.

Contudo, a questão fala em “avaliação do sistema contábil e de controle interno” – o que pode nos levar a abandonar a busca por controles administrativos.

Bom… o que podemos falar? Prova é assim, mesmo… temos que saber buscar, às vezes, qual é o item “mais correto”. Como a letra A se encaixa perfeitamente, ficamos com ela.

Item C: errado. As transações e eventos subsequentes são importantes na execução da auditoria, mas não estão diretamente relacionados ao sistema de controle interno (falaremos sobre isso em outra aula).

Item D: errado. A reavaliação dos ativos também não pode ser considerada um fator relevante na avaliação de controles internos, pois não constitui propriamente um procedimento de controle.

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Item E: errado. Finalmente, os critério para a elaboração de relatórios, de forma genérica como foi posto no item, também não são importantes na avaliação do auditor independente.

Gabarito: A

7. (ESAF – SEFIN/Recife – Auditor de Tributos Municipais - 2003) A existência de controles internos eficientes previne contra a fraude e minimiza os riscos de erros e irregularidades nos registros e nos processos contábeis. Com base nesta afirmação, indique qual das afirmativas a seguir não representa um procedimento de controle interno.

a) Segregação de funções da pessoa que executa a escrituração contábil da que elabora os relatórios contábeis.

b) Sistema de autorização e aprovação de compras, com limites de alçada e níveis de autorização.

c) Elaboração de inventários periódicos para confirmação da existência física dos estoques pertencentes à empresa.

d) Controles da entrada e saída de bens do Ativo Permanente Imobilizado. e) Acordo entre os funcionários do processo de compras para direcionar a

compra para a empresa Beta.

Resolução:

Depois de tudo que falamos, ficou “matar” essa questão, não? Vejamos…

Item A: correto. A segregação de funções é um procedimento de controle que estabelece que uma mesma pessoa (ou setor) não pode exercer atividades que gerem conflito de interesses.

Item B: correto. Definir atividades e transações que necessitam de aprovação de um supervisor (=autorizações) e definir os limites determinados a um funcionário, relativos aos valores ou posições (=alçadas) também são procedimentos de controle.

Item C: correto. Inventários periódicos também são atividades de controle e permitem averiguar a situação do estoque e evitar fraudes como desvio de produtos. Item D: correto. Controle de acesso dos ativos também é um importante mecanismo de controle que, por exemplo, impede que pessoas não autorizadas acessem determinados ativos (ex.: máquinas) e comprometam sua integridade.

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Item E: errado. Sem comentários, não é? Isso é um conluio e não um mecanismo de controle.

Gabarito: E

8. (ESAF – TCE/GO – Auditor - 2007) Todas as opções abaixo são importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. Aponte a única opção falsa.

a) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem.

b) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos.

c) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade.

d) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados.

e) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados.

Resolução:

Vamos tratar, agora, do primeiro passo de um trabalho de auditoria: o planejamento de auditoria.

Vamos iniciar nossa discussão se perguntando como é o trabalho de um auditor. De uma forma geral, podemos estruturá-lo em três grandes etapas: planejamento – execução – parecer.

O planejamento é a etapa inicial da auditoria. Nesse momento, o auditor “pensa o seu trabalho”, identificando quais são seus objetivos e definindo os detalhes que conduzirão os trabalhos (cronograma, procedimentos, riscos envolvidos etc.).

Nessa etapa, o auditor independente estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade, definindo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz. (Lembra de avaliação dos sistemas contábeis e de controle interno?)

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Esse Planejamento da Auditoria é, muitas vezes, denominado Plano de Auditoria, ou Programa de Auditoria, conceitos que, também, podem ser considerados como parte do Planejamento da Auditoria.

Portanto, preste atenção nesse detalhe: as expressões “Plano de Auditoria” ou “Programa de Auditoria” podem ser usadas como sinônimos de “Planejamento de Auditoria” ou como parte desse planejamento.

O planejamento é um processo que se inicia na fase de avaliação para a contratação dos serviços. Nessa etapa, devem ser levantadas as informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da entidade, a sua complexidade, a legislação aplicável, os relatórios, o parecer e os outros informes a serem emitidos, para, assim, determinar a natureza do trabalho a ser executado.

As etapas e as épocas em que serão executados os trabalhos devem compor o cronograma de trabalho, no qual devem ficar evidenciadas as áreas, as unidades e as partes relacionadas que serão atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os compromissos assumidos com a entidade auditada foram cumpridos.

Como parte desse cronograma, é importante definir as épocas oportunas de realização dos trabalhos de auditoria, a existência de épocas cíclicas nos negócios da entidade, as épocas em que a presença física do auditor é recomendável para efetuar avaliações sobre as transações da entidade, os prazos para a emissão de pareceres e relatórios dos trabalhos realizados etc.

Assim, no planejamento, devem constar as horas distribuídas entre as várias etapas do trabalho e o auditor independente deve apresentar uma estimativa de honorários e horas ao cliente - conforme determinam as Normas Profissionais de Auditoria Independente - na qual prevê o cumprimento de todas as etapas do trabalho a ser realizado.

