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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa LusoJornal / Mário Cantarinha Consulado passa a prestar mais 60 serviços aos utentes 09 A Presidente da Transavia France, Nathalie Stuber, está a apostar em Portugal e diz que o mercado está a crescer 30% PUB Recital. A encenadora Anne Petit vai apresentar um recital de textos dedicado a Sophia de Mello Breyner, intitulado “De- rive ou les visages du réel”. 14 Exposição. A artista Sara Teixeira inau- gurou a exposição de desenho ilustrado “Printemps”, no Consulado Geral de Portugal em Paris. 15 Política. O Primeiro Ministro portu- guês António Costa veio a Paris e reu- niu com o Primeiro Ministro francês Manuel Valls em Matignon. 03 Street-art. O artista português Hazul Lusah pintou um mural no Metro de Ren- nes, intitulado “Radeau”, evocando um texto de José Saramago. 16 Edition nº 270 | Série II, du 22 juin 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 03 Raphaël Guerreiro: primeiro Europeu para o lusodescendente Jogador vai transferir-se para o Borusia Dortmund 21 Espaço do Cidadão inaugurado em Paris PUB

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

LusoJornal / Mário Cantarinha

Consulado passa a prestar mais 60 serviços aos utentes

09A Presidente da Transavia France,Nathalie Stuber, está a apostar emPortugal e diz que o mercado está acrescer 30%

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Recital. A encenadora Anne Petit vaiapresentar um recital de textos dedicadoa Sophia de Mello Breyner, intitulado “De-rive ou les visages du réel”.

14

Exposição. A artista Sara Teixeira inau-gurou a exposição de desenho ilustrado“Printemps”, no Consulado Geral dePortugal em Paris.

15

Política. O Primeiro Ministro portu-guês António Costa veio a Paris e reu-niu com o Primeiro Ministro francêsManuel Valls em Matignon.

03

Street-art. O artista português HazulLusah pintou um mural no Metro de Ren-nes, intitulado “Radeau”, evocando umtexto de José Saramago.

16

Edition nº 270 | Série II, du 22 juin 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

03

Raphaël Guerreiro: primeiro Europeu para o lusodescendenteJogador vai transferir-se para o Borusia Dortmund 21

Espaço do Cidadãoinaugurado em Paris

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02 Opinião le 22 juin 2016

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Ser ou não ser gay...Luísa SemedoConselheira dasComunidades

[email protected]

Crónica de opinião

Eu, por acaso, não sou lésbica. Digopor acaso porque a orientação sexualde cada um é um dado puramentealeatório e não uma escolha contin-gente, um atributo hereditário ou umamaldição divina. Mas a causa LGBT éuma causa universal que a todos dizrespeito pois convoca, entre outras,questões fundamentais como a igual-dade e a liberdade.François Hollande, em reação ao ata-que de Orlando da semana passada,que custou a vida a quarenta e novepessoas numa discoteca gay, tweetoua seguinte frase “A terrível matançahomófoba de Orlando agrediu a Amé-rica e a liberdade. A liberdade de es-colher a sua orientação sexual e o seumodo de vida”. Prontamente, um ze-loso Conselheiro avisou a Presidênciafrancesa que “ai espera lá, que isto deser gay não é uma questão de esco-lha!”. O Presidente foi sensível aos ar-gumentos e modificou o comunicado.É preciso saber que, num primeirotweet, Hollande tinha olvidado demencionar o caráter homofóbico doataque e só à terceira tentativa, apóster escorregado no segundo tweet, éque acertou com a mensagem.Em Portugal, António Costa, foi aplau-dido pelo seu tweet, pois ao contráriode outros líderes políticos mundiais, in-clusive o Presidente Marcelo Rebelo deSousa, o Primeiro Ministro fez de ime-diato, sem ambiguidades, referência aocaráter homofóbico do massacre: “Ahomofobia feriu de morte a liberdade,em Orlando e no mundo. Ser livre tam-

bém é poder escolher quem se ama.A liberdade vencerá o ódio”. E no en-tanto, encontramos aqui de novo, aproblemática da escolha.Ora, a questão central da liberdade, noque à orientação sexual diz respeito,não é propriamente a de poder esco-lher quem se ama, mas a de se poderser quem se é. Estamos perante umaprofunda questão de identidade enão de contextuais preferências. E éprecisamente nesta questão da iden-tidade que poderemos, porventura,encontrar uma das respostas possí-veis à questão colocada por váriasvozes mediáticas, nomeadamente ado Daniel Oliveira num artigo do Ex-presso, de dia 14 de junho, “Eu fuiCharlie e não sou gay?”Ora, a meu ver existe uma inexatidãona analogia. “Eu sou Charlie” ou “Eusou Paris” estaria mais próximo dafrase “Eu sou Pulse” (o nome da dis-coteca), ou “Eu sou Orlando”. “Eu sougay”, no caso dos ataques ao jornal

Charlie Hebdo, equivaleria talvez a um“Eu sou jornalista”. Mas “ser Charlie”ou “ser jornalista” não mexe com anossa identidade profunda. No ataqueao Hyper Cacher, em que a motivaçãodo ataque terrorista foi claramente an-tissemita, também não foi utilizado o“Eu sou judeu” que estaria, nestecaso, mais próximo do “Eu sou gay”.Há várias razões para não declarar, emsolidariedade, ser uma coisa que nãose é, inclusive a homofobia, masaquela que me parece mais interes-sante neste caso é o argumento domedo. “Eu sou gay” é uma declaraçãoque ainda hoje implica consequênciaspois todos sabemos a que ponto esta-mos a falar de uma comunidade par-ticularmente ostracizada.Não ter utilizado o “eu sou gay” comose utilizou o “eu sou Charlie” é tam-bém revelador da consciência geral dacondição particularmente vulnerável,em que se encontra a comunidadeLGBT em todo mundo. Como escrevi

há uns tempos não há nenhum paísno mundo que respeite a paridadehomem-mulher, e podemos igual-mente colocar a questão se existealgum país no mundo em que as pes-soas LGBT não sejam alvo de violên-cia extrema, de discriminações ou dechacota. Recordo-me, por exemplo,de um episódio recente e banal numa“evoluída” conferência na “civilizada”Calouste Gulbenkian em Paris, emque a utilização por um orador da pa-lavra “bicha” em vez de “fila” deu azoa hilaridade quase geral.Quando tive conhecimento do mas-sacre de Orlando, um dos meus pri-meiros pensamentos foi para ospré-adolescentes que estão nestemomento em pleno questionamentosobre a sua orientação sexual. Reme-morei quando, muito pequena, ouvifalar pela primeira vez dos skinheadse do Klu Klux Klan, e da ideia de sepoder matar alguém unicamente de-vido à sua cor e de como fiquei ater-

rada por mim e pela minha família.Pensei nos mais jovens que foram, nasemana passada, pela primeira vezconfrontados à possibilidade de pode-rem ser assassinados unicamente porserem quem são. E de como o medopoderá influenciar as suas existências,as suas liberdades.Diz-se que 10% da população é LGBT,nas “Comunidades” em França essapercentagem parece não existir, gays“assumidos” e politizados, por exem-plo, contam-se pelos dedos das mãos.É necessário ter consciência que es-tamos a falar de Portugueses queestão em especial dificuldade poisacumulam os constragimentos de fa-zerem duplamente parte das “mino-rias”, com todos os obstáculos àintegração que tal acarreta. Os Portu-gueses LGBT em França são porvezes, como os outros, obrigados a pa-recer mais Franceses que François emais heterossexuais que a ChristineBoutin. Muitos destes Portuguesesvivem em núcleos familiares restritose em caso de rotura com a famíliaficam em situação particularmentevulnerável. A condição emigrante po-tencia muitas vezes as dificuldadesque já viviam em Portugal. Um traba-lho sobre a igualdade nas Comunida-des passa, igualmente, por incorporara questão LGBT nas nossas preocupa-ções.Ser ou não ser gay não é questão deescolha, mas pode ainda, infeliz-mente, ser uma questão de vida oude morte.

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, RuiRibeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, LuísGonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: juin 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Lusa / Mário Cruz

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03Política

lusojornal.com

emsíntese

Insatisfação na Presença Consular em Troyes

Uma vez mais, foi realizada emTroyes, na quinta-feira da semanapassada, dia 16 de junho, uma Pre-sença Consular do Consulado Geralde Portugal em Paris, nas instalaçõesda Casa Cultural e Social Portuguesa,125 avenue Robert Schumann.Recorreram ao serviço mais de 150Portugueses e alguns Franceses tam-bém, para tratarem de diversos as-suntos, tais como Cartão de Cidadão,Passaporte, Procurações, Registos decasamento, de nascimento e deóbito, etc.Nem sempre é fácil trabalhar nestasinstalações, mas, tendo em conta ogrande número de utentes, os horá-rios de atendimento previstos das10h00 às 14h00, tiveram de ser alar-gados, uma vez mais, para as 16h45.As sandes só se comeram perto dofim, para se conseguir “com muitís-sima paciência destas simpáticasfuncionárias consulares”, satisfaze-rem quase todos os pedidos. Paraesta Permanência, as funcionárias fi-zeram 5 horas de trajeto no dia, sai-ram de Paris antes das 8h00, pararegressarem a Paris às 20h00 e asuas casas depois das 21h00.Alguns dos utentes, para não faltaremao trabalho e outros para não estaremtantas horas à espera, acabaram porabandonar e foram embora. Mas agrande parte esperou porque a alter-nativa seria fazer mais de 300 kmpara ir a Paris. Este é “um grande ser-viço que o Consulado nos oferece”.Ouvem-se sempre críticas, mas tam-bém se ouvem palavras de simpatiaà Casa Portuguesa e ao Consulado.Mas desta vez as três funcionáriasouviram algumas queixas. Haviagente a mais e uma das duas máqui-nas de recolha de dados biométricosdecidiu não funcionar!Havia gente de toda a região, de Au-xerre, Vendeuvre-sur-Barse, Sens,Nogent-sur Seine, Sézanne, Châlons-en-Champagne, Charleville-Mézières(200 km), e mais ainda.Tendo em conta o “sucesso” destaPermanência Consular, os utentespedem que a cadência seja aumen-tada e que passe a uma Permanên-cia por mês.A próxima Presença consular emTroyes só está agendada para dia 6de outubro!

Por António Alves

Primeiro Ministro inaugurou o Espaço do Cidadão no Consulado de Portugal em Paris

O Consulado Geral de Portugal emParis passa a ter o primeiro Espaço doCidadão criado fora das fronteiras por-tuguesas. A inauguração foi feita no sá-bado passado, à tarde, pelo PrimeiroMinistro António Costa, que se deslo-cou a França em companhia do Secre-tário de Estado das Comunidades JoséLuís Carneiro e da Secretária de Estadopara a Modernização Administrativa,Graça Fonseca. Na comitiva estavaainda o Secretário de Estado da Juven-tude e do Desporto, João Paulo Rebelo.“É uma grande honra para nós recebê-lo aqui hoje” disse o Cônsul Geral dePortugal nesta que foi a primeira visitade António Costa a este posto consular.António Moniz lembrou que este é omaior posto consular português nomundo, que pratica cerca de 190 milatos consulares por ano, o que corres-ponde a cerca de 10% dos atos con-sulares praticados em todo o mundo.O Cônsul Geral lembrou ainda que oEspaço do Cidadão “não vai beneficiarapenas os cidadãos desta área consu-lar, mas também de outras áreas con-sulares e até de outros países vizinhos”e depois enalteceu o apoio dos funcio-nários do Consulado Geral. Vários delesfizeram formação para o Espaço do Ci-dadão.Discursando perante uma plateia res-trita, constituída por jornalistas, funcio-nários consulares, os dois Deputadoseleitos pelo círculo eleitoral da Europa,Carlos Gonçalves e Paulo Pisco, algunsConselheiros das Comunidades, o Pre-sidente da Câmara de comércio e in-dústria franco-portuguesa, CarlosVinhas Pereira, e o Diretor Geral daCaixa Geral de Depósitos em França,Rui Soares, o Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, José LuísCarneiro falou de um “momento sim-bólico”.“Esta é uma autêntica revolução noconceito de serviço aos Portuguesesque residem no exterior. E esta revolu-ção deve-se ao impulso reformista doSenhor Primeiro Ministro. Não só deuo impulso como deu todo o apoio aoacompanhamento”. O Secretário deEstado lembrou ainda que se trata deuma medida cujo objetivo existia desde2007.

José Luís Carneiro assegurou que estáa fazer um trabalho de “modernizaçãodos serviços consulares”, diz que quer“de forma gradual repor os níveis deacolhimento aos Portugueses que hojeprocuram em maior número os serviçosconsulares”, lembrou que vai criar umabase de dados única, centralizada emLisboa, criando uma inscrição consularúnica, vai desenvolver os ConsuladosHonorários atribuindo poderes alarga-dos a alguns deles, afirma que temmais 30 municípios em Portugal quequerem criar um Gabinete de Apoio aoEmigrante, mas lembrou a experiênciarecentemente criada em Pontault-Combault com a criação de um Gabi-nete de Apoio aos Portugueses nummunicípio estrangeiro. Lembrou aindao Gabinete de Apoio ao Investidor e dizque vai redefinir os critérios de apoioao movimento associativo, com novasprioridades.António Costa lembrou por sua vez quehá uma semana se festejou, com oPresidente da República, o Dia de Por-tugal pela primeira vez junto das Co-munidades portuguesas e sublinhou

que “hoje é dia de passar das palavrasaos atos”.“Hoje é dia de passar das palavras aosatos e de concretizar aquilo que é avontade de todos: aproximarmos o paísdas suas Comunidades, de cada umdos cinco milhões de Portugueses queestá disperso pela Diáspora, de execu-tar aquela vontade política de que ne-nhum Português fora do territórionacional possa sentir que é mais difícilser Português fora do que dentro dePortugal”, declarou António Costa.Aliás o Secretário de Estado das Comu-nidades aproveitou para anunciar arealização, já a partir de setembro, deum novo programa intitulado “Diálogosnas Comunidades”, que “correspondea uma espécie de Estados Gerais dosPortugueses no estrangeiro, que serãoacompanhados pelo Senhor PrimeiroMinistro e por vários outros membrosdo Governo com intervenção nestasáreas”.A Secretária de Estado da Moderni-zação Administrativa, Graça Fonseca,fez uma demonstração ao vivo decomo vai funcionar o Espaço do Ci-

dadão, com a impressão do seu pró-prio registo criminal, algo que “antesdemorava um mês e a partir de hojepassa a ser na hora”.António Costa disse que se trata de“um primeiro passo” porque se co-meça com 60 serviços mas que “odever é ir alargando o número de ser-viços” para que “não seja necessáriodeslocar-se a Portugal para poder tra-tar de qualquer ato a tratar com a ad-ministração portuguesa”.O Chefe de Governo sublinhou, tam-bém, que o Espaço do Cidadão é um“bom exemplo do que é a reforma doEstado e a modernização do Estado”,defendendo que apesar da contençãoorçamental, a tecnologia permite ser-vir ainda mais utentes. “Todos nóspercebemos que face às necessida-des de contenção orçamental, a redeconsular tem de ser hoje mais contidado que foi no passado. Mas hoje fe-lizmente dispomos de ferramentasque nos permitem que, sem presençafísica, sem maior proximidade, pos-samos até praticar mais atos no exte-rior do que podíamos antigamentecom a antiga rede consular”, afirmou.O Espaço do Cidadão vai permitirtambém fazer o pedido de alteraçãode morada, a consulta do número debeneficiário, o pedido do Cartão Eu-ropeu do Seguro de Doença e o ser-viço de Segurança Social Direta.Através deste serviço online poderáigualmente proceder-se a pedidos deprestações por morte, de reembolsode despesas de funeral, de subsídiode funeral, assim como certidões di-versas, como as paroquiais, e a reno-vação da carta de condução.“É uma medida do Simplex+ 2016”lembrou Graça Fonseca. “Criada paraser posta em prática nos serviços con-sulares, esta foi uma ideia desdesempre muito acarinhada por esteConsulado”.Todos os serviços (60) são gratuitos,com a exceção de dois, o pedido decertidão de registro criminal, “o docu-mento desta lista que mais têm solici-tado os Portugueses no estrangeiro” ea carta de condução.Segundo o Primeiro Ministro, o pró-ximo Espaço do Cidadão vai ser criadono Consulado Geral de Portugal emSão Paulo.

Com um catálogo de 60 novos serviços

Por Carlos Pereira

António Costa reuniu com Manuel VallsO Primeiro Ministro português Antó-nio Costa veio a Paris no sábado pas-sado e reuniu com o seu homólogofrancês, Manuel Valls, oito dias apóster sido recebido pelo Chefe de Es-tado François Hollande, juntamentecom o Presidente da República, Mar-celo Rebelo de Sousa.“Partilho com o Senhor Presidente daRepública e com o Senhor Governa-dor do Banco de Portugal a necessi-dade de sermos muito prudentes, nãoprocurar destabilizar o nosso sistemafinanceiro, sobretudo aquele que é ogrande pilar do nosso sistema finan-ceiro que é a Caixa Geral de Depósi-tos”, declarou António Costa, à saídada reunião com o homólogo francês.Manuel Valls declarou que a França

apoia “muito o Governo português”.“Estamos muito atentos às posiçõesdo Governo português. Não podehaver uma Europa punitiva. Portugal

fez muitos esforços que o povo portu-guês suportou (…). É preciso respei-tar estes compromissos e ao mesmotempo ter em conta os compromissos

tomados pelo Governo de AntónioCosta diante do povo. Por isso, evi-dentemente que apoiamos muito oGoverno português”, declarou ManuelValls, no final da reunião com AntónioCosta, em Paris.O Chefe do Executivo francês desta-cou, também, que o Governo portu-guês constituiu “uma maioria saídade eleições” e tem “toda esta legiti-midade que fez compromissos”.Depois da reunião em Matignon, e dainauguração do Espaço do Cidadãono Consulado Geral de Portugal emParis, a comitiva governamental as-sistiu ao jogo de futebol da SeleçãoNacional frente à Seleção da Áustria,no quadro do Euro’2016, no Parc desPrinces.

le 22 juin 2016

Novo Portal InternetAproveitando a presença do Primeiro Ministro, foiinaugurado o novo portal internet do ConsuladoGeral de Portugal em Paris.O novo site, mais moderno e funcional, com acessodireto à nova plataforma de marcação daqueleposto consular foi apresentado pelo Adido SocialJoaquim Rosário.http://consuladoportugalparis.org

LusoJornal / Mário Cantarinha

Carina Branco

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04 Política

lusojornal.com

emsíntese

Trabalhadoresdomésticos da Embaixada trabalham 44horas semanais

O Sindicato dos TrabalhadoresConsulares e das Missões Di-plom’aticas (STCDE) emitiu umanota sobre o almoço que ocorreuna Embaixada de Portugal, comPersonalidades da Comunidadeportuguesa de França, aquandoda vinda a Paris do Presidente daRepública, nas Comemorações do10 de Junho.Tendo em conta a fotografia queilustra este texto, e que foi divul-gada nas redes sociais (porque setratou de um almoço vedado à im-prensa), o STCDE enviou umacarta ao Presidente da República,ao Primeiro Ministro, ao Secretáriode Estado das Comunidades e aosDeputados eleitos pelo círculo elei-toral da Emigração-Europa, com oseguinte teor:“Sabem que para a realizaçãodeste aprazível momento, numedifício limpo e arrumado, ao qualchegaram certamente conduzidospor motoristas briosos e cautelo-sos, onde encontraram uma mesacuidada e bem posta, para apre-ciar uma refeição bem preparadae servida com todos os requintes,foi fundamental o trabalho dos As-sistentes de Residência, que tra-balham 44 horas por semana, umregime iníquo e único na Adminis-tração Pública portuguesa?Sabem que estes trabalhadoresestão todos em regime de contratode trabalho em funções públicas eintegram uma carreira especial,imposta em 2013, para dar cober-tura legal a este regresso ao pas-sado?Sr. Presidente da República, Sr.Primeiro Ministro, a que regimehorário estarão sujeitos os traba-lhadores em serviço em Belém eem São Bento, a partir de 1 dejulho?Será que esta injustiça se irá man-ter? Continuará a haver dois pesose duas medidas na AdministraçãoPública Portuguesa?Apelamos a uma negociação ur-gente, para que, de vez, seja postoum ponto final a esta forma de ser-vidão”.

