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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 312 | Série II, du 31 mai 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais Com apenas 15 anos, Mickael Mota é o segundo melhor piloto de karting SWS e quer ser Campeão do mundo 17 Mickael Mota PUB Ensino. Os Ministros da Educação de Portugal e França reuniram em Paris para falar de ensino de português em França 03 BES. Os emigrantes lesados do BES vol- taram a manifestar em Paris, em frente da Opera, e dizem que “parar é morrer” 05 Estátua. O empresário português radi- cado em Paris, Carlos Matos, ofereceu uma estátua do guarda-redes Rui Patrício a Leiria 07 Cannes. O filme “Fábrica de Nada” de Pedro Pinho recebeu um Prémio em Cannes durante a Quinzena dos Realizadores 10 Evento tem lugar todos os anos no sul da França DR 09 Gala de Verão CCIFP-Paca Junta empresários, artistas e futebolistas em Ste Maxime PUB

GRATUIT - lusojornal.com · Envie as suas perguntas para: [email protected] Exmo Senhor, Decidiram os Órgãos Representativos dos Trabalhadores desta Sucursal di-

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FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 312 | Série II, du 31 mai 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

Com apenas 15 anos, Mickael Mota é osegundo melhor piloto de karting SWSe quer ser Campeão do mundo 17

Mickael Mota

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Ensino. Os Ministros da Educação dePortugal e França reuniram em Paris parafalar de ensino de português em França

03 BES. Os emigrantes lesados do BES vol-taram a manifestar em Paris, em frente daOpera, e dizem que “parar é morrer”

05

Estátua. O empresário português radi-cado em Paris, Carlos Matos, ofereceu umaestátua do guarda-redes Rui Patrício a Leiria

07 Cannes. O filme “Fábrica de Nada” dePedro Pinho recebeu um Prémio em Cannesdurante a Quinzena dos Realizadores

10

Evento tem lugar todos os anos no sul da FrançaDR

09

Gala de Verão CCIFP-PacaJunta empresários, artistas e futebolistas em Ste Maxime

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02 OPINIÃO

Pergunta dos leitores

Pergunta:Senhor Diretor,Leio sempre o LusoJornal e vocêsfazem um belo trabalho. Para-béns. [...] Vou todas as semanasbuscar o jornal porque já não con-sigo passar uma semana sem oler.[...] Na semana passada tinhauma informação já repetida.Quantas vezes o Deputado PauloPisco quer um Museu da emigra-ção? [...]

António FerreiraLimoges

Resposta:Caro leitor,Obrigado pelas palavras simpáti-cas que diz a nosso respeito. Emo-ciona-nos sempre a reação dosnossos leitores.O Deputado Paulo Pisco já tinha,efetivamente, feito a proposta decriação de um Museu da Emigra-ção nas instâncias internas doPartido Socialista. Mas desta vez,a proposta foi feita no Parlamento,não enquanto militante do Partido,mas sim enquanto Deputado daNação.Esta sua pergunta mostra que éum leitor atento e isso é muito im-portante para nós.Boa leitura.

Carlos Pereira,Diretor do LusoJornal

Envie as suas perguntas para:[email protected]

Exmo Senhor,Decidiram os Órgãos Representativosdos Trabalhadores desta Sucursal di-rigir-se a V. Exa, para expor o que sesegue:1. Na sexta-feira dia 10 de marçoaquando da apresentação das contas2016 da nossa instituição em confe-rência de imprensa em Lisboa, jorna-listas portugueses (como DiogoCavaleiro do Jornal de Negócios) ouestrangeiros (como o correspondenteda agência noticiosa Reuters) noticia-ram que V. Exa informou que a Sucur-sal de França da CGD era para alienar,embora a prioridade fosse a alienaçãodas Sucursais de Espanha e África doSul que se deveria concretizar até aofinal do ano.2. Quatro dias depois (14 de março),a Direcção Geral da Sucursal reunia aschefias na sua sede em Paris, para co-municar que a informação relatadapela imprensa e pelos diários estran-geiros - entre os quais um dos diáriosde informação económico-financeirade referência em França, Les Echos -não era verídica, afirmando ter obtidoa segurança por parte de V. Exa e doAdministrador com a pasta da Sucur-sal de França, Dr José João Gui-lherme, que nada estava decidido emrelação a esta Sucursal.3. Na reunião extraordinária do dia 16de março, solicitada pela Comissão deTrabalhadores, a Direção Geral da Su-cursal continuou a não confirmar a no-tícia - que todavia foi divulgada combase na conferência de imprensa deV. Exa - de que a CGD França iria seralienada, sendo referido que tal de-pendia da rentabilidade que esta Su-

cursal viesse a atingir.4. Na sexta-feira dia 5 de maio o vídeoda intervenção do Deputado social de-mocrata, Luís Campos Ferreira, naCMTV - afirmando que a CGD Françairia ser alienada - circulou em toda aSucursal e na respetiva rede, tendo, osÓrgãos Representativos dos Trabalha-dores, sido inundados de telefonemasemanando do pessoal, preocupadocom as informações que pela segundavez vinham a público e as reações daclientela que, como V. Exa facilmentecompreenderá, mantem um contactoestreito, quase-quotidiano com Portu-gal e os mídia do nosso país.5. No mesmo dia, duas comunicaçõessão enviadas pela Direção Geral aopessoal, dizendo, em substância, quenão estava atualmente em curso umprocesso de alienação da SucursalFrança.Compreenderá V. Exa, face ao exposto,a má imagem que a CGD está a enviaraos clientes e ao conjunto da Comu-nidade portuguesa para quem a Su-cursal, mais do que um banco, é umarepresentação do Estado portuguêsem França.Compreenderá igualmente V. Exa, omal-estar que se está a instalar no seiodos mais de 500 trabalhadores da Su-cursal, condenados a desmentidos in-ternos de informações que a comu-nicação social veicula, e que não me-receram por parte da CGD Portugalqualquer retificação ou desmentidopúblicos. O mal-estar é tanto maior,quanto, após uma intensa greve le-vada a cabo no mês de maio do anopassado pela maioria do pessoal, oclima social da Sucursal continua a

degradar-se com a saúde física e men-tal dos trabalhadores a deteriorar-se,face a procedimentos manageriais im-próprios de uma empresa, a fortioripública, ao mesmo tempo que se as-siste a um turn-over nunca dantesvisto ao longo dos mais de 40 anos devida da Sucursal e nocivo ao nível dasua gestão e imagem.Face ao exposto e, sabendo que oPlano de reestruturação da CGD foiacordado com a DGcomp há largosmeses e que dele devem constar asalienações (vendas de ativos) previs-tas, encerramentos de agências e/ousupressões de serviços, vimos, poreste meio, na nossa qualidade de ór-gãos eleitos pelos trabalhadores daSucursal, solicitar a V. Exa que nosresponda claramente às seguintesquestões:1. No âmbito do Plano de reestrutura-ção da CGD prevê-se a tomada dequalquer medida no que diz respeitoà Sucursal França?2. Prevê a Administração a alienaçãototal da Sucursal ou a redução de ati-vidade desta, designadamente atravésda alienação de balcões, carteira declientes, encerramento de balcões ousupressão de atividades?3. Em matéria de trabalhadores, estáprevista a redução de trabalhadores?E sob que modalidades?Os Órgãos Representativos dos Traba-lhadores da CGD-França solicitam aclarificação rápida e formal por partede V. Exa, das disposições previstaspara a Sucursal de França da CGD: talclarificação - já tardia, tendo em contaas notícias que têm vindo a ser divul-gadas pelos mídia, e nunca desmen-

tidas por V. Exa - constitui o mínimode respeito que devem merecer porparte de um banco público, os maisde 500 trabalhadores que nele exer-cem esforçadamente a sua atividadee a população emigrante que estesmesmos trabalhadores se têm esfor-çado por servir com dedicação e em-penho ao longo dos anos.Mais, informamos V. Exa que os Ór-gãos Representativos dos Trabalha-dores desta Sucursal defenderãointransigentemente os seus postosde trabalho, bem como a manuten-ção da CGD-França na esfera públicae a continuidade da prestação do ser-viço público da banca na maior Comu-nidade portuguesa da Europa e dasmaiores Comunidades portuguesas domundo, avaliada em cerca de 1.5 mi-lhões de pessoas.Não podemos, com efeito, admitir quea Banca pública conserve sucursaisem paraísos fiscais como as Ilhas Cai-mão ou Macau e queira privatizar aSucursal do país emblemático da emi-gração portuguesa na Europa, a sabera França, país para o qual se tem diri-gido, além do mais, nos últimos anos,um contingente anual de milhares deemigrantes, que constituem segundoos últimos dados conhecidos, o pri-meiro contingente de novos emigran-tes em França.Na expetativa de resposta clara e for-mal sobre o futuro da Sucursal deFrança da CGD, para bem da imagemda nossa instituição e do respeitopelos seus trabalhadores e a Comuni-dade portuguesa em França, apresen-tamos a V. Exa, os nossos melhorescumprimentos.

Carta Aberta dos Órgãos Representativos dos Trabalhadoresda Sucursal da Caixa Geral de Depósitos em França ao Presidente da Comissão Executiva da CGD Dr. Paulo Macedo

Opinião

Le 31 mai 2017

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, CindyPeixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenuede la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mai 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

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Appel: Centenaire de la Bataille de La LysLes organisations d’États et privésfrançaises, anglaises, canadiennes,entre autres, ont programmées les cé-rémonies du Centenaire de la GrandeGuerre jusqu’à 4 ans à l’avance.Nous, les Portugais avons, l’habitudede programmer notre cérémonie auxalentours de la Bataille de la Lys.

Même si cette bataille a été une dé-faite, il est primordial et de note de-voir d’honorer les combattantsportugais qui ont participé à la 1èreGuerre Mondiale.La bataille de La Lys a eu le 9 avril1918. L’année prochaine nous avonsà commémorer le Centenaire. Le 9avril 2018 est un lundi, peu importe.Un Centenaire c’est un Centenaire,

c’est un moment qui se veut impor-tant.Sachons-nous mettre d’accord dès àprésent sur la date à laquelle nous al-lons honorer nos soldats en 2018.Quel que soit le jour de la semaine,la question du jour des célébrationsne devrait même pas se poser.Il est impératif que nous fassionscomme les autres nations, d’autant

plus que l’année prochaine des per-sonnalités importantes seront ame-nées à venir aux cérémonies et qued’autres moments forts, tels qu’expo-sitions, débats, voyages, etc doiventse programmer en fonction de cettecélébration.Faisons que la date s’impose à touset que tous puissent s’organiser dèsà présent en fonction de cette date.

Par António Marrucho, Lille

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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POLÍTICA 03

Pierre Moscovicidiz que a saídado DéficeExcessivo émuito boa notícia paraeconomia portuguesa

O Comissário europeu dos AssuntosEconómicos comentou na semanapassada que o encerramento do Pro-cedimento por Défice Excessivo(PDE) a Portugal, ao fim de oito anos,“é verdadeiramente uma muito boanotícia” para a economia portuguesae para o povo português.Numa conferência de imprensa emBruxelas, para apresentação do “pa-cote da primavera do semestre euro-peu”, no quadro do qual a Comissãorecomendou ao Conselho a saída dePortugal do PDE, Pierre Moscovici co-mentou que esta decisão “foi muitoclara e unânime” no seio do colégiode Comissários, até porque mesmo opotencial impacto da capitalização daCaixa Geral de Depósitos (CGD) nodéfice não deverá ameaçar a sua “re-dução duradoura”.Lembrando que Portugal já estava háoito anos (desde 2009) sob o braçocorretivo do Pacto de Estabilidade eCrescimento, tendo entretanto o paísestado igualmente sob programa deassistência (de 2011 a 2014), PierreMoscovici considerou que o encerra-mento do PDE é assim “verdadeira-mente uma muito boa notícia, umanotícia muito importante para Portu-gal, para a economia portuguesa epara o povo português”, constituindotambém um “belo reconhecimento”pelos esforços do país, particular-mente atingido pela crise.Na recomendação dirigida ao Conse-lho, a Comissão aponta que as suasprojeções económicas, com base nasquais decidiu fazer sair Portugal doPDE, dado preverem que o déficecontinuará bem abaixo do limiar dos3% do PIB também em 2017 e2018, “não incluem o potencial im-pacto de medidas de apoio à banca”,numa referência à capitalização daCaixa Geral de Depósitos.Pierre Moscovici referiu que, “combase nas informações disponíveisnesta altura” e também “nas garan-tias recebidas do Governo portu-guês”, a Comissão “não espera quea capitalização da CGD coloque emrisco a redução duradoura do défice”,pelo que chegou à decisão “muitoclara e unânime” de recomendar asaída de Portugal do PDE ao Conse-lho, que deverá pronunciar-se no pró-ximo mês de junho.

Ministro português veio ao encontro donovo Ministro francês da Educação

O Ministro português da Educação,Tiago Brandão Rodrigues, veio na se-mana passada a Paris para se encon-trar com o seu novo homólogo,Jean-Michel Blanquer, cinco dias de-pois deste ter tomado posse no pri-meiro Governo de Emmanuel Macron.Tiago Brandão Rodrigues foi aliás oprimeiro homólogo estrangeiro rece-bido por Jean-Michel Blanquer.“O português é uma língua muito im-portante em França, simplesmenteporque Portugal é importante para aFrança” disse ao LusoJornal o MinistroJean-Michel Blanquer. “Há muitosPortugueses em França e muitos Fran-ceses de origem portuguesa. E Portu-gal é um grande país amigo. Nóstemos muito interesse pela lusofonia,pelo Brasil, pelos países africanos lu-sófonos e pelo conjunto dos países lu-sófonos no mundo”.Recentemente, Tiago Brandão Rodri-gues assinou com a ex-Ministra NajatVallaud-Belkacem, um acordo bilate-ral. Foi um acordo assinado já no finaldo mandato, que articulava a transiçãodo ensino ELCO para a nova fórmulade ensino de línguas estrangeiras,EILE. O Ministro português não querperder a possibilidade de ver a línguaportuguesa ensinada num “patamarsuperior” em França e por isso deslo-cou-se novamente a Paris para encon-trar o novo Ministro francês. Estavaacompanhado pelo Embaixador dePortugal em França, José Filipe Mo-raes Cabral e pelo diplomata CarlosPires, número dois da Embaixada por-tuguesa em França.Interrogado pelo LusoJornal sobre atransição do ELCO em EILE, o Minis-tro Jean-Michel Blanquer disse que“ainda só estou aqui há 5 dias e vou

sobretudo ouvir o Ministro português etrabalhar o assunto antes de tomar de-cisões”.Mas acrescentou que “o Português éuma língua de futuro no século XXI epor isso nós motivamos o ensino destalíngua. Eu tenho observado atenta-mente as evoluções dos países e cons-tato que Portugal está a fazer coisasinteressantes em matéria de educaçãoe conhece os primeiros sucessos”. Porisso, Jean-Michel Blanquer, diz-se“feliz porque o primeiro homólogo querecebo é o Ministro português”.Tiago Brandão Rodrigues sublinhouque “o que estamos aqui a fazer não éuma negociação. O que acontececeurecentemente em França foi impor-tante para a França e consequente-

mente para a Europa e naturalmentepara Portugal. Esta relação profíquaque tem acontecido entre os Ministé-rios da Educação francês e português,queremos que continue e sabendo queo senhor Ministro tomou posse hápouco tempo, e eu tendo a oportuni-dade de vir aqui a Paris, podemos con-versar, podemos continuar este esforçocomum, depois da assinatura recentedeste acordo bilateral, para podermospotenciar por um lado o portuguêsaqui em França, tendo nós uma Co-munidade tão grande e havendo tam-bém tantos Franceses e filhos deoutras nacionalidades aqui residentesa terem interesse por Portugal; maspor outro lado também para continuar-mos este esforço para que haja um

crescimento do francês, algo que estáa acontecer neste momento, em Por-tugal, com um interesse pela línguafrancesa por tantos e tantos dos nossosalunos do ensino básico e secundá-rio”.O acordo assinado com Najat Vallaud-Belkacem é considerado “importante”pelo Ministro português. “Não apenaso acordo bilateral, mas também estaimportante medida que permite aoportuguês estar em igualdade de cir-cunstâncias com o inglês, o alemão eo espanhol. Continuamos este esforçoporque o interesse dos dois países foisempre que a língua de cada um dospaíses pudesse ser reforçada no outroe é para isso que trabalharemos, paraesse reforço e para essa continui-dade”.O Ministro português disse ao LusoJor-nal que tem cerca de 9 mil alunos noensino básico francês a aprender por-tuguês “mas é para crescer”. Mas foiinterrogado pelo LusoJornal pelo factode em Portugal haver aproximada-mente 230.000 alunos a aprenderemo francês. Há desequilibrio nesta ma-téria. “Temos que pensar no caminhoe na história: o ensino do francês emPortugal tinha um legado históricoforte, o ensino do português emFrança também tem um legado forte,mas estava situado não na forma deensino que agora está. A capacidadede progressão que agora temos émuito maior, e isso é que é impor-tante”.Embora Tiago Brandão Rodrigues per-ceba o francês, cumprimentou Jean-Michel Blanquer em inglês por estarmais à vontade nesse idioma, mas oMinistro francês fala fluentemente es-panhol e o diálogo parece não ficarbloqueado na escolha da língua de co-municação.

Tiago Brandão Rodrigues esteve em Paris

Por Carlos Pereira

Secretário de Estado das Comunidades dizque o Governo cumpriu objetivo de alargar osGabinetes de apoio ao emigranteO Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Luís Car-neiro, disse em Leiria, que o Governocumpriu o objetivo de, nos dois pri-meiros anos de mandato, alargar osGabinetes de apoio ao emigrante emtodo o país.“Os Gabinetes estavam muito con-centrados, sobretudo no norte e in-terior do país, e o primeiro grandeobjetivo foi alargá-los à grande Lis-boa, ao Algarve e ao Alentejo, o queestá cumprido”, referiu o gover-nante.José Luís Carneiro, que intervinha nasessão de abertura do III Encontrode Gabinetes de Apoio ao Emigrante,salientou que a tutela tinha propostocriar 30 novos Gabinetes e foramcriados 32, 28 em municípios equatro em grandes freguesias. Alémdisso, acrescentou, foram reformula-dos 15 e criados Gabinetes emFrança e Alemanha.O governante salientou ainda que foicumprido um segundo objetivo, que

passou pela criação de uma equipatransversal a toda a Administraçãocentral na Secretaria de Estado dasComunidades Portuguesas, quedesse resposta a “todos os proble-mas que nos são colocados”.Segundo José Luís Carneiro, foicriada uma equipa com “pontos fo-cais” nas Secretarias de Estado dosAssuntos Fiscais, da Indústria, daEducação, das Autarquias Locais, daCiência, Tecnologia e Ensino Supe-rior, da Internacionalização, do Tu-rismo, no Instituto do Turismo dePortugal, Caixa Geral de Aposenta-ções, Instituto de Segurança Sociale no Centro Nacional de Pensões.“Estes pontos focais reúnem regular-mente sob alçada da Secretaria deEstado das Comunidades Portugue-sas e debatem-se os assuntos queestão bloqueados e procura-se quecada um destes responsáveis nosseus Ministérios dê celeridade àsrespostas colocadas nos Gabinetesde apoio aos emigrantes”, explicou.

Salientando que se trata de um ser-viço totalmente gratuito, o gover-nante disse que os municípiosdevem aproveitar para colocar assuas questões, que depois são ava-liadas pela equipa dos “pontos fo-

cais” da tutela.O Secretário de Estado adiantouainda que procurou envolver nesteprocesso a Associação Nacional deFreguesias e Associação Nacional deMunicípios Portugueses, porque sãoas entidades parceiras “por excelên-cia” das autarquias e freguesias.José Luís Carneiro anunciou aindaque no final de junho ou no início dejulho deverá estar disponível a Pla-taforma informática dos Gabinetesde Apoio ao Emigrante, que vai serviruma rede que já integra 130 espa-ços espalhados por todo o país. “Oportal vai disponibilizar muito impor-tante e útil e possibilitar ao emi-grante saber, em cada hora e minuto,como é que está o atendimento e osprocessos em cada Gabinete deapoio de todo o país”, sublinhou. De acordo com o governante, em2016 os Gabinetes de apoio ao emi-grante realizaram 24.006 atendi-mentos, que deram origem a 2.029processos.

Le 31 mai 2017

Jean-Michel Blanquer e Tiago Brandão RodriguesLusoJornal / Carlos Pereira

04 POLÍTICA

Portuguesa é candidata às legislativas pela FN porque defende “a bandeira francesa”

Lucinda Carvalho é candidata às elei-ções legislativas de 11 e 18 de junhoem França pela Frente Nacional (FN)porque defende “a bandeira francesa”num país que “perdeu muitos valo-res”.“Não sei se há muitos Portugueses avotar Front National mas, como eu, hápessoas que são Portuguesas na almae também Francesas e querem defen-der a bandeira francesa. A França per-deu muitos valores”, explicou, emportuguês, a candidata a Deputadaque nasceu na freguesia de Tourém,no concelho de Montalegre, há 50anos.A franco-portuguesa chegou a Françaem 1970, com três anos, e adquiriua nacionalidade francesa em 1988,tendo sempre falado português emcasa dos pais e tendo chegado a inte-grar uma associação portuguesa dePau (64), uma cidade dirigida porFrançois Bayrou que foi agora no-

meado Ministro da Justiça.Insistindo sentir-se “Portuguesa naalma”, a candidata que entrou na FNem 2012 esboçou um retrato deFrança como “um país que fez virmuitos estrangeiros e deu a possibili-dade a todos de ter uma vida melhor”,incluindo aos seus pais, mas consi-dera que se chegou a uma rutura.“Agora, a França não pode recebertanta pessoa estrangeira porque nãohá trabalho. A França perdeu na eco-nomia, perdeu muito trabalho, muitasfábricas foram para países onde setrabalha a preço bem baixo. Anteshavia trabalho para toda a gente, haviarespeito. Hoje não há nada disso, aFrança perdeu muito valor. É precisouma França que encontre os valoresque tinha antes”, argumentou a edu-cadora de infância.Lucinda Carvalho, que se candidatapela segunda vez a um lugar de De-putada, considerou que durante avaga migratória de Portugueses paraFrança, nos anos 60 e 70, “havia tra-

balho, havia respeito” e que “nãohavia, como agora, pessoas que vêmde outros países e que querem obrigara comer diferente” ou a “ensinar lín-guas estrangeiras que não interessamnas escolas”.