Dentro desse processo, pressupõe-se que o auditor busque conhecer a entidade auditada, pois somente assim será capaz de estabelecer uma estratégia de trabalhos eficiente que lhe permita obter sucesso na auditoria.

Em outras palavras, o auditor, já durante o planejamento, deve buscar um adequado nível de conhecimento sobre a entidade auditada, seus negócios e o setor na qual está inserida.

Finalmente, queremos ressaltar que todas as informações obtidas para fins de planejamento devem compor a documentação comprobatória de que o auditor executou as etapas previstas nas normas de auditoria, além disso, é importante saber que muitas dessas informações são confirmadas durante os trabalhos de campo, o que implica a necessidade de o auditor

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independente revisar seu planejamento e ajustá-lo à medida que for executando os trabalhos.

O planejamento e os programas de auditoria devem ser revisados permanentemente, como forma de o auditor independente avaliar as modificações nas circunstâncias e os seus reflexos nos procedimentos de auditoria a serem aplicados.

Ou seja, o planejamento não é algo estático ou imutável, ele pode evoluir ao longo da execução dos trabalhos, de forma a permitir que auditora atinja seus objetivos com eficácia e eficiência.

Vamos, agora, responder cada um dos itens da questão.

Item A: errado. O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem.

Item B: correto. É exatamente isso. O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia, como roteiro para execução dos trabalhos do auditor e da sua equipe.

Além disso, serve com meio de controle do progresso dos trabalhos e para supervisão e controle de qualidade.

Item C: correto. Vimos que o auditor deve buscar conhecer a entidade auditada para ser capaz de estabelecer uma estratégia de trabalhos eficiente que lhe permita obter sucesso na auditoria.

Item D: correto. Falamos que todas as informações obtidas para fins de planejamento devem compor a documentação comprobatória de que o auditor executou as etapas previstas nas normas de auditoria.

Item E: correto. Já discutimos as responsabilidades do auditor na aula passada. Sabemos que o auditor independente assume total responsabilidade pelos trabalhos desenvolvidos pela sua equipe, em qualquer fase da auditoria.

Gabarito: A

9. (ESAF – CGU – AFC AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – 2006) Como objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir:

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a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis.

b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos.

c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida.

d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade. e) identificar a legislação aplicável à entidade.

Resolução:

Tudo bem… mas para que serve esse planejamento? Quais são os seus objetivos? De acordo com a NBC T 11.41, os principais objetivos do planejamento são:

• obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis;

• propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos, previamente, estabelecidos;

• assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida;

• identificar os problemas potenciais da entidade;

• identificar a legislação aplicável à entidade;

• estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho;

• definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, quando houver;

• facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente quando forem realizados por uma equipe de profissionais;

• propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e especialistas;

• buscar a coordenação do trabalho a ser efetuado por auditores internos;

1 Resolução CFC 1.035/05 – NBC T 11.4 (Planejamento de Auditoria)

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• identificar os prazos para entrega de relatórios, pareceres e outros informes decorrentes do trabalho contratado com a entidade.

Você deve estar pensando: “Poxa… tenho que decorar todos esses itens…”

Por favor, nem pense nisso! Note que essa lista é exemplificativa e que todos os objetivos citados são bastante intuitivos. Ou seja, não precisamos decorar nada para saber que um dos objetivos do seu planejamento é conhecer a entidade, identificar seus principais problemas, buscar coordenação com outros profissionais etc.

A leitura dos itens da questão já nos mostra, claramente, o que não é um objetivo do planejamento de auditoria: identificar meios para aumento dos lucros da entidade. Isso é trabalho de consultoria.

Gabarito: D

10. (ESAF – CGU – AFC AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – 2006) Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes procedimentos, exceto:

a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual.

b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual.

c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior.

d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira.

e) a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não-revelados.

Resolução:

Um detalhe muito importante e que costuma cair em provas de concurso refere-se a como o auditor deve proceder na sua primeira auditoria em uma entidade.

Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento terá certas particularidades.

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Ora, fazer algo pela primeira vez é bem diferente de repetir um trabalho que foi executado no período anterior.

A realização de uma primeira auditoria numa entidade requer alguns cuidados especiais da parte do auditor independente, podendo ocorrer três situações básicas:

1. entidade nunca foi auditada; 2. entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por auditor

independente; ou, 3. entidade não foi auditada no período imediatamente anterior:

A NBC T 11.4, afirma que, nesses casos, o auditor deve contemplar os seguintes procedimentos:

• obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual;

• exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício atual;

• verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior;

• identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e

• identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não-revelados.

É importante destacar que, no planejamento da primeira auditoria, o auditor independente deve avaliar a necessidade de revisão dos papéis de trabalho e dos relatórios emitidos pelo seu antecessor.

Enfim, o auditor deve verificar se os trabalhos realizados em períodos anteriores ao que está analisando não irão afetar as demonstrações contábeis e, consequentemente, sua opinião.