PCP insiste na revogação da PropinaUm projeto de lei do grupo parlamen-tar do PCP divulgado na semana pas-sada propõe a revogação da Propina doensino de Português no estrangeiro,por constituir um “sério entrave” à fre-quência dos cursos de Ensino Portu-guês no Estrangeiro (EPE).Presentemente, o valor da Propina, fi-xado através da Portaria 102/2013, de11 de março, cifra-se em 100 euros.“O PCP entende que apostar no en-sino da Língua e Cultura Portuguesasno estrangeiro é uma opção estraté-gica, pelo que não deve ser encaradacomo uma despesa mas sim como uminvestimento necessário para o pre-sente e para o futuro de Portugal”, re-fere o PCP na exposição dos motivosdo diploma.Investimento que, de acordo com oPCP, faz ainda mais sentido no atualcontexto de forte emigração, pois, se-gundo dados do Instituto Nacional de

Estatística, nos últimos quatro anossaíram de Portugal cerca de 500 milPortugueses, muitos dos quais levamconsigo a família e descendentes.Os Comunistas lembram que as su-cessivas medidas tomadas pelo ante-rior Governo PSD/CDS-PPtraduziram-se numa “tendência parao desinvestimento e para a desvalori-zação” do ensino da Língua e da Cul-tura Portuguesas, criando obstáculosque dificultaram a sua aprendizagempor parte dos alunos portugueses e doslusodescendentes, como a criação daPropina bem o demonstra. “O GovernoPSD/CDS, por intermédio do Secretá-rio de Estado das Comunidades, de-pois de muita trapalhada epropaganda, justificou a introdução daPropina para fazer face aos custos dacertificação dos cursos”, criticam osComunistas.No entender do PCP, a introdução da

Propina não só ignora disposiçõesconstitucionais que apontam para agratuitidade do ensino como trata de“forma discriminatória e injusta” osPortugueses que residem fora do país.Os alunos do EPE são os únicos Por-tugueses que pagam Propina para afrequência do ensino básico e secun-dário, diz o PCP.Segundo os autores do diploma, a in-trodução da Propina no EPE tem sidocontestada pelas Comunidades portu-guesas, pelo Conselho das Comunida-des Portuguesas e pelas Comissões eAssociações de pais, contestação essaque tem sido acompanhada peloGrupo Parlamentar do PCP.A par da introdução da Propina, acusaainda o PCP, o Governo anterior doPSD/CDS fez alterações substanciaisno funcionamento da rede EPE e notrabalho dos professores que “são cha-mados cada vez mais a envolver-se e a

desempenhar tarefas ao nível dos pro-cessos administrativos”, sendo res-ponsáveis pela inscrição ou reinscriçãodos alunos e pelo recebimento do pa-gamento da Propina. “Acresce-lhesainda a responsabilidade de ‘angariar’o número de alunos tido como impres-cindível para abertura do curso. Casoo professor não consiga alcançar taldesiderato será despedido”, alerta oPCP, observando que no decurso dosúltimos quatro anos o Governo proce-deu à redução da rede EPE por via dadiminuição dos horários e de profes-sores a lecionar.“É preciso parar a destruição do EPE,é preciso valorizar o ensino da Línguae da Cultura Portuguesas. É precisoeliminar a Propina”, diz o PCP, quepropõe assim a revogação da taxa decertificação das aprendizagens e ataxa de frequência, designada por Pro-pina.

Assembleia da República

Incluída no seu programa de visita aFrança como ato privado, foi comenorme alegria e com grande respon-sabilidade que recebemos o senhorPresidente da República Portuguesano Santuário de Nossa Senhora deFátima-Maria Medianeira, em Paris19ème, para a missa na manhã dedia 12 de junho.Com enorme alegria, porque o Chefede Estado nos honrou ao visitar a Co-munidade portuguesa radicada emFrança e os católicos neste local, degrande significado na memória e navida da cidade e deste país. Estaigreja votiva de Marie Médiatrice -que foi construída a partir de 1950para celebrar a Libération de Paris(ocorrida em 25 de agosto de 1944)e está hoje confiada à Comunidadeportuguesa como Santuário - é o Me-morial de uma confiança inabalávelno amor de Deus, de uma promessaque foi cumprida e de um aconteci-mento libertador.E foi com grande responsabilidade,

porque a presença do Presidente daRepública, confirma que os Portugue-ses emigrados e residentes no exte-rior, são e apreciam ser tratados comocidadãos inteiros, nos seus direitos edeveres, filhos da nação e represen-tantes de Portugal. Estes homens emulheres, jovens e crianças, mesmose muitos são já nascidos em França,recusam ser olhados como estrangei-ros na terra das suas origens.O Chefe de Estado visitou uma dasvárias Comunidades cristãs aindaexistentes em Paris, que unem o serportuguês ao ser cristão nos homense mulheres que percebem na fé umapelo a ser-se sempre grato pelas ori-gens e conscientes da missão de tes-temunhar a compaixão num mundoque se desumaniza.Sim, os emigrantes vieram à procurade uma vida melhor para as suas fa-mílias, mas como cristãos sentimosque não somos apenas trabalhadoresou consumidores em França, mascontribuímos com o testemunho

dessa mesma fé, da caridade e da es-perança para o bem maior da socie-dade que nos acolhe.Apesar da saudade que um Portuguêspossa ter do seu país, a pertença àIgreja e a participação na sua vida,faz-nos sentir cidadãos do mundo ealarga o horizonte do nosso coração,ao mesmo tempo que afirmamos anossa língua e cultura.Cuidar da fé junta memória e missão,e faz-nos ser, ainda mais, reconheci-dos - e até sentir um santo orgulho -das nossas origens.Algum tempo depois de ter chegadoa Paris, visitei o recém-inauguradoMuseu da história da imigração, naPorte Dorée. Há um cantinho dedi-cado aos Portugueses. Algumas foto-grafias documentam a vida dosemigrantes nos anos 60, num dos bi-donvilles: a barraca a ser alargadapara mais alguém que chega; o bar-beiro improvisado, que na rua corta ocabelo a outro companheiro; a ima-gem de Nossa Senhora de Fátima,

preparada para uma festa com procis-são, ali mesmo na lama, na maior po-breza… Não foi apenas força detrabalho e de desenvolvimento econó-mico que nós trouxemos: foi tambémesse dom escondido da vida de Deusnos corações dos emigrantes.Ousamos esperar, por isso, que quemgoverna, em Portugal ou em França,tenha um autêntico progressismo e acoragem de não recear o contributoda fé cristã para um verdadeiro hu-manismo, que não exclua nenhumdos seres humanos mais frágeis e in-defesos, em qualquer etapa da suavida.Olhando nos olhos o nosso Presi-dente, disse-lhe ainda: não sei sesomos os melhores do mundo mas seique podemos ser melhores do que jásomos!Este artigo é a simples adaptação dodiscurso direto ao indireto, a partir daminha saudação de acolhimento aoPresidente da República. Segue-seproximamente o acto II.

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Senhor Presidente – acto IPadre Nuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

[email protected]

Crónica de opinião

le 22 juin 2016

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05Comunidade

Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-França define programa de açãoO Grupo Parlamentar de Amizade Por-tugal-França teve um encontro de tra-balho na Embaixada de França emLisboa, a convite do Embaixador Jean-François Blarel, no dia 15 de junho.Estiveram presentes os DeputadosCarlos Alberto Gonçalves (PSD), Pre-sidente deste Grupo de Amizade, osVice-Presidentes Paulo Pisco (PS) eTelmo Correia (CDS-PP), e os Deputa-dos Susana Lamas (PSD), ManuelaTender (PSD), Emília Cerqueira(PSD), Sérgio Sousa Pinto (PS), OdeteJoão (PS) e Carla Cruz (PCP).Dada a recente criação do Grupo deAmizade na XIII Legislatura, paraalém da apresentação de cumprimen-tos, foram mencionadas as atividadesque o Grupo Parlamentar de AmizadePortugal-França poderá vir a desenvol-ver no futuro, com especial destaquepara as relações com o Grupo parla-mentar homólogo, presidido pela De-putada franco-portuguesa ChristinePires, tendo ainda sido abordadostemas da atualidade no âmbito da po-lítica externa e da política europeia.Os Grupos Parlamentares de Amizadetêm como objetivo trocar conheci-mentos e experiências, divulgar e pro-

mover interesses e objetivos comuns,nos domínios político, económico, so-cial e cultural, refletir em conjuntosobre problemas que envolvam os doisEstados e os seus nacionais e dassuas Comunidades emigrantes quan-do existam.Assim, o Grupo Parlamentar de Ami-

zade Portugal-França pretende conti-nuar os contactos regulares com oEmbaixador de França em Lisboa eseus Conselheiros, “tendo em vista atroca de informações e análise de as-suntos de interesse para as relaçõesbilaterais em geral e, em particular, osde âmbito social, económico e cultu-

ral, relativos às Comunidades dos doispaíses”. Os Deputados portuguesesquerem aliás participar nas diversasiniciativas promovidas pela Embai-xada de França em Lisboa.Também querem reforçar as relaçõesinstitucionais entre a Assembleia daRepública de Portugal, a AssembleiaNacional Francesa e o Senado, atra-vés do acompanhamento das relaçõesparlamentares bilaterais, designada-mente com os Deputados pertencen-tes ao Grupo de Amizade homólogo,sobre matérias de interesse comum.Aliás, querem receber em Portugaluma delegação dos Deputados fran-ceses, em retribuição da deslocaçãofeita a França no ano passado.O Grupo de Amizade presidido porCarlos Gonçalves pretende promoveriniciativas, na Assembleia da Repú-blica, em parceria com a sociedadecivil, “no sentido de aprofundar o re-lacionamento entre os dois países, atodos os níveis, político, económico,social e cultural” e estabelecer con-tactos com instituições francesas se-deadas em Portugal, de forma aestabelecer laços a nível económico,social e cultural.

Deputados reuniram com Embaixador de França em Portugal

emsíntese

Portugal: o destino com omaior sucessoeste verão

Os Franceses continuam a procurarpassar férias em Portugal. Segundo obarómetro mensal das Agências deViagens francesas, Portugal ocupa oprimeiro lugar em termos de progres-são de vendas com 42% de aumentoe o 4° lugar na classificação dos des-tinos de médio curso mais vendidosnas agências de viagem francesas,logo depois da Espanha, da Itália e daGrécia. E até passa à frente da Gréciaem termos de procura dos turistasfranceses sendo que muitos reser-vam diretamente suas férias sempassar por agências de viagem.“Estes resultados confirmam a ten-dência que tem vindo a ser registada.Somos o destino que mais progrediuestes últimos anos. E os resultadosdeste barómetro correspondem às re-servas para estas próximas semanase próximos meses, ou seja vamos termais uma vez um excelente verão”explica Jean Pierre Pinheiro, do Tu-rismo de Portugal em Paris.Cerca de 2 milhões de Franceses vi-sitam Portugal por ano. “Temos in-vestido muito na promoção e osresultados acabam por se ver. Temosconseguido dezenas de reportagensnos maiores canais de Televisão, re-centemente para o Telejornal das 13he das 20h da TF1, mas tambémFrance Television, M6… Já estamosa trabalhar com TF1 para uma futurareportagem sobre a Madeira em finalde junho, e são cerca de 100 jorna-listas franceses que apoiamos porano em deslocações a Portugal”.O Turismo de Portugal em Paris lan-çou recentemente o Challenge deVendas junto das agências de viagempor toda a França de forma a vende-rem mais Portugal.

O 10 de Junho, Dia de Portugal, deCamões e das Comunidades Portu-guesas foi, mais uma vez, celebrado.Muitos discursos, cerimónias, almo-ços, jantares e receções, condecora-ções, felicitações. Uma festa deafetos, como se diz hoje em dia.Nos discursos, os elogios costumei-ros à coragem e à capacidade de sa-crifício dos emigrantes, como sempreapresentados na qualidade de márti-res pacientes, mais ou menos volun-tários.A realidade patente, tanto no pre-sente como no passado, torna impos-sível negar sermos um país deemigração.No passado, os Portugueses emigra-ram para fugir à fome, à carestia e àperseguição política reinantes no re-gime salazarista.Na época presente emigraram e emi-gram para fugir à fome, à carestia eà indiferença política de um Governoque deu ouvidos às potências estran-geiras mas que se recusou a ouvir osPortugueses.O ato de emigrar é, na maior partedas vezes, não um ato voluntário,sendo o termo mais correto o de vo-luntário obrigado. Isto é, ninguémobriga a sair, mas as circunstânciasreinantes impedem o ficar. Na ver-dade é um ato extremo de desespero,quando um indivíduo se vê, a si e aosseus, com a subsistência ameaçadae sem perspetivas de futuro, quandoa necessidade o obriga a trocar essafalta de perspetiva por uma pequenaesperança de perspetiva noutro país.Nos vários discursos proferidos nos

festejos deste 10 de Junho, houvequem comparasse a Emigração aosDescobrimentos, comparação algodeslocada, visto que estes foram cau-sados pela curiosidade natural dopovo num país ligado ao mar, commilhares de quilómetros de costa, emdescobrir o que havia para além deum horizonte limitado e tambémcom a intenção de contrariar as dou-trinas, já na época anacrónicas, daIgreja e da Inquisição, que preconi-zavam a ideia de um mundo planocom Jerusalém no centro.Claro que na época dos Descobri-mentos também existiam dificulda-des económicas, mas o fatoresimperativos foram mais o empreen-dorismo e a vontade de “dar novosmundos ao mundo”, empresa emque os Portugueses não estão sozi-nhos, pois tanto a Inglaterra como aEspanha, países também com forteligação marítima, se dedicaram àdescoberta de novas terras e novasculturas.A colonização é que poderá servista como uma primeira emigração,pois os colonos eram geralmente pes-soas com uma vida difícil que dese-javam tentar a sorte no desconhecido,embora seja necessário ter em contaque todos os monarcas da épocaincentivavam e apoiavam a coloni-zação, por ser extremamente ne-cessária.Este fenómeno de incentivar a saídade cidadãos do país voltou a repetir-se em Portugal, no século XXI, como anterior Governo, que preferiu osditames de Bruxelas ao bem-estar

dos Portugueses.Mas voltando aos discursos do 10 deJunho, em Paris, também foi frisada,como já é hábito e não podia deixarde ser, a importância da língua e dacultura portuguesas e o imperativo deas manter vivas nas Comunidades noestrangeiro.Algo desfasado da realidade, este de-sejo, porque o que atualmente temosnas Comunidades é o ensino obriga-tório da língua portuguesa aos luso-descendentes como língua estran-geira, estando inclusivamente ve-dada aos alunos da nova emigração,recém-chegados, a inscrição nos cur-sos de Língua e Cultura Portuguesas,na vertente de língua materna, poiso Instituto Camões, responsávelpelos referidos cursos, só permite oensino do Português para estrangei-ros, mesmo que os alunos sejam denacionalidade portuguesa e domi-nem a sua língua de origem, umadisposição que contraria aberta-mente os princípios constitucionaise que ignora deliberadamente tantoa realidade dos lusodescendentescomo a da nova emigração.Ainda sobre os discursos,houve umDeputado do círculo da Europa quepropôs ser lecionada em Portugal adisciplina de História da Emigração,visto a mesma ser quase desconhe-cida.Algo contraditória, esta afirmação,pois enquanto se deseja que os Por-tugueses em Portugal aprendammais sobre a emigração, empreen-dem-se esforços para transformar osPortugueses no estrangeiro em es-

trangeiros, com a negação do Portu-guês como língua e origem e identi-tária.O novo Secretário de Estado das Co-munidades também abordou, no seudiscurso alusivo à data, duas possi-bilidades de aproximação dos Portu-gueses no estrangeiro ao seu país deorigem, a primeira através da partici-pação eleitoral, que é quase imprati-cável pela falta de condições, asegunda os cursos de Língua e Cul-tura Portuguesas, onde atualmente éobrigatório aprender o Portuguêscomo língua estrangeira, sendo tam-bém obrigatório pagamento por partedos alunos portugueses usufruindoporém os estrangeiros de ensino gra-tuito, sob a alegação de tal conduzira maior dignificação da nossa língua.Portanto, mais um 10 de Junho. OPresidente da República veio a Pariscom uma larga comitiva, condecorou,cumprimentou e regressou.Entretanto, nas Comunidades, a vidacontinua. Sempre à espera de um D.Sebastião para os Portugueses no es-trangeiro, que não venha numamanhã de nevoeiro, mas que os retiredo nevoeiro em que continuam en-volvidos, pois a sua existência e assuas reais necessidades permane-cem ignoradas.Não basta afetar afetos. Palavras epromessas depressa caem no esque-cimento, se não forem seguidas deatos concretos.Também somos Portugueses. Urge,de parte do nosso país de origem,uma ação concreta que confirme econsagre essa realidade.

le 22 juin 2016

O 10 de Junho já passou.... E agora?Teresa SoaresSecretária Geral do Sindicatodos Professores nas Comunidades Lusíadas

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Crónica de opinião

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Page 6: Espaço do Cidadão inaugurado em Paris - lusojornal.com · Política 03 lusojornal.com em síntese Insatisfação na Presença Consular em Troyes Uma vez mais, foi realizada em Troyes,

06 Comunidade

emsíntese

Conferência sobrea economia dePortugal em St Etienne

O Presidente da Câmara de comércioe indústria franco-portuguesa, CarlosVinhas Pereira, participou, no passadodia 14 de junho, às 12h00, numaConferência sobre a economia portu-guesa, no quadro dos Encontros Eco-nómicos Internacionais que têm lugarnaquela cidade à volta do Europeu defutebol.Nesse dia Portugal disputava o pro-meiro jogo do Euro naquela cidade, efoi nesse quadro que a autarquia deSaint Etienne convidou o Presidenteda CCIFP. O evento teve lugar no Vil-lage des savoirs-faire du territoire, noHôtel de Ville de Saint Etienne e foi se-guido de um cocktail na Mairie.

RTP pede desculpas ao CCP

O Conselho de Administração da RTP,escreveu uma carta ao Presidente doConselho Permanente do Conselhodas Comunidades Portuguesas (CCP)para lhe pedir desculpas pela cober-tura que a estação pública de televi-são não deu à reunião Plenária doCCP.Alegando numa primeira fase que aquestão da cobertura noticiosa cabeaos Diretores de conteúdos, o Conse-lho de Administração concorda comas queixas do CCP e pede desculpas.“Razões de vária ordem, nomeada-mente de comunicação entre serviçosface aos meios disponíveis, levaram aesta ausência, o que lamentamos easseguramos não voltará a aconte-cer”.

Veleiro francês encalhou em Gaia

Um veleiro francês encalhou na se-mana passada, na Praia de Francelos,em Gaia, e provocou ferimentos ligei-ros aos três tripulantes, de nacionali-dade francesa.A embarcação, registada e prove-niente de França, fazia a travessiaentre Aveiro e Marina do Douro e, emGaia, aproximou-se “demasiado” deterra e entrou numa zona de rebenta-ção de ondas que, naquela altura,atingiram os três metros de altura,acabando por encalhar.

lusojornal.com

Delegação portuguesa visita Hospital Mondor

Na sexta-feira da semana passada,Suzette Fernandes, Vice-Presidenteda Associação E.3M (Entraide auxMalades de Myofasciite à Macropha-ges) organizou uma visita ao HospitalMondor, em Créteil (94), com algunsdos patrocinadores portugueses destaassociação que luta contra umadoença rara.A Meofascite macrofágica é umadoença provocada pelo Alumínio nasvacinas. Provoca dores musculares in-tensas, “são dores horríveis que nãodesejo ao meu maior inimigo” explicaSuzette Fernandes ao LusoJornal, elaque também é representante dosutentes no Conselho de Administra-ção daquele Hospital.Suzette Fernandes é enfermeira vete-rinária e ficou doente nos anos 90.“Um dia acordei sem poder mexer osbraços nem as pernas. Tiveram de medar cortisona para ir para o hospital,fiz embolia pulmonar e fiquei três dias

em reanimação”. Só mais tarde, em1999, quando lhe deu a segundacrise, é que lhe foi diagnosticada adoença.Antigamente, as vacinas eram fabrica-das com Fosfato de Cálcio, mas os la-boratórios descobriram depois que, sefossem fabricadas com Alumínio, os

custos de fabricação eram mais bara-tos. “Por razões meramente económi-cas, a partir de 2008, os laboratóriossó fabricam vacinas feitas com Alumí-nio. Nem temos a possibilidade de es-colha” explica Suzette Fernandes.Uma campanha de recolha de fundosdivulgada no LusoJornal em dezembro

de 2015, deu os seus frutos. Quatroempresários portugueses contribuirampara que seja criada uma base dedados de doentes. Foi neste contextoque Fernando e Clotilde Lopes, assimcomo Carlos Vinhas Pereira, DiretorGeral da Fidelidade, visitaram o hos-pital, e em particular os serviços doProfessor Jérôme Authier, codiretor doLaboratório Inserm/UPEC U955, es-pecialista francês desta doença, etambém do Sindroma de Fatiga Cró-nica. As empresas Sarl Sodival, LesDauphins e Sarl Eurobatiment tam-bém contribuiram, mas não lhes foipossível visitar o Hospital nesse dia.“Dos cerca de 630 doentes que foramanalizados aqui no Hospital Mondor,430 tinham esta doença” explicou Jé-rôme Authier que se esforça para ex-plicar às autoridades do país, arelação entre a vacinação e o desen-volvimento da doença. “O problema éque o Alumínio passa para o cérebro,causando novos sintomas e de ondenão sai” explica o Professor.