“Nós temos todos a mesma religião etemos uma maneira de respeitar aspessoas. Há pessoas que vêm de ou-tros sítios que não têm nada a ver con-nosco e querem impor-nos a culturadelas. Eu não sou racista porque sou

de origem portuguesa, mas há pes-soas que vêm para a França e não arespeitam como nós - os Portuguesesou os Espanhóis - a respeitámos”,considerou.A luso-francesa defendeu, ainda, queo Partido de extrema-direita “não éfascista porque defende os valores dopaís, a economia, o trabalho, as pes-soas que vivem em França”, acredi-tando que os que defendem a FN “sãopessoas respeitadoras e com valores”.A candidata na terceira circunscriçãodo distrito Pyrinées-Atlantiques tem13 adversários e acredita que “ir à se-gunda volta é possível” porque alegaque a FN teve “bons resultados” nasua região durante as presidenciais.Na reta final para as legislativas, Lu-cinda Carvalho promete intensificar acampanha, nomeadamente junto dos“muitos Portugueses” da sua região,seja em associações, em feiras ondedistribui panfletos ou em reuniões pú-blicas, afirmando que “ficava contentese os Portugueses” votassem nela.

Lucinda Carvalho é de Montalegre e mora em Pau

Por Carina Branco, Lusa

Le 31 mai 2017

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Lusodescendente recandidata-se face à lembrançado “não às porteiras na Assembleia”

Pela segunda vez consecutiva, Fa-bienne dos Santos é candidata àseleições legislativas em França de-pois de, em 2012, ter tido cartazescom o seu apelido riscados com afrase “não às porteiras na AssembleiaNacional”.“Há cinco anos, quando colámos car-tazes, com o meu apelido em letrasgrandes e a minha cara, diante decertos liceus do 17º bairro de Parisescreveram por cima ‘não às porteirasna Assembleia Nacional’. Fiquei fu-riosa porque não é justo reduzir todauma população a ‘clichés’. Foi algofeito para magoar e o que me chocoufoi terem-no feito diante de umliceu”, contou à Lusa a candidata de53 anos.Neta de um português que veio para

França nos anos 30, Fabienne dosSantos é a candidata Comunista àslegislativas na 4ª circunscrição deParis, ou seja, nos 16º e 17º bairrosda capital francesa, uma zona consi-derada rica, “onde estão muitas Em-baixadas e Consulados e onde hámuitas porteiras portuguesas”.“Mas aqui não há só ricos. Há habi-tações sociais e não são as pessoasricas que moram nos estúdios dosexto andar sem elevador. Depois, hámuitos idosos que compraram o apar-tamento há muitos anos e hoje têmreformas pequenas e não conseguemsuportar os gastos”, explicou a can-didata.Ainda que tenha perdido os laçoscom Portugal, Fabienne sublinha ter“orgulho nas suas raízes” e está aaprender português através de aulasna internet e até sabe fazer pastéis

de nata.Cozinheira e sindicalista, a Secretáriada secção do PCF no 17º bairro deParis gostaria de ver mais operáriosno Parlamento francês, “à imagemdo povo”, defendendo que “é precisoparar de enviar especialistas da polí-tica que nunca trabalharam na vida”para a Assembleia, ainda que no Par-lamento cessante haja um operáriolusodescendente, Patrice Carvalho,que se vai recandidatar.Fabienne explicou que “seria precisoum milagre para ser eleita porqueneste bairro o voto maioritário é paraOs Republicanos”, mas decidiu can-didatar-se na mesma porque “é pre-ciso espaço para as pessoasapresentarem as suas ideias, sendoas eleições o momento propício parao fazer”.“As legislativas são como uma ter-

ceira volta das presidenciais porqueelegemos um homem sem etiqueta eagora as pessoas vão ter de se posi-cionar. É preciso deixar a democraciafazer o seu papel e os Deputados sãomuito importantes para votar as leis,a não ser quando se impõem leiscomo a do trabalho”, afirmou em re-ferência ao artigo 49-3 da Constitui-ção que permitiu ao anterior Governofrancês aprovar o pacote laboral semvotação dos Deputados.Fabienne dos Santos contou, ainda,que “sempre foi militante de Es-querda desde pequena” e lamentouque a “avalanche Mélenchon” nãotenha aproveitado a “união com osComunistas” nas legislativas porqueo líder de A França Insubmissa “nãose teria candidatado às presidenciaissem as 400 assinaturas de autarcascomunistas que o apoiaram”.

“É pena. Lamento muito até porquenas propostas não há muitas diferen-ças. O que é diferente é mais a estra-tégia e a postura. No Partido Comu-nista tentamos evitar a prevalência dapostura. Para mim a postura é maisimpostura que outra coisa”, concluiuFabienne que vai enfrentar tambémum concorrente de A França Insub-missa na sua circunscrição.Ainda a recuperar de uma entorse nopé e ao fim de duas horas de pé juntoa uma mesa montada no “Square del’Amérique Latine”, com cartazes doPCF, bolos caseiros e música deManu Chao, a lusodescendente trocapiadas com os camaradas, prometeintensificar as ações de campanha etem sempre pronta, na ponta da lín-gua, a resposta aos que perguntam se“o Partido Comunista ainda existe”:“Não, o PCF não morreu”.

Por Carina Branco, Lusa

COMUNIDADE 05

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Aprovado diploma quedefine e regulaapoios a asso-ciações das Comunidades

O Governo aprovou na semana pas-sada em Conselho de Ministros umDecreto-lei que define e regula ascondições para concessão de apoiosa ações e projetos de movimentos as-sociativos das Comunidades portu-guesas no estrangeiro.“Com este novo enquadramento,ficam definidos legalmente os proce-dimentos de candidatura à atribuiçãode apoios e fixam-se os objetivos e asações prioritárias nesta matéria”, re-fere o Conselho de Ministros em co-municado.Alguns dos objetivos são “a promoçãoda língua e da cultura portuguesas, ainclusão social, a capacitação e a va-lorização profissional, a participaçãocívica e política, o combate à xenofo-bia e o diálogo com as micro e peque-nas empresas dos portuguesesresidentes no estrangeiro que quei-ram investir em Portugal”, lê-se nodocumento.Desta forma, o Governo pretende re-forçar a “organização e o rigor na ava-liação e aplicação dos meios públicosao serviço do movimento associativo”,por forma a “promover a transparên-cia”, sublinha-se no texto.No entanto, no momento de fechodesta edição do LusoJornal, aindanão estava disponível o regulamentono site da Secretaria de Estado dasComunidades Portuguesas.

Emigrantes lesados do BES voltaram aprotestar em Paris porque “parar é morrer”

Cerca de uma centena de emigranteslesados do BES juntaram-se no sá-bado passado em Paris num novoprotesto, afirmando que “parar é mor-rer” e prometendo novas ações, a 17de junho na capital francesa e maistarde em Portugal.Depois da sede do Novo Banco emParis, da Embaixada de Portugal e daTorre Eiffel, desta vez foi com o mo-numental edifício da Ópera comopano de fundo que os emigranteschamaram a atenção dos turistas,com bandeiras de Portugal e cartazesem que se lia “bancos portugueses =perigo”, gritando “banqueiros portu-gueses, ladrões dos emigrantes”.Madalena Araújo, de 57 anos, temsido uma das presenças habituais nosprotestos que começaram há doisanos em Paris e promete continuar aparticipar nas manifestações porque“o dinheiro que lá está é fruto do tra-balho, suor e sacrifício de tanto ano”em França. “Venho a todas e conti-nuarei sempre que possa. Jamaisabandonarei este combate, esta luta,porque não podemos abandonar. Jávão fazer três anos no dia 4 de agosto[desde o colapso do BES] e parar émorrer, como se costuma dizer”, afir-mou à Lusa a portuense, que está emFrança há 31 anos.A manifestação foi organizada pelogrupo Emigrantes Lesados Unidos.Dele faz parte Carlos Costa, que su-blinhou que “há pessoas desespera-das porque não têm dinheiro paraviver e outras que não têm dinheiropara ir para Portugal” e que “estãocompletamente prisioneiras dobanco”.“Desde o princípio que dizemos queestamos esquecidos e é evidente queestamos esquecidos. Eles andam aempatar. O Novo Banco continua aapodrecer esta situação e tem quehaver uma solução”, afirmou o portu-guês, de 50 anos, atualmente desem-pregado e com mais quatro pessoasda família lesadas do BES.Carlos Costa contou ainda que a suamãe teve um AVC há sete meses “de-

rivado a isto tudo”: “Ela ficou sem odinheiro, nós ficámos sem o dinheiroe agora não temos dinheiro para a pôrem Portugal numa casa de reforma.Não temos dinheiro para a pôr nemaqui nem lá”.Helena Batista, vice-Presidente daAssociação Movimento EmigrantesLesados Portugueses (AMELP),adiantou à Lusa que a 17 de junhovai haver um “dia de luta” em Paris,com uma reunião de informação coma equipa jurídica da AMELP, demanhã, e uma manifestação, à tarde,entre a sede do Novo Banco, no 16ºbairro da capital, e a praça do Troca-dero.“Ainda temos muito trabalho pelafrente, mas a verdade acabará por sairvitoriosa desta luta”, indicou HelenaBatista, sublinhando que vão tam-bém ser organizados protestos emPortugal se não for encontrada umasolução.Além disso, a responsável disse quea AMELP vai enviar, esta semana,“uma carta a cada Deputado europeucom a petição” que entregou, naquinta-feira passada, ao ParlamentoEuropeu e na qual considera que a re-

solução do BES é ilegal, ao pôr emcausa o direito de propriedade semdar qualquer compensação.Helena Batista lembrou ainda queeste mês a AMELP colocou na Justiçaações contra os funcionários do BES(agora no Novo Banco) que venderamos produtos que levaram a perdas fi-nanceiras.A 12 de abril, a associação tambémentrou no Parlamento português umapetição assinada por oito mil emi-grantes “para que seja reconhecidoque os produtos vendidos eram frau-dulentos”.Outra presença habitual nos protestosdos emigrantes em Paris é JaimeGonçalves Russo, de 77 anos e há 54anos em França. Apesar de “can-sado”, promete continuar a lutar parareaver as suas poupanças. “Tenhovindo sempre porque me dói. Nãotenho lá muito, mas pronto, era o di-nheiro da reforma. Em 1963 vimpara aqui, trabalhar aqui no duro e aviver no bidonville de Saint Denis, nasbarracas de Saint Denis. Estive lánove anos. O que me apetece dizer éque nos paguem o nosso suor, as nos-sas economias que lá deixámos, e al-

guém está a beneficiar do nossosuor”, disse o português, oriundo doSabugal.Graça Machado também tem partici-pado nos protestos e, aos 74 anos,promete lutar “até morrer”. Esperaque “os filhos e os netos” continuema luta que ela iniciou ao lado do ma-rido, Filipe Alves, de 78 anos.Outras vozes da luta dos lesados emFrança são as de António Marrão, de65 anos, que denuncia que os emi-grantes são “os esquecidos distotudo”, e Amélia Reis, que em maiode 2015 organizou a primeira mani-festação em Paris. Fala em “humilha-ção muito grande porque não se podedeixar as pessoas neste estado”.Adriano Salgueiro, do núcleo deFrança do Bloco de Esquerda (BE),explicou que o Partido voltou a estarpresente num protesto dos emigran-tes porque “esta luta ainda não tevesucesso, o que é uma vergonha”. Opapel do BE, sublinhou, é “fazerpressão sobre o Governo”. O Partidoespera que “este verão seja movimen-tado para se impedir que o banco sejavendido e, acima de tudo, para queas poupanças sejam devolvidas”.

Por Carina Branco, Lusa

Desta vez manifestaram na Opéra

Le 31 mai 2017

lusojornal.com

Câmara Municipal do Sabugal projeta MuseuPortuguês daMigração

A cidade do Sabugal, no distrito daGuarda, vai acolher o Museu Portu-guês da Migração, que está a sercriado pela Câmara Municipal localcom a colaboração da Secretaria deEstado das Comunidades Portugue-sas, foi anunciado na semana pas-sada.O Município do Sabugal, presididopor António Robalo, ele próprio filhode emigrantes em França, refere emnota enviada à Lusa que o futuromuseu será “um lugar de interpreta-ção dos processos migratórios”.“O conceito, inicialmente exploradocomo Etnocentro - Fronteira de Me-mórias, tem vindo a ser desenvolvidonos últimos meses com a Secretariade Estado das Comunidades Portu-guesas, a quem foi apresentado emnovembro de 2016, e evoluiu paraum lugar de interpretação dos pro-cessos migratórios que se desenvol-verá de forma dinâmica entre o Locale o Global: um museu no Sabugalsobre Portugal no mundo - o MuseuPortuguês da Migração (MPM)”, ex-plica a autarquia.Segundo a fonte, o MPM “abordará atemática da migração centrada nasdiversas motivações dos migrantes(económicas, profissionais, sociais,políticas), das suas diversas escalas(desde os movimentos internos aosmovimentos pelo mundo) e dos pro-cessos de integração (a partilha deculturas/multiculturalidade e as novasformas de comunicação como facili-tadoras dos fenómenos migratórios)”.De acordo com a autarquia, conside-rando a dinâmica global do museu,“serão abordadas temáticas comple-mentares mais específicas do territó-rio de fronteira” onde o equipamentoserá inserido.No projeto haverá um espaço dedi-cado às fronteiras e o caso particulardas relações transfronteiriças entrePortugal e Espanha onde a temáticado contrabando “terá particular des-taque”, bem como “temáticas de im-portância mundial que marcam aatualidade”.O município do Sabugal anunciouque o seu Presidente teve na semanapassada “mais uma reunião com aSecretaria de Estado das Comunida-des Portuguesas sobre o desenvolvi-mento do projeto do MPM, cujo localfoi já escolhido”.

06 COMUNIDADE

Associação ALMA realizaprimeiro Salão para Porteiros em Paris

A associação ALMA, Gardien(nes)d’Immeubles à Paris, fundada porportugueses, vai organizar o 1º Salãopara Porteiros na capital francesa, a 3de junho, com ofertas de trabalho, deformação e conselhos para uma pro-fissão “bastante isolada”.“O objetivo deste primeiro salão é jun-tar profissionais e visitantes e dar omáximo de informações aos porteirosque continuam a estar bastante isola-dos. Depois, o objetivo é o recruta-mento mas também dar informaçõessobre riscos ligados à profissão, assimcomo o material e vestuário ligado àsegurança do trabalho diário”, disse àLusa Elisabeth Oliveira, Presidente daassociação.No salão, estará disponível “ajuda naredação dos currículos e nas cartas demotivação” e deverão estar presenteso centro de emprego francês Pôle Em-ploi, organismos de formação e de se-gurança no trabalho, assim como aCruz Vermelha “para ensinar os gestosque salvam pois é frequente o porteiroser a primeira pessoa a chegar ao localde um incidente ocorrido no prédio”.A porteira, licenciada em Psicologia,veio para França em 2013 devido àcrise em Portugal e fundou a associa-ção ALMA em outubro de 2015 paracriar uma entreajuda na vasta rede deporteiros em Paris, estimada em cercade 15 mil pessoas, das quais “60%são portuguesas”.“Cada vez há uma maior exigêncianesta profissão. Eu mandei o currículo

para cá e mandaram-me vir a duasentrevistas. No privado, à partida, nãodevem pedir formação, é mais nosetor público. Mas há uma concorrên-

cia tão grande que quem tiver maishabilitações será o escolhido”, indi-cou a porteira de 47 anos.Elisabeth Oliveira explicou, ainda, que

a associação pretende “dar voz” aosporteiros porque “as pessoas achamque é uma profissão de sonho masnão é assim tão dourada quanto sepensa”.“Ninguém dá voz aos porteiros. Cadaporteiro, no setor privado, está sozi-nho. Para estar informado, tem queaderir a sindicatos ou esperar que ocondomínio informe. A associaçãoquer dar voz aos porteiros porqueestão isolados e quando há problemasestão sozinhos e, muitas vezes, nãoreclamam porque têm medo de ficarsem casa”, acrescentou.A associação ALMA tem 150 aderen-tes e 3.000 seguidores na página Fa-cebook, na qual publica regularmenteofertas de emprego e conselhos jurí-dicos, estando previsto, “para breve”a criação de um “site” internet.“A imagem do porteiro mudou.Hoje, há porteiros que nem sequerfazem limpezas, que são mais ges-tores do prédio do que propriamenteporteiros básicos. Estamos a sermais valorizados mas ainda há mui-tos clichés e ninguém gosta de dizerque é porteiro porque é redutor, évisto como um trabalho só manual”,concluiu a franco-portuguesa nas-cida em França que foi para Portu-gal em 2002 e acabou por regressara Paris onze anos depois.A entrada no 1º Salão para Porteiroscusta 5 euros, mas é gratuita para osmembros da Associação ALMA, de-vendo fazer-se mediante inscriçãopara o email: [email protected]

Elisabeth Oliveira preside a ALMA, Gardien(nes) d’Immeubles à Paris

Por Carina Branco, Lusa

Jovens portugueses emigrantes querem aplicar conhecimentos adquiridos em Portugal

A Presidente da Associação de Gra-duados Portugueses (AGRAFr) emFrança considerou que muitos dos jo-vens portugueses emigrantes queremregressar a Portugal para colocar emprática no seu país a “maturação pro-fissional” adquirida no estrangeiro. “Éum ciclo de crescimento e é naturalque, quando olham para o futuro, apossibilidade de voltar a Portugal sejamuito atrativa. É aprender aqui, sergente, ter maturação profissional e de-pois aplicar em Portugal o que apren-deram”, afirmou Ana Rita Furtado, 37anos, comentando o inquérito da Fun-dação Associação Empresarial de Por-tugal (AEP) que indica que dois terçosdos jovens emigrantes qualificados en-trevistados querem regressar.De acordo com o estudo, divulgadopela Lusa a 17 de maio, este desejode regresso coloca a saudade dos fa-miliares e dos amigos (71%) o princi-pal motivo, seguindo-se as“oportunidades de carreira” comofator de influência no retorno (54%).O estudo, o primeiro a revelar “quemsão, onde estão e o que querem osnossos jovens emigrantes qualifica-dos”, foi realizado no âmbito do pro-jeto Empreender 2020 - Regresso deuma Geração Preparada. Este desejode regresso não é igual para todos os

jovens emigrantes qualificados, já quedois terços não pretendem retornar aPortugal no prazo mínimo de trêsanos.Para a Presidente da AGRAFr queconta com 450 membros - 60% dosquais têm pelo menos um mestrado -o resultado do estudo “não sur-preende” porque “a maior parte” dos“jovens portugueses qualificados quevêm para França nos últimos anos vempara crescer profissionalmente”, tendoo regresso a Portugal em mente.“Quando os jovens olham para o fu-turo, a ideia de Portugal obviamenteque está presente porque querem vol-tar para dar ao país algo em troca por-

que foi o país que primeiro nos edu-cou”, comentou a doutorada em mi-crobiologia, que agora trabalha emredação científica.Ana Rita Furtado, que vive em Parishá 10 anos, acrescentou que “quantomais tempo as pessoas passam no es-trangeiro menor é a probabilidade devoltarem um dia”, adiantando que“todos os dias” ela própria pensa emregressar a Portugal “pela família epela qualidade de vida”.O estudo da AEP indica que 30% dosjovens qualificados emigrados dizemnão pretender voltar devido aos baixossalários, às poucas oportunidades decarreira, à falta de oferta de emprego

na área de experiência e à instabili-dade do país.“Não me surpreende. Portugal é co-nhecido por ter salários baixos, o mer-cado de trabalho é menor porque opaís também é reduzido. Há maioroportunidade de trabalho e de cresci-mento profissional para mais gentefora de Portugal”, constatou a Presi-dente da AGRAFr.O questionário ‘online’ lançado pelaFundação AEP pretendeu estudar aemigração de jovens qualificados e aforma de os cativar a voltar.O projeto pretende também identificaras condições que favoreçam o retornoe desenhar cenários concretos deatuação com vista ao regresso destageração e, ainda, debater um modelode desenvolvimento capaz de acolherestes jovens.O Reino Unido é o país que acolhemais portugueses qualificados, se-guido da Alemanha, França, Holandae Suíça, tendo o pico da emigraçãosido em 2012.O estudo indica ainda que mais demetade (56,4%) dos inquiridos gosta-ria de voltar e de ser empresário emPortugal. Já para 29% dos inquiridos,o rendimento é decisivo bem como aoferta de emprego disponível (27%).Mais de metade dos 1.140 inquiridostem até 34 anos e 85% dos entrevis-tados possui pelo menos licenciatura.