Todos os itens, com exceção da letra B, correspondem a procedimentos que devem ser executados em uma primeira auditoria.

Vejamos o item B:

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b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual.

Na realidade, o auditor deve examinar a adequação dos saldos de abertura do exercício atual com os de encerramento do exercício anterior. Gabarito: B

11. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais- 2008) O auditor externo, ao efetuar os exames de auditoria na Empresa Relevante S.A., emitiu parecer sem ressalva. No ano seguinte à auditoria, a empresa faliu e foi constatado que existiam erros que tornavam as demonstrações, que haviam sido objeto da auditoria, significativamente incorretas. Esse fato representa, para o auditor, um risco

a) de controle. b) do negócio do cliente. c) contábil. d) sistêmico. e) de auditoria.

Resolução:

Essa é uma questão bem recente da ESAF que nos permite introduzir um dos temas mais cobrados em concursos públicos: risco de auditoria.

Pode ter certeza que, pelo menos, uma questão sobre esse assunto vai estar na sua prova de dezembro.

Tomar decisões sobre risco representa um dos passos principais na realização da auditoria. Nesse sentido, o conceito de risco de auditoria é extremamente importante, pois é uma forma de expressão da idéia de segurança razoável, da idéia de que o auditor agiu, ao mesmo tempo, de forma prudente e eficiente.

A opinião (=parecer) do auditor independente é baseada em uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão adequadas. Existe, portanto, a possibilidade de o auditor não conseguir detectar alguma distorção relevante nas demonstrações contábeis.

Muito cuidado com isso! Não há segurança absoluta de que a auditoria independente irá detectar todos os erros e/ou fraudes que possam comprometer a adequação das demonstrações contábeis. Ou seja, existe um risco envolvido na auditoria.

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O desafio da auditoria está no fato de que os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências referentes a todas as transações realizadas pela entidade.

Dessa forma, o modelo de risco de auditoria orienta os auditores na coleta de evidências, para que possam emitir uma opinião, com razoável segurança.

A avaliação dos riscos orienta as decisões sobre a natureza, época de realização e extensão dos procedimentos de auditoria, bem como a formação da equipe de trabalho.

Enfim, a avaliação de riscos é peça-chave no planejamento de uma auditoria.

O auditor independente deve, na fase de planejamento, efetuar a avaliação dos riscos de auditoria para que os trabalhos sejam programados adequadamente, evitando a apresentação de informações errôneas nas Demonstrações Contábeis.

Tudo bem, mas qual é o conceito de risco de auditoria? Vejamos o que diz a NBC T 11:

Ou seja, o risco de auditoria está relacionado com a possibilidade de o auditor não detectar falhas relevantes nas demonstrações contábeis, emitindo, assim, um parecer “sem ressalvas”, quando deveria emitir um parecer “com ressalvas” ou “adverso”.

Em outras palavras, afirmar que está tudo certo, quando não está…

É nada mais, nada menos que o princípio da prudência, do conservadorismo: é melhor emitir uma opinião incorreta sobre demonstrações corretas do que sobre demonstrações incorretas.

Mais uma vez, muito cuidado! Essa é outra “pegadinha” clássica das bancas – afirmar que risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente corretas. Essa definição está errada.

Bom… vamos entender como é feita essa análise de risco.

Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis

significativamente incorretas.

Item 11.2.3 da NBC T 11

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Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade. Essa avaliação compreende:

• a função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;

• a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade;

• as políticas de pessoal e segregação de funções;

• a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;

• as implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;

• o sistema de aprovação e registro de transações;

• as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e

• as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.

Voltemos à nossa questão…

Observe que o enunciado afirma que no ano após a auditoria a empresa faliu, devido a erros não constatados pelo auditor. Ou seja, o problema de continuidade da empresa não foi identificado (demonstrações estavam incorretas) devido a um erro do auditor (opinião inadequada).

Portanto, foi uma opinião inadequada sobre um parecer incorreto – risco de auditoria.

Gabarito: E

12. (ESAF – SEFAZ/CE– AFRE– 2006) O sistema adquirido pela empresa Certifica S.A. continha um erro de parametrização interna, não registrando na contabilidade dez notas fiscais. O auditor ao realizar os testes de auditoria constata o erro. Esse risco de auditoria é denominado risco de

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a) negócio. b) detecção. c) inerência. d) controle. e) estrutura.

Resolução:

Vamos continuar falando de riscos de auditora, tratando da classificação dos riscos.

A teoria afirma que o risco de auditoria é função de três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

Risco Inerente é a suscetibilidade a impropriedades decorrentes da ausência ou da inadequação de controles internos.

Por exemplo, vamos supor que você tenha uma lanchonete e todo dinheiro que recebe das suas vendas fica jogado em cima do balcão. Ora, é um prato cheio para furtos (=tipo de fraude), não? Com certeza, seu caixa não vai bater no final do dia.

