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www.cers.com.br TRIBUNAIS Direito Previdenciário Frederico Amado 1 DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Frederico Amado 2013 www.fredericoamado.com.br www.editorajuspodivm.com.br SLIDES PARTE I NORMAS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL ARTIGOS 194/204. CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. Princípio da Solidariedade; Princípio da Precedência da Fonte de Custeio (artigo 195, §5º); Princípio do Orçamento Diferenciado (artigo 165, §5º, inciso III). Dentro da seguridade social coexistem dois subsistemas: de um lado o subsistema contributivo, composto apenas pela previdência social, que pressupõe o pagamento (real ou presumido) de contribuições previdenciárias dos segurados para a sua cobertura e dos seus dependentes. Do outro, o subsistema não contributivo, integrado pela saúde pública e pela assistência social, pois ambas são custeadas pelos tributos em geral (especialmente as contribuições destinadas ao custeio da seguridade social) e disponíveis a todas as pessoas que delas necessitarem, inexistindo a exigência de pagamento de contribuições específicas dos usuários para o gozo dessas atividades públicas. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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    TRIBUNAIS Direito Previdencirio

    Frederico Amado

    1

    DIREITO PREVIDENCIRIO

    Prof. Frederico Amado

    2013

    www.fredericoamado.com.br

    www.editorajuspodivm.com.br

    SLIDES PARTE I

    NORMAS CONSTITUCIONAIS DA

    SEGURIDADE SOCIAL ARTIGOS 194/204.

    CAPTULO II

    DA SEGURIDADE SOCIAL

    Seo I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 194. A seguridade social

    compreende um conjunto integrado de

    aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e

    da sociedade, destinadas a assegurar os

    direitos relativos sade, previdncia e

    assistncia social.

    Pargrafo nico. Compete ao Poder

    Pblico, nos termos da lei, organizar

    a seguridade social, com base nos

    seguintes objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do

    atendimento;

    II - uniformidade e equivalncia dos

    benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na

    prestao dos benefcios e servios;

    IV - irredutibilidade do valor dos

    benefcios;

    V - eqidade na forma de participao no

    custeio;

    VI - diversidade da base de financiamento;

    VII - carter democrtico e descentralizado

    da administrao, mediante gesto

    quadripartite, com participao dos

    trabalhadores, dos empregadores, dos

    aposentados e do Governo nos rgos

    colegiados.

    Princpio da Solidariedade;

    Princpio da Precedncia da Fonte de

    Custeio (artigo 195, 5);

    Princpio do Oramento Diferenciado (artigo

    165, 5, inciso III).

    Dentro da seguridade social coexistem dois

    subsistemas: de um lado o subsistema

    contributivo, composto apenas pela

    previdncia social, que pressupe o

    pagamento (real ou presumido) de

    contribuies previdencirias dos

    segurados para a sua cobertura e dos seus

    dependentes.

    Do outro, o subsistema no contributivo,

    integrado pela sade pblica e pela

    assistncia social, pois ambas so

    custeadas pelos tributos em geral

    (especialmente as contribuies destinadas

    ao custeio da seguridade social) e

    disponveis a todas as pessoas que delas

    necessitarem, inexistindo a exigncia de

    pagamento de contribuies especficas

    dos usurios para o gozo dessas atividades

    pblicas.

    Art. 195. A seguridade social ser

    financiada por toda a sociedade, de

    forma direta e indireta, nos termos da

    lei, mediante recursos provenientes

    dos oramentos da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, e das seguintes

    contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da

    entidade a ela equiparada na forma

    da lei, incidentes sobre:

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    2

    a) a folha de salrios e demais

    rendimentos do trabalho pagos ou

    creditados, a qualquer ttulo,

    pessoa fsica que lhe preste servio,

    mesmo sem vnculo empregatcio

    (CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA

    PATRONAL);

    b) a receita ou o faturamento;

    (COFINS)

    c) o lucro; (CSLL)

    II - do trabalhador e dos demais

    segurados da previdncia social, no

    incidindo contribuio sobre

    aposentadoria e penso concedidas

    pelo regime geral de previdncia

    social de que trata o art. 201;

    III - sobre a receita de concursos de

    prognsticos.

    IV - do importador de bens ou

    servios do exterior, ou de quem a lei

    a ele equiparar

    CONCURSOS DE PROGNSTICOS

    Apesar de a Constituio trat-la como

    contribuio para a seguridade social, no

    se trata tecnicamente de um tributo, e sim

    de repasses de recursos financeiros

    arrecadados pelo Poder Pblico em

    decorrncia das apostas oficiais.

    O tema vem regulamentado pelos artigos 26

    e 27, da Lei 8.212/91, sendo definidos os

    concursos de prognsticos como todos os

    concursos de sorteios de nmeros, loterias,

    apostas, inclusive aquelas realizadas em

    reunies hpicas, no mbito federal,

    estadual, distrital e municipal.

    Art. 26. Constitui receita da Seguridade

    Social a renda lquida dos concursos de

    prognsticos, excetuando-se os valores

    destinados ao Programa de Crdito

    Educativo.

    1 Consideram-se concursos de

    prognsticos todos e quaisquer concursos

    de sorteios de nmeros, loterias, apostas,

    inclusive as realizadas em reunies hpicas,

    nos mbitos federal, estadual, do Distrito

    Federal e municipal.

    2 Para efeito do disposto neste artigo,

    entende-se por renda lquida o total da

    arrecadao, deduzidos os valores

    destinados ao pagamento de prmios, de

    impostos e de despesas com a

    administrao, conforme fixado em lei, que

    inclusive estipular o valor dos direitos a

    serem pagos s entidades desportivas pelo

    uso de suas denominaes e smbolos.

    Quando o Poder Pblico for o organizador,

    ser repassada seguridade social a renda

    lquida, apurada aps deduzidos os custos

    com o pagamento de prmios, impostos e

    gesto, ressalvada uma parcela destinada

    ao crdito educativo. Por outro lado,

    quando o particular for autorizado a

    organizar as apostas, a exemplo dos prados

    de cavalos, sero destinados 5% do seu

    movimento global seguridade social.

    Artigo 212, do Decreto 3.048/99.

    Art. 27. Constituem outras receitas da

    Seguridade Social:

    I - as multas, a atualizao monetria e os

    juros moratrios;

    II - a remunerao recebida por servios de

    arrecadao, fiscalizao e cobrana

    prestados a terceiros;

    III - as receitas provenientes de prestao

    de outros servios e de fornecimento ou

    arrendamento de bens;

    IV - as demais receitas patrimoniais,

    industriais e financeiras;

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    3

    V - as doaes, legados, subvenes e

    outras receitas eventuais;

    VI - 50% (cinqenta por cento) dos valores

    obtidos e aplicados na forma do pargrafo

    nico do art. 243 da Constituio Federal;

    VII - 40% (quarenta por cento) do resultado

    dos leiles dos bens apreendidos pelo

    Departamento da Receita Federal;

    VIII - outras receitas previstas em legislao

    especfica.

    Pargrafo nico. As companhias

    seguradoras que mantm o seguro

    obrigatrio de danos pessoais causados

    por veculos automotores de vias terrestres,

    de que trata a Lei n 6.194, de dezembro de

    1974, devero repassar Seguridade Social

    50% (cinqenta por cento) do valor total do

    prmio recolhido e destinado ao Sistema

    nico de Sade-SUS, para custeio da

    assistncia mdico-hospitalar dos

    segurados vitimados em acidentes de

    trnsito

    1 - As receitas dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios

    destinadas seguridade social

    constaro dos respectivos

    oramentos, no integrando o

    oramento da Unio.

    2 - A proposta de oramento da

    seguridade social ser elaborada de

    forma integrada pelos rgos

    responsveis pela sade,

    previdncia social e assistncia

    social, tendo em vista as metas e

    prioridades estabelecidas na lei de

    diretrizes

    oramentrias, assegurada a cada

    rea a gesto de seus recursos.

    Lei 8212/91

    Art. 8 As propostas oramentrias anuais

    ou plurianuais da Seguridade Social sero

    elaboradas por Comisso integrada por 3

    (trs) representantes, sendo 1 (um) da rea

    da sade, 1 (um) da rea da previdncia

    social e 1 (um) da rea de assistncia

    social.

    3 - A pessoa jurdica em dbito

    com o sistema da seguridade social,

    como estabelecido em lei, no

    poder contratar com o Poder

    Pblico nem dele receber benefcios

    ou incentivos fiscais ou creditcios.

    4 - A lei poder instituir outras

    fontes destinadas a garantir a

    manuteno ou expanso da

    seguridade social, obedecido o

    disposto no art. 154, I (LEI

    COMPLEMENTAR).

    5 - Nenhum benefcio ou servio

    da seguridade social poder ser

    criado, majorado ou estendido sem a

    correspondente fonte de custeio total

    (PRINCPIO DA PRECEDNCIA DA

    FONTE DE CUSTEIO).

    6 - As contribuies sociais de que

    trata este artigo s podero ser

    exigidas aps decorridos noventa

    dias da data da publicao da lei que

    as houver institudo ou modificado,

    no se lhes aplicando o disposto no

    art. 150, III, "b". PRINCPIO DA

    NOVENTENA

    7 - So isentas de contribuio

    para a seguridade social as

    entidades beneficentes de

    assistncia social que atendam s

    exigncias estabelecidas em lei (Lei

    12.101/09).

