Aula 00 (7)

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    ADMINISTRAO PBLICA (ITENS 14-17) AUDITOR DA RECEITA FEDERALPROF. GRACIANO ROCHA

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    AULA ZERO

    Saudaes, caro aluno!

    Com essa aula inaugural, damos incio ao nosso curso de Administrao Pblica

    (itens 14 a 17) para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB),

    dedicado exposio terica e resoluo de questes recentes de provas.

    O cargo dos mais atrativos do Executivo Federal; podemos citar aqui

    algumas das vantagens: 200 vagas j aprovadas para o prximo

    concurso; rgo forte na estrutura do governo; carreira estvel;

    remunerao muito atrativa, iniciando em R$ 13.600,00; possibilidades

    mltiplas de lotao... Vale a pena iniciar a preparao o quanto antes!

    Nessa aula demonstrativa, alm do contedo bacana e muito exigido em

    provas que selecionei para tratarmos, voc poder conhecer a qualidade de

    meu trabalho, assim como a didtica que pretendo exercer ao longo do curso.

    Com nossas aulas, alm de ter acesso ao contedo programado, de forma bem

    mastigada, voc ainda ver os comentrios e nfases conforme o

    comportamento da ESAF nos ltimos anos. Desse modo, utilizaremos, em

    nossas aulas, dezenas e dezenas de questes desta banca, mas, quando

    necessrio, empregaremos algumas de outras organizadoras.

    Devo alertar que, muitas vezes, mesmo as questes da ESAF, que tm o

    formato mltipla escolha (A-B-C-D-E) sero adaptadas para o formato certo

    ou errado. Isso permite um estudo mais progressivo e didtico do contedo,

    sem precisar adiantar outros assuntos que s vezes aparecem nas demais

    alternativas de uma questo.

    Para quem quiser se exercitar antes da resoluo, as questes comentadasdurante as aulas estaro reproduzidas ao final dos arquivos, sem gabarito

    visvel, para quem quiser enfrent-las em estado puro, juntamente com

    algumas questes adicionais. O gabarito de todas ficar na ltima pgina.

    Antes de avanarmos mais, conheam-me um pouco. Eu me chamo Graciano

    Rocha Mendes, tenho 32 anos, sou servidor pblico federal, ocupante do

    cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio;

    ps-graduando em Oramento Pblico pelo Instituto Serzedello Correa/TCU;professor da matria em cursos preparatrios de Braslia e na Internet.

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    Bom, dito isso, segue nosso contedo, reproduzido do ltimo edital da Receita

    e dividido em trs aulas, alm dessa demonstrativa:

    Aula zero Oramento pblico e os parmetros da poltica fiscal.

    Aula 01

    (24/jul)

    Ciclo oramentrio. Mensurao de desempenho e controle

    oramentrio.

    Aula 02

    (31/jul)

    Oramento e gesto das organizaes do setor pblico;

    caractersticas bsicas de sistemas oramentrios

    modernos: estrutura programtica, econmica e

    organizacional para alocao de recursos (classificaesoramentrias)

    Aula 03

    (7/ago)Elaborao, Gesto e Avaliao Anual do PPA.

    Observao: com a retificao do edital, em 24/7/2012, a ESAF retirou

    do contedo o item 18 Decreto 5.233/2004, no que fez bem, j queessa legislao encontra-se revogada.

    Muito bem, vamos ento a nosso encontro demonstrativo. Boa aula!

    GRACIANO ROCHA

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    ORAMENTO PBLICO E OS PARMETROS DA POLTICA FISCAL

    Poltica fiscal e oramentria

    Para a doutrina, a poltica fiscal representa a obteno e utilizao planejadados recursos arrecadados pelo governo, a fim de atingir os objetivos a cargodo setor pblico. Assim, a poltica fiscal procura agir sobre a arrecadao e

    alocao de recursos, a distribuio da renda, a estabilizao da

    produo e do emprego e o crescimento econmico.

    A poltica fiscal se divide em poltica tributria e poltica oramentria.

    A poltica tributria concernente, sobretudo, receita, j que desse

    mbito a tributao sai a maior parte da arrecadao de recursos do setor

    pblico.

    Curiosidade: em So Paulo, defronte Associao Comercial do estado, foi

    instalado o Impostmetro, um painel que demonstra, a partir de dados

    fiscais e modelos matemticos, a quantidade de recursos financeiros

    apropriados pelo setor pblico (municpios, estados, DF e Unio). Em 2010, o

    Impostmetro apontou arrecadao tributria aproximada de R$ 1,27 trilho,

    contabilizados todos os entes federados.

    J a poltica oramentria articula a previso da arrecadao (a ser

    obtida pela tributao e outras fontes) com as demandas diagnosticadas pelo

    governo, a partir da identificao de suas despesasprioritrias.

    Poltica fiscalPoltica tributria

    Poltica oramentria

    O oramento pblico, aprovado como lei, e os crditos adicionais so osprincipais instrumentos de execuo da poltica oramentria. Mas podemoscitar ainda, nesse contexto, os decretos de contingenciamento; a lei dediretrizes oramentrias; e, de forma menos cotidiana e mais estratgica, oplano plurianual.

    A poltica oramentria, considerada em sua dimenso atual, pode ser

    considerada recente. At trs sculos atrs, com o predomnio da viso

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    econmica liberal, o setor pblico tinha pouca participao na economia eisso se refletia num oramento simples e modesto.

    Entretanto, as crises do capitalismo, culminando na de 1929, bem como a

    situao periclitante dos pases envolvidos nas guerras mundiais, abriramespao para um novo entendimento do papel do Estado: de um lado,provedor de demandas em macroescala (e a aumenta a importncia dooramento pblico), e, por outro, regulador da atividade dos particulares.

    Nesse contexto, John Maynard Keynes (1883-1946), um importante

    economista britnico, deu uma significativa contribuio para o estudo das

    finanas pblicas, ao difundir ideias a favor da interveno do Estado na

    economia em contraposio aos fundamentos liberais que ainda imperavam

    no incio do sculo XX.Para ele, o Estado deveria, inclusive, aumentar seu nvel deendividamento, a fim de garantir a manuteno do emprego e dos nveis de

    preos na economia (isso seria uma ideia aterradora para os liberais clssicos).

    A revista Time, em 1999, elegeu Keynes uma das 100 pessoas mais influentes

    do sculo XX, dizendo que ele havia salvado o capitalismo de si mesmo,

    com a ideia bsica de que a fim de manter as pessoas plenamente

    empregadas, os governos devem assumir dficits quando a economiaestiver em baixa.

    A partir do final da Segunda Guerra Mundial, as ideias keynesianas foramadotadas em larga escala, principalmente em razo da reconstruo das

    economias afetadas pelo conflito. Os oramentos nacionais, dessa forma,

    galgaram o posto de instrumento macroeconmico, com efeitos para toda a

    sociedade, e no apenas intragovernamentais.

    Com o arcabouo keynesiano adaptado pelos pases, em maior ou menor grau,os governos, desde ento, tentam manter o equilbrio entre a expanso e a

    retrao da poltica fiscal, conforme se apresentem as condies

    socioeconmicas do momento.

