Aula 01p Penal

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    1/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    AULA 01 INQURITO POLICIAL

    Caros alunos de todo o Brasil, sejam bem-vindos a nossa primeira aula!

    Hoje veremos um tema importante e que objeto de questionamento porpraticamente todas as bancas de prova: O inqurito policial.

    um assunto interessante e que constantemente lemos nos jornais e escutamosfalar nos telejornais... O problema que muitas vezes tal tema tratado de umamaneira incorreta e esses erros acabam ficando na cabea.

    Observe o texto publicado pelo jornal o globo:

    A origem das balas com cocana que levaram 17 crianas e adolescentes apassar mal em uma escola municipal de Santo Antonio da Posse vai ficar semresposta. A polcia decidiu nesta quinta-feira arquivar o inqurito que apurava ocaso.

    Ser que este texto est correto? Ser que a autoridade policial pode arquivar oinqurito?

    Bom, estas e outras perguntas sero respondidas no decorrer da aula e, ao final,voc comear a prestar mais ateno nas notcias... Afinal, s mesmoconcurseiros de carteirinha ficam procurando (e encontrando) erros que quaseningum acha nos jornais!!!

    Dito isto, vamos ao que interessa?

    Bons estudos!!!

    *****************************************************************

    1.1 CONCEITO

    Constantemente vemos na sociedade fatos que so claramente infraes penais,entretanto no possvel, de pronto, a determinao da autoria e a configuraocorreta do delito.

    Assim, surge no ordenamento jurdico, mais precisamente no Cdigo de ProcessoPenal (CPP), a figura do inqurito policial, um PROCEDIMENTOADMINISTRATIVOque tem por finalidade o levantamento de informaes a fimde servir de base ao penal ou s providncias cautelares.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    2/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Voc deve lembrar-se do triste caso da menina Isabella Nardoni onde ouvimosfalar muito no inqurito. Qual era a real finalidade deste procedimento?

    A finalidade era a apurao dos autores do delito e a definio de comoefetivamente ele ocorreu, a fim de propiciar a atuao do Ministrio Pblico.

    Conforme lio do saudoso Prof. Mirabete, o inqurito policial todoprocedimento policial destinado a reunir os elementos necessrios apurao daprtica de uma infrao penal e de sua autoria. Trata-se de uma instruoprovisria, preparatria, informativa em que se colhem elementos por vezesdifceis de obter na instruo judiciria....

    Regra geral, os inquritos so realizados pela Polcia Judiciria (Polcias Civis ePolcia Federal) e so presididos por delegados de carreira, entretanto o art. 4,

    pargrafo nico, do Cdigo de Processo Penal deixa claro que existem outrasformas de investigao criminal como, por exemplo, as investigaes efetuadaspelas Comisses Parlamentares de Inqurito (CPI) e o inqurito realizado porautoridades militares para apurar infraes de competncia da Justia Militar(IPM).

    Art. 4 A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiaisno territrio de suas respectivas circunscries e ter por fim aapurao das infraes penais e da sua autoria.

    Pargrafo nico. A competncia definida neste artigo noexcluir a de autoridades administrativas, a quem por lei seja

    cometida a mesma funo. (grifo nosso)

    1.2 CARACTERSTICAS

    PROCEDIMENTO ESCRITO

    Conforme dito anteriormente, a grande finalidade do inqurito servir debase para uma posterior ao penal.

    Desta forma o art. 9 do CPP deixa claro que as peas do inqurito seroreduzidas a escrito ou datilografadas, no sendo possvel a ocorrncia deuma investigao verbal.

    Art. 9o Todas as peas do inqurito policial sero, num sprocessado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,rubricadas pela autoridade.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    3/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    OBSERVAO: Algumas vezes voc encontrar a expresso o depoimentofoi REDUZIDO A TERMO. Isso s quer dizer que foi escrito ou

    datilografado.

    PROCEDIMENTO SIGILOSO

    O CPP no seu art. 20 nos diz:

    Art. 20. A autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

    O sigilo um elemento de que dispe a autoridade policial para facilitar seutrabalho na elucidao do fato.

    Tal sigilo encontra-se extremamente atenuado, pois, segundo entendimentodo STF, um direito do advogado examinar, em qualquer repartiopolicial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurito, findosou em andamento.

    importante ressaltar que para os atos que dependem de autorizaojudicial, segundo a CF (escuta, interceptao telefnica etc.), o advogado s

    ter acesso se possuir PROCURAO ESPECFICA. Neste sentido j sepronunciaram por diversas vezes o STF e o STJ.

    Tambm permitido o acesso total aos autos ao Ministrio Pblico e aoJuiz.

    O sigilo dever ser observado tambm como uma forma de preservar aintimidade do investigado, resguardando-se seu estado de inocncia.Devido a esta presuno, dispe o CPP em seu Art. 20, Pargrafo nico:

    Art. 20

    [...]

    Pargrafo nico. Nos atestados de antecedentes que Ihe foremsolicitados, a autoridade policial no poder mencionar quaisqueranotaes referentes a instaurao de inqurito contra osrequerentes.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    4/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    INDISPONIBILIDADE

    Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial no poder mandararquivar autos de inqurito.

    Este um ponto que gera inmeras dvidas, pois se contrape ao quenormalmente imaginamos como vlido. Entretanto, fique tranquilo que tudoficar claro quando tratarmos, especificamente, do arquivamento.

    OFICIOSIDADE

    O incio do inqurito independe de provocao e DEVEser determinado de

    ofcio quando houver a notcia de um crime. A oficiosidade decorre doprincpio da legalidade (ou obrigatoriedade) da ao pblica.

    Existem algumas aes para as quais o inqurito no segue este princpio,mas voltaremos neste assunto quando tratarmos das espcies de ao.

    importante frisar que no por toda notcia que dever ser instauradoimediatamente o inqurito, sendo razovel uma avaliao preliminar paradeterminar se o ato noticiado realmente constitui crime. Entretanto, arequisio de instaurao do inqurito por parte do Ministrio Pblico ou do

    O inqurito policial pblico, no podendo a autoridadepolicial impor sigilo, ainda que necessrio elucidao dofato.

    Gabarito: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

    ***A autoridade policial poder promover o arquivamento do IP,

    desde que comprovado cabalmente que o indiciado agiuacobertado por uma causa excludente da ilicitude ou daculpabilidade

    Gabarito: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    5/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Juiz tem natureza de ordeme no deve ser questionada ou verificada pelaautoridade policial.

    OFICIALIDADE

    Somente rgos de direito pblico podem realizar o inqurito policial. Aindaquando a titularidade da ao penal atribuda ao particular ofendido (aopenal privada), no cabe a este a efetuao dos procedimentosinvestigatrios.

    INQUISITIVO

    ATENO ESTA A CARACTERSTICA MAIS EXIGIDA EM PROVA!!!

    inquisitivo o procedimento em que as atividades visando elucidao dofato e determinao da autoria ficam concentradas em uma nicaautoridade, no caso a figura do Delegado de Polcia. Este poder,discricionariamente, decidir como vai proceder para alcanar a finalidade doinqurito.

    Durante o inqurito no h que se falar em contraditrio e ampladefesa, pois ainda no existe acusado e o indiciado no sujeito dedireitos, mas objeto de investigao.

    O ilustre mestre Alexandre de Moraes dispe que:

    "O contraditrio nos procedimentos penais no se aplica aos inquritospoliciais, pois a fase investigatria preparatria da acusao, inexistindo,ainda, acusado, constituindo, pois, mero procedimento administrativo, decarter investigatrio, destinado a subsidiar a atuao do titular da aopenal, o Ministrio Pblico".

    ***A requisio do MP para instaurao do IP tem a naturezade ordem, razo pela qual no pode ser descumprida pelaautoridade policial, ainda que, no entender desta, sejadescabida a investigao.

    Gabarito: CORRETA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    6/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 6

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Do exposto podemos resumir:

    1.3 INCOMUNICABILIDADE

    A incomunicabilidade do investigado est regulamentada no art. 21 do Cdigo de

    Processo Penal nos seguintes termos:Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender sempre dedespacho nos autos e somente ser permitida quando o interesse dasociedade ou a convenincia da investigao o exigir.

    Pargrafo nico. A incomunicabilidade, que no exceder de trsdias, ser decretada por despacho fundamentado do Juiz, arequerimento da autoridade policial, ou do rgo do MinistrioPblico, respeitado, em qualquer hiptese, o disposto no artigo 89,inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.

    ***Pelo fato de o IP ser um procedimento administrativo denatureza inquisitorial, a autoridade policial tem discricionariedadepara determinar todas as diligncias que julgar necessrias ao

    esclarecimento dos fatos, pois a persecuo concentra-se, duranteo inqurito, na figura do delegado de polcia.

    GABARITO: CORRETA

    CAIU EM PROVA!

    ATENO!!!

    O NICO INQURITO QUE ADMITE O CONTRADITRIO O INSTAURADO PELA

    POLICIA FEDERAL, A PEDIDO DO MINISTRO DA JUSTIA, OBJETIVANDO A

    EXPULSO DE ESTRANGEIRO. (LEI N. 6.815/80).

