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  • CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCCIOS) PARA O

    CARGO DE ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA - CNJ

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    AULA 02 DAS PESSOAS: Pessoas Naturais: Existncia. Personalidade. Capacidade. Nome. Estado. Direitos da Personalidade. Ausncia. Pessoas Jurdicas: Constituio.

    Associaes. Sociedades. Fundaes. Desconsiderao da

    personalidade jurdica. Responsabilidade. Extino.

    BENS: Diferentes classes de bens. DOMICLIO.

    PESSOA NATURAL: Existncia. Personalidade. Capacidade.

    Nome. Estado. Direitos da Personalidade. Ausncia.

    O Ttulo I do Cdigo Civil brasileiro trata do tema Das Pessoas, dividindo-o em: Das Pessoas Naturais e Das Pessoas Jurdicas.

    Vou esgotar o tema Pessoas Naturais, iniciando do zero e abordando

    o modo como cobrado, as pegadinhas, cascas de bananas, bem

    como a doutrina pesada sobre o tema!

    Aps, o estudo da pessoa natural, esgotarei nos mnimos detalhes a

    Pessoa Jurdica com todas as inovaes que modificaram artigos do

    Cdigo Civil. Ento vamos l. Mos obra!

    Questo 01. (CESPE - Analista judicirio - TJ-ES/2011) Apesar de no

    reconhecer a personalidade do nascituro, o Cdigo Civil pe a salvo

    os seus direitos desde a concepo. Nesse sentido, na hiptese de

    interdio de mulher grvida, o curador desta ser tambm o curador

    do nascituro.

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    PERSONALIDADE - PESSOA FSICA NATURAL

    O QUE SIGNIFICA TER PERSONALIDADE?

    JURIDICAMENTE: O QUE SIGNIFICA TER PERSONALIDADE?

    O QUE SIGNIFICA SER PESSOA?

    SER PESSOA TER PERSONALIDADE

    TER PERSONALIDADE SER PESSOA

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    Ser pessoa ter personalidade. Ter personalidade significa ser

    pessoa. A pessoa natural todo ser humano, sujeito de direitos e obrigaes.

    Juridicamente pessoa o sujeito de direitos e obrigaes (deveres); o titular de direitos e obrigaes. So duas as espcies de pessoas:

    a) pessoa natural ou fsica: ser humano; e

    b) pessoa jurdica ou moral: so, por exemplo, as organizaes

    que visam a realizao de objetivos.

    Mas, juridicamente, a partir de quando se considerado pessoa? Qualo momento, qual o marco a partir do qual se considerado pessoa? A

    partir de qual momento a cincia do Direito considera algum como

    pessoa?

    Essa pergunta importante para concurso porque aqui no se leva

    em considerao o que nenhuma outra cincia aceita como sendo o

    marco inicial para algum ser considerado pessoa. E a prova tentar te

    empurrar para essas opes. Aqui, leva-se em considerao somente

    a cincia jurdica e nada mais. Juridicamente, ser pessoa, ter

    personalidade s depende de: NASCER COM VIDA!

    Ser PESSOA, a PERSONALIDADE civil da pessoacomea do NASCIMENTO COM VIDA.

    SUJEITO DE DIREITOS

    Poder contrair direitos Poder contrair

    deveres

    SUJEITO DE

    OBRIGAES

    (DEVERES)

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    Para ser considerado PESSOA NATURAL basta NASCER COM VIDA,

    basta que o homem exista.

    A personalidade atributo de qualquer pessoa; o atributonecessrio para ser sujeito de direito: ser sujeito de direitos ter a

    capacidade para adquirir direitos e deveres (obrigaes) na ordem

    civil.

    Todo homem dotado de personalidade, isto , sujeito de direitos e

    deveres/obrigaes.

    Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea do nascimento

    com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do

    nascituro.

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    Professora e como se constatar aqueles casos em fica dvidas:

    1) Nasceu, respirou durante 1 segundo e morreu, ou 2) J nasceu morto?

    Cuidado! Vrias so as pegadinhas e cascas de bananas acerca

    da personalidade da pessoa natural. Exemplo: A personalidade tem

    incio:

    a) Com o nascimento. b) A partir da concepo. c) Com o nascimento com vida. d) A partir da capacidade de exerccio.

    A questo induz o candidato ao erro, levando-o a pensar que basta

    nascer para ser considerada pessoa. Como voc aprendeu, no basta

    nascer. Tem que nascer com vida!

    E voc pode perguntar: Professora, e por acaso tem algum que nasce

    morto? Sim, tem! O natimorto, aquele que expulso do ventre materno, morto.

    Natimorto a expresso jurdica dada ao feto que morreu dentro do

    tero ou durante o parto, ou seja, quando ocorre bito fetal. bito

    fetal a morte de um produto da concepo ocorrida antes da

    expulso ou de sua extrao completa do corpo materno, independentemente da durao da gestao.

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    O nascimento se constata com a respirao (docimsia hidrosttica de Galeno). Enfim: para ser pessoa, ter personalidade

    necessrio nascer COM VIDA (Teoria Natalista).

    Antes disso, juridicamente no considerado pessoa. Porm, o

    Cdigo Civil brasileiro protege desde a concepo aquele que est

    sendo gerado no ventre materno. Veja que eu no chamei de

    pessoa o ser que est sendo gerado no ventre materno. E por que o

    CC protege aquele ser que est sendo gerado no ventre materno?

    Porque ele futura pessoal em potencial; h uma expectativa de que

    em breve ser pessoa. Nesse caso j recebe proteo da lei. Antes

    do nascimento no h personalidade, mas a lei, todavia, lhe resguarda os direitos do NASCITURO.

    NASCITURO: o que est sendo gerado no ventre materno.

    O NASCITURO o que est por nascer, mas j se encontra

    concebido no ventre materno. o ente concebido, mas ainda no

    nascido. A Lei atribui direitos ao nascituro (protege, pe a salvo os

    seus direitos) desde a concepo.

    Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com

    vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do

    nascituro.

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    Comentrios questo 01: Correto. Segundo o art. 2 do CC, apersonalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a

    lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. De

    acordo com o art. 1779, pargrafo nico do CC, se a mulher estiver

    interdita, seu curador ser o do nascituro. O curador do nascituro

    conhecido como curador ao ventre.

    Vou aprofundar a questo:

    Vrias teorias explicam a personalidade. A Teoria Natalista prega que

    a aquisio da personalidade ocorre com o nascimento com vida. A

    Teoria Concepcionista divide a personalidade jurdica em formal e

    material: a aquisio da personalidade jurdica formal ocorre com a

    concepo e a personalidade jurdica material com o nascimento com

    vida.

    Do art. 2o extrai-se dois enunciados: 1) "A personalidade civil do

    homem comea com o nascimento com vida", e 2) "A lei pe a salvo

    desde a concepo os direitos do nascituro". Interprete-se assim: onascituro no possui personalidade, apesar de ser protegido por

    direitos, dos quais necessariamente, ainda, no pode ser titular.

    Vrias teorias explicam a personalidade. A Teoria Natalista prega que

    a aquisio da personalidade ocorre com o nascimento com vida. A

    Teoria Concepcionista divide a personalidade jurdica em formal e

    material: a aquisio da personalidade jurdica formal ocorre com a

    concepo e a personalidade jurdica material com o nascimento com

    vida.

    O artigo claro e transparente: Ao nascituro assegurada a proteo

    de direitos de nascituro, dele enquanto nascituro. E quanto aos direitos da pessoa natural, somente lhe assegurado o direito vida.

    Veja a questo: Questo 02. (ESAF/PFN/2005) A lei confere

    personalidade jurdica material ao nascituro. (Errada).

    Veja que o nascituro NO possui personalidade jurdica material.

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    No sendo pessoa, o nascituro possui mera expectativa de direitos,direitos CONDICIONAIS, em potencial. S adquire esses

    direitos SE NASCER COM VIDA! O NASCITURO possui direitos

    CONDICIONAIS (CONDIO SUSPENSIVA), s os adquirindo SE

    nascer COM VIDA.

    Por exemplo: o nascituro poderia receber uma doao. Nesse caso o

    contrato de doao realizado entre o doador e o represente do

    nascituro. Um futuro tio (futuro padrinho) do nascituro doaria um

    imvel (terreno) ao nascituro.

    Essa doao seria condicional: ser concretizada a depender do

    nascimento com vida! A doao sob condio suspensiva plenamente vlida (admitida pelo direito brasileiro), mas como

    doao condicional somente se concretizar a depender de

    acontecimento futuro e incerto (nascimento com vida).

    Ao nascituro assegurado o direito personalssimo como direito

    vida (direito realizao do exame de DNA, para efeito de aferio

    de paternidade, o direito proteo pr-natal, direito a alimentos,

    por no ser justo que a genitora suporte todos os encargos da

    gestao sem a colaborao econmica do seu companheiro

    reconhecido), direito a doao condicional, direito de ser beneficiado

    por herana, de ser-lhe nomeado curador para a defesa de seus

    interesses.