    8 O produtor, o parceiro, o meeiro

    e o arrendatrio rurais e o pescador

    artesanal, bem como os respectivos

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    4

    cnjuges, que exeram suas

    atividades em regime de economia

    familiar, sem empregados

    permanentes, contribuiro para a

    seguridade social mediante a

    aplicao de uma alquota sobre o

    resultado da comercializao da

    produo e faro jus aos benefcios

    nos termos da lei

    9 As contribuies sociais

    previstas no inciso I do caput deste

    artigo podero ter alquotas ou bases

    de clculo diferenciadas, em razo

    da atividade econmica, da utilizao

    intensiva de mo-de-obra, do porte

    da empresa ou da condio

    estrutural do mercado de trabalho

    (PROGRESSIVIDADE).

    10. A lei definir os critrios de

    transferncia de recursos para o

    sistema nico de sade e aes de

    assistncia social da Unio para os

    Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios, e dos Estados para os

    Municpios, observada a respectiva

    contrapartida de recursos

    11. vedada a concesso de

    remisso ou anistia das

    contribuies sociais de que tratam

    os incisos I, a, e II deste artigo, para

    dbitos em montante superior ao

    fixado em lei complementar.

    12. A lei definir os setores de

    atividade econmica para os quais

    as contribuies incidentes na forma

    dos incisos I, b; e IV do caput, sero

    no-cumulativas (COFINS).

    13. Aplica-se o disposto no 12

    inclusive na hiptese de substituio

    gradual, total ou parcial, da

    contribuio incidente na forma do

    inciso I, a, pela incidente sobre a

    receita ou o faturamento.

    Seo II

    DA SADE

    Art. 196. A sade direito de todos e

    dever do Estado, garantido mediante

    polticas sociais e econmicas que

    visem reduo do risco de doena

    e de outros agravos e ao acesso

    universal e igualitrio s aes e

    servios para sua promoo,

    proteo e recuperao.

    Art. 197. So de relevncia pblica as

    aes e servios de sade, cabendo

    ao Poder Pblico dispor, nos termos

    da lei, sobre sua regulamentao,

    fiscalizao e controle, devendo sua

    execuo ser feita diretamente ou

    atravs de terceiros e, tambm, por

    pessoa fsica ou jurdica de direito

    privado.

    Art. 198. As aes e servios

    pblicos de sade integram uma

    rede regionalizada e hierarquizada e

    constituem um sistema nico,

    organizado de acordo com as

    seguintes diretrizes:

    I - descentralizao, com direo

    nica em cada esfera de governo;

    II - atendimento integral, com

    prioridade para as atividades

    preventivas, sem prejuzo dos

    servios assistenciais;

    III - participao da comunidade.

    1. O sistema nico de sade ser

    financiado, nos termos do art. 195,

    com recursos do oramento da

    seguridade social, da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, alm de outras fontes.

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    2 A Unio, os Estados, o Distrito

    Federal e os Municpios aplicaro,

    anualmente, em aes e servios

    pblicos de sade recursos mnimos

    derivados da aplicao de

    percentuais calculados sobre:

    I no caso da Unio, na forma

    definida nos termos da lei

    complementar prevista no 3;

    II no caso dos Estados e do

    Distrito Federal, o produto da

    arrecadao dos impostos a que se

    refere o art. 155 e dos recursos de

    que tratam os arts. 157 e 159, inciso

    I, alnea a, e inciso II, deduzidas as

    parcelas que forem transferidas aos

    respectivos Municpios;

    III no caso dos Municpios e do Distrito

    Federal, o produto da arrecadao dos

    impostos a que se refere o art. 156 e dos

    recursos de que tratam os arts. 158 e 159,

    inciso I, alnea b e 3.

    3 Lei complementar, que ser

    reavaliada pelo menos a cada cinco

    anos, estabelecer

    I os percentuais de que trata o 2;

    II os critrios de rateio dos

    recursos da Unio vinculados

    sade destinados aos Estados, ao

    Distrito Federal e aos Municpios, e

    dos Estados destinados a seus

    respectivos Municpios, objetivando

    a progressiva reduo das

    disparidades regionais

    III as normas de fiscalizao,

    avaliao e controle das despesas

    com sade nas esferas federal,

    estadual, distrital e municipal;

    IV as normas de clculo do

    montante a ser aplicado pela Unio.

    4 Os gestores locais do sistema

    nico de sade podero admitir

    agentes comunitrios de sade e

    agentes de combate s endemias por

    meio de processo seletivo pblico,

    de acordo com a natureza e

    complexidade de suas atribuies e

    requisitos especficos para sua

    atuao.

    5. Lei federal dispor sobre o

    regime jurdico, o piso salarial

    profissional nacional, as diretrizes

    para os Planos de Carreira e a

    regulamentao das atividades de

    agente comunitrio de sade e

    agente de combate s endemias,

    competindo Unio, nos termos da

    lei, prestar assistncia financeira

    complementar aos Estados, ao

    Distrito Federal e aos Municpios,

    para o cumprimento do referido piso

    salarial (EC 63/2010).

    6. Alm das hipteses previstas no 1

    do art. 41 e no 4 do art. 169 da

    Constituio Federal, o servidor que exera

    funes equivalentes s de agente

    comunitrio de sade ou de agente de

    combate s endemias poder perder o

    cargo em caso de descumprimento dos

    requisitos especficos, fixados em lei, para

    o seu exerccio.

    Art. 199. A assistncia sade livre

    iniciativa privada.

    1 - As instituies privadas

    podero participar de forma

    complementar do sistema nico de

    sade, segundo diretrizes deste,

    mediante contrato de direito pblico

    ou convnio, tendo preferncia as

    entidades filantrpicas e as sem fins

    lucrativos.

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    2 - vedada a destinao de

    recursos pblicos para auxlios ou

    subvenes s instituies privadas

    com fins lucrativos.

    3 - vedada a participao direta

    ou indireta de empresas ou capitais

    estrangeiros na assistncia sade

    no Pas, salvo nos casos previstos

    em lei.

    4 - A lei dispor sobre as

    condies e os requisitos que

    facilitem a remoo de rgos,

    tecidos e substncias humanas para

    fins de transplante, pesquisa e

    tratamento, bem como a coleta,

    processamento e transfuso de

    sangue e seus derivados, sendo

    vedado todo tipo de comercializao.

    Art. 200. Ao sistema nico de sade

    compete, alm de outras atribuies,

    nos termos da lei:

    I - controlar e fiscalizar

    procedimentos, produtos e

    substncias de interesse para a

    sade e participar da produo de

    medicamentos, equipamentos,

    imunobiolgicos, hemoderivados e

    outros insumos;

    II - executar as aes de vigilncia

    sanitria e epidemiolgica, bem

    como as de sade do trabalhador;

    III - ordenar a formao de recursos

    humanos na rea de sade;

    IV - participar da formulao da

    poltica e da execuo das aes de

    saneamento bsico;

    V - incrementar em sua rea de

    atuao o desenvolvimento cientfico

    e tecnolgico;

    VI - fiscalizar e inspecionar

    alimentos, compreendido o controle

    de seu teor nutricional, bem como

    bebidas e guas para consumo

    humano;

    VII - participar do controle e fiscalizao da

    produo, transporte, guarda e utilizao de

    substncias e produtos psicoativos, txicos

    e radioativos;

    VIII - colaborar na proteo do meio

    ambiente, nele compreendido o do trabalho.

    Seo III

    DA PREVIDNCIA SOCIAL

    Art. 201. A previdncia social ser

    organizada sob a forma de regime geral, de

    carter contributivo e de filiao obrigatria,

    observados critrios que preservem o

    equilbrio financeiro e atuarial, e atender,

    nos termos da lei, a:

    I - cobertura dos eventos de doena,

    invalidez, morte e idade avanada;

    II - proteo maternidade,

    especialmente gestante;

    III - proteo ao trabalhador em

    situao de desemprego

    involuntrio;

    IV - salrio-famlia e auxlio-recluso

    para os dependentes dos segurados

    de baixa renda;

    V - penso por morte do segurado,

    homem ou mulher, ao cnjuge ou

    companheiro e dependentes,

    observado o disposto no 2.

    1. vedada a adoo de requisitos

    e critrios diferenciados para a

    concesso de aposentadoria aos

    beneficirios do regime geral de

    previdncia social, ressalvados os

    casos de atividades exercidas sob

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    7

    condies especiais que

    prejudiquem a sade ou a

    integridade fsica e quando se tratar

    de segurados portadores de

    deficincia, nos termos definidos em

    lei complementar

    2 Nenhum benefcio que substitua

    o salrio de contribuio ou o

    rendimento do trabalho do segurado

    ter valor mensal inferior ao salrio

    mnimo.

    3 Todos os salrios de

    contribuio considerados para o

    clculo de benefcio sero

    devidamente atualizados, na forma

    da lei.

    4 assegurado o reajustamento

    dos benefcios para preservar-lhes,

    em carter permanente, o valor real,

    conforme critrios definidos em lei.

    5 vedada a filiao ao regime

    geral de previdncia social, na

    qualidade de segurado facultativo, de

    pessoa participante de regime

    prprio de previdncia

    6 A gratificao natalina dos

    aposentados e pensionistas ter por

    base o valor dos proventos do ms

    de dezembro de cada ano.