Por Carina Branco, Lusa

“A Porteira, a Madame e Outras Histórias de Portugueses de França”

A jornalista ex-correspondente da Lusa em Paris, Joana Carvalho Fernandes,vem a Paris para apresentar, no Salão dos Porteiros, o livro “A Porteira, a Ma-dame e Outras Histórias de Portugueses de França”.Joana Carvalho Fernandes foi correspondente da Lusa entre 2011 e 2013 epublicou este livro com 13 histórias, em agosto de 2015, quando já tinha re-gressado a Portugal. O livro foi editado pela Fundação Francisco Manuel dosSantos, mas ainda nunca tinha sido apresentado em Paris. A apresentação estáa cargo do Jornalista Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal.

Le 31 mai 2017

Elisabeth Oliveira, Presidente da ALMALusoJornal / Mário Cantarinha

COMUNIDADE 07

lusojornal.com

Estátua Rui Patrício foi oferecida por Carlos MatosO guarda-redes da Seleção portu-guesa de futebol, Rui Patrício, inau-gurou na semana passada, umaestátua que lhe presta homenagem,em Leiria, pela conquista do Campeo-nato Europeu, e desejou que a mesmasirva “de exemplo para os maisnovos”. A estátua foi oferecida peloempresário português em França, Car-los Matos.Instantes antes de destapar a estátua,o guarda-redes do Sporting lembrouque a sua ambição em criança era serjogador de futebol. “O meu sonho eraser jogador. É preciso sorte e há sem-pre momentos bons e menos bons”,afirmou, desejando que a estátua seja“um exemplo para os mais novos nãodesistirem dos seus sonhos”.“Consigam sempre lutar pelos vossossonhos. O mais importante é nuncadesistir de nada”, sublinhou, diri-gindo-se aos vários milhares de pes-soas que se concentraram à entradada zona desportiva de Leiria, onde foicolocada a estátua. Foi também aosleirienses que o guarda-redes dedicoua obra: “Quando entro em campo,Leiria também entra em campo. Re-presento Portugal e a minha cidade,e tento fazê-lo sempre da melhorforma”.Rui Patrício, 29 anos, é natural daMatoeira, uma localidade da freguesiade Regueira de Pontes, no concelhode Leiria, e foi decisivo na conquistado primeiro Campeonato da Europade futebol, em 2016.O Secretário de Estado do Desporto,presente na cerimónia, lembrou quePortugal ganhou pelo coletivo, masdestacou o mérito do guarda-redes.“Não ganhámos o Campeonato Euro-peu por conta exclusivamente do Rui

Patrício. Trabalhámos em equipa,como deve ser nestas circunstâncias.Mas deve-se ao Rui Patrício, indiscu-tivelmente, muito desta vitória que ti-vemos”, disse João Paulo Rebelo.O anúncio da estátua tinha sido feitoem setembro pelo Presidente da Câ-mara, Raul Castro. O município foicontactado pelo empresário e emi-grante em Paris Carlos Matos com aproposta para a oferta de uma está-tua em bronze a Rui Patrício.Carlos Matos explicou que o tambémguarda-redes do Sporting Rui Patríciocontribuiu para que Portugal fosse

Campeão europeu, o que permitiuque os emigrantes passassem a serolhados em França como “Portugue-ses de primeira e não de segunda”.Desde que Portugal venceu o Euro-peu, o empresário revela que os Por-tugueses deixaram de ser olhados“como se só existissem mulheres delimpeza, pedreiros e porteiros”.“Estou em França desde 1969 enunca senti a igualdade como agora.Sempre tive um sentimento de umacerta distância da parte do Estadoportuguês e um certo desdém porparte dos Franceses. O sentimento

logo a seguir ao apito final foi deigualdade”, reforçou Carlos Matos.O empresário acrescentou que a vi-tória da Seleção nacional foi dupla:“Uma como português, outra comoemigrante”.“Talvez tenha sido a melhor coisaque aconteceu aos emigrantes, poisos Portugueses debatem-se com di-ficuldades de interação com as Co-munidades onde estão inseridos e,muitas vezes, com a arrogância dooutro lado. O facto de termos sidoCampeões europeus acabou por nosdar um estatuto de igualdade, que

muitos não gostariam que tivesseacontecido”.Carlos Matos revelou ainda que a es-tátua é também o resultado de umaaposta que fez no dia da final com oseu irmão, Vítor Matos, ex-Presidenteda Junta de Regueira de Pontes, emLeiria, e “amigo dos pais de Rui Pa-trício”.“Quando estava a ver o jogo prometique se Portugal fosse Campeão euro-peu eu fazia uma estátua ao rapaz,mas nunca pensei que Portugal ga-nhasse, pois a equipa nunca tinhafeito um bom jogo. Perdi a aposta”.Raul Castro adiantou que o empresá-rio quis “marcar a diferença” das ho-menagens de outros municípios aosjogadores e pretendeu “evidenciarque houve um leiriense que contri-buiu de uma forma muito decisivapara que o título ficasse na Seleçãoportuguesa”, pelo que “propôs ofere-cer à Comunidade uma estátua do RuiPatrício”, considerado o melhorguarda-redes do Euro2016.A estátua tem cerca de quatro metrosde altura, a que acrescem cerca dedois metros de base. A imagem foi es-culpida por Celestino Alves, de Can-tanhede, é a defesa que Rui Patríciofez em resposta ao cabeceamento deAntoine Griezmann, no jogo da final,curiosamente um jogador com ascen-dência portuguesa. “Terá sido esta adefesa que ajudou Portugal a garantiro título”, sublinhou Carlos Matos, as-sumindo-se pouco amante de futebol.Segundo Raul Castro, quando contac-tou Rui Patrício para lhe dar contadesta homenagem, o jogador “ficou30 segundos calado” e depois “mos-trou estar extremamente sensibili-zado”.

Inauguração teve lugar na semana passada

Le 31 mai 2017

Geminação: Delegação de Cabeceiras de Bastoesteve em Neuville-sur-Saône

O município de Neuville-sur-Saône(69), nos arredores de Lyon, recebeunos dias 27 e 28 de maio uma dele-gação do concelho de Cabeceiras deBastos. O Presidente da Câmara mu-nicipal, Francisco Alves, acompa-nhado pelo Presidente da AssembleiaMunicipal Joaquim Barreto e pelo Ve-reador Alfredo Magalhães, foram re-cebidos pela Maire de Neuville,Valerie Glafard, e por toda a suaequipa municipal, assim como peloDeputado do Rhône Philippe Cochet.No sábado passado, dia 27 de maiohouve várias atividades, como porexemplo um Torneio de futebol entreas localidades geminadas com Neu-ville: Cabeceiras de Bastos e Alpia-barch, na Alemanha. Aliás a equipaalemã saiu vencedora.À noite houve um jantar de gala nasala Jean Villar, que reuniu todos osrepresentantes dos municípios, napresença da Cônsul Geral de Portugalem Lyon Maria de Fátima Mendes, doDeputado Carlos Gonçalves, eleitopelo círculo eleitoral da Europa e doConselheiro das Comunidades ManuelCardia Lima.Já no domingo, logo pela manhã, asduas delegações tiveram uma reunião

de trabalho na Mairie, e voltaram a as-sinar o Protocolo de geminação, coma apresentação de novos projetos epossíveis intercâmbios culturais e decooperação. Também houve trocas depresentes e lembranças entre as enti-dades e os discursos de boas vindasfecharam o encontro.“Para mim, esta visita foi muito inte-ressante e construtiva. Também pelo

facto de festejarmos os 20 anos destageminação cuja primeira pedra foilançada por Joaquim Barreto” disseao LusoJornal o Presidente da CâmaraMunicipal de Cabeceiras de Basto,Francisco Alves. “Estivemos com aComunidade portuguesa que aqui re-side e festejámos com eles este ani-versário onde a nossa BandaFilarmónica Cabeceirense, que trou-

xemos conosco, apresentou váriostemas do seu repertório”. A Bandaatuou no sábado durante o jantar degala e no domingo, ao ar livre, paratodos os presentes.A Banda Filarmónica Cabeceirensetem 62 elementos, e o seu DiretorJosé Manuel da Silva tem o apoio dosprofessores Paulo Nunes e ArmindoNunes. A Banda 197 anos de idade e

são numerosos os jovens estudantesdo município que se alistam paraaprender a tocar um instrumento, gra-tuitamente, e mais tarde integrar oselementos da banda. A estrutura vivede subsídios da autarquia e das atua-ções que vai realizando nas festa, nodecorrer do ano, na região de Cabe-ceiras de Bastos. “Hoje só temos aqui41 elementos e as idades vão dos 9aos 70 anos” explica José Manuel daSilva ao LusoJornal. “Temos aqui umelemento que é o mais idoso e queconta 50 anos de músico na banda”.Falando de reportório, Jose Manuel daSilva disse que “é muito variado”.A Associação Portuguesa de Neuvilleparticipou também nestes festejos eaproveitou para apresentar a sua prin-cipal atividade anual: o Festival de fol-clore, que já vai na sua 20ª edição.Vários grupos da região passaram pelopalco: Rosas do Minho de Guinchay,Juventude Alto Minho de St. Priest,Mocidade do Minho de St Maurice-l’Exil, e os grupos de dança AmbianceCountry e Muses de l’Orient. “A nossapróxima atividade será um passeio atéà praia Grand Motte, nos dias 24 e 25de junho, para assim fecharmos onosso ciclo de atividades antes das fé-rias grandes” disse ao LusoJornal Ca-rina, a Presidente da associação.

Por Jorge Campos

Lusa / Paulo Cunha

lusojornal.com

Festa daRádio Alfa: Bilhetes àvenda nos balcões CGDFrança

No âmbito da parceria oficial CGDFrança na Festa da Rádio Alfa, queterá lugar em Créteil no domingo dia18 de junho, estão à venda os bilhe-tes nos balcões da Sucursal deFrança da CGD.O “preço preferencial” é de 15 eurosaté ao sábado, dia 17 de junho, nasagências CGD França.A entrada é gratuíta para as criançascom menos de 10 anos de idade.Lista das agências: www.cgd.fr

Promover a região de Leiria junto da Diáspora portuguesaEsta semana, entre os dias 29 demaio e 2 de junho, a NERLEI - As-sociação Empresarial da Região deLeiria, vai estar em França e naSuíça a divulgar o projeto Link Lusae a promover a região de Leiria.Durante uma semana um represen-tante da NERLEI vai reunir com en-tidades como Câmaras de Comér-cio e Indústria, Associações Lusófo-nas, meios de comunicação social,coordenação de coletividades por-tuguesas e outras associações deapoio às comunidades lusófonas.Paris, Nice, Genebra, Lucerna e Zu-rique são algumas das cidades in-cluídas nesta deslocação, ondepretende divulgar a região e o queali se produz e identificar personali-dades nas Comunidades emigran-tes em França e na Suíça quepossam facilitar o acesso a estesmercados e potenciar as exporta-ções das empresas da região deLeiria.“O Link Lusa tem como principalobjetivo capitalizar o potencial dasComunidades emigrantes e luso-descendentes na Alemanha, Fran-ça, Suíça e Reino Unido no âmbitoda internacionalização das empre-sas nacionais, através da criaçãode uma rede de Agentes Exporta-dores - personalidades nas Comu-nidades emigrantes que permitamfacilitar o acesso a estes merca-dos”.Este projeto é financiado pelo Pro-grama Operacional Regional doCentro, no âmbito do Sistema deApoio a Ações Coletivas (SAAC) –Internacionalização e a sua execu-ção estende-se até maio de 2018.

08 EMPRESAS

Une centaine d’exposants ont participéau Marché Portugais de CenonTous les ans au mois de mai, la villede Cenon (33), près de Bordeaux, metà l’honneur le Portugal et ses tradi-tions. C’est au sein du Parc du Loretque s’est tenue la huitième édition duMarché Portugais d’Artisanat, d’Art etde la Gastronomie Portugaise, les 19,20 et 21 mai.Un événement organisé par l’associa-tion Alegria Portugaise de Gironde, enpartenariat avec la municipalité, quipermet de réunir une centaine d’expo-sants en tout genre venus tout droitd’une vingtaine de villes du nord duPortugal. Etaient, entre autres, repré-sentées les villes de Monção, Arcos deValdevez, Ponte de Lima, Mirandela,Vila Verde, Lamego, Bragança, sansoublier Paredes de Coura jumelée àCenon.L’inauguration du marché s’est réali-sée en présence d’Alain David, Mairede Cenon, de José Luís Carneiro, Se-crétaire d’Etat des Communautés Por-tugaises, et de João Manuel Esteves,Maire de la ville d’Arcos de Valdevez.Dans leurs discours, tous se sont atta-chés à rappeler les liens forts qui unis-sent la France et le Portugal avantd’effectuer une visite d’honneur desquarante stands de l’édition 2017 dece marché.Pendant le week-end, João ManuelEsteves s’est rencontré avec les repré-sentants de la Chambre de commercede Bordeaux. Une rencontre des asso-ciations portugaises de la Gironde a eulieu, avec la participation du Secrétaired’Etat José Luís Carneiro.

Etaient notamment mis à l’honneurdans les différents stands de nom-breux produits du terroir tels que lespâtisseries et pains traditionnels, di-vers fromages, l’huile d’olive, le miel,la savoureuse charcuterie typique-ment portugaise ou encore les célè-bres Pasteis de nata. Le tout étantfraichement accompagné par diffé-rents types de vins portugais.Artisans et entrepreneurs, du cuisi-niste au fabricant de meubles en pas-

sant par le créateur de porcelaines,étaient également présents pour pré-senter leurs entreprises et leurs tra-vaux au public qui a arpenté ennombre les allées du marché. La mu-sique était elle aussi de rigueur avecla présence de l’orchestre Eclipse etde groupes folkloriques assurantl’ambiance et le spectacle.Les «rusgas» de l’Associação da Mi-randa et de celle de Sta. Eulália deGondoriz, ainsi que les groupes de

folklore, ont permis de “matar sau-dade”.Le Maire de Arcos de Valdevez a ditque «cette foire est une opportunitépour la valorisation et la promotion denotre culture, de nos produits et denos entreprises. C’est une vitrine despotentialités de notre “concelho”, quicontribue pour une plus grande at-tractivité de Arcos de Valdevez,comme ville où il fait bon vivre, inves-tir et visiter».

A Cenon, près de Bordeaux

Portugal capta maior valor de investimentodireto estrangeiro dos últimos 20 anosPortugal conseguiu captar o maiorvalor de investimento direto estran-geiro dos últimos 20 anos, segundodados divulgados pelo Inquérito àAtratividade de Portugal 2017, rea-lizado pela EY.No total, segundo o estudo, Portugalconseguiu captar em 2016 o númerorecorde de 59 investimentos, no en-tanto, devido à dimensão ou naturezados mesmos, o número de postos detrabalho criados diminuiu de 3,5 milpara 2,5 mil, em comparação com2015. “A criação de emprego é cla-ramente afetada por uma redução donúmero médio de empregos criadospor projeto, sendo inferior quer àmédia pré-crise quer ao ano ante-rior”, sinalizam os autores do estudo.

A Alemanha e Espanha foram osprincipais investidores em Portugalem 2016, com 14 e 10 investimen-tos respetivamente, enquanto aFrança liderou a criação de emprego,com 900 novos postos de trabalho efoi o quarto em número de projetos,com 8 novos projetos de investi-mento.O estudo destaca ainda o grande oti-mismo de 62% dos investidores es-trangeiros quanto ao futuro dePortugal e a vontade de 32% dos in-vestidores de aumentarem o investi-mento durante o próximo ano.As áreas de I&D (Investigação e De-senvolvimento) e logística destacam-se como setores com maior númerode intenções de investimento, en-

quanto a manufatura, o marketing eas vendas mantêm uma grande re-presentatividade.De acordo com o inquérito da EY,Portugal está assim “no radar dos in-vestidores, registando intenções deinvestimento acima da média euro-peia e prevendo-se um aumento daatratividade do país”.Entre os fatores considerados maisatrativos pelos investidores estrangei-ros, o estudo aponta para a estabili-dade do clima social, o potencial deaumento de produtividade e os cus-tos laborais.Do outro lado da balança, entre os fa-tores considerados menos atrativospelos investidores destaque para atributação às empresas, estabilidade

e transparência do ambiente político,jurídico e regulamentar e a flexibili-dade da legislação laboral.A EY refere ainda que é dado ummaior destaque aos setores de bensde consumo, imobiliário, construçãoe indústria de transportes e automó-vel por parte dos investidores nãoestabelecidos em Portugal e que ossetores das TIC (Tecnologias de In-formação e Comunicação) e do tu-rismo são vistos pelos investidorescomo motores de desenvolvimentodo país.A região de Lisboa é vista como amais atrativa de Portugal mas oPorto aparece como o destino commaior número de novos investimen-tos e criação de postos de trabalho.

Marcas PT e Meo passam a chamar-se AlticeAs marcas MEO e PT Empresas vãodesaparecer em Portugal dentro deum ano e vão passar a chamar-se Al-tice, marca global que será adotadaem todas as operações de telecomu-nicações do grupo francês, que entraagora “numa nova era”. Também emFrança a marca SFR vai desaparecerpara passar a chamar-se Altice.“O que nos faltava até agora era teruma marca global única, que refle-

tisse a natureza internacional e digi-tal do nosso grupo, que reforça aforça das nossas marcas e que vaireinventar o futuro”, disse o Presi-dente executivo Altice, Michel Com-bes, num encontro com jornalistas,em Nova Iorque, para anunciar anova marca global do grupo, que in-clui países como Estados Unidos,França, Portugal, Israel e RepúblicaDominicana.

Sobre Portugal Michel Combes nãoavança para já um calendário, limi-tando-se a dizer que está “parabreve”. “Deverá ser como em França,temos de selecionar o melhor ‘timing’para fazer esta transição”, disse o ges-tor, sendo certo que todas as marcascomerciais terão o seu processo con-cluído até ao segundo trimestre de2018.Fundada em 2001 pelo empreende-

dor Patrick Drahi, juntamente com oemigrante português em França, Ar-mando Pereira, a Altice é um grupointernacional de telecomunicações emultimédia, que está presente em10 territórios, quatro continentes,nomeadamente nos mercados euro-peu e americano, com cerca de 50milhões de clientes e receitas supe-riores a 24 mil milhões de euros em2016.

Le 31 mai 2017

Município daGuarda disponívelpara acolherMuseu Nacional daEmigração

A Câmara Municipal da Guarda mos-trou-se disponível para acolher oMuseu Nacional da Emigração, pro-posto pelo PS ao Governo, numa al-tura em que está em discussão oprojeto do Quarteirão das Artes.O Presidente da autarquia, ÁlvaroAmaro (PSD/CDS-PP), disse na reu-nião quinzenal do Executivo que oDeputado socialista Paulo Pisco,eleito pelo círculo da emigração, pro-pôs ao Governo que promova a cria-ção de um Museu Nacional daEmigração, ideia que considera“feliz”. O autarca louvou a iniciativa edisse que, estando em discussão ofuturo Quarteirão das Artes, queprevê a criação do Museu da Cidade,o município da Guarda está “em boascondições” para se associar “a estaideia”.“Ora, tendo sido esta cidade, capitalde distrito, sangrada pela emigração(…), nós temos que estar na linha dafrente a reclamar o Museu Nacionalda Emigração”, justificou ÁlvaroAmaro, indicando que irá escrever àAssembleia da República, ao Depu-tado Paulo Pisco e ao Governo, a darconta da disponibilidade da Câmarapara acolher o novo projeto.Em sua opinião, a ideia tem possibili-dades de ser atendida, uma vez queo distrito da Guarda foi, “senão o maissangrado, um dos mais sangrados”pelo fenómeno da emigração. Porisso, “é de elementar justiça” aGuarda reclamar este projeto. “Queriaque o Governo do meu país (…) nãotenha a tentação de fazer mais umMuseu Nacional da Emigração noTerreiro do Paço, em Lisboa, ou aliperto”, desejou o responsável, consi-derando que os territórios do interior“têm direito” a ter projetos nacionais.Os dois vereadores do PS, JoaquimCarreira e Graça Cabral, associaram-se à ambição da maioria que lidera osdestinos do município da Guarda edão-lhe “todo” o seu apoio. JoaquimCarreira disse que os eleitos socialis-tas estão “completamente” de acordocom a ideia e, a concretizar-se, podia“contribuir para o desenvolvimentoregional”.Paulo Pisco recomendou ao Execu-tivo de António Costa que “desen-volva os estudos e articule umaestratégia integrada entre os serviçosdo Estado, das regiões autónomas edas autarquias locais que conduza àpromoção da criação de um MuseuNacional da Emigração”.