    Veja o exemplo atravs do desenho abaixo:

    Doador (tio) -------------- Contrato de doao ------ Representante

    do nascituro

    Contrato sob condiosuspensiva (do nascituro nascercom vida).

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    Ao nascituro assegurado o direito personalssimo como direito

    vida (direito realizao do exame de DNA, para efeito de aferio de paternidade, o direito proteo pr-natal, direito a alimentos,

    por no ser justo que a genitora suporte todos os encargos da

    gestao sem a colaborao econmica do seu companheiro

    reconhecido), direito a doao condicional, direito de ser beneficiado

    por herana, de ser-lhe nomeado curador para a defesa de seus

    interesses.

    E voc pode perguntar: Professora, caso esse nascituro venha a

    nascer com vida, ele passa a ter obrigaes, deveres? Sim. Caso

    nasa com vida, adquire o imvel (casa) que seu tio deu de presente.

    Nesse caso, surge para o recm nascido a obrigao de pagar IPTU.

    O IPTU tem como fato gerador a propriedade urbana, inclusive o Cdigo Tributrio Nacional dispe que o pagamento do tributo

    INDEPENDE da capacidade. Tendo ou no capacidade plena, vindo a

    ocorrer o fato gerador, ele passa a ser sujeito passivo da obrigao

    tributria.

    Questo 03. (CESPE Auditor Federal de Controle Externo TCU/2011) A personalidade civil da pessoa natural comea com a

    concepo, pois, desde esse momento, j comea a formao de um

    novo ser, sendo o nascimento com vida mera confirmao da

    situao jurdica preexistente. Nesse sentido, o Cdigo Civil adota, a

    respeito da personalidade, a teoria concepcionista.

    Comentrios: De acordo com o art. 2 do CC, a personalidade civil dapessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde

    a concepo, os direitos do nascituro. Assim, percebe-se o que o

    Cdigo Civil no adotou a teoria concepcionista (na qual a

    personalidade adquirida com a concepo), e sim a teoria natalista

    (na qual a personalidade adquirida com o nascimento com vida).

    Gabarito: Errado.

    Questo 04. (CESPE Advogado SERPRO/2010) A personalidadecivil da pessoa natural comea do nascimento com vida, o que se

    constata coma respirao. Entretanto, a lei tambm resguarda os

    direitos do nascituro, que, desde a concepo, j possui todos os

    requisitos da personalidade civil.

    Comentrios: O nascituro tem proteo legal (art. 2), mas no

    possui todos os requisitos da personalidade, que s comea com o

    nascimento com vida.

    Gabarito: Errado

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    Questo 05. (CESPE Promotor MPMT/2004) O nascituro tempersonalidade jurdica no que se refere aos direitos personalssimos e

    aos da personalidade. No entanto, somente aps o nascimento com

    vida adquire a personalidade jurdica material, alcanando os direitos

    patrimoniais.

    Comentrios: O nascituro possui algumas protees jurdicas, porm,

    s adquire a personalidade civil com o nascimento com vida (art. 2).

    Gabarito: Correto

    CAPACIDADE

    Veja as questes da banca CESPE em relao ao tema capacidade:

    Questo 06. (CESPE Tcnico Judicirio rea administrativa TRT-ES/2009) A capacidade a medida da personalidade, sendo que para

    uns a capacidade plena e para outros, limitada.

    Questo 07. (CESPE Analista MPS/2010) Para adquirir capacidadede fato, uma pessoa deve preencher determinadas condies

    biolgicas e legais.

    Questo 08. (CESPE Promotor MPE-RO/2010) A capacidade conceito bsico da ordem jurdica, o qual se estende a todos oshomens, consagrado na legislao civil e nos direitos constitucionais

    de vida, liberdade e igualdade.

    Questo 09. (CESPE Analista jurdico - FINEP-MCT/2009) Acapacidade de fato inerente a toda pessoa, pois se adquire com o

    nascimento com vida; a capacidade de direito somente se adquire

    com o fim da menoridade ou com a emancipao.

    Questo 10. (CESPE Analista judicirio STM/2011) Com amaioridade civil, adquire-se a personalidade jurdica, ou capacidade

    de direito, que consiste na aptido para ser sujeito de direito na

    ordem civil.

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    Leia assim:

    A capacidade medida da personalidade. Como assim? A lei afirma

    que toda pessoa, seja natural ou jurdica, sujeito de direitos e

    deveres e por isso, capaz, possui capacidade para adquirir direitos e

    deveres (obrigaes) na ordem civil.

    Pessoa a caracterstica do indivduo dotado de personalidade. Todo

    direito pressupe um titular que possa exerc-lo. Pessoa ente a que

    se atribue direitos e deveres.

    Todo ente humano pessoa. Toda pessoa capaz de direitos e

    deveres na ordem civil.

    No somente as pessoas naturais podem adquirir direitos e contrair

    obrigaes, mas certas pessoas, como a pessoa jurdica, a qual a lei

    atribuiu personalidade jurdica, tambm so sujeitos de direitos,

    vindo a ter capacidade para aquisio de direitos e deveres.

    Mas, em que medida essa pessoa sujeito de direitos e deveres

    capaz de por si s (sozinho) adquirir e exercer esses direitos

    de deveres?

    CAPACIDADE CAPACIDADE de FATO, de EXERCCIO ou

    de AO

    CAPACIDADE de DIREITO ou de GOZO

    Art. 1o Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.

    Art. 1o Toda pessoa (natural e jurdica) capaz (possui

    capacidade) de adquirir direitos e deveres na ordem civil. Toda

    pessoa sujeito de direito. Ser sujeito de direitos significa ser

    capaz de adquirir direitos e deveres (obrigaes).

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    Em que medida a pessoa pode exercer pessoalmente os atos da

    vida civil, isto , adquirir direitos e contrair deveres em nome prprio? Assim, a doutrina divide a capacidade em duas espcies:

    CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: a capacidade genrica

    para adquirir direitos e deveres. A capacidade de direito ou de gozo

    decorre unicamente e automaticamente da personalidade.

    NASCIMENTO COM VIDA = PESSOA = PERSONALIDADE

    AUTOMATICAMENTE CAPACIDADE PARA ADQUIRIR DIREITOS

    E DEVERES = CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO

    NASCIMENTO COM VIDA = PERSONALIDADE = CAPACIDADE

    DE DIREITO ou de GOZO.

    A CAPACIDADE DE DIREITO ou de GOZO PRESSUPE (tem como

    requisito) unicamente a PERSONALIDADE, o NASCIMENTO COM

    VIDA.

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    A capacidade de direito ou de gozo a aptido genrica para

    titularizar direitos e contrair obrigaes e depende somente do nascimento com vida, de ser pessoa, ter personalidade.

    Adquirida a personalidade, a pessoa passa a atuar, na qualidade de

    sujeito de direito (pessoa natural ou jurdica), praticando atos e

    negcios jurdicos. A capacidade de direito atributo inerente

    pessoa, ocorrendo imediatamente no momento da aquisio da

    personalidade.

    A capacidade de direito ou de gozo prpria de todo ser humano,

    que a adquire assim que nasce (comea a respirar) e s a perde

    quando morre; Em face do ordenamento jurdico brasileiro a

    personalidade se adquire com o nascimento com vida, ressalvados os direitos do nascituro desde a concepo.

    A pessoa pode ter a capacidade de direito ou de gozo (capacidade

    genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes) sem,

    necessariamente ter a capacidade de fato, de exerccio ou de ao.

    Porm, a pessoa que possua somente a capacidade de direito no

    pode exercitar por si s os atos da vida civil.

    Quando o CC diz no art. 1o que Toda pessoa capaz de direitos edeveres afirma que o fato de ser pessoa, ter nascido com vida, terpersonalidade, possui automaticamente a capacidade genrica para

    adquirir direitos e deveres.

    CAPACIDADE DE FATO ou EXERCCIO ou de AO: a aptido

    para adquirir e exercer pessoalmente (por si s) direitos e

    deveres, praticar sozinho todos os atos da vida civil.

    Quando se adquire a capacidade de fato, rene-se os dois atributos

    (capacidade de direito e capacidade de fato) e a pessoa passa a

    ter a capacidade civil plena. A capacidade civil plena ocorre aos

    18 anos, desde que a pessoa no esteja incapacidade por outros

    motivos elencados na lei.

    A capacidade de fato condiciona-se a existncia da capacidade dedireito. Pode-se ter capacidade de direito sem capacidade de fato

    (adquirir o direito e no poder exerc-lo por si).

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    Nascimento

    16 anos 18 anos

    Para se ter a capacidade de fato, de exerccio ou de ao,necessariamente, deve ter personalidade, j pessoa, possui

    capacidade de direito ou de gozo. Veja agora a sequncia:

    Pois bem! Se nem todas as pessoas possuem a capacidade plena, senem todos podem exercer pessoalmente os atos da vida civil, diz-se

    que estes so incapazes. O CC trata das incapacidades nos arts. 3o e

    4o.

    Veja as pegadinhas:

    A capacidade de gozo pressupe a Capacidade de fato (falsa).