    7 assegurada aposentadoria no

    regime geral de previdncia social,

    nos termos da lei, obedecidas as

    seguintes condies:

    I - trinta e cinco anos de

    contribuio, se homem, e trinta

    anos de contribuio, se mulher;

    II - sessenta e cinco anos de idade,

    se homem, e sessenta anos de idade,

    se mulher, reduzido em cinco anos o

    limite para os trabalhadores rurais de

    ambos os sexos e para os que

    exeram suas atividades em regime

    de economia familiar, nestes

    includos o produtor rural, o

    garimpeiro e o pescador artesanal

    8 Os requisitos a que se refere o

    inciso I do pargrafo anterior sero

    reduzidos em cinco anos, para o

    professor que comprove

    exclusivamente tempo de efetivo

    exerccio das funes de magistrio

    na educao infantil e no ensino

    fundamental e mdio.

    9 Para efeito de aposentadoria,

    assegurada a contagem recproca do

    tempo de contribuio na

    administrao pblica e na atividade

    privada, rural e urbana, hiptese em

    que os diversos regimes de

    previdncia social se compensaro

    financeiramente, segundo critrios

    estabelecidos em lei.

    10. Lei disciplinar a cobertura do

    risco de acidente do trabalho, a ser

    atendida concorrentemente pelo

    regime geral de previdncia social e

    pelo setor privado.

    11. Os ganhos habituais do

    empregado, a qualquer ttulo, sero

    incorporados ao salrio para efeito

    de contribuio previdenciria e

    conseqente repercusso em

    benefcios, nos casos e na forma da

    lei

    12. Lei dispor sobre sistema

    especial de incluso previdenciria

    para atender a trabalhadores de

    baixa renda e queles sem renda

    prpria que se dediquem

    exclusivamente ao trabalho

    domstico no mbito de sua

    residncia, desde que pertencentes a

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    8

    famlias de baixa renda, garantindo-

    lhes acesso a benefcios de valor

    igual a um salrio-mnimo.

    13. O sistema especial de incluso

    previdenciria de que trata o 12

    deste artigo ter alquotas e

    carncias inferiores s vigentes para

    os demais segurados do regime

    geral de previdncia social

    Art. 202. O regime de previdncia

    privada, de carter complementar e

    organizado de forma autnoma em

    relao ao regime geral de

    previdncia social, ser facultativo,

    baseado na constituio de reservas

    que garantam o benefcio contratado,

    e regulado por lei complementar.

    1 A lei complementar de que trata

    este artigo assegurar ao

    participante de planos de benefcios

    de entidades de previdncia privada

    o pleno acesso s informaes

    relativas gesto de seus

    respectivos planos

    2 As contribuies do

    empregador, os benefcios e as

    condies contratuais previstas nos

    estatutos, regulamentos e planos de

    benefcios das entidades de

    previdncia privada no integram o

    contrato de trabalho dos

    participantes, assim como, exceo

    dos benefcios concedidos, no

    integram a remunerao dos

    participantes, nos termos da lei.

    3 vedado o aporte de recursos a

    entidade de previdncia privada pela

    Unio, Estados, Distrito Federal e

    Municpios, suas autarquias,

    fundaes, empresas pblicas,

    sociedades de economia mista e

    outras entidades pblicas, salvo na

    qualidade de patrocinador, situao

    na qual, em hiptese alguma, sua

    contribuio normal poder exceder

    a do segurado

    4 Lei complementar disciplinar a

    relao entre a Unio, Estados,

    Distrito Federal ou Municpios,

    inclusive suas autarquias,

    fundaes, sociedades de economia

    mista e empresas controladas direta

    ou indiretamente, enquanto

    patrocinadoras de entidades

    fechadas de previdncia privada, e

    suas respectivas entidades fechadas

    de previdncia privada.

    5 A lei complementar de que trata

    o pargrafo anterior aplicar-se-, no

    que couber, s empresas privadas

    permissionrias ou concessionrias

    de prestao de servios pblicos,

    quando patrocinadoras de entidades

    fechadas de previdncia privada

    6 A lei complementar a que se refere o

    4 deste artigo estabelecer os requisitos

    para a designao dos membros das

    diretorias das entidades fechadas de

    previdncia privada e disciplinar a

    insero dos participantes nos colegiados e

    instncias de deciso em que seus

    interesses sejam objeto de discusso e

    deliberao.

    Seo IV

    DA ASSISTNCIA SOCIAL

    Art. 203. A assistncia social ser

    prestada a quem dela necessitar,

    independentemente de contribuio

    seguridade social, e tem por

    objetivos:

    I - a proteo famlia,

    maternidade, infncia,

    adolescncia e velhice;

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    Frederico Amado

    9

    II - o amparo s crianas e

    adolescentes carentes;

    III - a promoo da integrao ao

    mercado de trabalho;

    IV - a habilitao e reabilitao das

    pessoas portadoras de deficincia e

    a promoo de sua integrao vida

    comunitria;

    V - a garantia de um salrio mnimo

    de benefcio mensal pessoa

    portadora de deficincia e ao idoso

    que comprovem no possuir meios

    de prover prpria manuteno ou

    de t-la provida por sua famlia,

    conforme dispuser a lei

    Art. 204. As aes governamentais

    na rea da assistncia social sero

    realizadas com recursos do

    oramento da seguridade social,

    previstos no art. 195, alm de outras

    fontes, e organizadas com base nas

    seguintes diretrizes:

    I - descentralizao poltico-

    administrativa, cabendo a

    coordenao e as normas gerais

    esfera federal e a coordenao e a

    execuo dos respectivos programas

    s esferas estadual e municipal, bem

    como a entidades beneficentes e de

    assistncia social.

    II - participao da populao, por

    meio de organizaes

    representativas, na formulao das

    polticas e no controle das aes em

    todos os nveis.

    Pargrafo nico. facultado aos

    Estados e ao Distrito Federal vincular

    a programa de apoio incluso e

    promoo social at cinco dcimos

    por cento de sua receita tributria

    lquida, vedada a aplicao desses

    recursos no pagamento de:

    I - despesas com pessoal e encargos

    sociais;

    II - servio da dvida;)

    III - qualquer outra despesa corrente no

    vinculada diretamente aos investimentos ou

    aes apoiados

    SLIDES PARTE II

    PARTE GERAL DA PREVIDNCIA SOCIAL

    PREVIDNCIA SOCIAL NO BRASIL:

    01- Planos bsicos

    1.1. Regime Geral de Previdncia Social

    RGPS (art. 201, da CRFB; Leis 8.212/91,

    8.213/91 e Decreto 3.048/99);

    1.2. Regimes Prprios de Previdncia Social

    RPPSs (art. 40, da CRFB, Leis 9.717/98 e

    10.887/2004.

    02- Planos Complementares:

    2.1. Regime Pblico Complementar

    (14, 15 e 16, do art. 40, da CRFB);

    2.2. Regime Privado Complementar

    (artigo 202, da CRFB; Leis

    Complementares 108 e 109/2001):

    2.2.1. Fechado

    2.2.2. Aberto

    EVOLUO DA PREVIDNCIA

    Aponta-se majoritariamente como o marco

    inicial mundial da previdncia social no

    mundo a edio da Lei dos Seguros Sociais,

    na Alemanha, em 1883, perpetrada pelo

    chanceler Otto Von Bismarck, que criou o

    seguro-doena, seguida por outras normas

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    Frederico Amado

    10

    que instituram o seguro de acidente de

    trabalho (1884), o de invalidez (1889) e o de

    velhice (1889), em decorrncia de grandes

    presses sociais de poca.

    Registre-se, inicialmente, que a

    Constituio de 1891 foi a primeira

    brasileira a prever diretamente um benefcio

    previdencirio, pois o seu artigo 75 garantia

    a aposentadoria por invalidez aos

    funcionrios pblicos que se tornaram

    invlidos a servio na nao, mesmo sem

    existir o pagamento de contribuies

    previdencirias.

    Deveras, a Constituio Imperial (1824)

    apenas garantiu formalmente os socorros

    pblicos (artigo 179, inciso XXXI), de

    pouca regulamentao em razo da

    doutrina liberal de poca.

    Em 1821, o Decreto de 1 de outubro

    concedeu aposentadoria aos mestres e

    professores aps 30 anos de servio. J em

    1888, criou-se a Caixa de Socorros para os

    trabalhadores das estradas de ferro de

    propriedade do Estado (Lei 3.397) e o

    Decreto 9.912-A previu a aposentadoria dos

    empregados dos Correios, aps 30 anos de

    servio e 60 anos de idade.

    Em 1919 foi editada a Lei de Acidentes de

    Trabalho (Lei 3.724), que criou o seguro de

    acidente de trabalho para todas as

    categorias, a cargo das empresas,

    introduzindo a noo do risco profissional.

    No Brasil, prevalece doutrinariamente que a

    previdncia social nasceu com o advento da

    Lei Eli Chaves, em 1923 (Decreto-lei

    4.682), que determinou a criao das caixas

    de aposentadorias e penses para os

    ferrovirios, mantidas pelas empresas.

    Nesse sentido, o dia da Previdncia Social

    no Brasil comemorado oficialmente no dia

    24 de janeiro, justamente porque nessa data

    comeou a vigorar a Lei Eli Chaves.

    Na realidade, a previdncia pblica

    brasileira apenas iniciou-se em 1933,

    atravs do Decreto 22.872, que criou o

    Instituto de Previdncia dos Martimos

    IAPM, pois gerida pela Administrao

    Pblica, surgindo posteriormente os

    seguintes Institutos: dos comercirios e

    bancrios (1934); dos industririos (1936);

    dos servidores do estado e dos

    empregados de transportes e cargas (1938).