Risco de controle é o risco de uma eventual incorreção não ser tempestivamente detectada, ou seja, mesmo que haja controles adequados, existe a possibilidade de falhas na sua aplicação.

Vamos voltar para o exemplo da sua lanchonete. Imagine que agora você colocou sua esposa(o) controlando o dinheiro das vendas. Por mais que você confie na honestidade e na competência do seu cônjuge, há a possibilidade de erro por desatenção.

Risco de detecção é o risco de o auditor não detectar um erro ou fraude que afete as demonstrações contábeis e está ligado ao grau de eficácia dos procedimentos conduzidos pelo auditor.

Voltando, mais uma vez, ao nosso exemplo, é o risco de você (fazendo papel de auditor) não identificar os problemas que porventura estejam acontecendo na lanchonete.

O risco final (=risco de auditoria) é calculado como sendo o produto desses três tipos de risco.

Mas o que essa fórmula, na prática, pode nos dizer?

Risco de Auditoria = Risco Inerente x Risco de Controle x Risco de Detecção

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Pense na seguinte situação: você vai auditar uma firma e constata que os riscos inerentes e de controle são altíssimos (não há controles internos eficientes e os que existem estão sujeitos a muitas falhas).

O que você faria?

Provavelmente, vai tomar muito mais cuidado ao executar os procedimentos de auditoria (fazer mais testes, avaliar uma quantidade maior de contas etc.). Em outras palavras, vai se esforçar para diminuir o risco de detecção.

Lembre disso! Há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos inerentes e de controle. Quanto maior o risco de detecção, menores os riscos inerentes e de controle a serem aceitos pelo auditor (e vice-versa).

Ou seja, o auditor deve equilibrar os diversos riscos existentes de forma a manter o risco total (=risco de auditoria) em um nível aceitável.

Voltando à questão, percebemos que existe um sistema de controle interno, contudo, ele é falho. Ou seja, trata-se de um risco de controle que foi detectado pelo auditor.

Gabarito: D

13. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços, o auditor deve considerar:

a) aumento de risco inerente. b) redução de risco de controle. c) aumento de risco de detecção. d) redução de risco inerente. e) aumento de risco de controle.

Resolução:

Depois do que vimos, ficou fácil responder essa questão.

O fato de os preços de um produto subirem não influi na eficácia do sistema de controle, ou seja, não é um risco de controle. Da mesma forma, esse fato também não muda a probabilidade de o auditor detectar uma eventual falha, ou seja, não é um risco de detecção.

Trata-se, portanto, de um risco inerente.

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Gabarito: A

14. (FCC – TRT 20ª Região – Analista Adm. – Especialidade Contabilidade – 2006) Em relação à relevância na auditoria independente, é correto afirmar que

a) independe da representatividade quantitativa ou qualitativa dos itens a serem analisados.

b) existe uma relação direta entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância.

c) não guarda qualquer relação com o risco de auditoria. d) indícios de erros repetitivos, mesmo que não relevantes individualmente,

podem indicar deficiência nos controles internos da companhia. e) existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o risco de detecção

que deve ser considerada ao estabelecer-se o nível de relevância.

Resolução:

Essa questão trata de um conceito que está diretamente relacionado com o risco de auditoria: relevância.

Podemos definir relevância como sendo a magnitude de uma omissão ou classificação indevida de informação contábil que torna provável que o julgamento de uma pessoa razoável que tenha utilizado a informação foi alterado ou influenciado por essa omissão ou apresentação enganosa.

Trata-se de entender que algumas informações são importantes (=relevantes) para uma apresentação adequada das Demonstrações Contábeis, e outras não (=irrelevantes).

Assim, dizemos que uma informação é relevante se sua omissão ou distorção puder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto das Demonstrações Contábeis.

Mas como esse conceito de relevância influencia a auditoria?

O auditor faz um julgamento sobre relevância quando está planejando uma auditoria, para que possa tomar decisões quanto a extensão dos trabalhos que serão realizados.

É uma questão de foco. É perda de tempo planejar atividades para encontrar omissões ou incorreções que sejam imateriais.

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O objetivo de uma auditoria é permitir ao auditor opinar se as demonstrações estão, ou não, preparadas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com práticas contábeis aplicáveis.

A determinação do que é relevante, nesse contexto, é uma questão de julgamento profissional.

Cuidado! Não é a entidade que define o que é e o que não é relevante. Essa é uma atribuição do auditor. Pensar de forma diferente seria uma afronta à independência desse profissional.

Na fase de planejamento, o auditor independente deve estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes.

Tanto o montante (aspecto quantitativo) como a natureza (aspecto qualitativo) de possíveis distorções devem ser considerados e documentados, para referência durante a execução e a conclusão dos trabalhos.

Além disso, o auditor independente deve considerar a possibilidade de distorções de valores, relativamente, não-relevantes que, ao serem acumulados, possam, no conjunto, produzir distorção relevante nas demonstrações contábeis.

Por exemplo, um erro pequeno (=irrelevante) que se repete muitas vezes pode, em conjunto, representar uma distorção relevante.