    A capacidade de fato pode subsistir sem a capacidade de gozo (falsa)

    A capacidade de fato, de exerccio ou de ao pressupe acapacidade de direito ou de gozo, que pressupe a personalidade

    (verdadeira).

    NASCIMENTO COM VIDA = PERSONALIDADE = CAPACIDADE

    DE DIREITO ou de GOZO.

    CAPACIDADE DE FATO PRESSUPE A CAPACIDADE DE DIREITO, que PRESSUPE A PERSONALIDADE.

    A CAPACIDADE DE DIREITO ou de GOZO NO PRESSUPE (no

    possui como requisito) A CAPACIDADE DE FATO (porque esta s

    se adquire posteriormente a depender de certos requisitos).

    PERSONALIDADE

    CAPACIDADE DE DIREITO

    ou de GOZO

    CAPACIDADE DE FATO,

    DE EXERCCIO ou DE AO

    Relativamente

    Incapaz

    Absolutamente

    Incapaz

    Capacidade Plena

    (caso no seja acometido das deficincias)

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    Comentrios s questes:

    Questo 06. (CESPE Tcnico Judicirio rea administrativa TRT-ES/2009) A capacidade a medida da personalidade, sendo que para

    uns a capacidade plena e para outros, limitada.

    Comentrios: A capacidade plena adquirida com a maioridade (art.

    5do CC) ou com a emancipao (art. 5, pargrafo nico). A

    capacidade limitada para os incapazes (arts. 3 e 4).

    Gabarito: correto

    Questo 07. (CESPE Analista MPS/2010) Para adquirir capacidadede fato, uma pessoa deve preencher determinadas condies

    biolgicas e legais.

    Comentrios: Para adquirir a capacidade de fato a pessoa tem que,

    alm de possuir capacidade de direito (condio biolgica: nascer

    com vida), tem que preencher os requisitos legais, como a

    maioridade civil.

    Gabarito: correto

    Questo 08. (CESPE Promotor MPE-RO/2010) A capacidade conceito bsico da ordem jurdica, o qual se estende a todos os

    homens, consagrado na legislao civil e nos direitos constitucionais

    de vida, liberdade e igualdade.

    Comentrios: A capacidade de direito realmente um conceito bsicoda ordem jurdica, uma vez que ela inerente ao ser humano.

    Porm, a capacidade de fato no , uma vez que nem todos a tm

    (por exemplo, o menor de 16 anos no possui essa capacidade).

    Gabarito: errado

    Questo 09. (CESPE Analista jurdico - FINEP-MCT/2009) Acapacidade de fato inerente a toda pessoa, pois se adquire com o

    nascimento com vida; a capacidade de direito somente se adquire

    com o fim da menoridade ou com a emancipao.

    Comentrios: Na verdade, ao contrrio. A capacidade de direito se

    adquire com o nascimento com vida, sendo inerente a toda pessoa (art. 1 do CC) e a capacidade de fato adquirida com o alcance da

    maioridade (art. 5 do CC) ou pela emancipao (art. 5, pargrafo

    nico do CC).

    Gabarito: errado

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    Questo 10. (CESPE Analista judicirio STM/2011) Com amaioridade civil, adquire-se a personalidade jurdica, ou capacidade de direito, que consiste na aptido para ser sujeito de direito na

    ordem civil.

    Comentrios: Com a maioridade, adquire-se a capacidade de fato ou

    de exerccio. A capacidade de direito inerente ao ser humano.

    Gabarito: errado

    Questo 11. (CESPE Analista judicirio TJ-CE/2008) A capacidadede exerccio ou de fato pressupe a de gozo, mas esta pode subsistir

    sem a capacidade de exerccio.

    Comentrios: A capacidade de gozo ou de direito inerente personalidade. Segundo o art. 1 do CC, toda pessoa capaz de

    direitos e deveres na ordem civil. J a capacidade de exerccio ou de

    fato a capacidade que a pessoa tem de exercer por si os atos da

    vida civil. Assim, o menor relativamente capaz tem capacidade de

    direito (toda pessoa tem), mas no tem a de fato.

    Gabarito: correto

    Questo 12. (CESPE- Analista Judicirio TRE-GO/2008) No querespeita capacidade de gozo ou de direito, as pessoas naturais

    absolutamente incapazes esto privadas da capacidade de adquirir

    direitos e obrigaes na ordem civil.

    Comentrios: A capacidade de gozo ou de direito inerente a todapessoa (art. 1 do CC). As pessoas absolutamente incapazes podem

    adquirir direitos e obrigaes. O que elas no possuem a

    capacidade de exerccio ou de fato, ou seja, exercer esses direitos por

    si.

    Gabarito: errado

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    INCAPACIDADE

    Questo 13. (CESPE- Analista Judicirio TRE-GO/2008) Considera-seabsolutamente incapaz o indivduo que no pode exprimir, mesmo

    que temporariamente, sua vontade.

    Comentrios: Segundo o art. 3, III do Cdigo Civil, so absolutamente

    incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que,

    mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Gabarito: correto

    Questo 14. (CESPE- Analista Judicirio TRE-GO/2008) O indivduoque dissipa seu patrimnio torna-se absolutamente incapaz de

    exercer qualquer ato da vida civil.

    Comentrios: Quem dissipa seu patrimnio denominado prdigo, que

    considerado relativamente incapaz pelo Cdigo Civil (art. 4, IV).

    Gabarito: errado

    Questo 15. (CESPE servidor nvel IV Direito MC/2008) Nostermos da legislao em vigor, os excepcionais, sem desenvolvimento

    mental completo, so absolutamente incapazes de exercer

    pessoalmente os atos da vida civil.

    Comentrios: De acordo com o art. 4, III, eles so relativamenteincapazes.

    Gabarito: errado

    RELATIVA art. 4o

    ABSOLUTA art. 3o

    INCAPACIDADE

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    INCAPACIDADE ABSOLUTA: A pessoa NO possui aptido para

    exercer pessoalmente (por si s, sozinho) os atos da vida civil. Falta

    de aptido para praticar pessoalmente atos da vida civil. No

    possuem a capacidade de fato, de exerccio ou de ao.

    S possuem a capacidade de direito ou de gozo. Capacidade

    Limitada a do quando do INCAPAZ (possui somente a

    capacidade de direito), e necessita de outra pessoa que a substitua,

    auxilie e complete a sua vontade.

    Ao absolutamente incapaz dado um REPRESENTANTE. O

    suprimento da incapacidade absoluta se d atravs da REPRESENTAO.

    Os menores de 16 anos so representados por pais ou tutores. Os

    enfermos ou deficientes mentais, privados de discernimento sero

    representados por seus curadores.

    O representante pratica o ato pelo incapaz. Caso o incapaz venha a

    praticar o ato, este NULO de pleno direito, NULIDADE

    ABSOLUTA.

    Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente

    os atos da vida civil:

    I - os menores de dezesseis anos;

    II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o

    necessrio discernimento para a prtica desses atos;

    III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir

    sua vontade.

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    Para qualquer questo literal, voc vai decorar assim:

    INCAPACIDADE RELATIVA: o relativamente incapaz est

    disciplinado no art. 4o.

    Note que o CC espalhou os deficientes mentais, tanto no rol dos absolutamente quanto nos relativamente incapazes. V

    eja que o art. 3 e 4 contemplam os deficientes mentais. Como fazer

    para no errar nenhuma questo literal?

    So absolutamente incapazes: Os menores de dezesseis anos e NO (vocbulo NO)

    Art. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira

    de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por

    deficincia mental, tenham o discernimento reduzido;

    III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    IV - os prdigos. Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por

    legislao especial.

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    Voc j sabe que os absolutamente incapazes so: os menores de16 anos ( 18 anos

    brios habituais

    Viciados em txicos

    Deficiente mental(discernimento reduzido);

    os excepcionais, sem

    desenvolvimento mentalcompleto.

    Prdigos

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    Note que o relativamente incapaz o deficiente mental que tem odiscernimento reduzido. Responda uma coisa: Quem tem

    discernimento reduzido, tem algum discernimento? Tem sim! Tem

    discernimento, porm reduzido.

    O absolutamente incapaz NO possui discernimento, NO pode

    exprimir sua vontade, enquanto que o relativamente possui

    discernimento reduzido.

    O relativamente incapaz o excepcional sem desenvolvimento

    mental completo. Ele possui algum desenvolvimento mental, s no

    completo. O absolutamente NO possui desenvolvimento mental.

    Ao relativamente incapaz dado um ASSISTENTE. Supre-se a

    incapacidade relativa pela ASSISTNCIA. O relativamente incapaz

    pratica certos atos, sendo-lhe exigido que seja assistido, que o

    assistente ratifique (confirme) a prtica do ato. Caso o relativamente

    incapaz pratique o ato sem assistncia, o ato ser ANULVEL.

    ABSOLUTAMENTE

    INCAPAZ

    RELATIVAMENTE

    INCAPAZ

    REPRESENTANTE Incapaz pratica o

    ato sendo

    ASSISTIDO pelo

    ASSISTENTE Pratica o ato

    pelo incapaz

    Se o incapaz

    praticar o ato

    O ato ser

    NULO

    Se o incapaz praticar o

    ato sem ASSISTNCIA

    O ato ser

    ANULVEL

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    BRIO HABITUAL: a pessoa que vive em estado de embriaguez

    eventual reduzindo-o, sem o privar totalmente, a capacidade de discernimento do homem.