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    7/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    A jurisprudncia majoritria inclina-se para a inconstitucionalidade do dispositivo.

    O mais forte argumento no sentido da no recepo deste dispositivo tem porbase o art. 136, 3, IV, da CF, segundo o qual, na vigncia do estado dedefesa vedada a incomunicabilidade do preso.

    Parece evidente que se a Constituio probe a incomunicabilidade at mesmo navigncia de um "estado de exceo" no seria nada razovel admiti-la emcondies normais como conseqncia de um simples inqurito policial.

    Ademais, a incomunicabilidade afigura-se incompatvel com as garantiasinsculpidas no art. 5 da CF/88, mormente com as plasmadas em seus incisosLXII ("a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicadosimediatamente ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele

    indicada") e LXIII ("o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o depermanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e deadvogado").

    Apesar das divergncias, um aspecto indiscutvel: a incomunicabilidade previstano art. 21 do Cdigo de Processo Penal no pode impedir o contado do advogadocom o preso. Prev o art. 7, III do Estatuto da Advocacia que sempre serfacultado ao advogado comunicar-se com seu cliente de forma pessoal ereservada.

    1.4 VALOR PROBATRIO

    Digamos que determinado indivduo, durante um inqurito, confessou aodelegado de polcia a participao em um crime e tal confisso foi reduzida atermo. Ser que a deciso condenatria poderia ser apoiada exclusivamentenesta confisso extrajudicial?

    A resposta no, pois, segundo o STF, no se justifica sentena condenatriabaseada unicamente no inqurito policial.

    Realmente, agora que j sabemos que o inqurito policial um procedimento

    inquisitivo, no seguindo os princpios da ampla defesa e do contraditrio, ficafcil entender o VALOR PROBATRIO RELATIVOatribudo a tal procedimentoadministrativo pela Suprema Corte.

    Como pea meramente informativa, destinada to somente a autorizar o exerccioda ao penal, no pode por si s servir de lastro sentena condenatria, sobpena de se infringir o princpio do contraditrio, garantia constitucional.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    8/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.5 VCIOS

    Os vcios do inqurito no contaminam ou ocasionam nulidades no processo. Talfato tem por base o carter meramente informativo da fase inquisitorial.

    Assim, se uma confisso foi obtida mediante tortura na fase do inqurito, estasituao no ser passvel de gerar a anulao da ao penal.

    1.6 A NECESSIDADE DO INQURITO

    Para se chegar concluso da obrigatoriedade ou no do inqurito policial bastapensar na real finalidade de tal procedimento. Se, sem nenhuma investigao

    policial, for possvel a determinao da autoria e do fato, razovel que esta fasepreliminar seja dispensada. O art. 39 5o , do CPP deixa claro esta noobrigatoriedade:

    Art. 39.[...]

    5o O rgo do Ministrio Pblico dispensar o inqurito, se com arepresentao forem oferecidos elementos que o habilitem apromover a ao penal, e, neste caso, oferecer a denncia no prazode quinze dias. (grifo nosso)

    No mesmo sentido j definiu o STF:

    ***Eventuais nulidades ocorridas no curso do inqurito policial

    contaminam a subseqente ao penal.

    GABARITO: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

    "O inqurito policial no imprescindvel ao oferecimento dedenncia ou queixa, desde que a pea acusatria tenhafundamento em dados de informao suficiente caracterizaoda materialidade e autoria da infrao penal (STF, RTF 76/741).

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    9/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.7 NOTITIA CRIMINIS

    a fase preliminar do inqurito policial. Conforme leciona o professor FernandoCapez, d-se o nome de notitia criminis (notcia do crime) ao conhecimentoespontneo ou provocado, por parte da autoridade policial, de um fatoaparentemente criminoso. com base nesse conhecimento que a autoridade dincio s investigaes.

    1.7.1 CLASSIFICAO:

    1.NOTITIA CRIMINISDE COGNIO DIRETA OU IMEDIATATambm chamada de espontnea ou inqualificada, caracteriza-se pelainexistncia de um ato jurdico formal de comunicao da ocorrncia do delito

    Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento direto do ilcitoatravs de suas atividades de rotina, de jornais, pela descoberta do corpo dodelito, por comunicao da polcia preventiva, por investigaes da polciajudiciria, etc.

    Nestes casos, a autoridade policial deve proceder a uma investigaopreliminar, com a mxima cautela e discrio, a fim de verificar a

    verossimilhana da informao, somente devendo instaurar o inqurito nahiptese de haver um mnimo de consistncia nos dados informados.

    2.NOTITIA CRIMINISDE COGNIO INDIRETA OU MEDIATA

    Tambm chamada de notitia criminisprovocada ou qualificada. Ocorre quandoa autoridade policial toma conhecimento do ilcito por meio de algum atojurdico de comunicao formal do delito.

    So exemplos de notitia criminisde cognio indireta:

    Delatio criminis simples a comunicao por escrito ou verbal,prestada por pessoa identificada. (CPP, art. 5, 3o).

    3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existncia deinfrao penal em que caiba ao pblica poder, verbalmente ou porescrito, comunic-la autoridade policial, e esta, verificada a procednciadas informaes, mandar instaurar inqurito.

    Requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico (CPP,art. 5, II)

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    10/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Requisio do Ministro da Justia (CP, art. 7, 3, b)

    Representao do ofendido (CPP, art. 5, 4)

    3.NOTITIA CRIMINISDE COGNIO COERCITIVA

    Ocorre no caso de priso em flagrante. Nesta hiptese, a comunicao docrime feita mediante a prpria apresentao de seu autor por servidorpblico no exerccio de suas funes ou por particular.

    O assunto pode ser resumido atravs do quadro abaixo que facilita amemorizao:

    CCOOGGNNIIOODDIIRREETTAAOOUUIIMMEEDDIIAATTAA

    CCOOGGNNIIOOIINNDDIIRREETTAAOOUU

    MMEEDDIIAATTAA

    CCOOGGNNIIOOCCOOEERRCCIITTIIVVAA

    1-ATIVIDADES ROTINEIRAS

    2-JORNAIS

    3-INVESTIGAES

    4-CORPO DO DELITO

    5-DELAO APCRIFA

    IINNEEXXIISSTTNNCCIIAADDEEUUMMAATTOOJJUURRDDIICCOOFFOORRMMAALL!!!!!!

    1-DELATIO CRIMINIS

    2-REQUISIO DOMINISTRIO PBLICO

    3-REQUISIO DOMINISTRO DA JUSTIA

    4-REPRESENTAO DO

    OFENDIDO

    EEXXIISSTTNNCCIIAADDEEUUMMAATTOOJJUURRDDIICCOOFFOORRMMAALL!!!!!!

    PRISO EM FLAGRANTE

    NNOOTTIITTIIAA

    CCRRIIMMIINNIISS

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    11/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.8 O INCIO DO INQURITO POLICIAL

    O incio do inqurito depender do tipo de ao penal.

    Sobre este tema, para a compreenso deste tpico, faz-se necessrio apresentaralguns breves apontamentos sobre a ao penal. Posteriormente,aprofundaremos os conceitos.

    1.8.1 ESPCIES DE AO PENAL

    No nosso pas as aes penais so divididas em dois grandes grupos:

    1.AO PENAL PBLICA

    2.AO PENAL PRIVADA

    Essa diviso atende a razes de exclusiva poltica criminal e isso queentenderemos agora atravs de exemplos.

    Imaginemos que um indivduo comete um homicdio. Este delito, obviamente,importa sobremaneira a toda sociedade, pois, a partir de tal fato, fica claroque h um indivduo no mnimo desequilibrado solto na sociedade.

    Desta forma, a ao recebe a classificao de PBLICA INCONDICIONADAe no depende de qualquer pedido ou condio para ser iniciada bastando oconhecimento do fato pelo Ministrio Pblico.

    Pensemos agora em outra situao em que uma mulher chega para umhomem e diz que ele mais feio que briga de foice no escuro.

    Neste caso, temos claramente um crime contra a honra e eis a pergunta: Oque este delito importa para a sociedade?

    Na verdade, ele fere a esfera ntima do indivduo e, devido a isto, o Estadoconcede a possibilidade de o ofendido decidir se inicia ou no a ao penal,atribuindo a este a titularidade. Temos ai a AO PENAL PRIVADA.

    Em um meio termo entre a Pblica Incondicionada e a Privada temos aPBLICA CONDICIONADA.

    Neste caso, o fato fere imediatamente a esfera ntima do indivduo emediatamente (secundariamente) o interesse geral. Desta forma, a lei atribuia titularidade da ao ao Estado, mas exige que este aguarde a manifestao

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    12/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    do ofendido para que possa iniciar a ao. Tal fato ocorre, por exemplo, nodelito de ameaa.

    IMPORTANTE RESSALTAR QUE A REGRA GERAL A AO PENALPBLICA, SENDO A PRIVADA, A EXCEO.