    Uma poltica fiscal expansionista, recomendada para tempos de baixa

    atividade econmica, refletiria a deciso governamental de aumentar seus

    gastos tanto em custeio quanto em investimento. A partir do motor

    movimentado pelo setor pblico, a demanda global da economia aumentaria,

    de modo a influenciar positivamente a oferta de bens e servios.

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    Ainda nesse sentido, o governo poderia optar pela diminuio da carga

    tributria sobre a renda, a circulao de mercadorias, a produo industrial

    etc., em nome da manuteno do consumo em nveis mais sustentveis.

    Ao contrrio, para frear a economia em momentos aquecidos,mecanismos opostos aos citados acima poderiam ser empregados:

    diminuio do gasto pblico e aumento da carga tributria, entre outros.

    Como isso cai na prova?

    1. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) Foi particularmente a partir darevoluo keynesiana que o oramento passou a ser concebido comoinstrumento de poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou

    retrao da atividade econmica.

    2. (ESAF/AFC/STN/2005) Baseada na viso clssica das funes do Estadona economia, identifique a opo que foi defendida por J. M. Keynes.

    a) As funes do Estado na economia deveriam ser limitadas defesa

    nacional, justia, servios pblicos e manuteno da soberania.

    b) As despesas realizadas pelo Governo no teriam nenhum resultadoprtico no desenvolvimento econmico.

    c) A participao do Governo na economia deveria ser maior, assumindo a

    responsabilidade por atividades de interesse geral, uma vez que o setor

    privado no estaria interessado em prover estradas, escolas, hospitais e outros

    servios pblicos.

    d) A economia sem a presena do governo seria vtima de suas prprias

    crises, cabendo ao Estado tomar determinadas decises sobre o controle damoeda, do crdito e do nvel de investimento.

    e) A atuao do Governo se faria nos mercados onde no houvesse livre

    concorrncia e sua funo seria a de organiz-la e defend-la, para o

    funcionamento do mercado e para seu equilbrio.

    3. (CESPE/AUFC/TCU/2009) Em pocas de estagnao e recessoeconmica, as concepes keynesianas tm dado suporte flexibilizao

    na aplicao do princpio do equilbrio oramentrio, defendendo,

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    inclusive, um maior endividamento pblico, possibilitando uma utilizao

    intensiva de recursos ociosos esterilizados por agentes econmicos

    privados.

    A questo 1 est CERTA. Antes da viso keynesiana, ou seja, ainda sob osdomnios da viso liberal, o oramento pblico servia apenas para a

    manuteno da pequena mquina estatal, sem condies de influenciar

    decisivamente sobre os rumos da economia e da sociedade.

    Vejamos as afirmativas da questo 2: a letra A reflete um pensamento

    tipicamente liberal, que Keynes buscou superar; a letra B traz uma mensagem

    contrria s ideias que ele defendia; quanto letra C, a entrada em cena doEstado na economia no se d pelo desinteresse dos agentes privados, mas,

    normalmente, pela ausncia de condies destes no sentido de encamparemuma retomada econmica vigorosa e articulada em momentos de crise; no

    tocante letra E, a atuao mais intensa do governo, para Keynes, se daria

    nas economias capitalistas normais mesmo, de maneira a aperfeioar e

    equilibrar os mecanismos de mercado. A letra D, pelo que viemos discutindo,

    traduz corretamente uma das premissas do pensamento keynesiano. Gabarito:

    D.

    A questo 3 est CERTA. Como apontamos nos comentrios anteriores, ocompromisso do Estado com o equilbrio da economia, ou com outras grandes

    questes, justificaria, inclusive, atitudes normalmente no aceitveis, como o

    caso do aumento do endividamento. No momento atual, vemos isso na

    permisso, dada pelo Senado Federal, para que os estados que sediaro jogos

    da Copa do Mundo possam assumir maiores nveis de endividamento, a fim de

    promover investimentos em toda sorte de obras relacionadas ao megaevento.

    Funes do oramento

    A poltica fiscal, sobre a qual tratamos h pouco, est historicamente ligada a

    trs funes que pertencem pauta do Estado no mbito de sua interveno

    econmica. Trata-se das funes alocativa, distributiva e estabilizadora.

    Isso se deu em razo da percepo de que a ao dos agentes de mercado,

    em defesa, cada um, de seus prprios interesses, no resulta na conquista

    de objetivos gerais, de natureza coletiva, mas, ao contrrio, trazdesequilbrios de diversas ordens.

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    Essas funes so cumpridas principalmente a partir da execuo do

    oramento pblico (que, relembrando, diz respeito administrao dasreceitas arrecadadas e das despesas programadas), embora a poltica

    tributria tambm possa bastante ser acionada para atender a necessidades

    coletivas. Assim, as funes do oramento pblico, expostas em seguida,demonstram a prpria necessidade da existncia de um Estado razoavelmente

    forte.

    Uma das indagaes relativas participao do Estado na economia a

    seguinte: melhor a liberdade econmica, mesmo com a excluso de

    significativas parcelas da sociedade do aproveitamento do

    desenvolvimento econmico, ou entregar parte da autonomia

    econmica ao Estado, a fim de corrigir desequilbrios e conseguir um

    desenvolvimento mais homogneo?

    Atualmente, a imensa maioria dos pases optou pela segunda hiptese, o

    que explica a grande participao estatal nas economias ocidentais. Vale

    registrar que, para os liberais clssicos, a ao livre dos atores

    econmicos em favor de seus prprios interesses levaria a um estado de

    coisas em que todos seriam beneficiados seria o efeito da mo

    invisvel do mercado, concebida por Adam Smith. Essa ideia revelou-se

    insustentvel com as crises capitalistas.

    A funo alocativa, como j indica seu nome, que se relaciona com a

    alocao de recursos pelo Estado, de maneira a favorecer a disponibilizao

    de bens pblicos e semipblicos populao.

    Bens pblicos so aqueles cujas caractersticas no permitem que sejamfornecidos pelos agentes de mercado nos nveis reclamados pela

    sociedade. So bens cuja necessidade geral, mas cujo consumo por pessoa

    no pode ser medido.

    A ao do poder pblico, nas situaes que justificam o exerccio da funo

    alocativa para o fornecimento de bens pblicos, substitui o mecanismo de

    mercado (demanda X oferta), que se mostra falho para suprir a necessidade

    desses bens. Assim, o exerccio da funo alocativa busca garantir nveis

    satisfatrios desses tipos de bens sociedade.

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    Os bens semipblicos ou meritrios, por sua vez, podem ser submetidos s

    regras de mercado, mas, pelo fato de gerarem efeitos positivos(externalidades positivas) para a sociedade de forma geral, tm seu

    fornecimento assumido, ao menos em parte, pelo governo. Os exemplos mais

    comuns de bens semipblicos so a sade e a educao.

    A funo distributiva diz respeito aos ajustes realizados pelo Estado para

    que a sociedade alcance determinado nvel de concentrao de renda.

    Esse nvel definido a partir das condies econmicas do momento e da

    percepo do que seja uma distribuio justa da renda nacional entre as

    classes sociais.

