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Língua Portuguesa para ANS Questões comentadas do CESPE/UnB Prof. Fernando Pestana Aula 01 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 27 AULA 01: Ortografia, Acentuação, Redação Oficial Salve, salve!!! Como é bom saber que vocês estão “curtindo” o trabalho que venho fazendo com todo o carinho. Fico lisonjeado pelos e-mails. Grato! Parece clichê, mas é realmente um prazer inenarrável me dar conta de que vocês estão sendo ajudados a alcançar seu objetivo. E ela, a vaga, vai ser sua!!! A maneira que encontrei de dividir com vocês minha felicidade foi através de uma nova aula: a de hoje! E chega de lengalenga, senão minhas lágrimas de emoção vão queimar meu notebook novo. Hoje abordarei Ortografia, Acentuação Gráfica e Redação Oficial. Como alguns concursos, o que você vai fazer também cobra em ortografia os fatos da língua culta (como o uso dos “porquês”) dentro dos aspectos ortográficos, logo fique atento! O seu concurso espera que você, meu aluno, conheça tais tópicos. Não falo que você deve “dominar” todas as nuanças da ortografia; quanto à teoria relacionada a este assunto, pode afrouxar no CESPE/UnB. Já sobre acentuação não posso dizer o mesmo. É preciso sim que você conheça as regras. Portanto, é a hora de “quebrar tudo” e de sair da aula de hoje com a consciência tranquila de que estes assuntos não são problema algum; beleza? Como de costume, vou ser muito cirúrgico e didático para que as dúvidas não façam mais parte da sua vida como concurseiro e futuro profissional bem-sucedido. Ah! Vale dizer que o CESPE/UnB ainda não trabalhou questão alguma, tetê-à-tête, testando seus conhecimentos sobre o novo acordo ortográfico, mas, como diz a propaganda, “vai que...”. Logo, tecerei comentários relativos ao novo acordo, beleza? É bom dizer que a nova reforma ortográfica só vai valer à vera dia 1º de janeiro de 2013! Fique atento, no entanto! Venha comigo!

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AULA 01: Ortografia, Acentuação, Redação Oficial

Salve, salve!!! Como é bom saber que vocês estão “curtindo” o trabalho que venho fazendo com todo o carinho. Fico lisonjeado pelos e-mails. Grato! Parece clichê, mas é realmente um prazer inenarrável me dar conta de que vocês estão sendo ajudados a alcançar seu objetivo. E ela, a vaga, vai ser sua!!! A maneira que encontrei de dividir com vocês minha felicidade foi através de uma nova aula: a de hoje! E chega de lengalenga, senão minhas lágrimas de emoção vão queimar meu notebook novo. ☺ Hoje abordarei Ortografia, Acentuação Gráfica e Redação Oficial. Como alguns concursos, o que você vai fazer também cobra em ortografia os fatos da língua culta (como o uso dos “porquês”) dentro dos aspectos ortográficos, logo fique atento!

O seu concurso espera que você, meu aluno, conheça tais tópicos. Não falo que você deve “dominar” todas as nuanças da ortografia; quanto à teoria relacionada a este assunto, pode afrouxar no CESPE/UnB. Já sobre acentuação não posso dizer o mesmo. É preciso sim que você conheça as regras. Portanto, é a hora de “quebrar tudo” e de sair da aula de hoje com a consciência tranquila de que estes assuntos não são problema algum; beleza? Como de costume, vou ser muito cirúrgico e didático para que as dúvidas não façam mais parte da sua vida como concurseiro e futuro profissional bem-sucedido. Ah! Vale dizer que o CESPE/UnB ainda não trabalhou questão alguma, tetê-à-tête, testando seus conhecimentos sobre o novo acordo ortográfico, mas, como diz a propaganda, “vai que...”. Logo, tecerei comentários relativos ao novo acordo, beleza? É bom dizer que a nova reforma ortográfica só vai valer à vera dia 1º de janeiro de 2013! Fique atento, no entanto!

Venha comigo!

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Questões do CESPE/UnB Muitas questões de ortografia, envolvendo emprego de letras, dependem de sua memória visual, e não das regras, pois os gentis ‘homens da banca’, às vezes, trabalham diversas palavras que não se enquadram nas regras ortográficas. Mas, cá entre nós, o CESPE/UnB desconsidera questões de ortografia stricto sensu. Isso é bom! Realmente tal assunto não é motivo de desespero, pois o foco do CESPE não é ortografia. Acentuação, Redação Oficial e Fatos da Língua Culta (como o uso dos porquês) são assuntos até mais frequentes.

