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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Philippe Mendes tem uma Galeria de arte em Paris Domingo 25 de setembro, Jornada de Portugal no Hipódromo de Vincennes Edition nº 277 | Série II, du 21 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 15 Caboverdianos 03 “Quero uma sala de pintura portuguesa no Louvre” LusoJornal / Carlos Pereira Circo. Chapitô no Festival de circo de Auch 12 Fado. Amália vai ser homenageada em Paris 14 Ciclismo. Jornada Bruno Guerreiro em Epinay-sur-Seine 19 Ministro dos Negócios Estrangeiros defende o Português falado pelas Comunidades 04 Augusto Santos Silva PUB vão poder votar em 11 cidades francesas PUB

Augusto Santos Silva Caboverdianos - lusojornal.com · Le 21 septembre 2016 POLÍTICA 03 Caboverdianos vHo poder votar em 11 cidades francesas Os Caboverdianos vão escolher no pró-ximo

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GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Philippe Mendes tem uma Galeria de arte em Paris

Domingo 25 de setembro, Jornadade Portugal no Hipódromo de Vincennes

Edition nº 277 | Série II, du 21 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

15

Caboverdianos03

“Quero uma sala de pinturaportuguesa no Louvre”Lu

soJornal / Carlos Pereira

Circo.Chapitô no Festival de circo de Auch

12

Fado. Amália vai ser homenageadaem Paris

14

Ciclismo.Jornada BrunoGuerreiro em Epinay-sur-Seine

19

Ministro dos Negócios Estrangeirosdefende o Português falado pelas Comunidades

04

Augusto Santos Silva

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02 OPINIÃO Le 21 septembre 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, RuiRibeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, LuísGonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: septembre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

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Banca pública, interesses privados?Opinião de Cristina Semblano | Dirigente nacional do BE, economista

Queremos presumir da bondade doGoverno no que respeita ao com-promisso de uma nova orientaçãoestratégica da banca pública, damesma forma que queremos presu-mir da bondade dos novos Admi-nistradores para a aplicar. Ainflexão estratégica deve resultarda definição clara da missão deserviço público cometida à em-presa a qual se refletirá obrigato-riamente no modelo de organi-zação, com a necessária segrega-ção de funções e tarefas, o lugardevoluto ao controlo, o processo denomeações e o perfil dos nomea-dos, etc. Ora, se ainda não nos foidada a conhecer a missão de ser-viço público que será cometida àCGD, o mesmo não sucede compontos fulcrais da sua “nova” orga-nização e, neste sentido, por maisvoltas que dêmos, deparamo-noscom o inexplicável, a saber: o mo-delo proposto ao BCE e que foi, emparte, “chumbado” por este, é o dabanca pública de uma repúblicabananeira, não a de um país mini-mamente “sério” e, a fortiori, de-mocrático.Quiseram as circunstâncias quefosse o órgão sem qualquer legiti-midade democrática que é o BCE,a pronunciar-se sobre aspetos queos princípios da ética e da boa go-vernação, a par da regulamentaçãona matéria, exigem, e que o Go-verno teimou em calcar, não obs-tante as chamadas de atençãovindas repetidas vezes a público.Louvamos o Governo por ter conse-guido negociar com Bruxelas anão-assimilação da capitalizaçãoda banca pública a uma ajuda deEstado, mas não podemos senãoreprová-lo no modelo de organiza-ção que queria e/ou quer imple-mentar: desde o aumento do nú-mero de Administradores numaempresa que se pretende amputarde milhares de postos de trabalho,aos conflitos de interesses decor-rentes da presença na Administra-ção de representantes de gruposprivados em relação de negócios

com a CGD e aos subjacentes aomodelo de controlado-controlador,passando pela política de género,reveladora de um machismo de Es-tado inaceitável.Ver o opaco BCE a “preocupar-se”mais com transparência do que oGoverno português e com as in-compatibilidades das nomeaçõesque este pretendia fazer à cabeçada empresa pública, com a próprialei do país de que ele deveria ser ofiel guardião, eis que pode parecera priori risível, como risível podeparecer a ponta de feminismo amais - ou de machismo a menos -deste órgão supra-nacional em re-lação a um Governo nacional deque se poderia legitimamente es-perar que fizesse da luta pelaigualdade de género, na conduçãodas empresas - e a fortiori das em-presas que tutela - um dos seus ca-valos de batalha.Aqui páram todavia as nossas refe-rências ao BCE, cujo objetivo nãoera, de forma alguma, o de louvaro banco central - desprovido, repe-timo-lo de qualquer legitimidade eintentos democráticos - mas tãosómente o de pôr em evidência,por contraste, o nível a que desceuo Governo português nesta matéria.Isto, porque de fora das críticas doBCE e até, com a sua bênção, fica-ram aspetos não menos preocu-pantes que importa realçar.O primeiro tem a ver com o fim dostetos salariais dos gestores públi-cos, que levaram à alteração do es-tatuto de gestor público. O mínimoque se poderia esperar do Governoera que fosse bater a outra porta,quando o então Vice-Presidente doBPI exigiu como contrapartida paraassumir as rédeas da banca pú-blica, que se eliminassem os tetossalariais a aplicar a si e aos seuspares. Em vez disso, o Governoacatou e legiferou para que a suavontade fosse cumprida. A preocu-pação do gestor de uma empresapública e a fortiori de um bancopúblico - e do Governo que o no-meia - é a res pública, é a capaci-

dade de “sentir” a missão de ser-viço público e de agir no sentido dea corporizar. Ser gestor públicodeve corresponder a uma vocação,não ao exercício de funções permu-táveis com o privado. O que o Go-verno deveria fazer era limitar asremunerações dos dirigentes dosetor privado, não fazer implodir ostetos salariais dos do setor público,cavando ainda mais a obscena eintolerável discrepância das remu-nerações no seio das empresas donosso país.O segundo aspeto preocupante quedeve interpelar-nos são os interes-ses não representados no Conselhode Administração da Empresa Pú-blica. O mesmo Governo que dizquerer redefinir a missão da bancapública por forma a que esta sepossa colocar ao serviço da econo-mia, é o mesmo que aceitou ver re-presentados no Conselho deAdministração os grandes gruposeconómicos nacionais e estrangei-ros, de forma quase exclusiva.Quid da representação das peque-nas e médias empresas portugue-sas que correspondem a 97% dotecido empresarial do nosso paíscomo o lembrou há pouco e, a esterespeito, o economista EugénioRosa? Ou estará o Governo à es-pera que os seus interesses sejamcorporizados e assumidos pelos re-presentantes dos grandes gruposeconómicos? Quid da representa-ção dos interesses dos consumido-res que seria mais do que legítimana banca pública? Quid da repre-sentação dos trabalhadores destepaís? Se, porventura, alguns dossetores da sociedade civil supra-mencionados não tiverem expe-riência bancária que setranquilizem os espíritos. Que selembrem dos casos BPN, BPP,BCP, BES, BANIF e, sobretudo quetenham sempre presente que aquestão da banca pública é umaquestão eminentemente política,antes de ser económica ou técnico-bancária.O terceiro aspeto preocupante que

persiste, é o do modelo do contro-lado-controlador alegremente “va-lidado” pelo BCE a título“provisório” e sujeito a apreciaçãodaqui a seis meses. Mas acasocabe na cabeça de alguém exigirque os seus atos de gestão (ou doórgão que tutela) sejam controla-dos por quem está sob a sua al-çada e que o acionista possaabdicar das suas prerrogativas deescolher os controladores, dei-xando-as aos controlados? Não,não se trata de pôr em causa aética de ninguém, trata-se sim deexigir que sejam respeitadas, nabanca pública, as regras elementa-res da boa governação. Neste as-peto, o Governo vai de contradiçãoem contradição. Depois de ter co-meçado por explicar que o au-mento do número de Adminis-tradores não executivos (que, fi-nalmente, não se viria a concreti-zar) se devia à necessidade de dara estes o tempo suficiente paracontrolar os atos de gestão dosexecutivos, o Governo veio-nosdizer que não havia qualquer pro-blema na acumulação num só in-divíduo das funções de conduçãoda gestão e do controlo da mesma,devido ao facto de haver um únicoacionista! Ora, é precisamente de-vido ao facto de haver um únicoacionista - e de esse acionista sero Estado - que as funções de con-trolo, normais em qualquer em-presa e a fortiori em empresassistémicas como é o caso dabanca, devem assumir a maior re-levância.O modelo do controlado-controla-dor é motivo de uma apreensãotanto maior quanto a proveniênciados controlados e controladores épraticamente a mesma: o bancoprivado BPI. Com efeito, para alémde tal homogeneidade ser nefastado ponto de vista da gestão de umaempresa que deve implicar diversi-dade criadora, e garantir a conti-nuidade da gestão, ela épotencialmente favorecedora deconluios, não acautelando o inte-

resse público. Repito, não se tratade pôr em causa a ética de nin-guém, mas sim de afirmar que acondução de qualquer empresa (ea fortiori de um banco público)deve apoiar-se num modelo organi-zacional exemplar promovendouma exigente segregação de fun-ções e tarefas e a distinção claraentre órgãos de gestão e de con-trolo. Se a banca é um assunto de-masiado sério para ser deixado aosbanqueiros, esta afirmação revesteainda maior acuidade tratando-seda banca pública.Eis porque consideramos que todosos cidadãos e forças que defendema existência de uma banca públicanão se podem comprazer na vitóriaalcançada pelo Governo na manu-tenção da CGD na esfera pública.Adormecer sobre esta vitória, é es-quecer os interesses primordiaisnão representados na banca pú-blica e aceitar um modelo de go-vernação não acautelador dointeresse coletivo; é esquecer quea banca pública pode continuar,como no passado, a constituir uminstrumento de transferência devalor da esfera pública para osgrandes grupos económicos de queseria exemplo, a compra pela CGDda filial do BPI em Angola, cujaeventualidade já foi evocada; é es-quecer enfim, que, quando noscongratulamos com a Caixa que semantém pública, não é da mesmaCaixa que falamos: em cima damesa, estão de novo supressões decentenas de balcões e de milharesde postos de trabalho e a alienaçãototal ou parcial de delegações empaíses onde residem os nossosemigrantes. E, no meio disto tudo,continuamos a deparar-nos com aausência gritante da definição damissão da banca pública e do de-bate que lhe deve estar subjacente,tratando-se de um banco que é denós todos.Se uma batalha foi ganha (a da ca-pitalização pública) falta ganhar aguerra: a de uma banca pública aoserviço do interesse coletivo.

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POLÍTICA 03Le 21 septembre 2016

Caboverdianos vão poder votar em 11 cidades francesas

Os Caboverdianos vão escolher no pró-ximo dia 2 de outubro, domingo, oPresidente da República, numa elei-ção por sufrágio universal direto, commesas de voto em 11 cidades emFrança.Anilda Furtado, a Delegada em Françada Comissão Nacional de Eleições(CNE) de Cabo Verde explicou ao Lu-soJornal que as mesas de assembleiade voto estarão abertas das 8h00 à18h00 francesas, em Amiens, Can-nes, Creil, Paris, Lyon, Marseille,Nice, Oyonnax, Pontoise, Roubaix epela primeira vez, em Toulouse.“É a primeira vez que Toulouse passaa ter uma mesa de voto e passamosdesta vez, de 10 para 11 cidades emFrança” explicou Anilda Furtado, quejá é a Delegada da CNE desde as Le-gislativas de 2011.Anilda Furtado destacou a “colabora-ção muito forte das autoridades mu-nicipais francesas” para a organizaçãodas eleições. “Já temos alguma expe-riência na organização de eleições etemos conseguido, em colaboraçãocom a Comissão de Recenseamento

eleitoral, as devidas autorizações fran-cesas, em articulação direta com aComissão eleitoral em Cabo Verde ecom o Ministério dos Negócios Estran-geiros.Em Paris há 11 mesas de voto na Em-baixada de Cabo Verde, mas dada aforte presença Caboverdiana na Île-de-France, são abertas mesas de votoem Pontoise (95) e em Creil (60). Em

Marseille, a mesa de voto vai funcio-nar no Consulado de Cabo Verde e emNice haverá duas mesas de voto noVice Consulado de Cabo Verde. Nasrestantes cidades são as autarquiasque cedem espaços para as mesas devoto. “Temos indicação da CNE paraevitar solicitar as associações. Comoé uma situação especial, pedimos àsMairies para nos cederem locais neu-

tros, de maior acessibilidade para anossa Comunidade” explica a Dele-gada da CNE em França.Os cerca de 6.000 Caboverdianos re-censeados em França devem escolherum dos três candidatos às mais altasfunções do país: o atual Presidente daRepública, Jorge Carlos Fonseca, e osdois candidatos que se lhe opõem,Joaquim Monteiro e Albertino Graça.

Ainda nenhum veio em campanha aFrança, contrastando com o queaconteceu na eleição anterior em quetodos passaram, pelo menos, porParis, e foram aliás entrevistados peloLusoJornal. “A CNE já me disse queforam apresentados os mandatáriosdos Candidatos, em Cabo Verde,assim como os representantes da can-didatura em França, mas a lista aindanão chegou até mim” explicou AnildaFurtado.Anilda Furtado já enviou para CaboVerde as propostas da composição dasmesas de voto e “aguardo validação”.Na prática reconduziu os elementosque já estiveram nas mesas de votonas recentes eleições legislativas.“Agora apelo aos Caboverdianos re-censeados que vão votar. Cabo Verdeserá mais forte com a nossa colabora-ção” diz a Delegada da CNE ao Luso-Jornal.Quem não souber ainda em que mesade voto vai poder votar, pode telefonarpara a Embaixada de Cabo Verde emParis. “Desde o dia 12 de setembroque os Cadernos eleitorais estão ex-postos na Embaixada” confirmaAnilda Furtado.

Presidenciais

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Por Carlos Pereira

Emigração Portuguesa debatida em Viana do CasteloNa passada sexta-feira, dia 16 de se-tembro, a Biblioteca Municipal deViana de Castelo, acolheu um coló-quio dedicado às “Perceções sobre aEmigração Portuguesa”.O evento, que recebeu figuras nacio-nais para debater a emigração portu-guesa, foi promovido pelo Deputadoeleito pela emigração, Paulo Pisco,em colaboração com o Município deViana do Castelo, e teve como prin-cipal objetivo debater o olhar sobrePortugal de quem vive fora e comosão vistos os Portugueses residentesno estrangeiro.Dividido em dois painéis moderadospelo Deputado Paulo Pisco, a aber-tura do colóquio comportou a pre-sença de José Luís Carneiro, Secre-tário de Estado das Comunidades, ede José Maria Costa, autarca de

Viana do Castelo, assim como de his-toriadores e especialistas, para alémdo jornalista e fotógrafo Gérald Blon-court, que teve presente na iniciativauma exposição evocativa da históriada emigração portuguesa paraFrança nos anos de 1960 e que estána base da conceção e realização dolivro “O olhar de compromisso comos filhos dos Grandes Descobridores”da autoria de Daniel Bastos.No primeiro painel, subordinado à te-mática “Como são vistos os Portu-gueses residentes no estrangeiro”,intervieram o Presidente do Obser-vatório da Emigração, Rui PenaPires, que analisou a evolução e ascaraterísticas da emigração e dasComunidades portuguesas; o histo-riador Daniel Bastos, que destacouo papel da Comunidade portuguesa

de Toronto no Canadá, e o investi-gador da Universidade de Coimbra,

Pedro Góis, que abordou a novaemigração e a relação com a socie-

dade portuguesa.No segundo painel, subordinado à te-mática “Olhar sobre Portugal dequem vive fora”, intervieram o fotó-grafo Gérald Bloncourt que recordoua sua ligação emblemática à emigra-ção portuguesa para França, o em-presário Carlos de Matos, que reviveuo seu percurso de vida desde a via-gem a “salto” que empreendeu paraFrança no final da década de 60 atéao sucesso no mundo dos negócios,e o dirigente associativo em Andorra,José Luís Carvalho, que expôs os an-seios e desafios da Comunidade por-tuguesa no Principado de Andorra.Na fotografia estão, da esquerda paraa direita: José Luís Carvalho, DanielBastos, Paulo Pisco, José MariaCosta, Gérald Bloncourt, Rui PenaPires e Pedro Góis.

Num Colóquio organizado pelo Deputado Paulo Pisco

Anilda Furtado, Delegada da CNE em FrançaLusoJornal / Carlos Pereira

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04 POLÍTICA Le 21 septembre 2016

Foi notícia há 10 anos...

O assunto de capa da edição do Luso-Jornal do dia 21 de setembro de 2006foi um espetáculo de teatro equestre emThourotte, uma localidade no Oise, cujoMaire (e agora também Deputado) éPatrice Carvalho. O espetáculo tinhasido encenado por Carlos HenriquesPereira, que continua a ser “o” especia-lista do cavalo Lusitano em França.Na altura, o LusoJornal comemorava 2anos de existência e a data era marcadacom um texto do João Teotónio Pereira,então Cônsul Geral de Portugal emParis, que enaltecia o trabalho do Luso-Jornal e escrevia que informação deproximidade podia rimar com informa-ção de qualidade.Fazíamos um primeiro balanço (posi-tivo) da linha aérea entre Beauvais e oPorto que tinha começado uns mesesantes. No teatro, Lionel Cecílio apresen-tava o espetáculo Suite Royage 2026,um espetáculo em que falava das suasorigens portuguesas, mas tanbém deum tal rei Sarko VI que reinaria emFrança, vinte anos mais tarde!Na altura, estávamos a prever fazer umacapa com a equipa de automobilismode Mário Andrade, que prometia venceruma vez mais as 24 Horas de Françaem Todo-o-Terreno, nos arredores deParis. Os Andrade eram os favoritos daprova, ganharam a pôle position, masfoi a deceção que marcou esta prova.Os Andrade acabavam por abandonara duas horas do fim, com uma série deavarias técnicas. Ganharam este ano!

Museu da Emigração, nosAçores, queraumentar fichas de emigrantes

O Museu da Emigração Açoriana, naRibeira Grande, quer enriquecer as 14mil fichas individuais de emigrantes deque já dispõe, afirmou à Lusa o Verea-dor da Cultura da Câmara Municipal daRibeira Grande, Filipe Jorge.Este museu, sediado num antigo mata-douro na cidade da costa norte da ilhade São Miguel, tem um acervo “muitodiversificado”, mas o que desperta maiscuriosidade aos visitantes “são as fichasdos emigrantes”. São fichas individuali-zadas de emigrantes, que têm informa-ção sobre a filiação, residência deorigem e de destino e incluem tambéma opção de colocar as pessoas queacompanharam o emigrante.