    As formas mais comuns de instituir a distribuio de renda entre a populao

    so as modificaes na poltica tributria e as polticas detransferncias a certos segmentos sociais.

    possvel fazer ajustes distributivos, por exemplo, aplicando alquotas mais

    pesadas aos bens e operaes mais caractersticos das classes mais

    abastadas e, em compensao, diminuindo a carga tributria sobre bens e

    operaes prprios das classes menos favorecidas.

    Outro exemplo est nos programas de distribuio de recursos a famlias

    carentes, como o caso do atual Bolsa-Famlia, que condiciona a entrega derecursos do Oramento manuteno das crianas na escola.

    Por fim, a funo estabilizadora trata das iniciativas governamentais em

    nome do alcance de certo equilbrio entre taxa de inflao, taxa de

    desemprego, balano de pagamentos e taxa de desenvolvimento econmico

    (principalmente as duas primeiras).

    As atenes, nesse mbito, esto voltadas para os nveis de demanda

    agregada, isto , o somatrio de despesas que indica o nvel de consumode bens e servios pelo setor pblico e pelo setor privado.

    Como vimos anteriormente nesta aula, o Estado pode sopesar sua ao

    de forma a intensificar ou reduzir o aquecimento da economia,

    conforme deseje aumentar o ritmo de consumo (em pocas de recesso)

    ou fre-lo (em pocas de superaquecimento, ou inflao), atuando sobre

    os nveis de demanda agregada.

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    O aumento da demanda agregada leva a maiores nveis de atividade

    econmica, o que resulta geralmente em diminuio do desemprego.

    Como dissemos, uma atuao estatal nesse sentido, elevando o nvel do

    gasto pblico, reduzindo tributos, promovendo incentivos fiscais e

    subsdios etc., classificada pela doutrina como poltica fiscal

    expansionista.

    No extremo oposto, a acelerao da atividade econmica provoca maior

    procura por bens e servios, e, em obedincia lei da oferta e da

    procura, haver aumento de preos, a conhecida inflao. Para combat-

    la, o Estado deve atuar com polticas fiscais restritivas, com aumento dacarga tributria e reduo de despesas de custeio, por exemplo.

    O pulo do gato, para o Estado, reside num equilbrio tnue, um fio de

    navalha, entre a expanso e a diminuio da demanda agregada,

    conforme se apresentem as condies socioeconmicas.

    Como isso cai na prova?

    4. (CESPE/ACE/TCU/2008) A teoria de finanas pblicas consagra ao Estadoo desempenho de trs funes primordiais: alocativa, distributiva, e

    estabilizadora. A funo distributiva deriva da incapacidade do mercado de

    suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses

    bens e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado

    destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua

    demanda.

    5. (FCC/AGENTE/ALESP/2010) Com relao s funes do governo naeconomia, correto afirmar que quando o governo utiliza recursos

    provenientes da arrecadao tributria para financiar o fornecimento de

    bens meritrios, tais como educao e sade, est executando sua funo

    alocativa, pois deixar que o mercado determine o preo desses bens pode

    levar excluso de grande parcela da populao do seu consumo.

    6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) Os tributos progressivos sobre as classes derenda mais elevada e as transferncias de recursos para as classes de

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    renda mais baixa so mecanismos fiscais para viabilizao das polticas

    pblicas de distribuio de renda.

    7. (FGV/ECONOMISTA/MIN. CULTURA/2006) Denomina-se estabilizadora afuno do Estado que atua sobre os nveis de preo e produto.

    8. (FCC/ANALISTA/TRE-PI/2009) A interveno do Estado na economia,concretizada basicamente por meio dos oramentos pblicos, pode ser

    classificada em trs categorias: distributiva, estabilizadora e alocativa. Na

    funo estabilizadora, tpico buscar

    (A) manter altas taxas de emprego com preos estveis.

    (B) obter a melhor distribuio equitativa de renda entre os municpios.

    (C) obter a melhor distribuio equitativa de renda entre os cidados.

    (D) estabelecer um padro eficiente de uso dos recursos pblicos.

    (E) planejar e controlar os programas governamentais.

    9. (ESAF/AFC/CGU/2004) O governo funciona como agente redistribuidor derenda atravs da tributao, retirando recursos dos segmentos mais ricos

    da sociedade e transferindo-os para os segmentos menos favorecidos.

    10. (FCC/AUDITOR/TCE-AL/2008) A adoo de medidas como as queintegram o Programa de Acelerao do Crescimento no contribui para

    que o governo cumpra nenhuma das funes da poltica econmica, a

    saber: alocativa, redistributiva e/ou estabilizadora.

    A questo 4 est ERRADA. A utilizao de recursos oramentrios para supriras necessidades de bens e servios de consumo coletivo reflete o exerccio dafuno alocativa, e no da distributiva.

    A aplicao de recursos em bens como educao e sade uma forma degarantir maior disponibilidade, comparativamente que se observaria sem aao estatal. Isso reflete o exerccio da funo alocativa (diante da falha nooferecimento de bens pblicos e semipblicos pelo mercado). A questo 5 estCERTA.

    A questo 6 est CERTA: os mecanismos citados so algumas das principaisformas de garantir a funo distributiva do Estado.

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    A questo 7 tambm est CERTA. A funo estabilizadora concentra suasprincipais caractersticas na manuteno de determinados nveis de emprego epreos.

    Quanto questo 8, a funo estabilizadora se relaciona alternativa A: amanuteno do emprego e dos nveis de preos sua principal caracterstica.

    A questo 9 est CERTA. O enunciado diz respeito funo distributiva,

    executada, no caso referido, a partir da tributao, incidente sobre faixas mais

    abastadas da populao em favor de segmentos menos favorecidos.

    No caso da questo 10, at difcil pensar numa atuao governamental que

    no se oriente por uma dessas funes, at porque elas baseiam, atualmente,

    o comportamento econmico da maior parte dos governos. No caso das obrasde infraestrutura, que constituem a tnica do PAC do Governo Federal, a ideia

    pretendida o fornecimento de bens pblicos e semipblicos (energia eltrica

    sustentvel, malha viria mais extensa e interiorizada, transporte mais rpido

    de mercadorias e passageiros) envolvendo quantidades e riscos econmicos

    que o setor privado no se mostrou capaz ou interessado em assumir. Assim,

    temos no PAC uma demonstrao da funo alocativa do governo. Questo

    ERRADA.

    Dficit pblico

    Em finanas pblicas, existe uma frase bastante semelhante com aquilo queacontece na esfera pessoal: as demandas so infinitas, e os recursos soescassos. Sempre mais fcil identificar novas necessidades do queconseguir mais recursos disponveis para atend-las.

    Com isso, todo dinheiro arrecadado pelo governo encontrar facilmentedespesas suficientes para consumi-lo inteiramente; assim, cabe aosadministradores pblicos indicarem as despesas prioritrias que receberorecursos, em detrimento de outras necessidades.

    No caso do setor pblico, existem demandas de consumo mais imediato,prprias do funcionamento do governo e da prestao de servios comunidade. Na teoria das finanas, esses gastos imediatos devem sersustentados por recursos obtidos junto populao ativa e contribuinte.

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    Por outro lado, h demandas coletivas cujos benefcios se estendem notempo, favorecendo tambm geraes futuras. Nesse caso, estamos nosreferindo, via de regra, aos investimentos pblicos.

