Aula 01 EvolucaoCooperativismo 4 Slides

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Evolução do cooperativismo.Profa. Rita de Cássia C. P. Camargo

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    CONTABILIDADE DE COOPERATIVAS:Evoluo do Cooperativismo

    Prof. Rita de Cssia C. P. Camargo

    Florianpolis, 24 de setembro de 2012

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO SCIO-ECONMICO

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS CONTBEIS

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO

    A expresso cooperativismo origina-se da palavra cooperao, oriunda do latim cooperari, que

    significa operar conjuntamente.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO Os Pioneiros

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    PRIMEIRA COOPERATIVA ABRANGNCIA LOCAL DATA Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale

    Mundo Manchester -Inglaterra

    1844

    Sociedade Econmica Cooperativa de Ouro Preto

    Brasil Ouro Preto -MG

    1889

    Societ del Tabaco Santa Catarina Blumenau 1889

    OCESC, 2012

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOOnde tudo comeou?

    O cooperativismo moderno encontrou consistncia e forma no movimento dos Pioneiros de Rochdale (1844).

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    28 teceles pobres fundaram a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale depois de economizarem durante um ano uma libra cada um.

    Eles buscavam uma alternativa explorao que sofriam sob o sistema capitalista, sobretudo em meio Revoluo Industrial (longas jornadas de trabalho sob condies desumanas).

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO

    Os Pioneiros de Rochdale (1844) tinham por objetivo melhorar as condies de vida de seus scios e, assim, realizaram alguns projetos, como: estabelecer um armazm para realizar as compras

    em comum, bem como a venda de diversos gneros; construo de casas para oferecer moradias dignas

    aos scios a preo de custo; programas de educao.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO Abrangiam os Princpios da Sociedade dos Probos

    Pioneiros de Rochdale: livre adeso e demisso dos scios; um voto por pessoa; distribuio de ganhos proporcional s operaes

    realizadas pelos scios; vendas realizadas somente a vista; dos ganhos, uma parcela seria destinada a um fundo

    para a educao dos membros cooperados; taxa limitada de juros do capital; gesto democrtica.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO O xito obtido pelos teceles de Rochdale

    estabeleceu precedentes para a formao de inmeras outras cooperativas.

    Em 1895, foi criado a Aliana Cooperativa Internacional (ACI), rgo no governamental e independente cuja misso representar, congregar e defender o movimento cooperativista em todo o mundo.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO Em 1937, no Congresso da ACI, os princpios de Rochdale foram

    reunidos em cinco tpicos que caracterizariam uma sociedade cooperativa e, em 1995, foram revistos e hoje os princpios que norteiam o cooperativismo so:

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    1. Adeso livre e voluntria2. Gesto democrtica e livre3. Participao econmica dos associados4. Autonomia e independncia5. Educao, formao e informao6. Intercooperao7. Preocupao pela comunidade

    (responsabilidade social)

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    1. Adeso livre e voluntria:

    As cooperativas so organizaes voluntrias, abertas a todas as pessoas, independente de raa, sexo, classe social, opo poltica e/ou religiosa, desde que possam cumprir com as responsabilidades decorrentes de se aderir cooperativa.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    2. Gesto democrtica e livre:

    O controle da cooperativa acha-se nas mos de seus membros, que participam ativamente da formulao de polticas e tomada de deciso. Os cooperados elegem representantes de seus direitos para administrar a sociedade.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo3. Participao econmica dos associados:Todos os cooperados contribuem de maneira equitativa para a formao do capital da sociedade cooperativa.Usualmente, os membros recebem uma remunerao, se houver, limitada ao capital integralizado, como condio de associados.As sobras (ou excedentes) podem ser destinados(as) para: desenvolvimento da cooperativa; retorno aos cooperados na proporo de suas transaes com a cooperativa, entre outros.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    4. Autonomia e independncia:

    As cooperativas so organizaes autnomas, de ajuda mtua, controladas pelos seus membros.Quaisquer acordos firmados com outras instituies, devero ser feitos de modo que sejam assegurados o controle democrtico da cooperativa pelos seus membros e a autonomia. 24/09/2012 16:14 12

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    5. Educao, formao e informao:

    Um dos objetivos essenciais da cooperativa a promoo da educao e formao dos associados, como forma de capacit-los para efetuarem mais eficazmente suas atribuies dentro do sistema cooperativista.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    6. Intercooperao:

    Os empreendimentos conjuntos podem maximizar os resultados a serem alcanados pelas cooperativas e fortalecer o movimento como um todo.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOPrincpios do cooperativismo