Fique tranquilo, pois vou pontuar meus comentários com breves aulas a fim de que não restem dúvidas. E não se esqueça de que você deve julgar as questões com CERTO (C) ou ERRADO (E). Beleza? Boa resolução para você! CESPE/UnB – EBC – ADVOCACIA – 2011 1- Levando-se em consideração o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil, é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18) também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular. CESPE/UnB – CORREIOS – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR - 2011 2- As palavras “ônibus” e “invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 3- Tendo em vista as normas que regem a redação de correspondências oficiais, julgue os itens seguintes. O emprego da linguagem técnica, com a utilização de termos específicos de determinada área do conhecimento, deve ser privilegiado em expedientes destinados a órgãos públicos. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- Os vocábulos “analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação.

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5- Tendo o texto a seguir como referência inicial, julgue o item seguinte, referente à linguagem empregada na correspondência oficial. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que fazemos da língua, a finalidade com que a empregamos. Manual de Redação da Presidência da República. 2.º ed., 2002, p. 5. (com adaptações). Em ofícios e memorandos, independentemente da urgência dos assuntos tratados, mantêm-se as exigências de concisão e clareza da linguagem e de revisão cuidadosa do texto do expediente. CESPE/ UnB – TJ/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 6- Os vocábulos “países” e “áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 Texto I

7- No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que. Texto II

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8- Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32). CESPE/UnB – PC/ES - AUXILIAR PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – 2011 9- Julgue os itens com referência à correção gramatical A mais recente investida do estado do Rio de Janeiro contra o narcotráfico foi à instalação de unidades de polícia pacificadora, as UPPs, em áreas que eram dominadas por narcotraficantes. O projeto de reocupar territórios tomados pelo crime basea-se em policiamento permanente, oferta de serviços e ações de promoção da cidadania. As favelas das UPPs já inauguraram um novo capítulo na historia dos conflitos entre as forças de segurança e o banditismo na cidade. 10- Idem ao acima Não há dúvida de que o caminho é perseverar, ampliar a presença da polícia nas ruas, avançar com as UPPs e ir ao encalso dos responsáveis pelos ataques; e não apenas da arraia miúda. São imensas, no entanto as dificuldades em superar, desde a carência de efetivos e recursos policiais à extensão e a profundidade que o problema adquiriu. Texto “Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da água tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o desperdício chega a 10 metros cúbicos de água por segundo, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.” 11- Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de” por acerca de.

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CESPE/UnB – PC/ES - DELEGADO DE POLÍCIA - 2011 12- Os vocábulos “público” (l.9) e “caótico” (l.12), que foram empregados no texto como adjetivos, obedecem à mesma regra de acentuação gráfica. CESPE/UnB – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2011 13- Os vocábulos “espécies”, “difíceis” e “históricas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. CESPE/UnB – DPU - 2010 14- Suponha que o general José da Rocha seja assessor do Ministro da Defesa. Com relação à forma de endereçamento que deve constar no envelope de ofício ao general, assinale a opção correta: a) Excelentíssimo Assessor José da Rocha; b) Ilustríssimo Senhor General José da Rocha; c) A Sua Excelência o Senhor General José da Rocha; d) Eminente Senhor General José da Rocha; e) Senhor General José da Rocha. CESPE/UnB – TCU - 2010 15- Considerando que a redação de documentos oficiais deve caracterizar-se, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, pela impessoalidade, uso do padrão culto da linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade, julgue o seguinte item, a respeito da elaboração de documentos. O seguinte formato de final de documento está correto para documentos como pareceres, relatórios ou atestados.

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CESPE/UnB – TRT/RN (21R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 16- A expressão “em lugar” (Logo descobrimos que a tecnologia, na verdade, nos trazia uma carga maior de atribuições e, em lugar das 8 horas, passamos a trabalhar muito mais. Mas não foi só) poderia ser substituída por em vez, sem prejuízo para o sentido e a clareza do texto. 17- Julgue os itens a seguir, que se referem às normas de redação oficial e da língua escrita padrão. Memorando, ofício e aviso, expedientes da comunicação oficial que servem ao mesmo propósito funcional, são usados, geralmente, no padrão formal denominado “padrão ofício”, em virtude de poderem adotar a mesma diagramação na distribuição das partes. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 18- (adaptada) Julgue o item quanto à correção gramatical. Todas as línguas indígenas em terras brasileiras tem menos de 40 mil falantes, sendo que a mais forte, a tikúna, falada no alto Solimões, apenas, ultrapassa os 30 mil. O aspecto mais grave é que muitas dessas línguas contam com menos de 1 mil falantes. 19- Julgue o item seguinte, acerca de correspondências oficiais. A redação da correspondência oficial deve-se pautar pela correção gramatical e pelo uso de linguagem clara; por isso, palavras incomuns ou desconhecidas devem ser evitadas mesmo quando o redator tem bom domínio da língua portuguesa.