    Como os efeitos desses investimentos tambm sero aproveitados porgeraes vindouras, assume-se como plausvel que essas geraescontribuam para a execuo de tais projetos. Essa contribuio se d coma assuno de dvidas pelo governo, que sero pagas no futuro, a partir dosacrifcio da sociedade naquele momento.

    Tendo isso em considerao, no seria, digamos, justo o setor pblico seendividar para pagar despesas correntes, de efeitos apenas imediatos. Daconcluir-se que o endividamento do Estado deve ocorrer de modo a

    beneficiar as geraes que suportaro seu impacto, com investimentosde longo prazo ou com a reduo da dvida pblica momentnea.

    A partir dessa tica, temos justificativas para a existncia do dficit pblico,que conceituado como o excesso de despesas em relao s receitasarrecadadas. O rombo que cobre o dficit pblico oriundo, geralmente,das operaes de crdito e outras assemelhadas, celebradas pelos governos.

    Um problema do dficit pblico o comprometimento que ele traz para asade fiscal dos governos, j que so agregadas s obrigaes de

    pagamento as parcelas de amortizao e juros. Tambm merece destaque ofato de os recursos teis economia terem seu montante reduzidoquando o governo contrata (vultosas) somas de emprstimos junto aosagentes financeiros, que poderiam, no fosse isso, financiar atividadesprodutivas privadas.

    Como isso cai na prova?

    11. (CESPE/ANALISTA/INPI/2006) No Brasil, o aumento do dficit pblico particularmente indesejvel em razo de ele contribuir para diminuir as j

    reduzidas taxas de poupana, comprometendo, assim, o financiamento do

    processo de desenvolvimento.

    Os nveis de poupana no Brasil so considerados baixos, comparativamente apases de economia semelhante. Nessas condies, o aumento da escalada doendividamento pblico diminuiria o montante de recursos disponveis para

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    investimentos pelo setor privado, o que resultaria em diminuio do ritmo dodesenvolvimento econmico. A questo 11 est CERTA.

    Necessidades de financiamento do setor pblico NFSP

    O resultado fiscal do setor pblico a diferena entre suas receitas e despesas pode ser classificado a partir de alguns critrios.

    Para entender esse ponto, til relembrar a diferena entre o dinheiro obtidode fontes no financeiras e de fontes financeiras.

    Receitas financeiras so coletadas a partir de operaes de crdito, resgate

    de emprstimos concedidos e outras operaes assemelhadas; receitas nofinanceiras so aquelas arrecadadas mediante tributao, ou por operaescomerciais e empresariais do setor pblico, ou outras formas que noenvolvam endividamento pblico nem reduo de ativos.

    As receitas no financeiras tambm so chamadas de receitas primrias,enquanto que as receitas financeiras so tratadas como no primrias.

    Quanto s despesas, podemos fazer uma simples correlao com o que vimos

    sobre as receitas. Despesas no primrias, ou financeiras, se correlacionamcom a contratao de dvidas pelo Estado, e as despesas primrias no tmessa caracterstica.

    A confrontao entre receitas e despesas primrias d origem ao resultadoprimrio (supervit ou dficit).

    O supervit primrio a diferena positiva entre as receitas primrias e asdespesas primrias. Noutras palavras, nesse clculo, no entra ocomponente financeiro no so consideradas as despesas e receitas

    relacionadas a operaes de endividamento.

    Assim, a existncia de supervit primrio significa que as receitas nofinanceiras so mais que suficientes para pagar as despesas nofinanceiras. justamente esse o resultado perseguido h vrios anos pelogoverno federal: a sobra de recursos caracterizada pelo supervit primrio utilizada para amortizar a dvida pblica, mantendo-a em nveiscontrolados.

    J a confrontao entre o conjunto total de receitas e despesasgovernamentais, incluindo categorias primrias e no primrias, d origem ao

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    resultado nominal (supervit ou dficit). O clculo do resultado nominalpermite avaliar o montante de recursos obtidos pelo governo junto ao mercadopara financiamento das despesas, com consequente aumento da dvida. Nessendice, entram, portanto, os valores referentes aos juros de operaes

    financeiras celebradas (tanto juros passivos, que devem ser pagos,quanto juros ativos, que devem ser recebidos pelo governo em razo de suasaplicaes financeiras).

    Alm desses dois ndices, existe, ainda, o resultado operacional. Esseresultado deduz, do resultado nominal, os efeitos da atualizao monetriasobre a dvida pblica. Isso faz mais sentido em ambientes de altainflao, nos quais os pagamentos relativos dvida embutem, alm dos

    juros, altas parcelas prprias do ajuste do valor da dvida devido corroso

    inflacionria, e que no pertencem realmente ao resultado fiscal.

    Alm disso, a diviso dos governos em rgos e entidades pode receber umaclassificao a partir dos critrios que estamos mencionando. O setor pblicono financeiro constitudo pela administrao direta, pelas autarquias,fundaes e empresas estatais dependentes (aquelas que necessitam derecursos oramentrios para custear suas atividades normais), de todos osentes federados. E o setor pblico financeiro formado pelos bancosestatais e pelo Banco Central.

    Pois bem, vejamos a conceituao de necessidades de financiamento do setorpblico, conforme a Secretaria de Oramento Federal (grifei):

    O resultado fiscal do Governo, tambm conhecido como Necessidades de

    Financiamento do Setor Pblico NFSP, avalia o desempenho fiscal da

    Administrao Pblica em um determinado perodo de tempo,

    geralmente dentro de um exerccio financeiro, ou seja, de 1 de janeiro a

    31 de dezembro. Este instrumento apura o montante de recursos que oSetor Pblico no financeiro necessita captar junto ao setor financeiro

    interno e/ou externo, alm de suas receitas fiscais, para fazer face aos

    seus dispndios.

    As Necessidades de Financiamento so apuradas nos trs nveis de

    Governo, quais sejam, Federal, Estadual e Municipal. Ademais, a partir

    da publicao da Lei Complementar n 101/2000, a chamada Lei de

    Responsabilidade Fiscal, as Leis de Diretrizes Oramentrias de cada Ente

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    devero indicar os resultados fiscais pretendidos para o exerccio

    financeiro ao que a lei se referir e os dois seguintes.

    Como isso cai na prova?

    12. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A existncia de um supervit primrio suficiente para garantir a reduo da dvida pblica.

    13. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) No conceito de dficit pblico nominaltambm so contabilizados os juros e a correo monetria da dvida

    pblica.

    14. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) A necessidade de financiamento dosetor pblico deve ser apurada e considerada de forma isolada, em cada

    esfera de governo, e inclui todas as receitas diretas e indiretas.

    15. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) O deficit operacional exclui do deficitprimrio os encargos totais com juros e correo monetria.