Rentrée 2016, l’été s’accroche en-core. Pourtant, cette rentrée s’est dé-crochée, de façon abrupte, de lasérénité traditionnelle aoûtienne.Entre temps, le port du burkini aurafait de sales vagues, jusqu’à frapper,au visage, les plus républicains d’en-tre nous mais le Conseil d’État a tran-ché, à raison, pour la non interdiction.La France est rentrée, donc, pour seretrouver, au travail, à l’école, en re-traite, à la maison, au cœur de sesplaces, dans ses villes et ses cam-pagnes. Les routes sont plus encom-brées et les bus et les trains plusbondés. Autant que les têtes débor-dées, tourmentées de questions, dedoutes et de peurs au sujet de laFrance. Une France qui continued’affronter la menace terroriste, plusvisée que toute autre terre d’Europemais qui continue de vivre. UneFrance qui souffre, dans sa chair etdont les valeurs de fraternité s’éga-rent, partout, dans les foyers gâtéscomme ceux qui le sont beaucoupmoins.De telle manière que les barbares deDaesh n’ont plus besoin de groupesorganisés mais d’individus, jeunes,très jeunes, mineurs, isolés, sanshistoire, dont le bonheur de vivre aété vaincu, avant même que leur viene commence, fascinés par uneidéologie suicidaire, gagnés par uneutopie mortifère. La promesse de la

terreur et de la mort, en voilà un pro-jet de société séduisant…Dans ce contexte, le cynisme s’exa-cerbe, en boucle, dans les chaînesd’information continue, pour crierque tout va mal, tous les jours et finirpar convaincre que tout ira mal, quelque soit l’effort humain pour contre-dire la haine et le néant.Dans ces moments d’épreuve et devérité où tout et tous ne sont paspourris et où la médiocrité n’est pasune fatalité, il convient de ne pas an-nuler définitivement tout ce quiparle à notre intelligence et à notrecréativité, dans la maison «démocra-tie».Ainsi, il convient de ne pas mépriseret insulter, sans arrêt, notre démo-cratie - ses institutions, ses élus no-tamment, aussi remplie de défautssoient-ils, depuis ses balbutiementsde la Révolution française, invinciblepar ses rêves d’égalité, de liberté etde fraternité, jusqu’à ces jours-ci.Respecter et faire vivre le pacte ré-publicain exige de la hauteur, ducourage et un effort immense, quoti-dien, pour défendre l’idée de laFrance, la nôtre, celle qui souhaite etqui garantit les mêmes droits et lesmêmes chances, à chacun et à tous!Celle qui fait de l’égalité, un engage-ment de tous les jours, de la Gauchede Gouvernement, même à la peine- scandent tous les sondages -, et de

tous ceux qui marchent sur le terrain,militants infatigables des causes lesplus perdues, sans renoncer auxéthiques de conviction et de respon-sabilité. Des progrès à saluer: le dé-ploiement de toutes nos forces àl’éducation, à la santé, à la sécurité,sacrifiées, jadis naguère, par unedroite qui s’extrêmise sérieusement.Mais, dans la liste des engagementsà respecter et à venir, chers aux so-cialistes sincères: la réforme fiscaleest, enfin, d’actualité, dont la ponc-tion à la source facilitera une plusjuste redistribution des richesses, aucitoyen près.Nous y sommes, l’heure des bilansdu quinquennat a sonné. En toute lu-cidité, il va falloir se rassembler et dé-fendre notre action passée et future.Respectons la démocratie. Réappro-prions-nous le processus d’électionsprimaires, renouons avec le débat,continuons à faire corps contre lesveuleries extrêmes, indignons-nous,résistons, anéantissons les appelsmême mieux déguisés, certes, de labête immonde mais aux antipodes dela vocation fraternelle de la France.«Elle» dit accompagner ceux quisouffrent, vole les mots du parche-min de la République mais pour nousemmener à notre propre perte. Ma-rianne n’a pas ce visage de désastreannoncé…Bientôt, militants et candidats porte-

ront l’espoir, la conviction et le cou-rage de la justice qu’ils ont au cœur.Nul doute qu’ils devront être au plusprès de la vie des citoyens, leur larendre plus douce, se rencontrer, lesuns et les autres, à nouveau, mieuxvivre ensemble. Il y aura beaucoup àsouffrir mais épouser la vocation fra-ternelle et universelle de la Franceest un honneur immense, accompa-gnés des plus anciens et témérairescomme aux nouveaux militants qui ycroient encore, à cette France quiaime et veut l’égalité,«(…) Et de porter l’espoirDu peuple qui se cache». (1)La France a toujours trouvé des re-mèdes efficaces à tous ses maux,pour les siens et tous ceux qui ontdemandé à être sous sa protection.Être aux côtés de son pays, à un mo-ment où celui-ci souffre davantagede bien des tourments, est un devoir.Non, les tourments n’ont pas voca-tion à perpétuité, ni le chômage, nil’ignorance et ses vils petits commele racisme et la xénophobie. Unecampagne électorale se prépare, à lalumière du quotidien, la justice aucœur. Une campagne électorale nou-velle pour donner une chance à uneMarianne nouvelle qui défend, sansjamais fatiguer, la dignité de chacun.

(1) Poème «Bientôt», p. 235, inExécutoire de Guillevic

La justice au coeurOpinião de Nathalie de Oliveira | Conseillère municipale (PS) à Metz

Português falado pelas Comunidadesafirma o seu valor internacionalO Ministro dos Negócios Estrangeiros,Augusto Santos Silva, defendeu na se-mana passada que o português faladopelas Comunidades no estrangeiro é“um dos melhores veículos para afir-mar o valor” da língua a nível interna-cional.“O português como língua de herança,falado pelas nossas Comunidades eque as Comunidades querem que sejaensinado aos seus filhos, é uma dasmelhores expressões da natureza glo-bal da língua portuguesa e é um dosmelhores veículos para afirmar interna-cionalmente o valor a língua portu-guesa”, sublinhou o governante, numasessão de apresentação sobre o ensinodo português para as Comunidadesportuguesas, na sede do Instituto Ca-mões, em Lisboa.Augusto Santos Silva rejeitou a ideiade que há, “de um lado, o portuguêscomo língua de herança”, e que deveser cuidado, e, “de outro lado, o portu-guês como língua global”, como seestas “fossem duas realidades diferen-tes, que se contrapusessem entre si”.O Chefe da diplomacia portuguesa re-feriu-se aos cerca de cinco milhões deportugueses e lusodescendentes queestão fora de Portugal e garantiu que“é responsabilidade” e “uma obrigaçãoconstitucional”, bem como “uma dasprioridades” do Ministério que lidera,garantir o acesso ao ensino da línguaportuguesa e da história e cultura dePortugal.O Ministro considerou também que éuma visão “profundamente errada”

aquela que considera que o Governogostaria de olhar para o português “sócomo língua global” e que o ensino doportuguês como língua de herança “éum lastro do passado, que perduraráainda durante alguns anos, mas per-tencerá cada vez mais aos livros de his-tória do que à realidade contem-porânea”.O objetivo do Governo é que o ensinodo português seja cada vez mais inte-grado no sistema de ensino dos dife-rentes países, em vez de ser oferecidocomo formação paralela.O executivo quer também que o portu-guês surja mais como língua na ofertacurricular dos “países em que as Co-munidades estão presentes e dos ou-tros países que vão entendendo que apresença do português como língua es-trangeira na oferta curricular é impor-tante para valorizar os seus sistemas de

ensino” - casos de países como o Se-negal, Uruguai, Croácia ou Bulgária,sustentou. Um tipo de ensino dirigidoàs “dezenas de milhares de estudan-tes, não descendentes de portugueses,que estudam a língua portuguesa”, re-feriu Augusto Santos Silva.No novo ano letivo, mais de 71 mil alu-nos serão abrangidos pelo sistema deensino de português no estrangeiro,nos níveis básico e secundário, em 17países, contando com cerca de mil pro-fessores, números que representam“um reforço” em relação ao passado,disse o Ministro.Entretanto, os filhos dos Portuguesesque emigram por períodos curtos -mais de metade nos últimos anos - vãodispor, como já foi anunciado no Luso-Jornal, de uma Plataforma digital parao estudo de português, no âmbito deum Protocolo entre o Instituto Camões

e a Porto Editora.A Plataforma digital para o ensino doportuguês como língua materna às Co-munidades portuguesas, intitulada“Português Mais Perto”, deverá estarconcluída até ao final deste ano e “visaresponder aos fluxos migratórios dosúltimos cinco anos”, disse o Secretáriode Estado das Comunidades Portugue-sas, José Luís Carneiro, na cerimóniade assinatura do Protocolo, que decor-reu na sede do instituto Camões, emLisboa.José Luís Carneiro referiu que os dadosdo Instituto Nacional de Estatística(INE) mostram que desde 2011, 495mil Portugueses foram para o estran-geiro, mas destes, cerca de 295 mil re-gressaram ao fim de menos de um ano.A Plataforma visa permitir que ascrianças, adolescentes e jovens destasfamílias que emigram por períodos cur-tos “não percam o contacto e o pro-cesso de aprendizagem da línguaportuguesa”, explicou.O Administrador da Porto Editora,Vasco Teixeira, disse que a ferramenta“procura colmatar as necessidades dosportugueses a viver no estrangeiro” epermitirá “levar a língua portuguesamais longe e simultaneamente maisperto daqueles que a vão utilizar”.Segundo a presidente do Instituto Ca-mões, Ana Paula Laborinho, a Plata-forma “tem um público muito especí-fico” e permitirá uma aprendizagemautónoma, mas também com a possi-bilidade de existir tutoria, da responsa-bilidade do Instituto.

Augusto Santos Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros

Augusto Santos Silva fala no Instituto CamõesLusa / José Sena Goulão

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Filha de judeusalvo porSousa Mendespretende inspirar mundocom históriado antigo Cônsul

Uma canadiana filha de um sobrevi-vente judeu salvo por Aristides deSousa Mendes pretende inspirar omundo com a história heroica do an-tigo Cônsul de Portugal em Bordeaux.A professora da Universidade deMontreal, doutorada em filosofia, e ro-teirista, criou há dois anos o docu-mentário ‘La Valise Verte’ em queconta a história de como o seu pai foisalvo pelo Cônsul de Bordeaux, queconsidera um “herói e um excecionale extraordinário ser humano”. AndréeLotey só nesta última década desco-briu o porquê dos seus pais teremuma certa fascinação por Portugal epelo povo português.“Há nove anos, quando a minha mãefaleceu, fiz uma descoberta impres-sionante. Ao longo dos anos, levanteialgumas questões sobre o passadodo meu pai, que morreu quando eutinha cinco anos, mas a minha mãesempre me escondeu algo”, disse acanadiana.“Após o falecimento da minha mãetive de vender a casa. Um dia, estavalá com a minha filha, e ela pediu-mepara ir à cave ver se não encontravaas minhas bonecas de infância.Nessa procura, deparei-me com di-versas pastas, e uma mala verde cha-mou-me a atenção”, contou. Ao abrir essa mala, Andrée Lotey en-controu diversos documentos (testa-mentos, passaportes, fotografias,faturas), que pertenciam ao seu pai,datados entre 1917 e 1930. Apósessa descoberta, a canadiana desco-briu que o nome do seu pai, conhe-cido no Canadá como Jacques Lotey,afinal era Jacob Guttenberg, umnome tradicionalmente judaico, e quetinha vivido um ano em Portugal.“Todas as informações levaram-me aAristides Sousa Mendes, de quemnunca tinha ouvido falar. Investigueique foi o Cônsul de Bordeaux em1940 e que salvou 30 mil pessoas.Num dos documentos da ‘PastaVerde’ estava uma assinatura ‘S.Mendes’. A partir daí meti-me emcontato com algumas pessoas da Co-missão de Aristides Sousa Mendesem França, que me confirmaram queo meu pai foi salvo pelo Cônsul”, sa-lientou.O Fundo Nacional Judaico de Mon-treal e a Associação Portuguesa doCanadá em Montreal homenagearamo antigo Cônsul no dia 14 de setem-bro no Victoria Hall, em Montreal.

06 COMUNIDADE Le 21 septembre 2016

Le spécialiste de l’enseignement du portugais à LyonL’Institut de Langue et Culture Portu-gaise de Lyon (ILCP) organise sesJournées Portes Ouvertes le 24 sep-tembre, afin de renseigner et de pro-mouvoir l’institution.Spécialisé dans l’enseignement duportugais à Lyon depuis plusieurs an-nées, l’ILCP propose une véritable im-mersion dans une ambianceportugaise et brésilienne. Le respon-sable de communication, Tristan Fré-javille, est confiant quant au nombred’inscriptions dont les cours démar-rent le 24 septembre prochain.Avec une augmentation d’environ30% par rapport à l’an dernier, il seréjouit, mais avoue que «2015 n’étaitpas une bonne année». Les argu-ments pourtant ne manquent paspour convaincre adultes et enfantsd’opter pour la langue de Camões.«Entre ceux qui souhaitent se rappro-cher de leurs racines, ceux qui sontattirés par l’économie ou le tourismeau Portugal ou au Brésil, sans oublierles entrepreneurs français qui doiventconnaître les bases de la langue pourinvestir là-bas, la langue portugaiseest un atout sans aucun doute. Toutest une question de motivation».L’ILCP propose des cours de portugaiset formations en langue portugaisepour entreprises ou particulier, adulteset enfants. «Que ce soit le Portugal, leBrésil, l’Angola, le Mozambique outout autres pays lusophones qui vousintéresse, pour affaire, soutien scolaire

ou pour le plaisir, à l’ILCP vous trou-verez un enseignement personnalisé»dit Tristan Fréjaville au LusoJornal.Cette école prépare du primairejusqu’au BAC à acquérir une compé-tence linguistique, à s’ouvrir à l’ap-prentissage d’une langue étrangère, àobtenir le Certificat Général deLangue et Culture Portugaise et à sepréparer avec méthodologie àl’épreuve de portugais pour ses exa-

mens (CAP, BAC, BTS). «Les per-sonnes qui désirent apprendre le por-tugais sont étonnées de la facilité aveclaquelle elles peuvent apprendre àparler la langue. Nos cours de portu-gais vous permettront de très vitecommuniquer avec les personnes despays de langue portugaise ou delangue brésilienne. Mais pour ceuxqui ne connaissent pas la langue cen’est pas non plus en quelques mois

qu’on va la maîtriser», rajoute TristanFréjaville.«Seul organisme privé en Rhône-Alpes spécialisé en langue portugaiseà avoir des cours reconnus par le Mi-nistère de l’éducation portugais. Sonprojet pédagogique unique, sa mé-thode interactive performante du por-tugais, ses professeurs formés dansles meilleures universités du Portugalet du Brésil et ses années d’expé-rience» font de l’ILCP le «lieu incon-tournable» sur Lyon et en RhôneAlpes pour apprendre le portugais.Initialement l’institut était destiné auxenfants, Tristan Fréjaville se souvientdes années «avec plus de 200 ins-crits. Notamment à une époque où lesparents inscrivaient leurs enfant carils souhaitaient repartir au Portugal ra-pidement». Mais l’ILCP a su résisteraux différentes tendances et surtoutconvaincre par la qualité de ses cours,notamment certains parents qui aprèsavoir fréquenté l’ILCP inscriventmaintenant leurs enfants.L’Institut de Langue et de Culture Por-tugaise propose également et gratui-tement des manifestations culturelles,tels du cinéma, du théâtre, des confé-rences, etc.…L’ILCP se situe désormais au 25 rueBossué, dans le 6ème arrondissementde Lyon.

Infos: 04.78.93.38.88www.ilcp.net

Journées Portes ouvertes à l’ILCP

…quanto mais a morrer de velho! Co-nhecem com certeza o ditado: “O se-guro morreu de velho”. Ao que euentendo, quer o nosso povo dizer quea prudência e cuidado prolongam avida… Mas, como muitas vezes acon-tece, sem deixar de ter alguma razão,o senso popular não tem a razão toda.O mesmo povo também diz: “Quemespera sempre alcança” e “Quem es-pera desespera”. Afinal, em que fica-mos? Na verdade, ambos os ditadostêm a sua parte de verdade, mas nãoa Verdade toda. E será sempre assim.No final do século XX, o progresso tec-nológico e científico fizeram-nos crerque a segurança era uma realidadepossível e definitiva. A longevidadeque a medicina nos alcançou, faz-noshoje crer quase imortais. “– ‘Queidade tinha o morto?’; ‘– 73!’ ‘ – Ah,era ainda tão novo’”. Há cinquentaanos atrás esta conversa era impossí-vel e recuando na história da humani-dade, ela faria rir a muitos. Porque‘seguro’, no entendimento geral, tor-nou-se absoluto e total, e não parciale limitado, pondo de parte a necessá-ria aplicação de valores na vida frágil,de forma ponderada, sensata e res-ponsável. Com todos os riscos da sim-plificação, deixo aqui algumas notasde reflexão.Sexo seguro, condução segura, guerrasegura, escola segura, internet segura,alimentação segura… A lista égrande: a tudo se colou o qualificativo‘seguro’, mas a realidade desmente o

nosso desejo.Apesar de todos os progressos técni-cos no fabrico de automóveis, controlopolicial, de imposições e penalizaçõeslegais, as pessoas continuam a morrerna estrada: muitas vezes, pela falta debom senso e de respeito ou cortesiapara com os outros. Até porquemesmo respeitando os limites de ve-locidade e perfeitamente sóbrio sepode matar e ser morto ao volante.O sexo seguro, foi outro “engano”.Fez-se crer que bastava o uso de con-tracetivos (químicos ou profiláticos)para impedir não só doenças e gravi-dezes não desejadas, como assegurara libertação e a realização sexual daspessoas. Pessoalmente, já batizei vá-rios bebés “sexo seguro” e acompa-nhei à sepultura algumas vítimas do“sexo seguro”. A este respeito, e porcausa da informação seletiva dosmeios de comunicação social nestamatéria (e em outras) posso aqui re-cordar o que dizia Edward C. Green,diretor do projeto de pesquisa sobre aprevenção da SIDA na Universidadede Harvard (EUA), uma das maisprestigiadas universidades do mundo,e em que defendeu a posição daIgreja contra as campanhas de distri-buição de preservativos, como formaúnica de combater a propagação doHIV/SIDA em África. Num artigo inti-tulado “O Papa pode ter razão”, pu-blicado no jornal Washington Post, oinvestigador cita vários estudos cien-tíficos que indicam que os preservati-

vos não estão a ter sucesso comoforma primária de prevenção e que ascampanhas de distribuição podemmesmo agravar a propagação do vírusnaquele continente. O investigadorfala na “compensação de risco”:quando as pessoas se “sentem segu-ras por usar preservativos, pelo menosnalguns casos” acabam por estar maisexpostas a riscos. Outro fator referidopara a África (e Europa?) é a concen-tração das infeções na população emgeral, por causa da promiscuidade: aspessoas têm sexo com vários parcei-ros. O Dr. Green refere que as NaçõesUnidas ignoraram as conclusões deum estudo que encomendaram a ou-tros investigadores, da Universidadeda Califórnia, após em 2003 cientis-tas terem concluído a não existênciade provas de que os preservativos es-tivessem a resultar como forma primá-ria de prevenção do HIV em África.Apenas há resultados positivos (comono Uganda) quando as campanhasfalam, e convencem as pessoas, damonogamia, da fidelidade e do auto-controlo de si. Adiante…Guerra segura, foi também outro slo-gan enganador. Apesar dos progressosno armamento “inteligente”, dos dis-positivos de proteção individual e cor-poral dos soldados, do uso de dronesa que chamam de guerra telecoman-dada, a guerra continua a matar osmilitares (e civis).Quanto à alimentação segura, esta-mos conversados: desde a proibição

do chouriço de fumeiro ou da formatradicional de fabricar o queijo de ove-lha, até à caça da bola-de-Berlim ven-dida nas praias, pelas autoridades emnome de mil regulamentos europeus.Não quero de modo nenhum dizerque nada deva ser feito, que nenhumcuidado é necessário e que o uso decinto de segurança é inútil ou que nãose deva guardar a bola-de-Berlim comcreme no frigorífico! Apenas querorealçar que apesar de todos progres-sos e normas, continuamos a ser cria-turas frágeis neste mundo imenso.Como ensina o Salmo bíblico: “Osdias dos seres humanos são como aerva: brota como a flor do campo,mas, quando sopra o vento sobre ela,deixa de existir e não se conhece maiso seu lugar” (Sl 103, 15-16). E ape-sar disso, sossega-nos esta promessa:“Reparai nos lírios, como crescem!Não trabalham nem fiam; pois Eudigo-vos: Nem Salomão, em toda asua glória, se vestiu como um deles.Se Deus veste assim a erva, que hojeestá no campo e amanhã é lançada nofogo, quanto mais a vós, homens depouca fé! Não vos inquieteis com oque haveis de comer ou beber, nemandeis ansiosos, pois as pessoas domundo é que andam à procura detodas estas coisas; mas o vosso Paisabe que tendes necessidade delas.Procurai, antes, o seu Reino, e o restovos será dado por acréscimo” (Lc 12,27-31).Seguro 100% só o amor de Deus!