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CESPE/UnB – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010 20- (adaptada) Julgue o item a seguir quanto à correção gramatical. Visto apenas pelo ângulo econômico, o problema da exploração da mão de obra infantil, é ao mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando crianças e adolescentes deixam de estudar para entrar precocemente no mercado de trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho imediato. CESPE/UnB – ANEEL – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2010 21- O sentido da expressão "mal das pernas" (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse "mal" por mau. 22- Considerando a redação de correspondências oficiais, julgue o item a seguir. A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público. 23- O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. CESPE/UnB – DETRAN/DF - 2009 24- A respeito da redação de expediente, julgue o próximo item. Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento "Vossa Excelência", devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte enunciado: "Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão." CESPE/UnB – MEC – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2009

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25- Na indagação da linha 1, aparece a expressão "por que". Na resposta, a expressão correta seria porque, como aparece a seguir: Algumas pessoas têm mais dinheiro do que outras porque sabem como aumentar sua riqueza. CESPE/UnB - INSS - 2008 26- Caso uma servidora pública aposentada pretenda ingressar com requerimento de revisão de processo de sua aposentadoria no departamento de recursos humanos do órgão em que trabalhou e, por estar impossibilitada de fazê-lo pessoalmente, queira nomear pessoa de sua confiança para representá-la, junto àquele departamento, nos atos que se façam necessários à referida solicitação, a servidora deverá redigir uma declaração, nomeando uma pessoa escolhida, para que esta possa representá-la nos citados atos. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA - 2008 27- As palavras “líderes”, “empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical. CESPE/UnB – BB – ESCRITURÁRIO – 2008

28- O acento circunflexo em "pôde" (L.5) indica que, além de a pronúncia da vogal ser fechada, como em ovo, por exemplo, o verbo está no pretérito, o que, por sua vez, indica que o fim da dívida externa foi decretado. CESPE/UnB – ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR – 2008 29- Julgue o item a seguir levando em conta a correção gramatical: Portanto, ao se iniciar a nova década, o ambiente que se formula e gerencia a política de comércio exterior brasileira é radicalmente diverso daquele que vigiu à época em que a CACEX atuava como superagência nessa área. A institucionalidade da política distanciou-se do modelo CACEX, mas é pouco nítido o modelo desejável e adequado aos novos condicionantes e objetivos.

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CESPE/UnB – TCU – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – 2007

30- A retirada do acento circunflexo na forma verbal "vêm" (L.7) provoca incorreção gramatical no texto porque o sujeito a que essa forma verbal se refere tem dois núcleos: "compreensão" (L.7) e "necessidade" (L.9). CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2007 31- O emprego de acento gráfico na forma verbal "crêem" (l.2) atende à mesma regra que determina a acentuação gráfica das seguintes formas verbais flexionadas no plural: têm, vêem, vêm e dêem. CESPE/UnB – TJ/SE – TIT. SERV. NOTAS E REGISTROS – 2006 32- Os seguintes vocábulos do texto são acentuados devido à mesma regra: “Imobiliário”, “Colégio”, “seminários”, “notários” e “área”. CESPE/UnB – DATAPREV – ANALISTA TEC. INFORMAÇÃO – 2006 33- As palavras “conteúdos” e “inúteis” são acentuadas com base na mesma regra de acentuação gráfica. CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 34- De acordo com a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últimos”. CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012 35- Na linha 13 (... não conheciam outro limite senão seu próprio poder), a substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido do texto. CESPE/UnB – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2012

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Com relação ao formato e à linguagem das comunicações oficiais, julgue os itens que se seguem com base no Manual de Redação da Presidência da República. 36- A exposição de motivos de caráter meramente informativo deve apresentar, na introdução, no desenvolvimento e na conclusão, a sugestão de adoção de uma medida ou de edição de um ato normativo, além do problema inicial que justifique a proposta indicada. 37- A estrutura do telegrama e da mensagem por correio eletrônico de caráter oficial é flexível. 38- As comunicações oficiais emitidas pelo presidente da República, por chefes de poderes e por ministros de Estado devem apresentar ao final, além do nome da pessoa que as expede, o cargo ocupado por ela. 39- O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicações oficiais: Respeitosamente, para autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra, no entanto, não é aplicável a comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras. 40- A menos que o expediente seja de mero encaminhamento de documentos, o texto de comunicações como aviso, ofício e memorando, que seguem o padrão ofício, deve conter três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. CESPE/UnB – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013 41- A mesma regra de acentuação gráfica justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída” e “possíveis”. CESPE/UnB – CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013 42- No terceiro parágrafo, as palavras “Políticas”, “âmbito”, “década” e “cônjuges” recebem acento gráfico com base em diferentes regras gramaticais.