    1.8.1.1 AO PENAL PBLICA INCONDICIONADA

    a ao que pode ser iniciada logo que o titular para impetr-la tiverconhecimento do fato, no necessitando de qualquer manifestao do

    ofendido.Exemplos de crimes perseguidos por ao pblica incondicionada: roubo,corrupo, seqestro.

    Sobre a titularidade para iniciar a ao dispe o Cdigo de Processo Penal:

    Art. 24. Nos crimes de ao pblica, esta ser promovida pordenncia do Ministrio Pblico, mas depender, quando a lei oexigir, de requisio do Ministro da Justia, ou de representao doofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. (grifo

    nosso)

    Conforme o CPP a titularidade da ao pblica incondicionada doMinistrio Pblico, podendo instaurar o processo criminal independente damanifestao de vontade de qualquer pessoa e at mesmo contra a vontadeda vtima ou de seu representante legal.

    1.8.1.2 AO PENAL PBLICA CONDICIONADA

    a ao PBLICA cujo exerccio est subordinado a uma condio. Essacondio tanto pode ser a demonstrao de vontade do ofendido ou de seurepresentante legal (REPRESENTAO), como a REQUISIO doMinistro da Justia.

    Neste tipo de ao, a TITULARIDADE, assim como na ao pblicaincondicionada, do Ministrio Pblico.

    So exemplos previstos no Cdigo Penal: Perigo de contgio venreo (art.130), ameaa (art. 147), violao de correspondncia comercial (art. 152),

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    13/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    divulgao de segredo (art. 153), furto de coisa comum (art. 156), dentreoutros.

    1.8.1.3 AO PENAL PRIVADA

    Neste tipo de ao, o delito afronta to intimamente o indivduo que oESTADO transfere a legitimidade ativa da ao para o ofendido. Percebaque nesta transferncia de legitimidade reside a diferena fundamentalentre a ao penal PBLICA E PRIVADA.

    Neste tipo de ao o Estado visa impedir que o escndalo do processoprovoque um mal maior que a impunidade de quem cometeu o crime.

    Exemplo de crime perseguido por ao privada: todos os crimes contra ahonra (calnia, injria, difamao - Captulo V do Cdigo Penal), exceto emleso corporal provocada por violncia injuriosa (art. 145).

    1.8.2 FORMAS DE INICIAR O INQURITO POLICIAL NOS CRIMES DEAO PENAL PBLICA INCONDICIONADA (CPP, art. 5, I e II, 1, 2e 3)

    1- Portaria da autoridade policial de ofcio, mediante simples notcia docrime.

    Art. 5oNos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    I - de ofcio;

    2- Requisio do Ministrio Pblico

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    14/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Art. 5o Nos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    [...]

    II - mediante requisio da autoridade judiciria ou do MinistrioPblico

    3- Requisio do juiz de Direito

    4-Requerimento de qualquer pessoa do povo

    Art. 5oNos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    [...]

    II [...] ou a requerimento do ofendido ou de quem tiverqualidade para represent-lo.

    1o O requerimento a que se refere o no II conter sempre quepossvel:

    a) a narrao do fato, com todas as circunstncias;

    b) a individualizao do indiciado ou seus sinais caractersticos e asrazes de convico ou de presuno de ser ele o autor da infrao,

    ou os motivos de impossibilidade de o fazer;c) a nomeao das testemunhas, com indicao de sua profisso eresidncia. (grifo nosso)

    Neste caso a autoridade policial no precisa cumprir o que solicitado peloindivduo caso entenda descabido o requerimento. Entretanto, a fim de dargarantias ao solicitante e impedir indeferimentos arbitrrios, preceitua opargrafo 2 do art. 5 do CPP:

    OBSERVAO IMPORTANTE

    A REQUISIO DO JUIZ E DO MINISTRIO PBLICO POSSUICONOTAO DE EXIGNCIA, DETERMINAO.

    DESTA FORMA, NO PODER SER DESCUMPRIDA PELA

    AUTORIDADE POLICIAL.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    15/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura deinqurito caber recurso para o chefe de Polcia.

    Mas quem o chefe de polcia? Para a prova de vocs o SECRETRIO DESEGURANA PBLICA.

    5-Auto de priso em flagrante (APF) Apesar de no mencionadoexpressamente no artigo 5 o APF forma inequvoca de instaurao deinqurito policial, dispensando a portaria subscrita pelo delegado de polcia.

    1.8.3 FORMAS DE INICIAR O INQURITO POLICIAL NOS CRIMES DEAO PENAL PBLICA CONDICIONADA (CPP, art. 5, 4)

    1-Mediante RREEPPRREESSEENNTTAAOO do ofendido ou de seurepresentante legal

    Art. 5

    [...] 4o O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender derepresentao, no poder sem ela ser iniciado.

    Por representao, tambm conhecida como delatio criminis postulatria,compreende-se a manifestao pela qual a vtima ou seu representante legalautoriza o Estado a desenvolver as providncias necessrias investigao eapurao judicial nos crimes que a requerem.

    Nada impede que a representao esteja incorporada na comunicao deocorrncia policial e neste sentido j se manifestou, por diversas vezes, o STJ.Observe o julgado:

    representao nos crimes de ao penal pblicacondicionada prescinde de qualquer formalidade,sendo necessrio apenas a vontade inequvoca davtima ou de seu representante legal, mesmo querealizada na fase policial.

    Precedentes desta Corte e do STF. STJ HC N 46.455 RJ

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    16/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    2-Mediante requisio do Ministro da Justia.

    Art. 24. Nos crimes de ao pblica, esta ser promovida pordenncia do Ministrio Pblico, mas depender, quando a lei o exigir,de requisio do Ministro da Justia[...].

    Existem alguns delitos que, por questes de poltica, necessitam damanifestao do Ministro da Justia para que possam ser investigado. Comoexemplo podemos citar os crimes cometidos por estrangeiro fora do Pas e oscrimes contra a honra cometidos contra o Presidente da Repblica.

    3-Mediante requisio do Juiz ou do Ministrio Pblico Desde que

    exista representao da vtima ou do Ministro da Justia, dependendo docaso.

    4-Auto de Priso em Flagrante Desde que exista representao davtima ou do Ministro da Justia, dependendo do caso.

    1.8.4 FORMAS DE INICIAR O INQURITO POLICIAL NOS CRIMES DEAO PENAL PRIVADA (CPP, art. 5, 5)

    5-Mediante requerimento escrito ou verbal, reduzido a termo nesteltimo caso, do ofendido ou de seu representante legal.

    Art. 5[...]

    5o Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somentepoder proceder a inqurito a requerimento de quem tenhaqualidade para intent-la.

    ***Em todas as espcies de ao penal, o IP deve ser instauradode ofcio pela autoridade policial, isto , independentemente deprovocao, pois tem a caracterstica da oficiosidade.

    GABARITO: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    17/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1- Mediante requisio do Juiz ou do Ministrio Pblico Desde queexista requisio da vtima ou do representante legal.

    2- Auto de Priso em Flagrante Desde que exista requisio da vtima.

    Podemos resumir o tema da seguinte forma:

    CRIMES DE AO PENALPBLICA

    INCONDICIONADA

    CRIMES DE AO PENAL

    PBLICACONDICIONADA

    CRIMES DE AO PENAL

    PRIVADA

    Ex officio pela autoridade policial, atravs de

    portaria;

    Requisio do Ministrio Pblico ou Juiz;

    Requerimento de qualquer do povo, no importando

    a vontade da vtima;

    Auto de priso em flagrante;

    Representao da vtima ou do representante legal;

    Requisio do ministro da justia;

    Requisio do juiz ou ministrio pblico, dddeeesssdddeee qqquuueee

    aaacccooommmpppaaannnhhhaaadddaaa dddaaa rrreeeppprrreeessseeennntttaaaooo dddaaa vvvtttiiimmmaaa ooouuu dddaaa

    rrreeeqqquuuiiisssiiiooo dddooo mmmiiinnniiissstttrrrooo dddaaa jjjuuussstttiiiaaa;;;

    Auto de priso em flagrante, dddeeesssdddeee qqquuueee iiinnnssstttrrruuudddooo

    cccooommm aaa rrreeeppprrreeessseeennntttaaaooo dddaaa vvvtttiiimmmaaa...

    Requerimento do ofendido ou representante legal

    Requisio do Ministrio Pblico ou Juiz, dddeeesssdddeee qqquuueee

    aaacccooommmpppaaannnhhhaaadddaaa dddooo rrreeeqqquuueeerrriiimmmeeennntttooo dddooo ooofffeeennndddiiidddooo ooouuu dddeee ssseeeuuu

    rrreeeppprrreeessseeennntttaaannnttteee llleeegggaaalll;;;

    Auto de priso em flagrante, dddeeesssdddeee qqquuueee iiinnnssstttrrruuudddooo

    cccooommm ooo rrreeeqqquuueeerrriiimmmeeennntttooo dddaaa vvvtttiiimmmaaa ooouuu dddooo rrreeeppprrreeessseeennntttaaannnttteee

    llleeegggaaalll...