O seguro nem chegou a viver…Opinião de Padre Nuno Aurélio | Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

Equipe de l’ILCP à LyonDR

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Paulo Piscoem ParisO Deputado socialista eleito pelo cír-culo eleitoral da Europa, Paulo Pisco,estará em Paris de dia 22 a 24 de se-tembro, para participar em diversasiniciativas da Comunidade.No dia 22, pelas 12h30 visita os es-túdios da TF1. Às 18h30, no Consu-lado-Geral de Paris, apresentará olivro “A Vida Numa Mala”, da jorna-lista Cristina Dangerfield-Vaugt e dahistoriadora Svenja Lander, que falada emigração portuguesa para Ale-manha, mas também aborda a quefoi para França. O livro será tambémapresentado pelo Diretor do Lusojor-nal, Carlos Pereira.No dia 23, participa no jantar de ani-versário da Academia do Bacalhaude Paris, que se realiza na Embaixadade Portugal.No sábado, pelas 11h00, estará nainauguração da rua “São João daPesqueira”, em Bessancourt, e maistarde, nesta mesma cidade, participanuma conferência/debate sobre“L’Apport culturel de l’imigration por-tugaise en France”, em que partici-pam também a Adjointe au MaireDelfina Tavares, o Presidente da Câ-mara de S. João da Pesqueira e o De-putado Lima Costa.

TAP Portugalreprend ses vols à destination de Bissau et renforce sesdessertes deDakar et SãoToméDès le 1er décembre 2016, TAPPortugal reprend ses opérationsvers Bissau en offrant deux volshebdomadaires vers la capitale dela Guinée-Bissau. L’ajout de Bis-sau dans le réseau de la compa-gnie nationale portugaise varenforcer sa présence sur le conti-nent africain, lequel est un marchéstratégique pour TAP Portugal. EnFrance, les départs sont possiblesdepuis Paris, Lyon, Marseille,Nantes, Nice, Toulouse et Bor-deaux.Cet été, TAP Portugal a constam-ment amélioré ses dessertes del’Afrique, en proposant davantagede vols par rapport à l’année der-nière, en particulier vers le Marocoù elle a doublé le nombre de sesvols hebdomadaires à destinationde Casablanca les portant à 14, eten assurant 3 vols supplémen-taires vers Marrakech et 2 versTanger.Les vols pour la Guinée-Bissau dé-colleront de Lisboa à 21h50 lesjeudis et samedis, et arriveront à02h00 le lendemain. Les vols deretour quitteront Bissau à 02h50les vendredis et dimanches, avecune arrivée à 06h00 à Lisboa.

08 COMUNIDADE Le 21 septembre 2016

Delegação de Gondomar visitou Feyzin

Chegou a Lyon na sexta-feira dia 16de setembro uma delegação da Câ-mara Municipal de Gondomar lide-rada pelo Presidente Marco Martinse a convite da Mairie de Feyzin (69)na pessoa de Yves Blein, Deputado eMaire, com o objetivo de realizar umavisita de trabalho sobre a geminaçãoexistente entre as duas autarquias.“Estas duas cidades estão geminadashá trinta anos, mas desde 2003 quenão havia contactos ou intercâmbioscomo no início. Foram treze anos deparagem” explicou o Presidente daCâmara Municipal de Gondomar aoLusoJornal. “Hoje estamos aqui para

lançarmos de novo um programa”.No sábado as duas autarquias volta-ram a assinar protocolos de colabora-ção e tiveram reuniões de trabalhoonde os Vereadores dos dois lados es-tabeleceram programas e fixaramdatas para intercâmbios nas áreasculturais, desportivas e também eco-nómicas. Do lado português, o Verea-dor do turismo, Carlos Brás, tem aseu encargo a Coordenação destes in-tercâmbios futuros.“Aceito o convite feito pelo Presi-dente Marco Martins e em breve umadelegação de Feyzin vai deslocar-se aGondomar para selarmos de novoestes protocolos de intercâmbio quehoje aqui foram assinados” disse ao

LusoJornal o Deputado Yves Blain. “Avontade de Feyzin é que no futurohaja o mais possível de visitas e depresença dos atores desta geminaçãoentre Feyzin e Gondomar”.O Presidente de Gondomar veioacompanhado por vários Vereadores,entre os quais o Vice-Presidente daCâmara Luís Filipe Araújo, o Vereadorcom o pelouro do ambiente José Fer-nando Moreira, da tecnologia e infor-mática Hélder Figueiredo, o Vereadorda oposição Rui Quelhas e tambémpelo Presidente da Assembleia Muni-cipal Aníbal Lira, assim como pelosecretário de apoio Mário Tavares.Durante os encontros participaramtambém representantes da “socie-

dade civil” e do meio associativo por-tuguês, a convite da Mairie de Feyzin,como por exemplo a Presidente daAssociação Cultural Portuguesa deFeyzin Delphine da Rocha, e váriosmembros da Comunidade portuguesaresidente em Feyzin, assim como osConselheiros Municipais de Feyzincom nacionalidade portuguesa MariaFerreira e Décio Gonçalves.No domingo, a delegação de Gondo-mar visitou a região de Lyon e assis-tiu, a convite da Mairie de Lyon, à“Bienal da Dança” que decorreu noestádio do Olympique de Lyon. Nasegunda-feira houve ainda uma reu-nião de trabalho e depois regressou aPortugal.

Geminação entre as duas cidades foi reativada

Por Jorge Campos

Aeroporto Cesária Évora, quinta-feira,9 de setembro 2014. O vôo VR 6201da TACV vai partir, “pede-se aos pas-sageiros com destino à Praia o favor dese dirigirem à sala de embarque”. Delonge, um homem alto, tipo afro-in-diano, cabelo grisalho mais para obranco, chama a minha atenção: é oDr. António Mascarenhas Monteiro.Para quem se habituou a vê-lo Presi-dente da República no decurso dosanos 90, jovem e a vender saúde, ohomem parece um pouco debilitado.O choque é maior porque nunca maiso vi. Magro, andar hesitante, mas comum charme natural e uma dignidadeolímpica, ao seu lado reconheço a es-posa, Odete Pinheiro, que eu já conhe-cia dos seus preciosos artigos nosjornais.A bordo, entretenho-me a rabiscarumas notas para uma conferência emParis. Tenho a impressão de ouvir mur-murar o meu nome, como se viesse docasal sentado atrás de mim. O aviãoaterra por volta das quatro da tarde, ospassageiros começam a sair. Ao incli-nar-me para levantar, chega-me umavoz de senhora: - “O senhor não é oDavid Leite?”- Sim, sou.Era a Dra. Odete Pinheiro, simpatiaem pessoa, já de pé com o marido: -“Muito prazer em conhecê-lo. Só paralhe dizer que sou sua admiradora,gosto muito de ler os seus artigos”.Agradeço, lisonjeado, também aprecioas suas crónicas, Doutora, e é umahonra vindo de uma pessoa que tão

bem escreve…- “Pois creia que estimo e leio commuito interesse os seus textos”, reiteraa senhora, e o marido a aquiescer: - “Enão é só ela, somos dois!”A voz é a mesma, nela reconheço me-lhor o antigo Presidente! O mesmotimbre, a mesma serena dignidade nofalar. Volto a agradecer, meio sem jeito,obrigado senhor Presidente…Os passageiros já sairam, e despe-dimo-nos. Não desejo melhoras por-que não me disse que estava doente.Saí do avião com a voz do PresidenteMascarenhas no meu ouvido. Pessoascom o dom da palavra sempre me fas-cinaram, e considero que, para quemestá na política, uma boa retórica émais do que uma arte - é uma neces-sidade (sem esquecer que o mais im-portante é a mensagem, a concor-dância entre o bem-falar e o bem-fazer). Falando de políticos, apetece-me mencionar quatro grandesoradores que, salvo opinião diversa,deixaram marca em Cabo Verde. OAristides Pereira falava muito bem. Pormais que digam as más-línguas queera só a ler discursos, era um orgulhoouvir o primeiro Presidente de CaboVerde. O Abílio Duarte, também davagosto ouvi-lo! A sua voz possante e fo-gosa era a marca da Assembleia Na-cional Popular quando lá esteve comoPresidente. O Onésimo Silveira é umtribuno, com uma bagagem intelectuala combinar bem com uma argumen-tação política bem cuidada. E agoraacabamos de perder mais um mestre

da palavra: porventura mais discreta ecomedida, a pujança discursiva deMascarenhas Monteiro inspirava res-peito, e não era alheia à sua estaturade homem de Estado e mais alto ma-gistrado da Nação.Voltando ao episódio do aeroporto daPraia, o que mais me impressionounão foi o elogio do antigo Presidente.Calou-me fundo, confesso, eu que nãoestou habituado a elogios de políticos,nem no ativo, nem na reforma, e emboa verdade não faço por isso. Até por-que vivemos numa terra onde a ten-dência é exacerbar os defeitos naspessoas por causa da sua opinião.Não, o que deveras me impressionoufoi a simplicidade desse grandehomem de Estado.E eu comigo a pensar: outros, menos“grandes”, de estatura mas sobretudode espírito, não hesitam em perseguirfuncionários, em escorraçar pessoaspor não professarem as mesmas ideiaspartidárias e não pactuarem com mes-quinhas riolas de clã! É o que faz a di-ferença entre um democrata deespírito e convicção e um convertido àdemocracia por força das circunstân-cias. É o que permite distinguir entreum simples governante e um verda-deiro estadista como MascarenhasMonteiro.Como não ver na simplicidade do an-tigo Chefe de Estado a nobreza de es-pírito que engrandece as pessoas?Simplicidade que muitos políticos ten-dem a esquecer em tempo de vacasgordas, para só se lembrarem quando

toca para campanha!E o homem não estava em campanha!Em campanha andou MascarenhasMonteiro duas vezes, e duas vezes foieleito Presidente da República. Em1991, nos primórdios da democracia,bateu Aristides Pereira, o veterano daluta armada, o sucessor de Cabral, pornada mais nada menos do que 73,5%dos votos! O povo de Cabo Verde quismostrar nas urnas a sua determinaçãoem romper de vez com o regime dePartido único e com aqueles que o en-carnavam. Em 1996 o primeiro Presi-dente da República eleito democra-ticamente concorreu sem adversário -e foi reconduzido. Quando, em 2001,retornou à sua condição de cidadãocomum, quem diria que aquelehomem discreto e humilde tinha mo-rado dez anos no Palácio do Platô!Sem fazer barulho prosseguiu o ex-Presidente a sua carreira no terrenoda diplomacia paralela e multilateralpor mandato das Nações Unidas, daOUA, OIF, CPLP… Com humanismoe elevado sentido de Estado, desin-cumbiu-se de inúmeras missões in-ternacionais de boa vontade, comoemissário da paz e mediador de con-flitos. De resto, o antigo Presidentenão se mostrou, não deu nas vistas.E partiu como viveu: sem fazer ba-rulho.Vá em paz Senhor Presidente, eternodescanso! Cabo Verde não esqueceráo contributo que deu à democracia,e agradece o ter levado mais longe oseu nome.

Monteiro, a Humildade de um PresidenteOpinião de David Leite | Adido Cultural da Embaixada de Cabo Verde em França

Álvaro Rito

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Fazer chegar à diáspora portuguesa osprodutos endógenos do Alto Minho éo objetivo da loja ‘online’ que vai serlançada pela Confederação Empresa-rial do Alto Minho (CEVAL) no âmbitodo projeto ‘Way2Market’, apoiado porfundos do Portugal 2020.“O que pretendemos é sensibilizar acomunidade do Alto Minho, mas so-bretudo a diáspora portuguesa espa-lhada pelo mundo adquiriremprodutos da região”, afirmou à Lusa oPresidente da Ceval, Luís Ceia.

A plataforma, que “pretende poten-ciar a entrada dos produtos locais noscanais distribuição física e digital”, in-tegra o projeto ‘Way2Market’, apoiadopor fundos do Portugal 2020, e vai serapresentado, no próximo dia 26 desetembro, em Ponte de Lima.Segundo Luís Ceia a plataforma digi-tal surgiu para dar resposta às “falhasidentificadas pela Ceval ao nível doscanais de comercialização, em espe-cial de comércio ‘online’, a par da au-sência de mecanismos de suporte

coletivo”.“A aposta na área de comércio digitalassume-se com um passo inevitávelpara o sucesso na chegada ao mer-cado nos dias que correm e no ‘ti-ming’ correto, tendo presente aevolução de utilizadores e número dedispositivos ativos, tal como, as ten-dências de compra por via destetipo de canal”, disse.A loja ‘online’ vai ser lançada du-rante a segunda edição da feiramostra “100% Alto Minho” que vai

decorrer na primeira semana dedezembro no Centro Cultural deViana do Castelo, também inte-grada no projeto ‘Way2Market’. “Oportal vai ser lançado no certamemas só a partir de março de 2017é que estará em condições de rea-lizar operações de compra devenda de produtos”, explicou LuísCeia.Naquela plataforma vão ser comer-cializados produtos que “cumpramos requisitos” da marca “100%

Alto Minho”, um “selo de quali-dade” dos produtos endógenos daregião. “É uma marca que quere-mos que se afirme no mercado na-cional e internacional pela excelên-cia e qualidade sobretudo em paí-ses onde existam fortes Comunida-des de emigrantes”, disse.A marca “100 % Alto Minho” foilançada pela CEVAL em 2012,com o apoio da Comunidade Inter-municipal (CIM) do Alto Minho, eda Comissão de DesenvolvimentoRegional do Norte (CCDRN), paravalorização dos recursos e poten-cialidades endógenas da região.Nesta altura, cerca de 40 empre-sas já aderiram ao projeto, nos se-tores agroalimentar, artesanato ecomércio tradicional, sendo queoutra das metas do projeto‘Way2Market’ passa pela “expan-são do número de aderentes” comvista a atingir “as 150 empresas”detentoras daquele selo.Além daquelas ações, o projetoprevê ainda a realização de açõesde sensibilização da população daregião, campanhas de promoçãoem grandes superfícies comerciase em um aeroporto do país.Para a Ceval, o projeto ‘Way2Mar-ket’ “assenta em ações concretase tangíveis, e assume-se como umaresposta eficaz e capaz de fazer adiferença na capacitação e promo-ção da competitividade das Peque-nas e Médias Empresas (PME) daregião.

EMPRESAS 09Le 21 septembre 2016

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“DonAntónia” faz “viagens” ao mundo dos saboresportugueses em Paris

É à procura de “sabores esquecidos”e de uma viagem até Portugal que osparisienses vão até à “DonAntónia”,uma pequena pastelaria junto aoCanal Saint-Martin, em pleno centroda capital francesa.“As pessoas vêm aqui à procura deuma viagem, de produtos que já pro-varam e de sabores esquecidos”,disse à Lusa Virginie Gonçalves, a ge-rente da pastelaria que abriu portas háquatro meses.As “viagens” pelos sabores portugue-ses começam com o pastel de nata,desde o tradicional aos “outros esti-los” com chocolate e praliné, compotade abóbora e amêndoas, côco e feijão.Depois, há as queijadas, bolos dearroz, tigeladas e bolas de Berlim, asquais têm mais sucesso sem o típicorecheio português de creme de ovos.“O que mais surpreende é o creme deovos porque é algo que não temos emFrança. Temos o creme inglês, ocreme ‘mousseline’, mas o creme deovos é mesmo português. As pessoasficam um pouco céticas e preferimosfalar em geleia de ovos. Por isso, fa-zemos a bola de Berlim com ‘cremepatissière’ e não com creme de ovos”,contou.Há, ainda, salada de polvo, tostamista, pão com chouriço, bolinhos de

bacalhau, rissóis, pão de milho ama-relo, bola de trigo, assim como bebi-das apenas habituais em cafésportugueses, nomeadamente o galão.No exterior, a fachada é verde pastel,com um banco coberto de almofadasde linho, por baixo da vitrina de bolos,e dois bancos de pé alto ao pé de umacaneca de refresco de framboesa,gengibre, limão e groselha.

Lá dentro, o balcão frigorífico expõe adoçaria portuguesa e os salgados, ha-vendo uma única mesa comprida demadeira e prateleiras a expor bolachasde vinho do Porto, xaropes de tomilhoe limão, infusões de manjericão ousardinhas fumadas em lata.A decoração é “vintage”, não háazulejos portugueses, apenas ummapa de Portugal afixado na parede

e uma fotografia a preto e branco,de 1968, a retratar uma família emque se destaca “Dona Antónia”, aportuguesa homenageada pelonome da pastelaria.Antónia, de Guimarães, e o maridoCarlos Gonçalves, do Sabugal, com-praram a Pastelaria Canelas, nos arre-dores de Paris, há cerca de 30 anos,tornando-se nos principais fornecedo-

res de doces e salgados portuguesesna região. Os filhos Gil e Sandra e anora Virginie decidiram continuar atradição familiar e abrir a pastelariaem Paris abastecida com os doces fei-tos na fábrica da família. “Tínhamoseste projeto há pelo menos 15 anosporque não havia uma loja no centrode Paris nem um contacto com osclientes, sobretudo com os parisien-ses porque somos mais conhecidosjunto da Comunidade portuguesa”,descreveu Virginie, sublinhando quedecidiram “homenagear a Dona Antó-nia que foi quem desenvolveu tudo:os salgados, os bolos, a pastelaria, apadaria”.“Com o coração metade português”e apaixonada pela cozinha, Virginietrocou um emprego de auxiliar depuericultura numa maternidade pa-risiense pela gestão da pastelarianum quarteirão com “um ar de Lis-boa”, no décimo bairro de Paris,perto da Praça da República. “Aquihá uma vida de bairro, com peque-nos restaurantes e ruas estreitas quefazem lembrar Lisboa. Quisemos re-produzir um pouco as pastelariasque há em Portugal, em que se podeir a qualquer hora comer doces ousalgados”, explicou, sublinhandoque além de pastelaria, a “DonAn-tónia” é também uma merceariafina, cantina e “take-away”.