Gabarito Comentado CESPE/UnB – EBC – ADVOCACIA – 2011

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1- GABARITO: C. As palavras têxtil (têx-til) e pênsil (pên-sil) são paroxítonas terminadas em -l, por isso o acento é obrigatório. Se forem ao plural, continuarão sendo acentuadas obrigatoriamente, pois serão terminadas em ditongo, seguido de desinência de plural -s: têx-teis e pên-seis. Talvez esta questão gerasse certa dificuldade envolvendo a forma plural de pênsil, certo? Moleza! Os substantivos oxítonos terminados em -il, recebem um -s no lugar do -l; os substantivos paroxítonos terminados em -il recebem a terminação -eis no lugar de -il. Ou seja, barril > barris; fóssil > fósseis. Safo? As palavras obsolescência (ob-so-les-cên-cia) e ciência (ci-ên-cia) são paroxítonas terminadas em ditongo, logo obrigatoriamente acentuadas. Tanto em déspotas (dés-po-tas) como em déspota, o acento é obrigatório, pois a palavra é proparoxítona (antepenúltima sílaba tônica); independente de estar ou não no plural, nada muda quanto ao uso do acento. Tenha agora uma breve aula sobre o assunto: Vamos às principais regras:

Monossílabas tônicas Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). Ex.: lá(s), pé(s), só(s)... - Monossílabas átonas não são acentuadas, pois não apresentam autonomia fonética e porque se apoiam em uma palavra. Geralmente apresentam modificação prosódica dos fonemas: Ex.: “O (=U) garoto veio de (=di) carro.” São elas: artigo (o, a, os, as, um, uns), pronome oblíquo átono (o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas, me, te, se, nos, vos, lhe, lhes e combinações), pronome relativo (que), preposição (a, com, de, em, por, sem, sob e contrações), conjunção (e, nem, mas, ou, que, se), advérbio (‘não’, antes do verbo) e formas de tratamento (dom, frei, são e seu).

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Quando se vai acentuar uma palavra de acordo com a regra específica, ignoram-se os pronomes oblíquos átonos, ou seja, não são contados como sílaba – sendo a palavra monossílaba ou não. Ex.: dá-lo, comprá-las, mantém-no, constituí-los...

Proparoxítonas Todas são acentuadas na antepenúltima sílaba tônica. Ex.: fósforo, máscara, zênite, álibi...

Paroxítonas Acentuam-se, na penúltima sílaba tônica, as terminadas em ditongo (seguido ou não de s), em tritongo, em -ã(s) e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, s, us, ps), exceto -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

Ex.: história, cáries, órgão, órfã, ímãs, águam, enxáguem, fácil, hífen (mas hifens), álbum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps... Obs.: Verbos terminados em ditongo am não são acentuadas; ex.: cantam, mexam... Obs.: Não se acentuam prefixos paroxítonos terminados em i ou r (exceto quando substantivados; ex.: -hiper (o híper), -mini (a míni)...)

Oxítonas Acentuam-se, na última sílaba tônica, as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens)

Ex.: sofá(s), filé(s), bongô(s), vintém(éns)... CESPE/UnB – CORREIOS – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR - 2011 2- GABARITO: E. As palavras não são acentuadas pela mesma regra. A palavra ônibus (ô-ni-bus) é proparoxítona. Todas as proparoxítonas são acentuadas sempre!

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Já invioláveis é paroxítona terminada em ditongo (in-vi-o-lá-veis). O -s é só uma desinência de plural. 3- GABARITO: E. A finalidade principal dos expedientes oficiais é informar com clareza e objetividade. Isso porque as comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Então, devemos evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, pois um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, por exemplo, tem sua compreensão dificultada. CESPE/UnB – TJ/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- GABARITO: C. Ambas as palavras são proparoxítonas (a-na-lí-ti-ca e te-rí-a-mos), logo são obrigatoriamente acentuadas! 5- GABARITO: C. As correspondências oficiais, tais como ofícios e memorandos, devem obediência às características de redação oficial, sobretudo no que se refere à concisão e à clareza. Para atingi-las, o redator deve revisar cuidadosamente o texto. A autoridade que os expede não pode se valer da justificativa de urgência para não revê-lo ou para empregar uma linguagem prolixa e obscura. CESPE/ UnB – TJ/ES – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 6- GABARITO: E. O vocábulo países (pa-í-ses) é acentuado pela regra do hiato. Já o vocábulo áreas (á-reas) é acentuado pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo. Lembra-se da regra dos hiatos? Leia, então, a breve aula:

Regra dos hiatos tônicos em I e U (seguidos ou não de S)

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Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca... (sem acento: raiz, Raul...) - os hiatos em i, seguidos de nh na sílaba seguinte, não deverão ser acentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha... - quando se repete o i ou o u, não há necessidade de acentuar (salvo os proparoxítonos): xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba... (i-í-di-che, fri-ís-si-mo, du-ún-vi-ro...)

- depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o i e o u são acentuados: Pi-au-í, tui-ui-ú...

A NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA informa que, nas palavras paroxítonas, o i e o u depois de ditongo decrescente não recebem mais acento: feiúra > feiura; bocaiúva > bocaiuva; Sauípe > Sauipe... Não há problema, porém, se o ditongo for crescente: Guaíra, Guaíba...