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    18/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.9 PROVIDNCIAS ART. 6 DO CPP

    Imaginemos um inqurito policial para apurar um homicdio duplamentequalificado e outro para averiguar um furto de galinhas no quintal do vizinho. Oinqurito ser exatamente igual? Ou melhor, ser que seria possvel definir umrito procedimental exato a ser executado pela autoridade policial em qualquersituao?

    claro que a resposta negativa, e o que encontramos no art. 6 do CPP umasrie de procedimentos que, via de regra, devero ser executados, entretantopara cada caso ser uma ritualizao diferente, conveniente e oportuna.Observe o disposto:

    Art. 6oLogo que tiver conhecimento da prtica da infrao penal, aautoridade policial dever:

    I - dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem oestado e conservao das coisas, at a chegada dos peritoscriminais;

    II - apreender os objetos que tiverem relao com o fato, apsliberados pelos peritos criminais

    III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento dofato e suas circunstncias;

    IV - ouvir o ofendido;

    V - ouvir o indiciado, com observncia, no que for aplicvel, dodisposto no Captulo III do Ttulo Vll, deste Livro, devendo orespectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihetenham ouvido a leitura;

    VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes;

    VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de

    delito e a quaisquer outras percias;VIII - ordenar a identificao do indiciado pelo processodatiloscpico, se possvel, e fazer juntar aos autos sua folha deantecedentes;

    IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vistaindividual, familiar e social, sua condio econmica, sua atitude eestado de nimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisqueroutros elementos que contriburem para a apreciao do seutemperamento e carter.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    19/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Agora resumindo o que importa para sua PROVA:

    O inciso I do supracitado artigo nos traz que a autoridade policial dever dirigir-seao local, providenciando para que no se alterem o estado e a conservao dascoisas, at a chegada dos peritos criminais.

    Para esta regra existe uma exceo na lei n. 5.970/73 que nos diz que paraacidentes de trnsito a autoridade ou o agente policial que primeiro tomarconhecimento do fato poder autorizar a imediata remoo dos feridos, bemcomo dos veculos se estiverem prejudicando o trfego.

    Seguindo no artigo 6, a autoridade dever apreender os objetos que tiveremrelao com o fato, aps liberados pelos peritos criminais. Esta busca e apreenso

    poder ocorrer:

    1-No local do crime;

    2-Em domiclio;

    3-Na prpria pessoa.

    A autoridade policial ouvir o ofendido e o indiciado, que podero ser conduzidoscoercitivamente para prestar esclarecimentos caso no atendam s intimaes.

    Podero ser realizadas acareaes e o reconhecimento de pessoas e coisas.Dever ser determinada a realizao do exame de corpo de delito sempre que ainfrao deixar vestgios.

    No decorrer de nosso curso trataremos mais detalhadamente sobre algumas dascitadas providncias.

    1.9.1 REPRODUO SIMULADA DOS FATOS

    Reza o art. 7 do CPP:

    Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infrao sidopraticada de determinado modo, a autoridade policial poderproceder reproduo simulada dos fatos, desde que esta nocontrarie a moralidade ou a ordem pblica.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    20/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    A reproduo simulada um instrumento importante de que dispe aautoridade policial para elucidar um crime.

    Desde que no contrarie a moralidade ou a ordem pblica, todos os passos dodelito podem ser refeitos com acompanhamento de peritos, possibilitando ummaior nmero de informaes para o inqurito.

    O indiciado poder ser forado a comparecer, mas no a participar dareconstituio, pois, segundo a Constituio Federal, ningum obrigado aproduzir prova contra si.

    1.9.2 IDENTIFICAO DATILOSCPICA

    Datiloscopia o processo de identificao humana por meio das impressesdigitais.

    O art. 6o, VIII do CPP trata da identificao datiloscpica, dizendo que aautoridade policial dever determin-la.

    Aqui h um ponto importantssimo que precisa ser deixado bem claro:

    Dispe a smula 568 do STF que a identificao criminal no constitui

    constrangimento ilegal, ainda que o indiciado j tenha sido identificadocivilmente.

    Entretanto, tal dispositivo foi editado pela Suprema Corte em 1977 e encontra-se superado pela Constituio de 1988 que traz expressamente no art. 5 LVIIIo seguinte texto:

    Art. 5

    [...]

    ***A reproduo simulada dos fatos ou reconstituio do crime podeser determinada durante o inqurito policial, caso em que o indiciado obrigado a comparecer e participar da reconstituio, em prol doprincpio da verdade real.

    GABARITO: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    21/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificaocriminal, salvo nas hipteses previstas em lei;

    Isso quer dizer ento que NUNCA o civilmente identificado ser submetido identificao criminal? A resposta negativa, pois o prprio texto constitucionaldeixa claro que salvo nas hipteses previstas em lei.

    1.10 PRAZO DO INQURITO

    O art. 10 do CPP assim dispe:

    Art. 10. O inqurito dever terminar no prazo de 10 dias, se oindiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver presopreventivamente, contado o prazo, nesta hiptese, a partir do diaem que se executar a ordem de priso, ou no prazo de 30 dias,quando estiver solto, mediante fiana ou sem ela.

    A partir deste artigo podemos definir a seguinte regra geral para a concluso doinqurito:

    INDICIADO PRESO10 DIAS.

    INDICIADO SOLTO30 DIAS.

    O pargrafo 3 do supracitado artigo admite a prorrogao do prazo quando ofato for de difcil elucidao, e o indiciado estiver solto:

    3o

    Quando o fato for de difcil elucidao, e o indiciado estiversolto, a autoridade poder requerer ao juiz a devoluo dos autos,para ulteriores diligncias, que sero realizadas no prazo marcadopelo juiz.

    Tal prorrogao no encontra um limite definido no CPP, entretanto, segundoentendimento doutrinrio e jurisprudencial deve ser razovel elucidao dosfatos.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    22/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Conforme enfatizado, o previsto no art. 10 do CPP a regra e esta excepcionada por algumas leis especiais que fixam outros prazos. Vamos, agora,conhecer os prazos definidos pelas leis extravagantes:

    1.10.1 PRAZOS ESPECIAIS

    11--CCRRIIMMEESSCCOONNTTRRAAAAEECCOONNOOMMIIAAPPOOPPUULLAARRLLeeiinn..11..552211//5511::

    INDICIADO PRESO OU SOLTO 10 DIAS.

    22--LLEEIIDDEETTXXIICCOOSSLLeeiinn..1111..334433//0066:: INDICIADO PRESO30 DIAS.

    INDICIADO SOLTO90 DIAS

    3- IINNQQUURRIITTOOPPOOLLIICCIIAALLMMIILLIITTAARR::

    INDICIADO PRESO20 DIAS.

    INDICIADO SOLTO PRAZO DE 40 DIAS PRORROGVELPOR MAIS 20 DIAS.

    4- PPOOLLCCIIAAFFEEDDEERRAALLLLeeii55..001100//6666::

    INDICIADO PRESO PRAZO DE15 DIAS PRORROGVELPOR MAIS 15.

    INDICIADO SOLTO30 DIAS

    ***O inqurito policial no pode ter seu prazo de conclusoprorrogado.

    GABARITO: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    23/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.10.2 CONTAGEM DO PRAZO

    O prazo para o trmino do inqurito segue a regra do art. 798 1 do CPP, ouseja, despreza-se o dia inicial e inclui-se o dia final. Como exemplo, sedeterminado inqurito teve incio no dia 15 de fevereiro s 16:00h, completara contagem do primeiro dia s 24:00 do dia 16.

    importante ressaltar que para a contagem do prazo do inqurito no h quese falar em sbados, domingos e feriados, pois a Polcia Judiciria possuiexpediente em tempo integral.

    1.11 O FIM DO INQURITO

    Concludas as investigaes, a autoridade policial dever fazer um relatriodetalhado de tudo o que foi apurado no inqurito, indicando, se necessrio, astestemunhas que no foram ouvidas e as diligncias no realizadas.

    Art. 10[...]

    1 A autoridade far minucioso relatrio do que tiver sido apuradoe enviar autos ao juiz competente.

    2 No relatrio poder a autoridade indicar testemunhas que notiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam serencontradas.

    A autoridade no deve emitir opinies ou qualquer juzo de valor sobre os fatosnarrados, os indiciados, ou qualquer outro aspecto relativo ao inqurito ou suaconcluso.

    Concludo o relatrio, os autos do inqurito sero remetidos ao juiz competente,acompanhados dos instrumentos do crime e dos objetos que interessam prova.

    Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos queinteressarem prova, acompanharo os autos do inqurito.

    Dever tambm a autoridade policial enviar informaes relativas ao inqurito aoInstituto de Identificao e Estatstica, nos termos do art. 23 do CPP.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    24/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inqurito ao juizcompetente, a autoridade policial oficiar ao Instituto de

    Identificao e Estatstica, ou repartio congnere, mencionando ojuzo a que tiverem sido distribudos, e os dados relativos infraopenal e pessoa do indiciado.