O nome está relacionado com Antónia Gonçalves da Pastelaria Canelas

Por Carina Branco, Lusa

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Diáspora portuguesa é novo público-alvo dos empresários do Alto Minho

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Pau: Rencontreavec le traducteur de«Prédateurs»de PepetelaL’association Lusophonie inviteFrançois Chapel, samedi 24 sep-tembre, à 18h00, au restaurant LeBayard, à Pau (64), pour présen-ter sa traduction du livre «Préda-teurs» de l’écrivain angolaisPepetela.François Chapel parlera de sa pas-sion pour l’Angola où il a fait laconnaissance de Pepetela et lui aproposé de traduire «Predadores».«Prédateurs», c’est l’histoire tour-mentée de l’Angola, de la guerrecoloniale des années soixante, del’indépendance en 1975 suivie de27 années de guerre civile, de lapaix enfin signée en 2002.Il s’agit donc d’une rencontre iné-dite, à l’issue de laquelle un apéri-tif dînatoire fera goûter auxparticipants, spécialités portugai-ses et béarnaises.Infos: 05.59.00.09.50.

Peça de TiagoRodrigues noThéâtre de laBastilleO espectáculo “António e Cleópa-tra” de Tiago Rodrigues e do atualrepertório do Teatro Nacional D.Maria II (TNDM II), está em cartazatualmente, pela primeira vez, emParis.“António e Cleópatra”, espectá-culo interpretado por Sofia Dias eVítor Roriz, estará em cena até dia08 de outubro, no Théâtre de laBastille, na capital francesa, noâmbito do Festival d’Automne àParis.Até ao final do ano, uma outrapeça de Tiago Rodrigues, “ByHeart” será apresentada, em no-vembro, em Rennes e, em dezem-bro, em Marseille.“António e Cleópatra” e “ByHeart” são duas das oito peças deteatro do encenador Tiago Rodri-gues que passaram a integrar o re-pertório do TNDM II e que têmandado em digressão por teatros efestivais, tanto a nível nacionalcomo internacional. Tiago Rodri-gues cedeu, ao teatro nacional, al-gumas peças que criou e encenouna companhia Mundo Perfeito, e acedência estará vigente enquantofor Diretor artístico do TNDM II.

10 CULTURA Le 21 septembre 2016

Le jazz brésilien de Chloé Deyme à ParisSorti en juin dernier, le premier albumde Chloé Deyme, «Noturna» fait déjàun tabac en France. Véritable coup decœur sur France Musique, il a faitl’objet d’un concert de lancement le30 juin au Studio de l’Ermitage. En-registré entre Paris et Rio de Janeiro,c’est un premier opus à la personna-lité forte et singulière, où l’on décou-vre ses voyages intérieurs, ses coupsde cœurs et ses coups de ‘saudade’.Auteure, compositrice et interprète,Chloé Deyme est chanteuse de jazzbrésilien. Une voix sensible et chaleu-reuse dont la «brésilianité» naturelles’impose au fil des chansons. Sur cetalbum elle a composé 8 des 10 mor-ceaux et elle assume sa filiation avecles grands noms du jazz brésilien.Chloé Deyme née à Paris, a grandidans un quartier populaire et multi-ethnique de la capitale, à Aligre. Leslangues, les accents, les chants, lesodeurs d’épices et de fruits du marchéquotidien et les orchestres qui l’ani-maient chaque dimanche matin ont

inscrit en elle une nécessité gloutonnede mélanger les genres. Un sentimentexacerbé par une éducation musicaletouche à tout, les oreilles titillées dejazz, de musique classique et de mu-siques du monde, elle étudie le piano,le violoncelle, les percussions, et puis

surtout elle chante...Formée auprès de Rolando Faria,Chloé Deyme a également suivi lescours d’improvisation de Sara Laza-rus, et a fréquenté l’école ATLA, la BillEvans Academy ou encore, le Conser-vatoire du 6ème.

Animée d’un goût pour la scène et lesrencontres musicales, Chloé a colla-boré avec de nombreux artistes dansle milieu du jazz brésilien tels queLeonardo Montana, Philippe BadenPowell, Grégory Privat, Raul Masca-renhas, Gabriel Grossi ou Anne Paceo.Elle est également co-fondatrice de laBatucada Zalindê: orchestre de per-cussions afro-brésiliennes 100% fé-minin qui a remporté les prix demeilleur orchestre de percussions en2007 et 2011 à Paris, et collaboréavec Ibrahim Maalouf, Kerry James,Oxmo Puccino, Grand Corps Malade,Zaho...Elle nous avait séduit également en2010 avec un groupe orléanais, au-jourd’hui disparu: «Caminho».Ne ratez pas toute la magie du jazzbrésilien, une chanteuse pleine decharme et de sensibilité qui cultive lemétissage avec le plaisir amusé auxlèvres.Le 1er octobre, au Sunset-Sunside àParis, séance de rattrapage pour ceuxqui ont loupé son concert en juin der-nier!

Dans le cadre de la promotion de son premier album «Noturna»

Par Clara Teixeira

Livro sobre “imigrante um milhão” vai serapresentado em ParisO livro que conta a história do portu-guês que ficou conhecido, na Alema-nha, como “o imigrante um milhão”,nos anos 1960, vai ser apresentadono Consulado-Geral de Portugal emParis, esta quinta-feira, dia 22 de se-tembro.A obra “A Vida Numa Mala - ArmandoRodrigues de Sá e Outras Histórias”da jornalista portuguesa Cristina Dan-gerfield-Vogt e da historiadora alemãSvenja Länder, relata várias históriasde emigrantes nos anos 1960 e maisrecentes, nomeadamente a do portu-guês que ainda figura nos manuais es-colares alemães como o milionésimoimigrante a entrar na Alemanha.“O Armando Rodrigues de Sá foi oimigrante um milhão que chegou àAlemanha depois da Segunda GuerraMundial no contexto dos acordos derecrutamento de trabalhadores do Go-verno alemão porque a Alemanha não

tinha trabalhadores suficientes parareconstruir o país”, contou à LusaSvenja Länder.Foi a 10 de setembro de 1964, na es-tação de Colónia-Deutz, que ArmandoRodrigues de Sá, natural de Vale deMadeiros, distrito de Viseu, recebeu otítulo de milionésimo imigrante naAlemanha, numa receção que incluiubanda de música e até a oferta deuma motorizada que hoje se encontrana Casa da História de Bona.O título “imigrante um milhão” sim-bolizou a expansão económica da an-tiga República Federal da Alemanhae os chamados “gastarbeiter”, ouseja, “trabalhadores convidados” aoabrigo de contratos bilaterais entre oGoverno alemão e países exportadoresde mão-de-obra como Portugal, Itália,Espanha, Grécia, Turquia, Marrocos eTunísia. “Muitos alemães pensam queo imigrante um milhão foi um turcoporque existe um filme em que umturco ia atrás do imigrante um milhão.

Como os turcos são o grupo mais visí-vel na Alemanha, decidimos abrir olivro para outros imigrantes e falartambém sobre os turcos”, continuouSvenja Länder.A historiadora vai apresentar a obraem Paris, cerca de dois anos depoisde ter passado na capital francesacom o neto de Armando Rodrigues deSá, António de Sá, com quem refez aviagem de comboio do avô, na se-quência das comemorações do cin-quentenário da sua chegada aColónia-Deutz e da celebração doAcordo de Recrutamento de Trabalha-dores Portugueses entre Portugal e aAlemanha.“Há dois planos temporais no nossolivro: um é em 1964, no tempo do Ar-mando, um ícone da imigração, e ooutro é em 2014 quando fiz a viagemcom o neto”, explicou a historiadora,precisando que durante essa viagementrevistou emigrantes portuguesesdos anos 1960 e outros mais recentes

cujos relatos integram o livro.Além de revisitar o percurso das pri-meiras vagas de portugueses que emi-graram para a Alemanha e o dacomunidade turca que vive no país, olivro aborda, ainda, os movimentosmigratórios atuais e os refugiados dehoje. “Temos entrevistas com quatroportugueses que emigraram para Ber-lim em 2014 e que falam de uma Eu-ropa sem fronteiras, da Ryanair, etc.Escrevemos este livro em 2015, du-rante a nova onda de migração para aAlemanha, e decidimos incluir umrapaz da Síria”, concluiu Svenja Län-der, em referência a Sallar, de 25anos, que pagou 10.000 euros para irpara a Alemanha, numa viagem emque passou pela Turquia, Grécia, Itáliae Suíça.A obra “A Vida Numa Mala - ArmandoRodrigues de Sá e Outras Histórias”foi lançada em abril, pela Oxalá Edi-tora, e já foi apresentada em Berlim,Porto, Lisboa, e Hamburgo.

Por Carina Branco, Lusa

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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12 CULTURA Le 21 septembre 2016

Chapitô regressa ao festival de circo de Auch

A Escola Profissional de Artes e Ofíciosdo Espetáculo do Chapitô vai voltar aparticipar no CIRCA, um festival decirco que vai juntar companhias euro-peias, em Auch, no sul de França, de21 a 29 de outubro.Para a 29ª edição deste festival, apre-sentado como uma vitrina da criaçãocircense contemporânea, um grupo dealunos do Chapitô vai levar um espe-táculo que está a preparar com a Es-cola de Circo Carampa, em Madrid.A participação do Chapitô vai estar en-quadrada na secção “Circle”, que vaiapresentar trabalhos da Federação Eu-ropeia das Escolas de Circo (FEDEC),uma organização que conta com 42escolas de 24 países, incluindo a es-cola portuguesa de circo, que é sóciafundadora da federação.Além dos espetáculos de circo, a pro-gramação do festival vai contar, ainda,com ateliês de iniciação às artes cir-censes, exposições de fotografia, pro-jeção de filmes relacionados com o

circo e encontros com os artistas.Antes de participar no Circa, TeresaRicou vai integrar o júri do EuropeanYouth Circus 2016, que vai decorrerem Wiesbaden, na Alemanha, de 13a 16 de outubro, indo depois paraMadrid, para finalizar o espetáculoque vai ser apresentado na cidade

francesa. “É importante ligar aFrança, a Alemanha e a Espanha.Acabo, por iniciativa minha, por fazerum bocado esta relação entre estespaíses da Europa, apesar de sermosum país mais periférico. É curioso seruma mulher e ser Portugal a fazê-lo”,disse à Lusa Teresa Ricou, Diretora do

Chapitô, sublinhando a importânciade divulgar “o caráter social do Cha-pitô para pôr as artes ao serviço da in-clusão social”.Teresa Ricou tem expectativas que o“périplo europeu” permita criar par-cerias para o Chapitô-Rio, um projetoem Lisboa que visa disponibilizar umaformação a nível superior em artes cir-censes. “Estamos sempre à procurade parceiros para reforçar a nossa von-tade de desenvolver estas áreas.Quanto ao Chapitô-Rio, estamos à es-pera, vamos ver como se desenvolveesta viagem pela Europa e quem sabesurjam alguns parceiros para este pro-jeto já lançado”, explicou.O Chapitô - Coletividade Recreativa deSanta Catarina - foi fundado em 1981como associação cultural sem fins lu-crativos, com atividades culturais, so-ciais e educativas, tendo depois sidocriada, em 1991, a Escola Profissio-nal de Artes e Ofícios do Espetáculocom dois cursos de nível equivalenteao 12º ano, “Artes e Animação Cir-cense” e “Ofícios do Espetáculo”.

No sul de França

Por Carina Branco, Lusa

«Fernando Pessoa – Anthologie essentielle»

C o n -c i s e ,c e t t ep e t i t eantholo-gie estune ex-cellentei n t r o -ductionà l’œu-v r e

multiforme et complexe de Fer-nando Pessoa (1888-1935). Pré-sentée, traduite et commentée parPatrick Quiller, «Fernando Pessoa -Anthologie essentielle» (éd. Chan-deigne, juin 2016) permet de dé-couvrir ce précurseur de notremodernité, en appréhendant l’es-sentiel de son «dispositif hétérony-mique» et d’en saisir, dans uneprésentation bilingue, la force, la va-riété et l’unité.«Tout sentir de toutes les maniè-res», tel était le mot d’ordre de Pes-soa. Ce qui l’a conduit à éclater son‘moi’ en plusieurs écrivains fictifs,les ‘hétéronymes’, dotés chacund’un nom, d’une date et d’un lieude naissance, et parfois même dedécès, d’un horoscope, d’une bio-graphie et d’une œuvre toujours enconstruction. Par ailleurs, soulignePatrick Quiller dans l’introduction,«ces ‘doubles’ se connaissent, écri-vent les uns sur les autres, dialo-guent, nouent entre eux desrapports de filiation littéraire, de ri-valité, d’affection, de jalousie».En ouverture de la présente antho-logie on trouvera deux poèmesécrits en anglais par l’un des tout pre-miers hétéronymes, AlexanderSearch. Puis viennent ceux des qua-tre principaux hétéronymes: AlbertoCaeiro, né à la campagne, sans ins-truction, que Pessoa élit comme son«maître», auteur notamment du re-cueil en vers libres, «Le gardeur detroupeaux»; Ricardo Reis, médecin,né au nord du Portugal, royaliste,auteur des «Odes», à traves les-quelles il préconise un retour au pa-ganisme, mêlant idées stoïcienneset épicuriennes; Álvaro de Campos,né en Algarve, ingénieur, qui aconnu les drogues et les amourshomophiles, et qui prône «l’exalta-tion et la déflagration des sensationssous l’égide du machinisme et dumodernisme», auteur, entre autres, del’«Ode maritime»; Bernardo Soares,employé, comme Pessoa, dans uneentreprise d’import-export de Lisboa,auteur du célèbre «Livre de l’intran-quillité», posthume, comme presquetoute l’œuvre de Pessoa. Enfin, on ytrouvera aussi de nombreux poèmessignés Pessoa lui-même.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

“A Vida Numa Mala”, que será apre-sentado no Consulado-Geral de Parisno próximo dia 22 de setembro, é umlivro original e inovador, centrado nahistória da emigração portuguesa paraa Alemanha, mas vai muito para alémdisso. Tomando como ponto de partidaa história do milionésimo emigrante achegar à Alemanha, o senhor ArmandoRodrigues de Sá, a historiadora SvenjaLänder e a jornalista Cristina Danger-field-Vogt fazem uma abordagem daemigração portuguesa que cruza opassado e o presente, a emigração querumou para a Alemanha e a que foipara França, as histórias das antigasgerações de emigrantes e as daquelesque foram empurrados pela crise nosúltimos anos, a emigração portuguesae a turca.Mais do que procurar compreender aevolução das políticas, o que é igual-mente um objetivo importante, a abor-dagem das autoras centra-se basica-mente nas pessoas. No seu percurso,nas suas origens, nas suas vidas. É,portanto, uma abordagem com umacentuado sentido humanista. E é pre-cisamente esta abordagem que tornao livro um documento importante nocontexto das publicações sobre a emi-gração portuguesa.Há desde logo um aspeto que se per-cebe claramente, que é o facto de aemigração para França ter tido carac-terísticas marcadamente distintas daque ia para a Alemanha. E o confrontodestas duas dimensões da emigraçãoportuguesa nos anos sessenta e se-tenta dá bem uma ideia de como o re-gime autoritário de Salazar lidava coma emigração, ou seja, com o mesmoinstinto repressivo e amesquinhador.A partir destas duas realidades pode-mos mergulhar num dos períodos danossa história coletiva que mais mar-cou as gerações de então, transmi-tindo necessariamente essas marcasconstrangedoras do carácter portuguêspara as futuras gerações.

A emigração portuguesa continua a serbasicamente mal compreendida epouco assumida, consequência dospreconceitos que ao longo dos anos seforam cristalizando, acabando assimpor formatar de maneira distorcida otipo de relacionamento que o país temcom os seus cidadãos espalhados pelomundo. Ao invés de um esforço deaprofundamento da ligação entre osportugueses residentes no estrangeiroe o seu reconhecimento, o que se ve-rifica, apesar de alguns progressos ede uma maior visibilidade desta reali-dade, é ainda uma considerável ati-tude de distanciamento.Apesar de ter sido celebrado o últimoDia de Portugal na cidade de Paris,junto das Comunidades portuguesas,de maneira inédita e como um gestode importante reconhecimento, com apresença do Presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, e do Pri-meiro-Ministro, António Costa, aindafalta muito para que a compreensão,aceitação e valorização seja devida-mente feita pela sociedade e pelas ins-tituições portuguesas.O simples facto de Armando Rodri-gues de Sá ter sido anunciado aos al-tifalantes da estação de comboios de

Colónia como o milionésimo “gastar-beiter” (trabalhador convidado - o queem si pressupõe que a qualquer mo-mento teria de regressar quando dei-xasse de ser necessário), significa quea Alemanha tinha, como de factoacontecia, um acordo especial de emi-gração com Portugal, que permitiauma gestão apertada e controlada dosfluxos migratórios, através da JuntaNacional de Emigração, que tinha odestino das pessoas nas mãos: sabiamquem eram, de onde vinham, paraonde iam e que percurso fizeram.O seja, a sombra da PIDE, estava om-nipresente nas viagens feitas no Su-dexpress. E o medo de falar também,sobretudo de fazer abordagens dequestões sobre política, da repressãoou sobre a pobreza e falta de escolari-dade em que o regime autoritáriomanteve o país durante quase meioséculo.E esta circunstância, contrasta, defacto, com a emigração para França,que foi feita muitas vezes a salto, ocor-reu de forma descontrolada, com gran-des riscos para as pessoas, tendomuitas delas ido parar aos bairros delata nos arreadores de Paris, umtrauma que ainda hoje de alguma ma-

neira perdura. Basta ver como muitosportugueses que viveram essa dolorosaexperiência se emocionam quanto têmde falar sobre essas vivências, que, naaltura, tentaram esconder, por vergo-nha, tal era a falta de condições emque viviam.O facto de neste livro profundamentehumanista se cruzarem as histórias devida dos que emigraram nos anos ses-senta com os que tiveram de emigrarnos últimos anos, já numa Europa semfronteiras, com uma mobilidade quefacilita tudo e com uma formação econhecimentos que então pratica-mente não existiam, é relevante parase compreender os diferentes tempose contextos da emigração portuguesa.Tal como é muito relevante comparara emigração portuguesa com outrasemigrações, neste caso com a turca.“A Vida Numa Mala” é, portanto, umlivro que, se por um lado procura cha-mar a atenção para a realidade daemigração, por outro procura com-preender, tentando colocar-se na peledaqueles que tiveram de emigrar, fa-zendo os mesmos percursos de com-boio, indo às aldeias de onde saíram,para tentar perceber o que ficou des-ses tempos e o que mudou. Alémdisso, é um livro que se lê bem.Como um romance. Parabéns, por-tanto, às autoras e à editora que tevea ousadia de o publicar, a Oxalá, deMário Santos.