    16. (ESAF/AFC/STN/2008) Do ponto de vista fiscal, o dficit pblico medidoa partir do Resultado Primrio. Isso posto, correto afirmar:a) o Resultado Primrio corresponde diferena entre receitas no-

    financeiras e despesas no-financeiras.

    b) entende-se por receita no-financeira: a receita oramentriaarrecadada, mais as operaes de crdito, as receitas de privatizao e asreceitas provenientes de rendimentos de aplicaes financeiras.

    c) entende-se por despesa no-financeira: a despesa total, a includas

    aquelas com amortizao e encargos da dvida interna e externa (amortizaomais juros).

    d) do ponto de vista fiscal, ou pelo critrio acima da linha, ocorre dficitpblico quando o total das receitas no--financeiras superior s despesasno-financeiras.

    e) nos casos em que o total das receitas prprias de um ente pblico (semconsiderar emprstimos) inferior s despesas realizadas, temos um supervit

    primrio.

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    17. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) Entre os objetivos da dvida pblicainterna, encontra-se a captao de recursos para investimentos

    prioritrios, mas no se considera o giro da prpria dvida.

    18. (FCC/ANALISTA/TRF-01/2006) Despesas financeiras so aquelas queaumentam o endividamento lquido do Governo em termos de resultado

    primrio no exerccio financeiro correspondente, uma vez que criam para

    o ente da Federao uma obrigao junto ao prprio setor pblico.

    A questo 12 est ERRADA. O supervit primrio no reflete o componentefinanceiro das receitas e despesas governamentais, que pode assumir valoresmuito representativos nas finanas do Estado. Dessa forma, no se garante,apenas com um resultado positivo, genericamente falando, que a dvida

    pblica encolher. necessria a fixao de limites, levando em conta oestoque da dvida, para definir a dimenso do supervit capaz de reduzir oendividamento.

    A questo 13 est CERTA. O resultado nominal compreende receitas edespesas de todos os grupos financeiras e no financeiras.

    As NFSP so calculadas de forma agregada, considerando todos os entesfederados. A questo 14 est ERRADA.

    A questo 15 tambm est ERRADA. O dficit operacional resultante dasubtrao, relativamente ao resultado nominal, dos efeitos da correomonetria sobre o estoque da dvida.

    Na questo 16, temos o seguinte:o resultado primrio realmente obtido pelobalanceamento entre receitas e despesas no financeiras; as receitas nofinanceiras no incluem operaes de endividamento nem diminuio (no caso,alienao) de ativos; a despesa no financeira no contempla encargos dadvida; o resultado de um montante de receitas superior ao de despesas umsupervit; o resultado negativo entre receitas e despesas um dficit. Tendoisso em vista, a alternativa correta a letra A.

    A questo 17 est ERRADA. O refinanciamento da dvida, que implicaoperaes de financiamento de parcelas dos emprstimos obtidos no mercado,faz parte do endividamento total do Estado.

    A questo 18 est ERRADA: despesas financeiras no so contabilizadas noresultado primrio, e criam para o Estado uma obrigao a cumprir junto aos

    agentes financiadores (que geralmente no pertencem ao setor pblico).

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    Apurao das NFSP: acima da linha e abaixo da linha

    Para o clculo das NFSP, so utilizados tradicionalmente dois critrios,conhecidos no jargo financeiro como acima da linha e abaixo da linha.Grosso modo, essas metodologias tm a ver com o polo da relao deendividamento adotado como foco: o governo, que toma recursosemprestados, ou os agentes financeiros emprestadores.

    O critrio abaixo da linha empregado pelo Banco Central, e consiste daverificao do saldo do endividamento lquido a cada perodoconsiderado, junto aos agentes financeiros. Ou seja, para obter oendividamento pblico em determinado perodo, faz-se a subtrao entre onvel atual de dvida e o do perodo anterior, chegando-se ao resultado nominalimediato.

    Se o endividamento atual menor que o pretrito, significa que houvesupervit nominal: a dvida do governo diminuiu junto ao mercado. Doutrabanda, um endividamento atual maior que o ltimo considerado representauma progresso no nvel de dvida, implicando a ocorrncia de dficitnominal no perodo.

    Utilizando-se o critrio abaixo da linha, tem-se apenas a informao doquanto o governo recorreu ao mercado para financiar suas despesas,mas outros dados importantes, como a qualidade do endividamento, o perfilda aplicao dos recursos, a sustentabilidade da gesto fiscal etc., no tmcomo ser apreciados.

    J o critrio acima da linha mensura as necessidades de financiamento dosetor pblico a partir da verificao da execuo oramentria do entefederado.

    O critrio abaixo da linha foi criado para tornar mais confivel o clculo

    do resultado fiscal do governo nos perodos de alta inflao, em que a

    execuo da receita e da despesa oramentria continha uma srie de

    vcios que impediam uma contabilizao precisa dos ativos e passivos

    governamentais. Com isso, era mais fcil constatar a dimenso da dvida

    pblica olhando os cadernos de quem emprestava dinheiro ao

    governo. Entretanto, em regimes de inflao baixa, como nos ltimos

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    tempos, espera-se que o endividamento calculado mediante ambos os

    critrios tenha o mesmo resultado.

    Como isso cai na prova?

    19. (CESPE/CONSULTOR/CMARA/2003) No Brasil, do ponto de vistametodolgico, os dois resultados fiscais obtidos acima da linha e abaixo

    da linha deveriam ser exatamente iguais. Porm, devido a dificuldades

    encontradas no levantamento dos dados pelo Tesouro Nacional, as NFSPs

    so auferidas usualmente pelo mtodo abaixo da linha, que calcula o

    dficit no com base no gasto em si, mas na variao lquida do estoque

    da dvida pblica.

    20. (ESAF/APOFP/SEFAZ-SP/2009) Com relao Dvida Pblica, DficitPblico e Necessidade de Financiamento do Setor Pblico, identifique a

    opo falsa.

    a) Uma medida muito utilizada para avaliar a capacidade de pagamentodo setor pblico a relao dvida / PIB.

    b) A diferena entre as receitas totais e os gastos totais chamada dedficit primrio, pelo conceito acima da linha.

    c) O dficit operacional uma medida bastante requisitada em perodosde inflao elevada.

    d) Os vrios conceitos de dficit pblico podem ser apurados por doiscritrios: o de competncia e o de caixa.

    e) No longo prazo, o crescimento da dvida pblica ocupa o espao que

    seria destinado formao de capital (efeito crowding-out), por meio dareduo de investimentos.

    21. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) A mensurao do deficit com base naexecuo oramentria - receitas e despesas - representa o conceito

    denominado acima da linha, que corresponde medio do deficit pelo

    lado do financiamento, ou seja, pela forma como o deficit foi financiado.

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    22. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010) Pela metodologia de apuraodenominada acima da linha, o resultado nominal obtido deduzindo-se do

    resultado primrio os valores pagos e recebidos de juros nominais.

    23. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) Quando se mede o dficit com base naexecuo oramentria, das entidades que o geram, isto , diretamente

    das receitas e das despesas, usa-se o mtodo denominado acima da

    linha.

    24. (CESPE/ANALISTA/TJ-ES/2011) Os chamados critrios abaixo da linha eacima da linha constituem duas formas de apurao dos resultados

    primrio e nominal. No primeiro caso, o desempenho fiscal do governo

    apurado por intermdio do clculo de variao do endividamento lquido

    em determinado perodo. Utilizando-se o critrio acima da linha, apura-se

    o desempenho fiscal do governo mediante a apurao dos fluxos de

    receitas e despesas oramentrias em determinado perodo.