    1.12 ARQUIVAMENTO

    Agora ser tratado um tema importantssimo para concurso pblico e queconsequentemente deve ser muito bem estudado. O art. 28 do CPP assim dispe:

    Art. 28. Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar adenncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou dequaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerarimprocedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito oupeas de informao ao procurador-geral, e este oferecer adenncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar ojuiz obrigado a atender.

    1.12.1 COMPETNCIA PARA O ARQUIVAMENTO

    O primeiro ponto que deve ser deixado claro que a autoridade competentepara o arquivamento de um inqurito o Juiz. Diferentemente do que muitos

    pensam, a autoridade policial (Delegado) no pode determinar tal ato,conforme expressamente previsto no j analisado art. 17 do CPP.

    Outro ponto importante a participao do Procurador Geral quando ocorredivergncia de entendimento entre o MP e a autoridade judicial quanto aocabimento ou no do arquivamento.

    1.12.2 DESARQUIVAMENTO

    Dispe o art. 18 do CPP:

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pelaautoridade judiciria, por falta de base para a denncia, a autoridade

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    25/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras provas tivernotcia.

    Perceba que a autorizao SOMENTE para a realizao de novas pesquisas,se surgirem NOVAS PROVAS. Embora tal artigo trate especificamente daautoridade policial, o STF, na smula 524, amplia a abrangncia consolidando ajurisprudncia:

    SMULA 524: Arquivado o inqurito policial, por despacho do juiz, arequerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penal seriniciada, sem novas provas.

    Assim, podemos concluir que o despacho que arquivar o inqurito irrecorrvel,sendo excetuada tal regra somente nos casos de crime contra a economiapopular, onde cabe recurso oficial e no caso das contravenes penais previstasnos art. 58 e 60 do Decreto-Lei n. 6.259/44, quando caber recurso emsentido estrito.

    OBSERVAES:

    1-No existe nmero mximo de desarquivamentos, mas, por serevidente, se ocorrer a prescrio, decadncia ou outra causaextintiva da punibilidade, no ser possvel odesarquivamento.

    2-Quando o arquivamento determinado em virtude daatipicidade do fato, no possvel o desarquivamentoconstituindo, excepcionalmente, coisa julgada material.

    ***Por entender inexistente o crime apurado em inqurito policial,o representante do Ministrio Pblico requereu ao juiz competenteo arquivamento dos autos. Em tal caso o juiz, aceitando o pedido doMinistrio Pblico e arquivando o inqurito policial, no poderdesarquiv-lo diante de novas provas.

    GABARITO: ERRADA

    CAIU EM PROVA!

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    26/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    3-O Juiz no pode arquivar o inqurito sem a manifestao nestesentido do titular da ao.

    4- Segundo o STJ, o Juiz no pode desarquivar o inquritopolicial de ofcio, ou seja, se o IP foi arquivado a requerimentodo Ministrio Pblico, e este no concorda com a reabertura, aautoridade judicial no poder reabri-lo para determinar novasdiligncias.

    Podemos compreender o trmite do arquivamento atravs do seguinte quadroesquematizado:

    1.12.3 ARQUIVAMENTO IMPLCITO

    Embora seja muito comum sua prtica do dia a dia forense, no est previstoem nenhuma norma expressa, pois se trata de uma construo doutrinria ejurisprudencial.

    DELEGADO

    MINISTRIOPBLICO

    JUIZ

    Oferecer denncia

    Solicitar arquivamento

    Solicitar dilignciascomplementares

    ARQUIVAMENTO

    PROCURADOR

    GERAL

    Determinar ouoferecer a denncia

    DDeetteerrmmiinnaarr ao Juizo arquivamento

    SIM

    NO

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    27/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    O arquivamento implcito fenmeno no qual o Ministrio Pblico, deixa demencionar na denncia algum (uns) fato (os) criminoso que estava contido no

    inqurito ou pea de informao, ou ainda, deixa de denunciar algum (uns)indiciado, sem se manifestar expressamente os motivos que o levaram a talomisso.

    Vindo o arquivamento implcito a ser consumado, quando o magistrado aoexercer sua fiscalizao sobre o principio da obrigatoriedade da ao penal(art. 28 CPP), deixa de se pronunciar em relao aos fatos que foramomissos na denncia.

    Para ficar mais fcil a compreenso, observe como alguns autores tratam dotema:

    Entende-se por arquivamento implcito o fenmeno de ordem processualdecorrente de o titular da ao penal deixar de incluir na denncia algum fatoinvestigado ou alguns dos indiciados, sem expressa manifestao oujustificao deste procedimento. Este arquivamento se consuma quando o Juizno se pronuncia na forma do art. 28 com relao ao que foi omitido na peaacusatria(JARDIM).

    o arquivamento implcito ocorre sempre que h inrcia do promotor dejustia e do juiz, que no exerceu a fiscalizao sobre o princpio daobrigatoriedade da ao penal(RANGEL).

    O arquivamento implcito poder ser analisado diante de um duplo aspecto.No aspecto subjetivo; quando tratar-se de omisso de indiciados. E noaspecto objetivo; quando tratar-se de omisso a fatos investigados. Exemplo:omisso de outros crimes ou omisso de qualificadoras.

    Parte da doutrina ainda prev uma terceira modalidade de arquivamentoimplcito, que ocorrer quando estiverem sendo investigados vrios fatoscriminosos em um nico inqurito, e o Ministrio Pblico se pronuncia pelo

    arquivamento de todo contedo do inqurito, no entanto, se referia apenas aum dos fatos que foi apurado no inqurito, alegando que este no era passvelde oferecimento de denncia.

    Caso o Juiz homologue totalmente o requerimento, e no se manifeste emrelao aos outros fatos criminosos, estar tambm configurado oarquivamento implcito do inqurito policial. o tambm chamado dearquivamento expresso, mas lacunoso.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    28/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    1.12.4 ARQUIVAMENTO INDIRETO

    O arquivamento indireto ocorre na hiptese de o promotor, simplesmente,manifestar-se no sentido de no oferecer a denncia sob o fundamento deque o juzo incompetente para a ao penal.

    Tal situao no considerada admissvel pela doutrina e poder ocasionar aresponsabilidade disciplinar do promotor. Explico: Se o membro do MinistrioPblico entender que o juzo incompetente deve solicitar ao magistrado aremessa dos autos ao juzo competente e no deixar de oferecer a dennciaquando h justa causa.

    No caso de haver divergncia entre o promotor e o magistrado, por analogia

    com o art. 28 do CPP, a palavra final ser do procurador-geral.

    1.13 REGRAS PROCEDIMENTAIS REFERENTES AO INQURITO

    H no CPP algumas regras meramente procedimentais, mas que so exigidas emPROVA. Citarei aqui as que so importantes:

    Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem prova, acompanharo os autos do inqurito.

    O inqurito policial acompanhar a denncia ou queixa, sempre queservir de base a uma ou outra.

    O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderorequerer qualquer diligncia, que ser realizada, ou no, a juzo daautoridade.

    Se o indiciado for menor, ser-lhe- nomeado curador pelaautoridade policial.

    O Ministrio Pblico no poder requerer a devoluo do inqurito autoridade policial, seno para novas diligncias, imprescindveis ao

    oferecimento da denncia.*****************************************************************

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    29/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Futuros aprovados,

    Chegamos ao trmino da nossa primeira aula e, sem dvida, voc encontrarem sua PROVA questes versando sobre os assuntos aqui apresentados.

    Sendo assim, releia os conceitos, reveja os pontos sobre os quais ainda restamdvidas e, assim, esteja cada vez mais perto de sua aprovao.

    Abraos, bons estudos e at a prxima aula.

    Pedro Ivo

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    30/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    PRINCIPAIS ARTIGOS TRATADOS EM AULA

    Art. 4 A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiais no territrio de suasrespectivas circunscries e ter por fim a apurao das infraes penais e da suaautoria.

    Pargrafo nico. A competncia definida neste artigo no excluir a de autoridadesadministrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funo.

    Art. 5o Nos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    I - de ofcio;

    II - mediante requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico, ou arequerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo.

    1o O requerimento a que se refere o noII conter sempre que possvel:

    a) a narrao do fato, com todas as circunstncias;

    b) a individualizao do indiciado ou seus sinais caractersticos e as razes de convicoou de presuno de ser ele o autor da infrao, ou os motivos de impossibilidade de ofazer;

    c) a nomeao das testemunhas, com indicao de sua profisso e residncia.

    2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inqurito caber recursopara o chefe de Polcia.

    3o

    Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existncia de infrao penalem que caiba ao pblica poder, verbalmente ou por escrito, comunic-la autoridadepolicial, e esta, verificada a procedncia das informaes, mandar instaurar inqurito.

    4o O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender de representao, nopoder sem ela ser iniciado.

    5o Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somente poder proceder ainqurito a requerimento de quem tenha qualidade para intent-la.

    Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infrao sido praticada de determinadomodo, a autoridade policial poder proceder reproduo simulada dos fatos, desde queesta no contrarie a moralidade ou a ordem pblica.