    PRDIGO: aquele que desordenadamente gasta e destri

    (dilapida) seu patrimnio, reduzindo-se misria por sua culpa. A

    incapacidade do prdigo apenas para os atos que dizem respeito

    alienao (transferncia) do seu patrimnio. Para os outros atos ele

    plenamente capaz. Vale lembrar que, para que seja declarada

    qualquer espcie de incapacidade, faz-se necessrio um processo de

    interdio, em que o Juiz declare se a pessoa absolutamente ou

    relativamente incapaz.

    INDIO, AUSENTE, SURDO MUDO

    Cuidado com essas pessoas: INDIO, AUSENTE e SURDO MUDO.Veja que o Art. 4o Pargrafo nico dispe que a capacidade dos ndios

    ser regulada por legislao especial. O CC no inseriu o ndio nem

    como absolutamente nem como relativamente incapaz. E voc

    tambm no pode inseri-lo! A capacidade do ndio ser regulada pela legislao especial e essa legislao no est no seu edital!

    Para qualquer questo literal e para toda e qualquer alternativa que

    coloque essas pessoas como absolutamente ou relativamente

    incapaz, a alternativa estar errada. O surdo mudo capaz, desde

    que saiba exprimir sua vontade, desde que tenha discernimento. A

    Art. 4o Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por

    legislao especial.

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    mesma coisa se diga para o ausente. Mas preste ateno para as

    questes do tipo:

    O surdo mudo que no tem discernimento absolutamenteincapaz (correto).

    O surdo mudo que no sabe exprimir sua vontade absolutamente incapaz (correto).

    Nesses casos ele incapaz porque cai na nossa regra do NO.Ele no possui discernimento, no sabe exprimir sua vontade e no

    pelo fato de ser surdo mudo.

    Legitimidade (legitimao) a aptido para a prtica de

    determinados atos processuais. S os plenamente capazes (maiores de 18 anos, desde no acometidos das enfermidades e deficincias

    mentais) as possuem. Consiste em saber se uma pessoa tem, no

    caso concreto, CAPACIDADE para praticar PESSOALMENTE atos

    processuais (em juzo). A falta de legitimao no retira a

    capacidade e pode ser suprida.

    Comentrios s questes:

    Questo 13. (CESPE- Analista Judicirio TRE-GO/2008) Considera-seabsolutamente incapaz o indivduo que no pode exprimir, mesmo

    que temporariamente, sua vontade.

    Comentrios: Segundo o art. 3, III do Cdigo Civil, so absolutamenteincapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que,

    mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Gabarito: correto

    Questo 14. (CESPE- Analista Judicirio TRE-GO/2008) O indivduoque dissipa seu patrimnio torna-se absolutamente incapaz de

    exercer qualquer ato da vida civil.

    Comentrios: Quem dissipa seu patrimnio denominado prdigo, que

    considerado relativamente incapaz pelo Cdigo Civil (art. 4, IV).

    Gabarito: errado

    Questo 15. (CESPE servidor nvel IV Direito MC/2008) Nostermos da legislao em vigor, os excepcionais, sem desenvolvimento

    mental completo, so absolutamente incapazes de exercer

    pessoalmente os atos da vida civil.

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    Comentrios: De acordo com o art. 4, III, eles so relativamente

    incapazes. Gabarito: errado

    Questo 16. (ESAF/Analista de Controle Externo/2006/TCU) Aponte a

    opo falsa.

    a) A capacidade de fato a aptido de exercer por si os atos da vida

    civil.

    b) O portador de doena neurolgica degenerativa progressiva por

    no ter discernimento tido como absolutamente incapaz.

    c) A capacidade dos ndios, pela sua gradativa assimilao

    civilizao, dever ser regida por leis especiais.

    d) Admite-se a morte presumida sem decretao de ausncia, em

    casos excepcionais (p. ex. naufrgio), para viabilizar o registro de bito, resolver problemas jurdicos gerados com o desaparecimento e

    regular a sucesso causa mortis.

    e) A curatela um instituto de interesse pblico, ou melhor um

    munus pblico, cometido por lei a algum somente para administrar

    os bens de pessoa maior que, por si s, no est em condies de

    faz-lo, em razo de enfermidade mental ou de prodigalidade.

    Comentrios:

    A alternativa a est correta. A capacidade de fato a aptido deexercer por si os atos da vida civil.

    A alternativa b est correta. O portador de doena neurolgicadegenerativa progressiva por no ter discernimento tido comoabsolutamente incapaz. Cai no bizu do NO. Ele no incapaz por ter doena neurolgica, mas por NO ter discernimento.

    A alternativa c est correta. Art. 4o Pargrafo nico. A capacidadedos ndios ser regulada por legislao especial.

    A alternativa d est correta. Admite-se sim a morte presumida semdecretao de ausncia (art. 7o). Tratarei do tema no tpico fim da personalidade. A alternativa e est errada. Tutor se d ao menor ante a ausncia dos pais e curador se d pessoa maior incapaz ou enfermo. A

    curatela um instituto de interesse pblico, ou melhor um munus

    pblico, cometido por lei a algum no somente para administrar os

    bens de pessoa maior que, por si s, no est em condies de faz-lo, em razo de enfermidade mental ou de prodigalidade, mas para

    praticar todos os atos da vida civil at e enquanto durar a

    incapacidade.

    Gabarito: e

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    MAIORIDADE (CAPACIDADE PLENA)

    EMANCIPAO

    MODO DE SUPRIR A INCAPACIDADE PARA OS MENORES

    A emancipao o modo de suprimento da incapacidade para o

    menor. , em outras palavras, tornar um menor, maior. Ou seja: com

    a emancipao o menor se torna maior, capaz plenamente e,

    portanto, habilitado a praticar pessoalmente os atos da vida civil. A

    emancipao irrevogvel, irretratvel. Uma vez tornado maior nopode voltar a ser menor.

    Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos,

    quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da

    vida civil.

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    Questo 17. (CESPE - Analista judicirio - TJ-ES/2011) Admite-se a

    outorga, por concesso dos pais, de capacidade civil a menor com

    dezesseis anos de idade completos, mediante instrumento pblico, e

    independentemente de homologao legal.

    Questo 18. (CESPE Analista judicirio STM/2011) O menor que foremancipado aos dezesseis anos de idade em razo de casamento civil

    e que se separar judicialmente aos dezessete anos retornar ao

    status de relativamente incapaz.

    Questo 19. (CESPE Analista jurdico FINEP-MCT/2009) Aemancipao pela concesso dos pais ocorre mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial.

    Art. 5o. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade:

    Voluntria: I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do

    outro, mediante instrumento pblico, independentemente de

    homologao judicial, ou / Judicial: por sentena do juiz, ouvido o

    tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    Legal:

    II - pelo casamento; III - pelo exerccio de emprego pblico efetivo;

    IV - pela colao de grau em curso de ensino superior;

    V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de

    relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com

    dezesseis anos completos tenha economia prpria.

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    EMANCIPAO

    Legal Judicial Voluntria

    Inciso I: concessodos pais ou de um

    deles na falta de

    outro, mediante

    instrumento

    pblico,

    independente de

    homologao

    judicial, desde que

    o menor haja

    completado 16

    anos completos.

    Inciso I:

    concedida pelo

    juiz, ouvido o

    tutor, se o menor contar

    com 16 anos

    completos.

    II: casamento;

    III: exerccio de

    emprego pblico

    efetivo; IV: colao de grau

    em curso de ensino

    superior;

    V: estabelecimento

    civil ou comercial, ou

    pela existncia de relao de

    emprego, desde

    que, em funo

    deles, o menor com

    dezesseis anos

    completos tenha economia prpria.

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    Pai vai ao Cartrio e solicita a emancipao do filho (menor com 16anos)

    Emancipao: Instrumento Pblico (redigido pelo Tabelio)

    Independe de homologao judicial

    EMANCIPAO VOLUNTRIA

    Inciso I: concesso dos pais ou de um deles na falta de outro,

    mediante instrumento pblico, independente de homologao

    judicial, desde que o menor haja completado 16 anos.

    A emancipao concedida pelos pais. Na falta (morte) de um deles

    concedida pelo outro. Caso haja conflito entre os pais, ser levado

    ao Juiz para deciso.

    Trs informaes importantssimas para concurso:

    1) A emancipao concedida pelos realizada medianteinstrumento pblico e no instrumento particular. Os

    pais vo ao Cartrio e emancipam o filho (a), declaram suas

    vontades em emancipar o filho.

    2) A emancipao concedida pelos pais independente dehomologao judicial, ou seja, no h necessidade de se

    levar o documento do Cartrio para o Juiz homologar. O

    documento j se traduz na prpria emancipao. No teria

    sentido sair do Cartrio e levar para o Juiz homologar. Seria,

    nesse caso, emancipao judicial e no voluntria. 3) A emancipao voluntria requer que o menor tenha 16

    anos completo.