Assim, a relevância definida, quantificada e documentada deve ser considerada pelo auditor independente ao:

• determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria; e

• avaliar o efeito de distorções identificadas.

Dessa forma, o auditor independente deve, no planejamento da auditoria, considerar a ocorrência de fatos relevantes que possam afetar a entidade e a sua opinião sobre as Demonstrações Contábeis, considerando a relevância e seu relacionamento com os riscos identificados durante o processo de auditoria.

Intuitivamente, é fácil perceber que existe uma relação entre relevância e risco de auditoria, não?

Ao definir seu plano de auditoria, o auditor deve levar em conta quais fatores poderiam resultar em distorções relevantes nas demonstrações contábeis sob exame, o que lhe permite tomar decisões como quais itens examinar e onde aplicar, ou não, procedimentos de auditoria.

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Isso permite selecionar procedimentos de auditoria que, combinados, possam reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável.

Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é, quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor estabelecido como nível de relevância e vice-versa.

Vimos que a relevância de uma informação está diretamente ligada à sua representatividade qualitativa ou quantitativa e como isso pode afetar as demonstrações contábeis de uma empresa.

Quando o auditor estabelece um determinado nível de relevância, ele assume que essas informações são importantes.

Por exemplo, imagine dois cenários:

1) o auditor decidiu considerar todas as notas fiscais acima de R$ 100,00 relevantes – nesse caso, o nível de relevância para todas as notas acima de R$100,00 é alto.

2) o auditor decidiu considerar somente as notas fiscais acima de R$ 10.000,00 relevantes - nesse caso, o nível de relevância das notas entre R$ 100 e R$10.000 é baixo.

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Frente às duas situações acima, qual você acha que traz um menor risco para a auditora?

O risco será menor se mais notas fiscais forem analisadas, concorda? Por outro lado, o risco será maior se um menor número de notas fiscais for analisado.

Ou seja, nível de relevância está diretamente ligado à quantidade de informações tratadas em uma auditoria, sendo, portanto, inversamente proporcional ao risco.

Assim, o auditor independente toma essa relação inversa em conta ao determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria. Por exemplo, se na execução de procedimentos específicos de auditoria, o auditor independente determinar que o nível de risco é maior que o previsto na fase de planejamento, o nível de relevância, preliminarmente estabelecido, deve ser reduzido.

Vamos, agora, analisar cada um dos itens da questão.

Item A: errado. Falamos que tanto o montante (aspecto quantitativo) como a natureza (aspecto qualitativo) de possíveis distorções devem ser considerados na definição da relevância na auditoria.

Item B: errado. Vimos que existe uma relação inversa entre relevância e risco de auditoria. Ou seja, quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor estabelecido como nível de relevância e vice-versa.

Item C: errado. Está completamente errado. Relevância e risco de auditoria são conceitos correlacionados. Como afirmamos no item acima: existe uma relação inversa entre o nível relevância e risco de auditoria. Guarde isso!

Item D: certo. Vimos que o auditor independente deve considerar a possibilidade de distorções de valores, relativamente, não-relevantes que, ao serem acumulados, possam, no conjunto, produzir distorção relevante nas demonstrações contábeis. Ou seja, erros repetitivos, mesmo que não relevantes individualmente, podem causar deficiência nos controles internos da companhia.

Item E: errado. A relação entre risco de auditoria e de detecção não é inversa, é direta – quanto maior o risco de detecção, maior será o risco de auditoria. Entretanto,

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sabemos que há uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos inerentes e de controle.

Gabarito: D

15. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Sobre os temas ‘risco de auditoria’ e ‘relevância’, é correto afirmar que:

a) quanto menor for a relevância, maior será o risco. b) quanto menor for o risco, menor será a relevância. c) não existe relação entre risco e relevância. d) quanto maior for a relevância, maior será o risco. e) quanto maior for o risco, maior será a relevância.

Resolução:

Essa questão é bastante interessante, pois traz um entendimento bastante atual da ESAF.

Geralmente falamos que existe uma relação inversa entre o nível de relevância e risco de auditoria, pois é assim que a NBC T 11 traz e assim que sempre foi cobrado em provas de concursos.

Sabemos que o auditor estabelece um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes, ou seja, ele quantifica ou qualifica a relevância. É essa mensuração (=nível) da relevância que deve ser inversamente proporcional ao risco.

Portanto, a primeira vista, afirmar que o risco tem uma relação inversa com a relevância estaria errado. Pelo menos, essa é a nossa opinião. (Note que não estamos falando em nível estabelecido de relevância)

Contudo, a opinião que interessa não é a nossa... e para você, o que importa saber é que o entendimento da ESAF é que o risco tem uma relação inversa com a relevância.

Em outras palavras, quanto menor for a relevância, maior será o risco (e vice-versa).

Gabarito: A

16. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Os testes de observância têm por objeto de análise:

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a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas.

Resolução:

Nessa questão, vamos passar a discutir os conceitos de testes de observância e testes substantivos.