    Art. 9o Todas as peas do inqurito policial sero, num s processado, reduzidas aescrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

    Art. 10. O inqurito dever terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido presoem flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hiptese, apartir do dia em que se executar a ordem de priso, ou no prazo de 30 dias, quandoestiver solto, mediante fiana ou sem ela.

    Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem prova,acompanharo os autos do inqurito.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    31/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    Art. 12. O inqurito policial acompanhar a denncia ou queixa, sempre que servir debase a uma ou outra.

    Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podero requerer qualquerdiligncia, que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe- nomeado curador pela autoridade policial.

    Art. 16. O Ministrio Pblico no poder requerer a devoluo do inqurito autoridadepolicial, seno para novas diligncias, imprescindveis ao oferecimento da denncia.

    Art. 17. A autoridade policial no poder mandar arquivar autos de inqurito.

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, porfalta de base para a denncia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas,se de outras provas tiver notcia.

    Art. 19. Nos crimes em que no couber ao pblica, os autos do inqurito seroremetidos ao juzo competente, onde aguardaro a iniciativa do ofendido ou de seurepresentante legal, ou sero entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

    Art. 20. A autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio elucidao do fato ouexigido pelo interesse da sociedade.

    Pargrafo nico. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridadepolicial no poder mencionar quaisquer anotaes referentes a instaurao de inquritocontra os requerentes, salvo no caso de existir condenao anterior.

    Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender sempre de despacho nos autos esomente ser permitida quando o interesse da sociedade ou a convenincia da

    investigao o exigir.Pargrafo nico. A incomunicabilidade, que no exceder de trs dias, ser decretada pordespacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do rgo doMinistrio Pblico, respeitado, em qualquer hiptese, o disposto no artigo 89, inciso III,do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    32/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    EXERCCIOS

    1. (CESPE / Analista - TRE-MS / 2013) Mesmo depois de ordenado oarquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, por falta de basepara a denncia, a autoridade policial poder prosseguir com asinvestigaes, se tiver notcia de outras provas.

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: Conforme leciona o art. 18, do CPP, depois de ordenado oarquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para adenncia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outrasprovas tiver notcia.

    2. (CESPE / Analista - TRE-MS / 2013) Ainda que o inqurito policialtenha sido arquivado por despacho do juiz, o promotor de justia poderingressar com ao penal independentemente do surgimento de novasprovas.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Como vimos, depois de arquivado o IP s seguira se seguiranovas provas.

    3. (CESPE / Tnico - TJ-AC / 2012) O despacho que indefere orequerimento de abertura de inqurito irrecorrvel.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Conforme leciona o 2, do art. 5, do CPP, do despacho que

    indeferir o requerimento de abertura de inqurito caber recurso para o chefe dePolcia.

    4. (CESPE / Tcnico - TJ-AC / 2012) A fim de assegurar o sigilonecessrio elucidao de um fato, a autoridade policial no podermencionar quaisquer anotaes referentes instaurao de inquritocontra os requerentes nos atestados de antecedentes que lhe foremsolicitados.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    33/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, aautoridade policial no poder mencionar quaisquer anotaes referentes ainstaurao de inqurito contra os requerentes. (Redao dada pela Lei n12.681, de 2012).

    5. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) Arquivado o IP, por falta deelementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridadepolicial realize novas diligncias, se de outras provas tiver notcia.

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: conforme o art. 18, do CPP, depois de ordenado oarquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para adenncia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outrasprovas tiver notcias.

    6. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) So formas de instaurao de IP:de ofcio, pela autoridade policial; mediante representao do ofendidoou representante legal; por meio de requisio do Ministrio Pblico oudo ministro da Justia; por intermdio do auto de priso em flagrante e

    em virtude de delatio criminis annima, aps apurao preliminar.

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: Questo que exige o conhecimento do art. 5 do CPP.

    7. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) O desenvolvimento da investigaono IP dever seguir, necessariamente, todas as diligncias previstas deforma taxativa no Cdigo de Processo Penal, sob pena de ofender o

    princpio do devido processo legal.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: O IP um procedimento administrativo e no possui rito. Almdisso, as diligncias previstas no CPP no so taxativas.

    8. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) O indiciamento do investigado atoessencial e indispensvel na concluso do IP.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    34/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Segundo NESTOR TVORA, Indiciamento a informao aosusposto autor do fato objeto das investigaes. a cientificao ao suspeito deque ele passa a ser o principal foco do IP. O CPP no define uma fase prpria emque o investigado passa a ser indiciado e no exige que haja este ato.

    9. (CESPE / AGU / 2010) Embora o inqurito policial tenha natureza deprocedimento informativo, e no de ato de jurisdio, os vcios neleexistentes podem contaminar a ao penal subsequente, com base nateoria norte-americana dos frutos da rvore envenenada, ou fruits of the

    poisonouss tree.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Os vcios do inqurito no contaminam a ao penal.

    10. (CESPE / AGU / 2010) O arquivamento do inqurito policial no geraprecluso; todavia, uma vez arquivado o inqurito a pedido do promotorde justia, somente com novas provas pode ser iniciada a ao penal.

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: O arquivamento, por no impedir pesquisas supervenientes(art. 18 do CPP), no produz coisa julgada formal, ou seja, no gera precluso.Veja:

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela autoridadejudiciria, por falta de base para a denncia, a autoridade policial poderproceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notcia.

    Todavia, nos termos da smula 524 do STF, arquivado o inqurito policial, pordespacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penalser iniciada, sem novas provas.

    11. (CESPE / DPU / 2010) Segundo o STJ, a recusa da autoridade policialem cumprir requisio judicial relativa a cumprimento de dilignciasconfigura o crime de desobedincia.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    35/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Embora no esteja a autoridade policial sob subordinaofuncional do juiz ou ao membro do Ministrio Pblico, tem ela o dever funcionalde realizar as diligncias requisitadas por estas autoridades. A recusa nocumprimento das diligncias requisitadas no consubstancia, sequer em tese, ocrime de desobedincia, repercutindo apenas no mbito administrativo-disciplinar(STJ, RT 747/624).

    12. (CESPE / POLCIA CIVIL-PB / 2008) O IP acompanhar a dennciaou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: Exige do candidato o conhecimento do artigo 12 do CPP.

    Art. 12. O inqurito policial acompanhar a denncia ou queixa, sempre queservir de base a uma ou outra.

    13. (CESPE / Polcia Federal/2009) O trmino do inqurito policial caracterizado pela elaborao de um relatrio e por sua juntada pela

    autoridade policial responsvel, que no pode, nesse relatrio, indicartestemunhas que no tiverem sido inquiridas.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Contraria o Art. 10 2o do CPP. Observe que possvel que aautoridade indique testemunhas.

    Art. 10. O inqurito dever terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido

    preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nestahiptese, a partir do dia em que se executar a ordem de priso, ou no prazo de30 dias, quando estiver solto, mediante fiana ou sem ela.

    2o No relatrio poder a autoridade indicar testemunhas que no tiverem sidoinquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    36/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 36

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    14. (CESPE / Polcia Federal/2009) No inqurito policial, o ofendido ouseu representante legal e o indiciado podero requerer qualquer

    diligncia que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    GABARITO: CORRETA

    COMENTRIOS: Reproduo exata do disposto no artigo 14 do CPP. Veja:

    Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podero requererqualquer diligncia, que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    15. (CESPE / Polcia Federal/2009) O inqurito policial tem natureza

    judicial visto que um procedimento inquisitrio conduzido pela polciajudiciria com a finalidade de reunir os elementos e informaesnecessrias elucidao do crime.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Inqurito com natureza judicial??? Pode parar por aqui, pois oinqurito tem natureza administrativa.

    16. (CESPE / Polcia Federal/2009) Depois de ordenado o arquivamentodo inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para a denncia,a autoridade policial no poder proceder novas pesquisas se de outrasprovas tiver notcia, salvo com expressa autorizao judicial.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Contraria o artigo 18 que afirma que a autoridade policialPODER proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notcia. Veja:

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela autoridadejudiciria, por falta de base para a denncia, a autoridade policial poderproceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notcia.

    17. (CESPE / Ministrio Pblico do Estado de Roraima Promotor deJustia/2008) Considere a seguinte situao hipottica. Foi instauradoinqurito policial contra Srgio, visando apurar a prtica de crime contraas relaes de trabalho. O inqurito foi encaminhado ao promotor dejustia, que promoveu o arquivamento do feito, considerando que o fato

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    37/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    em apurao no era tpico, argumentao que foi acolhida pelo juiz.Posteriormente, o fato foi levado a conhecimento do procurador da

    Repblica, que entendeu ter-se configurado crime, sendo a competnciada justia federal, uma vez que teria havido ofensa a direitos coletivos dotrabalho. Assim sendo, ofereceu denncia contra Srgio. Nessa situao,a denncia dever ser recebida, uma vez que o arquivamento foideterminado por juiz absolutamente incompetente.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Conforme vimos, independentemente da competncia ou noda autoridade judicial, se a atipicidade foi levantada pelo titular da ao, no caso

    o Ministrio Pblico, no possvel o desarquivamento.