A emigração para a Alemanha e para a FrançaOpinião de Paulo Pisco | Deputado (PS) pelo círculo eleitoral da Europa

Chapitô em Auch (foto de arquivo)DR

Apresentação no Consulado de Paris

O livro “A Vida Numa Mala - Ar-mando Rodrigues de Sá e OutrasHistórias” de Cristina Dangerfield-Vogt e Svenja Länder, vai ser apre-sentado pelas autoras, no dia 22 desetembro, às 18h30, nos Salões Eçade Queirós, do Consulado Geral dePortugal em Paris, 6 rue GeorgesBerger, em Paris 17.

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Portugal MagEdições lançaa primeira Coletânea de Poesia Lusófona em ParisA Portugal Mag Edições, editoraque já edita a revista Portugal Ma-gazine, está a lançar para todo omundo, a primeira Coletânea dePoesia Lusófona em Paris, cujo re-gulamento pode ser solicitado aoseditores.Para esta Coletânea a PortugalMag Edições convidou para acoordenar o escritor portuguêsAdélio Amaro, “autor de váriosprojetos desta área, reconhecidosna comunidade lusófona em todoo mundo, e tem como objetivo pro-mover a Língua portuguesa e serámais um gota no oceano da Luso-fonia, fomentando o trabalho de-senvolvido pelos Poetas de LínguaPortuguesa” diz uma nota da edi-tora enviada às redações. A Portu-gal Mag Edições pretende “promo-ver todos os Poetas de Angola,Brasil, Cabo Verde, Guiné, Mo-çambique, Portugal, São Tomé ePríncipe e Timor espalhados portodo o mundo”.Segundo o mesmo comunicado,“estão já a ser feitos contactoscom diversas entidades e institui-ções da Diáspora no sentido deconseguir promover da melhorforma e dimensão os Poetas Lusó-fonos e a Língua Portuguesa”.Esta Coletânea terá várias apre-sentações onde se podem desta-car uma em Paris e outra emPortugal. “Que esta gota poéticapossa ser mais uma na elevaçãoda Língua de Camões. Assim, es-peramos a colaboração de todosaqueles que amam a Língua Por-tuguesa e, neste caso, a Poesia”diz o comunicado enviado às reda-ções.Infos: [email protected]

Livros de Manuel doNascimentodo Top10 devendas daL’HarmattanDois livros do escritor Manuel do Nas-cimento estão no Top10 das melho-res vendas da editora L’Harmattan, nacategoria “História e atualidade dePortugal”.O mais recente livro do escritor radi-cado em França, “Histoire du Portu-gal, une chronologie”, editado nacoleção “Mondes Lusophones” emabril deste ano, é o terceiro livro maisvendido na categoria.O primeiro livro editado por Manueldo Nascimento, em 2002, “Cronolo-gie da história de Portugal”, está nodécimo lugar no Top10 das vendasda editora francesa.

14 CULTURA Le 21 septembre 2016

La rentrée du Fado en France: c’est parti!

Une fois n’est pas coutume, c’est unestar du fado, António Zambujo, qui aouvert la saison dès le 3 septembre,mais avec un répertoire hors fadopuisqu’il a chanté les (très belles) com-positions du brésilien Chico Buarque.Pour le fado «bien de chez nous», ça abien démarré et ça continue, commeon va le voir.Côté restaurants programmant du fado,l’Express, à Clichy, a repris dès débutseptembre ses dîners fado du di-manche soir, avec toujours Júlia Silvaet Joaquim Campos accompagnés parles guitares de Filipe de Sousa ou Ma-nuel Corgas et Casimiro Silva, avec unartiste invité un dimanche sur deux etdu fado vadio, suivi de peu par La Bi-fana, à Créteil, qui reprogrammechaque vendredi le spectacle Pregõesde Lisboa, avec Jenyfer Rainho et Joa-quim Campos, les guitares de ManuelMiranda et Casimiro Silva.La Casa Saudade de Versailles, vient,elle, de reprendre ses soirées fado deuxvendredis par mois, avec Carlos Neto(ou Laureano) et une invitée chaquefois différente, accompagnés par lesguitares de José Rodrigues et FlavianoRamos.Côté nouveautés, Sousa Santos a dé-niché un nouveau port d’attache aucœur de Montparnasse, le très confor-table Le Lisbonne (ex Le Montaigne),où il vient de produire avec Daniela, ac-compagnés par les guitares de ManuelCorgas, Flaviano Ramos et Tony Cor-reia. Le Lisbonne prévoit une soiréefado chaque mois. Et d’autres restau-rants organiseront des soirées fado plusépisodiques, en région parisienne mais

aussi en province où le restaurant Vila-nova de Tourcoing prévoit une soiréefado le 8 octobre avec Conceição Gua-dalupe et Daniela, accompagnées parManuel Corgas et Flaviano Ramos.Les soirées fado associatives commen-cent le 24 septembre à Vernon(Conceição Guadalupe, Joaquim Cam-pos, Vanessa Botelho, Manuel Mi-randa, Flaviano Ramos), le 25 àGarches (Jenyfer Rainho, João Rufino,Filipe de Sousa, Nuno Estevens) et àl’Hippodrome de Vincennes avec laFête des portugais (Conceição Guada-lupe, Manuel Miranda, FlavianoRamos, Philippe Leiba), et se poursui-vront en octobre (le 8) à Soisy-sous-Montmorency (Sousa Santos, Eugé-nia Maria, Ana Paula, Manuel Cor-gas, Flaviano Ramos, Tony Correia),en novembre (les 11, 12, 13) à Cler-

mont-Ferrand avec un Festival inter-national de fado avec une pléiaded’artistes venus du Portugal, deFrance, des Pays-Bas… Signalons biensur le spectacle Fado en poésie pro-posé par l’Académie du Fado au Théâ-tre de la Mare au Diable à Palaiseau le1er octobre (Mónica Cunha, SophiePaula, Diogo Arsénio, DominiqueOguic et la comédienne Géraldine Bic).Côtés bars et mini-concerts, EuniceFerreira a repris, avec Filipe de Sousaet Nuno Estevens, son récital fado aubar Eva Pritsky à Paris. Signalons uneheureuse initiative de Filipe de Sousaet Nuno Estevens, qui ont inauguré àla Chapelle des Lombards, établisse-ment réputé de la non moins réputéerue de Lappe, à la Bastille, un «apéro-fado», de 20h00 à 22h00, où ils ac-compagneront une fois par mois une

ou un artiste, avec ensuite un peu defado vadio. Mónica Cunha a inauguréla formule, fort sympathique, en sep-tembre, et Lizzie sera l’invitée de laprochaine soirée le 12 octobre.Les soirées de fado non stop propo-sées par le Coin du Fado et Lusofolie’sreprennent en octobre. Le Coin duFado proposera son fado «vitaminé»le 7 octobre au Lusofolie’s, son lieu«historique» de Saint-Michel étanttoujours en travaux, avec ConceiçãoGuadalupe, João Rufino, Daniela etTânia Caetano, accompagnés, comme(presque) toujours par Filipe deSousa, Nuno Estevens, Philippe Leibaet Nella Selvagia.Les soirées «fado vadio» du Lusofo-lie’s reviennent le dernier mercredi dechaque mois à partir du 26 octobre,avec l’appui de l’Académie du fado etdu Coin du fado. Deux dates qui de-vraient, selon la tradition, être hautesen couleur.Enfin, concernant les stars du fado ve-nues de Lisboa, Carminho sera auThéâtre Paul Eluard à Choisy-le-Roi le30 septembre. Le 9 octobre, une ar-mada de fadistes lisboètes parmi les-quels Joana Amendoeira, PedroMoutinho, Simone de Oliveira, Duarte,plus la parisienne Cláudia Costa, ac-compagnés par des musiciens de luxe(Custódio Castelo, Jorge Fernando,Carlos Menezes) rendront hommage àAmália Rodrigues. Et le 28 octobre, lasublime Mísia sera à la Cigale. PourAmália aussi, mais autrement.Bref, de la continuité (pas, contraire-ment à certaines années, de ferme-tures annoncées) de la nouveauté, dela diversité, le «fado d’ici» commencebien la saison.

António Zambujo a ouvert la saison

Par Jean-Luc Gonneau

Carminho programmée au Festi’Val de Marne

Le Festi’Val de Marne démarre sa30ème édition le 29 septembrejusqu’au 19 octobre avec différentsconcerts repartis en itinérance dansune vingtaine de villes du Val-de-Marne. Côté lusophone, Carminho seral’artiste invitée du 30 septembre auThéâtre Paul Eluard, à Choisy-le-Roi,et Bonga montera sur la scène le 15octobre, à Fresnes.Le Festi’Val de Marne est un festival demusique créé en 1987. Il est géré parl’association Festi’Val de Marne. Ausein de l’association depuis 15 ans,José Tavares est l’un des programma-teurs de ce festival. «Etant d’origineportugaise, j’ai l’oreille attentive con-cernant la musique au Portugal et dansles pays lusophones et j’ai voulu faireconnaître auprès de notre public cettechanteuse de fado, car elle a une voixextraordinaire et j’aime sa présence surscène», explique-t-il au LusoJornal.Car si le festival met à l’affiche des ar-tistes confirmés, il braque égalementses projecteurs sur des artistes moinsconnus du grand public. Côté lusop-hone, les chanteuses portugaises, Cris-tina Branco a déjà été programméeainsi que Mariza, mais celle-ci finale-ment n’est pas venue. José Tavares es-père attirer un maximum despectateurs lors du spectacle de Car-

minho, et «réunir le public français etle public portugais».Pour ceux qui ne connaissent pas bienCarminho, la chanteuse est tombéedans le fado très tôt, pratiquement dèssa naissance. Sa mère, Teresa Siqueiraest une figure incontournable de ceblues portugais et le restaurant de sesparents était le rendez-vous incontour-nable des fadistas de Lisboa. Elle s’estproduite d’ailleurs à l’âge de 12 ansdans l’une des plus belles salles de lacapitale portugaise, le Colisée.Si des études de marketing, puis desvoyages à travers le monde, l’éloignent

un peu de son art, elle s’y consacrerapleinement dès son retour pour ne plusle quitter. Des maisons de fado aux sal-les de concert portugaises puis étran-gères, elle est devenue la nouvelle voixd’un fado traditionnel qui ne s’interditpas les influences brésiliennes.En 2009 elle édite son premier album‘Fado’, puis en 2012 arrive le deu-xième ‘Alma’ qui a aussitôt occupé lespremières places des tops des ventesportugaises.C’est en 2013 qu’elle a connu l’annéede consécration. Au Brésil, elle faitl’ouverture du Carnaval de Recife et

des concerts à guichets fermés à Riode Janeiro, São Paulo et un peu partoutdans le pays. On la découvre en Francemais aussi aux quatre coins du globe.Ses deux albums sont double disquede platine. Son troisième album‘Canto’ sort final 2014. Carminho a eula joie de compter sur la participationde Caetano Veloso, fervent admirateurde sa voix. ‘Canto’ comprend égale-ment un duo avec Marisa Monte et laparticipation exceptionnelle de nom-breux artistes.«On a une politique de prix qui doitpermettre à tout un chacun de pouvoirassister aux spectacles, qui se veutsans ségrégation. On veut faire décou-vrir des artistes qui seront peut-être de-main stars, mais qui pour certains ontbesoin aujourd’hui d’un coup de pouceet qui portent quelque chose en eux»explique José Tavares.Un timbre de velours, «une tonalité quifait vibrer, qui transperce l’âme». Lors-que Carminho entonne ses premiersvers, elle ferme ses yeux et nous ouvreson cœur. «C’est son fado qu’elle nousdonne à savourer». C’est Lisboa touteentière qui résonne. A ne pas rater!

Le vendredi 30 septembre, 20h00Théâtre Paul Eluard4 avenue de Villeneuve-St-Georges94600 Choisy-le-RoiInfos: 01.45.15.07.07

Le 30 septembre, à Choisy-le-Roi

Par Clara Teixeira

Simone de Oliveira sera à Paris pour l’hommage à AmáliaDR

Carminho, la jeune génération du FadoDR

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CULTURA 15Le 21 septembre 2016

Philippe Mendes sonha com uma sala de pintura portuguesa no Museu do Louvre

Philippe Mendes tem uma galeria dearte em Paris. Lusodescendente, nas-ceu e estudou em França, mas afirmadescomplexadamente as suas origensportuguesas. Ao ponto de ter oferecidono ano passado um quadro ao Museudo Louvre, que vai passar brevementea estar exposto ao público.Fomos ao encontro do galerista naBiennale des Antiquaires, no GrandPalais, onde expunha também algu-mas obras portuguesas.Mas o sonho de Philippe Mendes nãofica por aqui. Quer mesmo que o Lou-vre passe a ter uma Sala de pinturaportuguesa. Para isso, criou uma as-sociação, a Luso-Património que querangariar fundos para comprar quadrospara oferecer ao mais prestigiosomuseu do mundo.

Quando era criança viveu em Portu-gal, mas nasceu cá ou lá?Nasci aqui, mas fui rapidamente viverpara Portugal os primeiros anos daminha vida. Voltei ainda novo paraParis, estudei aqui História de Arte eDireito e estou cá desde há muitosanos. No fim do curso entrei noMuseu do Louvre, onde trabalhei du-rante 5 anos no Departamento daspinturas e depois abri a minha galeriahá 8 anos.

De onde é originário?Os meus pais são do Norte, de Braga.E vou regularmente a Portugal. Pri-meiro ia mais para a Itália agora vou aPortugal regularmente. Uma vez porano tento, durante 15 dias, conhecerbem uma região, visitar igrejas, mu-seus e galerias. Também costumolevar colegas, Conservadores de mu-seus, para visitar museus em Portu-gal. Eles ficam fascinados.

Na sua galeria não tem apenas pin-tura portuguesa, pois não?A minha especialidade é a pintura ita-liana e francesa. Agora é que estoucada vez mais a interessar-me pelapintura portuguesa e também espa-nhola, que é raro encontrar por aqui.

Abrir uma galeria em Paris foi umpasso importante?Sim claro,... e inconsciente também(risos). É difícil por causa da crise.Não conheci os anos fantásticos, masacho que é importante estar aqui, emParis, já que Paris é uma das cidades,como Nova York, importantes para acultura em geral.

Que tipo de clientes tem?São sobretudo colecionadores, sãopessoas que tentam fazer alguns in-vestimentos em arte, são pessoasapaixonadas pela pintura...

Foi através da sua galeria que foi co-nhecendo a arte portuguesa?Na realidade, eu não estava a perce-ber bem porque é que a arte portu-guesa não era mais conhecida aqui,nenhum dos meus colegas a conheciae então interessei-me cada vez maispor ela e tento andar pelos leilões paraencontrar quadros portugueses e apre-sentá-los na galeria.

A recente exposição de AmadeoSouza-Cardoso patente em Paris, aju-dou?Sim ajudou muito, ninguém o conhe-cia e agora aqui na Bienal a maiorparte das pessoas que cá passaram jáo conhecem. Precisamos cada vezmais de exposições internacionaispara promover os artistas portuguesese essa sem dúvida foi excelente.

A vedeta da sua galeria aqui na Bie-nal, é este quadro de Gauffier?Para mim a vedeta é este quadro defacto. Sempre com o mesmo objetivo:valorizar e mostrar o património por-tuguês. E neste caso encontrei estequadro pintado por um dos maiorespintores franceses do século 18, oGauffier, que ainda não é muito co-nhecido, mas para o ano vão abrir emFrança e noutros países 3 exposiçõessobre ele. É um pintor muito impor-tante porque foi para a Itália e fezuma carreira importante pintando osnobres que por lá passavam e foi ocaso do nosso primeiro Conde de

Mafra que passou por lá e conheceuo Gauffier. E mostra também que fi-guras e artistas portugueses iam paraa Itália já no século 18 e alguns erampintados pelos maiores pintores da-quela época. E este é um dos retratosmais lindos daquela época. Vários co-lecionadores mostraram-se já interes-sados por ele, está quase adquiridopor uma instituição importante inter-nacional.

Onde descobriu o quadro de Josefa deÓbidos que doou ao Museu do Lou-vre?Encontrei-o em Nova York, onde vou

regularmente a salões e a leilões dearte. Quando vi o quadro de Josefa deÓbidos, pensei logo que era uma obraprima importante do século XVII eachei importante que integrasse ascoleções do Louvre e assim enrique-cer a pintura portuguesa onde só hádois quadros: um de Domingos Se-queira e outro de Baltazar Gomes Fi-gueira, pai de Josefa de Óbidos.

A receção do museu foi boa?Acho que a equipa científica perce-beu bem que era importante ter qua-dros de Josefa de Óbidos, mas nãofoi fácil, porque a pintura portuguesa

é desconhecida e foi uma luta poderconseguir que eles aceitassem que oquadro integrasse as coleções, no-meadamente ao lado da pintura es-panhola já ali existente. E foi precisomostrar e explicar que a pintura por-tuguesa é diferente da espanhola eque merece ter a sua sala no Louvre.

E como pensa chegar lá?Quando me veio a ideia de oferecero quadro ao Museu do Louvre, pen-sei logo ter uma sala consagrada àpintura portuguesa. Mas o Louvrenão se mostrou ainda pronto a com-prar quadros portugueses a não serque fossem oferecidos. Daí pensá-mos criar uma associação, a ‘LusoPatrimónio’, de modo a angariar fun-dos para continuar esta aventura. Játemos outro quadro que estamos apensar oferecer ao Louvre e quandoconseguirmos obter 6 ou 7 podemosentão poder abrir a primeira sala.

E quem tem aderido a esta ideia?Portugueses da primeira geração?Sobretudo gente como eu, que nas-ceu em França e que não tem qual-quer complexo em ter origemportuguesa. Gente que quer contri-buir para que Portugal tenha maisreconhecimento no mundo. Comprarquadros e oferecê-los ao Louvre éuma forma de divulgar Portugal e acultura portuguesa.

O quadro de Josefa de Óbidos quePhilippe Mendes ofereceu aoMuseu do Louvre já chegou a Paris.Já está no Museu. Dentro de sema-nas vai estar exposto ao público, aolado de um outro quadro, precisa-mente do pai de Josefa de Óbidos.O Presidente da República portu-guesa já felicitou o Museu francêse mostrou interesse em vir visitar oquadro a Paris.Este é apenas um passo, um pri-meiro passo, para chegar à tal Salada pintura portuguesa que é tãocara a Philippe Mendes. Com per-serverância e sem complexos, talvezconsiga. Que bom seria, se conse-guisse.