CESPE/UnB – EBC – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2011 7- GABARITO: E. Cuidado com as expressões “por que, porque, por quê e porquê”!!! Cada uma tem sua característica peculiar. Veja as diferenças: A forma “por que” pode ser uma locução adverbial interrogativa de causa quando equivale a ‘por qual razão/motivo’. Pode aparecer em frases interrogativas diretas ou indiretas.

Ex.: — Por que você fez isso? — Juro que eu não sei por que eu fiz.

A forma “por que” pode ser apenas a combinação da preposição ‘por’ + o pronome indefinido ‘que’ , equivalendo a ‘por qual’.

Ex.: — Começo a entender por que motivo você fez isso.

A forma “por que” também pode ser a combinação da preposição ‘por’ + o pronome relativo ‘que’, equivalendo a ‘pelo qual (e variações)’.

Ex.: — O motivo por que você fez isso não é mais obscuro.

A forma “porque” pode ser uma conjunção explicativa, causal (equivalendo a ‘pois’) ou final (equivalendo a ‘para que’). Pode aparecer em frases interrogativas ou afirmativas.

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Ex.: — Você fez isso porque (pois) queria dinheiro, não é? — Só fiz isso porque quis e porque (para que) conseguisse dar-me bem.

A forma “por quê” pode ser usada em fim de oração (antes de pausa), antes de período ou isolada.

Ex.: — Agora você soube por quê, certo? — Sem seu esclarecimento, nunca entenderia por quê. — Por quê? — Sua vida é muito complicada.

A forma “porquê” é um substantivo e vem comumente acompanhada de um determinante (artigo, pronome, numeral ou adjetivo). Pode variar.

Ex.: — Preciso que você me explique pelo menos mais dois porquês, ok? — Só vou dar este porquê a você. No caso da questão, não há motivo para usarmos “por que” se a frase virar interrogativa, pois a expressão “porque” ainda assim continuaria sendo explicativa, equivalendo a “pois”. Ou seja, a frase pode ser interrogativa e, ainda assim, podemos usar “porque” (junto, sem acento). Ok? Veja:

pois as

?

No entanto, o enunciado da questão diz que, com a mudança do ponto final pelo ponto interrogativo, haverá a manutenção da coerência do texto. Discordo, pois a indagação “Parece que sim, pois as descobertas científicas... interessam às pessoas...? sugere uma dúvida no discurso. Sem ponto de interrogação, indica certeza. Há sim, portanto, mudança de sentido, logo alteração na coerência textual. Questão bastante complexa, em que se misturaram conceitos de fatos da língua culta com pontuação e coerência textual. 8- GABARITO: E. A expressão “por que” não pode ser substituída por “porque” uma vez que a primeira equivale a “pela qual”, o que tão somente cabe ao contexto apresentado. Veja: “Daí a razão pela qual, segundo o filósofo...”. Safo?

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Na segunda ocorrência (linha 31), deve-se usar tão somente “porque” visto que equivale a “pois”, tendo valor causal ou explicativo. CESPE/UnB – PC/ES - AUXILIAR PERÍCIA MÉDICO-LEGAL – 2011 9- GABARITO: E. O erro está na forma verbal “basea-se”; deveria ser “baseia-se”, com i. Isso ocorre porque os verbos terminados em –EAR e –IAR têm uma forma peculiar de grafia no momento em que são conjugados. Veja mais: Verbos terminados em EAR e IAR

No presente do indicativo e do subjuntivo de todos os verbos terminados em EAR, como PENTEAR, acrescenta-se a letra I depois da E, exceto na 1ª pessoa do plural e 2ª pessoa do plural: Eu penteio, Tu penteias, Ele penteia, Nós penteamos, Vós penteais, Eles penteiam (presente do indicativo); Que... eu penteie, tu penteies, ele penteie, nós penteemos, vós penteeis, eles penteiem (presente do subjuntivo). No imperativo afirmativo e negativo, respectivamente: penteia (tu), penteie (você), penteemos (nós), penteai (vós), penteiem (vocês); não penteies (tu), não penteie (você), não penteemos (nós), não penteeis (vós), não penteiem (vocês).

No presente do indicativo e do subjuntivo dos verbos Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar/Intermediar e Odiar (MARIO), a conjugação se dá com uma ditongação através da letra E antes do I em todas as formas, exceto na 1ª pessoa do plural e 2ª pessoa do plural; veja na prática: Eu odeio, Tu odeias, Ele odeia, Nós odiamos, Vós odiais, Eles odeiam (presente do indicativo). Que... eu odeie, tu odeies, ele odeie, nós odiemos, vós odieis, eles odeiem (presente do subjuntivo). No imperativo afirmativo e no negativo, respectivamente: odeia (tu), odeie (você), Odiemos (nós), Odieis (vós), odeiem (vocês); não odeies (tu), não odeie (você), não odiemos (nós), não odieis (vós), não odeiem (vocês). Excetuando MARIO, todos os outros verbos terminados em IAR se conjugam segundo este paradigma (modelo) do verbo Negociar, por exemplo: eu negocio, tu negocias, ele negocia, nós negociamos, vós negociais, eles negociam. Percebe que o radical se manteve inalterado (NEGOCI-)? 10- GABARITO: E.