    7. Preocupao pela comunidade (responsabilidade social):

    As cooperativas trabalham para o bem-estar de suas comunidades, atravs da execuo de programas socioculturais, realizados em parcerias com o Governo e outras entidades civis.As cooperativas tambm tem a responsabilidade de zelar pela preservao ambiental dessas comunidades.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMODireitos e Deveres dos Cooperados

    Deveres dos cooperados: Participar das assembleias Operar com a cooperativa Acatar a deciso da maioria Votar nas eleies da cooperativa Cumprir os compromissos com a cooperativa Denunciar falhas Discutir os problemas da cooperativa entre o meio interessado (isto ,

    dentro da prpria cooperativa) Manter-se informado a respeito da cooperativa Acompanhar os eventos de educao cooperativista

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMODireitos e Deveres dos Cooperados

    Direitos dos cooperados: Votar e ser votado Participar das operaes da cooperativa Receber retorno proporcional s suas operaes no final do exerccio Examinar livros e documentos Convocar assembleia, caso seja necessrio Solicitar esclarecimento ao Conselho de Administrao Opinar e defender ideias Propor medidas de interesse da cooperativa Demitir-se da cooperativa e receber seu capital, de acordo com o

    Estatuto

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOEm caso de incompatibilidade de objetivos dentro

    de uma cooperativa, pode ocorrer:1. Demisso:O associado de livre e espontnea vontade requer, por escrito, seu pedido de afastamento da cooperativa, sendo que este no poder ser negado pela administrao, desde que o associado esteja em dia com as suas obrigaes; Ocorre a pedido do cooperado.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOEm caso de incompatibilidade de objetivos dentro

    de uma cooperativa, pode ocorrer:2. Eliminao:Ser sempre realizada por deciso e aprovao do Conselho de Administrao, por desrespeito lei, ao estatuto ou s normas internas da cooperativa. Os motivos de eliminao devem constar no livro de matrcula; Ocorre da deciso do Conselho de Administrao.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOEm caso de incompatibilidade de objetivos dentro

    de uma cooperativa, pode ocorrer:3. Excluso:Ocorre por dissoluo da pessoa jurdica, por morte da pessoa fsica, por incapacidade civil no suprida ou por deixar de atender aos requisitos estatutrios de ingresso ou permanncia na cooperativa.

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    ADMISSOO ingresso livre, desde que os interessados preencham as condies previstas no estatuto.

    DEMISSOUnicamente a pedido do cooperado.

    ELIMINAOAplicada em virtude de infrao legal ou estatutria (cabe recurso Ass. Ger.).

    EXCLUSO Por dissoluo da pessoa jurdica; Por morte da pessoa fsica; Incapacidade civil no suprida; No atender aos requisitos

    estatutrios de ingresso e permanncia na cooperativa.

    OCESC, 2012

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOSurgimento do Cooperativismo no Brasil

    A cultura da cooperao observada no Brasil desde a poca da colonizao portuguesa (ex. redues jesuticas, quilombos).

    O cooperativismo moderno assumiu forma no Brasil em meados do sculo XIX. Inmeras foram as iniciativas de estabelecimento de cooperativas...

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOSurgimento do Cooperativismo no Brasil

    Em 1989, foi criada a primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), denominada Sociedade Cooperativa Econmica dos Funcionrios Pblicos de Ouro Preto.

    Em 1902 o jesuta suo Theobald Amstad incentivou os imigrantes da Vila Imperial, hoje Nova Petrpolis (RS), a criarem uma cooperativa de crdito rural.

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    Surgimento das cooperativas de agronegciosTem-se o ano de 1907 como marco no surgimento de cooperativas agropecurias em Minas Gerais, com a produo de caf.

    Surgimento das cooperativas de trabalhoDe acordo com a Organizao das Cooperativas do Estado de So Paulo, h o registro de que existe desde 1938 a Cooperativa de Trabalho dos Carregadores e Transportadores de Bagagens do Porto de Santos.

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    Evoluo jurdica das cooperativas no BrasilLei 5.764

    Regulamenta as cooperativas no

    Brasil

    1903 1907 1932 1934 1938 1943 1945 1966 1971 1988

    Exerccio do cooperativismo

    atravs de sindicatos

    Separao da entidade jurdica do sindicato das

    cooperativas

    Definio da Poltica Nacional de

    Cooperativismo e criao do Conselho

    Nacional de Cooperativismo

    Fomento ao cooperativismo

    na nova Constituio

    Federal

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMOEvoluo jurdica das cooperativas no Brasil

    A CF (1988) concede autonomia s cooperativas: a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento (art. 5, inciso XVIII). Alm disso, no art. 170, 2, diz que: a lei apoiar e estimular o cooperativismo e outras formas de associativismo; e seu art. 146, inciso II, alnea c, que reservou Lei complementar o tratamento adequado ao ato cooperativo.