Organizada pela Entraide aux Malades de Myofasciite à Macrophages (E.3M)

Por Carlos Pereira

Secretário de Estado da Juventude e Desporto visita sede da Cap MagellanA Cap Magellan recebeu na sua sede,na Porte de Vanves, em Paris 14, nosábado passado, a visita do Secretáriode Estado da Juventude e Desporto,João Paulo Rebelo.O membro do Governo esteve emFrança a propósito do Euro’2016 masaproveitou a oportunidade para conhe-cer o trabalho realizado por esta asso-ciação de jovens.Numa reunião com a equipa da CapMagellan, o Secretário de Estado mos-trou-se “muito disponível” para escutartodos os presentes mas admitiu já co-nhecer o trabalho da Cap Magellan háalgum tempo, nomeadamente atravésda revista CAPMag.No entanto, outras ações da associaçãoforam apresentadas, tendo o breve lan-çamento de mais uma campanha desegurança rodoviária “Sécur’été” parao ano de 2016 e o funcionamento do

Departamento de Estágios e Empregosuscitado muito interesse ao Secretáriode Estado uma vez que são áreas detrabalho da Cap Magellan que visamdiretamente os jovens.

Depois do almoço que se seguiu, a CapMagellan lançou ainda o convite a vá-rios jovens da Comunidade - lusodes-cendentes ou portugueses querepresentavam diferentes áreas de for-

mação - a estarem presentes para,num encontro informal, apresentaremao Secretário de Estado os seus pontosde vista sobre temas que têm especialinteresse para a juventude lusófona emFrança. Antes do encontro terminar,houve ainda tempo para uma visita detodo o grupo à “Place de l’Europe”, emfrente ao Hôtel de Ville, onde, entre osrestantes países em competição noEuro’2016, está em exposição o standde Portugal.“Foi, sem dúvida, um encontro muitopositivo para todos os presentes” dizuma nota da associação. O Secretáriode Estado não deixou de registar a suamensagem no mural de visitas da CapMagellan: “Pela primeira vez nestasede - mas conhecendo o vosso traba-lho há muitos anos - deixo aqui o meureconhecimento e o enorme gosto quetive em estar aqui”.

Prova de vinhos portugueses no ILCPO Instituto de língua e cultura portu-guesa (ILCP) de Lyon, organizou no sá-bado passado, dia 18 de junho, nosseus locais situados na rua Curie, emLyon 6, uma prova de vinhos com An-tónio Pinto, oenólogo da Casa Milesi-mes & Gourmandises.“Convidámos António Pinto a apresen-tar aos nossos alunos adultos, e tam-bém aos pais dos mais pequenos, asua seleção de vinhos de mesa, assimcomo licores, vinhos do Porto e tam-bém espumantes” explica Tristan Fre-javille, o Presidente do ILCP aoLusoJornal. “A riqueza da vinha por-tuguesa na região do douro e a varie-dade de vinhos é brilhantementeexposta e explicada por António Pinto,que partilha a sua paixão pelos vinhosde Portugal. Regularmente AntónioPinto é nosso convidado para fazerestas provas com os nossos alunos

adultos, que aprendem a conhecer asnossas regiões vinícolas e também setornam seus clientes”.O ILCP está a concluir o seu ano letivo,pois no próximo sábado, dia 25, ter-minam os cursos da escola primária ecolégio, com uma festa, e no 2 dejulho terminam os cursos para adultos.O ILCP propõe cursos de portuguêspara crianças, desde a Primária até ao12° ano, e cursos de português para

adultos, em todos os níveis: de inicia-ção (A1) a aperfeiçoamento (C2), emaulas coletivas ou em aulas indivi-duais, com certificação de Língua eCultura Portuguesa e Lusófona. Temtambém cursos de português paranível profissional, e faz missões de in-terpretariado e tradução.Durante o verão realiza também cursosintensivos, entre os dias 27 de junhoe 2 de julho, com 15 horas, para adul-

tos em nível iniciação.Esta instituição é, em Lyon, o Centrode exame da Câmara de Comércio eIndústria Luso-Francesa de Lisboa,para a obtenção do Diploma de LínguaPortuguesa, reconhecido a nível pro-fissional em Portugal e no estrangeiro.Atualmente a equipa de professoressão: Rosa Maria Queiroz Fréjaville (Di-retora pedagógica do Instituto), InêsRibeiro, Helenilda Rochedix, AndreaLourenço, Clarinda Arqueiro e NeuzaVeloso.Duas jornadas Portas Abertas para ins-crição no ano letivo 2016/2017 estãoprevistas nos dias 10 e 17 de setem-bro, e o início do ano letivo terá lugarno dia 24 de setembro.

Institut de Langue et Culture Portugaise (ILCP)7 rue Curie69006 LyonInfos: 04.78.93.38.88

Por Jorge Campos

le 22 juin 2016

LusoJornal / Carlos Pereira

Cap Magellan

LusoJornal / Jorge Campos

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08 Ensino

lusojornal.com

Fim de ano escolar da ACPS em Strasbourg

Domingo, dia 12 de junho, a Asso-ciação Cultural Portuguesa de Stras-bourg (ACPS) esteve em FESTA! Eescrevo FESTA com todas as maiús-culas pois é o título que merece oque se passou nessa tarde no 12boulevard Jean Sébastien Bach, apartir das 14h00.Festejava-se o fim do ano letivo dosmeninos do projecto “Um Sol e OitoJanelas”, de iniciação lúdica àaprendizagem de Português, decrianças dos três aos seis anos econjuntamente , como já vem sendo

tradição, dos alunos do ELCO (En-sino de Língua e Cultura de Origem).Os mais pequeninos, sob a orienta-ção das três responsáveis por esteprograma, Isabel Cardoso, Mafalda Vi-lela e Dolores Cardoso, demonstraramcom muita graça e seriedade todas ascoisinhas que aprenderam durante oano... E no fim receberam o respetivoDiploma... Os pais, avós e outros pa-rentes que enchiam a sala, mostravammuita emoção e contentamento.Depois foi a vez dos alunos do ELCOque, rodeando a sua professora, CarinePires, fizeram a demonstração dequanto aprenderam com esta ilustre

professora. Houve leitura de poemas,textos em diálogo e canções também.Houve uma preparação muito espe-cial e todos os jogos que foram utili-zados para animar a Festa eramtradicionais e interativos, para queneles participassem também osadultos (pais ou avós). E foi uma ani-mação, pois entre o estoirar dos ba-lões e o saltitar dos adultos dentrodos sacos, ao lado dos que corriamcom três pés ou que deslocavamuma batata em equilíbrio sobre umacolher ou tentavam morder umamaçã sem a ajuda das mãos, as ri-sadas ressoavam na sala... E podem

imaginar o que eram as manifesta-ções de alegria e de prazer de maisde duzentas pessoas...Mas a Festa não ficou por aqui pois oConselheiro das Comunidades RuiBarata conseguiu reunir nessa mesmatarde todas as Professoras de Portu-guês da região que gentilmente ace-deram ao convite e vieram teste-munhar da situação desse ensino efazer a promoção da nossa Língua edo interesse que ela representa na for-mação dos nossos jovens...Entretanto surgiu o Rancho folclóricoSaudades de Portugal que desfiloucom os seus trajos típicos e deliciou

toda a gente com animadas dançasminhotas. De notar que do grupofazem parte crianças que já dançamcom os adultos, sendo a maior partealunos da professora Carine Pires.E como esta professora vai deixar aregião, foi a ocasião propícia para lhefazer uma pequena homenagem pelasua dedicação e carisma. Haviamuita emoção em todos os rostos.A tarde acabou com um lanche par-ticipativo e não faltaram petiscosconfecionados pelos familiares, tudonum ambiente de simpatia e anima-ção.No próximo ano haverá mais!

Salle Bon Pasteur em Strasbourg

Por Lúcia Levert

le 22 juin 2016

Introduzo este texto, fazendo umabreve análise da estrura do “universoportuguês” existente no leste deFrança, com o intuito de tentar con-textualizar a importância que tem oensino da língua de Camões nestaárea geográfica. Quando falamos daárea consular de Strasbourg, estamosa falar numa área composta por: dezdepartamentos franceses, nos quaisestima-se que haja uma populaçãoque ascenda aos 70.000 Portugue-ses. São mais de 70 associações ati-vas espalhadas pelo território. Sãomais de 300 luso-eleitos, são 28 es-tabelecimentos de ensino que dispo-nibilizam aulas de português. Estasaulas são dadas desde o ensino pri-mário até ao ensino universitário. Sãoperto de 1.000 alunos que escolhe-ram aprender português, destribuidospelas grandes cidades do Leste deFrança, de Nancy, Auxerre, Mâcon,Dole, Mulhouse, Colmar, Strasbourg,até Reims. Não esquecendo o impor-tante trabalho que desenvolve a Em-baixada junto do Conselho da Europae o Consulado Geral de Portugal.Posto isto, preocupa-me a atitude, aausência e a tomada de posição de-monstrada por parte do Estado portu-guês e da sua representação noterritório da área consular de Stras-bourg nos últimos meses, com a ma-

nifesta falta de apoio e acompanha-mento do ensino da língua portuguesanesta área geográfica. Acompanhocom atenção o tratamento que está aser dado em Strasbourg nesta matériahá algum tempo e reparo que o ensinoda nossa língua não parece ser priori-tário para o Estado português.A titulo de exemplo, no domingo 12de junho, mais de 200 pais, criançase alunos juntaram-se em Strasbourg,na já habitual festa que celebra o finaldo ano letivo do ensino de portuguêsorganizada pela professora do EPE,Carine Pires, conjuntamente com aAssociação Cultural Portuguesa deStrasbourg. Antes desta festa já tinhahavido festa semelhante na cidade deColmar.Neste encontro tiveram também pe-sentes cinco outras professoras deportuguês que lecionam em vários co-légios e licéus da região da Alsácia.Estiveram representados estableci-mentos de ensino das cidades deStrasbourg, Colmar e Mulhouse. Asprofessoras aproveitaram o convitepara expressarem perante a assem-bleia presente, que o ensino de por-tuguês está a passar por momentosdifíceis nesta região, em que o espaçoatribuido ao ensino do alemão está aprejudicar o ensino da nossa língua.Tenho de lamentar que nesta festa

que serviu para celebrar o final do anoletivo do ensino de português na re-gião de Strasbourg e que foi tambémo momento de despedida da profes-sora EPE Carine Pires, que será subs-tituida para o próximo ano letivo.Reparo que infelizmente, nenhum re-presentante do Estado português es-teve presente nestes dois eventos, quesão as duas principais manifestaçõesna região da Alsácia alusivas ao en-sino do português.Venho com este artigo, pedir publica-mente às entidades portuguesas com-petentes nesta matéria, das quaisdestaco a Coordenação do Ensino dePortuguês em França, a Embaixadade Portugal em Paris e o ConsuladoGeral de Portugal em Strasbourg quese inteirem desta questão que preo-cupa o conjunto da Comunidade por-tuguesa residente na área consular deStrasbourg. Proponho também queeste assunto seja abordado no pró-ximo Conselho Consultivo da áreaconsular, pois esta questão merece,na minha modesta opinião, uma aten-ção especial por parte de todos. Numperíodo em que acabamos de celebraro dia de Portugal de Camões e das Co-munidades Portuguesas. Num con-texto muito particular, em que pelaprimeira vez, as comemorações ofi-ciais tiveram lugar não só em solo por-

tuguês, mas também junto dos Portu-gueses residentes em Paris, segundacidade no mundo com maior numerode cidadãos nacionais. Em que olugar do ensino português teve pre-sente nos vários discursos oficiais. Pe-diamos que a preocupação nessamatéria fosse bem além dos discursose se traduzisse por ações concretas noterreno. Que se verifique realmentejunto das nossas Comunidades portu-gueses presentes no estrangeiro, quea defesa e a promoção do ensino éuma área priotitária e desta forma quesejamos coerentes com os discursosproferidos no 10 de junho de 2016.Pode o Estado português, pelo inter-médio das suas várias representaçõesdiplomáticas, ficar impávido e serenoface a esta problemática? Pode o Es-tado considerar que não há necessi-dade de defender e promover o ensinodo português junto da Comunidadeportuguesa, junto das Associaçõesportuguesas, e junto das autoridadesfrancesas? Pois isto é o que se está averificar na área consular de Stras-bourg. Nos últimos tempos não têmhavido qualquer tipo de iniciativas nosentido de divulgar e promover aoferta, já existente, de ensino de por-tuguês no território da área consularde Strasbourg. Ainda por mais,quando a oferta é variada e que pode-

ria ser ainda maior. Pois, como evo-quei no incio deste texto, há potencialpara que a oferta seja maior. Sabemosque mais de 70.000 Portugueses esem contar com as outras Comunida-des lusófonas, residem nesta área, opotencial é suficientemente significa-tivo para que a oferta de ensino da lín-gua aumente no nosso território.Temos atualemente perto de mil alu-nos a aprender português, mas pode-riamos ter muitos mais.Enquanto Conselheiro das Comunida-des Portuguesas defendo que é ne-cessário uma ação conjunta, sequeremos dar uma maior visibilidadeao ensino da língua portuguesa nosterritórios onde residimos. Em plenoséculo XXI, na era da tecnologia, numpaís que se vangloria de ser um exem-plo na implementação do Simplex ad-ministrativo. Seria coerente que todosesses progressos e métodos inovado-res, fossem também usados em bene-fício dos milhões de Portuguesesresidentes no estrangeiro. Nomeada-mente para promover e divulgar juntodos Portugueses a existência dasaulas de português. Seria profíquopara todos, que houvesse uma con-certação neste sentido, em prol dasnossas Comunidades, em prol da de-fesa da nossa língua e da nossa cul-tura no estrangeiro.

O desinvestimento do Estado no ensino de portuguêsna área consular de Strasbourg

Crónica de opiniãoRui Ribeiro BarataConselheiro das ComunidadesPortuguesas, Strasbourg

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ACPS / Josiane Cauet

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09Empresas

Transavia espera crescer 30% em Portugalpara 2 milhões de passageirosA companhia aérea franco-alemã Tran-savia está a apostar em Portugal, mer-cado onde espera crescer 30% em2016, face a 2015, para os dois mi-lhões de passageiros, disse a Presi-dente da Transavia France, NathalieStubler.“Portugal tem tido um desenvolvi-mento extremamente importante paraa companhia ao nível de novas rotas”,disse à Lusa a responsável pela Tran-savia France, lembrando que a trans-portadora prevê terminar 2016 comum crescimento de 30% no númerode passageiros, para dois milhões.A Transavia, companhia ‘low-cost’ queresultou da fusão entre a KLM e a AirFrance, considera o aeroporto do Portocomo “um dos mais importantes detoda a rede” e neste deposita “grandesesperanças” de crescimento. “O Portoé o único aeroporto onde mantemosuma rota doméstica em toda a rede daTransvia [ndr: Porto - Funchal - Porto]”,disse a gestora, sem se esquecer de re-ferir que a Transavia voa a partir doaeroporto do Funchal para Paris (Orly),Lyon, Amesterdão (Schiphol) e Nantes.Nathalie Stubler, que ocupa tambémo cargo de Presidente executiva daTransavia France, falou ainda de Por-tugal como um “bom destino turís-tico”, destacando Faro, na região doAlgarve, e a Madeira. “Entre janeiro emaio deste ano, o tráfego de passagei-ros de e para Portugal aumentou 28%.Este valor está praticamente em linha

com o nosso objetivo de crescimentode 30% para o final deste ano”, sa-lientou a responsável.“Estamos muito satisfeitos. Portugal éum país que está a alargar a sua ativi-dade para a Holanda, Alemanha eFrança”, disse à Lusa, acrescentandoque, no caso do Porto, “há tambémum mercado local que se está a ex-pandir”.Nathalie Stubler mencionou as liga-

ções históricas e culturais entre Por-tugal e a França, que levam a que aspessoas se liguem e, vão, por exem-plo, no caso dos portugueses, apoiaro Campeonato Europeu de Futebol oumesmo passar férias em França.A gestora destacou ainda o papel dacompanhia no segmento dos empre-sários, que assim podem deslocar-semais facilmente para realizarem osseus negócios.

Questionada pela Lusa sobre as taxasnos aeroportos, Nathalie Stubler disseque “todos gostariam que fossem umpouco mais baixas”. No entanto, real-çou o facto de a Transavia ter sido“muito bem acolhida” pelas equipasem Portugal, seja na interação comos aeroportos, na assistência em terraaos passageiros (‘handling’), e natroca de informação entre a compa-nhia e as agências de turismo que

ajudam a promover as regiões de tu-rismo no país e, com isso, ajudam aempresa no transporte de turistaspara essas regiões.Na França, onde tem a sua sede, aTransavia emprega 150 pessoas deum total de 700, mas em Portugalnão tem funcionários, apoiando-se no‘handling’ e nas companhias de as-sistência local e equipas da AirFrance KLM.

Transporte aéreo

le 22 juin 2016

Ensaio clínico da Bial em França é alvo de inquéritopor “homicídio involuntário”O ensaio clínico da farmacêuticaportuguesa Bial que resultou namorte de um homem em França vaiser alvo de uma investigação judi-cial por “homicídio involuntário”,anunciou na semana passada o Mi-nistério Público francês.De acordo com a agência de notí-cias francesa France Presse, a Pro-curadoria de Paris abriu uma

investigação judicial “por homicí-dio involuntário” para apurar as cir-cunstâncias que resultaram namorte de um homem que partici-pou no ensaio clínico da Bial emjaneiro, em Rennes.Na altura do ensaio (relativo à fase1 de uma molécula da Bial), seisvoluntários foram hospitalizados,dos quais um acabaria por morrer.

Quatro dos sobreviventes sofreramlesões cerebrais. A investigação ju-dicial foi também aberta por “le-sões involuntárias” relativas a estesquatro afetados.Em comunicado citado pela FrancePresse, o Procurador de Paris,François Molins, indicou que osjuízes designados para o caso vão“determinar se falhas de natureza

penal contribuíram de forma deci-siva para a morte e lesões das víti-mas ou se os factos se inscrevemno quadro de uma ocorrência cien-tífica aleatória”.Este procedimento segue-se a uminquérito preliminar aberto a 15 dejaneiro, após a morte do voluntáriodo ensaio da Bial. A investigaçãopreliminar concluiu que a “vítima

mortal era portador, muito antes dasua participação no ensaio, de umapatologia vascular endocranianaoculta, suscetível de explicar a fa-talidade”, acrescentou o Procura-dor. “Nesta fase das investigações,ainda não é claro o papel da molé-cula-teste, desconhecendo-se tam-bém o mecanismo fisio-patológicoprovocado”.

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Nathalie Stubler, Presidente e CEO da Transavia, em LisboaLusa / António Cotrim

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Nathalie Francisco, créatrice de bijoux

Nathalie Francisco a quitté le Portugalà l’âge de 12 ans et s’est installée enrégion parisienne avec ses parents.Après des études de comptabilité, unmariage et deux enfants, Nathalie atravaillé pendant plusieurs annéesdans le garage de son mari, tout encontinuant à embellir les intérieursdes maisons.Sa passion pour la décoration et lacréation a parlé plus fort, donnantnaissance à l’entreprise Nathaly’s.«Il y a 4 ans je me suis dit qu’il étaittemps de faire autre chose, donner unautre sens à ma vie professionnelle, jeme suis lancée dans la création de bi-joux, m’inspirant de la mode, des cou-leurs du moment, pour concevoirdes pièces variées et uniques, adres-sées aux filles, garçons, hommes etfemmes. Une collection qui est re-nouvelée régulièrement, au gré demon inspiration. Mon premier cata-logue à été un réseau social, pourmoi c’est la meilleure publicité, lameilleure façon de se faire connaître,c’est comme ça que j’ai avancé, avecma page Facebook», a déclaré Na-thalie au LusoJornal.