Definimos procedimentos de auditoria como o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos.

Ou seja, para executar seu trabalho o auditor dispõe de duas principais ferramentas:

• Teste de observância (= exames de aderência): visam a obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controles internos da organização estão em efetivo funcionamento.

• Testes substantivos: visam a obtenção de evidências quanto a suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade; e podem ser divididos em:

o Testes de transação de saldos, nos quais o auditor verifica se os fatos contábeis foram adequadamente registrados; e

o Procedimentos de revisão analítica que consistem na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas

Queremos chamar a sua atenção, nesse momento, pois muitos concurseiros confundem muito esse conceito.

O que define o tipo do teste – observância ou substantivo – é o seu objetivo. O primeiro, busca verificar se o controle interno funciona corretamente, o segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis estão corretos, isto é, se são suficientes, exatos e válidos.

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Um exemplo de teste de observância seria verificar se o responsável por conferir a saída de mercadorias está fazendo seu trabalho corretamente.

Já um exemplo de teste substantivo seria verificar se o saldo da conta “estoque” está correto.

Ficou claro?

De acordo com a NBC T 11, na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência, efetividade e continuidade dos controles internos.

Enquanto isso, a aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões:

• existência – se o componente patrimonial existe em certa data;

• direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data;

• ocorrência – se a transação de fato ocorreu;

• abrangência – se todas as transações estão registradas; e

• mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.

Vamos voltar, agora, à nossa questão.

Os testes de observância têm por objeto de análise os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração.

Gabarito: D

17. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando um auditor eleva o nível de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve:

a) aumentar o nível de risco inerente. b) estender os testes de controle. c) aumentar o nível de risco de detecção. d) efetuar testes alternativos de controle. e) aumentar o nível de testes substantivos.

Resolução:

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Para responder essa questão, vamos misturar um pouco os conceitos que vimos até agora.

Nesse caso, o auditor verificou que o risco de controle era alto, após executar os testes de observância, em outras palavras, após avaliar o controle interno da entidade.

Portanto, para manter o risco de auditoria sob controle, terá que diminuir o risco de detecção.

Você lembra quando falamos que existe uma relação inversa entre o risco de detecção e os riscos inerentes e de controle?

Pois bem… agora, como o auditor pode reduzir os riscos de detecção?

Ele faz isso modificando a natureza, a época ou a extensão dos testes substantivos planejados. Nesse caso, ele aumenta o nível desses testes.

Portanto, o item correto é a letra E.

Gabarito: E

18. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de observância e substantivos, ____________ consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.”

a) a inspeção b) a observação c) a investigação e a confirmação d) o cálculo e) a revisão analítica

Resolução:

Já poderíamos responder essa questão com o que vimos até aqui, pois sabemos que os procedimentos que consistem na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas são chamados de procedimentos de revisão analítica.

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Contudo, vamos aproveitar a oportunidade para falar de outros procedimentos (técnicas) utilizados pelo auditor.

• Inspeção: exame de registros e documentos (=exame documental), e de ativos tangíveis (=inspeção física).

• Observação: acompanhamento de processo ou procedimento durante a sua execução.

• Investigação e confirmação: obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade.

• Cálculo: conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias.

• Revisão Analítica: verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.

Os procedimentos acima são aqueles previstos na NBC T 11. Contudo, vamos aproveitas para citar também outros que aparecem na literatura:

• Entrevistas: elaboração de perguntas objetivando obter dados ou documentos para confirmar fatos e dados obtidos de outras fontes ou explorar potenciais recomendações para quesitos previamente definidos.

• Conciliação: verificação da compatibilidade dos dados a partir de diferentes fontes, confrontando o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas analíticas e os registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas.

• Análise de Contas Contábeis: Objetiva examinar as transações que geraram lançamentos em determinada conta contábil, partindo dos lançamentos contábeis para a identificação dos fatos e documentos que o suportam.

Gabarito: E

19. (ESAF – SEFIN/NATAL – Auditor de Tributos Municipais- 2008) A Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica, devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o supervisor tem

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obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”, autorizando. O auditor, ao visitar a área, presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma:

a) investigação. b) revisão analítica. c) mensuração. d) avaliação. e) observação.

Resolução:

Essa questão é uma aplicação do que acabamos de discutir. O examinador quer saber que procedimento de auditoria foi executado.

Vejamos: o auditor, ao visitar a área, presencia (=observa) um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função.

Fácil, não? Trata-se de uma observação.

Bom… já respondemos a questão. Agora perguntamos para você: trata-se de um teste de observância ou de um teste substantivo?

Note que o que está sendo analisado é a efetividade do controle interno, portanto trata-se de um teste de observância.

Gabarito: E

20. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais- 2008) Indique a opção correta correspondente. O auditor, na aplicação dos testes substantivos, realizou os procedimentos a seguir, obtendo as seguintes conclusões, respectivamente:

I. Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos contabilizados no Ativo Permanente;

II. Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo; III. Determinação da última nota emitida no exercício e análise, se

todas as notas estão contabilizadas.

a) ocorrência, análise e mensuração. b) existência, apresentação, abrangência. c) análise, apresentação e ocorrência. d) abrangência, ocorrência e apresentação. e) mensuração, abrangência e análise.