    A Constituio de 1934 deu a sua

    contribuio ao prever o trplice custeio da

    previdncia social, mediante recursos do

    Poder Pblico, dos trabalhadores e das

    empresas, passando, em termos

    constitucionais, do plano apenas da

    assistncia social para o seguro social,

    lanando mo da expresso Previdncia.

    Por sua vez, a Constituio de 1946

    contemplou pela primeira vez no pas a

    expresso Previdncia Social, tratando da

    sua cobertura no artigo 157.

    Em 1960, foi promulgada a Lei Orgnica da

    Previdncia Social LOPS (Lei 3.807), que

    unificou o plano de benefcios dos

    Institutos.

    J em 1965, a Emenda 11 alterou a

    Constituio de 1946 para criar o Princpio

    da Precedncia de Fonte de Custeio para a

    instituio ou majorao dos benefcios

    previdencirios e assistenciais, existente

    at hoje e aplicvel a toda a seguridade

    social.

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    11

    Em 1967, ocorreu unificao da

    previdncia urbana brasileira, vez que os

    Institutos foram fundidos, nascendo o INPS

    Instituto Nacional de Previdncia Social,

    atravs do Decreto-lei 72/1966, que tambm

    trouxe o seguro de acidente do trabalho

    para o mbito da Previdncia Pblica.

    Mais adiante, em 1971, ocorreu a incluso

    previdenciria dos trabalhadores rurais, que

    passaram a ser segurados previdencirios

    com regncia pela Lei Complementar 11,

    que instituiu o Pr-Rural (Programa de

    Assistncia ao Trabalhador Rural), mantido

    pelos recursos do Fundo de Assistncia ao

    Trabalhador Rural FUNRURAL, que

    ganhou natureza jurdica de autarquia

    federal.

    Os empregados domsticos tiveram a sua

    vez em 1972, passando a ser segurados da

    previdncia por fora da Lei 5.859.

    Em 1977, foi permitida a criao da

    previdncia complementar privada, atravs

    das entidades abertas e fechadas, por

    intermdio da Lei 6.435, comeando a

    nascer os grandes fundos de penso das

    empresas estatais, a exemplo da PREVI e da

    PETROS.

    Ainda em 1977 foi institudo o SINPAS

    Sistema Nacional de Previdncia e

    Assistncia Social, que abarcava as

    seguintes entidades:

    A) IAPAS (Instituto de Administrao

    Financeira da Previdncia e Assistncia

    Social arrecadao e fiscalizao das

    contribuies);

    B) INAMPS (Instituto Nacional de

    Assistncia Mdica da Previdncia Social);

    C) INPS (Instituto Nacional de Previdncia

    Social responsvel pela gesto dos

    benefcios previdencirios);

    D) LBA (Fundao Legio Brasileira de

    Assistncia cuidava dos idosos e

    gestantes carentes);

    E) FUNABEM (Fundao Nacional do Bem-

    Estar do Menor responsvel pelo menores

    carentes);

    F) CEME (Central de Medicamentos -

    fabricao de medicamentos de baixo

    custo);

    G) DATAPREV (Empresa de Tecnologia e

    Informaes da Previdncia Social -

    controle de dados)

    CLASSIFICAO DOS SISTEMAS

    PREVIDENCIRIOS

    Quanto contributividade, os

    sistemas previdencirios sero

    classificados em:

    A) No contributivos - custeados

    com os tributos em geral, inexistindo

    contribuies especficas, como

    ocorre no primeiro pilar da

    previdncia da Dinamarca;

    B) Contributivos custeados por

    contribuies previdencirias;

    B.1) Capitalizao Exige a

    cotizao durante certo prazo para

    fazer jus aos benefcios, em fundo

    individual ou coletivo, sendo os

    valores investidos pelos

    administradores (Previdncia Privada

    no Brasil);

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    12

    B.2) Repartio Em regra, a

    ausncia de contribuio durante

    determinado tempo no retira o

    direito ao benefcio, salvo os casos

    de carncia, existindo um fundo

    nico (Previdncia Pblica do Brasil).

    Quanto ao responsvel pela gesto, adota-

    se a seguinte classificao:

    A) Pblica - O Poder Pblico assume a

    responsabilidade da administrao do

    regime previdencirio;

    B) Privada O gerenciamento feito pela

    iniciativa privada, como no Chile, desde a

    reforma de 1981;

    C) Mista Adota-se uma gesto pblica e

    privada, a depender do plano, como ocorre

    no Brasil, onde h planos pblicos e

    privados.

    CARACTERSTICAS GERAIS DO

    RGPS:

    * pblico;

    * contributivo;

    * prima pelo equilbrio financeiro e

    atuarial;

    de filiao obrigatria para os

    trabalhadores em geral;

    de repartio (fundo nico);

    solidrio;

    de gesto quadripartite (Poder

    Pblico, empregadores,

    trabalhadores e aposentados);

    de custeio tripartite (Poder Pblico,

    trabalhadores e

    empresas/empregadores).

    A administrao do RGPS foi atribuda ao

    Ministrio da Previdncia Social, rgo

    integrante da Unio, sendo exercida pelos

    demais rgos e entidades a ele vinculados,

    tendo sido criado pela Lei 8.029/90 o

    Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,

    autarquia federal, fruto da fuso do IAPAS -

    Instituto de Administrao Financeira da

    Previdncia e Assistncia Social com o

    INPS - Instituto Nacional de Previdncia

    Social, com principal funo administrativa

    na atualidade gerir o plano de benefcios do

    RGPS.

    De acordo com o artigo 1 do Regimento do

    INSS, aprovado pelo Decreto 7.556/2011, o

    Instituto Nacional do Seguro Social-INSS,

    autarquia federal, com sede em Braslia -

    Distrito Federal, vinculada ao Ministrio da

    Previdncia Social, instituda com

    fundamento no disposto no art. 17 da Lei no

    8.029, de 12 de abril de 1990, tem por

    finalidade promover o reconhecimento, pela

    Previdncia Social, de direito ao

    recebimento de benefcios por ela

    administrados, assegurando agilidade,

    comodidade aos seus usurios e ampliao

    do controle social.

    Alm desta funo principal, caber ao

    INSS, ainda, nos termos do artigo 5, da Lei

    11.457/2007:

    I - emitir certido relativa a tempo de

    contribuio;

    II - gerir o Fundo do Regime Geral de

    Previdncia Social;

    III - calcular o montante das contribuies

    referidas no art. 2o desta Lei e emitir o

    correspondente documento de arrecadao,

    com vistas no atendimento conclusivo para

    concesso ou reviso de benefcio

    requerido.

    CONSELHO NACIONAL DA PREVIDNCIA

    SOCIAL

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    13

    O Conselho Nacional da Previdncia Social

    CNPS, integrante da estrutura do

    Ministrio da Previdncia Social, constitui-

    se em rgo superior de deliberao

    colegiada, contando com composio que

    atende ao Princpio da Gesto Quadripartite

    da Seguridade Social, nos moldes do artigo

    3, da Lei 8.213/91:

    I - seis representantes do Governo Federal;

    II - nove representantes da sociedade civil,

    sendo:

    a) trs representantes dos aposentados e

    pensionistas;

    b) trs representantes dos trabalhadores em

    atividade;

    c) trs representantes dos empregadores

    1 Os membros do CNPS e seus

    respectivos suplentes sero nomeados pelo

    Presidente da Repblica, tendo os

    representantes titulares da sociedade civil

    mandato de 2 (dois) anos, podendo ser

    reconduzidos, de imediato, uma nica vez.

    2 Os representantes dos trabalhadores

    em atividade, dos aposentados, dos

    empregadores e seus respectivos suplentes

    sero indicados pelas centrais sindicais e

    confederaes nacionais.

    3 O CNPS reunir-se-, ordinariamente,

    uma vez por ms, por convocao de seu

    Presidente, no podendo ser adiada a

    reunio por mais de 15 (quinze) dias se

    houver requerimento nesse sentido da

    maioria dos conselheiros.

    4 Poder ser convocada reunio

    extraordinria por seu Presidente ou a

    requerimento de um tero de seus

    membros, conforme dispuser o regimento

    interno do CNPS.

    5 (Revogado pela Lei n 9.528, de 1997)

    6 As ausncias ao trabalho dos

    representantes dos trabalhadores em

    atividade, decorrentes das atividades do

    Conselho, sero abonadas, computando-se

    como jornada efetivamente trabalhada para

    todos os fins e efeitos legais.

    7 Aos membros do CNPS, enquanto

    representantes dos trabalhadores em

    atividade, titulares e suplentes,

    assegurada a estabilidade no emprego, da

    nomeao at um ano aps o trmino do

    mandato de representao, somente

    podendo ser demitidos por motivo de falta

    grave, regularmente comprovada atravs de

    processo judicial.