En plus de sa page, des expositions àson domicile tous les mercredis entre9h00 et 19h00, des réunions chezdes potentiels clients, les bijoux, quiont la particularité d’être ré-ajustablesselon nos envies, parmi lesquels ontpeu trouver des bagues, bracelets,boucles d’oreilles, sautoirs, colliers,les créations sont aussi exposées dansplusieurs salons d’esthétique et decoiffure. En l’espace de quatre ans

l’entreprise artisanale, compte sur dixcollaboratrices salariées, essentielle-ment en région parisienne, et unenouvelle collaboratrice vient de dé-marrer à Lille.Présente aussi dans les marchés et lesfoires, l’entreprise Nathaly’s, exposedepuis trois ans à Cenon, en régionAquitaine-Limousin-Poitou-Cha-rentes, lors du Marché de l’art et de lagastronomie portugaise.

C’est précisément dans cette com-mune girondine que José Rodrigues,l’un des organisateurs de la premièreFoire lusitanienne de gastronomie etd’artisanat de Toulouse, a invité lacréatrice pour venir participer à l’évé-nement de la ville rose. Parmi les ex-posants, seul le stand de Nathaly’s,représentait l’artisanat luso-français,les autres artisans venaient directe-ment du Portugal. Nathalie, qui neconnaissait pas la région, est venueprésenter ses œuvres pendant 3 jours,en compagnie d’une conseillère ven-deuse, Natacha Rodrigues, et de sonpère, pour l’aide logistique.Après 30 ans de vie parisienne, lePortugal fait désormais partie inté-grante de l’existence de NathalieFrancisco, qui se rend une fois parmois dans sa ville natale de Leiria,afin de rencontrer ses vendeuses etpréparer les salons et les foires de larégion, car désormais elle peut comp-ter sur deux collaboratrices au Portu-gal. Un développement fulgurant pourcette artiste autodidacte, qui disposedepuis peu d’un outil indispensable àla communication, la vente en lignesur son site internet.www.nathalys.fr.

Passionnée et déterminée

Par Manuel André

Multinacional francesa abre uma segunda fábricacom 400 postos de trabalho em BragançaA multinacional francesa Faurecia,um dos maiores fabricantes mun-diais de equipamento automóvel,inaugurou na semana passada umasegunda fábrica em Bragança quevai criar 400 postos de trabalho ajuntar aos 850 existentes na pri-meira unidade.As novas instalações só começarãoa laborar em setembro, depois deum investimento de 41,5 milhõesde euros, com apoios financeiros doGoverno e da Câmara local, numafábrica com tecnologia de ponta queperspetiva criar mais 400 postos detrabalho, em Bragança, até 2018,segundo os responsáveis.A nova unidade de componentes

para automóveis junta-se à já exis-tente, desde 2001, em Bragança,atualmente com 850 trabalhadores,e vai fornecer várias marcas do setorna Europa, como a Jaguar LandRover, Nissan e Renault, segundodivulgaram os responsáveis.A inauguração contou com a presençado responsável local da empresa, LuísOliveira e do Vice-Presidente da mul-tinacional, Christophe Schmitt quesalientaram a “confiança na mão-de-obra qualificada e profissional e naeconomia de Portugal”, onde contamcom um total de seis fábricas em vá-rios pontos do país.O Secretário de Estado da Indústria,João Vasconcelos, presidiu à inau-

guração da nova unidade que consi-derou “um momento simbólico” porse tratar de uma multinacional queestá desde 1951 em Portugal. O go-vernante lembrou que este investi-mento foi “decidido no meio de umadas maiores crises de Portugal, emque um dos maiores fabricantes depeças automóveis em todo o mundooptou por investir”, ainda assim nopaís.Entende que não o fez pela mão-de-obra barata e precária, realçando ou-tros países com custos de trabalhomais baixos concorreram a este in-vestimento e a opção recaiu em Bra-gança, “pela qualidade, pela qualifi-cação, também pela fidelização da

mão-de-obra”. O Secretário de Estadocontou que nesta visita falou com vá-rios trabalhadores que trabalham nafábrica há vários anos, alguns desde oinício, em 2001 e aproveitou para vin-car que “a luta deste Governo pelamelhoria dos custos da mão-de-obraé para continuar”.A escolha de Bragança, no interiorde Portugal, é para o governante“um símbolo de que quando se tratadeste género de investimentos, nãohá fronteiras, não há interior e lito-ral. Esta fábrica aqui está mais pertodos seus clientes, que são o resto daPenínsula Ibérica, do que se esti-vesse noutras zonas de Portugal”,sublinhou.

Le Cœur d’Elsa au Consulat du Portugal à Paris

Le Cœur d’Elsa a quitté la région pa-risienne pour s’installer deux se-maines au Consulat du Portugal àParis. L’inauguration se fait demain,le jeudi 23 juin, à 18h30, en pré-sence du Consul Général du Portugalà Paris.Depuis lundi dernier et jusqu’au 30juin, la jeune Elsa Lopes fait la pro-motion de Viana do Castelo et desproduits traditionnels portugais.Après la boutique Ephémère etquelques salons en région parisienneet à Bordeaux récemment, le Consu-lat lui a ouvert ses portes pour expo-ser et vendre à l’étage, à côté de lasalle Eça de Queirós. «C’est suite àune rencontre avec le Consul que jelui ai proposé de m’accueillir auConsulat qui est une fenêtre grandeouverte envers la Communauté por-

tugaise. Je suis très fière et surtouthonorée de pouvoir être dans uncadre aussi prestigieux», déclare-

telle au LusoJornal.Le Cœur d’Elsa vous proposera descollections de linge de maison de

qualité supérieure et de la vaisselled’exception, des meubles revisitéssans oublier des bijoux qui vous plon-geront au cœur d'un pays de carac-tère où la tradition retrouve lamodernité. «Je vais aussi proposerune collection de linge de lit que j’aimoi-même dessiné, ainsi qu’une col-lection de linge de table dessiné parla chanteuse Mariza pour Vista Alegreen filigrane de Viana en or fin».Elsa Lopes sera sur place tous lesjours pendant les horaires d’ouver-ture du Consulat pour mieux vousconseiller.Dans le même espace, Comptoir deLisbonne exposera aussi quelques ar-ticles. Une opportunité pour lesclients et visiteurs du Consulat de dé-couvrir des jolis articles portugais.«Je revendique la qualité de mes pro-duits et j’espère capter l’attention deceux qui me rendront visite».

Par Clara Teixeira

le 22 juin 2016

Posso receber o subsídiode desemprego de umasó vez?

Resposta:

Sempre que uma pessoa fica des-empregada pode receber a pres-tação social do subsídio dedesemprego de uma só vez.Para que este subsídio seja rece-bido de uma só vez, e não emprestações mensais, os beneficiá-rios têm que apresentar um pro-jeto para criação do seu próprioemprego junto do Instituto de Em-prego e Formação Profissional(IEFP) para aprovação.A criação do próprio empregopode ser feita como empresárioem nome individual, como profis-sional liberal ou através da consti-tuição de uma empresa.Salienta-se ainda que a entrada deuma pessoa desempregada bene-ficiária do subsídio de desem-prego como sócia de umaempresa existente pode ser consi-derada como projeto de emprego,desde que fique garantido o seuemprego a tempo inteiro e proveter capacidade financeira para ofazer.Quando o beneficiário recebe osubsídio mensalmente, o tempodurante o qual o recebe é conta-bilizado no registo de remunera-ções para efeitos da sua carreiracontributivas. Quando o subsídiode desemprego é pago de uma sóvez estes valores não contam paraa carreira contributiva.Os interessados devem fazer o pe-dido junto do serviço de empregodo IEFP da área da residência eentregar o projeto de criação dopróprio emprego e um requeri-mento dirigido ao Diretor do Cen-tro distrital do Instituto daSegurança Social.Caso o beneficiário já esteja a re-ceber mensalmente o subsídiopode solicitar na mesma o recebi-mento da quantia em falta numúnico montante.Quem receba o subsídio de des-emprego de uma só vez devemanter o seu emprego durantetrês anos e não pode exercer outraatividade remunerada.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Natacha Rodrigues et Nathalie Francisco à ToulouseLusoJornal / Manuel André

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12 Empresas

emsíntese

Deux exposantsportugais à Eurosatory’2016

Deux exposants portugais ont exposéà Eurosatory’2016, le salon (bienal)international de défense et de sécu-rité, qui a eu lieu du 13 au 17 juin auParc des Expositions de Villepinte, re-groupant l’ensemble des entreprisesproposant des solutions terrestres etaéroterrestres pour les corps de dé-fense et de sécurité publiques ou pri-vés.Articulé autour de 6 pôles - Simulationet Entrainement; Sécurité des popu-lations et Assistance d’urgence; Pro-tection des infrastructures etinstallations sensibles; NRBCe; Elec-tronique embarquée; Mesures etCentres d’essais - le salon a la parti-cularité de disposer de démonstra-tions extérieures permettant deprésenter des matériels ou des sys-tèmes en action sur le terrain.Les deux sociétés portugaises, EID SAet Milinanda® Artigos Militares, ontfait partie des 1.500 exposants dusalon, venant de 58 pays, soit 69%d’internationaux. En termes de visi-teurs il reçoit près de 55 mil per-sonnes et plus de 170 délégationsofficielles.

13 Entreprisesportugaises ausalon «Playtime»

13 Entreprises portugaises vont par-ticiper au salon «Playtime», exclusi-vement dédié à l’univers de l’enfant eten particulier au sous aspect habille-ment & accessoires. L’univers enfantde «Playtime» commence avec lamode prénatale/grossesse, la puéri-culture et la mode enfantine pour finiravec la mode junior. Les exposantssont des entreprises principalementde l’habillement et de la chaussure, ycompris, bien sûr, des fabricantsd'accessoires pour puériculture et del'ameublement de la chambre.Le salon aura lieu du 2 au 4 juillet auParc Floral de Paris-Vincennes et pré-voit recevoir près de 7.500 visiteursprofessionnels de divers secteurs. Ilest à noter que ce salon est égale-ment à Tokyo et à New York.Bien que relativement modeste, cetteprésence portugaise est la plus im-portante jamais enregistrée sur cesalon.

La Banque BCP fête ses 15 ans au rythme de la sambaSamba, Capoeira et Lambada… C’estau cabaret parisien «Brasil Tropical»,dans le 15ème arrondissement deParis que la Banque BCP a réuni le 9juin dernier l’ensemble de ses colla-borateurs pour une soirée brésilienneavec en point d’orgue un gâteau d’an-niversaire de 1,5 mètre pour ses 15ans! Plus de 400 collaborateurs ontaccepté l’invitation à un carnaval decouleurs spectaculaire et plein d’éner-gie.Les collaborateurs ont été accueillispar les membres du Directoire les in-vitant à voyager, le temps d’une soi-rée, au royaume de la danse et de lafête. Jean-Philippe Diehl, Présidentdu Directoire, a remercié et félicitél’ensemble des invités présents et ab-sents pour leurs bons résultats: «LaBanque BCP ne manque pas d’atouts,qu’il s’agisse de la confiance de sesactionnaires, ou de sa taille qui favo-rise sa réactivité. Mais c’est avant toutet surtout grâce à votre engagementindividuel et votre effort collectif queles résultats et l’image de la banquecontinue de s’améliorer et d’attirer de

nouveaux clients».Un véritable orchestre d’instrumentsde percussion, tamborim, cuica, pan-deiro, reco-reco, déambulent dans lecabaret. Le défilé costumé et dyna-mique des percussionnistes de batu-cada donne le ton festif de la soirée.Emportés par la magie des tropiques,

les collaborateurs assistent ébahis àun véritable cortège digne d’un carna-val de Rio.C’est l’occasion pour l’ensemble descollaborateurs de se retrouver dansune ambiance conviviale et chaleu-reuse. La soirée s’est clôturée avecl’arrivée aux mille feux d’un grand gâ-

teau d’anniversaire d’un mètre cin-quante aux saveurs exotiques. «C’estsuper d’être tous réunis pour soufflerensemble nos 15 bougies! C’est unechance de pouvoir partager ce bel es-prit d’entreprise à la Banque BCP»confiait une collaboratrice ravied’avoir participer à cet événement.

400 collaborateurs de la banque ont répondu à l’invitation du Directoire

Autonomie et indépendance finan-cière, réussite professionnelle, fami-liale, culturelle, communautaire…Comment s’accomplir pleinement entant que jeune portugais ou «lusodes-cendant» vivant en France?

Promouvoir l’entreprenariatauprès des jeunes portugaisSortis des bidonvilles, beaucoup deportugais ont réussi en France encréant leur propre entreprise. Tous oupresque ont commencé comme de«simples» ouvriers, pour ensuite rache-ter «la boite du patron» ou en créant laleur. Les réussites sont nombreuses etdoivent servir d’exemple.Aujourd’hui encore, les jeunes portu-gais ou «lusodescendants» qui le sou-haitent ne doivent pas avoir peur desaisir leur chance et de se lancer dansune aventure l’entrepreneuriale. L’en-treprenariat est une vertu, l’entrepre-nariat ne doit pas être vu seulement àtravers le prisme de l’accumulation in-dividuelle de richesse mais commel’occasion pour le créateur de mettreen place son projet au service de la col-lectivité. Ce projet sera porteur de sesvaleurs et permettra la création d’em-plois et de richesse pour chacun.Dans un nouveau contexte redevenudifficile pour les jeunes portugais et«lusodescendants» la promotion del’entreprenariat est plus que jamaisune nécessité.Ces jeunes doivent être convaincusqu’eux aussi, comme leurs ainés, peu-vent réussir en France à travers la créa-tion d’entreprise. Il est important queles jeunes portugais soient perçuscomme des entrepreneurs et pas seu-lement les portugais les plus âgés. Ilfaut justement profiter de l’expérience

et du succès des anciens pour promou-voir l’entreprenariat auprès des jeunesportugais et leur faire comprendrequ’ils peuvent également réussir danscette voie. Chaque entrepreneur portu-gais a le devoir de transmettre cette ex-périence aux générations suivantes. Onne peut pas rester sur un discours dutype «moi j’ai réussi tout seul en tra-vaillant dur, maintenant vous les jeunesdébrouillez-vous!». On ne pourra paspermettre à l’ensemble de la Commu-nauté de s’élever en restant sur descomportements égoïstes. Plus que ja-mais en ces temps particulièrementdifficiles où les portugais émigrent ànouveau vers la France et où trop delusodescendants vivent encore dans laprécarité (comme le souligne la SantaCasa da Misericórdia dans la dernièreédition de LusoJornal), la Commu-nauté doit s’unir autour de ses jeunes,pour le bien de tous et des générationsfutures. A ce titre, je salue d’ailleursl’excellent travail du LusoJornal pourmettre fréquemment en avant cesjeunes entrepreneurs portugais pleinsde talents.Dans le même temps, il faut que noustravaillions, nous les jeunes portugaisou «lusodescendants» qui ont eu lachance de réussir dans les études su-périeures puis de créer des entreprisesflorissantes ou de réussir de belles car-rières professionnelles, pour sortir duschéma traditionnel qui veuille que lefils d’ouvrier devienne à son tour ou-vrier.

Promouvoir les études supérieures auprès desjeunes portugaisMalheureusement le cadre habituelveut que l’on reproduise le schéma pa-

rental. Les jeunes portugais fils d’ou-vriers sont les plus nombreux à repro-duire le schéma familial et ils sont parconséquent très peu présents dans lesécoles de commerce, d’ingénieurs ouà l’université. C’est un énorme gâchis.Combien de fois avons-nous pu enten-dre un jeune portugais dire que les«grandes études n’étaient pas faitespour lui»…? Quelle tristesse! Alors qu’ily a énormément d’exemple de filsd’ouvriers portugais qui ont réussigrâce aux études! Et je sais de quoi jeparle! Oubliez l’excuse financière. Non,les études en France, et nous avonscette chance, ne sont pas financière-ment inabordables. L’enseignement dequalité prodigué à l’université parexemple est quasiment gratuit. Et quiddes écoles de commerce ou d’ingé-nieurs? Certes elles sont payantes etonéreuses mais il existe de nom-breuses bourses d’études et toutes lesbanques octroient facilement des cré-dits à taux bonifiés et avec deséchéances de remboursement adap-tées à l’étudiant (à savoir qu’il ne com-mencera le remboursement de sonprêt une fois sur le marché du travail).Plutôt que de s’endetter pour acheterune grosse voiture, ne serait-il pas plusjudicieux d’investir pour son avenir?

Promouvoir la langue portugaiseEnfin, la langue portugaise doit êtredéfendue par chacun des Portugais deFrance et «lusodescendants» dansl’intérêt des générations futures. Lalangue est le véhicule de notre culture.Le seul moyen de préserver notre hé-ritage, notre patrimoine. La lusophoniec’est 250 millions de personnes répar-ties sur les 5 continents.

Cependant, nous le voyons bien, il estdifficile à chacun des jeunes portu-gais ou «lusodescendants» de trans-mettre la langue portugaise à sesenfants pour des raisons très simples:le portugais n’est pas forcément lalangue utilisée au quotidien, le jeunelui-même maitrise mal la langue, sacompagne ou son compagnon n’estpas portugais, etc.… autant de rai-sons qui rendent la transmission duportugais plus difficile.Dans ce cadre, il est donc fondamen-tal que nous tous, Portugais de toutegénération, prenions le sujet à bras lecorps et interpelions les pouvoirs pu-blics portugais et français afin de fa-voriser l’enseignement du portugais enFrance et de faciliter l’accession à cetenseignement. Sans action de notrepart, le portugais disparaitra au fil desgénérations, les 4ème puis 5ème gé-nérations ne parleront plus le portugaiset auront oubliés leurs racines...Nous devons tous agir collectivementet dès maintenant. Et comme le disaitFernando Pessoa: «Celui qui refused’engager le combat n’y est pasvaincu. Mais il est vaincu moralementparce qu’il ne s’est pas battu».Voilà quelques pistes de travail quipourront permettre aux jeunes portu-gais de vivre décomplexés, heureux etfier de leur «portugalité».

(*) Franck da Silva, 35 ans, lusodes-cendant, économiste, entrepreneur etinvestisseur. Il a pour fait d’arme d’êtrel’un des plus jeunes banquier d’af-faires indépendant de Paris. Il a crééen 2013 Ænon Corporate Financeune banque d’affaires indépendantespécialisée dans les fusions-acquisi-tions et les levées de fonds.

le 22 juin 2016

Jeune, lèves-toi, bats toi et surtoutprends toi en main!

Franck da Silva (*)Président-fondateur de ÆnonCorporate Finance

[email protected]

Texte d’opinion

Jean-Philippe Diehl et Thierry Alvado ont été de la fêteDR

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Cultura

emsíntese

“Corpos Cantantes”, novolivro de Maria Graciete Besse

Treze estu-dos consa-grados a umcerto nú-mero de es-critores quemarcaramprofunda-mente a lite-r a t u r aportuguesacontemporâ-

nea. Um livro cujo título harmonioso,nos deixa em perfeita reflexão sobre oconteúdo, mas sabendo que a relaçãodo humano com o cantar vem delonge, o canto ritual dos povos primiti-vos, o canto do poeta trágico, o cantogregoriano, os cantos de amor dos tro-vadores medievais, são algumas dasmanifestações dessa busca.Neste livro, os estudos consagrados àliteratura portuguesa contemporânea,trazem-nos o cantar dos nossos auto-res, tão presentes e tão ausentes, al-guns, hoje quase esquecidos.Uma obra que devemos ter a nossolado, para que estes escritores conti-nuem a cintilar no nosso universo e aresistir à escuridão dos tempos.