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    Pegadinhas:

    A concesso dos pais ou de um deles na falta de outro, mediante

    instrumento particular, independente de homologao judicial,

    desde que o menor haja completado 16 anos completos (falso).

    A concesso dos pais ou de um deles na falta de outro, mediante

    instrumento pblico e dependente de homologao judicial,

    desde que o menor haja completado 16 anos completos (falso).

    A concesso dos pais ou de um deles na falta de outro, mediante

    instrumento pblico, independente de homologao judicial, desde

    que o menor haja completado 16 anos incompletos (falso).

    EMANCIPAO JUDICIAL

    Inciso I: concedida pelo juiz, ouvido o tutor, se o menor contarcom 16 anos completos.

    Tambm aqui se exige que o menor tenha 16 anos completos.

    Juiz ouve o tutor do menor (com 16 anos completos)

    Sentena de emancipao

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    Comentrios s questes:

    Questo 17. (CESPE - Analista judicirio - TJ-ES/2011) Admite-se a

    outorga, por concesso dos pais, de capacidade civil a menor com

    EMANCIPAO LEGAL

    Veja as pegadinhas: Inciso II: O casamento hiptese de emancipao e mesmo que venha a se separar logo

    aps, no retroage a emancipao.

    III: exerccio de emprego pblico efetivo. As

    bancas costumam cobrar assim: cargos em comisso (errado).

    IV: colao de grau em curso de ensinosuperior. As bancas costumam cobrar assim: colao de grau em ensino mdio (errado).

    So duas as hipteses: V:estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao

    de emprego, desde que, em funo deles, o menor com

    dezesseis anos completos tenha economia prpria. As bancas

    no costumam abordar o que seria a economia prpria. Pressupe que a pessoa possa suprir sua sobrevivncia.

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    dezesseis anos de idade completos, mediante instrumento pblico, e

    independentemente de homologao legal.

    Comentrios: Essa a previso do art. 5, pargrafo nico, inciso I. Na

    falta de um dos pais, o outro pode exercer esse direito nos mesmos

    termos.

    Gabarito: correto

    Questo 18. (CESPE Analista judicirio STM/2011) O menor que foremancipado aos dezesseis anos de idade em razo de casamento civil

    e que se separar judicialmente aos dezessete anos retornar ao

    status de relativamente incapaz.

    Comentrios: A emancipao definitiva, irrevogvel, ou seja, umavez emancipado, no h mais volta. Assim, nem o divrcio nem a

    morte do outro cnjuge tm o condo de incapacitar o emancipado.

    H excees, como no caso de o casamento ser nulo, pois, nesse

    caso, nunca houve emancipao.

    Gabarito: errado

    Questo 19. (CESPE Analista jurdico FINEP-MCT/2009) Aemancipao pela concesso dos pais ocorre mediante instrumento

    pblico, independentemente de homologao judicial.

    Comentrios: o que prev o art. 5, pargrafo nico, inciso I do CC.

    Vale ressaltar que na falta de um dos pais, ou outro pode conceder

    nesses mesmos termos. Gabarito: correto

    Questo 20. (ESAF/AFC/CGU/2008) Analise os itens a seguir e

    marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao

    final a opo correspondente.

    ( ) Os brios habituais, os viciados em txicos e os que, por

    deficincia mental, tenham o discernimento reduzido so

    absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida

    civil.

    ( ) Os recm-nascidos e os amentais possuem a capacidade de direito

    e de fato ou de exerccio, visto que podem herdar.

    ( ) Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso provisria.

    ( ) Os atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou

    reconhecerem a filiao sero registrados em registro pblico.

    a) V, V, F, V

    b) F, V, F, V

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    c) F, F, V, F

    d) V, F, F, F e) F, F, F, F

    Comentrios:

    O Item I est errado. Art. 4o So incapazes, relativamente a certos

    atos, ou maneira de os exercer:

    I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por

    deficincia mental, tenham o discernimento reduzido;

    III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    IV - os prdigos.

    O Item II est errado. Os recm-nascidos (menores de 16 anos) e osamentais (deficientes mental sem discernimento) somente possuem a

    capacidade de direito.

    O Item III est errado. Presume-se a morte, quanto aos ausentes,

    nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso definitiva art. Art. 6o A existncia da pessoa natural termina com a morte;

    presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei

    autoriza a abertura de sucesso definitiva. O tema ser tratado no

    tpico fim da personalidade.

    O Item IV est errado. Art. 10. Far-se- averbao (e no registro)

    em registro pblico: II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que

    declararem ou reconhecerem a filiao. Gabarito: e

    Questo 21. (ESAF/SEFAZ/PI/2001) Assinale a opo falsa.

    a) A proteo jurdica dos incapazes realiza-se por meio da

    representao ou assistncia.

    b) O instituto da incapacidade visa proteger os que so portadores de

    uma deficincia jurdica aprecivel.

    c) A legitimao a posio das partes, num ato jurdico, negocial ou

    no, concreto e determinado, em virtude da qual elas tm

    competncia para pratic-lo.

    d) A capacidade a regra e a incapacidade a exceo.

    e) A capacidade de gozo a aptido para exercer por si os atos davida civil.

    Comentrios: A alternativa a est correta. Supre-se a incapacidadepor meio da representao (absolutamente incapaz) ou assistncia

    (relativamente incapaz).

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    A alternativa b est correta. A incapacidade visa proteger os queso portadores de uma deficincia jurdica aprecivel (que pode ser

    medida, podendo ser absoluta ou relativa).

    A alternativa c est correta. Legitimidade a aptido para a prtica de atos processuais e decorre da capacidade de fato. Possui

    legitimidade para a prtica de atos processuais a pessoa maior de

    idade. A legitimao a posio das partes, num ato jurdico,

    negocial ou no, concreto e determinado, em virtude da qual elas

    tm competncia para pratic-lo.

    A alternativa d est correta. A capacidade a regra porque bastaser pessoa, nascer com vida, ter personalidade para que se tenha a capacidade de direito ou de gozo, aptido genrica para adquirir

    direitos e deveres. A incapacidade a exceo. Somente as pessoas

    elencadas nos arts. 3o e 4o a possuem.

    A alternativa e est errada. A capacidade de fato, exerccio ou deao a aptido para exercer por si os atos da vida civil. A

    capacidade de direito ou de gozo a aptido genrica para adquirir

    os atos da vida civil.

    Gabarito: e

    Questo 22. (ESAF/TRT 7a Regio/Juiz Substituto/2005) Os usurios

    de psicotrpicos, que sofram reduo na sua capacidade de

    entendimento, no podero praticar atos na vida civil sem assistnciade um curador, desde que interditos.

    Comentrios: Note que a questo diz sofram reduo na suacapacidade, ou seja, a pessoa no est totalmente privada da sua capacidade. Os usurios de psicotrpicos, que tm a capacidade de

    entendimento reduzida, se forem interditados, so considerados

    relativamente incapazes, necessitando de assistncia para que sejam

    assistidos na prtica dos atos da vida civil.

    Gabarito: correta.

    Questo 23. (ESAF/CGU/Correio/2006) A condenao criminal

    acarreta incapacidade civil. Comentrios: A capacidade a medida da personalidade. Mesmo o

    preso possui os direitos decorrentes da personalidade, possuindo

    tambm capacidade. Alm disso, a condenao criminal no causa

    de incapacidade civil.

    Gabarito: errada.

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    EXTINO (FIM) DA PERSONALIDADE (Pessoa Natural)

    SENILIDADE: senilidade significa velhice, idadeavanada. A senilidade (velhice) no significa incapacidade. A pessoa

    senil plenamente capaz. Ela pode ser incapaz por algum motivo

    dos arts. 3o e 4o, mas no por velhice.

    Art. 6o A existncia da pessoa natural termina com a morte;

    presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei

    autoriza a abertura de sucesso definitiva.

    NO INCAPAZ

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    O incio da personalidade da pessoa natural ocorre com o nascimento

    com vida. O trmino, o fim da existncia da pessoa natural se d com a morte (Art. 6 CC). A morte causa os seguintes efeitos: extino do

    poder familiar, dissoluo do vnculo conjugal, abertura da sucesso

    dos bens, extino de contrato personalssimo, dentre outros.

    A pessoa natural e, portanto, a personalidade se extinguem com a

    morte. A personalidade acompanha o indivduo durante toda sua

    vida, tendo incio com o nascimento e tem fim com sua morte. A

    personalidade do indivduo extingue-se com a morte. A das pessoas

    jurdicas, com a sua dissoluo e liquidao.

    A morte se prova com a Certido de bito e para se ter esta certido,

    necessrio que se tenha um corpo. O Direito brasileiro admite vrios tipos de morte:

    MORTE REAL: a morte natural e se prova com a Certido de bito.

    Necessita-se de um corpo para que seja expedida a Certido de

    bito.

    MORTE PRESUMIDA: Nem sempre as pessoas morrem de morte

    natural. Algumas vezes so vtimas de desastre, por exemplo,

    naufrgio; outras vezes desaparecem se tornando ausente, enfim,

    nesses casos no possvel encontrar o corpo do morto.