EMPRESAS 09

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Gala de Verão da CCIFP PACA juntou empresários, artistas e jogadores de futebol

A 4° edição da Gala de Verão da Câ-mara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP) - delegação PACAdecorreu em Sainte Maxime (83), nospassados dias 26 e 27 de maio. A de-legação liderada pelo empresário Joa-quim Pires acolheu na sexta-feira ànoite os membros da CCIFP, num jan-tar animado pela atriz portuguesa, InêsSimões, no restaurante Red Line. Ummomento convivial que contou comum ponto forte, a atribuição dos pré-mios Revelação, Dinamismo, Perfor-mance, Excelência, The best on eCarreira, às empresas associadas e per-sonalidades que se distinguiram em2016.A sala encheu rapidamente com 180pessoas das quais se destacaram di-versas personalidades: o cantor TonyCarreira, o jogador de futebol Eder, oex-internacional português Rui Barrose o jovem cantor Mickael dos Santos(cujo talento foi revelado no programade televisão francês ‘Got Talent’) e queentregaram os prémios.Quanto aos convidados oficiais quemarcaram presença, estava na salaPedro Marinho Costa, Cônsul Geral dePortugal em Marseille, os Deputadospelo círculo da Europa, Paulo Pisco eCarlos Gonçalves, o Presidente da Câ-mara Municipal de Faro, Rogério Ba-calhau e o Vice-Presidente PauloSantos, assim como o representantedo Gabinete de desenvolvimento daCâmara de Sintra, Carlos Fernandes.O Maire de Sainte Maxime, VincentMorisse, o Maire adjunto Jeanne MarieCagnol, o ex-Maire de Roquebrune,

Luc Jousse, e o atual Maire de Roque-brune, Jean Paul Olivier, assim comoo Maire de Beausoleil, Gérard Spinelli,também se juntaram ao evento.Quanto ao Secretáro de Estado dasComunidades Portuguesas, José LuísCarneiro e o Vereador lusodescendentede Nice, Laureano Azinheirinha, nãopuderam assistir ao evento.Também de Paris, Carlos Vinhas Pe-reira, o Presidente da CCIFP e váriosAdministradores e membros se deslo-caram até ao sul de França, entre osquais Mário Martins, José Trovão, Ma-pril Batista, Tony Correia e José daCosta juntaram-se aos Administrado-res da Delegação CCIFP-PACA: SérgioAndrade, Jorge Mendes, Frédéric Jan-vier, Carlos Cunha, Luís Oliveira, AndréCoroa, Pedro Henriques Pardal, Mar-celo Moledo e João Dantas.

No dia seguinte, foi no restauranteMario Plage, também membro daCCIFP, que os 90 convidados almoça-ram num ambiente mais descontraídoà beira-mar. Finalmente o momentoauge foi o jantar de gala nessa noiteque reuniu 120 pessoas no restau-rante gastronómico “Les Georges dePennafort”, em Callas, com o Chefe decozinha, Philippe da Silva, detentor de2 estrelas Michelin.No final da gala, Joaquim Pires de-monstrou a sua alegria e satisfação“por ver tanta gente reunida a desfru-tar de momentos agradáveis junto aomar. Foram dois dias fantásticos etodos ficaram encantados! A nossaGala de Verão é importante para man-termos os laços entre empresários efrutificar os negócios” disse ao Luso-Jornal.

O Presidente da Delegação PACAacrescentou contudo a sua intençãode deixar o posto de Presidência aoutro Administrador, mas “ficandosempre por perto”.“Já são 4 anos e penso que está nahora de dar uma lufada de ar fresco àDireção. E este ano foi muito positivocom um aumento de membros e achegada de novos Administradores”,apontou ao LusoJornal Joaquim Pires,que também é Cônsul Honorário dePortugal em Nice.Quanto ao Presidente da CCIFP,Carlos Vinhas Pereira, juntou-se aJoaquim Pires para agradecer ospresentes e exprimiram ambos asua vontade em querer manter otrabalho de aproximação e de de-senvolvimento da rede entre as em-presas portuguesas e francesas.

Por Clara Teixeira

La Banque BCP et les réseaux sociaux:proximité et réactivitéLa Banque BCP, entreprise du groupeBPCE, continue sa transformation di-gitale et renforce sa présence sur lesréseaux sociaux avec trois nouveauxcomptes: Instagram, Twitter et Linke-dIn.Ils sont plus de 31 millions d’inter-nautes actifs sur Facebook, 26 mil-lions sur YouTube, 14 millions surTwitter, 12 millions sur Instagram et10 millions sur LinkedIn, rien qu’enFrance. Les réseaux sociaux sont au-jourd’hui un canal incontournable decommunication et un moyen efficacede répondre aux exigences de proxi-mité des clients. Forte de ce constat,la Banque BCP modernise son imagede banque traditionnelle en investis-sant sur un nouveau modèle de com-munication: les réseaux sociaux.D’abord présente sur YouTube (2010)et Facebook (2015), la Banque BCPa ouvert le 24 mai dernier son compteInstagram. Un lancement prévu de-puis plusieurs semaines et très at-tendu par les collaborateurs de labanque.Ce réseau social permet d’éditer et departager des photos et des vidéos de-puis un Smartphone essentiellement.Cette application représente pour lesentreprises, un taux d’engagement 58fois plus élevé que sur Facebook et

120 fois plus élevé que sur Twitter.«Etre présent sur Instagram était uneévidence pour nous. L’image reste au-jourd’hui l’un des meilleurs moyensde faire passer un message et surtoutune émotion» exprime NoémieRamos, Directrice de la Communica-tion de la Banque BCP.La Banque BCP a également lancé ré-cemment son compte Twitter qui re-cense à ce jour près de 300 abonnés.«Nous devions absolument être pré-sents sur Twitter! Il est l’un des ré-

seaux favoris des français après Face-book» confie Sophie Fernandes,«Community Manager» de la BanqueBCP, arrivée début 2017. Elle ajoute:«En s’abonnant, les clients peuventnotamment suivre l’actualité ban-caire, découvrir nos nouvelles offres,partager nos engagements et revivrenos événements comme l’inaugura-tion de la nouvelle agence de Nice oudernièrement le concert de Marizaque nous avons sponsorisé».La présence de la Banque BCP va au-

delà de Facebook, Twitter et Insta-gram. Le mois dernier, elle a lancé sapage entreprise sur LinkedIn. Unepage dans laquelle l’actualité des sec-teurs banqueassurances, immobiliers,financiers et RH y est partagée. Uneautre opportunité pour l’entreprised’ouvrir le dialogue avec ses clients,ses prospects, ses collaborateurs ouencore ses futurs candidats.Toutefois, avec près de 5.000 abon-nés, Facebook est aujourd’hui la pla-teforme de prédilection de la BanqueBCP pour échanger avec ses clients.Répondre à n’importe quel momentde la journée, de façon personnalisée,c’est le mot d’ordre de la banque.«Nous devons nous adapter aux nou-veaux usages et au rythme des inter-nautes qui sont aussi nos clients ounos futurs clients, pour communiqueravec eux dans un esprit de proximité»explique Jean-Philippe Diehl, Prési-dent du Directoire de la Banque BCP.Fini les clichés austères de la banqued’autrefois! La Banque BCP regorgede collaborateurs créatifs et de projetsinnovants qu’elle compte bien fairedécouvrir à ses abonnés. Au-delà desnombreuses actions de mécénat etpartenariat qu’elle accompagne, laBanque BCP ouvre les coulisses d’uneentreprise dans l’ère du temps!

Organizado anualmente em Sainte Maxime

Le 31 mai 2017

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10 CULTURA

Pedro Pinho ganhou um Prémio em Cannespara o filme “A Fábrica de Nada”

O realizador Pedro Pinho afirmou queo prémio internacional atribuído aofilme “A Fábrica de Nada” é uma“notícia excelente” para o cinemaportuguês e uma prova que este tipode cinema precisa de ser “estimuladoe apoiado”.O realizador Pedro Pinho falava à Lusaapós vencer no fim de semana pas-sado o prémio FIPRESCI, da Federa-ção Internacional de Críticos deCinema, pelo filme “A Fábrica deNada”, estreado na Quinzena de Rea-lizadores, em Cannes.Na opinião do realizador, este prémio,além de dar visibilidade à sua pelí-cula, é uma “notícia excelente para o

cinema português e uma prova queeste tipo de cinema - que neste mo-mento está sob forte ameaça graças àlei do Cinema, à composição da Sec-ção Especializada do Cinema e do Au-diovisual (SECA) e à questão daescolha dos júris da SECA - precisa deser estimulado e apoiado”, porquetem uma “vitalidade enorme”.Considerou também que este reco-nhecimento internacional obtido emCannes é “absolutamente excecionalpara um país tão pequeno e com tãopouca produção de filmes”.Nas palavras de Pedro Pinho, a “A Fá-brica de Nada” é um filme que propõeuma “reflexão crítica sobre o estado

do mundo no período vivido nos últi-mos 5 ou 6 anos em Portugal”, sendo,portanto, um “filme eminentementepolítico”.Questionado sobre projetos para o fu-turo, o realizador adiantou que está aescrever um argumento que conta fi-nalizar em junho, estando no hori-zonte um projeto de longa-metrageme ficção, em que o tema é “uma his-tória de amor”. “Outra, mais um vez”,acrescentou.“A Fábrica de Nada” teve a primeiraexibição na Quinzena dos Realizado-res, secção paralela do Festival deCannes, na quinta-feira da semanapassada, e o anúncio foi feito pelo júri,

presidido pela crítica Alissa Simon, daVariety norte-americana.O filme, interpretado por atores e nãoatores, segue a vida de um grupo deoperários que tentam segurar os pos-tos de trabalho, através de uma solu-ção de autogestão coletiva, e evitar,assim, o encerramento de uma fá-brica.O Júri FIPRESCI de Cannes atribuitrês prémios: dois na Selecção Oficial- um para a Competição e outro paraUn Certain Regard - e um terceiropara a Semana da Crítica ou para aQuinzena dos Realizadores. PedroPinho venceu o Prémio da Quinzenados Realizadores.

Prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema

Fundo de coprodução de cinema entrePortugal e França renovado até 2019O fundo de apoio à coprodução cine-matográfica entre Portugal e França,criado em 2014, foi renovado até2019, foi anunciado na semana pas-sada.De acordo com o Instituto do Cinemae Audiovisual (ICA), aquele fundo deapoio financeiro foi renovado até 2019com o Centro Nacional de Cinema e daImagem Animada (CNC), de França, à

margem do Festival de Cinema deCannes.O fundo dispõe de um total de 800 mileuros anuais - financiado em parteiguais pelos dois organismos - para pro-dução de curtas e longas-metragens deficção, animação ou de documentá-rios.Desde a criação, em 2014, o fundoapoiou 20 longas-metragens e 7 cur-

tas-metragens, entre as quais “Colo”,de Teresa Villaverde, “Campo de víbo-ras”, de Cristèle Alves Meira, “Comboiode sal e açúcar”, de Licínio Azevedo, e“Los perros”, de Marcela Said.No entender do ICA, “este fundo con-tribuiu para o relançamento da produ-ção cinematográfica em Portugal (onúmero de longas-metragens passoude 24, em 2014, para 48, em 2016),

bem como para estimular a coprodu-ção oficial entre Portugal e França (trêscoproduções aprovadas em 2014 enove em 2016)”, lê-se na nota de im-prensa.O Protocolo luso-francês é renovadonum momento de transição na Direçãodo ICA, com a saída de Filomena Ser-ras Pereira e a sua substituição porLuís Chaby Vaz.

Exposição “Carrilho da Graça: Lisboa”mostra visão do arquiteto em ParisA exposição “Carrilho da Graça: Lis-boa”, sobre a forma como o arquitetoportuguês olha para o meio queaborda no seu trabalho, foi inauguradana quarta-feira da semana passada,em Paris, depois de ter sido mostradaem Portugal, Espanha e Brasil.De acordo com o Camões Instituto daCooperação e da Língua, embora amostra apresente projetos de Carrilhoda Graça, não é dedicada à obra doarquiteto, mas sim à sua visão da ci-dade onde trabalha há mais de 30anos: Lisboa.A exposição, com curadoria de MartaSequeira e Susana Rato, foi apresen-

tada pela primeira vez na GaragemSul - Exposições de Arquitetura, noCentro Cultural de Belém, em Lisboa,entre setembro de 2015 e fevereiro de2016.A mostra esteve ainda patente nesseano, no Museo de Arquitectura Leo-poldo Rother, em Bogotá, na Colôm-bia, e, desde essa altura, no Museu daCasa Brasileira, em São Paulo, noBrasil, e no Museu Marítimo de Bar-celona, em Espanha. Em Paris, amostra é acolhida pela École Natio-nale Supérieure Val de Seine, até 24de junho.Nascido em Portalegre, João Carrilho

da Graça, de 63 anos, galardoadocom o Prémio Pessoa em 2008, éautor, entre outros projetos, da EscolaSuperior de Comunicação Social, con-cluída em 1993, galardoada com oPrémio Secil no ano seguinte, doMuseu do Oriente, da musealizaçãoarqueológica da Praça Nova do Cas-telo de São Jorge e da Escola de Mú-sica da Escola Politécnica, entreoutros projetos.O arquiteto licenciou-se na Escola Su-perior de Belas Artes de Lisboa, em1977, ano em que iniciou a sua ativi-dade profissional. Foi por várias vezesnomeado para o prémio europeu de

arquitetura Mies van der Rohe (1990,1992, 1994, 1996, 2009, 2011,2013), distinguido com o Prémio Val-mor pelo Pavilhão do Conhecimentodos Mares (1998) e pela Escola Su-perior de Música de Lisboa (2008).Ao conjunto da sua obra foram atri-buídos diversos prémios, nomeada-mente o Prémio AICA - AssociaçãoInternacional dos Críticos de Arte(1992), a Ordem de Mérito da Repú-blica Portuguesa (1999), o título deChevalier des Arts et des Lettres daRepública Francesa (2010) e a Me-dalha da Académie d’Architecture deFrança (2012).

Le 31 mai 2017

«Le pays desautres», de Rui Knopfli

Né au Mozambique en 1932, de pa-rents portugais, et décédé à Lisboa en1997, Rui Knopfli a quitté son paysnatal en 1975, pour s’établir à Londrescomme Conseiller de presse de l’Am-bassade du Portugal. «La transplan-tation dans la vie en Europe, affirmeEugénio Lisboa dans la préface duprésent volume, ne se fit pas sans lais-ser des blessures profondes et, peut-être, à long terme, mortifères». Eneffet, comme beaucoup de sescontemporains, Rui Knopfli a vécu cedépart douloureusement, pris entreson opposition au régime colonial etson angoisse face au nouveau dramequi s’annonçait après l’indépendance.Le lecteur en trouvera le témoignagedans divers poèmes de ce volume in-titulé «Le pays des autres» (éd. Orfeu,1995, traductions de Marie-Claire Vro-mans), dont le titre original est «O paísdos outros» et qui fut son premier livrede poésie, publié à LourençoMarques, aujourd’hui Maputo, capi-tale du Mozambique.Une des caractéristiques de la poésiede Rui Knopfli est l’exigence avec la-quelle il s’emploie à retravailler sansrelâche ses poèmes jusqu’à atteindrela sobriété qui lui semble rimer lemieux avec sa vision du monde etavec son propre tempérament. Impré-gnée d’ironie et d’angoisse, sa poésiemêle intimement une expériencevécue, profondément africaine, et uneinfluence des auteurs classiques, sur-tout en langue anglaise. Les quelquesvers ci-dessous, tirés du poème «Ap-prenti dans l’atelier de la poésie», illus-trent bien la conception du discourspoétique qui, selon Rui Knopfli, «secherche et se construit plutôt qu’il nese produit spontanément»: «Ne rimepas. / Ou rime, si tu veux, / mais neviolente pas / le mot. / Ne cherchepas, anxieux, / tel un amant inexpéri-menté, / le mot. // Attends plutôt / savenue. // Musique et rime / sont desaccessoires superflus: / le poème estautre chose. // Permets, donc, / queles mots s’éveillent / dans la matrice /et qu’ils tombent mûrs. / Arides oufroids, / secs et imperturbables, / cou-vert de rosée, humbles, / même mu-tilés, / qu’ils soient précis, / chargés desens.»

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Exposição de Mário Cantarinhainaugura nodia 1 no Consulado dePortugal emParis

O fotógrafo Mário Cantarinha vaiexpôr “Azul de Portugal” no Consu-lado Geral de Portugal em Paris. Umaexposição de fotografias de Portugal,que vai estar patente ao público noespaço Nuno Júdice daquele postoconsular, até ao próximo dia 28 dejunho. A inauguração vai ter lugar naquinta-feira, dia 1 de junho.Mário Cantarinha nasceu em Folgo-sinho, na Serra da Estrela, no dia 2 dejunho de 1957. Por isso, esta exposi-ção no Consulado de Portugal é pra-ticamente uma prenda de aniversáriopara os seus 60 anos.Colaborador de longa data do Luso-Jornal, Mário Cantarinha é um obser-vador, através da sua objetiva, doseventos da Comunidade portuguesa,mas também é um apaixonado porPortugal galgando milhares de quiló-metros todos os anos, do norte ao suldo país, para captar instantes queagora vai mostrar no Consulado Geralde Portugal em Paris.Mário Cantarinha começou a expôrno Museu dos Bombeiros Voluntá-rios, em Folgosinho, em agosto de1994. Entretanto já fez dezenas deexposições, não apenas em Portugale em França, mas também na Suíçae nos Estados Unidos.Editou também vários livros, entre osquais se destacam «Folgosinho, aminha terra» em maio de 1997 e «OConcelho de Gouveia» em maio de2011.

Universidadede Évora certifica conhecimentosde língua francesaA Universidade de Évora tornou-seeste mês na terceira universidadeportuguesa a ter um centro de exa-mes para a certificação oficial de co-nhecimentos de língua francesa,divulgou a Aademia alentejana.O Centro, que resultou de um Proto-colo de colaboração entre a Universi-dade e o Instituto Francês dePortugal, está sediado no Departa-mento de Linguística e Literaturas daEscola de Ciências Sociais.

CULTURA 11

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Parfums de Lisbonne: un festival d’urbanitéscroisées entre Lisboa et ParisLe théâtre Cá e Lá organise, pour la11ème année consécutive, son Festi-val Parfums de Lisbonne. L’édition2017 de ce «festival d’urbanités croi-sées entre Lisbonne et Paris», a lieudu 3 juin au 18 juillet, aura pourthème «Voir, revoir» et s’attachera àl’œuvre de l’écrivain portugais Máriode Carvalho.«Voir c’est toucher, apprendre à se re-pérer dans l’espace au moyen de laperception tactile et motrice. Nous nepourrions voir sans toucher. BishopBerkeley définissait ce qu’il appelait‘le langage visible’ comme notre ten-dance naturelle à penser le tactileavec le visuel. Voir c’est donc se met-tre en disposition de sentir, de com-prendre ce qui se produit autour desoi. Notre actualité ne cesse de nousenvoyer des signaux, de images quifonctionnent comme une accumula-tion dont nous finissons par détournerles yeux» écrit Graça dos Santos, Di-rectrice du Festival, mais égalementcomédienne et metteur en scène dela Cie. Cá e Lá. Graça dos Santos estProfesseure des universités à l’Univer-sité Paris Ouest Nanterre La Défenseet Directrice du CRILUS - EA 369 /Etudes Romanes.Performances, cinéma, installations,séances de lecture, petits formats enextérieur et dans divers lieux propose-ront au spectateur de voir et de revoirnotre présent au croisement des cul-tures.

Le lancement aura lieu au CinemaMK2 Beaubourg où il y aura troisfilmes (les samedis 3, 10 et 17 juin,à 11h00), en collaboration avec leCentre culturel Camões/Ambassadedu Portugal, Chaire Lindley Cintra-Université Paris Nanterre, lectorat deportugais de l’Université Paris 8 et deCamões - Instituto da Cooperação e daLingua. Le 3 sera projeté «John From»de João Nicolau (2015) suivi d’uneconférence-débat avec Eurydice da

Silva. Le 10 sera projeté «Montanha»de João Salaviza (2016), suivi d’uneconférence-débat en présence du réa-lisateur avec Régis Salado, et le 17juin sera projeté le film «Volta à Terra»de João Pedro Plácido (2016), suivid’une conférence-débat avec JacquesLemière.Cet événement, imprégné des liensentre les deux capitales européennesqui n’ont cessé de se renouveler au fildes années, est toujours très présent

dans le quartier de l’Horloge. D’ail-leurs, le 3 juin, à 19h00, aura lieu undes moments forts de ce festival avec«Voir, Revoir / Ver, Rever», perfor-mances chantées, jouées et danséesen extérieur devant la Lapeyronie-Tor-réfacteur et Leroy Merlin, Quartier del’horloge. Graça dos Santos a pro-grammé du Cante alentejano par lesCantadores de Paris et la Compagniedes Rêves Lucides. Mais aussi «Vousne l’emporterez pas au paradis», per-formances fantaisies autour de l’œu-vre de Mário de Carvalho, jouées parles acteurs de la Cie Cá e Lá, dans unemise en scène de Graça dos Santos etavec des costumes d’Isabel Vieira.Parfums de Lisbonne s’inscrit aussidans la périphérie du 35ème Marchéde la Poésie à Paris. Au programme(voir pags 22 et 23 de cette éditionde LusoJornal) il y aura un concert dela pianiste Teresa Palma Pereira avecson nouveau CD «Encontro avec desœuvres de Mozart et Schumann», laprojection du documentaire «Portu-guese from Soho» de Ana Ventura Mi-randa, l’exposition «5 p.m. Hotel daGlória» avec des photos d’EduardoBrito, entre bien d’autres actions.La clôture des Parfums de Lisbonneaura lieu à la librairie «Ler Devagar»,à Lisboa, avec “Fantasias à volta daobra de Mário de Carvalho” et uneprésentation pluridisciplinaire duthéâtre de Miguel Torga, à partir destraductions de Marie-Hélène Piwnik.