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A palavra ‘encalso’ não existe; a grafia correta é ‘encalço’, com ç; derivado regressivo de encalçar. Daí o uso do ç. 11- GABARITO: E. As expressões “(a) cerca de, acerca de e há cerca de” tem suas particularidades. Veja por que não seria possível substituir uma por outra: Acerca de / Há cerca de / (A) cerca de A primeira forma equivale a ‘sobre’ (assunto); a segunda indica número aproximado ou tempo decorrido aproximado; a terceira indica distância, tempo futuro ou quantidade aproximada.

Ex.: Falamos acerca de futebol.

Há cerca de uns anos venho estudando. Há cerca de vinte alunos em sala. Estou (a) cerca de um mês para a prova.

CESPE/UnB – PC/ES - DELEGADO DE POLÍCIA - 2011 12- GABARITO: C. Ambas as palavras são obrigatoriamente acentuadas por serem proparoxítonas! CESPE/UnB – PC/ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2011 13- GABARITO: E. Os primeiros vocábulos (es-pé-cies / di-fí-ceis) são acentuados por serem paroxítonos terminados em ditongo. Já ‘históricas’ é acentuada por ser proparoxítona. CESPE/UnB – DPU - 2010 14- GABARITO: C. Achei interessante abordá-la, apesar de ser questão objetiva.

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Oficiais-generais das Forças Armadas devem ser tratados por Vossa Excelência. No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas a essas autoridades terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor General José da Rocha

Vale frisar que, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o emprego do superlativo ilustríssimo fica dispensado para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. CESPE/UnB – TCU - 2010 15- GABARITO: E. Os documentos relacionados no item devem trazer, além do local, da data, e da assinatura e o nome do emitente, a função/cargo da autoridade que os expede. CESPE/UnB – TRT/RN (21R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 16- GABARITO: C. Esta questão tratava de mais um fato da língua culta. A expressão “ao invés de” é usada com formas antônimas na frase em que aparece, equivalendo a ‘ao contrário de/em oposição a’; já “em vez de” equivale a ‘no lugar de’.

Ex.: Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou para a do AFT.

Ao invés de descer o 2º piso para sair do shopping, decidiu subir para o 4º piso e assistir a um filme.

Portanto, neste contexto, como não há ideia de oposição, a substituição de ‘no lugar de’ por ‘em vez de’ estaria correta. 17- GABARITO: E. Memorando, ofício e aviso podem adotar o “padrão ofício” em sua elaboração. Entretanto, o propósito funcional é diferente: aviso e ofício têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com

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particulares (comunicação externa), ao passo que o memorando pode ser empregado com a finalidade meramente administrativa ou para expor projetos, ideias, diretrizes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2010 18- GABARITO: E. O verbo ter deveria ficar com acento circunflexo (têm) uma vez que está na 3ª pessoa do plural. Lembrou-se da regra dos verbos VIR e TER na 3ª pessoa do plural? Basta ver o núcleo do sujeito: “Todas as línguas indígenas em terras brasileiras”. Logo o trecho deveria ser reescrito para se adequar à norma culta escrita: “Todas as línguas indígenas em terras brasileiras tÊm menos de 40 mil falantes...”. Tranquilinha, não? 19- GABARITO: C. Novamente, a banca explorou o caráter impessoal dos textos oficiais, cuja finalidade é informar com o máximo de clareza e concisão, com uso do padrão culto da língua. Porém, é importante evitar o emprego de uma linguagem restrita a determinados grupos, a fim de que todo e qualquer cidadão brasileiro possa entender o que está escrito nos documentos oficiais. CESPE/UnB – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010 20- GABARITO: E. Há um erro de ortografia gritante neste trecho. Espero que você tenha percebido. Não existe “impecílio”. A palavra é “empecilho”. Eu sei que existem muitas palavras que podem gerar dúvidas, por isso vamos ler mais!!! Eis algumas palavras que normalmente geram dúvidas: Aterrissar, Autópsia, Beneficente, Concessão, Cabeleireiro, Contemporaneidade, Digladiar, Diabete, Empecilho, Exceção, Estupro, Engajado, Êxito, Fugaz, Frustrado, Hesitar, Isenção, Intitular, Ibero, Ínterim, Meteorologia, Misto, Ojeriza, Pichação, Prazerosamente, Pechincha, Privilégio, Pretensão, Pesquisar, Superstição, Rubrica, Recorde, Repercussão, Vestígio...