Festival brésilien à Anglet

Cette année de nouveau, du 30 juinau 3 juillet, un grand moment de ren-contres et de vacances des Capoei-ristes et de passionnés pour laculture brésilienne à Anglet (64).Le Festival Brésilien n°8 a pour butde rassembler différentes personnespour profiter d’événements Afro-Bré-siliens aux abords de la plage d’An-glet, dans le sud de la France, enPays Basque.Programme sportif, ludique, musi-cal, pour tous les âges, tous lesgoûts, de quoi bien démarrer ses va-cances en découvrant d’autres hori-zons. L’événement est ouvert à toutle monde et à tout niveau.Capoeira Angola, Régional, de Rua,Maculélé, Jongo, Coco, Samba,Tambores, Percussion, Danse AfroBrésilienne, Batucada, Chants, Poé-sies, Surf, Rodas, Musique Brési-lienne Live sur la plage, et beaucoupde Fêtes…Dans le cadre de ce Festival interna-tional de la Culture Brésilienne, estorganisé un marché de 10h00 à22h00 sur l’espace vert situé Placedes Docteurs Gentilhe à la plage dela Chambre d’Amour à Anglet, enface du bar le Vent d’Ouest.

Por Maria Fernanda Pinto

Tours: Projection-débat avec le réalisateurJosé Vieira et l’auteure Altina Ribeiro

Le 10 juin dernier, lusophones et luso-philes se sont retrouvés à l’Hôtel deVille de Tours en présence du Consulhonoraire du Portugal Luis Palheta etdu Président de l’Association CulturelleFrance Portugal d’Indre-et-Loire, Ro-bert Collet. Cet événement avait pourbut de visionner le film documentaire«Les Emigrés» puis d’échanger avec leréalisateur José Vieira et avec Altina Ri-beiro, auteure du livre «Le fado pourseul bagage» (éditions Osmondes),dont les parents sont les protagonistesdu film.José Vieira, né en 1957 au Portugal,arrivé en France en 1965, a passé unepartie de son enfance dans le bidon-ville de Massy, en région parisienne.Documentariste depuis 30 ans, il réa-lise des films sur le thème de l’émigra-tion en France. Proche du sociologuebourdieusien Abdelmalek Sayad, leréalisateur raconte l’histoire d’un vil-lage du nord-est du Portugal en 2009,dépeuplé par l’émigration des annéessoixante. Il nous informe de la situationde ses habitants à travers les dialogues

et les récits de ceux qui sont restés etde ceux qui sont revenus.Il montre leur désillusion face à une viequ’ils espéraient meilleure et la souf-france du déracinement pour ces émi-grés à jamais étrangers à leur pays.Après la projection, le débat a étéanimé, nombre de personnes ont té-moigné avec beaucoup d’émotions, sesont identifiés aux personnages et ontmême reconnu leur parcours personnel

dans cette projection.José Vieira a rappelé que malgré lesavantages économiques qu’elles ap-portent, ces migrations de populationprovoquent d’énormes traumatismessur le plan humain. Ces émigrés ne seretrouvent nulle part à leur place, dé-chirés entre deux espaces imaginaires.D’une part, ils sont dans l’impossibleretour (bien qu’il soit l’idée de départrêvée) car oubliés dans leur pays d’ori-

gine. Et d’autre part, parce qu’ils sontinvisibles dans le pays d’accueil,n’ayant pas le projet d’y vivre en per-manence. Ils ont travaillé toute leur viedans le silence, sans aucune autreperspective (ce qu’on a appelé la com-munauté silencieuse).De ce fait, le film dénonce l’exploita-tion de la force de travail qui remet encause même l’existence identitaire del’homme par ce phénomène de la dou-ble absence.Le Consul conclut qu’en l’occurrence,cette première émigration portugaiseen France, était souvent une popula-tion originaire du monde rural (notam-ment de Trás-os-Montes région relatéedans le documentaire) très attachée àla terre et qui, par conséquent, prenaitracines là où elle était déplacée. Celaexpliquerait selon lui, la difficultéd’être dans son pays d’enfance et enFrance en même temps.Concernant cette première génération,nous pouvons nous questionner à pro-pos de de la double appartenance: a-t-elle à ce jour rencontré un peu dereconnaissance auprès des autoritésportugaises?

Organisée par l’Association Culturelle France Portugal 37

Par Zeca Soares

Sylviane Sambor apresentou “Ler, Viver & Saborear, Um Futuro” no PortoA associação “Ler, Viver & Saborear,Um Futuro” nasceu em França no co-meço do ano e foi apresentada na se-mana passada, no Porto, com oobjetivo de repensar a vida em comu-nidade e aproximar culturalmenteFrança a Portugal e Marrocos.A formalização da associação comsede social em Bordeaux e espaço fí-sico em Chauvigny ocorreu no começo

do ano, mas vai ter a sua primeira se-quência de eventos a partir do final dejulho com a abertura da Casa da Lei-tura e dos Sabores nessa comuna pró-xima de Poitiers, contando com apresença de várias figuras do Porto,incluindo o Presidente da câmara, RuiMoreira.“A associação são três verbos - ler,viver, saborear - e nesta primeira parte

do século XXI na qual vivemos, équase um projeto político no sentidomais nobre do termo. Ou seja, comoqueremos viver em comunidade,como queremos viver juntos em socie-dade, numa cidade, num país, numcontinente”, disse à Lusa a mentorada ideia e copresidente da associação,Sylviane Sambor, que visitou o Portohá 30 anos e que desde então se de-

dica à divulgação da cultura literáriaportuguesa.Até ao momento, a “Ler, Viver & Sa-borear, Um Futuro” conta com padri-nhos como o ensaísta EduardoLourenço, o Presidente do Institutodos Vinhos do Douro e do Porto, Ma-nuel Cabral, e o escritor argentino Al-berto Manguel, Diretor da BibliotecaNacional do seu país natal.

Cristina Branco lançou o seu primeiro livro“Quand vous lirez ces mots...”

Cristina Branco, com vivência entre osolo francês e o português, radica-sedefinitivamente em Paris em 2003,onde lançou muito recentemente oseu primeiro livro “Quand vous lirezces mots...”.

Quem é Cristina Branco?Não sou a que canta (risos).

Porque emigrou?Porque tinha os meus pais e a minhairmã a viver em França. Sentia-me iso-lada em Portugal. Apesar de gostarimenso do país, não suporto a políticaque os sucessivos Governos têm le-vado a cabo em Portugal. Um país mi-nado pela corrupção, com o saláriomínimo mais baixo da velha Europa.

Quando sentiu que tinha de publicareste livro?Nunca pensei publicar um livro comesta tonalidade. Gosto de fotografia, epor isso criei um livro de fotos da ci-dade de Paris acompanhadas pelos

presentes textos. Porque a edição defotografia é extremamente cara, sequeremos uma edição de qualidade,suprimi as fotografias, ficando ape-nas os textos.

Qual a inspiração deste livro?Inspira-se em relações epistolares e

cartas de amor.

De que trata este livro?O livro traça, através de cartas, o re-lacionamento amoroso entre umamulher e um homem. Uma espéciede passeio encantado através daspaisagens que eles cruzam para se

encontrar.

Como descreve as personagens?Ela, apaixonada e cega pelos senti-mentos. Ele, um homem egoísta,oportunista, que vê no amor delaapenas uma oportunidade de sair darotina. Indeciso nas escolhas existen-ciais,não assumindo o relaciona-mento na sua totalidade.

Ele ou ela, quem é o seu preferido?Para ser franca… nenhum. A inocên-cia da personagem feminina e a ligei-reza do personagem masculino sãoexasperantes.

Porquê em francês?Porque a editora que aceitou publicaré francesa.

Próximas criações?Não estou a escrever nada novo.Acrescentei sim um epílogo, umtexto inédito ao livro, para uma lei-tura teatral e musical no Théo Théâ-tre que decorreu nos dias 12 e 15 demaio.

Por Ricardo Vieira

le 22 juin 2016

Par Gracianne Bancon

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Salon des Livres Sans Frontières à Oloron Ste Marie

Lors du 10ème Salon du Livre SansFrontières organisé à Oloron Ste Marie(64), les 11 et 12 juin dernier, en laSalle Laulhère, l’association France-Portugal-Europe présidée par Elsa daFonseca Godfrin a tenu son proprestand.Sur les tables, une sélection de trèsbons ouvrages personnels de ChristianGodfrin ou de la bibliothèque de l’as-sociation, était présentée en consulta-tion libre. Seuls les librairesprofessionnelles et auteurs sont habi-lités à les vendre.De nombreux livres sur le Portugal,mais aussi de José Saramago, JoséRodrigues dos Santos, de la documen-tation pour ceux qui envisagent de par-tir en vacances pour le Portugal, et une

mise en valeur certaine d’ouvrages desdeux auteurs invités par l’association:Dulce Rodrigues et Manuel do Nasci-mento.Autant la première, venant directe-ment de Lisboa, a pu y participer. Au-tant le second, en raison des grèves detrains, a du déclarer forfait.En l’absence donc de Manuel do Nas-cimento, Christian Godfrin l’a rem-placé au pied levé pour participer audébat sur l’engagement du Portugaldurant la I Guerre mondiale. Il a rap-pelé la méconnaissance des Françaissur leur participation. Il a aussi luquelques passages importants de sonlivre, sur le Portugal obligé d’entrerdans le conflit suite à la déclaration deguerre de l’Allemagne le 9 mars 1916.Mais c’est seulement le 1er février1917 que le premier contingent por-

tugais débarque à Brest. «Le Portugalet la Première guerre mondiale - Cen-tenaire 1914-2014» aux éditionsL’Harmattan. On pouvait aussi consul-ter un autre de ses ouvrages «Históriade Portugal. Uma Cronologia» en 3 vo-lumes.Quant à Dulce Rodrigues, plus tournéevers les livres pour enfants, mais passeulement, était présente pour les dé-dicaces et présentation de ses diverstitres de ses collections, avant de s’en-voler pour le Luxembourg. Elle a no-tamment présenté “Viagem a Praga noTempo da Ditadura” (Editora Chiado),pour adultes, et les livres pour enfants“Era uma vez uma casa”, “Le Ciel esten Fête” et sa version portugaise “HáFesta no Céu”, “O Pai Natal estáconstipado” (bilingue français/portu-gais) (Editions BoD).

Avec la participation de Dulce Rodrigues

Par Gracianne Bancon

le 22 juin 2016

Alaleo, un site créé par des élèves de la Section dePortugais de CSI de Grenoble

Les trilingues avérés surtout, mais éga-lement les bilingues qui ne rechignentpas à se lancer dans l’écriture en unetroisième langue (même s’ils doiventle faire à tâtons et/ou avec l’aide dequelqu’un d’autre), peuvent désormaisse faire plaisir en exprimant ce qui bonleur semble sur Alaleo.Il s’agit d’un site sur Internet -https://alaleo.wordpress.com - créé pardes élèves de la Section de Portugaisde la Cité Scolaire internationale (CSI)de Grenoble. D’après la page d’accueilde ce site - que nous ne citons qu’enfrançais mais que l’on y trouve en sixlangues en total, dont le portugais -

«Alaleo se veut un forum d’expositionet de débat d’idées sous l’égide del’exemple de l’ouverture d’esprit deLéonard de Vinci». D’où Alaleo, c’est-à-dire, «à la manière de Léo».Le site incite tutti quanti à l’écriture,mais l’on peut en profiter juste pour sedélecter en lisant ce qui y figure déjà.En effet, sur Alaleo on trouve dès àprésent des articles concernant no-tamment Fernando Pessoa - surtoutses hétéronymes Alberto Caeiro, Ri-cardo Reis et Álvaro de Campos -, ainsiqu’Almeida Garrett et ses Voyages vis-à-vis de Jean-Jacques Rousseau et sesRêveries. Mais bientôt on y trouveraégalement des articles concernant lePère António Vieira ainsi qu’Eça de

Queiroz pour ce qu’il dit sur Paris vis-à-vis de ce qu’en disent des écrivainsfrançais, surtout Guy de Maupassantet Zola (mais aussi Victor Hugo).Toujours en phase avec Léonard deVinci, Alaleo ne veut pas s’astreindreà la littérature, loin de là, et se pro-pose d’exploiter d’autres domaines,dont ceux des sciences et des beaux-arts. Pour ce qui est de la science, ony trouvera bientôt sur Alalelo un arti-cle rendant compte d’un très beauprojet concernant le domaine de larecherche et de sa vulgarisation,mené par des élèves de Terminale dela CSI de Grenoble. Cela concerneune perspective écologique de repé-rage et d’emmagasinage d’énergie

qui se révèle, pour le moindre quel’on puisse en dire, comme quelquechose de très intéressant et fruc-tueux. Voilà de quoi faire croire lesplus sceptiques, qui plus est corres-pond en outre à un rêve fabuleuxchez tous ceux qui sont partants pourenvisager d’une façon positive l’ave-nir, notamment en accueillant denouvelles idées provenant de jeunesgens pas bêtes du tout, comme l’arti-cle le montrera.Mais ce qui constitue la plus granderichesse d’Alaleo est sans doute soncôté linguistique envisagé selon uneapproche générale. Sur Alaleo, vous ytrouverez somme toute, d’emblée, lapalpitation de plusieurs langues eu-

ropéennes, la plupart d’entre elles in-ternationales, voire intercontinentales.Chez Alaleo, elles se donnent la mainen se soutenant réciproquement parle biais des cultures qui les traversentdu dedans. L’on y voit noir sur blanc- mais à la fois, d’après une autreperspective, sous un vaste spectrechromatique - le plurilinguisme et lemulticulturalisme que, malgré le faitque l’on nous les prône depuis silongtemps, l’on a parfois du mal à ac-cepter: Alaleo nous les montrecomme une réalité qui mérite biend’être appréciée, d’autant que ce sontplutôt des jeunes gens qui ont créé cesite et qui à présent le nourrissentpresque en exclusif.

Par Manuel Ramos

Anne Petit présente un récital de textes dédié à Sophia de Mello BreynerUn récital de textes dédié à Sophia deMello Breyner, intitulé «Dérive ou LesVisages du Réel» avec textes de CamiloPessanha, Fernando Pessoa, Nuno Jú-dice et Sophia de Mello Breyner estprogrammé ce jeudi 23 juin, à 19h30,dans la toute nouvelle Salle FernandoPessoa, à la Maison du Portugal Andréde Gouveia, 7 boulevard Jourdan, àParis 14.Il s’agit d’un montage de textes et réa-lisation d’Anne Petit, avec musique deRamon de Herrera et DominiqueProbst, et avec interprétation d’AnnePetit, Ramon de Herrera (guitare) et laparticipation de José Manuel Esteves.Ce spectacle a été créé en mars 2015à la Fondation Calouste Gulbenkian,avec l’aide du Centre Culturel Camõesà Paris / Ambassade du Portugal et dela Maison du Portugal André de Gou-veia.«Il y eut une rencontre avec l’écriture,l’univers, la quête de plusieurs auteursportugais contemporains - principale-ment des poètes - et pendant des an-nées, entre mise en scène et récitalsde textes, fascinée par cette particu-lière fragmentation de l’identité, de

l’espace et du temps, j’ai navigué aveceux... un voyage au long cours…» ex-plique Anne Petit. «Plus de dix ansaprès sa disparition, j’ai eu le désir derevisiter l’œuvre solaire de Sophia deMello Breyner où dans la recherche

d’harmonie qui la caractérise, les dé-rives ne sont pas absentes (Dérive in/recueil de poèmes Navigations). Tou-jours nous guette ‘l’immanence dudanger’. La lumière et l’ombre, l’es-sence de la tragédie...».

Ce parcours d’environ 45 minutes peutse moduler selon les lieux et connaîtrede multiples variations, selon AnnePetit qui, de 1992 à 2000, a signé lamise en scène de «Navigations» à par-tir du recueil de Sophia de Mello Brey-ner, puis, des récitals: «Du côté duTage», «Paroles à fleur d’eau», «Main-tenant que nous nous sommes retrou-vés», «Fragments d’un regard», «Ducôté du Tage II» à partir de textes deMaria Judite de Carvalho, Sophia deMello Breyner, Nuno Júdice, DavidMourão Ferreira, Camilo Pessanha,Fernando Pessoa, António RamosRosa.«Je m’attacherai à un éclairage parti-culier, les dérapages du temps, la dé-rive, vers ces zones incertaines où lafrontière du réel est mouvante, ‘c’estqu’à certaines heures de la nuit, /per-sonne ne peut garantir sa propre réa-lité’ écrit Nuno Júdice in/Image. Cessubtils et poétiques décalages ne font-ils pas partie intégrante du Réel?...C’est la question que nous poseronsaux spectateurs…» sous la forme durécital de textes, lecture interprétée aupupitre de musique et pas seulement...

«Nager en eaux profondes dans lesouffle, la respiration d’un texte à partirdu travail spécifique sur la langue, sursa structure profonde que je pratiquedepuis des années… dans les réson-nances d’une musique originale et defragments de textes en portugais»conclut Anne Petit.Sophia de Mello Breyner (1919-2004), est née à Porto, elle a vécu àLisboa. Elle publie son premier recueilde poèmes au début des années qua-rante et collabore alors à diverses re-vues. Elle préside à deux reprisesl’Assemblée Générale de la SociétéPortugaise d’Ecrivains. Avant la Révo-lution du 25 avril 1974, elle participeà la fondation du Comité National deSecours aux Prisonniers Politiques etest élue en 1975 Députée socialiste àl’Assemblée de la République. Auteurde poésies, de contes, de nouvelles,d’essais, son œuvre s’appuie sur lesmythes les plus anciens du monde mé-diterranéen. Célèbre au Portugal, sonœuvre a obtenu de nombreux prix dontle prestigieux prix Camões pour l’en-semble de son œuvre, en 1999, et leprix Max Jacob étranger en 2001...

Dulce Rodrigues avec Christian et Elsa GodfrinLusoJornal / Gracianne Bancon

Anne Petit et Ramon de HerreraDR

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Cultura 15

Exposição de Sara Teixeira no Consulado de Paris

Foi inaugurada na quinta-feira da se-mana passada, uma exposição de de-senho ilustrado de Sara Teixeira,intitulada “Printemps”. A exposiçãoestá patente ao público no EspaçoNuno Júdice daquele posto consularaté 30 de junho. O Primeiro MinistroAntónio Costa também visitou a expo-sição dois dias depois da sua inaugu-ração e conversou com a artista.Sara Teixeira é arquiteta mas veio ten-tar encontrar trabalho em França.“Sou uma apaixonada por Paris e hámuito que sonhava vir para cá” disseao LusoJornal. Depois dos atentadosde Paris, ofereceu um quadro sobre acapital francesa - “J’aime Paris” - aoConselheiro de Paris Hermano San-ches Ruivo, que depois a apresentouao Cônsul de Paris, daí esta exposiçãono Consulado Geral. “A Sara é umagrande artista e tem grande talento”disse o Cônsul Geral na inauguraçãoda exposição, antecipando que “tenhoa certeza que vai ser uma artistamuito conhecida”.Sara Teixeira preferiu falar de “de-dicação” e de “paixão”. “Deponhomuito carinho nas minhas obras eespero que isso se note” disse.“Não foi nada fácil chegar agora aParis, mas encontrei uma Comuni-dade portuguesa que nem imaginavaque existia, pessoas muito interessan-tes, que me receberam de braçosabertos” confessou ao LusoJornal.