Colloque sur «L’Asie portugaise dans lesarts et les lettres» à ParisUn colloque sur «L’Asie portugaisedans les arts et les lettres», aura lieules 1er et 2 juin, à Paris. Le jeudi 1erjuin à la Fondation Calouste Gulben-kian - Délégation en France, et le ven-dredi 2 juin à l’UniversitéParis-Sorbonne (Salle J636). Ce col-loque est organisé par Edith Parlier(Université Paris-Sorbonne), AntoineGournay (Université Paris-Sorbonne),José Manuel Esteves (Université ParisOuest-Nanterre), Graça dos Santos(Université Paris Ouest-Nanterre), Ana

Paixão (Maison du Portugal), MariaAraújo da Silva (Université Paris-Sor-bonne) et Fernando Curopos (Univer-sité Paris-Sorbonne). Lors de lascéance d’ouverture interviendra AnaPaula Laborinho, Présidente de l’Ins-titut Camões, sur «A reinvenção doOrientalismo Português de finais doséculo XIX a meados do século XX».Vont également intervenir dans lesdeux jours du colloque Ernestine Car-reira (Université Aix-Marseille), MariaAraújo da Silva (Université Paris-Sor-

bonne), Christophe Munier-Gaillard(Université Paris-Sorbonne), JoanaBelard da Fonseca (Museu / FundaçãoOriente), Selvam Thorez (UniversitéParis-Sorbonne), Katsura Washizu(National Museum of Kyushu, Japon),Jorge Costa (Université Paris-Sor-bonne), Sandra Leandro (Universitéde Évora), Emília Ferreira (Universitéde Lisboa), Everton V. Machado (Uni-versité de Lisboa), Vanessa Sérgio(Université Paris Nanterre), Maria Be-nedita Basto (Université Paris-Sor-

bonne), Antoine Gournay (UniversitéParis-Sorbonne), Alda Lentina (Uni-versité Dalarna, Suède), Fernando Cu-ropos (Université Paris-Sorbonne),Maria Antónia Pinto de Matos (Direc-trice du Museu do Azulejo, Lisboa),Paulo Garcez (Université de SãoPaulo).La Conférence de clôture sera de Emí-lio Rui Vilar, de la Fondation CalousteGulbenkian, sur «O papel da Funda-ção Gulbenkian na defesa do patrimó-nio de influência portuguesa na Ásia».

Organisé par la compagnie de théâtre Cá e Lá

Le 31 mai 2017

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Paulo Brancoe Terry Gilliamcom processoem tribunal em Paris porcausa de filmeO produtor Paulo Branco acusou orealizador Terry Gilliam de estar afazer uma rodagem “clandestina eilegal” de “O homem que matouD. Quixote” e afirmou que detémos direitos do filme, já confirmadosem tribunal.Em declarações à Lusa, PauloBranco disse que o Tribunal daGrande Instância de Paris confir-mou a validade do contrato com orealizador Terry Gilliam para a pro-dução daquela longa-metragem,cuja rodagem já decorreu em Por-tugal e está a ser concluída em Es-panha.O projeto, que envolve vários paí-ses, chegou a contar com produ-ção de Paulo Branco, mas orealizador acabou por não concre-tizar a parceria alegadamente porproblemas de financiamento, op-tando por trabalhar com outra pro-dutora portuguesa, a UkbarFilmes. Paulo Branco diz agoraque viu confirmada em tribunal alegalidade do contrato assinadoentre ambos, referindo que a ex-ploração e utilização das imagensdo filme “não poderá, de modoalgum, existir sem o acordo prévioda Alfama Films”, que dirige.Fonte da produção internacionaldisse à Lusa que existem tambéma correr vários processos em tribu-nal contra Paulo Branco, em Espa-nha e no Reino Unido por causado mesmo filme. Por seu turno,contactada pela Lusa, Pandora daCunha Telles, da Ukbar Filmes,disse que a produção do filme nãofoi informada ou notificada dequalquer decisão judicial.“O homem que matou Dom Qui-xote”, um projeto antigo de TerryGilliam, é uma coprodução entrePortugal, Espanha, França, Bél-gica e Inglaterra, com um orça-mento total de 16 milhões deeuros, dos quais 1,2 milhões deeuros foram gastos em Portugal.Com a rodagem a chegar ao fim,Terry Gilliam já apresentou as pri-meiras imagens do filme na se-mana passada no Festival deCinema de Cannes. Com argu-mento de Terry Gilliam e Tony Gri-soni, “O homem que matou DomQuixote” é uma transposição doconhecido romance de MiguelCervantes para a atualidade.Terry Gilliam foi um dos fundado-res do coletivo britânico de humorMonty Python e é autor de váriaslongas-metragens desde a décadade 1970, entre as quais “MontyPython e o cálice sagrado”, cor-realizado com Terry Jones, “Os la-drões do tempo”, “Brasil”, “Afantástica aventura do Barão”, “12Macacos” e “Os irmãos Grimm”.

14 CULTURA

Le Brésil avec Vania Vaneau Blanc au Colombier à Bagnolet

C’est dans le cadre des Rencontreschorégraphiques internationales deSeine-Saint-Denis que l’artiste brési-lienne Vania Vaneau Blanc sera enspectacle dès aujourd’hui jusqu’à ven-dredi 2 juin au Colombier, à Bagnolet(93).Un projet de 45 minutes conçu et in-terprété par Vania Vaneau Blanc quis’inspire des rituels de transe chama-niques et afro-brésiliens.Née au Brésil, Vania est arrivée enFrance adolescente. Pour son premiersolo, elle puise dans des sources deson pays d’origine: les rituels de transeafro-brésiliens, les Parangolés de l’ar-tiste tropicaliste Hélio Oiticica, perfor-mances où les danseurs étaient revêtusde ‘capes’ assemblant des tissus de ré-cupération, et le mouvement dit an-thropophagique qui, dans les années1920, proposa la ‘digestion’ des cul-tures dominantes et leur régurgitationdans une forme nouvelle après le mé-

lange avec les cultures populaires.C’est donc à une forme d’archéologiecorporelle que Vania Vaneau Blanc in-vite ici. Son corps est traversé par desflux d’histoires, de cultures, d’états etd’émotions. Accompagnée du guita-riste Simon Dijoud, elle est d’abord sai-sie par la transe, secouée par desvibrations, des tremblements de plus

en plus violents et convulsifs. Puis, ellerevêt des costumes colorés les uns par-dessus les autres, empilant les stratesjusqu’à se recouvrir totalement. Lethéâtre et le rituel se mêlent. Entrechorégraphie, concert et performance,Blanc propose une réflexion sur l’iden-tité, sa constitution, son impossibleconception sans mélange - la lumière

blanche est celle qui contient toutesles couleurs - et met en exergue labeauté des mues successives.Née en 1982 à São Paulo, Vania Va-neau se forme à la danse d’abord auBrésil puis à l’école P.A.R.T.S. àBruxelles. En tant qu’interprète, elleparticipe aux créations et reprises despièces d’Ultima Vez/Wim Vandekeybus(2004-05), Maguy Marin (2005-2012), David Zambrano (2013), Mar-cos Simões/Sara Manente (2014),Jordi Galí (2014-15), Yoann Bourgeois(2014-15) et Anne Collod (2015). De-puis 2000, elle crée des vidéos-danseainsi que des performances en solo eten duo avec Jordi Galí ou Anna Mas-soni. Elle a obtenu une Licence de Psy-chologie à l’Université Paris 8 et suitune formation de Body Mind Cente-ring.

Mercredi, jeudi et vendredi, 19h30Théâtre Le Colombier20 rue Marie Anne Colombier93170 Bagnolet

Une danseuse et un musicien live

Por Clara Teixeira

Des chansons d’Amália dans “Marie-Francine”La bande originale du film «Marie-Francine» de Valérie Lemercier, dontla sortie est prévue le 2 juin, a troisthèmes d’Amália Rodrigues.Trop vieille pour son mari, de trop dansson boulot, Marie-Francine doit retour-ner vivre chez ses parents... à 50 ans!Infantilisée par eux, c’est pourtantdans la petite boutique de cigarettesélectroniques qu’ils vont lui faire tenir,qu’elle va enfin rencontrer Miguel. Mi-guel, sans oser le lui avouer, est exac-tement dans la même situationqu’elle. Comment vont faire ces deux-là pour abriter leur nouvel amour sans

maison, là est la question...Ce nouveau film de Valérie Lemercier,touchant au possible, nous laisse en-tendre les chansons d’Amália Ro-drigues, Júlio Iglésias, Sylvie Vartan,Georges Moustaki, Michel Legrand,Charles Aznavour et Nana Mouskouri.Des chansons qui rythment la narra-tion, faisant de la BO le véritable per-sonnage principal du film. Ainsi, letitre de Sylvie Vartan «L’amour c’estcomme une cigarette», reprise dans lefilm par les comédiennes Valérie Le-mercier et Hélène Vincent, sert l’undes moments les plus forts et co-

miques du film.Liste des titres: «Vou dar de beber ador» d’Amália Rodrigues, «Rue desFossés Saint Jacques» (instrumental)de Georges Moustaki, «La philoso-phie» de Georges Moustaki, «Solidão(Canção do Mar)» d’Amália Rodrigues,«Ay mourir pour toi» d’Amália Ro-drigues, «Aimer la vie» de Júlio Iglé-sias, «L’amour c’est comme unecigarette» de Sylvie Vartan, «Balancé»de Georges Moustaki, «La Baraka» deCharles Aznavour et «Quand ons’aime» de Nana Mouskouri & MichelLegrand.

Livro sobre Aldeia Velha apresentado em Paris

O livro “Aldeia Velha - Comenda deMalta 800 anos depois” de HermínioFernandes e Manuel Luiz Gonçalvesfoi apresentado na sala Eça de Quei-rós do Consulado Geral de Portugalem Paris no passado dia 18 de maio,no final da tarde.O Cônsul Geral de Portugal, AntónioMoniz, evocou no início da apresen-tação um “livro histórico, interessantee reconheceu ter aprendido muitasinformações sobre aquela aldeia e asua história”.O autor começou por referir uma via-gem de mais de 4.000 anos. “Temuma história muito rica. Vamos come-çar por Aldeia Velha (Sabugal) é umacomunidade cujos alicerces milena-res se encontram patentes ao MonteMurado do Castell d’a Baroncinos, ouSabugal Velho, de onde foi recolhidauma Estela, monumento que os in-vestigadores classificam com a pro-vecta idade de quatro mil anos emuitos outros artefactos líticos, deque se destaca a Pedra fusiforme lo-calizada em maio de 2016 que seafigura como parte superior de monu-mento por identificar”.

Segurança e domínio sobre as vastasplanuras a nascente, subsolo com de-pósitos de natureza metalúrgica terãoconstituído valias para o assenta-mento humano a cotas além dos milmetros, aqui erigindo povoado cas-trejo, atestado por documentos de1191 com chancela de Afonso IX,Rei de Leão e Galiza.“Em 1573, continuando a sede emAldeia Velha, viu esta Comenda alar-

gada a sua jurisdição aos núcleos depropriedades dispersas da Ordem porAlfaiates, Soito, Sabugal e Pinhelcom subanexas de Lameiras, Malta,Manigoto, Souro Pires e Vascoveiro”.Ajustou-se-lhe desde então o nomepelo qual é identificada nos inventá-rios da Ordem: Comenda de Capelãese Serventes de Armas, de AldeiaVelha e da Igreja da SS Trindade dePinhel, cujo último Inventário decor-

reu de 1732-1746. “Durante o In-ventário de 1732 foram reconhecidosos limites do termo de Aldeia Velha ,assinalados com incisos cruciformesem barrocos ou marcos. Seguindo àletra o documento da demarcação,conseguiu-se localizar em 2016grande parte dos cruciformes taisquais vêm referidos no Tombo de1732”.Dissolvida a Ordem após reunião dosEstados-Gerais em França a 5 demaio de 1789, evolve a narrativa parao constrangimento das campanhasnapoleónicas. As páginas finais si-tuam Aldeia As páginas finais situamAldeia Velha no século XX e são dedi-cadas às duas sagas do minério e docafé, interrompidas pelo salto a saltoem marcha de novo êxodo para a terraprometida onde manava leite, mel epacotes de francos franceses!Soito, Quadrazais, Vale de Espinho,Foios, Aldeia do Bispo, Lageosa eForcalhos merecem citação de docu-mental remetida para os Anexos.Avultada documentação foi coligidaem Lisboa, Madrid, Londres, Paris eevidentemente Aldeia Velha. Tal, atraço largo, a temática da obra que,foi apresentado em Paris.

Por Joaquim Pereira

Le 31 mai 2017

LusoJornal / Joaquim Pereira

O LusoJornal, de mãos dadas com a cultura

Secção InternacionalPortuguesa de Chaville noPuy du FouNo âmbito do projeto “Dans la peaud’un chevalier”, organizado pela Sec-ção Internacional Portuguesa (SIP) deChaville, os alunos de CM1, CM2,6ème, 5ème, 4ème e 3ème, partici-param numa visita de estudo nos dias19 e 20 de maio.O primeiro dia do programa, foipreenchido com a visita guiada aoCastelo medieval de St Mesmin e aparticipação dos alunos em dois ate-liês: “Lettre ornée” e “Frappe demonnaie”.No final do dia, após a instalação napousada e depois do jantar, alunos eprofessoras instalaram-se na sala dereuniões para preenchimento dosseus guiões “Dans la peau d’un che-valier”, para alguns momentos dedescontração e troca de impressões.O segundo dia foi dedicado ao par-que temático “Puy du Fou”, onde osalunos assistiram a vários espetácu-los, visitaram algumas construçõestemáticas e lojas de lembranças.Foram dois dias de intenso convívio epartilha de experiências, onde nãofaltou o divertimento e a boa disposi-ção.

Concours«Super Rock,Super Potes»de Cap MagellanPartir à Lisbonne et assister aumeilleur festival de cet été, le fes-tival Super Bock Super Rock2017, avec ses supers «potes»: unrêve qui va devenir réalité pourquelques chanceux qui ont parti-cipé au concours «Super Rock,Super Potes», organisé par CapMagellan et Super Bock. La pro-grammation de ce festival s’an-nonce déjà riche et mémorable:Red Hot Chili Peppers, LondonGrammar, Seu Jorge ou encoreSalvador Sobral, vainqueur del’Eurovision 2017.Pour participer, les candidats de-vaient réaliser une création origi-nale, soit une «Super Photo» soitune «Super Vidéo» en respectantplusieurs critères, notamment faireréférence à la marque Super Bocket à son 90e anniversaire; créerune mise en scène avec les«Super Potes» et faire apparaîtreun instrument de musique.A l’issue du concours, c’est unevidéo qui a été désignée vain-queur: celle d’Alexandra P.! Mais,afin de récompenser également lameilleure photographie, SuperBock a décidé d’offrir un PrixBonus, à savoir le voyage (vol ethébergement) et les entrées auFestival pour deux personnes! Etc’est David C. qui a été l’heureuxgagnant de ce prix surprise!

ASSOCIAÇÕES 15

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Festival Encontro, à descoberta do MinhoDurante toda a semana de 15 a 21 demaio decorreu na localidade deOrmes, na periferia de Orléans, o“Festival Encontro, à descoberta doMinho”, semana cultural portuguesaorganizada pelo município local emcolaboração com a Associação portu-guesa Ronda Minhota, presidida porJoão Marques e pela rádio Arc en Ciel,cuja Presidente é Cristina Alves.O festival foi rico em manifestações.A semana teve início na segunda-feira15 de maio com uma exposição per-manente de trajos pertencentes à As-sociação Ronda Minhota e umaexposição de cartões postais de M.Couroux, no hall da Mairie. No mesmodia à noite, foi exibido o filme “LaCage Dorée”.Na terça-feira, o momento forte foium concerto de fado, na sala Rabe-lais, com a fadista Tereza Carvalho,acompanhada pelos seus guitarristase, na quarta-feira, na mesma sala,teve lugar pela manhã um atelier co-zinha, sob o tema “Como preparar umbacalhau com natas”, ao mesmotempo que na biblioteca Arthur Rim-baud se promoveu uma reunião espe-cialmente destinada às crianças apartir de 8 anos com contos baseados

na Nau Catrineta, poema romanceadorelativo às viagens para o Brasil e parao Oriente, ao tempo das descobertas,contadas por Marie-Françoise Evelin.De tarde, teve lugar uma apresenta-ção de instrumentos musicais comu-mente utilizados pelos ranchosfolclóricos às classes de formaçãomusical da escola de música, propos-tos pela Ronda Minhota. No final datarde do mesmo dia teve lugar um en-

contro de futebol feminino, bemganho pela equipa portuguesa. E, ànoite, foi a ocasião para um concertode Jazz na igreja Notre Dame de laNativité de Ormes, com a participaçãodo grupo Jardim Jazz. A quinta-feirafoi o dia escolhido para danças portu-guesas e música tradicional. Umoutro momento forte foi o concerto demúsica que teve lugar na sexta-feira,com a participação da artista Elena

Correia e animação de Leonel Figuei-redo. A noite de sábado foi animadapelo grupo Kapa Negra com músicaportuguesa e internacional.Enfim, no domingo, a evidência foipara um mercado tradicional de arte-sanato e produtos alimentares portu-gueses, a continuidade das exposiçõestemáticas e um almoço gigante, pro-posto pelos benfeitores e benfeitorasda Ronda Minhota que, com o grupoBombos de Olivet encerraram estamagnifica semana cultural portu-guesa.O festival Encontro foi inauguradopelo autarca local Alain Touchard,acompanhado por vários membros doConselho municipal e visitada peloCônsul honorário de Portugal em Or-léans, José de Paiva, acompanhadopelo Diretor do serviço cultural da cul-tura Henri Dupont e sua assistenteMadeleine Penverne.De notar que cerca de 400 alunos dasescolas de Ormes, assim como cercade 50 assistentes do pessoal e profes-sores, foram convidados em dois diasconsecutivos para almoços confecio-nados por membros benfeitores daRonda minhota, num ambiente agra-dável de confraternização e alegria.

Em Ormes (Orléans)

ACPS de Strasbourg no concerto da fadistaGisela JõaoNa passada sexta-feira, dia 19 demaio, a Associação Cultural Portu-guesa de Strasbourg (ACPS), em par-ceria com a radio RBS de Strasbourge com a sala do Cercle, nos arredoresde Strasbourg, teve oportunidade deoferecer alguns bilhetes aos seusmembros para o concerto da jovemfadista originária da cidade de Bar-celos, Gisela João.O espectáculo teve uma duração depouco mais de uma hora e ondecerca de 250 pessoas esgotaram a

sala. A fadista Gisela João esteveacompanhada pelos músicos RicardoParreira na guitarra portuguesa, Nel-son Aleixo na viola e Francisco Gas-par no baixo acústico. No final doconcerto o público parecia entusias-mado e feliz com o que viu e ouviu.No entanto fica a nota menos posi-tiva, pela forma pouco próxima e pelafalta de disponiblidade demonstradada parte da fadista, para partilhar im-pressões com o público após o con-certo.

Alsace: Celebração das Aparições de N. Sra de Fátima na Basílica de Thierenbach

Foi na Basílica de Notre Dame deThierenbach (68) que a comunidadecatólica se reuniu para celebrar o cen-tenário das aparições de Nossa Se-nhora de Fátima no passado 13 demaio. Uma missa foi então celebradaem francês, com o terço rezado em lín-gua portuguesa. No final da missa,uma procissão de velas deu a volta àBasílica com a imagem de Nossa Se-nhora.Há 12 anos que Manuel Teixeira, umempresário português radicado na-quela região organiza a celebração emhonra da Santa. Anualmente convidaum padre português a vir concelebrara missa. “Mas este ano com a ida doPapa a Portugal, quase todos os pa-dres estavam requisitados e ninguémpôde vir”, lamenta. A missa foi assimcelebrada às 20h00 pelo padre Vin-cent Dollmann, Bispo auxiliar deStrasbourg.

Porém o sucesso foi imenso, e cercade 400 fiéis partilharam a celebração.

Segundo Manuel Teixeira, havia tantosFranceses como Portugueses. “É uma

Basílica muito visitada e conhecida naregião e atrai diariamente muitos visi-tantes”. Durante a missa, rezámospelas famílias em Portugal mas tam-bém por aqueles que faleceram longedo seu país”.Manuel Teixeira organiza esta manifes-tação com muita satisfação e semestar envolvido em alguma associação.Este ano uma vez mais, observou aoLusoJornal a assiduidade dos fiéis, amaioria veio de longe para assistir àcerimónia. “Temos sempre aquelesque participam anualmente, comonovas pessoas que vêm ocasional-mente”.Foi em 2005 que visitou Fátima etrouxe a réplica de 1m28 da Virgemque se encontra na capela portuguesa.“Fizeram-me esse pedido e eu trouxe-a. Ela está situada normalmente forada Basílica mas atualmente até aomês de outubro, encontra-se dentro daBasílica numa capelinha das apari-ções”.