    18. (CESPE / Procurador Municipal do municpio de vitria/2007)Considere a seguinte situao hipottica. Um indivduo, deliberadamente,feriu um desafeto, produzindo-lhe leses corporais de natureza leve. Aautoridade policial, ao tomar conhecimento do fato, instaurou ocompetente procedimento, cuidando, porm, de colher previamente amanifestao da vtima no sentido de ver processado o autor do delito.Nessa situao, atuou corretamente a autoridade policial, pois arepresentao do ofendido em casos como esse condio de

    procedibilidade para a persecuo penal.

    GABARITO: CORRETA

    COMENTRIOS: A leso corporal leve um delito que d ensejo ao penalpblica condicionada, sendo necessria a manifestao da vtima ou seurepresentante legal para a instaurao do inqurito.

    19. (CESPE / TSE / 2007) Aplica-se ao inqurito policial a garantia

    constitucional do contraditrio e da ampla defesa, por tratar-se deprocesso destinado a decidir litgio.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS:O contraditrio e a ampla defesa no se aplicam aos inquritospoliciais, pois a fase investigatria preparatria da acusao, inexistindo, ainda,acusado. Trata-se de mero procedimento administrativo, de carterinvestigatrio, destinado a subsidiar a atuao do titular da ao penal, oMinistrio Pblico.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    38/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    20. (CESPE / TSE / 2007) O indiciado e seu advogado tm direito deacessar as informaes j introduzidas nos autos do inqurito policial eas relativas decretao e execuo de diligncias em curso, ainda notrazidas ao interior da investigao, como interceptaes telefnicas ebuscas e apreenses.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: O direito do indiciado, por seu advogado, tem por objeto asinformaes j introduzidas nos autos do inqurito, no as relativas decretaoe s vicissitudes da execuo de diligncias em curso.

    21. (CESPE / TSE / 2007) O MP no pode dispensar o inqurito policialainda que tenha conseguido, por outros meios, angariar elementos deconvico aptos a embasar denncia.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Pode o Ministrio Pblico dispensar inqurito policial, quandolhe so encaminhadas peas de informao suficientes para o oferecimento da

    denncia.

    22. (CESPE / Agente da Polcia Federal/2004) Um promotor de justiarequereu o arquivamento de um inqurito policial fundamentado naprescrio da pretenso punitiva. Nessa situao, caso o juiz discorde,considerando improcedentes as razes invocadas, dever encaminhar osautos a outro promotor para que este oferea a denncia.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: O Juiz, caso discorde, dever enviar os autos ao Procurador-Geral que poder oferecer a denncia, determinar o arquivamento ou designaroutro rgo do Ministrio Pblico para dar incio a ao penal.

    23. (CESPE / Agente da Polcia Federal/2004) Verificando que o fatoevidentemente no constitui crime, o delegado poder mandar arquivar oinqurito policial, desde que o faa motivadamente.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    39/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Com base no Art. 17 do CPP, a autoridade policial no poderdeterminar o arquivamento dos autos.

    24. (CESPE / DPE-AL / 2010) O princpio da indisponibilidade foimitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante dapossibilidade de se efetuar transao em matria penal.

    GABARITO:CERTA

    COMENTRIOS: Conforme vimos, realmente o princpio da indisponibilidade

    encontra-se mitigado com a criao dos Juizados Especiais Criminais.

    25. (CESPE / TJ-PA / 2009) No caso do Promotor de Justia requerer oarquivamento do inqurito policial por entender ausente a justa causapara a instaurao da ao penal, havendo discordncia do Juiz, estedever remeter os autos considerao do Procurador- Geral de Justia.

    GABARITO:CERTA

    COMENTRIOS: Nos termos do art. 28 do CPP, se o rgo do Ministrio Pblico,ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policialou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerarimprocedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas deinformao ao procurador-geral, e este oferecer a denncia, designar outrorgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido dearquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender.

    26. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial pode ser iniciado deofcio, ainda que se trata de crime de ao penal pblica condicionada.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: A ao penal pblica condicionada depende da representaodo ofendido ou representante legal, no podendo ter incio ex officio.

    27. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial dever terminar noprazo de dez dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    40/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO:CERTA

    COMENTRIOS: O art. 10 do CPP define o prazo para o trmino do inquritocomo sendo de 10 dias se o indiciado estiver preso e 30 dias caso esteja solto.

    28. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial obedece aocontraditrio.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: Trata-se o inqurito de um procedimento inquisitivo que no sesubmete ao contraditrio.

    29. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial tem rito prprio.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: O CPP define as linhas mestras para o inqurito, todavia cadacrime diferente do outro. Por tratar-se de um procedimento administrativo,cabe ao Delegado a prerrogativa de determinar a melhor forma de atingir o

    objetivo da investigao.

    30. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial pode ser arquivado porordem da autoridade policial.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: S o Juiz pode determinar o arquivamento.

    31. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ao penal pblicacondicionada, a representao no necessria para dar incio aoinqurito policial, mas apenas propositura da ao penal respectiva.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: Nos crimes de ao penal pblica condicionada, arepresentao necessria tanto para a instaurao do inqurito quanto para oincio da ao.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    41/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    32. (CESPE / TRE-GO / 2009) Em caso de indiciado menor de idade, aautoridade policial no precisar nomear curador, considerando anatureza inquisitorial do inqurito policial, que dispensa contraditrio.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: Nos termos do art. 15 do CPP, se o indiciado for menor, ser-lhe- nomeado curador pela autoridade policial.

    33. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ao penal pblica, o

    inqurito policial poder ser iniciado a requerimento do ofendido. Nessasituao, caber recurso para o chefe de polcia contra despacho que,eventualmente, indeferir o requerimento de abertura do inqurito.

    GABARITO:CERTA

    COMENTRIOS: Est em perfeita consonncia com o art. 5 do CPP.

    34. (CESPE / TRE-GO / 2009) A autoridade policial mandar arquivar osautos de inqurito, quando o fato evidentemente no constituir infraopenal ou quando tiver sido praticado em situao que exclua aantijuridicidade.

    GABARITO:ERRADA

    COMENTRIOS: AUTORIDADE POLICIAL NO PODE MANDAR ARQUIVAR OSAUTOS DE INQURITO!!!

    35. (CESPE / Promotor / 2008) O inqurito policial no indispensvel

    propositura da ao penal nos crimes em que se procede mediantequeixa do ofendido.

    GABARITO:CERTA

    COMENTRIOS: Quando no h dvidas quanto ao fato e a autoria, no h quese falar em necessidade do inqurito policial.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    42/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    36. (CESPE / Analista Judicirio - TJ-ES / 2011) Via de regra, em crimesde atribuio da polcia civil estadual, caso o indiciado esteja preso, o

    prazo para a concluso do inqurito ser de quinze dias, podendo serprorrogado; e caso o agente esteja solto, o prazo para a concluso doinqurito ser de trinta dias, podendo, tambm, ser prorrogado.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: A regra geral a contida no artigo 10 do CPP (10 dias seestiver preso e 30 dias se estiver solto).

    37. (CESPE / Perito Criminal - PC-ES / 2011) As diligncias no mbito doinqurito policial sero realizadas por requisio do membro doMinistrio Pblico ou pela convenincia da autoridade policial, noexistindo previso legal para que o ofendido ou o indiciado requeiramdiligncias.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Segundo o art. 14, do CPP, o ofendido, ou seu representantelegal, e o indiciado podero requerer qualquer diligncia, que ser realizada, ouno, a juzo da autoridade.

    38. (CESPE / Perito Criminal - PC-ES / 2011) O inqurito policialindepende da ao penal instaurada para o processo e julgamento domesmo fato criminoso, razo pela qual, tratando-se de delito de aopenal pblica condicionada representao, o inqurito policial poderser instaurado independentemente de representao da pessoa ofendida.

    GABARITO: ERRADA

    COMENTRIOS: Conforme o art. 5, 4, do CPP, o inqurito, nos crimes emque a ao pblica depender de representao, no poder sem ela ser iniciado.

    39. (CESPE / Analista Judicirio - TRE-ES / 2011) O inqurito policial no indispensvel propositura de ao penal, mas dennciadesacompanhada de um mnimo de prova do fato e da autoria dennciasem justa causa.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    43/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    GABARITO: CERTA

    COMENTRIOS: O IP no fase obrigatria, podendo ser dispensado caso o MPdisponha de suficientes elementos para o oferecimento da ao penal.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    44/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    LISTA DOS EXERCCIOS APRESENTADOS

    1. (CESPE / Analista - TRE-MS / 2013) Mesmo depois de ordenado oarquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, por falta de basepara a denncia, a autoridade policial poder prosseguir com asinvestigaes, se tiver notcia de outras provas.

    2. (CESPE / Analista - TRE-MS / 2013) Ainda que o inqurito policialtenha sido arquivado por despacho do juiz, o promotor de justia poderingressar com ao penal independentemente do surgimento de novasprovas.

    3. (CESPE / Tnico - TJ-AC / 2012) O despacho que indefere orequerimento de abertura de inqurito irrecorrvel.