Sara Teixeira nasceu a 6 de março de1982 na cidade da Guarda, e desdemuito cedo percebeu o seu interessepela atividade de desenhar. Apaixo-nada pela cor, pelas formas, e sobre-tudo pela transmissão de ideias,segue sempre uma vertente artística

na sua formação, pelo que ingressa,no ano de 2000, no curso de Arquite-tura, lecionado no Porto e em Coim-bra. Concluída esta etapa, e por entreprojetos de arquitetura, consegue, fi-nalmente, tempo para se dedicar àsua paixão, a ilustração digital, com-

plementando o seu conhecimentoatravés de formações na área.Sara Teixeira começou a ilustrar em2012, elabora diversos projetos paraa imprensa, publicidade, multimédiae turismo, que concilia em paralelo àarquitetura. Começou a concorrer a al-

guns concursos de ilustração, tendoganho o Concurso de ilustração con-temporânea portuguesa, com o tema“Portuguese Waves”.No verão passado encontrou GarretMcnamara que acabava de surfar namaior onda do mundo, na Nazaré,num encontro que ficou documentadopela televisão portuguesa. O despor-tista convidou-a para ilustrar o livroque está a fazer para crianças. “Foium encontro feliz e estou a trabalharnesse projeto atualmente” explicou aoLusoJornal.O empresário Jean Pina, também eleoriginário da Guarda, comprou um dosquadros da exposição para que fiqueexposto em permanência naqueleposto consular. “Ficará com a devidareferência que foi oferecido pelo Se-nhor Jean Pina” confirmou o CônsulGeral ao LusoJornal.Mas as ilustrações de Sara Teixeiranão se ficam pelos quadros que rea-liza. São desenhos que se adaptam aqualquer suporte, desde as toalhas depraia, às canecas, almofadas e atévestidos. No dia da inauguração, a ar-tista vestia um “vestudo único” queela própria realizou. “Gostava de fazermais trabalhos para marcas que mos-trem interesse” disse ao LusoJornal.“Estou aberta a qualquer proposta”.Para já são objetos que podem sercomprados na loja virtual da artista.

http://boutique.sarateixeiraillustra-tion.com

Desenho ilustrado

Por Carlos Pereira

le 22 juin 2016

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Sara Teixeira com o Cônsul Geral e Jean PinaLusoJornal / Mário Cantarinha

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16 Cultura

lusojornal.com

Une œuvre de l’artiste portugais Hazul Luzahsur le mur du métro de Rennes

Du 29 mai au 4 juin derniers, l’asso-ciation culturelle portugaise AlmaLusa et la ville de Rennes ont accueillil’artiste portugais Hazul Luzah qui aréalisé une œuvre sur le mur du métrodans le cadre de l’Odyssée Urbaine2016.L’œuvre intitulée «Le radeau» fait ré-férence au livre «Jangada de pedra»de José Saramago. L’artiste de streetart, emblème de la ville de Porto, afait une œuvre sur le mur du métro deVillejean, située sur l’Avenue de la Ba-taille Flandres-Dunkerque en face duRestaurant Universitaire, Le Métro-nome.Pour la 2ème édition de l’Odyssée ur-baine, événement itinérant, tous lesRennais étaient invités à découvrir lequartier Villejean Beauregard sous leprisme des arts urbains. Plus de 20artistes et collectifs locaux investis-saient les rues avec des créations ori-ginales. Cette œuvre s’inscritdésormais dans le paysage du streetart urbain rennais et plusieurs per-sonnes ont pu accompagner le travailde l’artiste pendant toute la semaine.Hazul Luzah est un artiste graffiti au-todidacte qui a développé un style

transformant le lettrage classique endes formes calligraphiques décora-tives indéchiffrables souvent mixéavec des images de la nature. Il décritson travail comme un processus«d’étape par étape», s’appuyant sanscesse sur ses précédents travaux. Il acommencé à peindre à Porto en1997, où il a été impliqué dans lascène hip-hop. Son intérêt pour la cul-ture du graffiti l’a conduit à créer uncrew avec ses amis, un parcours nor-mal, pour s’amuser. Ensuite il a com-

mencé à prendre conscience de l’im-pact et de l’importance d’exposerdans la rue. C’est cette prise deconscience qui a transformé son tra-vail. Aujourd’hui, il peint dans la ruepour des raisons sociales, pour com-muniquer et partager.Selon la fondatrice de l’associationAlma Lusa, et actuelle vice-Prési-dente, Ana Maria Brito, l’artiste por-tugais a souhaité un «rapprochementet non pas une dérive, une union etnon pas une séparation. Voilà ce

qu’exprime l’artiste à travers sonœuvre réalisée dans le métro».Créée à Rennes, en décembre 2012«mais j’avais l’idée depuis 10 ans» ditau LusoJornal Ana Maria Brito, l’As-sociation Culturelle Portugaise AlmaLusa a pour objectif de promouvoir lalangue portugaise et la culture luso-phone à travers des activités cultu-relles diversifiées: expositions, confé-rences, chant, voyages, etc. C’estThierry Le Berre le Président depuisle début de l’année.Ana Maria Brito et José da Costa sontenseignants de portugais à l’Univer-sité Rennes 2. Ils sont portugais.Thierry Le Berre est architecte urba-niste, français. Liliane Vicente est lu-sodescendante, Jean-Marc Lanoë etLouis Pascaud sont retraités. Thierry,Jean-Marc et Louis parlent portugais.Plusieurs actions culturelles et confé-rences sont organisées régulièrement:«O Zé Povinho», ou encore «Salazar -Equilibre des comptes Equilibre desâmes».Ce vendredi, à 18h00, la Maison deQuartier Beauregard accueillera uneconférence sur «O Cavalo Marinho»par Erico Souza de Oliveira, ensei-gnant à l’Université de Salvador deBahia, au Brésil.

Une initiative de l’association Alma Lusa

Par Clara Teixeira

Costa expose à Brive et à PérigueuxDeux expositions de Costa sontprévues actuellement. La premièreà Brive, au Garage, depuis le 17juin et jusqu’au 18 septembre. Ladeuxième à Périgueux du 1er juil-let au 11 septembre. Brive et Péri-gueux organisent donc, ensemble,une exposition autour d’un mêmeartiste, Fernando Costa.Costa est un artiste généreux etfranc dont les créations aux cou-leurs équilibrées évoquent notreunivers familier: «Passionné par lasculpture de César, j’ai voulu trou-ver un support, une matière encorejamais utilisé». Ce sera le panneaude signalisation, et entre sesmains, il deviendra au gré de sacréativité, Art Car, Super Biben-dum ou hommage à Simone Veil.Né en 1970 à Sarlat de parents

portugais et se consacrant à l’artdepuis 1998, Fernando Costa vit ettravaille en Dordogne. Artiste auto-didacte ayant appris à souder au-près d’un ferronnier de Souillac, ilfait prendre un tournant décisif àsa démarche artistique suite à unséjour aux Etats-Unis au cours du-quel il rencontre des pique-ni-queurs déjeunant sur une tableréalisée avec un panneau de signa-lisation. Pour lui, l’évidence s’im-pose: il créera des tableaux ou dessculptures avec des panneaux designalisation.Dénonçant le gaspillage, l’artisteles taille en pièces avant d’en as-sembler les fragments au fer à sou-der pour créer des œuvres dont lapalette est définie par les teintesautorisées sur les panneaux de si-

gnalisation et par l’exposition deces objets aux intempéries.Cet été, les villes de Brive et de Pé-rigueux ont décidé d’organiser en-semble, sur plusieurs sites, unegrande exposition estivale consa-crée à Costa et accompagnée d’uncatalogue édité pour l’occasion. Lechapitre de cette manifestationd’envergure proposée au Garage du17 juin au 18 septembre est uneinvitation à découvrir les diffé-rentes facettes créatrices de Fer-nando Costa, personnalité riche etattachante, depuis ses premièrescréations, à une époque où il nejouissait pas de la reconnaissancemondiale dont il fait aujourd’huil’objet, jusqu’à ses monochromeset ses installations les plus ré-centes.

le 22 juin 2016

“O crivo dosdedos”, de Flor Campino

Flor Cam-pino nas-ceu emTo m a r ,em 1934.Nos anos60, depoisde terconcluídoos estu-dos naEscola deB e l a s

Artes do Porto, obtém uma bolsa eparte para a França, com o seu ma-rido, o poeta Fernando Echevarría.Em Paris, ensina francês aos seuscompatriotas emigrantes, e portuguêsno meio associativo, o que lhe permitededicar-se temporariamente às artesplásticas e participar em algumas ex-posições de pintura. Atualmente, par-tilha o seu tempo entre o Porto e Parisonde é frequentemente convidadapara falar da sua obra literária e artís-tica, principalmente nos estabeleci-mentos escolares onde a línguaportuguesa é ensinada.Flor Campino tem vários livros de poe-sia e de contos infantis publicados.Numa das suas viagens a Paris, con-tou-nos um dos momentos importan-tes da sua biografia, o encontro emArgel, em 1965, com o General Hum-berto Delgado, num jantar de amigos,poucos dias antes de o candidato daoposição a Salazar ser assassinadopela PIDE, em Badajoz.Para Flor Campino, a poesia é umamaneira de “sacralizar o real e de tes-temunhar antes que o existir já nãoexista”. Seus temas prediletos oscilamentre uma certa sensualidade e umaespiritualidade não religiosa. Em “Ocrivo dos dedos” (Afrontamento,2006) notamos a presença constantede palavras que evocam a cor, a luz,o sol, etc., como se fosse para a poe-tisa uma forma de dar uma continui-dade à sua outra paixão, ou seja, apintura. Do livro citado reproduzimoseste belo poema:“Sei como as águas do telhado se in-clinam / uma sobre a outra e, aopoente, oferecem / às gaivotas aaresta do ângulo definido. / Sei comocalam o grito, saciadas de azul e mar./ Asas dobradas, sal e espuma no altoda casa / e da noite, preparam o nas-tro contra o qual / se quebrem as bru-mas. Como elas, crescemos / emsilêncio e sono. Sob as pálpebras, /marés trazem-nos fragmentos depassado / e futuro, enrolam e desen-rolam o mistério / de um poema im-presso em letras de fogo. / Descemosuma interminável escadaria / saturadade sinais e signos. Amanhecemos /dentro de uma clepsidra com ínfimas/ areias a desertarem-nos os dedos”.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Fernando Costa, l’artisteDR

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17Associações

Academia do Bacalhau de Paris leva crianças deficientes ao mar

A 17 de junho, a Academia do Ba-calhau de Paris (ABP) realizou o seuhabitual jantar mensal, desta vez noRestaurante Le Montagne (94). Oevento contou com a presença de 90pessoas, entre as quais os Deputa-dos Carlos Gonçalves (PSD) e PauloPisco (PS).Os fundos angariados com este jantarserviram para colaborar com um pro-jeto apresentado pela Comadre Paulade Sousa à ABP, e que levará a Aca-demia a colaborar com o Rotary Clubde Conflans-Sainte-Honorine. A inicia-tiva pretende proporcionar uma via-gem inédita a crianças com defici-ência mental. O projeto partiu de umaprofessora que trabalha com estascrianças numa escola primária. Vistoque muitas destas crianças nunca via-

jaram nem viram o mar, terão agora aocasião de ir até Honfleur, na Norman-dia, num autocarro equipado de

acordo com as suas necessidades. Oapoio da Academia do Bacalhau deParis traduzir-se-á num donativo finan-

ceiro para tornar possível a realizaçãodo sonho desta professora e de dezcrianças.

Durante o jantar, foram apadrinhadosdois novos membros da Academia doBacalhau de Paris: Alice Francisco(apadrinada por Mário de Sousa) eLuís Ferreira Silva (por Luís Malta).O próximo evento a realizar pela Aca-demia do Bacalhau de Paris vai acon-tecer no dia 9 de julho e terá lugar emErmenonville (60), no parque temático“La Mer de Sable”, a 50 km de Paris.Segundo o Presidente da ABP, CarlosFerreira, este “vai ser um dia diferentede convívio entre Compadres e Coma-dres, num dia inteiro de confraterniza-ção com um grande piquenique”. Ocusto é de 35 euros por pessoa, o queinclui a entrada no parque e transportede autocarro. A partida será feita dasinstalações da Rádio Alfa e as inscri-ções podem ser feitas através do [email protected] ou do número detelefone 07.81.19.57.10.

Numa colaboração com o Rotary Club de Conflans-Sainte-Honorine

Por Diana Bernardo

le 22 juin 2016

lusojornal.com

Grupo musical Raízes Lusitanas em Saint Étienne-lès-Remiremont

Um dos grupos musicais que mais setem destacado nos últimos eventosnas zonas de Alsace, Lorraine e Fran-che-Comté, é o grupo Raízes Lusita-nas. Tem uma forte presença empalco, e atua sempre com o mínimode 10 elementos.Com recurso a instrumentos tradicio-nais portugueses, que vão desde a gui-tarra, cavaquinho, concertina,reco-reco, bombo, ferrinhos e pandei-reta, “enchem e animam o coração daComunidade por essa terras fora”, re-fere João Correia, natural de VilaVerde, um dos fundadores deste grupomusical.A ideia de fundar o conjunto RaízesLusitanas, surgiu e foi concretizada

graças à integração do conjunto na As-sociação Portuguesa de Saint Étienne-lès-Remiremont (88).Como existia à data da fundação umagrande quantidade de pessoas quesabem tocar instrumentos na associa-ção e no rancho, e que têm disponibi-lidade e muita força de vontade, foipossível avançar com novas ideias. Foisó juntar o útil ao agradável, e commuita amizade tudo se concretizou. Jácontam com 3 anos de atividade.Atuam por toda a França desde que aagenda seja compatível, mas a zonade maior enfoque é o Este da França,nos departamentos 67, 68, 57, 54,88, 70, 25. A atuação mais distantefoi, até hoje, na Córsega.Dada a especificidade geográfica, odepartamento 88 é muito forte a nível

associativo e na coesão da Comuni-dade portuguesa.A Associação portuguesa de SaintÉtienne-lès-Remiremont, com 160 só-cios e fundada em 1978, tem unido aComunidade e tem sido constante napromoção da tradição. A prova está norancho folclórico “Os Lusos” de SaintÉtienne-lès-Remiremont com 32 ele-mentos. O fundador da associaçãoManuel Fernandes, à data com 82anos de idade, ainda hoje faz parte dorancho. Um exemplo de persistência ede muita paixão pelas nossas tradi-ções.

Associação portuguesa de Saint Étienne-lès-Remiremont8 place hôtel ville88200 Saint Étienne-lès-Remiremont

Por Miguel Bernardo Santos

Festival de folclore do grupo Estrelas do Minho

No passado sábado, dia 18 de junho,a Associação Estrelas do Minho deVaulx-en-Velin (69), nos arredores deLyon, organizou o seu 34° Festival defolclore. O recinto desta festa folclóricaà portuguesa encontra-se mesmo emfrente da sede da coletividade, o quefacilitou a montagem do palco e tam-bém a restauração. Desde o meio diafoi proposto aos visitantes, espetadorese participantes do festival, vários pe-tiscos, e também um almoço com sa-bores bem portugueses.“Os grupos convidados para este Fes-tival, foram grupos aqui da nossa re-gião e também da Suíça, que sãoamigos de longa data e que nós vi-sitamos regularmente participandonos Festivais deles” explicou o Pre-sidente Martins ao LusoJornal. Par-ticiparam então os grupos LesChibottes de Puy-en-Velay, Moci-dade do Minho de St Maurice l’Exil,Mocidade Verde Minho de St. Mar-tin d’Hères, Alegria do Imigrante deSaint Galmier, Lavradeiras do Minhodo Canton de Vaud, na Suíça, todoseles convidados pelo grupo de fol-

clore da casa, Estrelas do Minho.Também participou na abertura doFestival a Fanfarra da associação orga-nizadora, com as suas cores particula-res, com as caixas, os bombos,ritmados pelas trompetas e saxofone.Para animação do baile que se prolon-gou pela noite fora, veio de Portugal ogrupo “ShowBand” de Arcos de Val-

devez. O seu responsável, José Fer-nandes, disse ao LusoJornal que abanda é composta por nove músicos eduas bailarinas, com baixistas, teclis-tas, e guitarristas. As vozes de Sofia,Ana e Hugo, percorreram a música ecanções populares portuguesas, desdeos sons mais “clássicos”, até aos sonsda moda, como o Quizumba e o Me-

rengue, entre outras. “Vimos regular-mente a França, convidados pelas as-sociações. Estivemos recentementeem Bordeaux, durante três dias defesta, mas é nas terras do norte de Por-tugal que a nossa agenda se preenchesobretudo nos meses de verão. Paraeste ano estamos já completos e játemos contratos para 2017” disse

José Fernandes. “Estamos abertos atodos os convites, temos uma páginanas redes sociais e também um siteinternet, onde se podem informar edeixar os vossos contactos, assimcomo para terem uma ideia daquiloque nós fazemos em palco, tudosobre a ShowBand”.“Gosto muito de ver os grupos de fol-clore, os ranchos e de ouvir as nossascanções tradicionais que eles interpre-tam e assim salvaguardam todas estastradições. É de aplaudir. Todas estascores, os trajes, a música das concer-tinas, e os bombos, não esquecer osferrinhos e o reque-reque, deixam-nosboas lembranças e passando uma boatarde. Se podemos, não perdemos umsó festival aqui na região de Lyon,onde residimos” declarou o casal Josée Maria Barros ao LusoJornal.Na região de Lyon, desde o último fimde semana de maio as numerosas as-sociações portuguesas, onde o folcloreé a sua principal atividade, têm preen-chido com os seus festivais e encon-tros, todos os fins de semana, e assimvai continuar em Bron, Feyzin e Deci-nes, onde o grupo folclórico Estrelasdo Minho estará também presente.

Em Vaulx-en-Velin

Por Jorge Campos

Luís Silva é novo membro da Academia do Bacalhau de ParisABP

LusoJornal / Jorge Campos

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18 Associações

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emsíntese

Cap Magellanlevou jovens aMarcoussis

A associação Cap Magellan, coma colaboração da Federação Por-tuguesa de Futebol (FPF) e emparceria com a empresa Trans-ports Subtil, organizou uma visitaao treino aberto da Seleção portu-guesa de futebol na quinta feira,da semana passada, dia 9 dejunho. Assim, com uma oferta de50 bilhetes por parte da FPF, aCap Magellan convidou especial-mente os seus membros maisnovos e alunos da sua rede estu-dantil para estarem presentes navisita ao Centro de treino daEquipa das Quinas durante oEuro’2016, em Marcoussis.Os alunos representavam o Col-lège-Lycée Montaigne de Paris, oLycée Georges Braque d’Argen-teuil, o Lycée Jean Jaurès deMontfermeil, o Lycée AlbertSchweitzer de Le Raincy e ainda oclube UMS de Pontault-Combault.Entre os adultos, havia represen-tantes da CCPF, da AssociaçãoCantares de Noisy-le-Grand e daassociação de pais APESIP do Col-lège-Lycée Montaigne.Numa tarde muito animada, todasas crianças, jovens e adultos reu-niram-se primeiro na sede da CapMagellan para seguirem viagemnum autocarro gentilmente sedidopelo clube “Os Lusitanos” de SaintMaur. Na chegada a Marcoussis,equipas da RTP e da SIC aprovei-taram ainda para entrevistar ogrupo que, vestidos com as cami-solas da Seleção e munidos de umgrande cartaz de apoio, se desta-cavam dos restantes presentes.Para todos os que não tiveram aoportunidade de se juntar a estegrupo, a Cap Magellan promete or-ganizar mais eventos durante oEuro’2016: a associação dispõe,por exemplo, de um espaço reser-vado na Fan Zone do “Champs deMars” (em frente à Torre Eiffel)para todos os jogos de Portugal.Desta forma, a Cap Magellan apro-veita desde já para lançar o con-vite a todos os Portugueses,lusodescendentes ou simpatizan-tes da Seleção a dirigirem-se atéeste stand para apoiarem juntosPortugal (inscrição obrigatória).