Por Clara Teixeira

Le 31 mai 2017

José de Paiva e Cristina Alves com membros da MairieTânia

Membros da ACPS com Gisela João em Strasbourg

lusojornal.com

Conferênciasobre Memória dasMigrações em ParisA Associação Memória das Migra-ções promove, no próximo dia 1de junho, quinta-feira, pelas18h30, nos salões Eça de Queirósdo Consulado Geral de Portugalem Paris, uma conferência intitu-lada “Memórias das Migrações”.“A experiência migratória não éuma realidade própria da nossaera, foi desde o início da históriada humanidade algo que se prati-cou, que se viveu. Memórias sãoexperiências, são factos vividos,conservados, guardados, preser-vados em mente e outros suportesmateriais, para mais tarde lembrar,relembrar, contar, comunicar eprincipalmente transmitir. Conser-var e transmitir memórias, ou sejafactos passados, são contributosimportantes de todos nós para quese possa compreender e escrevera história de um povo, de um país,da humanidade: a nossa História”escreve Lurdes Rodrigues, da as-sociação Memória das Migrações.Esta conferência contará com in-tervenções de da socióloga MariaBeatriz Rocha-Trindade, douto-rada pela Universidade de Paris V(Sorbonne) e Agregada pela Uni-versidade Nova de Lisboa (FCSH).Residiu em França, entre 1965 a1970 e é autora de uma vasta bi-bliografia sobre matérias relacio-nadas com as migrações e temsido colaboradora habitual e de re-ferência de revistas científicas in-ternacionais neste domínio.Também está prevista a interven-ção do fotógrafo Gérald Bloncourt,fotojornalista, escritor, poeta e co-laborador de jornais de referênciano campo social e sindical. Sontravail, et plus particulièrement sesphotographies de l’exil portugaisréalisées entre 1954 et 1974, desPyrénées aux bidonvilles parisiens,résonnent dans notre quotidien.Felicia Glória da Assunção-Pail-leux, é a Presidente da Liga dosAntigos Combatentes de Lillers, nonorte da França e Porta-guião daLiga dos Combatentes.Com 91 anos, Felícia Glória da As-sunção-Pailleux, filha de um sol-dado português, é um símbolo doCorpo Expedicionário Portuguêsque combateu no norte de Françadurante a I Guerra Mundial, emantém viva, até hoje, a memóriado pai. O seu pai, João Manuel daCosta Assunção, era serralheiroem Portugal quando, com 22anos, deixou o país para se juntarao Corpo Expedicionário no nortede França. Foi um dos sobreviven-tes da Batalha de La Lys, em1918.

16 RELIGIÃO

Festa de N. Sra de Fátima em Montluel

A Associação portuguesa de Montluel(01) no departamento vizinho doRhône, o l’Ain, organizou no fim desemana passado, nos dias 27 e 28 demaio, a sua festa em honra de NossaSenhora de Fátima, com uma partereligiosa, mas também uma parte po-pular que reuniu centenas de pessoas.A igreja da Senhora du Marais deMontluel, igreja paroquial daquela ci-dade, acolheu a Comunidade portu-guesa e francesa desta região onde nosábado 27 houve missa seguida daprocissão de velas pelas rua adjacen-tes à igreja. Pela tarde de sábado, opadre Bruno Cunha, vindo da sua Pa-róquia de Viseu e natural de Felguei-ras, a convite da associação, acolheuem confissão a Comunidade católica,e presidiu à noite à Eucaristia e ao re-citar do terço durante a procissão develas.No domingo 28, a partir das 13h30,

de novo foi celebrada a Eucaristia eno final seguiu-se a procissão com oandor da Imagem de Nossa Senhorade Fátima, do Sto. Padre de Ars JeanMarie Vianney e do Menino Jesus, nasruas de Montluel, onde grande ad-

junto de devotos à Virgem Maria mar-cou presença.Este encontro, e outros que tiveramlugar na região, fecharam as festivida-des em honra de Nossa Senhora deFátima na região de Lyon, durante o

mês de maio.No final da tarde, as atividades reli-giosas deram lugar o lado popular dafesta, com o desfile de ranchos folcló-ricos portugueses, entre eles o Estre-las do Minho e também a suafanfarra, que já tinha acompanhado aprocissão tocando marchas religiosas.Esteve presente nesta homenagem àVirgem Maria, o Deputado Carlos Gon-çalves, eleito pelo círculo eleitoral daEuropa, acompanhado pelo Conse-lheiro das Comunidades eleito emLyon, Manuel Cardia Lima.A associação de Montluel tem novaDireção desde há três anos, com aPresidência de Filipe Marques. E sãoeles que têm a missão de organizaremesta festa de Nossa Senhora de Fá-tima em Montluel.Montluel fica a norte de Lyon, a cercade 25 km da cidade de Lyon, onde aComunidade portuguesa também par-ticipa na atividade económica e socialdesta cidade desde os anos 60.

Organizada pela associação portuguesa local

Por Jorge Campos

Festa em honra de N. Sra de Fátima em Brignais

A Associação portuguesa de Brignaisorganizou no domingo passado, dia28 de maio, uma Festa em honra deNossa Senhora de Fátima. A paróquiade Brignais (69), nos arredores deLyon, inseriu na sua missa dominicala celebração eucarística franco-portu-guesa onde os cânticos e leiturasforam feitas em francês e em portu-guês. O padre Gael de Breuvand, Pá-roco da cidade, acolheu nesse dia asduas Comunidades e presidiu a cele-bração e a saída da procissão pelasruas de Brignais.De manhã teve lugar a festa religiosa,e pela tarde houve um encontro comquatro grupos de folclore e toda umaanimação festiva, com apresentaçãoda equipa de rádio “Raízes”. “Paraesta celebração religiosa preparadapela associação, toda a equipa de Di-reção esteve implicada, mas estamos

tristes pois faleceu um elemento delonga data da associação, e apresentoem nome da associação os nossos sin-ceros pêsames a toda a família” disseao LusoJornal a Presidente NadinePinto.

Foram convidados para constituíremo grupo coral, vários membros de di-ferentes grupos corais da Pastoral por-tuguesa de Lyon e da Comunidadefrancesa, que animaram as celebra-ções deste dia.

Desde os enfeites florais da Igreja pa-roquial, ao andor de Nossa Senhorade Fátima, tudo esteve ao encargo daComunidade portuguesa e dos mem-bros da associação.A Associação Portuguesa de Brig-nais conta com grande número deassociados e encontra-se a sul deLyon onde a Comunidade portu-guesa é muito numerosa. Tem sedeprópria, que está aberta durante asemana aos fim do dia e aos sába-dos e domingos, durante todo o dia.Todas as atividades da associação,agendadas até às férias de verão,são anuladas até novas decisões daequipa de Direção. “No início doano 2018 haverá eleições, e umanova equipa e seu Presidente, seráeleita, pois penso não continuar.Será bom que novas caras apareçamcom novas ideias e projetos” confioupor último ao LusoJornal NadinePinto.

Por Jorge Campos

Homenagem a N. Sra de Fátima em Belleville

Na quinta-feira de ascensão, dia 25de maio, a “Amicale des Portugais deBelleville St. Jean Taponas” (69) or-ganizou uma Festa em honra deNossa Senhora de Fátima.“A Comunidade portuguesa que re-side nesta região do Rhône e tambémdo famoso vinho Beaujolais, é muitonumerosa, pois somos cerca de ummilhar, e neste dia, também conta-mos com aqueles que vêm dos depar-tamentos vizinhos. São muitos osPortugueses que se reunem neste diaem Belleville, e isto desde há 35 anosque aqui se festeja e honra a VirgemMaria” explica Joaquim Ribeiro, ex-dirigente da coletividade. “A associa-ção já existe há mais de 40 anos, masa festa à Virgem ‘só’ existe há 35anos. No início éramos poucos, masagora vêm de todos os lados, mesmode Rouanne e de Clermont-Ferrand.Mesmo a Comunidade francesa tam-bém se investe nesta festa e participa

no lado religioso e profano” concluiuJoaquim Ribeiro para o LusoJornal.Neste dia, a animação musical, queteve lugar depois da procissão com oandor da Virgem pelas ruas da vila,começou pelas 16h00 horas, com a

atuação do grupo folclórico de Vaulx-en-Velin e a sua Fanfarra, com umaapresentação do programa feito pelaequipa de rádio “Raízes” e a anima-ção sonora e musical de Mário Ama-ral. Foi uma tarde de arraial bem à

portuguesa, onde não faltaram osbons petiscos e bebidas, e que culmi-nou com a animação do grupo musi-cal “Idade Média” vindos de Portugal.“Nós somos uma equipa de Direçãomuito recentemente eleita, foi em no-vembro passado e por dois anos”.José Carneiro é o Presidente, a Se-cretária é Tânia Sousa e o Tesoureiroé António Coelho. “As nossas ativida-des deste tipo, durante o ano, sãopoucas, mas temos uma sede ondenos reunimos para os passatemposde jogos de cartas e outras atividadesde lazer”, explica José Carneiro.“Esta festa em honra de Nossa Se-nhora de Fátima é preparada por vá-rias famílias. A decoração da igreja,os andores, e convidarem os prega-dores, são eles Eurico Martins, RosaGonçalves, e Joaquim Ribeiro, MariaLuísa, Felizbela Martins, entre ou-tros, pois a lista de ano para ano vaiadicionando os devotos da VirgemMaria” declarou o Presidente JoséCarneio, ao LusoJornal.

Por Jorge Campos

Le 31 mai 2017

LusoJornal / Jorge Campos

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Morreu o fundador dojornal MundoPortuguês

O comendador Valentim GonçalvesMorais, um dos fundadores do sema-nário Emigrante - Mundo Português,morreu aos 86 anos.Valentim Morais morreu em Lisboa,no sábado passado, e o enterro tevelugar na aldeia de Avô, em Oliveira doHospital, onde nasceu a 04 de se-tembro de 1930.Muito jovem foi para Lisboa, onde nosanos de 1960 adquiriu uma pequenagráfica, a Mirandela para, em poucosanos, a transformar na empresa grá-fica com a maior rotativa de jornais domundo.A Gráfica Mirandela chegou a empre-gar mais de 500 colaboradores nosanos de 1980 e a imprimir semanal-mente mais de 200 publicações, in-cluindo as maiores do país, sendopioneira no emprego das técnicas de‘offset’, fotogravura e desenvolvimentodigital. Hoje a gráfica fica em SantoAntão do Tojal, em Loures, com novase modernas instalações.Na Mirandela nasceram inúmeros jor-nais e publicações de que se destacamo “Expresso”, “O Emigrante/MundoPortuguês”, “O Dia”, “Luta Popular”, o“Jornal Novo” e foi responsável pelaimpressão diária de vários jornais comoo “24 Horas”, o “Metro”, a “Bola”, o“Económico”, o “Público”, o “Sema-nário”, “O Independente”, o “Diabo”,o “Crime” e também várias revistas.Foi na Mirandela que o “Jornal i”começou a ser impresso, bemcomo as revistas da Deco, folhetosde todas as grandes superfícies elivros da editora Leya, entre outrasgrandes editoras.Em janeiro de 1970, Valentim Moraisfundou com o padre Vítor Melícias, ojornal O Emigrante/Mundo Portuguêssob o lema “Agir Servindo”, porquemais do que um jornal era um serviçoprestado aos Portugueses que saíamde Portugal para viver nas mais durascondições de vida e num abandonocultural e informativo quase absoluto.Valentim Morais deixa dois filhos, Car-los Morais (atual Administrador dojornal e que deu continuidade ao pro-jeto desde 1980) e José Morais, seisnetos e três bisnetos.A missa do sétimo dia teve lugar nasexta-feira da semana passada, naIgreja de São João de Deus, em Lis-boa, numa cerimónia presidida pelopadre Vítor Melícias, amigo do Co-mendador Valentim Morais há maisde 50 anos.

DESPORTO 17

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Mickael Mota foi 5° no Campeonato domundo de karting SWS juniores

Com apenas 15 anos de idade, Mic-kael Mota ficou em 5° lugar no Cam-peonato do mundo de Karting, nacategoria junior SWS, depois de tervencido a primeira meia final destaprova que se realizou no fim de se-mana passado, no Racing Kart de Cor-meilles, Aérodrome de Pontoise, noVal d’Oise (95), em França.A Sodi Word Series é a maior organi-zação de karting de lazer e é um ex-celente trampolim para os circuitos dekarting de competição profissional.Mickael Mota já nasceu predestinadopara as corridas. “Como nós éramos eainda somos fãs de Fórmula 1 e emparticular de Mickael Schumacher,decidimos chamar-lhe Mickael” contaJacinto Mota, pai do jovem piloto.Muito cedo os kartings chamaram porele. “Uma vez, numa festa ele queriamuito ir para cima de um quad, masnão tinha idade, era demasiado pe-quenino. Só que queria tanto, queconseguimos pedir para ele dar umavolta e lá deixaram” explica por suavez Maria Luísa Ferreira da Silva, amãe.Daí até poder pilotar um karting commotor de 4 tempos foi um saltinho.Mora em Argenteuil (95), mas todosos tempos livres da família estão de-dicados à vocação do filho. “É difícilde conciliar a escola e o karting”conta Mickael Mota ao LusoJornal. “Equando é necessário escolher,... esco-lho o karting”. O pai não concordamuito. “Podia ir melhor na escola,mas como sabe, nestas idades hásempre oscilações, mas ele vai aosítio” garante ótimista, com um sor-riso.A paixão de Mickael Mota é assuntode família. Mas é o irmão mais velho,Emanuel Ferreira, quem se dedicamais ao irmão. “Ele é o meu irmão, omeu mecânico, o meu coach, o meuresponsável de comunicação, o meumanager,... sem ele, não seria nada”diz com emoção Mickael Mota.Emanuel considera que o irmão “temmuitas potencialidades” diz que pa-rece frágil, “mas quando está ao vo-

lante do karting é mais agressivo, maislutador e tenho a certeza que vailonge”.Este Campeonato do mundo era im-portante. “Tudo vai depender do re-sultado, mas se ganhar ou se ficarbem posicionado, vamos continuar anossa aventura” garantiu EmanuelFerreira antes da competição. “Maspenso que tem tudo para ganhar” ga-rantiu.A primeira meia final correu bem aojovem franco-português porque ficouem primeiro lugar, apurando-se assimpara a final. Mas na final não conse-guiu mais do que o 5° lugar. Mesmoassim, ser 5° num universo dos me-lhores 40 pilotos do mundo (na suacategoria) é obra... Aliás, agora é o se-gundo melhor piloto francês. No totalcorreram em Pontoise cerca de 280pilotos.Tanto mais que Mickael já se preparapara uma nova etapa na sua vida. “Es-tamos a trabalhar já com um kartingcom motor a dois tempos, muito maisrápido e também mais exigente. Re-quere outra pilotagem e muito maistreinos” conta ao LusoJornal o jovem

piloto.A fase seguinte é a da Fórmula GT edepois a Fórmula 1, mas MickaelMota tem os pés em terra e sabe quepor enquanto vale mais manter osonho nos carros GT, até porque o per-curso que tem pela frente ainda élongo. “Ainda tem 15 anos, só com16 anos é que pode começar a treinarem carros. Ainda é cedo para pensarnisso” garante o irmão. “Ele sempresonhou com a Fórmula 1, mas há deser o que Deus quiser” diz por sua veza mãe.Jacinto Mota também sabe que“neste momento a estrutura tem deevoluir. Sabemos que para poder irmais longe, necessitamos de patroci-nadores e de uma equipa organi-zada”.Até agora são os pais e o irmão quemtêm suportado as despesas da paixãofamiliar. “Temos feito muitas econo-mias, temos sacrificado outras coisase até as férias, para poder ajudá-lo”diz a mãe Maria Luísa, originária deVila da Feira. “Neste desporto é tudomuito caro, um capacete por aqui,mais um fato por ali,... e como ele

está a crescer depressa, temos demudar regularmente de fato. Mas é oirmão quem o tem ajudado mais”confessa.Emanuel trabalha num restaurante,mas tornou-se o mecânico do kartingde Mickael Mota. Também por paixão.“Por aqui passam as minhas econo-mias. Mas já comecámos a ter patro-cinadores a seguir o Mickael, comopor exemplo os seguros Fidelidade ea Reflex Latino” conta ao LusoJornal.“Mas necessitamos de mais apoio”.Mickael Mota é francês, porque nas-ceu em Paris, mas também tem a na-cionalidade portuguesa e não excluide correr com as cores de Portugal.Aliás, no capacete já tem, bem visível,os símbolos portugueses.O fim de semana passado não foi defeição para o jovem piloto. Vencer, serCampeão do mundo, era o sonho quelevava para Pontoise. Tanto mais queconhece bem o circuíto por aí treinarregularmente. O novo Campeão domundo chama-se Christian Douven,mas o piloto franco-português é com-bativo e já está a pensar nas próximascompetições.

No Racing Kart de Cormeilles, em Pontoise

Por Carlos Pereira

Coimbra recebe espetáculo que conta memóriasdos emigrantes das décadas de 60 e 70Cinco atores levam ao palco do au-ditório do Teatro Académico de GilVicente, em Coimbra, várias memó-rias dos emigrantes das décadas de1960 e 1970, num espetáculo queestreou na quinta-feira da semanapassada e que promete atingir públi-cos diferentes.Em declarações à Lusa, o autor dotexto e encenação, Ricardo Correia,explicou que o espetáculo “abordasobretudo testemunhos de emigran-tes, desertores, refratários e exiladosque saíram de Portugal entre 1961e 1974”.“Este espetáculo, ‘Exílios(s) 61/74’,é quase um filho de um espetáculoanterior, chamado ‘O meu país é oque o mar não quer’ e que lidavacom a emigração qualificada portu-

guesa, que saiu à conta da austeri-dade e da ‘troika’”, acrescentou.O trabalho anterior permitiu recolherum conjunto de testemunhos, al-guns deles de pessoas com relevân-cia em termos artísticos, tais comoRui Horta e Eugénia Vasques, quepermitiram dar vida ao novo espetá-culo. “Podemos dizer que tem umabase documental, é um espetáculoque vai questionando e retratandotoda essa geração que decidiu fazerum gesto de luta, muitas vezes in-compreendido, que foi sair do paíspara continuar a lutar lá fora. Àsvezes, até como última hipótese,noutros casos para evitar a prisão ea guerra colonial”, descreveu.De acordo com Ricardo Correia, aolongo da encenação são contadas

inúmeras memórias e histórias, pa-ralelas com a própria História. “Nãoé um espetáculo de recriação, é umespetáculo que, de alguma forma,constrói um ‘puzzle’, um mosaico,quase uma polifonia de vozes, quevão contando tudo aquilo que acon-teceu. Algumas pessoas com percur-sos e trajetos muito diferentes eoutras que tangencialmente seforam encontrando, muitos encon-traram-se em Paris, e tiveram umgrande trabalho e ações de luta con-tra o antigo regime fascista portu-guês”, destacou.A recolha de memórias e vivênciasnão foi tarefa fácil, pois muitas pes-soas encontram-se espalhadas pelopaís e até fora, no entanto, “foi umbocadinho como pescar à linha”.

“Tínhamos uma pessoa, depois essapessoa diz que temos que falar comonão sei quem, que teve um papel re-levante e vão-nos enviando de umlado para o outro. Foi assim quefomos conseguindo ter mais e maispessoas e juntar mais e mais teste-munhos”, revelou.Quanto às expectativas para a estreiade quinta-feira, no auditório do Tea-tro Académico de Gil Vicente, emCoimbra, Ricardo Correia diz que“penso que vai ser um espetáculoque vai tocar públicos diferentes, al-guns que não ouviram falar deste as-sunto, mas também vamos teralgumas pessoas que deram estestestemunhos ou que estão commuita vontade de ver a ideia desteespetáculo”, concluiu.

Le 31 mai 2017

LusoJornal / Carlos Pereira

lusojornal.com

18 DESPORTO

PSG termina época com Taça de França

O Paris Saint Germain conquistou aTaça de França pela 11ª vez, batendoo recorde de vitórias, ao vencer o An-gers, por 1-0, na final disputada nopassado sábado no Stade de France.Com o português Gonçalo Guedessem sair do banco de suplentes, aequipa da capital gaulesa fez a festagraças a um autogolo aos 91 minutosde jogo de Issa Cissokho, irmão doantigo jogador do FC Porto, Aly Cis-sokho.Depois de já ter arrebatado a Super-taça e a Taça da Liga, a equipa orien-tada pelo espanhol Unai Emery somamais um troféu esta temporada, em-bora tenha perdido os dois principais:

a Ligue 1 para o Monaco, e caiu nosoitavos de final da Liga dos Cam-peões frente ao FC Barcelona. Umcenário que coloca a continuidade doTécnico espanhol no clube em risco.Com a chegada, quase certa, do Di-retor desportivo Antero Henrique,houve ainda rumores sobre a possívelchegada do Treinador português, maso Presidente qatari do PSG, NasserAl-Khelaïfi, desmentiu: “Unai Emeryvai ficar a 200%”.Blaise Matuidi, internacional francêscom origens angolanas, acredita napalavra do Presidente do clube: “Seo Presidente confirmou o Treinador,ele vai cumprir porque é um homemde palavra. Tenho confiança no meuPresidente”.

Já para o italiano Marco Verratti, essetema é uma dor de cabeça para a Di-reção do clube: “A questão do Treina-dor tem de ser resolvida pelo clube.Apenas pelo clube”.Quanto ao Diretor desportivo, tantoBlaise Matuidi como Marco Verratti,não quiseram confirmar a chegada deAntero Henrique. Blaise Matuidi afir-mou que era uma falta de respeitopara as pessoas que ainda estão a tra-balhar no clube: “Por respeito pelaspessoas que trabalham no clube, nãovou abordar este assunto. É um as-sunto que é tratado pelo clube”.Por enquanto o Paris Saint Germainconta apenas com um português,Gonçalo Guedes, para a temporada2016/2017.