Galerista criou a associação Luso-Património

Por Carlos Pereira

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Philippe Mendes, GaleristaLusoJornal / Carlos Pereira

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lusojornal.com

Tomohiro Hatta convidado deArt’OrchestraEnsembleO pianista japonês Tomohiro Hatta foio convidado do concerto que a Art’Or-chestra Ensemble deu, no sábadopassado, no Cineteatro António La-moso, em Santa Maria da Feira, ondeinterpretará Tchaikovsky.Segundo uma nota de imprensa deapresentação do concerto, esta é a se-gunda vez que a Art’Orchestra Ensem-ble se apresentou com todos oselementos que a compõem.No espetáculo de Santa Maria daFeira, Tomohiro Hatta interpretou o pri-meiro concerto para piano de orques-tra de Tchaikovsky, com a orquestradirigida pelo maestro Helder Tavares.Nascido em 1986, Tomohiro Hattatem carreira como solista e faz parte,desde 2010, do duo Musicorba, como pianista português Ricardo Vieira.Ambos residem em França.

Os PoisonPoint no festival “Post-PunkStrikes Again”Lisboa e Porto acolheram o festival“Post-Punk Strikes Again”, na sexta esábado da semana passada, na CaixaEconómica Operária e no Hard Club,repetivamente.Nos dois palcos, e dentro do génerosurgido em finais dos anos 70, masainda a marcar a atualidade, atuou,entre muitas outras bandas, a PoisonPoint, de França.Entre os seis nomes escolhidos, osrussos Brandenburg, de Moscovo, eos italianos Japan Suicide, de Terni,são um dos exemplos maiores da so-brevivência do género e da formacomo se adequou às sonoridadescontemporâneas, tendo em conta quesão bandas fundadas bem depois de2000, mas de explícitas influências de“new-wave” ou “dark-wave”, porexemplo.

Serão de poesia emStrasbourgA Associação Cultural Portuguesa deStrasbourg (ACPS) volta a organizarmais um encontro poético da série“Temps de la poésie”, na sexta-feira,dia 30 de setembro, na Salle Bon Pas-teur.A associação convida também todosos membros e amigos a participarnum almoço que terá lugar no do-mingo 9 outubro, às 12h00, na SalaBom Pastor, 12 boulevard SebastienBach, em Strasbourg (67).Para além de uma Salade Mimosa,um prato de Carne de Porto à Alente-jana e uma Salada de fruta, os organi-sadores prometem muita animação.Infos: 07.83.44.36.78.

16 CULTURA Le 21 septembre 2016

Quelques jours pour la fin des candidaturesaux Prix Cap Magellan de l’annéeLa Nuit de Gala, lancée en 2011, of-ferte par la Mairie de Paris à la Com-munauté portugaise verra unenouvelle fois sa programmationconfiée à Cap Magellan et aura lieu le8 octobre, toujours à l’Hôtel de Villede Paris. En 2016, les organisateursdisent qu’il s’agira de continuer defêter la République portugaise aveccette fois encore une soirée riche ar-tistiquement.«La cérémonie de Gala réunira despersonnalités de tous les milieux, ar-tistes, entrepreneurs, associations,hommes politiques ainsi que des étu-diants lusophones ou simplement lu-sophiles» dit une note de presse del’association portugaise.Lors de cette soirée, Cap Magellanremet 6 prix: cinq d’une valeur de1.500 euros et un prix non-financier.Le Prix Cap Magellan / Macif / SimãoCarvalho du meilleur projet associatifveux récompenser un projet luso-phone qui se démarque de tout autreprojet associatif, par sa nature, sonobjet, son public, sa portée et son uti-lité.Le Prix Cap Magellan / Banque BCPdu meilleur étudiant veux récompen-ser l’étudiant qui dans le cadre de sonrendement scolaire, mais aussi de sonprojet professionnel et de ses engage-ments extrascolaires, se dénote; lelien avec la lusophonie pouvant adve-nir de l’origine de l’étudiant ou biende son parcours scolaire.Le Prix Cap Magellan / Fondation Ca-

louste Gulbenkian du meilleur lycéensert à récompenser un jeune qui dansle cadre de ses études au lycée s’estdémarqué par son rendement sco-laire, son projet professionnel et sesengagements extrascolaires; le lienavec la lusophonie pouvant égalementadvenir de l’origine de l’étudiant oubien de son parcours scolaire.Le Prix Cap Magellan / Caixa Geral dosDepósitos de la meilleure initiative ci-toyenne va récompenser un projetdont la préoccupation porte sur l’inté-rêt collectif et les thématiques de ci-

toyenneté et de solidarité, en rapportavec la lusophonie.Le Prix Cap Magellan / Fidelidade dumeilleur jeune entrepreneur va récom-penser la personne qui, de par sesfonctions au sein d’une entreprise, sedistingue par la mise en place d’unprojet entrepreneurial original, utile etbénéficiant au public en général; lelien avec la lusophonie peut advenirde l’origine de l’entrepreneur ou dupublic cible touché par l’action entre-preneuriale.Finalement, le Prix (non financier)

Cap Magellan / Mikado / Trace Toca dela meilleure révélation artistique ira àla personne ou au projet qui, dans lemonde des arts, développe une ac-tion caractérisée par l’originalité etl’intérêt en faveur de la commu-nauté lusophone et/ou lusophile. Ceprix consiste à une mise en relationavec des professionnels de la mu-sique afin que le vainqueur puissebénéficier de conseils, de promotionsur les réseaux.La date limite pour l’envoi des candi-datures est le 24 septembre.

Les prix seront remis lors du Gala à l’Hôtel de Ville de Paris

Alexandre Silva lance son premier single‘Quero ser p’ra você’

Alexandre Silva vient d’enregistrerson tout premier single ‘Quero ser p’ravocê’ qu’on peut d’ores et déjà écou-ter sur les plateformes de musiqueainsi que visionner le vidéo-clip, réa-lisé par lui-même.C’est en portugais que le jeune chan-teur a décidé d’interpréter sa mu-sique et il choisit une jolie balladeromantique. «Pour l’instant il nes’agit que d’une démonstration de ceque je peux faire. C’est après avoir ététrès sollicité par mon entourage quej’ai décidé de prendre le micro», ex-plique-t-il. Accompagné de son amiguitariste Laurent Hoaraux, ils inves-tissent le studio fait à la maison etpendant deux mois environ partagent,écrivent, composent, arrangent etproposent finalement une premièreversion de ‘Quero ser pra você’. «Jeme suis créé un personnage et ducoup le texte peut correspondre ainsià tout le monde. Par contre d’autrestitres déjà en cours s’inspirent eneffet de mon vécu».Organiste les week-ends, AlexandreSilva connaît bien le milieu associatifet les bals portugais en France. Pas-sionné par l’accordéon de son grand-père maternel à qui du coup il vaprendre son nom de famille pour lascène, car en réalité son nom estAlexandre dos Santos, il essaye de

convaincre ses parents, dès son en-fance, de faire de la musique. «J’aialors commencé par le clavier dès

l’école primaire, j’ai dit au revoir àl’accordéon et très vite j’ai commencéà faire le tour des bals vers l’âge de

14 ans», se souvient-il. Ainsi il animediverses soirées derrière son clavieroù il avoue se sentir plus à l’aise etmoins exposé, et il joue un répertoirede musique traditionnelle et popu-laire portugaise, assez vaste: JoséMalhoa, Quim Barreiros, Luís Manuelet bien d’autres.Sa joie de vivre et son envie d’allerplus loin l’encouragent à composerses propres thèmes. «Ce n’est pasévident d’écrire un refrain simple, ré-pétitif et qui reste dans la tête».Après les premiers retours positifs,Alexandre Silva va reprendre l’enre-gistrement en studio, afin de finir cetitre et enregistrer les autres pour édi-ter son premier album. «On va accé-lérer le mouvement et si les critiquessont bonnes alors on continuera surcette voie, mais je n’ai vraiment d’ob-jectif pour l’instant», dit-il au Luso-Jornal.Originaire de Guarda, Alexandre dosSantos se rend plusieurs fois par anau Portugal où il garde des liens pré-cieux avec la famille et les amis.Le 8 octobre prochain il sera avec sonclavier à Angoulême pour animer laSalle des fêtes avec l’association por-tugaise locale. «Je vais pouvoir chan-ter pour la première fois mon titre etconnaître la réaction du public».Autrement il est présent tous les 15jours, le vendredi, à Ilha Doce, àChampigny-sur-Marne (94).

Par Clara Teixeira

Cap Magellan (archives)

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lusojornal.com

Academia doBacalhau deRouen apoiouinstituição emPortugal

No passado mês de agosto, a Acade-mia do Bacalhau de Rouen foi a Por-tugal, não apenas para as merecidasférias, para seus passeios e banhosde sol, mas já com a ideia em mentede procurar uma instituição para aju-dar.“A decisão não foi complicada, todasas instituições têm necessidades” ex-plicam ao LusoJornal os dirigentesdaquela Academia. Mas optarampela “Aldeia de Crianças SOS”, emGulpilhares, Vila Nova de Gaia.“A ideia era fazer algo para a quadranatalícia, mas era neste momentoque era mais necessário material es-colar para as cerca de 20 criançasque ali residem”. A Academia do Ba-calhau de Rouen arregaçou as man-gas e foi às compras com a lista quea instituição lhe facultou.Compras feitas e “agradecendo à Sta-ples de Gaia que nos orientou e orga-nizou a nossa encomenda”, algunsdos Compadres membros daquelaAcademia juntaram-se e foram entre-gar o material às crianças, ficandotambém a conhecer melhor aquelainstituição. “É com admiração quesaudamos as pessoas que ali traba-lham e vivem para tornar a vida des-tas crianças um pouquinho mais felize ‘normal’”.

Encontro Nacional dasAssociaçõesPortuguesasA Coordenação das ColetividadesPortuguesas de França (CCPF) vaiorganizar a 13ª edição do EncontroNacional das Associações Portu-guesas de França, no sábado, dia 8de outubro, no anfiteatro da Mairiede Paris.A organização anunciar que ostemas em debate vão ser: “O papeldas associações europeias na inte-gração das comunidades emFrança”, “Ligação dos Portuguesesdo estrangeiro com as regiões emPortugal”, “Novas políticas do en-sino de Português em França” e “Aevolução da imagem dos Portugue-ses em França”.A CCPF anuncia ainda uma exposi-ção com fotografias de Gerald Blon-court e a presença do autor.As associações interessadas podeminscrever-se até 30 de [email protected]

18 ASSOCIAÇÕES Le 21 septembre 2016

“Flores do Minho” d’Anglet invité à OloronTout juste après la Fête des Associa-tions, le 10 septembre, l’AssociationFrance-Portugal a invité, le dimanche11 septembre, les amis du Portugalde la région d’Oloron Sainte Marie(64) à un spectacle de folklore au Jar-din public de la ville.“Ce spectacle devait avoir lieu aumois de juin et à été reporté au débutseptembre en raison du manque desalle disponible en cas de mauvaistemps » explique au LusoJornal laPrésidente Elsa da Fonseca Godfrin.Le groupe Flores de Portugal, venud’Anglet (64), a fourni une prestationde très grande qualité avec plus dedeux heures de spectacle, montrantainsi tout le dynamisme et les cou-leurs du Minho. La chaleur était tor-ride et les coins d’ombre étaient trèsrecherchés par les nombreux specta-teurs qui en redemandent!Ce fut un «moment de pur bon-heur», dont le Maire d’Oloron se dit

«très satisfait».Le groupe Flores de Portugal à étéfondé le 21 février 2008. Il a pour butde «divulguer la culture portugaise enFrance» et est aujourd’hui l’un desplus connus et l’un des plus représen-tatifs du folklore portugais de la régionAquitaine. Il collabore régulièrementavec les groupes de Viana do Castelo,Meadela, Areosa, Sta Marta de Portu-zelo…, afin de représenter à l’iden-tique dans les danses, chants etmusiques, le patrimoine culturel de laville caractérisée comme «la capitaledu folklore portugais», Viana do Cas-telo.Récompensé le 20 janvier 2016 dutitre d’institution du mérite par la villede Viana do Castelo, le groupe folklo-rique Flores de Portugal est réputé parson travail de valorisation des tradi-tions et traverse le pays par delà lesfrontières afin de transmettre cettepassion du folklore portugais.

Spectacle de folklore portugais à Oloron Sainte Marie

Festa do Emigrante em St. Gilles-du-Gard

No passado domingo, dia 11 de se-tembro, o Centro Português de St. Gil-les-du-Gard (30), presidido por CarlosBrás, organizou a segunda edição daFesta do Emigrante.A Sala Polivalente desta cidade, du-rante um fim de semana teve ares dePortugal. Tudo começou com a insta-lação de mesas para o almoço, ondenão podia faltar o famoso Bacalhau àMinhota, Leitão e Vitela assados.Sem a abnegação dos voluntários daassociação a festa não poderia ter tidoa qualidade que teve, em que nada fal-tou, passando pelo cuidado em asse-gurar a tranquilidade de cada um,dado o contexto atual.O grupo musical Tony & Sónia animoue fez dançar toda uma multidão du-rante a tarde. Após esta atuação, o bai-larico foi de rigor. Tudo isto transmitidoem direto novamente graças à fiel pre-sença das equipas da Radio Luso Eu-ropeu em colaboração com a RádioLand Music.Subiu ao palco o artista Pedro Miguel,

vindo de Portugal, que cantou e encan-tou com as suas baladas e canções ro-mânticas, saltando para a sala ecantando e dansando. Uma atuaçãoque se prolongou durante duas horas,pois o público pedia mais. Uma pres-tação aclamada como raramente seviu.Augusto Canário e Amigos, que já não

necessita ser apresentado, também fezfuror. Sempre com uma palavra de ca-rinho, Augusto Canário sabe tocar nocoração dos emigrantes, afirmou trazerum pedacinho de Portugal com ele.Fez tremer as tábuas do palco e as pa-redes da sala com a sua música e can-ções tradicionais, nas desgarradasdando destaque a Vanessa e a Miranda

que o acompanharam cantando. O pú-blico dançou, pulou e cantou em unís-sono com eles durante três horas, comuma comovente despedida.Carlos Brás encerrou a Festa, e na suaintervenção agradeceu “todos os quese apresentaram voluntariamente, in-cansáveis como sempre. Sem eles aFesta não teria sido possível”.

Por Tony Inácio

Festa das associações de Fabrègues

No passado domingo, dia 11 de se-tembro, a Associação Portuguesa deFolclore do Hérault (APFH), participoupela primeira vez na Festa das Asso-ciações de Fabrègues (34).Esta jornada contou com a presençado Presidente da APFH, Manuel daCosta, bem como toda a Direção. Foium dia repleto de danças e cantares,mas também com os obrigatóriosstands. Autênticas vitrinas da gastro-nomia e iguarias portuguesas, osquais deliciaram todos os presentes.Fabrègues tem uma população aco-lhedora, com um público entusiasta.Uma orquestra inesperada peculiar edivertida, depressa se formou, com-posta de anónimos entusiasmados einteressados. Foi um verdadeiro cock-tail de instrumentos, tais como a con-certina, o bombo, o cavaquinho, os

ferrinhos,...A tarde começou com a intervençãodo Maire de Fabrègues, Jacques Mar-tinier e continuou com a atuação doRancho Tradições do Minho.Os membros deste rancho interpreta-ram cantares típicos e seculares, osquais eram explicados em paralelopelo Presidente do mesmo. Manuelda Costa soube falar de etnografia,neste caso orientada para a região quea associação representa, o Minho.No final da tarde o Maire Adjoint Do-minique Crayssac fechou a edição2016 da Festa de Fabrègues. Seguiu-se depois um momento de descontra-ção e intercâmbio entre todos osintervenientes nesta festa, confrater-nizando em torno de um Porto dehonra.A associação portuguesa já confirmouque voltará a marcar presença em2017 neste evento.

Por Tony Inácio

Pedro Miguel em palcoLusoJornal / Tony Inácio

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DESPORTO 19Le 21 septembre 2016

Des centaines de cyclistes inscrits pour la Journée Bruno Guerreiro, à Epinay-sur-Seine

Organisée dimanche prochain parle CSM Epinay-sur-Seine (93), la13ème édition de la Journée BrunoGuerreiro est l’une des plus impor-tantes manifestations cyclistes enFrance par son ampleur. Un hom-mage au jeune cycliste décédé en2004, Bruno Guerreiro, qui attiredes centaines d’athlètes tous lesans. En effet, toutes les catégories(hommes et femmes) sont représen-tées.Elle se déroulera sur un circuit entiè-rement fermé à la circulation, rue desSaules, avenue d’Enghien et rue d’Or-messon, à Epinay. Cette manifesta-tion est portée par une équipe debénévoles, afin, que la grande familledu cyclisme se souvienne de tous sesjeunes cyclistes prometteurs qui ontpayé de leur vie leur passion, victimede délinquants de la route.Comme les années précédentes, deséquipes de province et étrangèresviendront gonfler le peloton francilien,«des fidèles comme le club da Maia(Portugal), ainsi que les clubs belgesqui nous suivent depuis le début», ex-plique Fernando Guerreiro, Présidentdu Club CSM Epinay-sur-Seine.Plusieurs personnalités sont invitées,notamment Bruno Le Roux, le Dé-

puté de Seine-Saint-Denis, le Maired’Epinay, Hervé Chevreau, ou encorele Consul Général du Portugal à Paris,António Moniz.Le coup d’envoi des courses seradonné rue des Saules dès 8h30 pourles cadets. Se succèderont les mi-nimes (10h30), l’école de vélo(11h30), la course de Patinettes,

(12h30), les minimes et cadettes(13h00), les juniors et seniorsdames (14h30), les juniors et dé-partementaux, et enfin les 3ème ca-tégories (16h30).«Et pour que cette journée soit éga-lement festive, plusieurs animationsseront proposées par le groupe fol-klorique, ainsi qu’un lâcher de pi-

geons sera organisé par la sectioncolombophile du CSME, vers l’heuredu midi».Un peu plus de 300 cyclistes sont at-tendus dimanche sur la ligne de dé-part. «Tous les ans nous comptonsentre 1.000 à 1.500 personnes surplace. Un chiffre qui se maintient, caril y a de moins en moins d’athlètes, et

d’autres courses aussi dans les envi-rons ont lieu et du coup les athlètessont partagés». Cependant le bilanest positif et Fernando Guerreiro saitque cet événement est connu danstoute la France.Rendez-vous donc dimanche dansle nord de Paris, tous ensemblepour Bruno Guerreiro!