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CESPE/UnB – ANEEL – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR – 2010 21- GABARITO: C. Tomara que você não tenha vacilado com o seguinte raciocínio, em cima daquele “bizu” (mal = bem / mau = bom): MAU das pernas tem como antônimo BOM das pernas. MAL das pernas tem como antônimo BEM das pernas. Logo... podemos substituir ‘mal das pernas’ por ‘mau das pernas’, porque supostamente encontra equivalência com ‘bom das pernas’. O problema é que a expressão idiomática ‘mal das pernas’ é fixa; não encontra equivalente na língua oral a expressão ‘mau das pernas’. 22- GABARITO: C. Conforme vimos, o Manual de Redação da Presidência da República não admite o emprego de impressões pessoais, como, por exemplo, aquelas utilizadas em uma carta destinada a um amigo, ou em um artigo de jornal, ou mesmo em um texto literário. O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos nas comunicações oficiais surge, dentre outros fatores, da impessoalidade de quem recebe a comunicação. Esta, por sua vez, pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Independentemente dessas possibilidades, sempre haverá um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal. 23- GABARITO: E. A afirmação do item é incorreta, pois ficam excluídos dessa fórmula – o emprego dos fechos Respeitosamente, quando se tratar de autoridades superiores, inclusive o Presidente da República, e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou hierarquia inferior – as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. CESPE/UnB – DETRAN/DF - 2009 24- GABARITO: C.

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Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os Senadores devem ser tratados como Vossa Excelência, tendo como vocativo “Senhor(a)”, seguido do respectivo cargo: Senhor(a) Senador(a). Com relação aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Logo, é correta a redação "Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão". CESPE/UnB – MEC – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2009 25- GABARITO: C. Levando em conta que ‘porque’ pode ser substituído por ‘pois’, a substituição procede perfeitamente. CESPE/UnB - INSS - 2008 26- GABARITO: E. O expediente conhecido como declaração documenta uma informação prestada por autoridade ou particular. Não se enquadra na questão- -problema descrita acima. Para transferir poderes a outrem com uma determinada finalidade, a servidora pública aposentada deve redigir uma procuração. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA - 2008 27- GABARITO: C. Todas as palavras recebem acento gráfico obrigatório por serem proparoxítonas. CESPE/UnB – BB – ESCRITURÁRIO – 2008 28- GABARITO: C. As formas verbais pode (presente do indicativo) e pôde (pretérito perfeito do indicativo) se opõem pelo uso do acento circunflexo

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diferencial. Isso não mudou na nova reforma ortográfica. Veja mais sobre acentos diferenciais:

Acentos diferenciais Servem para marcar algumas distinções de classe gramatical e sentido. Segundo o Guia Reforma Ortográfica Melhoramentos, de Douglas Tufano, não se usa mais o acento que diferenciava os seguintes pares: Pára (verbo) / Para (preposição) Ele sempre para para assistir aos jogos do Flamengo. Péla (verbo) / Pela (preposição) Ela pela as axilas só pela sexta-feira. Pêlo (substantivo) / Pelo (contração da preposição) Os pelos eriçados do gato costumam passar pelo pé do dono. Pólo (substantivo) / Polo (arcaísmo de pêlo) Os polos norte e sul são meras abstrações espaciais. Pêra (substantivo) / Pera (preposição arcaica + artigo) Pera é uma fruta sem graça.

- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular. Ex.: Ontem ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. - Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. - É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo?

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- Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir. De acordo com a antiga ortografia, a escrita era assim: argúis, argúi, argúem... - Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinqüir, etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. Delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. Delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

CESPE/UnB – ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR – 2008 29- GABARITO: E. O verbo viger está conjugado errado. Houve um erro em sua grafia. No pretérito perfeito do indicativo, esse verbo é conjugado assim: eu vigi, tu vigeste, ele vigeu, nós vigemos, vós vigestes, eles vigeram. Portanto, o texto deveria ser reescrito com a forma vigeu em vez de vigiu. CESPE/UnB – TCU – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – 2007

30- GABARITO: E. Bastante interessante esta questão, pois são trabalhados os conhecimentos de concordância do sujeito composto deslocado e acentuação gráfica do verbo VIR, o qual, na 3ª pessoa do plural, recebe acento circunflexo (o mesmo ocorre com o verbo TER). A regra de concordância do sujeito composto diz o seguinte: quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo do sujeito composto. Sendo assim, se retirássemos o acento circunflexo da forma “vêm” (na 3ª pessoa do plural, usa-se tal

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acento), não haveria erro, pois o verbo poderia ficar no singular concordando com o núcleo mais próximo (compreensão). Breve aula sobre VIR e TER: De acordo com a nova reforma ortográfica, permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. CESPE/UnB – INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – 2007 31- GABARITO: E. Em 2007, não havia nova reforma ortográfica, portanto os verbos crer, dar, ler, ver recebiam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural, quando o ‘e’ duplicava (crêem, dêem, lêem, vêem). O erro na questão está em dizer que têm e vêm estão de acordo com esta regra. Como já vimos, os verbos vir e ter, na 3ª pessoa do plural recebem acento circunflexo para diferenciar das formas singulares, que não recebem acento. Conforme o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, há uma nova regra para os encontros ‘oo’ e ‘eem’. Veja:

Regra dos encontros oo e eem (crer, dar, ler, ver (e derivados)) Acentua-se com acento circunflexo o primeiro ‘o’ e ‘e’ desses encontros vocálicos. Ex.: en-jô-o, vô-o, an-te-vê-em, lê-em, crê-em, dê-em...

A NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA informa que o acento na primeira vogal destes hiatos foi abolido: vo-o, a-ben-ço-o, re-le-em, pre-ve-em...

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CESPE/UnB – TJ/SE – TIT. SERV. NOTAS E REGISTROS – 2006 32- GABARITO: C. Todas as palavras são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo: i-mo-bi-li-á-rio / Co-lé-gio / se-mi-ná-rios / no-tá-rios / á-rea. Ignore a desinência de plural (s) e aplique a regra das paroxítonas terminadas em ditongo. Pá! Pum! CESPE/UnB – DATAPREV – ANALISTA TEC. INFORMAÇÃO – 2006 33- GABARITO: E. Apesar de ambas as palavras serem paroxítonas (penúltima sílaba tônica: con-te-ú-dos / i-nú-teis), só a segunda é acentuada de acordo com a regra das paroxítonas terminadas em ditongo. A primeira (conteúdos) se acentua pela regra dos hiatos. Lembra? Para ser bem redundante, vou repetir de novo (rs):

Regra dos hiatos tônicos em I e U (seguidos ou não de S) Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca... (sem acento: raiz, Raul...) - os hiatos em i, seguidos de nh na sílaba seguinte, não deverão ser acentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha... - quando se repete o i ou o u, não há necessidade de acentuar (salvo os proparoxítonos): xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba... (i-í-di-che, fri-ís-si-mo, du-ún-vi-ro...)

- depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o i e o u são acentuados: Pi-au-í, tui-ui-ú...

A NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA informa que, nas palavras paroxítonas, o i e o u depois de ditongo decrescente não recebem mais acento: feiúra > feiura; bocaiúva > bocaiuva; Sauípe > Sauipe... Não há problema, porém, se o ditongo for crescente: Guaíra, Guaíba...

CESPE/UnB – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012 34-

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GABARITO: E. A palavra órgãos é paroxítona terminada em ditongo decrescente. A palavra últimos é proparoxítona. Logo, não seguem a mesma regra de acentuação. CESPE/UnB – TCDF – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012 35- GABARITO: E. Só o vocábulo senão indica “a não ser”. A expressão “se não” não pode substituir “senão”, pois equivale a “caso não”. Só que isso nem é tão relevante para que o gabarito seja marcado como errado. O fato é que a substituição de um termo por outro não está gramaticalmente correto, uma vez que o “se” de “se não” é uma conjunção, que, como tal, liga orações. Só que o contexto não indica ligação entre orações, portanto há um mau uso na substituição de “senão” por “se não”. CESPE/UnB – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE – 2012 36- GABARITO: E A exposição de motivos tem duas características: ela pode versar sobre prestação de contas ou proposição de projetos. É sempre dirigida a aula autoridade administrativa superior. Por isso, seu fecho será sempre “Respeitosamente”. 37- GABARITO: C Elementos formais, como espaçamento, fonte etc. são dispensáveis nas correspondências eletrônicas. Mas a correção gramatical deve ser mantida e tais correspondências só têm valor oficial se houver uma certificação eletrônica para tal. 38- GABARITO: E O Presidente da República precisa assinar o expediente. Mas ele não precisa preencher seu nome e cargo. 39- GABARITO: C

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Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. 40- GABARITO: C.

Esse é um padrão de textos em geral. Risível! ☺ CESPE/UnB – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013 41- GABARITO: E. A palavra “construída” é acentuada pela regra dos hiatos tônicos (cons-tru-Í-da). A palavra “possíveis” é acentuada pela regra das paroxítonas terminadas em ditongo (pos-sí-veis). Logo, são regras diferentes. CESPE/UnB – CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2013 42- GABARITO: E. Todas as palavras são proparoxítonas, por isso são todas acentuadas! ---------------------------------------------------------------------------------- Lamento que não tenha encontrado tantas questões recentes de ortografia para comentar. No entanto, isso é bom! “Bom?! Como assim, Pestana?” É bom, porque ficamos sabendo que ortografia não é a ‘menina dos olhos’ do CESPE. Portanto, não fique decorando aquelas mil regrinhas; não obstante decore as regras de acentuação gráfica. Sobre Redação Oficial, tentei abordar aquilo que é frequente na sua prova. Há grandes chances de você não se surpreender com questão alguma relativa ao assunto de hoje! Outra coisa: não sei se você percebeu, mas só encontrei uma questão relativa à aula de hoje na prova do MPU/2010. Felicidades! Pestana [email protected]