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Resolução:

Vimos que, na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões:

• existência – se o componente patrimonial existe em certa data;

• direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data;

• ocorrência – se a transação de fato ocorreu;

• abrangência – se todas as transações estão registradas; e

• mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.

No caso em pauta, vamos ver cada um dos itens.

I - Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos contabilizados no Ativo Permanente

A cautela de ações é o documento emitido por uma sociedade anônima a um de seus acionistas, certificando que ele é o proprietário de um determinado número de ações.

Portanto ao conferir esses documentos, o auditor está atestando a sua existência.

II - Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo

Ao verificar se os valores de curto e longo prazo estão adequadamente classificados e divulgados, dizemos que o auditor está atestando a sua apresentação.

III. Determinação da última nota emitida no exercício e análise, se todas as notas estão contabilizadas.

Note que, neste caso, o auditor está verificando se todas as transações estão registradas (=abrangência).

Portanto, a sequência correta é existência – apresentação – abrangência.

Gabarito: B

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21. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando a administração de uma entidade solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes, caso não concorde com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-se uma circularização:

a) branca b) preta c) positiva d) negativa e) atestatória

Resolução:

Essa questão fala de uma especificidade de um dos procedimentos de auditoria: a confirmação.

Chamamos de circularização (=pedido de confirmação) a confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade.

Mas como isso funciona?

O auditor pede a entidade auditada expeça cartas dirigidas a credores, fornecedores, clientes, advogados solicitando que confirme diretamente ao auditor determinado fato.

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Esse procedimento pode ser classificado como:

• Negativo: a falta de confirmação por parte da consultada implica que concorda com o que foi perguntado. Somente se discordar da informação, vai enviar uma resposta para o auditor. Ou seja, quem cala consente. (rsrs)

• Positivo: é necessário que o a parte consultada se manifeste para que o auditor tire alguma conclusão – o silêncio, nesse caso, nada diz. O pedido de confirmação positivo pode, por sua vez, ser dividido em duas espécies:

o Branco: quando os valores não são indicados no pedido de confirmação (ex.: quanto o fornecedor deve a empresa?)

o Preto: quando os valores são indicados no pedido de confirmação (ex.: o fornecedor deve a empresa R$ 10.000?)

Voltando à questão, quando a administração solicita aos seus clientes que respondam caso não concorde (=deve responder apenas se não concordar), tem-se uma circularização negativa.

Gabarito: D

Finalizamos, aqui, a nossa aula, esperamos que você tenha gostado…

Nos “veremos” em breve!

Um grande abraço, Davi e Fernando

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Lista de Questões

1. (ESAF – SEFAZ/RN– AFTE– 2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade:

a) deve ser superior aos benefícios por ele gerados. b) não deve ser inferior aos benefícios por ele gerados. c) não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele gerados. d) deve ser superior ou igual aos benefícios por ele gerados. e) não deve ser superior aos benefícios por ele gerados.

2. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Os controles internos podem ser classificados em:

a) contábeis e jurídicos. b) patrimoniais e econômicos. c) financeiros e econômicos. d) empresariais e externos. e) administrativos e contábeis.

3. (ESAF– SEFIN/Fortaleza- Auditor do Tesouro Municipal– 2003) A segregação de uma operação em fases distintas executadas por profissionais diferentes dentro de uma área/departamento é evidência de um bom controle interno. Indique qual dos pontos a seguir não se refere a um procedimento de controle interno.

a) normatização b) limites de alçada c) supervisão d) senhas e) demissão

4. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Indique o componente abaixo que não está relacionado com a estrutura de controle interno de uma entidade.

a) Controle das atividades b) Informação e comunicação c) Risco de auditoria d) Monitoração e) Avaliação de risco

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5. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) A principal finalidade do auditor independente de demonstrações contábeis quando estuda e avalia o sistema contábil e de controle interno da entidade auditada é:

a) coletar dados e informações para elaboração do relatório de sugestões à entidade auditada.

b) determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria.

c) procurar evidências de fraudes ou erros, ocorridos ou potenciais, de efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

d) identificar transações, não registradas nos controles, de impacto relevante nas demonstrações contábeis.

e) elaborar fluxogramas para análise de oportunidades de redução de custos e despesas da entidade auditada.

6. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) Indique a opção que representa um fator relevante que deve ser considerado pelo auditor independente no estudo e avaliação do sistema contábil e de controle interno.

a) O grau de descentralização de decisão adotado pela administração. b) O índice de liquidez e de rentabilidade da entidade. c) As transações e eventos subseqüentes à data-base do balanço. d) A reavaliação de ativos tangíveis e a aprovação em assembléia. e) Os critérios adotados para elaboração do relatório da administração.