    A questo 19 est CERTA. O enunciado resume pontos discutidos mais acima,em nossa exposio. Apesar da menor qualidade informativa, o resultadoabaixo da linha mais confivel no que diz respeito evoluo doendividamento.

    Na questo 20, temos o seguinte a considerar: a relao dvida/PIB um dosprincipais indicadores a considerar no tocante capacidade de pagamento,tendo em vista que reflete a gerao de recursos da economia e, portanto, apossibilidade os governos sustentarem sua posio fiscal; a diferena entre asreceitas totais e as despesas totais o resultado nominal, e no o primrio; odficit operacional, como vimos, um indicador til principalmente diante deelevados quadros inflacionrios; os componentes do dficit pblico podem sercalculados pelo critrio de caixa (impacto financeiro imediato) ou competncia(impacto patrimonial imediato, sem vinculao temporal com o impactofinanceiro); o crescimento da dvida realmente drena recursos que poderiamser aplicados em investimentos pblicos e da uma das razes para anecessidade de manter o endividamento sob controle. A alternativa errada aletra B.

    A questo 21 est ERRADA: o critrio acima da linha reflete como o dficitpblico foi gerado, e no como foi financiado, tendo em vista a anliseoramentria das receitas e despesas do perodo.

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    A questo 22 tambm est ERRADA. O enunciado inverteu os polos: oresultado primrio obtido pela deduo, do nominal, dos valorescorrespondentes aos juros e encargos.

    A questo 23 est CERTA. Foi corretamente reproduzida a forma de calcular oresultado fiscal pelo critrio acima da linha.

    Para fechar, a questo 24 faz um bom resumo dos dois critrios aquiestudados. Questo CERTA.

    Bem, dileto aluno, nossa aula demonstrativa fica por aqui. Espero que ocontedo apresentado tenha sido suficiente para demonstrar nossa abordagem

    durante o curso.

    Aguardo voc na Aula 01. Podemos nos falar por meio do frum de dvidas, ou

    ento pelo email [email protected].

    Forte abrao, at a prxima!

    GRACIANO ROCHA

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    RESUMO DA AULA

    A poltica fiscal representa a obteno e utilizao planejada dos recursosarrecadados pelo governo, e se divide em poltica tributria e poltica

    oramentria.

    As crises do capitalismo e a grave situao dos pases envolvidos nasguerras mundiais abriram espao para um novo entendimento do papel do

    Estado: de um lado, provedor de demandas em macroescala, e, por outro,

    regulador da atividade dos particulares.

    Para Keynes, o Estado, a fim de garantir a manuteno do emprego e dosnveis de preos na economia, deveria, inclusive, aumentar seu nvel de

    endividamento.

    Com o arcabouo keynesiano adaptado pelos pases, em maior ou menorgrau, os governos, desde ento, tentam manter o equilbrio entre a

    expanso e a retrao da poltica fiscal, conforme se apresentem as

    condies socioeconmicas do momento.

    A funo alocativa se relaciona com a alocao de recursos pelo Estado,de maneira a favorecer a disponibilizao de bens pblicos e semipblicos

    populao.

    A funo distributiva diz respeito aos ajustes realizados pelo Estado paraque a sociedade alcance determinado nvel de concentrao de renda.

    A funo estabilizadora trata das iniciativas governamentais em nome doalcance de certo equilbrio entre taxa de inflao, taxa de desemprego,

    balano de pagamentos e taxa de desenvolvimento econmico.

    No caso do setor pblico, existem demandas de consumo mais imediato,prprias do funcionamento do governo e da prestao de servios

    comunidade. Na teoria das finanas, esses gastos imediatos devem ser

    sustentados por recursos obtidos junto populao ativa e contribuinte.

    Por outro lado, h demandas coletivas cujos benefcios se estendem notempo, favorecendo tambm geraes futuras. Nesse caso, estamos nos

    referindo, via de regra, aos investimentos pblicos. Como os efeitos

    desses investimentos tambm sero aproveitados por geraes vindouras,

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    assume-se como plausvel que essas geraes contribuam para a

    execuo de tais projetos.

    Um problema do dficit pblico o comprometimento que ele traz para asade fiscal dos governos, j que so agregadas s obrigaes depagamento as parcelas de amortizao e juros.

    Receitas financeiras so coletadas a partir de operaes de crdito,resgate de emprstimos concedidos e outras operaes assemelhadas;

    receitas no financeiras so aquelas arrecadadas mediante tributao, ou

    por operaes comerciais e empresariais do setor pblico, ou outras

    formas que no envolvam endividamento pblico nem reduo de ativos.Quanto s despesas, podemos fazer uma simples correlao com o que

    vimos sobre as receitas.

    A existncia de supervit primrio significa que as receitas no financeirasso mais que suficientes para pagar as despesas no financeiras.

    O clculo do resultado nominal permite avaliar o montante de recursosobtidos pelo governo junto ao mercado para financiamento das despesas,

    com consequente aumento da dvida.

    O resultado operacional deduz, do resultado nominal, os efeitos daatualizao monetria sobre a dvida pblica.

    O setor pblico no financeiro constitudo pela administrao direta,pelas autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes (aquelas

    que necessitam de recursos oramentrios para custear suas atividades

    normais), de todos os entes federados. O setor pblico financeiro

    formado pelos bancos estatais e pelo Banco Central.

    O critrio abaixo da linha empregado pelo Banco Central, e consiste daverificao do saldo do endividamento lquido a cada perodo considerado,junto aos agentes financeiros. J o critrio acima da linha mensura as

    necessidades de financiamento do setor pblico a partir da verificao da

    execuo oramentria do ente federado.

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    QUESTES COMENTADAS NESTA AULA

    1. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) Foi particularmente a partir darevoluo keynesiana que o oramento passou a ser concebido como

    instrumento de poltica fiscal, com vistas estabilizao, expanso ou retrao da atividade econmica.

    2. (ESAF/AFC/STN/2005) Baseada na viso clssica das funes do Estadona economia, identifique a opo que foi defendida por J. M. Keynes.

    a) As funes do Estado na economia deveriam ser limitadas defesa

    nacional, justia, servios pblicos e manuteno da soberania.

    b) As despesas realizadas pelo Governo no teriam nenhum resultadoprtico no desenvolvimento econmico.

    c) A participao do Governo na economia deveria ser maior, assumindo a

    responsabilidade por atividades de interesse geral, uma vez que o setor

    privado no estaria interessado em prover estradas, escolas, hospitais e

    outros servios pblicos.

    d) A economia sem a presena do governo seria vtima de suas prprias

    crises, cabendo ao Estado tomar determinadas decises sobre o controleda moeda, do crdito e do nvel de investimento.

    e) A atuao do Governo se faria nos mercados onde no houvesse livre

    concorrncia e sua funo seria a de organiz-la e defend-la, para o

    funcionamento do mercado e para seu equilbrio.

    3. (CESPE/AUFC/TCU/2009) Em pocas de estagnao e recessoeconmica, as concepes keynesianas tm dado suporte flexibilizao

    na aplicao do princpio do equilbrio oramentrio, defendendo,

    inclusive, um maior endividamento pblico, possibilitando uma utilizao

    intensiva de recursos ociosos esterilizados por agentes econmicos

    privados.