    Nesses casos necessrio que se faa o que se chamaJUSTIFICAO DE BITO, que consiste num processo

    (procedimento de justificao) requerendo-se a decretao da morte

    presumida. Presumida porque se presume que a pessoa esteja morta.

    O Direito civil brasileiro admite a decretao da morte presumida com

    ou sem decretao de ausncia.

    MORTE

    COMORINCIA ou

    MORTE SIMULTNEA

    PRESUMIDA

    REAL

    COM Decretao de

    Ausncia art. 22

    SEM Decretao de

    Ausncia Art. 7

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    Questo 24. (CESPE - Juiz Federal - TRF - 1 Regio/2009) Na

    sistemtica do Cdigo Civil, no se admite a declarao judicial de

    morte presumida sem decretao de ausncia.

    Comentrios questo: O art. 7 do Cdigo Civil estabeleceexpressamente que pode ser declarada a morte presumida sem

    decretao de ausncia, nos casos em que: for extremamente

    provvel a morte de quem estava em perigo de vida; e, se algum,

    desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado

    at dois anos aps o trmino da guerra.

    Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, SEM decretao

    de ausncia:

    I - se for extremamente provvel a morte de

    quem estava em perigo de vida;

    II - se algum, desaparecido em campanha(guerra) ou feito prisioneiro, no for encontrado at dois anos

    aps o trmino da guerra.

    Pargrafo nico. A declarao da morte presumida, nesses casos, somente poder ser requerida depois de esgotadas as buscas e

    averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do

    falecimento.

    MORTE PRESUMIDA SEM DECRETAO DE AUSNCIA

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    Gabarito: errado

    Conforme ressaltado, h casos em que no foi possvel encontrar o

    cadver (corpo) como tambm no h testemunhas que

    presenciaram ou constataram a morte, mas extremamente

    provvel a morte de quem estava em perigo de vida.

    Nesses casos, no h certeza da morte, porm, se houver um

    conjunto de circunstncias que levem presuno de que a pessoa

    que estava em perigo de vida possa estar morta, a lei autoriza ao Juiz

    a declarao da morte presumida.

    Note que nas hipteses acima a pessoa no estava ausente; por

    isso, se quer que se declare a morte sem decretao de ausncia.

    A pessoa estava em perigo de vida ou na guerra (e ou

    desapareceu durante a guerra ou foi feito prisioneiro e no foi

    entrado at dois anos aps o trmino da guerra).

    A declarao judicial de morte presumida somente admitida em

    casos excepcionais, para viabilizar o registro do bito, resolverproblemas jurdicos gerados com o desaparecimento e regular a

    sucesso causa mortis, apenas depois de esgotadas todas as

    buscas e averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do

    bito (Maria Helena Diniz).

    O Direito brasileiro admite e autoriza ao Juiz a declarar de morte

    presumida em duas hipteses: quando for extremamente provvel a

    morte de quem estava em perigo de vida e quando algum,

    desaparecido em campanha (guerra) ou feito prisioneiro, no for

    encontrado at dois anos aps o trmino da guerra.

    Perigo de vida situao extremamente subjetiva e por isso as

    bancas no costumam colocar situaes abordando constituem ou

    no essa situao; elas costumam cobrar de maneira literal.

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    MORTE PRESUMIDA COM DECRETAO DE AUSNCIA

    AUSENTE aquele que desapareceu de seu domiclio sem dele

    haver deixado notcia:

    Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domiclio sem dela

    haver notcia, se no houver deixado representante ou procurador a

    quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de

    qualquer interessado ou do Ministrio Pblico, declarar a ausncia, e nomear-lhe- curador.

    O Direito brasileiro tambm admite a decretao da morte presumida

    COM decretao de ausncia. Aqui se declara a ausncia e a morte

    presumida.

    Observao: note que na decretao da morte presumida SEM

    decretao da ausncia, se sabe onde a pessoa estava antes da

    provvel morte: estava em perigo de vida ou em campanha (guerra).

    Aqui no se sabe onde ela est. Veja: a pessoa desapareceu (sumiu)

    e dentro de determinadas circunstncia (que iremos ver em seguida)

    ser decretada sua ausncia bem como a morte presumida.

    PROCEDIMENTO para a DECRETAO da MORTE PRESUMIDACOM DECRETAO DE AUSNCIA

    PRIMEIRA FASE: CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE

    O curador administra os bens do ausente

    Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domiclio sem dela

    haver notcia, se no houver deixado representante ou procurador

    a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de

    qualquer interessado ou do Ministrio Pblico, declarar (por

    SENTENA) a ausncia, e nomear-lhe- curador.

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    Quem o curador? Art. 25. O cnjuge do ausente, sempre que no

    esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declarao da ausncia, ser o seu legtimo curador.

    1o Em falta do cnjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos

    pais ou aos descendentes, nesta ordem, no havendo impedimento que

    os iniba de exercer o cargo. 2o Entre os descendentes, os mais prximos precedem os mais

    remotos.

    3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do

    curador. Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe- os poderes e obrigaes,

    conforme as circunstncias, observando, no que for aplicvel, o disposto a

    respeito dos tutores e curadores.

    O juiz tambm arrecadar os bens do ausente, entregando a

    administrao deles para o curador; mandar publicar editais durante

    um ano, reproduzidos de dois em dois meses, anunciando a arrecadao e

    chamando o ausente a entrar na posse dos bens. Aps um ano (se ele no deixou representante ou procurador para administrar os bens)

    da publicao do primeiro edital, ou trs anos se deixou procurador,

    permanecendo a ausncia, segue o procedimento para a segunda fase

    (art. 26 do CC).

    Requerimento de

    qualquer INTERESSADO

    ou do Ministrio Pblico

    ao Juiz para que este

    declare a ausncia

    O art. 22: O ausente possui bens, no constituiu

    representante, procurador ou mandatrio antes de seu desaparecimento, com poderes suficientes e

    sem impedimento, para administrar todos os seus

    bens. Haver um patrimnio com titular, mas sem ningum que administre os bens. Nesse caso,

    qualquer interessado, (no precisa ser parente ou

    herdeiro) ou o Ministrio Pblico podero requerer ao juiz que declare a ausncia e nomeie curadorpara administrar os bens do ausente.

    Juiz SENTENA:

    Declara a ausncia

    +

    Nomeia curador.

    O mesmo acontece se o ausente deixarrepresentante que se recuse ou no possa

    exercer ou continuar o mandato (seja pelo trmino

    do prazo do mandato, seja por no serem os poderesdeferidos ao mandatrio suficientes para a

    administrao de todo o seu patrimnio), enfim, ocorrendo qualquer dessas hipteses, o Juiz poder

    declarar a ausncia e lhe nomear curador,conforme o art. 23 do Cdigo Civil: Tambm se declarar a ausncia, e se nomear curador, quando o

    ausente deixar mandatrio que no queira ou nopossa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus

    poderes forem insuficientes.

    DESAPARECENDO A PESSOA DO SEU DOMICLIO

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    Desaparecimento 1 ano (se no deixou procurador) ou 3 anos (se deixou Procurador)

    Interessados requerem a Abertura da Sucesso Provisria

    SEGUNDA FASE: SUCESSO PROVISRIA

    Imisso dos herdeiros na posse dos bens

    Art. 26. Decorrido um

    ano da arrecadao dos

    bens do ausente, ou, se

    ele deixou representante ou procurador, em se

    passando trs anos,

    podero os interessados

    requerer que se declare a

    ausncia e se abra

    provisoriamente a

    sucesso (SUCESSO

    PROVISRIA).

    Quem so os INTERESSADOS?

    Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior,somente se consideram interessados:

    I - o cnjuge no separado judicialmente;

    II - os herdeiros presumidos, legtimos outestamentrios;

    III - os que tiverem sobre os bens do ausente

    direito dependente de sua morte; IV - os credores de obrigaes vencidas e no

    pagas.

    Conta-se um prazo ou outro: o prazo de UM ANOconta-se da arrecadao dos bens do ausente (ele

    no deixou procurador) ou o prazo de TRS ANOS

    ocorre para o caso do ausente antes dodesaparecimento, constituir representante, e esteefetivamente o representar, caso em que no ser nomeado curador dos bens do ausente. Art. 28. 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e nohavendo interessados na sucesso provisria, cumpreao Ministrio Pblico requer-la ao juzo competente.

    Com a sucesso provisria ainda no h adeclarao definitiva da morte, bem como NO h

    a transferncia dos bens para o patrimnio dos

    herdeiros porque no se ainda certeza da morte. O 1 do art. 28 do Cdigo Civil determina que se

    aps o prazo de um ou trs anos, caso no hajainteressados na sucesso provisria, ou se havendo

    interessados, nenhum deles a requerer, cabe ao Ministrio Pblico requer-la ao juiz competente.

    Juiz = SENTENA

    SUCESSO PROVISRIA

    Art. 28. A sentena que determinar a abertura da sucesso provisria s

    produzir efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas,logo que passe em julgado, proceder-se- abertura do testamento, se houver, e ao

    inventrio e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.