    4. (CESPE / Tcnico - TJ-AC / 2012) A fim de assegurar o sigilonecessrio elucidao de um fato, a autoridade policial no podermencionar quaisquer anotaes referentes instaurao de inquritocontra os requerentes nos atestados de antecedentes que lhe foremsolicitados.

    5. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) Arquivado o IP, por falta deelementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridadepolicial realize novas diligncias, se de outras provas tiver notcia.

    6. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) So formas de instaurao de IP:de ofcio, pela autoridade policial; mediante representao do ofendidoou representante legal; por meio de requisio do Ministrio Pblico oudo ministro da Justia; por intermdio do auto de priso em flagrante eem virtude de delatio criminis annima, aps apurao preliminar.

    7. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) O desenvolvimento da investigaono IP dever seguir, necessariamente, todas as diligncias previstas deforma taxativa no Cdigo de Processo Penal, sob pena de ofender oprincpio do devido processo legal.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    45/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    8. (CESPE / Escrivo - PC-ES / 2011) O indiciamento do investigado atoessencial e indispensvel na concluso do IP.

    9. (CESPE / AGU / 2010) Embora o inqurito policial tenha natureza deprocedimento informativo, e no de ato de jurisdio, os vcios neleexistentes podem contaminar a ao penal subsequente, com base nateoria norte-americana dos frutos da rvore envenenada, ou fruits of thepoisonouss tree.

    10. (CESPE / AGU / 2010) O arquivamento do inqurito policial no geraprecluso; todavia, uma vez arquivado o inqurito a pedido do promotor

    de justia, somente com novas provas pode ser iniciada a ao penal.

    11. (CESPE / DPU / 2010) Segundo o STJ, a recusa da autoridade policialem cumprir requisio judicial relativa a cumprimento de dilignciasconfigura o crime de desobedincia.

    12. (CESPE / POLCIA CIVIL-PB / 2008) O IP acompanhar a dennciaou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

    13. (CESPE / Polcia Federal/2009) O trmino do inqurito policial caracterizado pela elaborao de um relatrio e por sua juntada pelaautoridade policial responsvel, que no pode, nesse relatrio, indicartestemunhas que no tiverem sido inquiridas.

    14. (CESPE / Polcia Federal/2009) No inqurito policial, o ofendido ouseu representante legal e o indiciado podero requerer qualquerdiligncia que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    15. (CESPE / Polcia Federal/2009) O inqurito policial tem naturezajudicial visto que um procedimento inquisitrio conduzido pela polciajudiciria com a finalidade de reunir os elementos e informaesnecessrias elucidao do crime.

    16. (CESPE / Polcia Federal/2009) Depois de ordenado o arquivamentodo inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para a denncia,

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    46/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 46

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    a autoridade policial no poder proceder novas pesquisas se de outrasprovas tiver notcia, salvo com expressa autorizao judicial.

    17. (CESPE / Ministrio Pblico do Estado de Roraima Promotor deJustia/2008) Considere a seguinte situao hipottica. Foi instauradoinqurito policial contra Srgio, visando apurar a prtica de crime contraas relaes de trabalho. O inqurito foi encaminhado ao promotor dejustia, que promoveu o arquivamento do feito, considerando que o fatoem apurao no era tpico, argumentao que foi acolhida pelo juiz.Posteriormente, o fato foi levado a conhecimento do procurador daRepblica, que entendeu ter-se configurado crime, sendo a competnciada justia federal, uma vez que teria havido ofensa a direitos coletivos do

    trabalho. Assim sendo, ofereceu denncia contra Srgio. Nessa situao,a denncia dever ser recebida, uma vez que o arquivamento foideterminado por juiz absolutamente incompetente.

    18. (CESPE / Procurador Municipal do municpio de vitria/2007)Considere a seguinte situao hipottica. Um indivduo, deliberadamente,feriu um desafeto, produzindo-lhe leses corporais de natureza leve. Aautoridade policial, ao tomar conhecimento do fato, instaurou ocompetente procedimento, cuidando, porm, de colher previamente a

    manifestao da vtima no sentido de ver processado o autor do delito.Nessa situao, atuou corretamente a autoridade policial, pois arepresentao do ofendido em casos como esse condio deprocedibilidade para a persecuo penal.

    19. (CESPE / TSE / 2007) Aplica-se ao inqurito policial a garantiaconstitucional do contraditrio e da ampla defesa, por tratar-se deprocesso destinado a decidir litgio.

    20. (CESPE / TSE / 2007) O indiciado e seu advogado tm direito deacessar as informaes j introduzidas nos autos do inqurito policial eas relativas decretao e execuo de diligncias em curso, ainda notrazidas ao interior da investigao, como interceptaes telefnicas ebuscas e apreenses.

    21. (CESPE / TSE / 2007) O MP no pode dispensar o inqurito policialainda que tenha conseguido, por outros meios, angariar elementos deconvico aptos a embasar denncia.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    47/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 47

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    22. (CESPE / Agente da Polcia Federal/2004) Um promotor de justiarequereu o arquivamento de um inqurito policial fundamentado naprescrio da pretenso punitiva. Nessa situao, caso o juiz discorde,considerando improcedentes as razes invocadas, dever encaminhar osautos a outro promotor para que este oferea a denncia.

    23. (CESPE / Agente da Polcia Federal/2004) Verificando que o fatoevidentemente no constitui crime, o delegado poder mandar arquivar oinqurito policial, desde que o faa motivadamente.

    24. (CESPE / DPE-AL / 2010) O princpio da indisponibilidade foimitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante dapossibilidade de se efetuar transao em matria penal.

    25. (CESPE / TJ-PA / 2009) No caso do Promotor de Justia requerer oarquivamento do inqurito policial por entender ausente a justa causapara a instaurao da ao penal, havendo discordncia do Juiz, estedever remeter os autos considerao do Procurador- Geral de Justia.

    26. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial pode ser iniciado deofcio, ainda que se trata de crime de ao penal pblica condicionada.

    27. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial dever terminar noprazo de dez dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante.

    28. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial obedece aocontraditrio.

    29. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial tem rito prprio.

    30. (CESPE / MPE-SE / 2009) O inqurito policial pode ser arquivado porordem da autoridade policial.

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    48/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 48

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    31. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ao penal pblicacondicionada, a representao no necessria para dar incio ao

    inqurito policial, mas apenas propositura da ao penal respectiva.

    32. (CESPE / TRE-GO / 2009) Em caso de indiciado menor de idade, aautoridade policial no precisar nomear curador, considerando anatureza inquisitorial do inqurito policial, que dispensa contraditrio.

    33. (CESPE / TRE-GO / 2009) Nos crimes de ao penal pblica, oinqurito policial poder ser iniciado a requerimento do ofendido. Nessasituao, caber recurso para o chefe de polcia contra despacho que,

    eventualmente, indeferir o requerimento de abertura do inqurito.

    34. (CESPE / TRE-GO / 2009) A autoridade policial mandar arquivar osautos de inqurito, quando o fato evidentemente no constituir infraopenal ou quando tiver sido praticado em situao que exclua aantijuridicidade.

    35. (CESPE / Promotor / 2008) O inqurito policial no indispensvel propositura da ao penal nos crimes em que se procede mediante

    queixa do ofendido.

    36. (CESPE / Analista Judicirio - TJ-ES / 2011) Via de regra, em crimesde atribuio da polcia civil estadual, caso o indiciado esteja preso, oprazo para a concluso do inqurito ser de quinze dias, podendo serprorrogado; e caso o agente esteja solto, o prazo para a concluso doinqurito ser de trinta dias, podendo, tambm, ser prorrogado.

    37. (CESPE / Perito Criminal - PC-ES / 2011) As diligncias no mbito doinqurito policial sero realizadas por requisio do membro doMinistrio Pblico ou pela convenincia da autoridade policial, noexistindo previso legal para que o ofendido ou o indiciado requeiramdiligncias.

    38. (CESPE / Perito Criminal - PC-ES / 2011) O inqurito policialindepende da ao penal instaurada para o processo e julgamento domesmo fato criminoso, razo pela qual, tratando-se de delito de ao

  • 7/25/2019 Aula 01p Penal

    49/49

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR PEDRO IVO

    DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOSPOLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR PEDRO IVO

    penal pblica condicionada representao, o inqurito policial poderser instaurado independentemente de representao da pessoa ofendida.

    39. (CESPE / Analista Judicirio - TRE-ES / 2011) O inqurito policial no indispensvel propositura de ao penal, mas dennciadesacompanhada de um mnimo de prova do fato e da autoria dennciasem justa causa.

    GABARITO

    1-C 2-E 3-E 4-E 5-C 6-C

    7-E 8-E 9-E 10-C 11-E 12-C

    13-E 14-C 15-E 16-E 17-E 18-C

    19-E 20-E 21-E 22-E 23-E 24-C

    25-C 26-E 27-C 28-E 29-E 30-E

    31-E 32-E 33-C 34-E 35-C 36-E

    37-E 38-E 39-C ***** ***** *****