Cap Magellan

Feira Lusitana de Toulouse foi um sucessoDecorreu nos dias 10, 11 e 12 dejunho a primeira edição da Feira Lusi-tana de Gastronomia e Artesanato deToulouse (31). O evento contou com25 expositores vindos de várias regiõesde Portugal: Arkos, Sabores do Vez,Talho das Choças, Salsicharia São Vi-cente, Gódia, José Ferreira FernandesPão, Saber Intemporal, Donanna, Pa-ladares Paroquiais, Nathaly’s, Fumei-ros Casa de Lamego, Iberocoach,Dobralmino, Alumínios Silva, OlariaEixo, Cristina Flora, Imabrinde, Terrasde Real, Rural Futuro, Quinta da Vei-guinha, Associação de Crasto, CICIberbanco, Banco BPI, Banque BCP eCâmara Municipal de Arcos de Valde-vez.Estiveram assim representadas diver-sas regiões do país, nomeadamenteArcos de Valdevez, Ponte da Barca,Seia, Arganil, Paços de Ferreira, Ta-rouca, Viseu, Alcanena, Aveiro, Ama-rante, Melgaço, Mogadouro, Alfandegada Fé, sendo que alguns expositoresvieram de Toulouse e Paris, mas sem-pre falando português!Estiveram também presentes o artistaplástico José Vaz e a pintora CatarinaBeltran e como parceiros institucio-nais a organização contou com a Mai-rie de Toulouse e com a Associação deArtesãos da Serra da Estrela (mais de700 associados), representada porJoão Amaral, seu Presidente.A Feira arrancou na sexta-feira, dia 10de junho, com a cerimónia de inaugu-ração que contou com a presença dePaulo Santos, Vice-Cônsul de Portugalem Toulouse, António Capela, Conse-lheiro das Comunidades Portuguesas,Romuald Pagnucco, Conseiller délé-gué e Maire du quartier de Saint-Simon et La Fourguette, os Presiden-tes das associações organizadoras,José Rodrigues (Associação Nossa Se-

nhora de Fátima), Irene da Silva(Grupo Folclórico Vila Rosa) e JoséVieira (Associação A Cabana). A ceri-mónia começou com uma visita acada expositor, para que estes seapresentassem e dessem a conheceros seus produtos e, após os discursosprotocolares, a organização ofereceuum cocktail de boas vindas, alargadoaos representantes das mais de 40empresas patrocinadoras desta pri-meira edição da Feira Lusitana deToulouse.O primeiro dia foi marcado por umaNoite de fados, com lotação esgotada.Mais de 220 pessoas assistiram aoespectáculo da fadista Shina, que de-correu aquando de um jantar bemportuguês. A noite continuou com aatuação do duo musical Tony & Sónia.No sábado, o certame abriu pelas

10h00 e terminou com a atuação deElena Correia, sendo que a animaçãoao início da noite ficou a cargo do duomusical Tony & Sónia.O dia de domingo fechou este eventocom chave de ouro: ainda antes daabertura do certame, houve missaportuguesa às 9h00. Mas ainda antes,a partir das 7h00 da manhã, o pro-grama Olá Portugal, emitido pelarádio Occitanea, transmitia as entre-vistas e reportagens gravadas duranteo dia anterior com os expositores.Mais tarde, foi o programa “Portugalno Coração”, da rádio Canal Sud, afazer o programa em direto do localda Feira. Já durante a tarde a Es-cola de Concertinas de Toulouseatuou no meio da multidão que fezlotar o espaço da feira. Seguida-mente atuou o cantor David Danny

e o artista Bruno Pereira.Houve também um espaço de restau-ração, a cargo do restaurante “LesDélices de Portugal”, de Montauban.A organização faz um balanço muitopositivo desta primeira edição, real-çando o “excelente feedback porparte dos expositores e visitantes”.Agradeceu também “a todos os quetrabalharam para que a Feira Lusi-tana de Toulouse fosse uma reali-dade, aos que ajudaram nadivulgação do mesmo, aos patrocina-dores, aos expositores que acredita-ram neste projeto, aos artistas, aosvisitantes e institucionalmente aoVice-Consulado de Portugal em Tou-louse, na pessoa de Paulo Santos, eà Secretaria de Estado das Comuni-dades Portuguesas, na pessoa deJosé Luís Carneiro”.

Primeira edição do evento foi bastante felicitada

Terceiro Festival de Folclore da AssociaçãoPortuguesa Folclórica do Hérault

A Associação Portuguesa Folclórica doHérault realizou no passado dia 12 oseu terceiro Festival de Folclore Inter-nacional. Nele participaram seis gru-pos folclóricos portugueses, vindos dediversas regiões de França: Recorda-ções de Portugal de Antibes, SantaMaria de Cassis, Les Portugais deBeausoleil, Alegria do Minho de Tul-lins, o grupo Sevilla de Fabregues e ogrupo folclórico Residentes do AltoMinho vindo de Andorra.O festival teve lugar no Centre CulturelJosé Janson, em Fabregues.O festival foi precedido por um sucu-lento almoço convívio, no qual todosos convidados puderam travar conhe-cimento, tendo este sido acompa-nhado ao som da concertina por umaformação de 16 elementos, tocandouma variedade de música folclóricaportuguesa viajando do norte ao sul dePortugal, tudo isto no átrio do CentreCulturel, numa belíssima demonstra-ção daquilo que esperava o públicodurante a tarde.Seguiu-se a apresentação de todos osgrupos particiantes, com a tradicionalentrega aos grupos das fitas de seda

com a inscrição das datas e lugaresonde atuaram, adicionando a de Fa-bregues. Receberam também as taçasque marcaram as suas presenças.Foi prestada uma vibrante homena-gem pelo Presidente da APHF, Manuelda Costa, ao acordionista DomingosVilar, que apesar das suas 67 prima-

veras diz sempre presente e está sem-pre disponível para o seu grupo.E foi assim que decorreu a tardecom uma enorme participação porparte do público, que aderiu e aplau-diu fortemente cada dança e a qua-lidade das atuações de todos osgrupos presentes.

Uma vez mais e como vem sendo ha-bitual, todos os voluntários contribuí-ram, desde a véspera do festival,sempre com a mesma devoção, paraque tudo decorresse nas melhorescondições e o sucesso foi garantido.Uma experiênia a renovar, pois para oano há mais.

Por Tony Inácio

le 22 juin 2016

LusoJornal / Tony Inácio

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19Associações

Cônsul Honorário na Festa de Verão da Associação Ronda Minhota Com muito público presente, a As-sociação Portuguesa Ronda Minhotalevou a efeito no passado fim-de-se-mana, dias 18 e 19 de junho, a suatradicional festa de verão.No sábado, à volta de um jantar bemportuguês, foi prevista também atransmissão em direto do jogo Portu-gal-Áustria a contar para o euro defutebol cujo resultado pouco favorá-vel não impediu o sucesso da noite,com a atuação da artista Elena Cor-reia e do baile animado pelo grupomusical Energia.No domingo, nada menos de seisgrupos participaram no Festival fol-clórico, entre eles, a Casa dos Arcosde Paris, Estrelas de Portugal deCergy Pontoise, AJPR de Roman-ville, UCSP de Romilly-sur-Seine, OsMinhotos de La Chapelle-Saint-Mes-min e o grupo da casa, Ronda Mi-nhota. A estes grupos folclóricosjuntou-se a alegria e o vigor do grupoBombos Amarantinos de Olivet, comvárias atuações.O Presidente da Ronda Minhota, RuiLobo, acompanhado pelo antigo Pre-sidente, José Manuel Pereira, atualVice-Presidente, acompanhados detodos os membros da Direção, nãoparavam para que este Festival fossedo contento de todos.Pela oitava vez consecutiva, desde

que assumiu funções, o Cônsul Ho-norário de Portugal em Orléans, Joséde Paiva, esteve presente na festa da

Ronda Minhota durante a tarde dedomingo e foi chamado ao palcopara entregar alguns prémios.

Solicitado por Jerôme Campos, an-tigo Presidente da rádio Arc en Cielde Orléans, atualmente Vice-Presi-

dente e também membro da RondaMinhota, que animava o festival, di-rigiu algumas palavras aos presen-tes. “Nós somos os melhores, comodiz o Senhor Presidente da Repú-blica. Tenhamos confiança nasnossas capacidades, no vosso ines-timável contributo para a imagempositiva de Portugal, para a difusãodos nossos valores, da nossa mú-sica, da nossa cultura, das nossastradições”, disse o Cônsul honorá-rio, afirmando, ao mesmo tempo, acerteza na continuidade no funcio-namento dos serviços da atividadeconsular.Criada em 1978, a Associação Cul-tural e Social Ronda Minhota deSaint Jean-de-Braye, na períferia deOrléans, é uma das mais antigas daregião. Dispõe de locais e terrenospróprios, mais de 3.000 metros qua-drados adquiridos com esforço aolongo dos anos. As obras não param.Todos os anos, Presidentes e asso-ciados continuam a desenvolver ben-feitorias para que a sua Associaçãopossa dispor de melhores condiçõesde acolhimento.Saint Jean-de-Braye situa-se a ape-nas 5 km de Orléans e tem aproxi-madamente 20.000 habitantes, dosquais mais de 2.000 de origem por-tuguesa.

Saint Jean-de-Braye (Orléans)

le 22 juin 2016

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Cônsul honorário com Direção da Ronda MinhotaDR

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20 Associações

Academia do Bacalhau de Lyon despediu-sedo Padre (e poeta) José Luís de Almeida

Na sexta-feira passada, dia 17 dejunho, a Academia do Bacalhau deLyon reuniu e organizou o seu jan-tar mensal no restaurante Delta.No decorrer deste jantar havia umconvidado de honra na pessoa doPadre José Luís de Almeida, quealém de ser padre, também époeta.“Já conheço o Padre José Luís hávários anos, então tomei esta ini-ciativa de propor aos membros daAcademia do Bacalhau de Lyon delhe fazer uma homenagem quetambém é uma despedida, já quefoi durante estes últimos quatroanos o responsável da Comunidadecatólica portuguesa residente naDiocese de Lyon” disse no seu dis-curso de apresentação Sabino Pe-reira, Vice Cônsul de Portugal emLyon, nas suas funções de membroda Academia do Bacalhau. Evo-cando a mudança do pároco para a

região parisiense, Sabino Pereiradisse que “todos nós lhe deseja-mos bons e novos sucessos no seuministério e também como poetapara a realização de futuras obras.Deixa certamente boas lembrançascom as suas ações de ajuda e de

apoio na Comunidade portuguesa.Agradecemos também a sua pre-sença junto de nós, e o prazer de oouvirmos declamar pequenosexemplos das suas obras poéticasque assim nos deu a descobrir”.Os “Compadres” escutaram com

muita atenção as declamações doPadre José Luís, e ficaram visivel-mente satisfeitos com este eventocultural que deu, no final, a com-pra e a assinatura das obras aquiapresentadas pelo autor.O Padre José Luís parte então paraParis nos finais de agosto onde terásob a sua responsabilidade e ges-tão a mais importante bibliotecados Dominicanos nesta cidade. Assuas funções em Lyon, de Capelãoda Comunidade portuguesa, cessa-rão nessa data, e por enquantoainda não foi designado o seu su-cessor.A Comunidade católica portuguesanos dois pólos de celebrações litúr-gicas - em Lyon 6 e em St Foy-les-Lyon - também se despediuhomenageando o Padre José Luísde Almeida, com um jantar e um“copo de amizade” onde lhe foramentregues presentes de agradeci-mento pela sua presença e ajudasno decorrer destes quatro anos.

Padre era Capelão da Comunidade católica portuguesa de Lyon

Por Jorge Campos

Conto Contigo: Leituras futebolísticas

Rolou a bola no dia 18 de junho! En-quanto os craques grandes da Seleçãose preparavam para pisar o relvado doParc des Princes, em Bagneux, osnossos craques mais pequenos jáaqueciam ao som de mais uma sessãodo Conto-Contigo.fr da Agrafr.A Association Luso-Balneolaise, pre-sidida pelo casal Sónia e José daCosta Ribeiro, mais habituada a pro-mover gratuitamente o ensino daslínguas portuguesa e francesa àmais recente vaga de emigração,foi adaptada a uma nova posiçãono terreno e cumpriu com brio estepapel de Estádio de Leitura para osmais novos.Nas bancadas, o público apoiava comentusiasmo em diversas línguas. Sen-tados no relvado numa disposição tá-

tica virada para o ataque, os nossospequenos jogadores deram tudo por

tudo para conquistar os pontos emjogo nas adivinhas disfarçadas de

poemas de José Jorge Letria. Olivro “Os Cromos da Bola”, uma edi-ção da “Oficina do Livro”, jogou paraa fotografia com ilustrações de AfonsoCruz. Nos minutos finais, até entrouem campo um goleador para ampliaro marcador da alegria!A Association Luso-Balneolaise podeser contactada pelo email [email protected] ou através dos tele-fones 0617503574 e 0614302914.Para além dos cursos de Línguas, nopróximo ano letivo a associação propõeum atelier de canto em português paracrianças.As sessões do Conto-Contigo.fr en-tram agora em estágio de pré-épocae regressarão em plena forma apóso Verão. Até lá, boas leituras!

(*) Nuno Peixeiro é membro daequipa Conto-Contigo.fr.

Por Nuno Peixeiro (*)

Livro sobre Jorge Mendes nas bancas francesasFoi editado em abril, mas continua aestar nas bancas das principais livra-rias - sobretudo atualmente - o livrobiográfico “Jorge Mendes: L’agent leplus puissant du football mondial”.Jorge Mendes é uma das personalida-des mais influentes no mundo do fu-tebol atual. Todos os anos, principal-mente no verão, não há publicaçãodesportiva que não evoque os contra-tos milionários que passam pelasmãos do agente português. Ninguémsabe como, mas o facto é que este é ohomem que manda no futebol mun-dial. Gere a carreira de Cristiano Ro-naldo, claro, mas também a de DiegoCosta, Angel Di Maria, Radamel Fal-cao, James Rodriguez, Raphaël Va-rane, José Mourinho… Por issomantém relações de proximidade comos principais atores do mundo do fu-tebol e da economia como Florentino

Perez do Real Madrid, Roman Abra-movich do Chelsea, Nasser Al-Khelaïfido Paris Saint GermainNo último ano Jorge Mendes ganhoucerca de 85 milhões de euros em co-missões. Por exemplo, foi ele quem or-questrou a transferência mais cara dofutebol francês, a de Anthony Martialdo Monaco para o Manchester Uni-ted, por 80 milhões de euros.Através deste livro com 350 pági-nas, o agente dos jogadores e dostreinadores evoca a sua vida, atravésde mais de 100 entrevistas exclusi-vas, passa em revista o seu per-curso, partindo das origens, da suaascenção nos negócios e no futebol,os encontros que mais o marcarame as operações mais sensacionaisque fez. E também aquelas que aca-bou por não fazer, mas que teriammudado a história do futebol.

Este é um livro que fala, aliás, demuitos dos futebolistas portuguesese, claro, onde fala de Portugal. Cu-riosamente, o prefácio do livro foiescrito por Cristiano Ronaldo. Masfalam também Florentino Perez,Roman Abramovich, Pinto Da Costa,Sir Alex Ferguson, Peter Lim e Nas-ser Al-Khelaïfi.Já vai longe o tempo em que o pe-queno Jorge Mendes fazia negóciosna Feira da Ladra, em Lisboa. Hoje(quase) controla o real Madrid, oMonaco, ao ponto de colocar oamigo Peter Lim à frente do Va-lence. O seu segredo: “Trabalhar,trabalhar, trabalhar”! Faz dias de 20horas ao telefone, percorre milharesde quilómetros para reunir com osseus interlocutores. “Qualquer um,nas minhas condições, pode obteros mesmos resultados”.

le 22 juin 2016

emsíntese

Filipe Albuquer-que terminou em10º nas 24 Horasde Le Mans

Desde cedo que a prestação de FilipeAlbuquerque nas 24H de Le Mansficou condicionada devido a um pro-blema de motor. No entanto, o pilotoportuguês e os seus companheirosde equipa na RGR Sport by Morand,Ricardo Gonzalez e Bruno Senna detudo fizeram para recuperar o maiornúmero de posições que acabou porse traduzir no 10º lugar entre osLMP2 e em 5º nas equipas que pon-tuam para o Campeonato do Mundode Endurance.Depois da perda de oito voltas logoapós a terceira hora de prova devidoa um problema de motor, durante anoite o Ligier teve ainda outra para-gem demorada nas boxes para solu-cionar um problema de suspensão:“Em termos de resultado final ficá-mos longe do nosso objetivo masdesde cedo que nos apercebemosdisso. Procurámos minimizar os es-tragos e pensar nas contas do Cam-peonato. E o quinto lugar acaba porser ‘menos mau’ em termos de pon-tos para o Campeonato. Fica no en-tanto a satisfação de termos feito umacorrida isenta de erros e sempre comum excelente ritmo. Pensei que à ter-ceira seria de vez, mas também nãofoi. Para o ano haverá mais”, disse Fi-lipe Albuquerque ciente que numacorrida desta natureza a fiabilidadedos carros tem o papel principal.Filipe Albuquerque centra agoraatenções na próxima prova do Cam-peonato que decorre a 24 de julhoem Nurburgring.

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LusoJornal / Jorge Campos

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21Desporto

emsíntese

Escolha de Seleção dividecorações de lusodescendentes

Os afetos e paixões de muitos luso-descendentes dividem-se durante oCampeonato europeu de futebol: unsdizem torcer pelas “Quinas” mas ou-tros preferem outras cores, porque aterra onde vivem fala mais alto.Michaël e Olivier nasceram emFrança, têm em comum as raízes fa-miliares portuguesas e a paixão pelosvinhos, mas vão “brindar” por Sele-ções diferentes no Euro.Micaël Morais é escanção num res-taurante com uma estrela Michelinem Paris. Para o Euro, promete con-tinuar a alimentar a “loucura que tempor Portugal” e apoiar as Quinas.“Nasci em França mas tenho aquelaloucura por Portugal. A Seleção por-tuguesa nunca ganhou nada, aFrança já ganhou duas vezes. Portu-gal até tem hipóteses”, argumenta olusodescendente de 30 anos, cujospais trocaram São Pedro da Silva, noconcelho de Miranda do Douro, porParis há muitos anos.Já o primo, Olivier Morais, vai ser ob-rigado a assistir aos jogos em Belfast,na Irlanda do Norte, onde é ‘barman’num bar de cocktails e diz torcer, emúltima análise, pela França: “O meusangue é português mas nasci emFrança, por isso, sou francês tam-bém. Tenho que apoiar a França queera uma grande equipa, agora não étão boa, mas está a evoluir”, consi-dera o lusodescendente de 26 anos,com raízes familiares em Argeriz, noconcelho de Valpaços.

Raphaël Guerreiro, um primeiro europeupara o lusodescendente

O jovem lateral-esquerdo que nasceue jogava em França, Raphaël Guer-reiro, participa pela primeira vez numCampeonato da Europa com a Sele-ção ‘A’ de Portugal. O lusodescen-dente de 22 anos, que parecia ser asegunda opção do lado esquerdo atrásde Fábio Coentrão, conseguiu impor-se e aproveitar precisamente a ausên-cia por lesão de Fábio Coentrão.A tarefa era difícil frente a Eliseu, la-teral-esquerdo que atua no Benfica,mas Raphaël Guerreiro ganhou vanta-gem na corrida ao lugar e foi titularnos dois primeiros jogos da SeleçãoPortuguesa.O lateral-esquerdo falou com o Luso-Jornal no fim do encontro entre Por-tugal e a Áustria.

Como podes ver o resultado frente àÁustria?Foi novamente uma deceção quandose olha para o resultado. Acho quemerecíamos vencer como no primeirojogo. Tivemos muitas oportunidadesde golo e não conseguimos concre-tizá-las. Não podemos baixar os bra-ços, ainda falta um jogo edependemos somente de nós porque

se ganharmos estamos apurados. Tal-vez falhámos os dois primeiros encon-tros sobretudo no que diz respeito aospontos. Dois pontos após dois jogosnão é muito, mas não podemos baixaros braços.

Cristiano Ronaldo afirmou que seránecessário dar tudo no último jogo…Ele disse isso e toda a equipa pensaisso. Não temos nenhuma outra hipó-tese sem ser vencer a Hungria. Se nãoganharmos, não vamos passar a fasede grupos e isso seria uma grande de-ceção para toda a gente.

Há uma certa frustração na equipacom estes resultados?Há uma certa frustração em relaçãoao jogo que fizemos e ao resultadoque obtivemos. No entanto ainda es-tamos confiantes, não perdemos a es-perança e espero que a sorte vai estardo nosso lado desta vez.

Cristiano Ronaldo falhou uma grandepenalidade…Acontece falhar. Acho que apesardesse episódio ele não vai baixar osbraços. Ele vai estar confiante no úl-timo jogo.

Cristiano Ronaldo pode, no entanto,entrar na história da prova se marcarum golo neste Europeu?Acho que ele não está a olhar para osrecordes. Se ele tiver uma ocasião demarcar, ele vai marcar para a equipa.Se ele não marcar, vai tentar tudo paramarcar no próximo jogo.

O que podemos dizer do apoio do pú-blico português?É muito importante ter um públicoque está a apoiar-nos.Precisamosdisso e quando estamos no terreno,dá-nos ainda mais força. Espero queo público português vai estar presenteem Lyon porque precisamos dos nos-sos adeptos e sem eles não somosnada.

Raphael Guerreiro quatroanos no Borussia DortmundO defesa internacional português Rap-hael Guerreiro assinou contrato porquatro épocas com o Borussia Dort-mund, anunciou na semana passadao clube alemão de futebol, sem divul-gar o valor da transferência.Concentrado em França com a Se-leção portuguesa que disputa oEuro2016, o lateral-esquerdo de22 anos, que também pode jogar

como extremo, vinculou-se ao segundoclassificado do Campeonato alemãoaté 30 de junho de 2020, depois deter representado os franceses do Lo-rient nas últimas três temporadas.“Raphael Guerreiro é um jogador tec-nicamente evoluído, que se sente àvontade em várias posições. Estamosmuito felizes por ter escolhido o Bo-russia Dortmund”, disse o Diretor des-portivo do clube, Michael Zorc, citadono sítio oficial do clube na internet.Nascido em Le Blanc-Mesnil (93),Raphael Guerreiro tem nacionalidadefrancesa e portuguesa, mas fez a suaformação e iniciou a carreira no fute-bol gaulês, no Caen, antes de rumarao Lorient, ao serviço do qual fez 34jogos na época passada na “Ligue 1”.Filho de pai português, Rapahel Guer-reiro fez oito jogos pela Seleção lusa,o último dos quais frente à Áustria (0-0), na segunda jornada do Grupo F doEuro2016.O defesa é o segundo internacionalportuguês a rumar ao futebol alemãonesta época, depois de o médio Re-nato Sanches, de 18 anos, ter assi-nado por cinco anos pelo Bayern deMunique, Campeão em título, quepagou 35 milhões de euros ao Benficapela transferência.