    A sentena que determinar a abertura da sucesso provisria s produzirefeitos (trnsito em julgado) aps 180 dias (contados da publicao), prazo

    concedido ao ausente para, caso tenha cincia, aparea. Aps o prazo, quando passar

    em julgado, possvel proceder abertura de testamento, se houver, e ao inventrio e partilha de bens, como se morto estivesse o ausente.

    2o No comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventrio at trinta

    dias depois de passar em julgado a sentena que mandar abrir a sucesso provisria,

    proceder-se- arrecadao dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

    Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenar a converso dos

    bens mveis, sujeitos a deteriorao ou a extravio, em imveis ou em ttulos garantidos

    pela Unio.

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    SUCESSO PROVISRIA

    IMISSO (entrada) DOS HERDEIROS NA POSSE DOSBENS: Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, daro garantias da restituio deles,

    mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhes respectivos.

    1o Aquele que tiver direito posse provisria, mas nopuder prestar a garantia exigida neste artigo, ser

    excludo, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a

    administrao do curador, ou de outro herdeiro designadopelo juiz, e que preste essa garantia.

    2o Os ascendentes, os descendentes e o cnjuge, uma

    vez provada a sua qualidade de herdeiros, podero,

    independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

    Art. 31. Os imveis do ausente s se podero alienar, no

    sendo por desapropriao, ou hipotecar, quando o ordene o

    juiz, para lhes evitar a runa.

    Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisriosficaro representando ativa e passivamente o ausente,

    de modo que contra eles correro as aes pendentes e as

    que de futuro quele forem movidas.

    Art. 33. O descendente, ascendente ou cnjuge que for

    sucessor provisrio do ausente, far seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros

    sucessores, porm, devero capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de

    acordo com o representante do Ministrio Pblico, e prestar

    anualmente contas ao juiz competente.

    Pargrafo nico. Se o ausente aparecer, e ficar provadoque a ausncia foi voluntria e injustificada, perder

    ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e

    rendimentos.

    Art. 34. O excludo, segundo o art. 30, da posse provisria

    poder, justificando falta de meios, requerer lhe sejaentregue metade dos rendimentos do quinho que lhe

    tocaria.

    Art. 35. Se durante a posse provisria se provar a poca

    exata do falecimento do ausente, considerar-se-, nessa data, aberta a sucesso em favor dos herdeiros, que o eram

    quele tempo.

    Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a

    existncia, depois de estabelecida a posse provisria, cessaro para logo as vantagens dos sucessores nela

    imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas

    assecuratrias precisas, at a entrega dos bens a seu dono.

    A sucesso provisria cessa com o

    aparecimento do ausente, com a prova da sua existncia com vida, ou

    com a sua transformao em sucesso definitiva. Se o ausente

    aparecer, mandar notcias suas, ou se

    lhe provar a existncia, cessaro para logo as vantagens dos sucessores

    provisrios, ficando, obrigados atomar as medidas assecuratriasnecessrias, at a entrega dos bens

    ao ausente.

    Com a abertura da sucesso

    provisria, os herdeiros podero ficar

    na posse dos bens (no ser transferida a propriedade ainda). A

    posse tem a finalidade de resguardar

    os bens do ausente. Os ascendentes(pais, avs) e descendentes (filhos,

    netos) e o cnjuge no necessitamprestar garantias.

    Os imveis do ausente s podero ser

    alienados (transferidos, vendidos) por

    ardem do Juiz e mesmo assim paraevitar a runa.

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    +

    TERCEIRA FASE: SUCESSO DEFINITIVA

    Art. 37. Dez anos depois de passada em

    julgado a sentena que concede a abertura

    da sucesso provisria, podero os

    interessados requerer a sucesso definitiva

    e o levantamento das caues (garantias)

    prestadas.

    Sentena

    Abertura

    Sucesso Provisria

    180 dias

    Trnsito em

    julgado

    Sentena

    Abertura

    Sucesso Definitiva

    10 anos

    OU

    Art. 38. Pode-se requerer a sucesso definitiva, tambm,

    provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de

    cinco datam as ltimas notcias dele.

    Ausncia

    (Desaparecimento)

    ltimas notcias

    5 anos

    80 anos

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    Explicando: So duas as hipteses em que pode ser decretada a

    abertura da sucesso definitiva:

    1) Aps o trnsito em julgado (180 dias) da sentena quedecretou a abertura da sucesso provisria, os

    interessados podero requerer a abertura da sucesso

    definitiva.

    2) Pode-se requerer a qualquer tempo a abertura da sucessodefinitiva (no necessita esperar 10 anos do trnsito em

    julgado da sentena que decretou a abertura da sucesso provisria) quando o ausente possui oitenta anos de

    idade, e que de cinco datam as ltimas notcias dele.

    Ocorrida qualquer das hipteses, os interessados (art. 27) podero

    requerer a abertura da sucesso definitiva. Podero tambm requerer

    tambm o levantamento das garantias prestadas. Os sucessores que

    capitalizaram metade dos frutos e rendimentos tero direito a

    resgat-los.

    Sentena

    Abertura

    Sucesso Definitiva

    10 anos

    AUSENTE REGRESSA at 10 anos

    aps a decretao da abertura

    da Sucesso Definitiva: Art. 39.

    Regressando o ausente nos dez anos seguintes abertura da

    sucesso definitiva, ou algum de

    seus descendentes ou ascendentes,

    AUSENTE NO REGRESSA at 10

    anos aps a decretao da

    abertura da Sucesso Definitiva:

    Art. 39. Pargrafo nico. Se, nos

    dez anos a que se refere este artigo, o ausente no regressar,

    e nenhum interessado promover

    a sucesso definitiva,

    Os bens arrecadados passaro ao

    domnio do Municpio ou do

    Distrito Federal, se localizados

    nas respectivas circunscries,

    incorporando-se ao domnio da Unio, quando situados em territrio federal.

    O ausente, os descendentes ou

    ascendentes havero s os bens

    existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em

    seu lugar, ou o preo que os

    herdeiros e demais interessados

    houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

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    Decretada a abertura da sucesso definitiva, o CC ainda concede umprazo de 10 anos para a volta do ausente. Garante ao ausente que

    regressar nos dez anos seguintes abertura da sucesso definitiva,

    ou qualquer de seus herdeiros (que s aparecerem nesse momento),

    o direito aos bens existentes. Mas tero os bens no estado em que

    se acharem (veja que j se passou muito tempo desde o incio do

    processo), ou tero os bens sub-rogados (substitudos no caso,

    por exemplo, de ter sido vendido um imvel para evitar a runa e ter

    comprado outro bem) em seu lugar, ou ao preo (dinheiro aplicado

    proveniente da venda do bem) que os herdeiros e demais

    interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele

    tempo. Ter o mesmo direito o ascendente ou descendente do

    ausente, que aparecer at dez anos aps a abertura da sucesso definitiva.

    Aps 10 anos da abertura da sucesso definitiva, se o ausente,

    ou qualquer de seus herdeiros regressarem, no tero direito

    a mais nada. Nesse caso, os bens sero transferidos, nessa

    ordem:

    a) Municpio ou Distrito Federal: se o bem estiver situado emMunicpio ser transferido para esse Municpio. Se estiver

    localizado no Distrito Federal, ser transferido para o Distrito

    Federal (isso porque o DF no dividido em Municpios); ou

    b) Unio: caso o bem esteja localizado em Territrio, sertransferido para a Unio. Atualmente o Brasil no possui

    Territrio Federal, mas a CF permite que seja criado.

    Veja a sequncia da decretao da morte presumida com decretao

    da ausncia:

    Fases:

    1) Curadoria dos bens do ausente: o curador administra osbens do ausente.

    2) Sucesso provisria os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente.

    3) Sucesso definitiva os herdeiros adquirem a propriedade dosbens do ausente. na abertura da sucesso definitiva que o

    ausente declarado morto.

    ATENO! O Estado NO concorre aos bens do ausente. As

    bancas costumam colocar alternativa contemplando o Estado

    (errado).

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    Observe:

    DESAPARECIDO

    Requerimento de qualquer INTERESSADO ou do Ministrio Pblico

    ao Juiz para que este declare a ausncia.

    Juiz SENTENA: Declara a AUSNCIA

    e nomeia CURADOR SENTENA: efeito (trnsito em julgado):

    180 dias

    Art. 22

    3 anos (se no deixou procurador) 1 ano (se no deixou procurador)

    Interessados requererem a abertura

    da Sucesso Provisria

    Juiz sentena:

    Abertura da

    Sucesso Provisria

    Herdeiros: Imisso na posse A qualquer tempo:

    Ausente conta com

    80 anos

    +

    ltimas notcias

    datam de 5 anos

    10 anos aps o

    trnsito em julgado OU

    Interessados requerer e o Juiz decreta

    Abertura da Sucesso Definitiva

    Ausente retorna Ausente NO retorna

    10 anos

    Recebem s os bens existentes no

    estado em que se acharem, os sub-

    rogados em seu lugar, ou o preo.