    4. (CESPE/ACE/TCU/2008) A teoria de finanas pblicas consagra ao Estadoo desempenho de trs funes primordiais: alocativa, distributiva, e

    estabilizadora. A funo distributiva deriva da incapacidade do mercado de

    suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses

    bens e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado

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    destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua

    demanda.

    5. (FCC/AGENTE/ALESP/2010) Com relao s funes do governo naeconomia, correto afirmar que quando o governo utiliza recursosprovenientes da arrecadao tributria para financiar o fornecimento de

    bens meritrios, tais como educao e sade, est executando sua funo

    alocativa, pois deixar que o mercado determine o preo desses bens pode

    levar excluso de grande parcela da populao do seu consumo.

    6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) Os tributos progressivos sobre as classes derenda mais elevada e as transferncias de recursos para as classes derenda mais baixa so mecanismos fiscais para viabilizao das polticas

    pblicas de distribuio de renda.

    7. (FGV/ECONOMISTA/MIN. CULTURA/2006) Denomina-se estabilizadora afuno do Estado que atua sobre os nveis de preo e produto.

    8. (FCC/ANALISTA/TRE-PI/2009) A interveno do Estado na economia,concretizada basicamente por meio dos oramentos pblicos, pode ser

    classificada em trs categorias: distributiva, estabilizadora e alocativa. Na

    funo estabilizadora, tpico buscar

    (A) manter altas taxas de emprego com preos estveis.

    (B) obter a melhor distribuio equitativa de renda entre os municpios.

    (C) obter a melhor distribuio equitativa de renda entre os cidados.

    (D) estabelecer um padro eficiente de uso dos recursos pblicos.

    (E) planejar e controlar os programas governamentais.

    9. (ESAF/AFC/CGU/2004) O governo funciona como agente redistribuidor derenda atravs da tributao, retirando recursos dos segmentos mais ricos

    da sociedade e transferindo-os para os segmentos menos favorecidos.

    10. (FCC/AUDITOR/TCE-AL/2008) A adoo de medidas como as queintegram o Programa de Acelerao do Crescimento no contribui para

    que o governo cumpra nenhuma das funes da poltica econmica, a

    saber: alocativa, redistributiva e/ou estabilizadora.

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    11. (CESPE/ANALISTA/INPI/2006) No Brasil, o aumento do dficit pblico particularmente indesejvel em razo de ele contribuir para diminuir as jreduzidas taxas de poupana, comprometendo, assim, o financiamento do

    processo de desenvolvimento.

    12. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A existncia de um supervit primrio suficiente para garantir a reduo da dvida pblica.

    13. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) No conceito de dficit pblico nominaltambm so contabilizados os juros e a correo monetria da dvida

    pblica.

    14. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) A necessidade de financiamento dosetor pblico deve ser apurada e considerada de forma isolada, em cadaesfera de governo, e inclui todas as receitas diretas e indiretas.

    15. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) O deficit operacional exclui do deficitprimrio os encargos totais com juros e correo monetria.

    16. (ESAF/AFC/STN/2008) Do ponto de vista fiscal, o dficit pblico medidoa partir do Resultado Primrio. Isso posto, correto afirmar:

    a) o Resultado Primrio corresponde diferena entre receitas no-

    financeiras e despesas no-financeiras.

    b) entende-se por receita no-financeira: a receita oramentria

    arrecadada, mais as operaes de crdito, as receitas de privatizao e as

    receitas provenientes de rendimentos de aplicaes financeiras.

    c) entende-se por despesa no-financeira: a despesa total, a includasaquelas com amortizao e encargos da dvida interna e externa

    (amortizao mais juros).

    d) do ponto de vista fiscal, ou pelo critrio acima da linha, ocorre dficit

    pblico quando o total das receitas no--financeiras superior s

    despesas no-financeiras.

    e) nos casos em que o total das receitas prprias de um ente pblico (sem

    considerar emprstimos) inferior s despesas realizadas, temos um

    supervit primrio.

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    17. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) Entre os objetivos da dvida pblicainterna, encontra-se a captao de recursos para investimentos

    prioritrios, mas no se considera o giro da prpria dvida.

    18. (FCC/ANALISTA/TRF-01/2006) Despesas financeiras so aquelas queaumentam o endividamento lquido do Governo em termos de resultado

    primrio no exerccio financeiro correspondente, uma vez que criam para

    o ente da Federao uma obrigao junto ao prprio setor pblico.

    19. (CESPE/CONSULTOR/CMARA/2003) No Brasil, do ponto de vistametodolgico, os dois resultados fiscais obtidos acima da linha e abaixo

    da linha deveriam ser exatamente iguais. Porm, devido a dificuldadesencontradas no levantamento dos dados pelo Tesouro Nacional, as NFSPs

    so auferidas usualmente pelo mtodo abaixo da linha, que calcula odficit no com base no gasto em si, mas na variao lquida do estoque

    da dvida pblica.

    20. (ESAF/APOFP/SEFAZ-SP/2009) Com relao Dvida Pblica, DficitPblico e Necessidade de Financiamento do Setor Pblico, identifique a

    opo falsa.

    a) Uma medida muito utilizada para avaliar a capacidade de pagamento

    do setor pblico a relao dvida / PIB.

    b) A diferena entre as receitas totais e os gastos totais chamada de

    dficit primrio, pelo conceito acima da linha.

    c) O dficit operacional uma medida bastante requisitada em perodos

    de inflao elevada.

    d) Os vrios conceitos de dficit pblico podem ser apurados por dois

    critrios: o de competncia e o de caixa.e) No longo prazo, o crescimento da dvida pblica ocupa o espao que

    seria destinado formao de capital (efeito crowding-out), por meio da

    reduo de investimentos.

    21. (CESPE/ECONOMISTA/DPU/2010) A mensurao do deficit com base naexecuo oramentria - receitas e despesas - representa o conceito

    denominado acima da linha, que corresponde medio do deficit pelo

    lado do financiamento, ou seja, pela forma como o deficit foi financiado.

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    22. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010) Pela metodologia de apuraodenominada acima da linha, o resultado nominal obtido deduzindo-se do

    resultado primrio os valores pagos e recebidos de juros nominais.

    23. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) Quando se mede o dficit com base naexecuo oramentria, das entidades que o geram, isto , diretamente

    das receitas e das despesas, usa-se o mtodo denominado acima da

    linha.

    24. (CESPE/ANALISTA/TJ-ES/2011) Os chamados critrios abaixo da linha eacima da linha constituem duas formas de apurao dos resultados

    primrio e nominal. No primeiro caso, o desempenho fiscal do governo apurado por intermdio do clculo de variao do endividamento lquido

    em determinado perodo. Utilizando-se o critrio acima da linha, apura-seo desempenho fiscal do governo mediante a apurao dos fluxos de

    receitas e despesas oramentrias em determinado perodo.

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    QUESTES ADICIONAIS

    25. (FCC/TCNICO/PGE-RJ/2009) A interveno do Estado na economia,concretizada basicamente por meio dos oramentos pblicos, pode ser

    classificada, quanto s suas atribuies econmicas, em trs categorias,quais sejam:

    (A) de planificao, oramentria e de controle.