    Compete ao CNPS (ARTIGO 4,

    DA LEI 8213/91):

    I - estabelecer diretrizes gerais e

    apreciar as decises de polticas

    aplicveis Previdncia Social;

    II - participar, acompanhar e avaliar

    sistematicamente a gesto

    previdenciria;

    III - apreciar e aprovar os planos e

    programas da Previdncia Social;

    IV - apreciar e aprovar as propostas

    oramentrias da Previdncia Social,

    antes de sua consolidao na

    proposta oramentria da

    Seguridade Social;

    V - acompanhar e apreciar, atravs

    de relatrios gerenciais por ele

    definidos, a execuo dos planos,

    programas e oramentos no mbito

    da Previdncia Social;

    VI - acompanhar a aplicao da legislao

    pertinente Previdncia Social;

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    Frederico Amado

    14

    VII - apreciar a prestao de contas anual a

    ser remetida ao Tribunal de Contas da

    Unio, podendo, se for necessrio,

    contratar auditoria externa;

    VIII - estabelecer os valores mnimos em

    litgio, acima dos quais ser exigida a

    anuncia prvia do Procurador-Geral ou do

    Presidente do INSS para formalizao.

    PRINCPIOS ARTIGO 2-LEI 8213/91

    Art. 2 A Previdncia Social rege-se pelos

    seguintes princpios e objetivos:

    I - universalidade de participao nos

    planos previdencirios;

    II - uniformidade e equivalncia dos

    benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na

    prestao dos benefcios;

    PRINCPIOS ARTIGO 2-LEI 8213/91

    IV - clculo dos benefcios considerando-se

    os salrios-de-contribuio corrigidos

    monetariamente;

    V - irredutibilidade do valor dos benefcios

    de forma a preservar-lhes o poder

    aquisitivo;

    VI - valor da renda mensal dos

    benefcios substitutos do salrio-de-

    contribuio ou do rendimento do

    trabalho do segurado no inferior ao

    do salrio mnimo;

    VII - previdncia complementar

    facultativa, custeada por

    contribuio adicional;

    VIII - carter democrtico e

    descentralizado da gesto

    administrativa, com a participao do

    governo e da comunidade, em

    especial de trabalhadores em

    atividade, empregadores e

    aposentados.

    Art. 9 A Previdncia Social compreende:

    I - o Regime Geral de Previdncia Social;

    II - o Regime Facultativo Complementar de

    Previdncia Social

    1o O Regime Geral de Previdncia Social -

    RGPS garante a cobertura de todas as

    situaes expressas no art. 1o desta Lei,

    exceto as de desemprego involuntrio,

    objeto de lei especfica, e de aposentadoria

    por tempo de contribuio para o

    trabalhador de que trata o 2o do art. 21 da

    Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

    2 O Regime Facultativo Complementar de

    Previdncia Social ser objeto de lei

    especifica

    Art. 10. Os beneficirios do Regime Geral de

    Previdncia Social classificam-se como

    segurados e dependentes, nos termos das

    Sees I e II deste captulo.

    SLIDES PARTE III

    SEGURADOS DO RGPS, FILIAO E

    INSCRIO

    Vale salientar que a regra a adoo do

    Princpio da Territorialidade da Filiao, ou

    seja, quem exercer atividade laborativa

    remunerada no territrio do Brasil e no for

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    Frederico Amado

    15

    servidor pblico efetivo ou militar vinculado

    a RPPS, ser segurado obrigatrio do

    RGPS.

    Contudo, h hipteses legais que sero

    vistas em que pessoas que trabalham no

    Brasil no sero seguradas do RGPS, bem

    como existiro segurados obrigatrios do

    RGPS trabalhando fora do pas.

    SEGURADOS OBRIGATRIOS DO RGPS

    ARTIGO 11, LEI 8213/91.

    Empregado (art. 11, I, da Lei 8.213/91)

    a) aquele que presta servio de natureza

    urbana ou rural empresa, em carter no

    eventual, sob sua subordinao e mediante

    remunerao, inclusive como diretor

    empregado;

    b) aquele que, contratado por empresa de

    trabalho temporrio, definida em legislao

    especfica, presta servio para atender a

    necessidade transitria de substituio de

    pessoal regular e permanente ou a

    acrscimo extraordinrio de servios de

    outras empresas;

    c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e

    contratado no Brasil para trabalhar como

    empregado em sucursal ou agncia de

    empresa nacional no exterior;

    d) aquele que presta servio no Brasil a

    misso diplomtica ou a repartio consular

    de carreira estrangeira e a rgos a ela

    subordinados, ou a membros dessas

    misses e reparties, excludos o no-

    brasileiro sem residncia permanente no

    Brasil e o brasileiro amparado pela

    legislao previdenciria do pas da

    respectiva misso diplomtica ou repartio

    consular;

    e) o brasileiro civil que trabalha para a

    Unio, no exterior, em organismos oficiais

    brasileiros ou internacionais dos quais o

    Brasil seja membro efetivo, ainda que l

    domiciliado e contratado, salvo se segurado

    na forma da legislao vigente do pas do

    domiclio;

    f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e

    contratado no Brasil para trabalhar como

    empregado em empresa domiciliada no

    exterior, cuja maioria do capital votante

    pertena a empresa brasileira de capital

    nacional;

    g) o servidor pblico ocupante de cargo em

    comisso, sem vnculo efetivo com a Unio,

    Autarquias, inclusive em regime especial, e

    Fundaes Pblicas Federais;

    CONSTITUIO:

    13 - Ao servidor ocupante,

    exclusivamente, de cargo em comisso

    declarado em lei de livre nomeao e

    exonerao bem como de outro cargo

    temporrio ou de emprego pblico, aplica-

    se o regime geral de previdncia social.

    (Includo pela Emenda Constitucional n 20,

    de 15/12/98)

    h) o exercente de mandato eletivo federal,

    estadual ou municipal, desde que no

    vinculado a regime prprio de previdncia

    social;(SUSPENSO PELA RESOLUO

    26/2005, DO SENADO)

    O STF, no RE 351.717, julgou

    inconstitucional esta alnea h, pois

    restou instituda uma nova fonte de

    custeio no prevista no artigo 195, da

    CRFB, que exige lei complementar

    para tanto:

    I. - A Lei 9.506/97, 1 do art. 13,

    acrescentou a alnea h ao inc. I do

    art. 12 da Lei 8.212/91, tornando

    segurado obrigatrio do regime geral

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    16

    de previdncia social o exercente de

    mandato eletivo, desde que no

    vinculado a regime prprio de

    previdncia social.

    II. - Todavia, no poderia a lei criar figura

    nova de segurado obrigatrio da

    previdncia social, tendo em vista o

    disposto no art. 195, II, C.F.. Ademais, a Lei

    9.506/97, 1 do art. 13, ao criar figura nova

    de segurado obrigatrio, instituiu fonte

    nova de custeio da seguridade social,

    instituindo contribuio social sobre o

    subsdio de agente poltico.

    A instituio dessa nova contribuio, que

    no estaria incidindo sobre "a folha de

    salrios, o faturamento e os lucros" (C.F.,

    art. 195, I, sem a EC 20/98), exigiria a tcnica

    da competncia residual da Unio, art. 154,

    I, ex vi do disposto no art. 195, 4, ambos

    da C.F. dizer, somente por lei

    complementar poderia ser instituda citada

    contribuio.

    III. - Inconstitucionalidade da alnea h do

    inc. I do art. 12 da Lei 8.212/91, introduzida

    pela Lei 9.506/97, 1 do art. 13. IV. - R.E.

    conhecido e provido.

    Posteriormente, o Senado suspendeu a sua

    eficcia erga omnes ao editar a Resoluo

    26/2005:

    Art. 1 suspensa a execuo da alnea

    "h" do inciso I do art. 12 da Lei Federal n

    8.212, de 24 de julho de 1991, acrescentada

    pelo 1 do art. 13 da Lei Federal n 9.506,

    de 30 de outubro de 1997, em virtude de

    declarao de inconstitucionalidade em

    deciso definitiva do Supremo Tribunal

    Federal, nos autos do Recurso

    Extraordinrio n 351.717-1 Paran.

    i) o empregado de organismo oficial

    internacional ou estrangeiro em

    funcionamento no Brasil, salvo quando

    coberto por regime prprio de previdncia

    social;

    j) o exercente de mandato eletivo federal,

    estadual ou municipal, desde que no

    vinculado a regime prprio de previdncia

    social; (Includo pela Lei 10.887/2004)

    Empregado domstico (art. 11, II, da Lei

    8.213/91):

    II - como empregado domstico: aquele que

    presta servio de natureza contnua a

    pessoa ou famlia, no mbito residencial

    desta, em atividades sem fins lucrativos;

    Trabalhador avulso (art. 11, VI, da Lei

    8.213/91):

    VI - como trabalhador avulso: quem

    presta, a diversas empresas, sem

    vnculo empregatcio, servio de

    natureza urbana ou rural definidos

    no Regulamento.

    De acordo com o art. 9, VI, do

    Decreto 3.048/99, o trabalhador

    sindicalizado ou no, que presta

    servio por intermdio de rgo

    gestor de mo-de-obra ou do

    sindicato da categoria.

    Segurado especial (art. 11, VII, da Lei

    8.213/91):

    VII como segurado especial: a

    pessoa fsica residente no imvel

    rural ou em aglomerado urbano ou

    rural prximo a ele que,

    individualmente ou em regime de

    economia familiar, ainda que com o

    auxlio eventual de terceiros, na

    condio de:

    a) produtor, seja proprietrio,

    usufruturio, possuidor, assentado,

    parceiro ou meeiro outorgados,

    comodatrio ou arrendatrio rurais,

    que explore atividade:

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    17

    1. agropecuria em rea de at 4

    (quatro) mdulos fiscais;

    2. de seringueiro ou extrativista

    vegetal que exera suas atividades

    nos termos do inciso XII do caput do

    art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho

    de 2000, e faa dessas atividades o

    principal meio de vida;

    b) pescador artesanal ou a este

    assemelhado que faa da pesca

    profisso habitual ou principal meio

    de vida; e

    c) cnjuge ou companheiro, bem

    como filho maior de 16 (dezesseis)

    anos de idade ou a este equiparado,

    do segurado de que tratam as alneas

    a e b deste inciso, que,

    comprovadamente, trabalhem com o

    grupo familiar respectivo.