En hommage au jeune cycliste portugais décédé en 2014

Par Clara Teixeira

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Fernando Guerreiro, Président du Club CSM Epinay-sur-SeineLusoJornal / Duarte Pereira

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lusojornal.com

Futsal: Un premier déplacementvictorieux

Le Sporting Club de Paris a rapportéune première victoire de son dépla-cement à Bruguières en Haute-Ga-ronne sur le score de 4-0. Cetterencontre voyait les débuts de Teixeira(suspendu lors de la rencontre inau-gurale) et de Errahmouni (une des re-crues estivales et un habitué desjoutes nationales après son passagedans divers clubs du Nord de laFrance). Les deux garçons auront étéles artisans du match avec JonathanChaulet puisqu’ils auront été les bu-teurs de cette rencontre.Le groupe est toujours en phase d’ap-prentissage et balbutie son futsal maisle coach Rodolphe Lopes est confiantquant à l’avenir de son groupe qui està l’aube d’une formidable saison,d’un formidable défi.En effet le Sporting Club de Paris Fut-sal a débuté la saison avec un déficitde 15 points. «Les hommes recrutésqui, rassurez-vous, ont tous une li-cence dans les règles comme leursprédécesseurs avant eux, ont à cœurde relever ce formidable challengesportif. Ces vieux baroudeurs du fut-sal ont à cœur de relever le challengeet de faire briller les couleurs du Spor-ting Club de Paris. Ils poursuivrontleur opération reconquête, maintien,remontada, appelons la comme on lesouhaite» dès samedi prochain dansleur gymnase Carpentier face au clubisérois d’Echirolles.Buteurs: Chaulet x2, Teixeira et ErrahmouniPasseurs: Teixeira x2

Madeira SADeliminado daTaça EHF deandebol femininoO Madeira SAD foi eliminado no fimde semana passado pelo Brest Bre-tagne (França) da Taça EHF de an-debol feminino, ao perder nasegunda mão da primeira ronda por31-18, em jogo disputado no Fun-chal.As madeirenses já haviam sido der-rotadas, na primeira mão, com umresultado idêntico (30-16), na pas-sada semana, em França.Erica Tavares, Anais Gouveia e Ma-riana Sousa destacaram-se com qua-tro golos cada, enquanto MarineDesgrolard e Marion Limal, ambascom seis, foram as melhores marca-dores da equipa gaulesa.

20 DESPORTO Le 21 septembre 2016

Lusitanos de Saint-Maur accroché par Poissy

Dans un match fermé, l’US Lusitanoset l’AS Poissy concèdent un matchnul et vierge (0-0) qui permet tout demême à l’équipe de Saint-Maur degarder sa place de leader du GroupeB de CFA après 6 journées.Au moment de recevoir le 15ème deson Championnat, les Lusitanos sa-vaient que la partie ne serait pas jouéed’avance. Poissy était venu au Plessis-Trévise dans l’espoir de surtout ne pasconcéder une nouvelle défaite face auleader du Groupe B. Malgré les ab-sences de Kévin Diaz (suspendu) etMathieu Rangoly (blessé), les Lusita-nos souhaitaient poursuivre leur séried’invincibilité devant leur public.D’ailleurs, il ne faut attendre qu’unquart d’heure pour voir Saint-Maurprendre le dessus sur Poissy dans lejeu. Bien servi par Ousmane Kanté,Sitou Ayi réalise un beau numéro maisvoit sa frappe terminer sur le poteau.Derrière, la maîtrise est clairementsaint-maurienne. Et les occasions sesuccèdent tout d’abord par une frappede Kévin Colin, sortie par le portierpisciacais, Sébastien Renot, puis parKanté, lancé dans la surface par Re-douane Kerrouche, qui manque de re-faire le coup de Drancy, une semaineauparavant. Poissy peut s’estimerheureux de rejoindre le vestiaire sansavoir encaissé de but même si JimmyKamghain avait jeté un petit frissondans le Stade Louison Bobet avec uncoup-franc qui frôle la lucarne droitede Revelino Anastase.Après le retour des vestiaires, les deuxéquipes se neutralisent et les occa-

sions se font de plus en plus rares.Notamment du côté des Yvelinois.Dans le dernier quart d’heure de larencontre, Saint-Maur tente d’arra-cher une nouvelle victoire sur sesterres mais ni les coup-francs de Re-douane Kerrouche et de Pedro Nova,ni la sublime reprise de Joël Saki neferont la différence.0-0 score final au terme d’une ren-contre qui prouve qu’il n’y aura pas dematchs faciles cette saison en CFApour les Lusitanos. Pour Carlos Secre-tário, ce résultat reste positif et per-met à Saint-Maur d’attaquer le moisd’octobre, sans aucune défaite enChampionnat. «C’était un matchfermé où l’on n’a pas eu beaucoup

d’occasions. Poissy était venu surtoutpour défendre. On a réussi à ne passe mettre en danger non plus. On aessayé de faire la différence mais onn’a pas eu la réussite notamment avecun poteau de Sitou. On n’a manquéde justesse dans le dernier geste etdans la finalisation. C’est dommage.Mais après 6 journées, avoir 4 vic-toires et 2 nuls, c’est un bon début.On ne pouvait pas rêver de mieux».L’entraîneur lusitanien ne manque desouligner l’importance de tout songroupe dans les résultats actuels.«Les joueurs démontrent leur impli-cation à chaque rencontre. Je savaisque tout le monde allait avoir un rôleà jouer comme ce fut le cas au-

jourd’hui avec les absences de KévinDiaz ou encore Mathieu Rangoly. Au-jourd’hui, Pedro Nova était sur lebanc. Kévin Colin l’a très bien rem-placé. Alex de Oliveira a été bon surle côté de la défense. Je suis fier demes joueurs».Leader du Groupe B avec 14 points,les Lusitanos comptent 4 pointsd’avance sur son dauphin, l’ACBB(qui compte un match en moins).Dans 15 jours, Saint-Maur affronteral’AC Amiens dans un match compli-qué en terre picarde. Mais aupara-vant, il ne faudra pas manquer sonentrée en Coupe de France dans undéplacement difficile face au leaderde DH, le FC Versailles.

Futebol / CFA

Par Eric Mendes

Leonardo Jardim cada vez mais líder na Ligue 1O Monaco, comandado pelo Técnicoportuguês Leonardo Jardim e queconta com dois jogadores portuguesesno plantel, João Moutinho e BernardoSilva, venceu por 3-0 o Rennes no es-tádio Louis II na cidade monegasca,num jogo a contar para a quinta jor-nada do Campeonato. Os golos foramapontados pelo avançado colombianoRadamel Falcao, que passou há algunsanos pelo FC Porto, e pelo médio fran-cês Thomas Lemar que bisou.De notar que na equipa do Rennesatuaram três lusófonos, o portuguêsPedro Mendes, o moçambicano Mexere o suíço-caboverdiano Gelson Fernan-des, enquanto que do lado dos mone-gascos João Moutinho foi titular eBernardo Silva entrou durante a se-gunda parte.O Monaco conta agora com 13 pontose isolou-se na liderança do Campeo-nato francês com dois pontos de van-tagem sobre o Nice e três sobre o ParisSaint-Germain e o Metz.O Nice não conseguiu vencer o Mont-pellier, empatando a uma bola. Denotar que o único jogador português doNice ficou no banco de suplentes: odefesa Ricardo Pereira.Quanto ao PSG, acordou frente aoCaen do lusodescendente Damien daSilva. Os parisienses venceram por 6-0 com quatro golos do avançado uru-

guaio Edinson Cavani, um do avançadobrasileiro Lucas Moura e um do avan-çado francês Jean-Kévin Augustin.No que diz respeito ao Metz, tambémperdeu pontos ao empatar sem golosfrente ao Dijon que conta nas suas fi-leiras com o internacional cabover-diano Júlio Tavares.No jogo grande desta jornada, o Mar-seille recebeu e empatou sem golosfrente ao Lyon. De notar que o defesaluso Rolando não saiu do banco de su-plentes do lado dos marselheses en-

quanto o guarda-redes lusodescen-dente Anthony Lopes foi titular, reali-zando uma boa exibição com o Lyon.O Marselha continua numa preocu-pante 15ª posição com cinco pontos,e o Lyon também perdeu alguns luga-res e está agora no 9° com sete pon-tos.Por fim o herói nacional, Eder, conti-nua a ter dificuldades neste início detemporada, bem como a sua equipao Lille. No passado fim de semana, aequipa do Norte da França perdeu por

1-0 frente ao Lorient onde atua omédio ofensivo Cafú. O Lille, queconta ainda com um outro portuguêsRony Lopes, ocupa por enquanto o17° lugar com apenas quatro pontose aproxima-se da zona de despromo-ção.De notar que na próxima quarta-feira,será possível ver o avançado portu-guês, Eder, no Consulado em Parispara uma sessão de autógrafos, isto noâmbito da saída do livro de Eder e dasua mental coach, Susana Torres.

Futebol

Por Marco Martins

Par Julien Milhavet

Sitou Ayi trouve le poteau pour les LusitanosLusitanos Saint Maur / EM

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conjunta de elites e de sub-23 dosCampeonatos da Europa de ciclismoe terminou a corrida bem longe doslugares cimeiros, no 83º posto.Logo na primeira de oito voltas, numtotal de 109,6 quilómetros, a cam-peão nacional de fundo caiu e ficoulogo arredada da luta pela vitória, queacabou por ser alcançada pela holan-desa Anna van der Breggen.Daniela Reis acabou por cortar a metano 83º lugar, a 10’ 27’’ de van derBreggen. A polaca Katarzyna Niewi-doma foi segunda e a italiana ElisaLongo Borghini completou o pódio.No fim da prova, a ciclista portuguesaqueixou-se de dores na zona da baciae, por precaução, foi transportada aohospital de Vannes, para fazer exa-mes.Nas redes sociais, Daniela Reisafirmou que tudo estava bem:“Maltinha! :) depois de uma visitaao hospital de Vannes, já estou nohotel, sem nada partido, apenascom dores (muitas dores) a nível dabacia”.

Rui Costa alcançou 6° lugar nos Europeus

O ciclista eslovaco Peter Sagan sa-grou-se no passado domingo, Cam-peão da Europa de estrada, numacorrida em que o português Rui Costaterminou no sexto lugar.Numa prova discutida ao ‘sprint’,Peter Sagan superiorizou-se ao fran-cês Julian Alaphilippe, segundo, e aoespanhol Daniel Moreno, terceiro, quecompletaram o pódio, todos com otempo de 5h 34’ 23’’.Rui Costa foi mesmo o último a cortara meta com o mesmo tempo dos pri-meiros, ao fim de uma prova de232,9 quilómetros que decorreu emPlumelec, em França.No fim da corrida, o ciclista luso RuiCosta lamentou o facto da prova nãoter sido mais seletiva. “A única difi-culdade era a subida para a meta, tor-nando o final demasiado explosivopara as minhas caraterísticas e permi-tindo que chegassem muitos homensrápidos. A seleção portuguesa fez umexcelente trabalho e merecia que euconseguisse uma boa posição, o queacabou por acontecer”, considerou opoveiro, citado pela assessoria de im-prensa da Federação Portuguesa deCiclismo.Com a missão de trabalhar para ochefe de fila, o resultado final dos res-

tantes elementos da equipa foi, natu-ralmente, prejudicado.Sérgio Paulinho terminou em 33º, a57 segundos de Peter Sagan, TiagoMachado foi 59º, a 3’ 43’’, o mesmotempo que André Cardoso, 62º e JoséGonçalves, 68º.“A equipa está de parabéns, cumpriutudo o que planeámos. Assumimos acorrida nos momentos decisivos, demaneira a podermos colocar umhomem nos dez primeiros, o que tam-bém aconteceu. Podemos dizer quetrabalhámos como um verdadeiro co-letivo. Os corredores souberam ler acorrida de forma exemplar, graças àqualidade e à experiência que têm”,afirmou o Selecionador nacional, JoséPoeira.

Nelson Oliveira, 4° no contra-relógioO ciclista português Nélson Oliveirafoi quarto classificado na prova deelite de contra-relógio dos Campeona-tos da Europa de estrada, que foi ven-cida pelo espanhol JonathanCastroviejo.Nelson Oliveira gastou mais 56 se-gundos do que Castroviejo, que per-correu os 44 quilómetros do percursoem 58’ 13’’, batendo por 30 segun-dos o belga Victor Campenaerts e por39 segundos o italiano Moreno Moser.

“Ficar em quarto lugar provoca sem-pre um sentimento de maior frustra-ção”, lamentou Nelson Oliveira,ciclista de 27 anos. “Queria, pelomenos, um lugar no pódio, mas nãofoi possível. Dei o máximo, mas sintoque quebrei na fase final e foi aí queperdi as opções de chegar às meda-lhas”, afirmou Nelson Oliveira, citadopela sua assessoria de comunicação.

Sub-23 e juniores com maiores dificuldadesO português Ivo Oliveira foi 24º clas-sificado no contra-relógio de sub-23.Ivo Oliveira completou os 25,4 quiló-metros de percurso em 36’ 30’’, gas-tando mais 2’ 31’’ do que o novoCampeão europeu, o alemão LennardKamna.Na prova de juniores, disputada nomesmo percurso, João Almeida foi18ª, ficando a 1’ 57’’ do vencedor, ofrancês Alexys Brunel, enquanto Da-niel Viegas foi 25º, a 2’ 22’’, entre 55concorrentes.Na prova em linha, Nuno Bico foi omelhor português nos sub-23 ao ter-minar no 29º lugar, terminando a cor-rida a seis segundos do novo Campeãoeuropeu de sub-23, o bielorrussoAleksandr Riabushenko, que bateu ao‘sprint’ o belga Bjorg Lambrecht e oitaliano Andrea Vendrame, que, por

esta ordem, completaram o pódio.Quanto aos restantes elementos daSeleção, André Carvalho foi o segundomelhor português, terminando no 40ºlugar, a 20 segundos do vencedor.Luís Gomes foi o 46º, a 30 segundosde Riabushenko, e Ivo Oliveira termi-nou em 60º, a 1’ 05’’ do primeiro.Nos juniores, Daniel Viegas conseguiuterminar a prova de 123,3 quilóme-tros no pelotão principal. Cruzou ameta na 34ª posição, a 10 segundosdo vencedor, o francês Nicolas Malle,que se destacou ligeiramente na durasubida para a chegada, a Côte do Ca-doudal (1.700 metros com inclinaçãomédia de 6,2%).Toda a equipa portuguesa chegou aofim. Pedro Teixeira foi 82º e João Al-meida 83º, ambos a 3’ 1’’ do vence-dor. Pedro Lopes terminou no 106ºlugar a 7’ 55’’.Também se realizou a prova para ju-niores femininas, na qual a portu-guesa Soraia Silva foi 64ª classificada.A corredora da Seleção nacional fezuma corrida inteligente, colocando-sebem no grupo, cedendo apenasquando o pelotão se partiu ao meio.

Daniela Reis não teve sorteem PlumelecA portuguesa Daniela Reis sofreu umaqueda na prova feminina de fundo

Ciclismo / Europeus de Plumelec, em França

Por Marco Martins

DESPORTO 21Le 21 septembre 2016

Dupla de Toulouse na16ª edição daMamamaratona

A 16ª edição da Mamamaratonapowered by EC Travel decorrerá nodia 16 de outubro, com partida às10h00, na antiga lota da Zona Ri-beirinha, em Portimão.“A iniciativa organizada pela Asso-ciação Oncológica do Algarve, emparceria com o Município de Por-timão e com a Associação de Atle-tismo do Algarve, enquadra-se nomovimento ‘Outubro Rosa’, umacampanha de sensibilização e pre-venção para a problemática docancro da mama. Além disso, aMM16 tem como objetivos sensi-bilizar para a prática de um estilode vida saudável e angariar fundospara a obra da AOA, em prol dacausa de luta contra o cancro eapoio ao doente oncológico”,adiantam Lénia Maria e Maria deLurdes Pereira, elementos da or-ganização ao LusoJornal.A prova é constituída por váriasdistâncias, adaptadas a cada par-ticipante, quer seja a Marcha/Cor-rida (8 km), na MiniMamamaratona (10 km) ou a MeiaMamamaratona (21 km).De Toulouse irá participar a duplaGeraldo Tengarrinha e CatherineChong, que viajarão para o Algarvepropositadamente para participarna prova maior. Relembre-se queesta dupla é constituída por um bi-nómio em que o elemento mascu-lino sofre de problemas de visão.Para esta participação a duplacontou com o apoio do empresa-riado de origem portuguesa deToulouse, nomeadamente as em-presas, Realisation Capela, GomesOliveira e Pedro & Frères.O padrinho deste evento será ocantor Luís Guilherme, que já pordiversas vezes visitou a Françapara efetuar espetáculos musicais.O cantor atuará no dia do eventoda maratona, garantindo assimuma forte animação aos presen-tes.As inscrições iniciam-se no dia 1de outubro e até ao dia do inícioda prova a organização conta comuma adesão bastante forte, porforma a dar visibilidade ao evento.Na foto, Luís Guilherme e GeraldoTengarrinha, estão com elementosda organização da prova algarvia.

www.mamamaratona.com

Por Vítor OliveiraNelson Oliveira foi 4° no ContrarelógioLusoJornal / António Borga

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22 TEMPO LIVRE Le 21 septembre 2016

lusojornal.com

Boa notícia

O AbismoNo Evangelho do próximo domingo,dia 25, encontramos uma paráboladifícil… São-nos apresentadas duaspersonagens: o pobre Lázaro e umhomem rico que permanece anó-nimo. Os dois morrem e descobrimosque um está destinado ao “banquetedo Reino” e outro aos “tormentos”.Nada sabemos das ações (boas oumás) praticadas neste mundo pelasduas personagens e as únicas pistasde interpretação parecem relacionar-se com a riqueza e a pobreza que osdistinguiam.Qual é a lição desta parábola? Que serrico equivale a ser mau e portanto, aestar destinado aos “tormentos”?Atenção a não cair em leituras dema-siado superficiais do Evangelho…Sem sombra de dúvida, estamosdiante de uma crítica à opulência,mas se o homem rico é condenado,não o é tanto pela riqueza que possui,quanto pela indiferença que caracte-rizou a sua vida.Na lógica do Evangelho, os bens ter-renos não pertencem a ninguém emparticular (nem sequer àqueles quetrabalharam duramente e honesta-mente para os conquistar), mas sãodons de Deus, postos à disposiçãopara serem partilhados e assegura-rem uma vida digna a todos. Quemusa os bens para ter uma vida lu-xuosa, esquecendo-se das necessida-des dos outros, está a defraudar oprojeto de Deus e os seus irmãos maispobres.A parábola diz-nos que entre o ban-quete do Reino e o “tormento” dohomem rico existe um abismo, masessa realidade não vem de Deus:somos nós que “cavamos” esse fossocada vez que olhamos em frente etentamos não cruzar os olhos dopobre que nos suplica uma esmola. Ofosso é algo que escolhemos e porisso, apenas nós podemos enchê-lo eeliminá-lo. Como? Colmatando-o comsentimentos de compaixão e obras demisericórdia.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Notre Dame d’EaubonneCarrefour Charles de Gaulle95600 EaubonneDomingo às 9h00

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Jusqu’au 23 septembre Exposition «Le style c’est l’homme», un hom-mage à Fernando Pessoa par Stephanie La-garde, Pieter van der Schaaf, Virgínia Valenteet Guillaume Vieira. Maison du Portugal Andréde Gouveia, 7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 24 septembre Exposition collective Philartmonya, avec, entreautres, l’artiste lusodescendant Rodolphe Bou-quillard. Galerie Thorigny, 1 place de Thorigny,à Paris 3. Infos: 01.42.76.95.61.