    (B) alocativa, distributiva e estabilizadora.

    (C) alocativa, distributiva e de planificao.

    (D) distributiva, estabilizadora e de controle.

    (E) distributiva, estabilizadora e oramentria.

    26. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. SADE/2008) A poltica fiscal divididaem dois segmentos: a poltica tributria, cujo objetivo captar os

    recursos necessrios ao atendimento das funes da administrao

    pblica, e a poltica oramentria, que trata da aplicao desses recursos.

    27. (CESPE/TCNICO SUPERIOR/MIN. PREVIDNCIA/2010) As polticaskeynesianas defendem a presena do Estado na economia, por meio daimplementao de polticas indutoras de investimentos e geradoras de

    renda e emprego, combinadas com polticas de contedo redistributivo.

    28. (ESAF/AFC/CGU/2004) Quando o governo aumenta seus gastos, diz-seque a poltica monetria expansionista e, caso contrrio,

    contracionista.

    29. (ESAF/APO/MPOG/2008) A poltica monetria refere-se atuao dogoverno sobre a quantidade de moeda e ttulos pblicos.

    30. (ESAF/APO/MPOG/2008) A poltica monetria apresenta maior eficcia doque a poltica fiscal quando o objetivo uma melhoria na distribuio de

    renda.

    31. (FCC/ANALISTA/ARCE-CE/2006) Ao regular o setor a que foi destinada, aagncia reguladora tem por finalidade

    (A) limitar preos, dividir os clientes e fornecedores por regio geogrfica.

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    (B) sanear (neutralizar), ou buscar sanear (neutralizar) as falhas

    regulatrias do setor em que atua, visando a consecuo de maior

    eficincia.

    (C) controlar apenas os preos, fixando uma tabela para preos mximos,em ateno ao pleno atendimento dos interesses dos consumidores e do

    governo.

    (D) limitar as novas outorgas visando ao mximo aproveitamento do

    mercado pelos agentes que j nele atuam.

    (E) aplicar a poltica regulatria local em ateno ao plano de metas

    estabelecido pelo governo, priorizando os interesses privados e

    individuais.

    32. (ESAF/AFC/STN/2008) A elevao dos depsitos compulsrios considerada uma poltica monetria restritiva.

    33. (CESPE/AGENTE/POLCIA FEDERAL/2009) A regulao do mercado,exercida pelas agncias reguladoras e pelo Conselho Administrativo da

    Defesa Econmico (CADE), necessria para, entre outras funes, coibir

    os abusos resultantes da atuao dos monoplios naturais, que se

    caracterizam pela maior eficincia alcanada nos casos de elevadaseconomias de escala ou de escopo em relao ao tamanho do mercado.

    34. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) No Brasil, o esgotamento do modelode Estado condutor do processo econmico e social, bem como a eroso

    da capacidade de prestao de servios pblicos, levou a um importante

    processo de privatizao, no qual o Estado passou a assumir o papel de

    regulador da atividade econmica.

    35. (FCC/AUDITOR/TCE-MG/2005) As Agncias Reguladoras, entidadesdotadas de elevado grau de autonomia administrativa, bem como poderesde fiscalizao, normatizao e sancionatrios, podem revestir-se da

    forma de autarquia ou empresa pblica, sujeitando-se, em ambos os

    casos, a regime especial.

    36. (FCC/ANALISTA/ARCE-CE/2006) Dentre as caractersticas que denotam asatividades das agncias reguladoras, enquanto autarquias de regime

    especial, inclui-se a

    (A) personalidade jurdica de direito privado.

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    (B) instabilidade dos mandatos de seus dirigentes.

    (C) dependncia financeira.

    (D) autonomia em relao Administrao Direta.

    (E) dependncia patrimonial.

    37. (ESAF/AFC/CGU/2004) A necessidade de atuao econmica do setorpblico prende-se constatao de que o sistema de preos no conseguecumprir adequadamente algumas tarefas ou funes. Assim, correto

    afirmar que a funo distributiva do governo est associada ao

    fornecimento de bens e servios no oferecidos eficientemente pelo

    sistema de mercado.

    38. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) O sistema de mercado no tem a mesmaeficincia na proviso de bens pblicos, como na de bens privados, da a

    necessidade de atuao do Estado na prestao de servios de segurana

    pblica, por exemplo.

    39. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) Para que o governo possa cumpriradequadamente sua funo estabilizadora, necessariamente ser de abrir

    mo das funes alocativa e distributiva, levando o pas a perpetuar

    desigualdades regionais e setoriais.

    40. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) As necessidades de financiamento dosetor pblico correspondem ao conceito de dficit nominal apurado pelo

    critrio acima da linha.

    41. (ESAF/ANALISTA/SEFAZ-CE/2006) O conceito de dficit nominalcorresponde aos gastos totais deduzidas as receitas totais.

    42. (ESAF/APO/MPOG/2010) O governo pode financiar seu dficit pelaemisso de moeda e tambm por meio da venda de ttulos da dvida

    pblica ao setor privado.

    43. (ESAF/APO/MPOG/2010) O desempenho fiscal pode ser mensurado pelodficit primrio, que dado pela diferena entre receitas e despesas no

    financeiras.

    44. (ESAF/APO/MPOG/2010) A Necessidade de Financiamento do SetorPblico corresponde ao conceito de dficit nominal apurado pelo critrio

    acima da linha.

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    45. (CESPE/ANALISTA/TJ-ES/2011) As necessidades de financiamento dosetor pblico correspondem ao montante de recursos que o setor pblicono financeiro deve captar junto ao setor financeiro interno e(ou) externo,

    alm de suas receitas fiscais, para custear os seus dispndios.

    46. (CESPE/ANALISTA/IJSN-ES/2010) A mensurao do deficit pblico a partirdo financiamento do setor pblico denominada acima da linha, enquanto

    a quantificao por intermdio de receitas e despesas denominada

    abaixo da linha.

    47. (CESPE/ANALISTA/PREVIC/2011) Ao passo que os saldos da dvida lquidado setor pblico so apurados por meio do critrio de competncia, oresultado fiscal do governo obtido por intermdio do resultado primrio

    e nominal. Os resultados podem ser apurados mediante os critrios acimada linha e abaixo da linha, em que o ltimo considera o desempenho fiscal

    do governo pelo clculo da variao do endividamento lquido.

    48. (CESPE/CONTADOR/DETRAN-ES/2010) Durante a etapa de clculo danecessidade de financiamento do governo central, procura-se definir o

    resultado primrio, cujas etapas de apurao incluem o chamado critrio

    acima da linha, que considera o desempenho dos fluxos de receitas e

    despesas primrias ou no financeiras no perodo de referncia.49. (CESPE/PROCURADOR/BACEN/2009) A mensurao do deficit pblico

    como a diferena entre despesas e receitas, calculado pelo BACEN,

    corresponde s necessidades de financiamento do setor pblico (NFSP),

    no conceito abaixo da linha.

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    C D C E C C C A C E

    11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

    C E C E E A E E C B

    21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    E E C C B C C E C E

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

    B C C C E D E C E C

    41 42 43 44 45 46 47 48 49

    C C C C C E C C E