    7o O grupo familiar poder utilizar-se de

    empregados contratados por prazo

    determinado ou de trabalhador de que trata

    a alnea g do inciso V do caput deste artigo

    (cont. individual rural), razo de, no

    mximo, 120 (cento e vinte) pessoas/dia no

    ano civil, em perodos corridos ou

    intercalados ou, ainda, por tempo

    equivalente em horas de trabalho

    ARTIGO 11, 8-LEI 8.213/91.

    8o No descaracteriza a condio

    de segurado especial:

    I a outorga, por meio de contrato

    escrito de parceria, meao ou

    comodato, de at 50% (cinqenta por

    cento) de imvel rural cuja rea total

    no seja superior a 4 (quatro)

    mdulos fiscais, desde que

    outorgante e outorgado continuem a

    exercer a respectiva atividade,

    individualmente ou em regime de

    economia familiar;

    II a explorao da atividade

    turstica da propriedade rural,

    inclusive com hospedagem, por no

    mais de 120 (cento e vinte) dias ao

    ano;

    III a participao em plano de

    previdncia complementar institudo

    por entidade classista a que seja

    associado em razo da condio de

    trabalhador rural ou de produtor rural

    em regime de economia familiar; e

    IV ser beneficirio ou fazer parte de

    grupo familiar que tem algum

    componente que seja beneficirio de

    programa assistencial oficial de

    governo;

    V a utilizao pelo prprio grupo

    familiar, na explorao da atividade,

    de processo de beneficiamento ou

    industrializao artesanal, na forma

    do 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de

    24 de julho de 1991; e

    VI a associao em cooperativa

    agropecuria.

    VII - a incidncia do Imposto Sobre

    Produtos Industrializados - IPI sobre o

    produto das atividades desenvolvidas nos

    termos do 12.

    12. A participao do segurado especial

    em sociedade empresria, em sociedade

    simples, como empresrio individual ou

    como titular de empresa individual de

    responsabilidade limitada de objeto ou

    mbito agrcola, agroindustrial ou

    agroturstico, considerada microempresa

    nos termos da Lei Complementar no 123, de

    14 de dezembro de 2006, no o exclui de tal

    categoria previdenciria, desde que,

    mantido o exerccio da sua atividade rural

    na forma do inciso VII do caput e do 1o,

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    Frederico Amado

    18

    a pessoa jurdica componha-se apenas de

    segurados de igual natureza e sedie-se no

    mesmo Municpio ou em Municpio limtrofe

    quele em que eles desenvolvam suas

    atividades. (Includo pela LEI 12.873, de

    2013)

    9o No segurado especial o

    membro de grupo familiar que

    possuir outra fonte de rendimento,

    exceto se decorrente de:

    I benefcio de penso por morte,

    auxlio-acidente ou auxlio-recluso,

    cujo valor no supere o do menor

    benefcio de prestao continuada da

    Previdncia Social;

    II benefcio previdencirio pela

    participao em plano de previdncia

    complementar institudo nos termos

    do inciso IV do 8o deste artigo;

    III exerccio de atividade

    remunerada em perodo de

    entressafra ou do defeso, no

    superior a 120 (cento e vinte) dias,

    corridos ou intercalados, no ano

    civil, observado o disposto no 13

    do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 julho

    de 1991;

    IV exerccio de mandato eletivo de

    dirigente sindical de organizao da

    categoria de trabalhadores rurais;

    V exerccio de mandato de

    vereador do Municpio em que

    desenvolve a atividade rural ou de

    dirigente de cooperativa rural

    constituda, exclusivamente, por

    segurados especiais, observado o

    disposto no 13 do art. 12 da Lei no

    8.212, de 24 de julho de 1991;

    VI parceria ou meao outorgada

    na forma e condies estabelecidas

    no inciso I do 8o deste artigo;

    VII atividade artesanal

    desenvolvida com matria-prima

    produzida pelo respectivo grupo

    familiar, podendo ser utilizada

    matria-prima de outra origem, desde

    que a renda mensal obtida na

    atividade no exceda ao menor

    benefcio de prestao continuada da

    Previdncia Social; e

    VIII atividade artstica, desde que

    em valor mensal inferior ao menor

    benefcio de prestao continuada da

    Previdncia Social.

    Contribuinte individual (art. 11, V, da Lei

    8.213/91):

    a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que

    explora atividade agropecuria, a qualquer

    ttulo, em carter permanente ou

    temporrio, em rea superior a 4 (quatro)

    mdulos fiscais; ou, quando em rea igual

    ou inferior a 4 (quatro) mdulos fiscais ou

    atividade pesqueira, com auxlio de

    empregados ou por intermdio de

    prepostos; ou ainda nas hipteses dos

    10 e 11 deste artigo;

    b) a pessoa fsica, proprietria ou no, que

    explora atividade de extrao mineral -

    garimpo, em carter permanente ou

    temporrio, diretamente ou por intermdio

    de prepostos, com ou sem o auxlio de

    empregados, utilizados a qualquer ttulo,

    ainda que de forma no contnua;

    c) o ministro de confisso religiosa e o

    membro de instituto de vida consagrada, de

    congregao ou de ordem religiosa;

    d) Revogado.

    e) o brasileiro civil que trabalha no exterior

    para organismo oficial internacional do qual

    o Brasil membro efetivo, ainda que l

    domiciliado e contratado, salvo quando

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    19

    coberto por regime prprio de previdncia

    social;

    f) o titular de firma individual urbana ou

    rural, o diretor no empregado e o membro

    de conselho de administrao de sociedade

    annima, o scio solidrio, o scio de

    indstria, o scio gerente e o scio cotista

    que recebam remunerao decorrente de

    seu trabalho em empresa urbana ou rural, e

    o associado eleito para cargo de direo em

    cooperativa, associao ou entidade de

    qualquer natureza ou finalidade, bem como

    o sndico ou administrador eleito para

    exercer atividade de direo condominial,

    desde que recebam remunerao;

    g) quem presta servio de natureza urbana

    ou rural, em carter eventual, a uma ou mais

    empresas, sem relao de emprego;

    h) a pessoa fsica que exerce, por conta

    prpria, atividade econmica de natureza

    urbana, com fins lucrativos ou no;

    Alm destas hipteses genricas de

    segurados contribuintes individuais,

    outras so contempladas

    especificamente no artigo 9, inciso V

    e 15, ambos do RPS, a exemplo:

    do aposentado de qualquer regime

    previdencirio nomeado magistrado

    classista temporrio da Justia do

    Trabalho, na forma dos incisos II do

    1 do art. 111 ou III do art. 115 ou do

    pargrafo nico do art. 116 da

    Constituio Federal, ou nomeado

    magistrado da Justia Eleitoral, na

    forma dos incisos II do art. 119 ou III

    do 1 do art. 120 da Constituio

    Federal.

    do cooperado de cooperativa de

    produo que, nesta condio,

    presta servio sociedade

    cooperativa mediante remunerao

    ajustada ao trabalho executado;

    do Micro Empreendedor Individual -

    MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-

    C da Lei Complementar n 123, de 14

    de dezembro de 2006, que opte pelo

    recolhimento dos impostos e

    contribuies abrangidos pelo

    Simples Nacional em valores fixos

    mensais;

    do notrio ou tabelio e o oficial de

    registros ou registrador, titular de

    cartrio, que detm a delegao do

    exerccio da atividade notarial e de

    registro, no remunerados pelos

    cofres pblicos, admitidos a partir de

    21 de novembro de 1994;

    do mdico residente de que trata a

    Lei n 6.932, de 7 de julho de 1981;

    do bolsista da Fundao Nacional do

    Exrcito contratado na forma da Lei

    6.855/80;

    do rbitro e seus auxiliares que

    atuam em conformidade com a Lei n

    9.615, de 24 de maro de 1998;

    do membro de conselho tutelar de

    que trata o art. 132 da Lei n 8.069, de

    13 de julho de 1990, quando

    remunerado

    Artigo 11, Lei 8.213/91:

    4 O dirigente sindical mantm, durante o

    exerccio do mandato eletivo, o mesmo

    enquadramento no Regime Geral de

    Previdncia Social-RGPS de antes da

    investidura.

    SEGURADOS FACULTATIVOS DO RGPS

    ARTIGO 13, LEI 8213/91.

    Art. 13. segurado facultativo o maior de 14

    (quatorze) anos (ateno) que se filiar ao

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    Frederico Amado

    20

    Regime Geral de Previdncia Social,

    mediante contribuio, desde que no

    includo nas disposies do art. 11.

    Objetivando conferir a maior cobertura

    possvel, especificamente em favor das

    pessoas que no esto exercendo atividade

    laborativa remunerada, o artigo 14, da Lei

    8.212/91, faculta aos maiores de 14 anos de

    idade a filiao ao RGPS na condio de

    segurados facultativos.