Futebol

Por Marco Martins

Le 31 mai 2017

Bernardo Silva deixou o Monaco e assinou pelo Manchester City

O extremo internacional portuguêsBernardo Silva trocou o Monaco peloManchester City, anunciou o clube daPrimeira Liga inglesa de futebol noseu site oficial.“Manchester City está deliciado porpoder confirmar que Bernardo Silvavai juntar-se ao clube, proveniente doMonaco, a 1 de julho”, revela o clubeorientado pelo espanhol Pep Guar-diola, juntando uma foto do jogadorcom a camisola 20.O Monaco confirmou também a trans-ferência de Bernardo Silva para oManchester City, anunciando um“acordo” com o clube inglês e dei-xando um “obrigado” ao internacionalluso. “O Manchester City e o AS Mo-naco chegaram a acordo para a trans-ferência de Bernardo Silva, quedisputará a Premier League na pró-xima temporada”, anunciou o clube

monegasco no seu site oficial.O clube orientado pelo Treinador por-tuguês Leonardo Jardim lembrou opercurso do jogador luso no Monaco,afirmando que “Bernardo vai ter o seunome gravado para sempre na memó-ria dos monegascos”.“Muito obrigado Bernardo e boasorte”, rematou o Monaco, não divul-gando os valores envolvidos no negó-cio.O clube de Manchester também nãorevelou quanto pagou por BernardoSilva, mas segundo as nossas infor-mações, a transferência poderá estara rondar os 60 milhões de euros.Bernardo Silva:

“Jogar no Monacofoi uma grande experiência”

“É uma grande sensação. Honesta-mente, agora estou numa das me-lhores equipas do Mundo. Éfantástico ter a oportunidade defazer parte deste clube. Estou muitofeliz por pertencer à equipa do Man-chester City e vou tentar dar o meumelhor para ajudá-la a chegar aosseus objetivos”, referiu o jogadorportuguês ao site do clube.O atleta luso mostrou-se feliz porpoder trabalhar com o Treinador es-panhol Pep Guardiola, a quem dei-xou elogios: “Se não é o melhorTreinador do mundo, é um dos me-lhores. Claro que, quando tens aoportunidade de ser treinado porGuardiola, não podes recusar. Comotodos sabemos, o que ele fez noBarcelona e no Bayern de Muniquefoi fantástico e aqui também espe-ramos que conquiste títulos. Émuito bom passar a trabalhar comele e ter esta oportunidade”.

Bernardo vai ser o segundo Silva[ndr: o extremo espanhol DavidSilva] no plantel do Manchester Citye não esconde a admiração peloagora colega de equipa espanhol: “Éum dos melhores jogadores domundo. Estou ansioso por aprendercom ele e ver o que tem para ensi-nar. Quando era miúdo, via-o a ele eaos outros jogadores; agora vou ter aoportunidade de jogar com eles, éfantástico”.No entanto Bernardo Silva deixouuma mensagem para o Monaco:“Jogar no Monaco foi uma grandeexperiência. Fiquei algo surpreen-dido pela rapidez com que me adap-tei ao futebol francês. Tínhamosmuitos jogadores e um treinadorportugueses, o que me ajudoumuito. Claro que é um bocadinho di-fícil deixar o Monaco. Esta tempo-rada conseguimos coisas fantás-ticas. Vencer um Campeonato con-

tra o PSG não é algo fácil, e chegaràs meias-finais da Liga dos Cam-peões foi lindo”.Agora é tempo de novas aventurasnum país diferente e Bernardo Silvaconsidera que esta era a alturacerta: “Este verão é uma boa alturapara sair. Fomos Campeões e foibom fazer parte do Monaco. Estoumuito grato por tudo, mas agoraestou ansioso por fazer parte destenovo projeto na minha vida”.Bernardo Silva, de 22 anos, foi umdos grandes protagonistas do Mo-naco em 2016/17, fazendo parte do‘onze’ ideal da Liga francesa, que oconjunto de Leonardo Jardim con-quistou.O extremo português, 12 vezes in-ternacional ‘AA’, chegou ao Monacono verão de 2014, por empréstimodo Benfica, tendo sido contratadoem definitivo em janeiro de 2015,por 15,75 milhões de euros.

Por Bernardo Silva

Monaco: Brasileiros no topo do futebol francês

O Monaco, Campeão de França2016/2017, que contava com trêsPortugueses (Leonardo Jardim, JoãoMoutinho e Bernardo Silva), alinhavatambém três Brasileiros: o defesa-cen-tral Jemerson, o lateral Jorge e o médioFabinho.Na última jornada, depois da vitória por3-2 frente ao Rennes, com os trêsgolos a serem apontados pelos jogado-res brasileiros, o LusoJornal falou comJorge e Fabinho.

Fabinho: “Foi surpreendente estarmos a lutar pelo título”Que balanço podemos fazer da tempo-rada?Fabinho: Foi um temporada excecio-nal, não só pelo título que ganhámosmas também pelo futebol que apre-

sentámos desde o início da temporada,porque nós até começámos mais cedodo que a maioria das equipas, vistoque tínhamos a terceira pré-eliminató-ria da Liga dos Campeões para dispu-tar. Desde esse momento a equipamostrou ter uma grande solidez apesarde estarmos a utilizar um esquema dejogo novo e com alguns jogadores a jo-garem em novas posições como eu[ndr: Fabinho jogava sobretudo a la-teral-direito até que Leonardo Jardimo reposicionou definitivamente comomédio-centro]. Tudo funcionou beme nós entendemo-nos todos bem erapidamente, aliás alguns jogadoresestavam de regresso ao Monacocomo o Falcao e o Germain, então jáconheciam a equipa. São jogadoresexperientes que trouxeram umamais-valia ao grupo de trabalho.

No início da temporada, pensavamque podiam vencer o Campeonato?Não tanto. Admito que era habitual,como foi nos últimos três anos, lutarpelo segundo lugar atrás do PSG.Então esperava estar nessa luta como Lyon, o Marseille, e nem pensava

que o Nice podia entrar na luta,quase como sempre. Foi realmentesurpreendente estarmos a lutar pelotítulo com o Paris e o Nice. Quandovimos que era possível chegar ao tí-tulo, lutámos com todas as nossasforças, e conseguimos.

Agora o Fabinho tem férias e não vairepresentar a Seleção do Brasil…Admito que esperei poder integrar aconvocatória de Tite, porque soubeque o Selecionador ia convocar joga-dores para ‘testar’, mas não fui con-vocado, enquanto o Jemerson, o meucolega de equipa, tem essa sorte eestou muito feliz por ele. Quanto amim, vou continuar a trabalhar paratentar ter uma oportunidade.Jorge:

“Este título é muito importantepara a minha carreira”

Terminou a época com o seu pri-meiro golo com a camisola do Mo-naco...Jorge: Espero que seja o primeirode muitos. Espero fazer a pré-tem-porada para estar ainda melhor doque eu estive desde que chegueiem janeiro de 2017. Espero ajudara equipa na pré-temporada e naépoca que vem. Quero marcarainda mais golos pelo Monaco.

Acreditava que podia ser Campeãode França com o Monaco quandochegou em janeiro?Acreditei porque quando vim parao Monaco, não foi apenas parajogar, eu sabia que estava a assinarpor uma grande equipa e sabia aqualidade que tinha o plantel.Então quando cheguei, senti queestava tudo a dar certo para sermosCampeões. Claro que o Campeo-nato tem equipas como o ParisSaint Germain, o Nice ou o Lyon,mas estávamos bem na tabela clas-sificativa. Eu cheguei para ajudarquase no fim, mas senti toda a

energia positiva da equipa e este tí-tulo é muito importante para aminha carreira.

Como foi a festa no Monacoquando venceram o Saint Etiennee ganharam o Campeonato?Foi boa. Toda a gente comemorouda melhor forma possível. No dia aseguir foi descansar antes de pre-parar o jogo frente ao Rennes, du-rante o qual sabia que podia jogar.Joguei, marquei e vencemos.

Agora o Monaco vai tentar revalidaro título?Agora são férias e vamos tentaraproveitar da melhor forma porquedepois vai ser muita correria.Vamos ter muitas provas pelafrente e espero que o Monaco con-quiste muitos títulos na próximaépoca.

Recorde-se que o Monaco venceu oCampeonato de França 2016/2017,ou seja 17 anos depois do último tí-tulo alcançado durante a temporada1999/2000.

Por Marco Martins

LusoJornal / António Borga

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20 DESPORTO

Pedro Sousa eliminado nas qualificações de Roland Garros

Pedro Sousa, único representante por-tuguês na fase de qualificação para oquadro principal de Roland Garros, foieliminado pelo russo Teymuraz Ga-bashvili em três sets, com os parciaisde 6-4, 6-7 (6-8) e 2-6, em 2h11, naúltima ronda que dá acesso ao quadroprincipal do torneio.No fim do encontro, Pedro Sousafalou com o LusoJornal, apesar da de-ceção que o levou a ficar cerca de 20minutos no banco dentro do terrenode jogo, com uma toalha por cima dacabeça, mas com o apoio dos seus fa-miliares e do seu treinador.

Foi uma derrota frustrante para oPedro?Obviamente que é bastante difícil per-der assim, ainda para mais na últimaronda de apuramento. É a vida. Sónão acontece a quem não joga ténis.Agora há que seguir em frente. O jogofoi um jogo difícil, eu já sabia que eleera um grande jogador. Ele é um jo-gador que tem muitos altos e baixos

que só pontua com ‘winners’, pontosdirectos, mas também faz muitas fal-tas. Eu tive as minhas oportunidades,não as concretizei, e no fim ele foimais forte.

O momento chave aconteceu no se-gundo set quando no tie-break, PedroSousa esteve a vencer por 6-4, mas orusso conseguiu recuperar e fecharcom 8-6?Sim foi o momento chave. Ele aíjogou os ‘matchs-points’ melhor doque eu. O momento da viragem foi aí.Depois foi difícil reagir, ele já estavamuito por cima. As bolas dele esta-vam a entrar todas. Eu fui um bocadoabaixo e ele subiu. Aí já era dema-siado complicado. Devia ter fechadoo segundo set mas não consegui.

A diferença, além do momento de-cisivo no tie-break, também podeter sido na experiência dos doisatletas?Ele conhece bem este torneio, jádisputou várias vezes o quadroprincipal e já passou várias rondas.

Sabe tudo sobre o jogo aqui, temmais experiência do que eu nesse

aspeto. Obviamente que isso o aju-dou um bocadinho.

Sai dececionado de Roland Garros?É duro perder na última ronda, masnão posso olhar para estas qualifica-ções somente pelo lado negativo,visto que cheguei à última ronda, e éo maior torneio de terra batida domundo. O meu objetivo era chegar aoquadro principal, não consegui, masnão foi negativo.

Quais são os próximos torneios que vaidisputar? Tem realizado uma boaépoca até agora…Comecei bastante mal a temporada,mas sabia que, com o tempo, os re-sultados iam começar a aparecer. Temsido uma grande temporada na terrabatida. Agora vou jogar inter-clubesneste fim de semana, depois vou fazerum Challenger na Itália, e vou aindafazer um Challenger em Lisboa, que éa primeira vez que é organizado. Sãoesses os próximos desafios.

O quadro principal de Roland Garroscontava com dois tenistas portugue-ses, João Sousa e Gastão Elias.

Ténis: “Só não acontece a quem não joga ténis”

Por Marco Martins

Le 31 mai 2017

Red Star: autopsie d’un échec

Relégué en National après une saisoncauchemardesque, le Red Star n’a ja-mais semblé être en mesure de semaintenir en Ligue 2. D’un recrute-ment manqué à des prestations indi-gestes, en passant par de mauvaischoix (licenciement de Rui Almeida,Stade Jean Bouin, duo d’entraî-neurs,…), voici les raisons qui ontconduit le Red Star jusqu’à la des-cente.Les saisons se suivent et ne se res-semblent pas pour le Red Star. Aprèsavoir manqué la montée pour un petitpoint en 2016, le club audonien a fi-nalement connu la relégation pour sa2ème année consécutive en Ligue 2.Un véritable échec pour toute la Di-rection qui a semblé s’être trompéed’objectif au final. Après sa saison de

rêve pour son retour en L2, le club aopéré un virage à 180° en se séparantde bien trop de cadres (Da Cruz,Jeanvier, Fournier, Sliti,…) pour espé-rer rejouer les premiers rôles. Et ceuxencore présents (Ngamukol, Bouazza,Palun, Hergault,…) n’ont jamais étéau niveau affiché l’an passé. Les re-crues ont aussi failli à l’image du Tu-nisien Idriss Mhirsi qui n’a jamais faitoublier son coéquipier en sélection,Naim Sliti ou de Ronald Zubar, arrivécet hiver, et abonné à l’infirmerie.Pourtant, au départ de la saison, RuiAlmeida ne manquait jamais de met-tre en garde. «La saison passée a étéexceptionnelle et donc une excep-tion. Le Red Star doit d’abord penserà sauver sa place. Cette saison doitposer les bases de la reconstruction».Mais ce dernier n’aura finalementpas pu aller au bout de ses idées. Li-

mogé à l’issue de la 18ème journéeaprès un match nul (2-2) face à Va-lenciennes et surtout après une éli-mination (1-0) au 8ème Tour de laCoupe de France face à Blagnac(CFA), l’entraîneur portugais aura faitoffice de coupable idéal. Pourtant, àpareil époque, le Red Star était16ème avec 19 points. En positionde se sauver.Derrière, le club tombera peu à peudans un terrible anonymat et même sià l’entame du mois de mars et d’unmois de février sans défaite, le duocomposé de Manuel Pires et ClaudeRobin semblait faire ses preuves, leRed Star allait finalement couler à picen enchaînant une terrible série de 6défaites consécutives, notammentface à des concurrents directs commeTours.Une fois dans la zone rouge, le club

allait s’offrir le pire des cadeaux pourses 120 ans d’existence: un billetpour le National. «On n’a pas réussi àfaire ce qu’il fallait pour se sauver»,expliquait Manuel Pires en fin de sai-son. «Quand on a l’ambition de semaintenir, il faut savoir le faire et évi-ter de tomber dans la situation qui aété la nôtre cette saison. Il faut savoirse mettre à l’abri. On n’a jamais sugagner les matchs importants et dé-cisifs, notamment face à nos concur-rents directs. Et même comme ça, ona eu une mince chance pour s’en sor-tir sans pour autant le faire. Il y aurades regrets jusqu’à la fin de notre vie.On sait où l’on a pêché. On a loupéle coche pour pas grand-chose. Mal-heureusement, on a connu trop dematchs où l’on ressortait frustré.C’est vraiment du gâchis».Et les chiffres parlent d’eux-mêmes.

Avec Rui Almeida, le Red Star tour-nait avec une moyenne de 1,06 ptspar match contre 0,85 pts après sonlimogeage. Le Red Star marquaitcertes plus de but (1 par matchcontre 0,89 avec Almeida) mais il enprenait également davantage (1,65contre 1,27). Et même s’il ne gagnaitpas avec l’entraîneur portugais, au-jourd’hui à Bastia, le Red ne perdaitpas (7 nuls sur les 12 de la saison).Rien ne dit que le Red Star se seraitmaintenu avec Rui Almeida, mais letemps lui aurait peut-être donné rai-son. Surtout que les Audoniens ontsurtout perdu pied à domicile(19ème équipe de L2) dans unStade Jean Bouin bien trop grandpour le club du 93. Retour à la caseNational pour le Red Star qui devrabatailler pour remonter mais celas’annonce d’ores et déjà compliqué.

Ligue 2

Par Eric Mendes

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Lusa / Tiago Petinga

Portugal é vice-campeão do mundo de surf

Portugal conquistou no domingo pas-sado o título de Vice-Campeão mun-dial de surf nos ISA World SurfingGames 2017. A equipa lusa partiuconfiante para Biarritz e lutou pelasmelhores ondas com 47 seleções du-rante nove dias. Pedro Henrique al-cançou o terceiro lugar na final eajudou a somar os 2.850 pontos quegarantiram aos Portugueses, pelo ter-ceiro ano consecutivo, o segundolugar no pódio. A equipa disputouainda a Aloha Cup, o troféu de equi-pas, e leva também para casa a me-dalha de prata.“Foi um Campeonato muito renhidoe competitivo. Este mundial registoua maior participação de sempre deSeleções nacionais. O Surf esteve aomais alto nível mas Portugal, comuma estratégia bem definida e fo-cada, atingiu mais uma vez, a meda-lha de prata. Provamos que o surfnacional está em franca ascensão, éo terceiro ano consecutivo em queconquistamos o segundo lugar e sónos resta almejar o ouro” comentaJoão Aranha, Presidente da Federa-ção Portuguesa de Surf (FPS). “Toda

a equipa está de parabéns! Agora sóesperamos que todos estes resultadosextraordinários se revejam numa po-lítica de financiamento mais coerentee recompensadora do nosso esforço eresultados por parte do Estado”.Portugal ultrapassa, assim, a Espa-nha (3º), Estados Unidos (7º), Brasil(8º), Costa Rica (9º) e também o Peru(6º) anterior Campeão mundial.Pedro Henrique foi o único surfistaluso em prova nos últimos dois dias.O atleta de 35 anos mostrou garra eterminou a bateria das meias-finaiscom 12.1 pts, perdendo o primeirolugar para o mexicano Jhony Corzo.No último teste do Campeonato aconcentração estava ao máximo, como Campeão nacional a dar tudo porPortugal frente a Corzo, a JonathanGonzàlez, de Espanha, e a JoanDuru, da equipa da casa. Uma provacom alto nível de dificuldade quelevou o surfista a consolidar o terceirolugar graças a um score de 12.47,acabando a vitória por pertencer aomexicano Corzo e o segundo lugar aDuru.“Comecei a prova bem, mas depois

caí numa manobra que era muito im-portante e não consegui pegar umaoutra onda com a mesma qualidade”,explica Pedro Henrique. “O surf éassim. Não podemos errar nem per-der oportunidades. Mas foi umgrande Campeonato com um se-gundo lugar para Portugal e é issoque importa”, acrescenta.Disputa também renhida na AlohaCup com a armada lusa na frente dabatalha até aos últimos minutos, al-tura em que caiu para segundo planoe com a França a erguer mais um tro-féu. Portugal terminou com 47.53pts, uma diferença mínima de 7,43para os Franceses.Durante nove dias, a Grande Plage,em Biarritz, recebeu 47 Seleções embusca dos títulos mundiais, indivi-duais e por equipas, onde Portugal seestreou com bons resultados. TeresaBonvalot chegou às meias-finais masacabou por perder para LeilaniMcGonagle, da Costa Rica, e para aSul-africana Bianca Buitendag. Aatleta arrecadou, no entanto, o 5ºlugar mundial e Carol Henrique en-contra-se na 13ª classificação. Nas

provas masculinas, José Ferreira foi oprimeiro a deixar a competição, se-guindo-se Guilherme Fonseca, que,apesar da sua qualidade de surf, aca-bou por cair já na ronda quatro. Oatleta Miguel Blanco foi relegadopara terceiro lugar na bateria dosquartos-de-final, com 12.9 pontos,que não foram suficientes para ga-rantir a passagem para a fase final doMundial.David Raimundo, Selecionador na-cional, não esconde o orgulho naprestação dos atletas. “Hoje foi ummais um dia histórico para Portugal.Depois de dois títulos de Vice-Cam-peões do mundo, as expetativas deum bom resultado para Portugaleram muito grandes. Mais uma vez,Portugal afirmou-se como uma dasgrandes potências do surf mundial.Este ano, para além de termos sidoVice-Campeões do mundo, consegui-mos trazer para casa o vice-título daAloha Cup. Não podia estar mais or-gulhoso de toda a equipa! Fomosenormes ao longo de toda a semana.O próximo objetivo é sermos Cam-peões do mundo!”.

Seleção revalida título conquistado nos últimos dois anos

Le PSG termine sur une mauvaise noteElles auront souffert jusqu’au bout.Jeudi 25 mai, les Parisiennes rece-vaient Bordeaux au stade Charlety. Undernier match capital pour les Borde-laises, qui doivent au moins ramenerun point de Paris pour se mainteniren D1. La seule Portugaise del’équipe, Cindy Ferreira, n’est pas dudéplacement. Côté parisien, la Brési-lienne Cristiane est absente tandisque sa compatriote Formiga est sur lebanc.Le match reste assez fermé durant lapremière période. Face à un bloc bor-delais très resserré, le PSG peine àtrouver des espaces. Les occasions sefont rares. Seule Natasa Andonovaparvient à mettre en danger Bordeaux

sur un coup franc de Shirley Cruzaprès le quart d’heure de jeu. Tenu enéchec à la pause, Paris est assommédès le retour des vestiaires. Sur unefrappe excentrée côté droit sublimede Gouthia Karchouni, les Bordelaisesprennent l’avantage (0-1, 48 min).Avant qu’Emelyne Laurent ne doublela mise après être partie seule encontre (0-2, 54 min).À terre, le PSG tente de réagir. LaureBoulleau retrouve d’ailleurs pour l’oc-casion le terrain, elle qui n’a plusjouée depuis octobre 2016. Mais ilfaut attendre le dernier quart d’heurepour voir les Parisiennes revenir. Enréduisant tout d’abord l’écart sur unetête de Marie-Laure Delie sur corner(1-2, 77 min). Puis sur un coup francdirect d’Eve Périsset (2-2, 85 min).