Jusqu’au 30 septembre «Corps Paysage, variation à quatre temps…»de la photographe Aurore de Sousa. Musée ré-gional de la vigne et du vin, 46 rue du Dr Veyrat,à Montmélian (73). Dans le cadre des Jour-nées du Patrimoine, l’artiste sera présente pourune visite de l’exposition, le samedi 17 septem-bre, de 14h30 à 17h00.

Jusqu’au 9 octobre Exposition «Mondes Nomades» de Marco Go-dinho. MAMAC - Galerie Contemporaine, placeYves Klein, à Nice (06).

Du 27 septembre au 22 octobre «Emotions Photographiques - Rencontres etPassion autour du tirage photographique tradi-tionnel», avec Diamantino Quintas. in)(betweengallery, 39 rue Chapon, à Paris 3. Du mardiau vendredi, 15h00-20h00 et le samedi,11h00-20h00. Ouverture le samedi 1er octo-bre jusqu’à minuit dans le cadre de la NuitBlanche. Entrée libre.

Du 4 octobre au 6 novembre Exposition «De l’intranquilité» dans le cadre duFestival de l’intranquilité, avec la bibliothèqueparticulière de Fernando Pessoa, avec des œu-vres de Fernando Calhau, Dora Garcia et JoãoOnofre. Fondation Calouste Gulbenkian - Délé-gation en France, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Du 27 septembre au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de CalousteGulbenkian, de la Fondation qui porte son nomet de la Maison du Portugal. Commissaire Te-resa Nunes da Ponte. En partenariat avec la

Fondation Calouste Gulbenkian et la Maisond'Arménie de la CIUP. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jourdan, àParis 14.

Le jeudi 22 septembre, 18h30 Festival Conversations fictives, avec l’invité Gon-çalo M. Tavares. Fondation Calouste Gulben-kian - Délégation en France, 39 boulevard dela Tour Maubourg, à Paris 7.

Le jeudi 22 septembre, 19h30 Conférence sur la gastronomie brésilienne, dansle cadre du 4° Festival du Rio Grande do Sul.Maison des associations du 14ème, 22 rue De-parcieux, à Paris 14.

Le vendredi 23 septembre, 19h30 Soirée spéciale littérature portugaise contempo-raine, avec la rencontre entre les écrivains Gon-çalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe et ValérioRomão. Librairie Atout livre, 203 bis avenueDaumesnil, à Paris 12. Infos: 01.43.43.82.27.

Le lundi 26 septembre, 18h30 Présentation du “Guia prático de gramá-tica: português do Brasil”, de LamartineBião Oberg, Evaí Oliveira et Teresa Leise-rowitz, par Lamartine Bião Oberg, profes-seur, traducteur et interprète de portugais.Organisée par l’Association Bião pour ladiffusion de la culture brésilienne enFrance. Fondation Calouste Gulbenkian -Délégation en France, 39 boulevard de laTour Maubourg, à Paris 7.

Le mardi 27 septembre, 19h00 Présentation du livre «La découverte des Mar-ranes» (éditions Chandeigne) en présence dupetit-fils de l’auteur, João Schwarz, et de LiviaParnes, historienne qui a écrit l’introduction. Li-brairie polonaise, 123 boulevard Saint-Ger-main, à Paris 6.

Le jeudi 29 septembre, 19h30 Soirée autour du livre «Murer la peur» deMia Couto avec une lecture en portugaiset en français et concert avec Amal Al-laoui au chant et Marie-Suzanne de Loyeà la viole de gambe. Librairie La 25èmeHeure, 4 rue de l’Arc de Triomphe, àParis 17.

Le vendredi 7 octobre, 19h00 Conférence de Richard Zenith sur «Le livrede l’intranquillité: un guide de survie pournos jours». Inscription obligatoire à partir deseptembre. Fondation Calouste Gulbenkian- Délégation en France, 39 boulevard de laTour Maubourg, à Paris 7.

Le samedi 8 octobre, 10h00-17h30 Workshop de narration orale “Conta Contosem Português” par Mariana Machado (Pro-jetos Narração Oral e Oficinas), organisé parAGRAFr - Association des diplômés portu-gais en France. Fondation Calouste Gulben-kian - Délégation en France, 39 boulevardde la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le samedi 8 octobre, 9h00-18h00 13ème Rencontre nationale des associa-tions portugaises de France, organisée par laCoordination des associations portugaises deFrance (CCPF), à la Mairie de Paris, 5 rueloubau, à Paris 4.

Le jeudi 13 octobre, 19h00 Présentation du livre «100 ans d’histoire desPortugais en France» de Marie-Christine Vo-lovitch-Tavares (éditions Michel Laffon), sui-vie d’un concert de Gonçalo Cordeiro (guitareclassique portugaise). Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7-P boulevard Jourdan, àParis 14.

Le vendredi 28 octobre 10h00-19h00 Colloque «Centenaire de la premièreconvention franco-portugaise de main-d’œu-vre civile et militaire du 28 octobre 1916».Mairie d’Hendaye, place de la République,à Hendaye (64).

Les 22, 23 et 24 septembre, 20h30 “Olá!”, one-man-show de José Cruz (versionfrançaise). Le Théâtre des Copines, 171 ave-nue Marcel Dassault, à La Teste-de-Buch(33). Infos: 06.72.32.74.26.

Le samedi 24 septembre, 16h30 Conto-Contigo. «Crescer - Irmãos à beira deum ataque de nervos» mis en place par l’as-sociation AGRAFr pour enfants et adultes.Maison du Portugal André de Gouveia, 7Pboulevard Jourdan, à Paris 14.

Du 28 au 30 septembre, 20h00 «Bertha M.» de Malin Lindroth. Mise en scèneJacqueline Ordas, avec Jacqueline Corado. Enpartenariat avec la Maison de Suède. Maisondu Portugal André de Gouveia, 7P boule-vard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 8 octobre «Antoine et Cléopâtre» de Tiago Rodrigues,Directeur du Théâtre national Dona Maria IIà Lisbonne, d’après William Shakespeare,dans le cadre du Festival d’Automne àParis. Avec Sofia Dias et Vítor Roriz. AuThéâtre de la Bastille, 76 rue de la Ro-quette, à Paris 01.

Le mercredi 21 septembre, 16h30 Projection du documentaire «Porto Alegremeu canto no mundo» (V.O sous-titré enfrançais) de Cícero Aragon et Jaime Lerner,dans le cadre du 4° Festival du Rio Grandedo Sul. Ambassade du Brésil à Paris, 34cours Albert 1er, à Paris 8.

Le vendredi 23 septembre, 18h00 Projection de «Montanha» de João Salaviza.Dans le cadre de la Semaine des Culturesétrangères du FICEP. Institut Cervantes, 7rue Quentin-Bauchard, à Paris 8. Infos: 01.53.70.12.97.

Le vendredi 30 septembre, 18h30 Projection de «John From», de João Nico-lau, suivie d’un débat avec l’acteur FilipeVargas, le médecin M. Pinto Ribeiro et uncollaborateur de la Banque BCP. Dans lecadre de la Semaine des Cultures étran-gères du FICEP. Institut Cervantes, 7 rueQuentin-Bauchard, à Paris 8. Infos: 01.53.70.12.97.

Le samedi 24 septembre, 19h00 Dîner fado suivi d’un bal avec ConceiçãoGuadalupe, Joaquim Campos et VanessaBotelho, accompagnés par Manuel Miranda(guitarra) et Flaviano Ramos (viola), organisépar l’Association des Portugais de Vernon.Espace Philippe Auguste / Salle Vikings, rueCharles Joseph Riquier, à Vernon (27). Infos: 06.09.63.73.23.

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

THÉÂTRE

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CINEMA

FADO

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TEMPO LIVRE 23Le 21 septembre 2016

Le dimanche 25 septembre, 13h00 Déjeuner fado avec Jenyfer Rainho et JoãoRufino, accompagnés par Filipe de Sousa(guitarra) et Nuno Estevens (viola), organisépar l’Association des Portugais du Cœur deSeine (APCS), au 16 rue de la Rangée, àGarches (92). Infos: 06.11.09.56.21.

Le vendredi 30 septembre, 20h00 Concert de la fadiste portugaise Carminho,avec ses musiciens, suivie d’Alexandra Ri-bera, dans le cadre du FestiVal-de-Marne.Théâtre Paul Eluard, 4 avenue de Ville-neuve-Saint-Georges, Choisy-le-Roi (94).Infos: 01.45.15.07.07.

Le samedi 1er octobre, 20h30 “Fado en Poésie” avec Mónica Cunha, ac-compagnée par Diogo Arsénio (guitarra), Do-minique Oguic (viola) et la comédienneGéraldine Bic. La chanteuse de fado SophiePaula se joint au spectacle. Organisé parl’Académie de Fado au Théâtre La Mare auDiable, 4 rue Pasteur, à Palaiseau (94).Infos: 01.69.31.59.90.

Le vendredi 7 octobre Soirée «Tous les fados du monde... oupresque» du Coin du fado, avec ConceiçãoGuadalupe, João Rufino, Daniela et d’autresencore, accompagnés par Filipe de Sousa(guitarra), Nuno Estevens (viola), PhilippeLeiba (contrebasse) et Nella Selvagia (per-cussions). Présenté (et chanté un peu aussi)par Jean-Luc Gonneau. Lusofolies, 57 ave-nue Daumesnil, à Paris 12. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 8 octobre, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupe et Da-niela, accompagnées par Manuel Miranda(guitarra) et Flaviano Ramos (viola). Restau-rant Vilanova, 53 rue Maurice Sarraut, àTourcoing (59). Infos: 03.20.25.02.80.

Le dimanche 9 octobre Hommage à Amália Rodrigues par la «nou-velle génération du fado»: Joana Amen-doeira, Anabela, Simone de Oliveira, Duarte,Pedro Moutinho, Fabia et Cláudia Costa, ac-compagnés par Custódio Castelo (guitarra),Jorge Fernando (viola) et Carlos Menezes(viola baixa), à l’Olympia de Paris.

Le mercredi 12 octobre, 19h45 Fado avec Lizzie, accompagnée par Filipe deSousa (guitarra) et Nuno Estevens (viola),suivi de fado vadio. La Chapelle des Lom-bards, 19 rue de Lappe, à Paris 11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le mardi 18 octobre Concert de Gisela João à l’Espace des Arts,5 Bis avenue Nicéphore Niépce, à Chalon-sur-Saône (71).

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner fado avec Sousa Santos, Eugénia Mariaet Ana Paula, accompagnés par Manuel Corgas(guitarra), Pompeu Gomes (viola) et Tony Car-reira (viola baixa), organisé par l’Association desPortugais Unis avec Tous de la Vallée de Mont-morency. Salle des Fêtes de Soisy-sous-Mont-morency, 26 avenue du Général de Gaulle, àSoisy-sous-Monymorency (95). Infos: 06.19.48.19.25.

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner fado du 9ème anniversaire de l’établisse-ment avec Conceição Guadalupe, accompa-gnée par José Rodrigues (guitarra) et FlavianoRamos (viola). Restaurant A Caravela, 40 ave-nue de Stalingrad, à Achères (78). Infos: 01.39.11.56.34.

Le dimanche 23 octobre Déjeuner fado en soutien pour Carlos Netoavec Conceição Guadalupe, Nina Tavares,Manuel Miranda (guitarra), Flaviano Ramos(viola) et d’autres artistes. Les Jardins deMontesson, 29 boulevard de la République,à Montesson (78). Infos: 01.30.71.59.85.

Le vendredi 28 octobre Concert de Mísia à La Cigale, 120 boulevard deRochechouart, à Paris 18.

Le mercredi 21 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne). Le Canapé, 1 rue Gustave Vatonne, àGif-sur-Yvette (91).

Le vendredi 23 septembre, 14h30 Récital «Homero», une création musicale deFernando Lapa à partir d’un texte littéraire deSophia de Mello Breyner, avec Bruno Bel-thoise et João Costa Ferreira (piano à 4 mains)et José Manuel Esteves (récitant). Texte enportugais avec une traduction française. Enpartenariat avec le Centre Culturel Camões, laCoordination de l’enseignement du Portugaisen France et la Semaine des cultures étran-gères. Maison du Portugal, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le samedi 24 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne) dans le cadre du Festival des Internatio-nales de la Guitare, à Céret (66).

Le mardi 27 septembre, 20h00 Concert de Maria José Falcão (violoncelle) et An-tónio Rosado (piano), en partenariat avec la Fon-dation Calouste Gulbenkian. Maison duPortugal, 7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le mardi 27 septembre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne). Le Pigonnet, 5 avenue du Pigonnet, àAix-en-Provence (13).

Le jeudi 29 septembre Concert de l’artiste brésilienne Dom La Nemaau Cenquatre, 5 rue curial, à Paris 19. Infos: 01.53.35.50.00.

Le samedi 1er octobre, 20h00 Concert de l’angolais Bonga. Salle MendesFrance, rue des vergers, à Quetigny (21).

Le samedi 1er octobre, 19h00 Concert de la brésilienne Cloé Deyme (jazz), auSunside Jazz Club, 60 rue des lombards, àParis 01. Infos: 01.40.26.46.60.

Le vendredi 7 octobre Concert de l’angolais Bonga dans le cadre deNancy Jazz Pulsion, à La Pépinière, à Nancy(54).

Le samedi 8 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne), dans le cadre du Festival des Interna-tionales de la Guitare - Concert Jeune Public, àLunel (34).

Du 13 au 16 octobre 14ème Festival Guitar’Essonne et Salon desLuthiers «La voix et la guitare» organisé parQuitó de Sousa, avec (entre autres) JúlioGuerreiro, Elsa Cortez (soprano), ArmandoPossante (bariton), le Paris Guitare Quartetdirigé par Quitó de Sousa, la Chorale CarpeDiem de Corroios et l’Ensemble de Guitaresd’Abrantes. A Athis-Mons et à Morangis(91).

Le vendredi 14 octobre Concert de l’angolais Bonga au Théâtre del’Odéon, 1 place du Bicentenaire de la Révolu-tion Française, à Tremblay-en-France (93).

Le samedi 15 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne), dans le cadre du Festival Autres Brésil.Cinéma La Clé, 34 rue Daubenton, à Paris 5.

Le samedi 15 octobre Concert de l’angolais Bonga à La Grange Di-mière, 41 rue Maurice Ténine, à Fresnes (94).

Le samedi 24 septembre, 19h00 5ème anniversaire de Bombo-Folie, avec les ar-tistes Sónia Flávia, Lucy, Bruno Pereira, Zenela,Tony & Sónia, Lean Cruz et Luciana de Chaves.À Gravette-Saint-Lys (31).Infos: 06.72.90.18.38.

Le samedi 24 septembre, 13h00 Concerts et spectacles de danse avec MadalenaTrabuco (chanteuse franco-portugaise), LívioMacedo (chanteur brésilien), Adriana de LosSantos (accordéoniste), Esperança (groupe dedanse traditionnelle portugaise de Ullis), Di sole di La (chorale italienne), Cia de arte Universoem Dança (danses traditionnelles gauchas), Balgaucho (Festa Farroupilha). dans le cadre du 4°Festival du Rio Grande do Sul. Entrée libre. Sallede Fête annexe de la Mairie du 14ème, 12 ruePierre Castanou, à Paris 14.

Le samedi 1er octobre, 19h30 Soirée portugaise avec dîner, animée par leGrupo Philippe Martins, organisée par Os Lusi-tanos et Cendrioux. Salle polyvalente, à Le Cen-dre (63). Infos: 06.10.80.33.79.

Le samedi 1er octobre, 20h00 Serão avec chants traditionnels portugais animépar Cantares da Terra, organisé par le Comité deJumelage Sainte Consorce - Fornos de Algodres.Salle d’Animation, à Sainte Consorce (69).Infos: 06.72.87.53.88.

Le samedi 8 octobre, 19h30 Dîner dansant animé par Victor Rodrigues et leDuo Hexagone, organisé par l’Association Raízesde Portugal. Centre Culturel Alain Poher, 7 ave-nue Auguste Duru, à Ablon-sur-Seine (94).Infos: 06.09.77.11.33.

Le samedi 8 octobre, 21h00 Fête franco-portugaise avec Nel Monteiro, ElenaCorreia et ses danseuses, et le groupe Lusi-banda, organisée par l’association Lusibanda.Salle des Fêtes de Bléville, rue Pierre Farcis, LeHavre (76). Infos: 07.62.01.78.23.

Le samedi 15 octobre, 20h30 Fête portugaise avec Bombocas et Johnny, avecleurs musiciens respectifs. Groupe Nova Ima-gem. Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, à Ar-genteuil (95). Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 15 octobre, 21h00 Fête portugaise animée par Augusto Canário &Amis, et l’orchestre Hexagone, organisée par l’As-sociation Estrelas do Mar. Scène Watteau, place

du théâtre, à Nogent-sur-Marne (94), face à la garede Nogent-Le Perreux, à côté de la Mairie.

Le samedi 15 octobre, 21h00 37ème élection de Miss Portugal en France, or-ganisée par l’APDATP79, avec Chris Ribeiro,Laura Mendes, Sónia Cortez, Fabrizio et legroupe Fréquence. Salle Léo Lagrange Cérizay,allée Alain Mimoun, à Cerizay (79). Infos: 06.50.85.37.92.

Le samedi 15 octobre, 20h00 38èmeFête Franco-Portugaise avec Elena Correiae le groupe Novo Som, organisée par l’Associa-tion d’Amitié Franco-Portugaise Nemourienne,au Centre socioculturel de St. Pierre des Ne-mours, rue du Clos St. Jean, à Nemours (77).Infos: 06.26.33.93.07.

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner dansant avec Bacalhau à Minhota,animé par José Cunha, organisé par le CentrePastoral Portugais. Salle Jean Vilar n°2, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 22 octobre, 19h00 V Fête de la Châtaigne, avec dîner (Morue auFour), spectacle (avec Laura Mendes et NoitesLongas) et danse. Salle Laurent Guillet, à Dom-pierre-sur-Besbre (03). Infos: 04.70.35.59.07.

Le samedi 1er octobre, 15h00 Dia da Solidariedade organisé par les associationsportugaises de Saint Priest, de Meyzieu et l’Asso-ciation de Sueca, avec les groupes folkloriques OsCampinos de Meyzieu, Colombe de la Paix deBron, Jossans, Saint Maurice l’Exil, Juventude doAlto Minho, St Synphorien d’Ozon, Brignais, Fan-fare de Vaulx-en-Velin, Estrelas do Minho. EspaceJean Poperen, 132 rue de la République, àMeyzieu (69). Infos: 06.38.16.80.98.

Le dimanche 25 septembre Journée Bruno Guerreiro (cyclisme), organiséepar le CSME, à Epinay-sur-Seine (93).

Les 8 et 9 octobre 20ème anniversaire du Magazine Bilingue, orga-nisé par l’ACDP de Houilles et la Société des Au-teurs Lusophones de France (SALF). Plusieursauteurs présents. Le samedi, 20h00, dîner dan-sant animé par Marco & Alícia et le dimanche,15h00, spectacle avec Nelson Costa et son ac-cordéon. Salle Le Triplex, 40 rue Faidherbe, àHouilles (78). Infos: 06.86.00.45.72.

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