    Entretanto, de acordo com o artigo 11, do

    RPS, a idade mnima para a filiao do

    segurado facultativo de 16 anos de idade,

    sendo este o posicionamento dominante na

    doutrina e administrativo do INSS .

    Artigo 9, da IN INSS PRES 45/2010.

    Eis um rol exemplificativo: Artigo 11,

    1, do RPS.

    I - a dona-de-casa;

    II - o sndico de condomnio, quando

    no remunerado;

    III - o estudante;

    IV - o brasileiro que acompanha

    cnjuge que presta servio no

    exterior;

    V - aquele que deixou de ser

    segurado obrigatrio da previdncia

    social;

    VI - o membro de conselho tutelar de

    que trata o art. 132 da Lei n 8.069, de

    13 de julho de 1990, quando no

    esteja vinculado a qualquer regime

    de previdncia social;

    VII - o bolsista e o estagirio que

    prestam servios a empresa de

    acordo com a Lei n 6.494, de 7 de

    dezembro de 1977;

    VIII - o bolsista que se dedique em

    tempo integral a pesquisa, curso de

    especializao, ps-graduao,

    mestrado ou doutorado, no Brasil ou

    no exterior, desde que no esteja

    vinculado a qualquer regime de

    previdncia social;

    IX- o presidirio que no exerce

    atividade remunerada nem esteja

    vinculado a qualquer regime de

    previdncia social;

    X- o brasileiro residente ou domiciliado no

    exterior, salvo se filiado a regime

    previdencirio de pas com o qual o Brasil

    mantenha acordo internacional; e

    XI- o segurado recolhido priso sob

    regime fechado ou semi-aberto, que, nesta

    condio, preste servio, dentro ou fora da

    unidade penal, a uma ou mais empresas,

    com ou sem intermediao da organizao

    carcerria ou entidade afim, ou que exerce

    atividade artesanal por conta prpria

    (inserido pelo Decreto 7.054/2009).

    Frise-se que at o advento do

    Decreto 7.054/2009 o segurado

    recolhido priso sob regime

    fechado ou semi-aberto, que, nesta

    condio, prestasse servio, dentro

    ou fora da unidade penal, a uma ou

    mais empresas, com ou sem

    intermediao da organizao

    carcerria ou entidade afim, ou que

    exercesse atividade artesanal por

    conta prpria, era considerado

    contribuinte individual.

    Entretanto, esse ato

    regulamentar alterou o RPS, que

    passou a enquadr-lo como

    segurado facultativo, opo que

    aparentemente se afigura ilegal, pois

    este segurado no deve exercer

    atividade laborativa remunerada.

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    Frederico Amado

    21

    que se o preso trabalha para uma

    empresa sem vnculo de emprego ou por

    conta prpria, ele deveria ser segurado

    obrigatrio na condio de contribuinte

    individual, e no facultativo.

    Ademais, de acordo com o artigo 2, da Lei

    10.666/03, o exerccio de atividade

    remunerada do segurado recluso em

    cumprimento de pena em regime fechado

    ou semi-aberto que contribuir na condio

    de contribuinte individual ou facultativo no

    acarreta a perda do direito ao recebimento

    do auxlio-recluso para seus

    dependentes.

    Destaque-se que o servidor pblico

    participante de RPPS no poder se filiar

    como segurado facultativo do RGPS, ante a

    vedao contida no 5, do artigo 201, da

    CRFB, inserida pela Emenda 20/98.

    5 vedada a filiao ao regime geral de

    previdncia social, na qualidade de

    segurado facultativo, de pessoa participante

    de regime prprio de previdncia. (Redao

    dada pela Emenda Constitucional n 20, de

    1998)

    FILIAO

    Decreto 3048/99

    Art. 20. Filiao o vnculo que se

    estabelece entre pessoas que contribuem

    para a previdncia social e esta, do qual

    decorrem direitos e obrigaes.

    1o A filiao previdncia social decorre

    automaticamente do exerccio de atividade

    remunerada para os segurados

    obrigatrios, observado o disposto no 2o,

    e da inscrio formalizada com o

    pagamento da primeira contribuio para o

    segurado facultativo.

    A filiao a relao jurdica que liga uma

    pessoa natural Unio, atravs do

    Ministrio da Previdncia social, bem como

    ao Instituto Nacional do Seguro Social, que

    tem o condo de inclu-la no Regime Geral

    de Previdncia Social na condio de

    segurada, tendo a eficcia de gerar

    obrigaes (a exemplo do pagamento das

    contribuies previdencirias) e direitos

    (como a percepo dos benefcios e

    servios). DIREITO PREVIDENCIRIO

    SISTEMATIZADO, ED. JUSPODIVM

    O reconhecimento de filiao o direito do

    segurado de ter reconhecido, em qualquer

    poca, o tempo de exerccio de atividade

    anteriormente abrangida pela Previdncia

    Social.

    Artigo 58, da Instruo Normativa INSS

    PRES 45/2010.

    Normalmente, a nacionalidade do

    trabalhador no tem relevncia para fins de

    filiao, salvo as expressas excees

    legais.

    Em regra, para os segurados obrigatrios, a

    filiao ser automtica e decorrer do

    exerccio de atividade laborativa

    remunerada (sendo considerado o seu

    termo inicial), com a idade mnima de 16

    anos (salvo atividades insalubres,

    perigosas ou noturnas) ou

    excepcionalmente de 14 anos, na condio

    de aprendiz.

    Artigo 20, do RPS.

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    Frederico Amado

    22

    Na forma do art. 7, XXXIII, da CRFB, com

    redao dada pela EC 20/1998.

    Caso o empregador viole a idade mnima o

    segurado no poder ser prejudicado,

    contando-se o tempo de contribuio,

    conforme entendimento do STJ:

    -Ainda que merea todo o repdio o

    trabalho exercido por crianas menores de

    14 anos de idade, ignorar tal realidade, ou

    entender que esse perodo no dever ser

    averbado por falta de previso legal,

    esbarra no alcance pretendido pela lei. Ao

    estabelecer o limite mnimo de 14 anos, o

    legislador o fez em benefcio do menor,

    visando a sua proteo, no em seu

    prejuzo, razo pela qual o perodo de

    trabalho prestado antes dos 14 anos dever

    ser computado como tempo de servio para

    fins previdencirios. AgRg no REsp 504.745

    / SC, 6 Turma, de 01.03.2005.

    A idade mnima para a filiao dos

    segurados obrigatrios variou bastante ao

    longo das ltimas dcadas, podendo ser

    traado o seguinte histrico, com base no

    artigo 30, da Instruo Normativa INSS

    PRES 45/2010:

    I - at 14 de maro de 1967, vspera da

    vigncia da Constituio Federal de 1967,

    quatorze anos;

    II - de 15 de maro de 1967, data da vigncia

    da Constituio Federal de 1967, a 4 de

    outubro de 1988, vspera da promulgao

    da Constituio Federal de 1988, doze anos;

    III - a partir de 5 de outubro de 1988, data da

    promulgao da Constituio Federal de

    1988 a 15 de dezembro de 1998, vspera da

    vigncia da Emenda Constitucional n 20, de

    1998, quatorze anos, exceto para menor

    aprendiz, que conta com o limite de doze

    anos, por fora do art. 7 inciso XXXIII da

    Constituio Federal; e

    IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, data

    da vigncia da Emenda Constitucional n 20,

    de 1998, dezesseis anos, exceto para menor

    aprendiz, que de quatorze anos, por fora

    do art. 1 da referida Emenda, que alterou o

    inciso XXIII do art. 7 da Constituio

    Federal de 1988.

    Pargrafo nico. A partir de 25 de julho de

    1991, data da publicao da Lei n 8.213, de

    1991, no h limite mximo de idade para o

    ingresso no RGPS.

    Frise-se que a mera pactuao

    contratual para a prestao de

    servios j gerar a filiao, no

    sendo necessariamente exigvel o

    efetivo comeo do trabalho.

    Contudo, no caso dos

    segurados especiais, a filiao

    iniciar-se- com o exerccio de

    atividade campesina ou pesqueira

    artesanal individualmente ou em

    regime de economia familiar para

    fins de subsistncia, pois

    normalmente no h atividade

    laborativa com percepo de

    remunerao.

    Por sua vez, para o segurado facultativo, a

    filiao apenas ocorrer com a inscrio

    formalizada (mero cadastro de dados na

    Previdncia Social) e o efetivo pagamento

    da primeira contribuio previdenciria,

    decorrendo necessariamente da sua

    manifestao de vontade, pois no

    compulsria.

    De acordo com o artigo 14, da

    Lei 8.212/91, a idade mnima para a

    filiao como segurado facultativo

    ser de 14 anos de idade.

    Contudo, o artigo 11 do RPS

    prev a idade mnima de 16 anos de

    idade para a filiao como segurado

    facultativo, disposio regulamentar

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    23

    aparentemente desprovida de

    fundamento legal, vez que a

    Constituio Federal veda o trabalho

    do menor de 16 anos, em regra,

    dispositivo que no alcana o

    segurado facultativo, pois este no

    trabalha.

    Vale ressaltar que a doutrina

    majoritria e o prprio INSS

    entendem que a idade mnima para a

    filiao do segurado facultativo de

    16 anos de idade.

    Artigo 9, da IN INSS PRES 45/2010.

    INSCRIO

    LEI 8.213/91

    Art. 17. O Regulamento disciplinar a forma

    de inscrio do segurado e dos

    dependentes.