Europeu de Futebol

Por Marco Martins

le 22 juin 2016

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Lusa / Miguel A. Lopes

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22 Desporto

lusojornal.com

«Deixa tudo esegue-Me»

Se no domingo passado éramos con-vidados a responder à pergunta«quem é Jesus, para mim?», esta se-mana a perspetiva muda completa-mente e o Evangelho convida-nos ameditar a seguinte questão: «paraJesus, quem é o verdadeiro discí-pulo?». Graças a três respostas dadasa três “candidatos”, conhecemos al-gumas das condições para entrar nodiscipulado de Jesus e percorrer o Ca-minho que leva à plenitude da salva-ção. Que condições são essas?«As raposas têm as suas tocas e asaves do céu os seus ninhos; mas oFilho do homem não tem onde recli-nar a cabeça». Com a primeira res-posta aprendemos que o discípulodeve despojar-se totalmente das preo-cupações materiais: para ele, o Reinotem de ser infinitamente mais impor-tante do que as comodidades e obem-estar material.«Deixa que os mortos sepultem osseus mortos; tu vai anunciar o reino deDeus». A segunda resposta ensinaque os deveres e obrigações destemundo, mesmo os mais importantes,são secundários quando comparadoscom o compromisso de seguir JesusCristo.«Quem tiver lançado as mãos aoarado e olhar para trás não serve parao reino de Deus». A terceira respostasugere-nos que o discípulo deve des-pegar-se de tudo e fazer do Reino asua prioridade fundamental: nadadeve adiar ou demorar a nossa res-posta.É uma página do Evangelho que sur-preende e choca pelo radicalismo enível de compromisso que exige. Aomesmo tempo, confirma-nos queJesus não é um “guru” sedento deadeptos, disposto a atenuar as condi-ções do discipulado ou a baixar o idealde vida proposto, para aumentar o nú-mero dos fiéis da sua Igreja. O “Cami-nho” promete vida nova, vida emDeus! Mas pede sacrifícios, abnega-ção, fidelidade.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Sanctuaire de Notre-Dame de Fátima-Marie-Médiatrice48 bis boulevard Sérurier75019 ParisSábado às 19h00 e Domingo às 11h00

boanotícia

le 22 juin 2016

Adeptos portugueses mostram apoio incondicional

No dia 14 de junho, no primeiro en-contro de Portugal no Campeonatoda Europa de futebol frente à Islân-dia, em Saint Étienne, os adeptosportugueses invadiram a cidadepara apoiar a Seleção das Quinas.25 mil adeptos portugueses estive-ram presentes no Estádio Geoffroy-Guichard, que conta com 40 millugares, para assistir ao encontroentre Portugal e a Islândia.Angelo da Eira, lusodescendente re-sidente em Saint Étienne, explicou-nos que esses adeptos vieram dascidades vizinhas, como Lyon e Cler-mont-Ferrand, ou ainda de Portugalvisto que a Comunidade lusa na ci-dade e na região não ultrapassa as15 mil pessoas.Em Paris o número de adeptos es-teve igualmente nessas proporçõescom cerca de 30 mil Portuguesesno Parc des Princes num total decerca de 47.000 lugares disponí-

veis.A Selecção Portuguesa é de certo asegunda nação mais apoiada nesteEuropeu, atrás da Seleção Fran-cesa.Este apoio tem sido abordado váriasvezes em conferência de imprensa.Tanto o Selecionador de Portugal,Fernando Santos, como o CapitãoCristiano Ronaldo ou ainda os ou-tros jogadores, todos têm um pala-vra de agradecimento para o apoiodo público português nos estádiosou fora, como nas “Fan Zone”.A Comunidade portuguesa tem-semostrado unida no apoio à SeleçãoPortuguesa e todos esperam quePortugal possa ir longe na prova.Próximo destino: Mais uma cidadecom uma forte presença lusófona,Lyon.Se Portugal se apurar para os oita-vos-de-final, as cidades de Tou-louse, Nice, ou ainda Lille poderãoestar no caminho da Seleção dasQuinas.

Europeu de Futebol

Por Marco Martins

Portugal tem de vencer a Hungria

Ninguém pensava que Portugalprecisaria do último jogo da fase degrupos para tentar garantir o apu-ramento para os oitavos-de-final doCampeonato da Europa de futebolque decorre em França.Esta quarta-feira, em Lyon, a Sele-ção Portuguesa não tem outra hi-pótese que vencer a Hungria paracontinuar na prova. O jogo decorreàs 18h00.Se Portugal está nesta situação éporque não conseguiu carimbar opassaporte para a fase seguinte atéagora.No primeiro encontro, que decor-reu no dia 14 de junho, Portugalempatou a uma bola frente à Islân-dia no Estádio Geoffroy-Guichard,em Saint Étienne. O golo portuguêsfoi apontado pelo avançado Nani,enquanto o tento dos Islandeses foida autoria de Bjarnason.No segundo jogo, a Seleção Portu-

guesa empatou no sábado 18 dejunho, sem golos, frente à Áustriano Parque dos Príncipes, em Paris.O encontro pode resumir-se a umduelo entre Cristiano Ronaldo e oguarda-redes Robert Almer.O avançado da Seleção das Quinasviu por três vezes o guarda-redesda Áustria impedir o golo de Portu-gal. Nas raras vezes em que Cris-tiano Ronaldo conseguiu enganarRobert Almer, foi num remate quesaiu por pouco ao lado da baliza,numa grande penalidade que bateuno poste e num cabeceamento queterminou no fundo das redes aus-tríacas mas no qual Cristiano Ro-naldo estava fora-de-jogo.Uma estatística mostra concreta-mente o domínio de Portugal. OsPortugueses remataram 23 vezes àbaliza enquanto a Áustria apenastrês.O resultado final foi um empatesem golos que coloca Portugal noterceiro lugar do grupo com dois

pontos, à frente da Áustria queestá no último lugar com apenasuma unidade. Na liderança dogrupo está a Hungria com quatropontos, à frente da Islândia comdois pontos, visto que as duas Se-leções empataram a uma bola nopassado sábado.No fim do encontro, Cristiano Ro-naldo mostrou-se satisfeito por sero jogador com mais internacionali-zações na Seleção Portuguesa masno entanto estava triste pelo resul-tado obtido frente à Áustria. “É ummotivo de orgulho fazer 128 inter-nacionalizações, bater o nosso mí-tico Figo. Sei que ele, no fundo,está orgulhoso por isso. Obvia-mente que era um objetivo ser omais internacional, ser o máximo go-leador da Seleção, mas obviamentedeixa-me um pouco triste porque nãoera a maneira que queria para tereste recorde, da maneira mais bo-nita, porque queríamos ganhar, nãoconseguimos e empatámos, por isso

não foi a forma como eu idealizava”,declarou o avançado português.“Isto é o futebol. Obviamente eraalgo que não queríamos, tivemosmuitas oportunidades, jogámosbem, não conseguimos concretizaruma vez mais e eu também falheium penalty e outras oportunidades.Isto faz parte do futebol, temosque continuar a acreditar, agrade-cer uma vez mais o público portu-guês que esteve presente aqui e osPortugueses que estão a apoiar-nosfora também. Tenho a certeza quePortugal, no próximo jogo, vai tentardar o seu melhor e quem tenta sem-pre alcança e é nisso que temos quepensar. Nós jogadores temos de pen-sar que ainda é possível. Se ganhar-mos estamos qualificados por isso háque acreditar que as coisas vão corrermelhor”, concluiu Cristiano Ronaldo.Esta quarta-feira Portugal tem devencer a Hungria para garantir oapuramento para os oitavos-de-final da prova.

Por Marco Martins

Seleção portuguesa de andebol falha apuramento para o Mundial de França em 2017A Seleção portuguesa de andebolfalhou na semana passada o apura-mento para o Campeonato doMundo de França de 2017, apesarde ter vencido o segundo jogo do‘play-off’ por 21-20, em embatedisputado no Dragão Caixa, noPorto.O conjunto luso, que ao intervalovencia por 10-7, diferença que pre-cisava para poder seguir em frente,não conseguiu manter a margem eacabou por vencer por apenas umgolo, depois de ter perdido na pri-meira mão na Islândia por 26-23.Apesar de ter estado todo o jogo nafrente do marcador, Portugal deno-tou alguma ansiedade na ponta

final, permitindo que os islandesesencurtassem a desvantagem nosderradeiros minutos e afastassemPortugal da possibilidade de estarnuma fase final de um mundial,algo que já não acontece desde2003, quando Portugal organizou afase final.Ainda assim, o sonho da equipa dasquinas esteve bem vivo durante aprimeira parte, graças uma entradafulgurante no jogo, em que Portugalse impôs com naturalidade, reve-lando grande eficácia ofensiva euma enorme solidez a defender,com destaque para uma exibiçãotremenda do guarda-redes AlfredoQuintana.

Adeptos na “Fan Zone” de ParisLusoJornal / António Borga

João Ferraz no Portugal-IslândiaLusa / José Coelho

Page 23: Espaço do Cidadão inaugurado em Paris - lusojornal.com · Política 03 lusojornal.com em síntese Insatisfação na Presença Consular em Troyes Uma vez mais, foi realizada em Troyes,

23Tempo livrele 22 juin 2016

Jusqu’au 25 juin Exposition de Sérgio Remondes «Hommageà Marc Chagall et à la ville de Paris», présen-tant les dernières œuvres (2015-2016). Lu-sofolie’s, 57 avenue Daumesnil, à Paris 12.

Jusqu’au 26 juin «Tirelire», exposition personnelle d’Ana Jotta.Au Credac, La Manufacture des Œillets, 25-29 rue Raspail, à Ivry-sur-Seine (94).

Jusqu’au 30 juin Exposition de peinture d’Isabel Pavão «Diximpressions de rose et de mer» en dialogueavec les poèmes homonymes de Nuno Jú-dice. Maison du Portugal André de Gouveia,Cité Universitaire Internationale, 7P boule-vard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 30 juin Exposition «Printemps» de Sara Teixeira auConsulat Général du Portugal, 6 rue GeorgesBorger, à Paris 17.

Jusqu’au 18 juillet Exposition d’Amadeo de Souza-Cardoso,une co-organisation de la Fondation Ca-louste Gulbenkian et de la Réunion desmusées nationaux, au Grand Palais - Ga-leries nationales, 3 avenue du GénéralEisenhower, à Paris 8.

Jusqu’au 28 août Exposition «Shifting Boundaries» comArianna Arcara, Pierfrancesco Celada,Marthe Aune Eriksen, Jakob, Ganslmeier,Margarida Gouveia, Marie Hald, DominicHawgood, Robin Hinsch, Eivind H. Nat-vig, Ildikó Péter, Marie Sommer et Chris-tina Werner. Fondation Calouste Gulbenkian, Déléga-tion en France, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 29 août «Les universalistes: 50 ans d’architectureportugaise», une co-organisation de la Fon-dation Calouste Gulbenkian et de la Cité del'architecture et du patrimoine, à la Cité del’architecture et du patrimoine, 1 place duTrocadéro et du 11 Novembre, à Paris 16.

Le samedi 25 juin, 15h00 Promenade urbaine sur les pas d’Amadeo deSouza-Cardoso à Montparnasse, avec l’histo-rien Georges Viaud. Départ de La Coupole,102 boulevard du Montparnasse, à Paris 14.

Le dimanche 26 juin, 10h00 Séance de dédicaces du livre «Bienvenue àLisbonne» de Sylvie da Silva (éditionsMango), organisée par l’Association Cantinhoda Lusofonia, au Collectif d’associations demigrants, 80 boulevard du Landy, à Reims(51). Infos: 06.23.40.61.47.

Le jeudi 23 juin, 19h30 Récital de poésie et guitare «Dérives ou lesvisages du Réel» dédié à Sophia de MelloBreyner. Récital de textes de Camilo Pes-sanha, Fernando Pessoa, Nuno Júdice, So-phia de Mello Breyner par Anne Petit etRamon Herrera. Maison du Portugal André deGouveia, 7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Du 7 au 30 juillet, 17h00 «Voyage dans les mémoires d’un fou», de etavec Lionel Cecílio, au Théâtre Pixel, à Avi-gnon (84). Dans le cadre du Festival d’Avi-gnon 2016.

Le jeudi 30 juin, 20h00 Projection du court-métrage «Campo de Ví-boras» de Cristèle Alves Meira, tourné cethiver dans la région de Trás-os-Montes et sé-lectionné à Cannes cette année. Au cinémaMK2 Quai de Loire, 14 quai de la Seine, àParis 19. La projection sera suivie d’un petitverre. Entrée Libre.

Le mardi 5 juillet, 18h00 Dialogues bilingues - Le théâtre de MiguelTorga et ses réverbérations. Présentation plu-ridisciplinaire du théâtre de Miguel Torga, enversion bilingue français-portugais, par lacompagnie Cá e Lá et les étudiants de l’atelierbilingue de Graça dos Santos / Université de

Nanterre Paris Ouest La Défense, accompa-gnés à la guitare classique par Gonçalo Cor-deiro. Siège CIC Iberbanco, 8 rue d’Anjou, àParis 8.

Le mercredi 22 juin, 20h30 Concert ‘Além Fado’, par Lizzie, Filipe deSousa et Nuno Estevens. Mêlant passion pourla tradition et une interprétation plus singu-lière. Théâtre du Temps, 9 rue du Morvan, àParis 11. Infos: 06.80.37.02.06.

Le dimanche 26 juin, 14h30 Tertulia de fado avec Humberto Capelo,Lúcia Araújo, Mónica Cunha, Sousa San-tos, Daniela et António de Freitas, accom-pagnés par Manuel Corgas (guitarra),Pompeu Gomes (viola) et Tony Carreira(viola baixa). Théâtre de Menilmontant,15 rue du Retrait, à Paris 20. Infos: 01.46.36.98.60.

Le jeudi 7 juillet Concert de Mísia, dans le cadre de l’Estivalde la Batie, à Saint Étienne-le-Molard (42).

Le vendredi 8 juillet, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde» propo-sée par le Coin du Fado et présentée parJean-Luc Gonneau, avec Conceição Gua-dalupe, accompagnée par Filipe de Sousa(guitarra), Nuno Estevens (viola), NellaSelvagia (percussions) et Philippe Leibaet/ou Dominique Oguic (contrebasse).Plus artistes invités: João Rufino, TâniaCaetano, Eugénia Maria et d’autres. Lu-sofolie’s, 57 avenue Daumesnil, à Paris12. Infos: 01.53.92.01.00.

Le samedi 9 juillet, 19h00 Concert de Gisela João, dans le cadre du Fes-tival Vitrolles Sun Festival. Salle du Roucas,Domaine de Fontblanche, à Vitrolles (13).

Le vendredi 24 juin, 20h00 Concert de jazz avec le Paris GuitareQuartet, avec Quitó de Sousa Antunes,Sébastien Lechanoine, Thomas Baron etMarc Salvatore. Lusofolie’s, 57 avenueDaumesnil, à Paris 12.

Le vendredi 24 juin, 18h30 Récital «Festejando a poesia da língua portu-guesa com Lizzie», mise en musique et chantde poèmes en langue portugaise assurée parLizzie Levée, accompagnée à la guitare por-tugaise, dans le cadre des activités du CRE-PAL/ Chaire Solange Parvaux de l’UniversitéSorbonne Nouvelle Paris 3. Au Centre Cen-sier, Université Sorbonne Nouvelle Paris 3, 13rue de Santeuil, à Paris 5.

Le dimanche 26 juin, 16h00 Récital de chant et piano d’Anne Kaasa(piano) et Natasa Sibalic (soprano). En par-tenariat avec le Festival Parfums de Lisbonne.Maison du Portugal André de Gouveia, 7 Pboulevard Jourdan, à Paris 14. Infos: 01.70.08.76.40.

Le jeudi 30 juin, 19h00 Concert de la pianiste Marta Menezes, avecdes œuvres de Beethoven, Chopin et Fragoso.Dans le cadre du Festival Parfums de Lis-bonne. Maison du Portugal André de Gouveia,7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le samedi 25 juin, 16h00 Fête de la Saint Jean avec grillades et bois-sons (sardines offertes), avec le groupe Ba 2Pé, organisée par l’ACS Portugais, PavillonIdéal Standard, 590 rue des Frères Thibault,à Dammarie-les-Lys (77).

Le dimanche 3 juillet, 11h00 3ème édition de Alegres en Fête, avec AnaMalhoa, Flavel & Neto, Mike da Gaita, NelsonCosta, Dj Joliver, Dj Hym-R & Mc Benoît, Car-los Pires et quatre groupes de folklore, orga-nisée par l’association Alegres do Norte, Parcdes Cormailles, avenue Georges Gosnat, àIvry-sur-Seine (94). Entrée libre.

Le samedi 9 juillet, 20h00 Porto no Espeto, animé par Cantares ao des-afio (Chico da Concertina, Celorico, Tubarão,Gazelas, Pedro Ribeiro, Cordas Soltas etElena Correia). Animation dès le matin10h00 avec Os Reis dos Bombos. Entréelibre. Organisé par l’association Cordas e Tra-ditions, parc à l’angle des rues Bourgeois etVerdun, Centre Ville, à Deuil-la-Barre (95).Infos: 06.09.43.52.87.

Le dimanche 10 juillet, 14h00 Fête des Sardines, avec défilé des groupesfolkloriques Unidos de Sartrouville, BaixoMondego de Villeneuve-le-Roi, Os Reis dosBombos de Metz et Os Bombos de Groslay.Animations musicales avec Carlos Pires etManuel Campos. Entrée libre. Dès 11h00Messe franco-portugaise en plein air. Organisépar l’association Cordas e Traditions, parc àl’angle des rues Bourgeois et Verdun, CentreVille, à Deuil-la-Barre (95). Infos: 06.09.43.52.87.

Le dimanche 26 juin, 11h00 Fête des Saints Populaires, avec les groupesde folklore Cantares de Santiago de Noisy-le-Grand, Les Originaires du Portugal de Bezons-Sartrouville, Barco à Vela de Paris 11, Alegriade Villiers-sur-Marne, Lezírias do Ribatejo deVincennes et As Peixeiras de Vieira, du Por-tugal. Dj EPA. Une organisation du groupeCantares de Noisy-le-Grand. Ferme du ClosSaint Vincent, 105 rue du Docteur Sureau, àNoisy-le-Grand (93). Infos: 06.73.89.89.45.

Le samedi 25 juin, 14h00 Festiv’été Populaire, organisé par la Coordi-nation des Collectivités Portugaises de France(CCPF), en partenariat avec d’autres associa-tions dont l’association Cap Magellan, avecsardines grillées, des animations musicalesincluant un concours de «Marchas Popu-lares» où différentes associations se dispute-ront la première place avec pour armes leursdanses, leurs costumes et leurs chants. AuStade Élisabeth, à Paris 14.

Les 25 et 26 juin Fête de la Saint Jean, organisée par l’associa-tion Os Camponeses Minhotos et la Mairie deClermont Ferrand, avec folklore, une comédiemusicale, des défilés dans les rues de la ville,spectacle, orchestre, variétés portugaises, feud’artifice. Place du 1er Mai, à Clermont Fer-rand (63).

Le dimanche 26 juin, 11h00 Fête des traditions populaires (18ème édi-tion) avec Papa Landon, Nelson Costa, Dan-ças e Cantares de Agrelo, Rosa dos Ventos,Dj Bruno et l’orchestre Fantasia, organisé parl’Association portugaise Rosa dos Ventos. LaFerme du Vieux Pays, à Aulnay-sous-Bois(93).

Du 30 juin au 3 juillet Festival brésilien Summer Days 2016 à Bay-onne (64) et Anglet (64). Infos: 06.58.49.10.88.

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Mário Cantarinha e Mathilde Afonsofestejaram o aniversário no mesmodia. Mathilde festejou 15 anos e MárioCantarinha...O LusoJornal deseja aos dois, muitosanos de vida.

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