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    Lei n 5.764/71

    Sindicatos

    Ministrio da agricultura

    Banco Central do Brasil

    CEF

    Cooperativas

    ACI

    OCB

    OCEs

    SESCOOP

    Regulamentao Fiscalizao e controle Representao

    Defesa de InteressesProfissionalizao

    Sistema Cooperativista

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO

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    Smbolo Universal do CooperativismoCrculo: Representa a eternidade, pois no tem horizonte final, nem comeo, nem fim.

    Pinheiro: simboliza a imortalidade e a fecundidade, pela sobrevivncia em terras menos frteis e pela facilidade de multiplicao.Os pinheiros reunidos so mais

    resistentes e ressaltam a fora e a capacidade de expanso.

    O verde lembra as rvores e a necessidade de se manter o equilbrio

    com o meio ambiente.

    O simboliza o sol, fonte permanente de

    energia e calor.

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    EVOLUO DO COOPERATIVISMO

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    Bandeira do CooperativismoCoragem

    Viso de possibilidade de futuro

    Desafio em casa, na famlia e na comunidadeCrescimento tanto do indivduo como do

    cooperadoNecessidade de ajudar os menos afortunados,

    unindo-os uns aos outrosNecessidade de ajudar a si prprio e aos

    outros atravs da cooperaoBeleza, calor humano e amizade

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    RELEVNCIA ECONMICA E SOCIAL

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    OCESC, 2012

    Dados do Cooperativismo pelo mundo

    Total: 763.754

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    RELEVNCIA ECONMICA E SOCIAL

    24/09/2012 16:14 31

    OCESC, 2012

    Dados do Cooperativismo pelo mundo

    Total: 727.549.449

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    Brasil Cooperativas (at 2011)

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    72 105

    81 157

    783 135

    184 150

    221 130

    155 100

    785 252

    133 239

    221 55

    482 121

    550 107

    63 261

    932 55 57

    - 200 400 600 800 1.000

    AcreAlagoasAmap

    AmazonasBahiaCear

    Distrito FederalEsprito Santo

    GoisMaranho

    Mato GrossoMato Grosso do Sul

    Minas GeraisPar

    ParabaParan

    PernambucoPiau

    Rio de JaneiroRio Grande do

    Rio Grande do SulRondniaRoraima

    Santa CatarinaSo Paulo

    SergipeTocantins

    Total: 6.586

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    Brasil Cooperados (at 2011)

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    OCESC, 2012Da

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    8.837 20.104 5.043 16.554

    228.677 60.544

    143.128 196.214

    141.064 10.920

    253.650 106.260

    939.631 82.325

    46.761 679.966

    111.165 5.957

    230.307 54.798

    1.999.766 37.795

    3.228 1.259.240

    3.335.957 11.212 11.104

    - 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 3.500.000 4.000.000

    AcreAlagoasAmap

    AmazonasBahiaCear

    Distrito FederalEsprito Santo

    GoisMaranho

    Mato GrossoMato Grosso do Sul

    Minas GeraisPar

    ParabaParan

    PernambucoPiau

    Rio de JaneiroRio Grande do Norte

    Rio Grande do SulRondniaRoraima

    Santa CatarinaSo Paulo

    SergipeTocantins

    Total: 10.000.207

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    Estrutura de representao do cooperativismo

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    Cooperativas

    Aliana Cooperativa InternacionalGenebra - Sua

    Aliana Cooperativa Internacional - AmricasSo Jos Costa Rica

    Organizao das Cooperativas BrasileirasBraslia

    Organizao das Cooperativas do Estado de Santa CatarinaFlorianpolis

    20 ou mais pessoas fsicas

    Mundo

    Amricas

    Brasil

    Estado

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    REFERNCIAS OCESC (Organizao das Cooperativas do Estado

    de Santa Catarina). Dados do Cooperativismo de Santa Catarina. 40 slides. Disponvel em: http://www.ocesc.org.br. Acesso em: 01 jul. 2012.

    SANTOS, A.; GOUVEIA, F. H. C.; VIEIRA, P. S. Contabilidade das sociedades cooperativas: aspectos gerais e prestao de contas. So Paulo: Atlas, 2 ed. 2012.

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