    1o Incumbe ao dependente promover a

    sua inscrio quando do requerimento do

    benefcio a que estiver habilitado. (Redao

    dada pela Lei n 10.403, de 8.1.2002)

    2 O cancelamento da inscrio do

    cnjuge se processa em face de

    separao judicial ou divrcio sem

    direito a alimentos, certido de

    anulao de casamento, certido de

    bito ou sentena judicial, transitada

    em julgado

    4o A inscrio do segurado

    especial ser feita de forma a

    vincul-lo ao seu respectivo grupo

    familiar e conter, alm das

    informaes pessoais, a

    identificao da propriedade em que

    desenvolve a atividade e a que ttulo,

    se nela reside ou o Municpio onde

    reside e, quando for o caso, a

    identificao e inscrio da pessoa

    responsvel pela unidade

    familiar. (Includo Lei n 11.718, de

    2008)

    5o O segurado especial integrante

    de grupo familiar que no seja

    proprietrio ou dono do imvel rural

    em que desenvolve sua atividade

    dever informar, no ato da inscrio,

    conforme o caso, o nome do parceiro

    ou meeiro outorgante, arrendador,

    comodante ou

    assemelhado. (Includo Lei n 11.718,

    de 2008)

    6o Simultaneamente com a

    inscrio do segurado especial, ser

    atribudo ao grupo familiar nmero

    de Cadastro Especfico do INSS

    CEI, para fins de recolhimento das

    contribuies previdencirias.

    (Includo Lei n 11.718, de 2008)

    Atualmente a inscrio feita no Cadastro

    Nacional de Informaes Sociais CNIS, um

    sistema responsvel pelo controle das

    informaes de todos os segurados e

    contribuintes da Previdncia Social, criado

    em 1989.

    A pessoa fsica identificada no CNIS por

    intermdio de um NIT Nmero de

    Identificao do Trabalhador, que poder

    ser NIT Previdncia ou NIT PIS/PASEP/SUS

    ou outro NIS Nmero de Identificao

    Social, emitido pela Caixa Econmica

    Federal - CEF.

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    24

    Contm mais de 216 milhes de

    informaes de pessoas fsicas e

    jurdicas, 530 milhes de vnculos

    empregatcios, 14 bilhes de dados

    de remuneraes e outros 2 bilhes

    de contribuies.

    A pessoa fsica, regularmente

    cadastrada no CNIS, poder obter

    senha em qualquer APS para

    autoatendimento na Internet. O

    cadastro da senha ser efetuado pelo

    segurado ou seu representante legal,

    mediante procurao pblica ou

    particular.

    Mediante senha eletrnica, o

    cidado poder ter acesso s

    informaes referentes aos dados

    cadastrais, vnculos e remuneraes

    ou contribuies, constantes do

    CNIS, no stio da Previdncia Social

    www.previdencia.gov.br, alm de

    outros servios que porventura

    vierem a ser disponibilizados por

    este meio.

    Artigos 67 e 68, da Instruo

    Normativa INSS PRES 45/2010.

    A partir de 31 de dezembro de 2008, data da

    publicao do Decreto n 6.722, de 30 de

    dezembro de 2008, os dados constantes do

    CNIS relativos a vnculos, remuneraes e

    contribuies valem, a qualquer tempo,

    como prova de filiao Previdncia Social,

    tempo de contribuio e salrios de

    contribuio.

    Na hiptese de no constar do CNIS

    informaes sobre contribuies ou

    remuneraes, ou havendo dvida sobre a

    regularidade do vnculo, motivada por

    divergncias ou insuficincias de dados

    relativos ao empregador, ao segurado,

    natureza do vnculo, ou procedncia da

    informao, esse vnculo ou o perodo

    respectivo somente ser confirmado

    mediante a apresentao pelo segurado da

    documentao comprobatria solicitada

    pelo INSS. Artigo 47, da Instruo

    Normativa INSS PRES 45/2010.

    Caso haja alguma divergncia de

    informaes, ser preciso se promover um

    ajuste de Guia, assim entendido como as

    operaes de incluso, alterao, excluso

    ou transferncia de recolhimentos a serem

    realizadas em sistema prprio, a fim de

    corrigir no CNIS as informaes divergentes

    dos comprovantes de recolhimentos

    apresentados pelo contribuinte individual,

    empregado domstico, facultativo e

    segurado especial que contribui

    facultativamente. Artigo 50, da Instruo

    Normativa INSS PRES 45/2010.

    DECRETO 3048/99

    Art. 18. Considera-se inscrio de segurado

    para os efeitos da previdncia social o ato

    pelo qual o segurado cadastrado no

    Regime Geral de Previdncia Social,

    mediante comprovao dos dados pessoais

    e de outros elementos necessrios e teis a

    sua caracterizao, observado o disposto

    no art. 330 e seu pargrafo nico, na

    seguinte forma:

    I - o empregado e trabalhador avulso - pelo

    preenchimento dos documentos que os

    habilitem ao exerccio da atividade,

    formalizado pelo contrato de trabalho, no

    caso de empregado, observado o disposto

    no 2o do art. 20, e pelo cadastramento e

    registro no sindicato ou rgo gestor de

    mo-de-obra, no caso de trabalhador

    avulso;

    1 A inscrio do segurado de que trata o

    inciso I ser efetuada diretamente na

    empresa, sindicato ou rgo gestor de mo-

    de-obra e a dos demais no Instituto

    Nacional do Seguro Social.

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    25

    II - empregado domstico - pela

    apresentao de documento que comprove

    a existncia de contrato de trabalho;

    III - contribuinte individual - pela

    apresentao de documento que caracterize

    a sua condio ou o exerccio de atividade

    profissional, liberal ou no;

    IV - segurado especial - pela apresentao

    de documento que comprove o exerccio de

    atividade rural; e

    V - facultativo - pela apresentao de

    documento de identidade e declarao

    expressa de que no exerce atividade que o

    enquadre na categoria de segurado

    obrigatrio.

    2 A inscrio do segurado em qualquer

    categoria mencionada neste artigo exige a

    idade mnima de dezesseis anos. E O

    APRENDIZ MENOR ???

    3 Todo aquele que exercer,

    concomitantemente, mais de uma atividade

    remunerada sujeita ao Regime Geral de

    Previdncia Social ser obrigatoriamente

    inscrito em relao a cada uma delas.

    5 Presentes os pressupostos da filiao,

    admite-se a inscrio post mortem do

    segurado especial.

    6o A comprovao dos dados pessoais e

    de outros elementos necessrios e teis

    caracterizao do segurado poder ser

    exigida quando da concesso do benefcio.

    7o A inscrio do segurado especial ser

    feita de forma a vincul-lo ao seu respectivo

    grupo familiar e conter, alm das

    informaes pessoais, a identificao da

    forma do exerccio da atividade, se

    individual ou em regime de economia

    familiar; da condio no grupo familiar, se

    titular ou componente; do tipo de ocupao

    do titular de acordo com tabela do Cdigo

    Brasileiro de Ocupaes; da forma de

    ocupao do titular vinculando-o

    propriedade ou embarcao em que

    trabalha, da propriedade em que desenvolve

    a atividade, se nela reside ou o municpio

    onde reside e, quando for o caso, a

    identificao e inscrio da pessoa

    responsvel pelo grupo familiar.

    8o O segurado especial integrante de

    grupo familiar que no seja proprietrio do

    imvel rural ou da embarcao em que

    desenvolve sua atividade deve informar, no

    ato da inscrio, conforme o caso, o nome e

    o CPF do parceiro ou meeiro outorgante,

    arrendador, comodante ou assemelhado

    Em regra, a inscrio ocorrer aps a

    filiao, exceto para o segurado facultativo,

    cuja filiao pressupe a inscrio e o

    pagamento da primeira contribuio

    previdenciria.

    De efeito, no h previso na legislao

    previdenciria para que a inscrio ocorra

    concomitantemente filiao, nos moldes

    do artigo 18, do RPS, pois pressupe a

    comprovao do exerccio de trabalho

    remunerado.

    Em regra, a inscrio ocorrer aps a

    filiao, exceto para o segurado facultativo,

    cuja filiao pressupe a inscrio e o

    pagamento da primeira contribuio

    previdenciria.

    De efeito, no h previso na legislao

    previdenciria para que a inscrio ocorra

    concomitantemente filiao, nos moldes

    do artigo 18, do RPS, pois pressupe a

    comprovao do exerccio de trabalho

    remunerado.

    Deveras, para a formalizao da inscrio,

    preciso que seja apresentado documento

    que comprove o exerccio de trabalho

    remunerado, ocorrendo inicialmente a

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    26

    filiao e posteriormente a inscrio do

    segurado obrigatrio.

    Vale frisar que no sero

    consideradas a inscrio post

    mortem e as contribuies vertidas

    aps a extempornea inscrio para

    efeito de manuteno da qualidade

    de segurado.

    Esta vedao se destina ao

    segurado contribuinte individual que

    trabalha por conta prpria, pois a sua

    filiao condicionada ao

    pagamento tempestivo da

    contribuio previdenciria.

    Logo, se um contribuinte individual que

    trabalha por conta prpria no recolhe as

    contribuies previdencirias, no se filiar

    ao RGPS. Ao falecer, como no era

    segurado, os seus dependentes no tero

    direito penso por morte, pois no ser

    possvel o recolhimento das contribuies

    em atraso e a inscrio aps a morte do

    segurado.