Ultra dominateur en fin de match, leclub de la capitale ne parvient pas àpasser devant au score. 2-2 entre lesdeux équipes au final.Un point pour Bordeaux qui lui per-met de se sauver. En effet, l’AS SaintEtienne s’incline dans le mêmetemps face à Guingamp (0-1), lais-sant donc les Bordelaises leur passerdevant à la 10ème place avec unpoint d’avance. Les Parisiennes finis-sent elles 3ème, à 6 points de Mont-pellier. Pour se qualifier pourl’Europe, Paris devra impérativementl’emporter jeudi prochain à Cardiff enfinale de la Ligue des Champions. LePSG y retrouvera un club qu’il connaitbien, l’OL. La dernière occasion pourParis de sauver une saison bien mo-rose.

Le club de la capitale va devoir par lasuite gérer un été compliqué, où ilfaudra notamment compenser le dé-part de Cristiane. Cette dernière s’en-volera du côté de la Chine. L’autreBrésilienne de l’équipe, Formiga,pourrait bien elle arrêter à désormais39 ans.Pour ce qui est de la D1 Féminine,Saint Etienne et Metz, où figurent leslusodescendantes Adeline Janela etElodie Martins, quittent l’élite. Le Vald’Orge et la Roche-sur-Yon sont euxpromues. L’occasion pour deux autreslusodescendantes de découvrir la D1:les soeurs Mathilde et Charlotte Fer-nandes qui évoluent dans le club es-sonien. Pour rappel, le Champion deFrance de D1 pour la onzième foisconsécutive est l’Olympique Lyonnais.

Football Féminin

Par Daniel Marques

DESPORTO 21

Ténis: GastãoElias chegouaos quartosdo Torneio de Lyon

Gastão Elias foi eliminado nos quartosde final do Torneio de Lyon ao perdercom o canadiano Milos Raonic, pri-meiro cabeça de série, em dois sets.O tenista português foi derrotado por6-4 e 6-3, em uma hora e 33 minu-tos.Apesar da diferença no ranking mun-dial, Gastão Elias até equilibrou o en-contro e apenas cedeu por duasvezes o seu serviço, desperdiçandoas três oportunidades que teve paraquebrar o serviço do canadiano.Gastão Elias não chegava aos quartosde final de um torneio do circuito ATPdesde outubro de 2016, em Esto-colmo, na Suécia, quando foi elimi-nado pelo norte-americano JackSock.Nas meias-finais, Milos Raonic per-deu frente ao checo Thomas Ber-dych. Na final, o francês Jo-WilfriedTsonga venceu o torneio de Lyon, der-rotando o checo Tomas Berdych emdois sets, pelos parciais de 7-6 e 7-5,em uma hora e 47 minutos.

‘Motard’ RuiGonçalvessoma seis pontos no GPFrança de motocrosseO português Rui Gonçalves (Hus-qvarna) somou no fim de semanapassado seis pontos nas duas cor-ridas do Grande Prémio deFrança, nona etapa do Mundial demotocrosse, com Tony Cairoli(KTM) a consolidar a liderança.O ‘motard’, que teve a 19ª presta-ção combinada do dia, foi 21º naprimeira corrida, a uma volta dovencedor, o alemão MaximilianNagl (Husqvarna), recuperandona segunda, que terminou em 15º,a 1.30,325 do belga Clement De-salle (Kawasaki), que triunfou nasegunda prova.O dorsal 999 somou mais seispontos, tendo agora um total de58, mas cedeu duas posições,sendo agora 20º na classificaçãogeral.O italiano Tony Cairoli, segundo naprimeira corrida e quarto na se-gunda, reforçou a liderança doMundial de motocrosse, que lideracom 347 pontos, mais 50 que ofrancês Gautier Paulin (Hus-qvarna), enquanto Desalle subiuao terceiro lugar, fruto da lesão doesloveno Tim Gajser, que o afastouda prova de Ernée.A nona etapa do mundial, oGrande Prémio da Rússia, dis-puta-se a 11 de junho, em Orlyo-nok.

Le 31 mai 2017

Por Marco Martins

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22 TEMPO LIVRE

Boa notícia

União na diversidadeEntre o evento de Pentecostes (ocor-rido cinquenta dias após a Páscoa) ea história da torre de Babel (contadano livro de Génesis) há uma estreitarelação. O episódio de Babel des-creve como Deus criou as várias lín-guas e dispersou os homens peloscontinentes da Terra. É a maneira es-colhida pela Bíblia para explicar as di-ficuldades que os povos têm ementender-se, devido às diferentes lín-guas e tradições. À luz da revelaçãode Cristo, este episódio propõe-nosuma bonita catequese sobre a diver-sidade: se Deus interveio (criando asvárias línguas) foi para ajudar a Hu-manidade a superar a tentação dauniformidade. Como se Ele nos dis-sesse: «Meus filhos, procurais a es-trada da união e isso é bom. Mas nãovos enganeis: a união não está nauniformidade. A verdadeira união deAmor pede e respeita a diversidade».O evento de Pentecostes (que cele-braremos no próximo domingo) com-pleta esta catequese. A primeiraleitura da Missa, escolhida do livrodos Actos dos Apóstolos, descrevedesta forma o anúncio da Boa Novaapós a chegada do Espírito Santo: «amultidão reuniu-se e ficou muito ad-mirada, pois cada qual os ouvia [osdiscípulos] falar na sua própria língua.Atónitos e maravilhados, diziam:“Não são todos galileus os que estãoa falar? Então, como é que os ouvecada um de nós falar na sua próprialíngua?”».Na torre de Babel a humanidade des-cobriu a sua própria variedade; no diade Pentecostes ela aprendeu o cami-nho da união na diversidade. E daliem diante, os povos «de todas as na-ções que há debaixo do céu» ouvi-ram proclamar nas várias línguas domundo, «as maravilhas do Senhor».

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Église Ste Geneviève193 route de Corbeil91700 Sainte Geneviève-des-Bois1° e 3° Domingo do mês às 9h00

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En cours Exposition de Rui Chafes, «Absences»,sculpture, dans le cadre de Lusoscopie.Galerie Mendes, 36 & 45 rue de Penthiè-vre, à Paris 08. Le lundi de 14h00 à19h00 et du mardi au vendredi, de11h00 à 19h00. Samedi sur rendez-vous.

En cours Exposition de Manuel Cargaleiro, pein-ture, dans le cadre de Lusoscopie. GalerieHélène Bailly, 71 rue du Faubourg SaintHonoré, à Paris 08. Du lundi au di-manche, de 10h00 à 19h00.

En cours Exposition de Maria Helena Vieira daSilva, peinture, dans le cadre de Lusosco-pie. Galerie Hélène Bailly, 71 rue du Fau-bourg Saint Honoré, à Paris 08. Du lundiau dimanche, de 10h00 à 19h00.

Jusqu’au 10 juin Exposition de Jorge Martins, «La peau desnuages», dessins, dans le cadre de Luso-scopie. Kogan Gallery, 96 bis rue Beau-bourg, à Paris 03. Du mardi au samedi,de 14h00 à 19h00. Fermée les jours fé-riés.

Jusqu’au 10 juin «Anticyclone», exposition de photogra-phie d’Annick Boissel et Carlos Casteleira.Le samedi 20 mai, 16h00, rencontrepour présenter cette exposition parlant denos rapports aux milieux humains et na-turels. Domaine des Jardinettes, 635route de Pertuis, à Villelaure (84).

Jusqu’au 10 juin Exposition de Bela Silva, céramique, dansle cadre de Lusoscopie. Galerie du Pas-sage, 20-26 galerie Véro-Dodat, à Paris01. Du mardi au samedi, de 11h00 à19h00.

Jusqu’au 18 juin “Figuras de Convite: quatre artistes por-tugaises”: Adriana Molder, Ana Léon,Maria Beatriz et Maria Loura Estêvão,dans le cadre de Lusoscopie. Galerie Ál-varo Roquette/Pedro Aguiar Branco, 19rue de Beaune, à Paris 07. Du lundi ausamedi, de 14h00 à 20h00.

Le samedi 1er juillet, 19h00 Exposition de photos «5 p.m. Hotel daGlória», de Eduardo Brito, dans le cadrede Encontros da Imagem 2016 et dansle cadre du Festival Parfums de Lis-bonne. Maison du Portugal André deGouveia, 7-P boulevard Jourdan, à Paris14.

Du 1er et 28 juin Exposition “Azul de Portugal” de MárioCantarinha (photos), au Consulat Généraldu Portugal à Paris, 6 rue Georges Berger,à Paris 17.

Jusqu’à début juillet «Corps et âmes - un regard prospectif»avec Arpad Szenes, Maria Helena Vieirada Silva, Michael Biberstein, MiguelBranco, Rui Moreira et 29 autres artistes,dans le cadre de Lusoscopie. GalerieJeanne Bucher Jaeger, Espace Marais, 5-7 rue de Saintonge, à Paris 03. Du mardiau samedi, de 10h00 à 19h00.

Jusqu’au 8 juillet Exposition collective de 4 artistes, dontJorge Molder, dans le cadre de Lusosco-pie. Galerie Bernard Bouche, 123 rueVieille du Temple, à Paris 03. Du mardiau samedi, de 14h00 à 19h00.

Jusqu’au 9 juillet Exposition «Pissarro à Eragny - La natureretrouvée» du peintre impressionnisted’origine portugaise Camille Pissarro, auMusée du Luxembourg, 19 rue Vaugirard,à Paris 6. Du lundi au jeudi, de 10h30 à18h00 et du vendredi au dimanche, de10h30 à 19h00.

Du 31 mai au 27 août “La violence et la grâce” de Graça Morais.Fondation Calouste Gulbenkian, Délégationen France, 39 boulevard de La Tour Mau-bourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Jusqu’au 3 septembre Exposition collective «Tous, des sang-mêlés»,qui propose d’explorer une notion tout aussiuniverselle que brûlante: l’identité culturelle.Participation de l’artiste Marco Godinho. Muséed’art contemporain MAC du Val-de-Marne,place de la Libération, à Vitry-sur-Seine (94).

Jusqu’au 23 septembre Exposition de Rodolphe Bouquillard, «Varia-tions africaines», peinture, dans le cadre de Lu-soscopie. Galerie de Thorigny, 1 place deThorigny, à Paris 03. Du mardi au samedi, de11h00 à 19h00.

Le mercredi 31 mai, 19h00 Conférence «Négocier l’observation» par MarionNaccache. Fondation Calouste Gulbenkian -Délégation à Paris, 39 boulevard de la Tour-Maubourg, à Paris 07. Inscription obligatoireau 01.53.85.93.93.

Le mercredi 31 mai, 15h00 Rencontre avec l’écrivain Valter Hugo Mãe. Bi-bliothèque municipale d’Anse, 5 rue Saint Cy-prien, à Anse (69).

Le jeudi 1et juin, 18h30 Conférence «Mémoire des Migrations» organi-sée par l’association Mémoire des Migrationsavec la sociologue Maria Beatriz Rocha-Trin-dade, le photographe Gérald Bloncourt, et Fé-licia Glória da Assunção Pailleux, fille d’unsoldat portugais du CEP. Au Consulat Généraldu Portugal à Paris, 6 rue Georges Berger, àParis 17. Infos: 06.86.16.16.80.

Le jeudi 1er juin Colloque «L’Asie portugaise dans les arts et leslettres». Fondation Calouste Gulbenkian, 39boulevard de la Tour-Maubourg, à Paris 07.

Le vendredi 2 juin Colloque «L’Asie portugaise dans les arts et leslettres». Université Paris-Sorbonne, Salle J636,17 rue de la Sorbonne, à Paris 05.

Les 6 et 7 juin Colloque «Graça Morais: le mythe et la méta-morphose». Fondation Calouste Gulbenkian -Délégation à Paris, 39 boulevard de la Tour-Maubourg, à Paris 07.

Le mercredi 7 juin, 19h30 Rencontre avec Jordane Bertrand, journalisteet spécialiste de l’Afrique, ancienne correspon-dante de RFI au Mozambique, qui présenterason Dictionnaire insolite du Cap-Vert, paru auxéditions Cosmopolite. Librairie Portugaise &Brésilienne, 19/21 rue des Fossés SaintJacques, à Paris 5. Infos: 01.43.36.34.37.

Le mercredi 28 juin, 19h00 Conférence sur «Mémoires miroirs» par Fer-nanda Fragateiro dans le cadre du cycle «Ar-tistes invités» proposé par Helena de Freitas.Fondation Calouste Gulbenkian - Délégation àParis, 39 boulevard de la Tour-Maubourg, àParis 07. Inscription obligatoire au:01.53.85.93.93.

Le samedi 3 juin, 19h00 Performances chantées, jouées et dansées enextérieur: Cante Alentejano par les Cantadoresde Paris et la Compagnie des Rêves Lucides;et performances Fantaisies autour de l’œuvrede Mário de Carvalho jouées par les acteurs dela Cie Cá e Lá, mise en scène de Graça dosSantos et costumes d’Isabel Vieira, dans lecadre du Festival Parfums de Lisbonne. Lapey-ronie - Torréfacteur et Leroy Merlin, Quartier del’horloge, 9 rue Brantôme, à Paris 03.

Le samedi 10 juin, 15h00 20ème concours de Poésie Lusophone sur “Omeu futuro”, organisé par l’Association Cultu-relle Portugaise. Espace de Loisirs Le 167, 167

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

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SORTEZ DE CHEZ VOUS

POÉSIE

DANSE

Le 31 mai 2017

TEMPO LIVRE 23

avenue Charles de Gaulle, à Neuilly-sur-Seine(92). Infos: 01.55.62.62.50.

Le dimanche 2 juillet, 15h00 «moi + l’autre = nous / eu + o outroo = nós»,variations autour de textes de Mário de Sá-Car-neiro et de Mário de Carvalho. Performancesà la criée, par les acteurs de la Cie Cá e Lá,dans le cadre du Festival Parfums de Lis-bonne. Comme à Lisbonne, 37 rue du Roide Sicile, à Paris 04.

Le samedi 3 juin, 11h00 Projection du film «John From» de João Ni-colau (2015), et conférence-débat avec Eu-rydice da Silva, dans le cadre du FestivalParfums de Lisbonne. Cinéma MK2 Beau-bourg, 50 rue Rambuteau, à Paris 03.

Le vendredi 9 juin, 18h15 Session de 9 courts-métrages portugais:“Miami” de Simão Cayatte, “Amélia &Duarte” de Alice Azevedo et Mónica Santos,“Rampa” de Margarida Lucas, “Fuligem” deDavid Doutel Vasco Sá, “Arena” de João Sa-laviza, “Douro Faina Fluvial” de Manoel deOliveira, dans le cadre des “Métamorphosesfocus sur le cinéma européen contemporain”organisé par le réseau EUNIC de Lyon, enpartenariat avec l’Institut Camões. CinémaLumière Bellecour, à Lyon (69).

Le samedi 10 juin, 11h00 Projection du film «Montanha» de João Sa-laviza (2016) et conférence-débat en pré-sence du réalisateur avec Régis Salado, dansle cadre du Festival Parfums de Lisbonne.Cinéma MK2 Beaubourg, 50 rue Rambu-teau, à Paris 03.

Le samedi 10 juin, 20h45 Projection du documentaire «Alentejo,Alentejo» de Sérgio Tréfaut, dans le cadredes “Métamorphoses focus sur le cinémaeuropéen contemporain” organisé par leréseau EUNIC de Lyon, en partenariatavec l’Institut Camões. Cinéma LumièreTerreaux, à Lyon (69).

Le samedi 17 juin, 11h00 Projection du film «Volta à Terra» de JoãoPedro Plácido (2016) et conférence-débat avec Jacques Lemière, dans lecadre du Festival Parfums de Lisbonne.Cinéma MK2 Beaubourg, 50 rue Ram-buteau, à Paris 03.

Du 20 au 27 juin 19ème édition du Festival du cinéma brési-lien de Paris sur “50 ans de tropicalisme” (8fictions et 8 documentaires). Cinéma l’Arle-quin, 76 rue de Rennes, à Paris 06.

Le samedi 1er juillet, 15h00 Projection du documentaire “Portuguesefrom Soho” de Ana Ventura Miranda, dansle cadre du Festival Parfums de Lisboa etdans le cadre de la clôture des cours de por-tugais du Centre Culturel Camões. Maison duPortugal André de Gouveia, 7-P boulevardJourdan, à Paris 14.

Le mercredi 7 juin, 19h30 Fado avec Mónica Cunha, accompagnée parNuno Estevens et Philippe de Sousa. Porto-logia, 42 rue Chapon, à Paris 03. Infos: 09.52.59.22.29.

Le jeudi 8 juin, 19h45 Apéro fado avec Filipe de Sousa (guitarra) etNuno Estevens (viola) et un invité: JoaquimCampos. La Chapelle des Lombards, 19 ruede Lappe, à Paris 11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le vendredi 9 juin, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupe, ac-compagnée par Loic da Silva (guitarra) et AnaLuísa (viola). La Ferme des 3 Louches, 760route de Commines, à Wambrechies (59).Infos: 03.20.39.72.49.

Le samedi 10 juin, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupe et Je-nyfer Rainho, accompagnées par Loic daSilva (guitarra) et Ana Luísa (viola). Restau-rant Vilanova, 53 rue Maurice Sarraut, àTourcoing (59). Infos: 03.20.25.02.80.

Le vendredi 16 juin «Fado quente» avec Conçeição Guadalupe,Jenyfer Rainho, João Rufino, Daniela Costa...accompagnés par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens (viola), Philippe Leiba(contrebasse) et Nella Selvagia (percussions).Présentation et vocal: Jean-Luc Gonneau.Les Affiches / Le Club, 7 place Saint Michel,à Paris 05. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 17 juin, 20h00 Dîner fado avec Conceição Guadalupe, ac-compagnée par Lino Ribeiro (guitarra) et Vitordo Carmo (viola). O Forno, 28 rue LéonBlum, à Epernay (51). Infos: 03.26.32.03.68.

Le dimanche 18 juin, 16h00 Rencontre mensuelle de Gaivota: fado, chan-sons, peinture, littérature, amuses-bouches,…Château Lorenz, Salle polyvalente, 11 avenueGeorges Clemenceau, à Bry-sur-Marne (94).Infos: 06.64.13.48.94.

Le mercredi 21 juin, 19h30 Fête de la Musique avec Fado Vadio avecl’Académie de Fado. Entrée libre. Porto-logia, 42 rue Chapon, à Paris 03. Infos: 09.52.59.22.29.

Le samedi 17 juin Conférence chantée avec Jean-Paul Del-fino et concert du duo franco-brésilien Au-rélie & Verioca. Médiathèque La Méjanneà Aix-en-Provence (13).

Le dimanche 18 juin, 17h00 Concert de la pianiste Teresa Palma Pereiraavec son nouveau CD «Encontro avec desœuvres de Mozart et Schumann», dans lecadre du Festival Parfums de Lisbonne.Maison du Portugal André de Gouveia, 7-P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le jeudi 22 juin, 20h30 Concert chansons et poèmes avec ElzaGonçalves et François Fernandes (Brésil,Portugal, Angola). Au piano: Xavier CharlesCatta, organisé par l’Association CulturelleFrance Portugal 37. Salle Ockeghem, àTours (37). Infos: 06.83.27.31.15.

Les 26, 27, 28 juin Concert du duo franco-brésilien Aurélie &Verioca dans le cadre du Festival jeune pu-blic, à Verneuil-sur-Avre (27).

Le vendredi 7 juillet, 19h00 Concert du pianiste Miguel Costa, dans lecadre du Festival Parfums de Lisbonne. Mai-son du Portugal André de Gouveia, 7-P bou-levard Jourdan, à Paris 14.

Les 3 et 4 juin Fête Franco-Portugaise avec Lucenzo, MarcoPaulo, Némanus, JH La Légende, Rui Ban-deira, Manuel Campos, Johnny, Papa Lon-don, Marcus et Nelo Ferreira, organisée parl’APCS de Pontault-Combault. Dans le Parcde l’Hôtel de Ville de Pontault-Combault(77). Entrée gratuite.

Le samedi 10 juin, 20h30 Commémoration de la Fête nationale duPortugal avec Mário Jasmin (la voix deMike Brant) et Mara Pedro (Fado) accom-pagnée par ses musiciens, organisée parl’Association culturelle portugaise de LesUlis-Orsay. Espace Boris Vian, rue du Mor-van, Les Ulis (91).

Le samedi 17 juin Fête de fin d’année de l’Institut Lusophoneen hommage à Joaquim Pires. Salle JacquesBrel de Pontault-Combault (77).

Le dimanche 18 juin Fête de Radio Alfa avec Tony Carreira, Bonga,Diogo Piçarra, Susana Félix, Kátia Aveiro etChris Ribeiro. Ile de Loisirs de Créteil (94).Infos: 01.45.10.98.60.

Le dimanche 11 juin, 12h00 Festival de folklore organisé par le groupeACTOP “Grupo Etnográfico Minho Ave”, avecla participation des groupes Juventude de Vil-leneuve-le-Roi, Sol de Portugal d’Amiens, Es-trelas do Alto Minho de Paris 14 et Provínciasde Portugal de Roubaix. Stade des Orions,267 rue de Roncq, à Tourcoing (59).

Le vendredi 30 juin, 19h30 Marcy fête l’été, avec (entre autres) la parti-cipation exeptionelle du Grupo Folclórico eEtnográfico Granja de Ulmeiro (Portugal).Place Fleury Lancelin, à Marcy l’Etoile (69).Entrée libre.

Les 10 et 11 juin Fête du Cheval Lusitanien. Parc du Châteaude Montrond-les-Bains (42).

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