7. (ESAF – SEFIN/Recife – Auditor de Tributos Municipais - 2003) A existência de controles internos eficientes previne contra a fraude e minimiza os riscos de erros e irregularidades nos registros e nos processos contábeis. Com base nesta afirmação, indique qual das afirmativas a seguir não representa um procedimento de controle interno.

a) Segregação de funções da pessoa que executa a escrituração contábil da que elabora os relatórios contábeis.

b) Sistema de autorização e aprovação de compras, com limites de alçada e níveis de autorização.

c) Elaboração de inventários periódicos para confirmação da existência física dos estoques pertencentes à empresa.

d) Controles da entrada e saída de bens do Ativo Permanente Imobilizado. e) Acordo entre os funcionários do processo de compras para direcionar a

compra para a empresa Beta.

8. (ESAF – TCE/GO – Auditor - 2007) Todas as opções abaixo são importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. Aponte a única opção falsa.

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a) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem.

b) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos.

c) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade.

d) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados.

e) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados.

9. (ESAF – CGU – AFC AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – 2006) Como objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir:

a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis.

b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos.

c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida.

d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade. e) identificar a legislação aplicável à entidade.

10. (ESAF – CGU – AFC AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – 2006) Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes procedimentos, exceto:

a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual.

b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual.

c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior.

d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira.

e) a identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não-revelados.

11. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais- 2008) O auditor externo, ao efetuar os exames de auditoria na Empresa

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Relevante S.A., emitiu parecer sem ressalva. No ano seguinte à auditoria, a empresa faliu e foi constatado que existiam erros que tornavam as demonstrações, que haviam sido objeto da auditoria, significativamente incorretas. Esse fato representa, para o auditor, um risco

a) de controle. b) do negócio do cliente. c) contábil. d) sistêmico. e) de auditoria.

12. (ESAF – SEFAZ/CE– AFRE– 2006) O sistema adquirido pela empresa Certifica S.A. continha um erro de parametrização interna, não registrando na contabilidade dez notas fiscais. O auditor ao realizar os testes de auditoria constata o erro. Esse risco de auditoria é denominado risco de

a) negócio. b) detecção. c) inerência. d) controle. e) estrutura.

13. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços, o auditor deve considerar:

a) aumento de risco inerente. b) redução de risco de controle. c) aumento de risco de detecção. d) redução de risco inerente. e) aumento de risco de controle.

14. (FCC – TRT 20ª Região – Analista Adm. – Especialidade Contabilidade – 2006) Em relação à relevância na auditoria independente, é correto afirmar que

a) independe da representatividade quantitativa ou qualitativa dos itens a serem analisados.

b) existe uma relação direta entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância.

c) não guarda qualquer relação com o risco de auditoria. d) indícios de erros repetitivos, mesmo que não relevantes individualmente,

podem indicar deficiência nos controles internos da companhia.

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e) existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o risco de detecção que deve ser considerada ao estabelecer-se o nível de relevância.

15. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Sobre os temas ‘risco de auditoria’ e ‘relevância’, é correto afirmar que:

a) quanto menor for a relevância, maior será o risco. b) quanto menor for o risco, menor será a relevância. c) não existe relação entre risco e relevância. d) quanto maior for a relevância, maior será o risco. e) quanto maior for o risco, maior será a relevância.

16. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Os testes de observância têm por objeto de análise:

a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas.

17. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando um auditor eleva o nível de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve:

a) aumentar o nível de risco inerente. b) estender os testes de controle. c) aumentar o nível de risco de detecção. d) efetuar testes alternativos de controle. e) aumentar o nível de testes substantivos.

18. (ESAF – SEFAZ/SP – Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de observância e substantivos, ____________ consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.”

a) a inspeção b) a observação c) a investigação e a confirmação d) o cálculo

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e) a revisão analítica

19. (ESAF – SEFIN/NATAL – Auditor de Tributos Municipais- 2008) A Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica, devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”, autorizando. O auditor, ao visitar a área, presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma:

a) investigação. b) revisão analítica. c) mensuração. d) avaliação. e) observação.

20. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais- 2008) Indique a opção correta correspondente. O auditor, na aplicação dos testes substantivos, realizou os procedimentos a seguir, obtendo as seguintes conclusões, respectivamente:

I. Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos contabilizados no Ativo Permanente;

II. Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo; III. Determinação da última nota emitida no exercício e análise, se

todas as notas estão contabilizadas.

a) ocorrência, análise e mensuração. b) existência, apresentação, abrangência. c) análise, apresentação e ocorrência. d) abrangência, ocorrência e apresentação. e) mensuração, abrangência e análise.

21. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Quando a administração de uma entidade solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes, caso não concorde com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-se uma circularização:

a) branca b) preta c) positiva d) negativa

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e) atestatória

Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 E E E C B A E A D B E 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 D A D A D E E E B D

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Bibliografia

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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

FERREIRA, Ricardo J. Manual de Auditoria: teoria e questões comentadas. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.

FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. Rio de Janeiro: Ed. Campus-Elsevier, 2006.