    Os bens arrecadados passaro ao domnio do

    Municpio ou do Distrito Federal, se

    localizados nas respectivas circunscries,

    incorporando-se ao domnio da Unio,

    quando situados em territrio federal.

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    COMORINCIA ou MORTE SIMULTNEA

    Existem situaes em que duas ou mais pessoas em razo do mesmo

    evento (causa) vm a falecer na mesma ocasio, porm no se sabe

    ao certo a ordem cronolgica de qual delas faleceu primeiro.

    Nesses casos, resolve-se com uma frmula simples: presumir-se-o

    simultaneamente mortos.

    Exemplo: pai e filho viajam de carro; ocorre um acidente; os dois

    vm a falecer, porm no se sabe quem precedeu ao outro (quem

    faleceu primeiro). Qual a importncia prtica disso?

    No exemplo acima, caso o pai venha a falecer primeiro que o filho,

    haver transmisso de bens e direitos para o filho e, embora este

    venha a falecer minutos depois recebeu bens/direitos do pai, bem

    como os transmitir aos seus herdeiros.

    Art. 8o Se dois ou mais indivduos falecerem na mesma ocasio,

    no se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu

    aos outros, presumir-se-o simultaneamente mortos.

    NO h TRANSMISSO DE BENS e DIREITOS entre os COMORIENTES.

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    Para que ocorra a comorincia ou morte simultnea necessrio quese materialize cumulativamente os seguintes requisitos:

    a) Duas ou mais pessoas b) Morte na mesma ocasio c) Dvidas acerca de quem faleceu primeiro

    Nesse caso: presumir-se-o simultaneamente mortos e NO haver

    transmisso de bens e direitos.

    REGISTRO CIVIL E AVERBAO

    Art. 9o Sero registrados em registro pblico:

    I - os nascimentos, casamentos e bitos;

    II - a emancipao por outorga dos pais ou por sentena do juiz;

    III - a interdio por incapacidade absoluta ou relativa;

    IV - a sentena declaratria de ausncia e de morte

    presumida.

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    TABELA DO REGISTRO CIVIL

    NASCIMENTO

    CASAMENTO

    EMANCIPAO

    FOGE, DESAPARECE(AUSNCIA)

    DECORE assim: o homem NASCE, se EMANCIPA, CASA, FOGE,

    DESAPARECE (AUSNCIA), INTERDITADO e MORRE. (rsrs)

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    POR EXCLUSO, AS DEMAIS SO HIPOTESES DE AVERBAO!

    O registro civil a instituio administrativa que tem por objetivo

    imediato a publicidade dos fatos jurdicos de interesse das pessoas e

    da sociedade. Sua funo dar autenticidade, segurana e eficcia aos fatos jurdicos de maior relevncia para a vida e os interesses dos

    sujeitos de direito.

    Registro civil a perpetuao, mediante anotao por agente

    autorizado, dos dados pessoais dos membros da coletividade e dos

    fatos jurdicos de maior relevncia em suas vidas, para fins de

    autenticidade, segurana e eficcia. Tem por base a publicidade, cuja

    INTERDITADO

    MORTE (BITO)

    MORTE PRESUMIDA

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    funo especfica provar a situao jurdica do registrado e torn-la

    conhecida de terceiros.

    AVERBAO (Modificao / Alterao)

    Decorar os arts. 9o e 10 porque as bancas trocam as hipteses.

    Questo 25. (ESAF/2010/SMF-RJ/Fiscal de Rendas) Assinale a opo

    correta.

    a) O registro da pessoa jurdica declarar o modo por que seministra e representa, ativa e passivamente, judicial e

    extrajudicialmente.

    b) A capacidade de fato ou de exerccio inerente a todo o serhumano, j que a aptido para adquirir direitos e contrair

    obrigaes.

    c) As pessoas com mais de 70 anos so consideradasrelativamente incapazes, pois a lei presume que elas no tm onecessrio discernimento para praticar os atos da vida civil.

    d) O recm-nascido, por no poder exercer pessoalmente os atosda vida civil, no pode ter direitos e obrigaes de qualquer espcie.

    e) Os funcionrios pblicos consideram-se domiciliados no lugaronde exercem suas funes, mesmo que peridicas ou temporrias.

    Comentrios: Gabarito: a

    Questo 26. (ESAF/2009/Receita Federal/Auditor Fiscal da Receita

    Federal) Se uma pessoa, que participava de operaes blicas, no

    for encontrada at dois anos aps o trmino da guerra, configurada

    est a: a) declarao judicial de morte presumida, sem decretao deausncia.

    b) comorincia.

    c) morte civil.

    d) morte presumida pela declarao judicial de ausncia.

    Art. 10. Far-se- averbao em registro pblico:

    I - das sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do

    casamento, o divrcio, a separao judicial e o

    restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou

    reconhecerem a filiao.

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    e) morte real.

    Comentrios: Art. 7. Pode ser declarada a morte presumida, sem

    decretao de ausncia: I - se for extremamente provvel a morte de

    quem estava em perigo de vida; II - se algum, desaparecido em

    campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at dois anos aps

    o trmino da guerra.

    Morte Presumida: Via Sentena declaratria de falecimento, sem o

    cadver.

    Comorincia ou morte simultnea: Pessoas que morreram

    simultaneamente.

    Declarao de Ausncia: formalizao de desaparecimento de algum

    que no indicou seu paradeiro. Sem o cadver.

    Morte Real: Via certido de bito. Com o cadver.

    A morte presumida sem decretao de ausncia quando:

    - se for extremamente provvel a morte de quem estava em perigo

    de vida;

    - se algum desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for

    encontrado at dois anos aps o trmino da guerra.

    Gabarito: a

    Questo 27. (ESAF/2006/CGU/Analista de Finanas e Controle/reaCorreio) Assinale a opo verdadeira.

    a) O estado civil uno e indivisvel, pois ningum pode ser

    simultaneamente casado e solteiro, maior e menor, brasileiro e

    estrangeiro, salvo nos casos de dupla nacionalidade.

    b) Artista plstico menor, com 16 anos de idade, que, habitualmente,

    expe, mediante remunerao, numa galeria, no adquire

    capacidade.

    c) A condenao criminal acarreta incapacidade civil.

    d) A capacidade de exerccio pressupe a de gozo e esta no pode

    subsistir sem a de fato ou de exerccio.

    e) Se algum desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for

    encontrado at dois anos aps o termino da guerra, seus parentes podero requerer ao juiz a declarao de sua ausncia e nomeao

    de curador.

    Comentrios: So dois os critrios para atribuio de nacionalidade

    primria (originria: resultado do fato natural: o nascimento):

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    Origem sangunea - ius sanguinis: funda-se no vnculo do sangue,

    segundo o qual ser nacional todo aquele que for filhos de nacionais, independente do local de nascimento.

    Origem territorial - ius solis: atribui nacionalidade a quem nasce no

    territrio do Estado que o adota, independentemente da

    nacionalidade dos ascendentes.

    O Brasil adota o critrio ius solis, enquanto outros pases, como a

    Alemanha, adota o critrio ius sanguinis. Portanto, filho de alemes,

    nascidos no Brasil so alemes natos e brasileiros natos.

    O ESTADO CIVIL (solteiro, casado, vivo, separado judicialmente ou

    divorciado) cria direitos e deveres especficos; assim como o

    parentesco, que d nascimento a deveres e direitos, nos campos do direito de famlia e das sucesses.

    O ESTADO INDIVIDUAL pode ser encarado sob o aspecto da idade

    (maiores ou menores); do sexo (homens e mulheres) e da sade (do

    ponto de vista da sade mental, que pode tornar a pessoa relativa ou

    absolutamente incapaz e, conforme certos defeitos fsicos, como

    cegueira, surdo-mudez etc., inibir o indivduo para certos e

    determinados atos da vida civil).

    O estado, portanto, qualifica a pessoa dentro da sociedade. Quando

    desejamos situar uma pessoa, diferenando-a de outra, devemos

    verificar sua qualificao, isto , o status, nessas trs esferas,

    ocupado pelo indivduo na sociedade."

    A individualizao o modo particular da pessoa existir. Aspectos do

    estado da pessoa natural so: individual, familiar e poltico.

    O estado individual o modo de ser da pessoa quanto idade, sexo,

    cor, altura, sade, etc. Vale salientar que algumas dessas particulares

    (idade e sade) exercem influncia sobre a capacidade civil

    (maioridade e menoridade).

    O estado familiar que indica a situao da pessoa na famlia em

    relao ao matrimnio (solteiro, casado, separado, divorciado, vivo)

    e ao parentesco consanguneo (pai, filho, irmo) ou afim (sogro, genro, etc.).

    O estado poltico a qualidade jurdica que decorre da posio do

    indivduo na sociedade poltica, podendo ser nacional, podendo ser

    nato (art. 12, I, Constituio Federal) ou naturalizado (art. 12, II, a,

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    Constituio Federal) ou estrangeiro (art. 12, II, b, Constituio

    Federal).

    Alternativa d est errada: Evite a confuso: Capacidade de direitoou de gozo e Capacidade de fato ou de exerccio. A segunda no

    subsiste sem a primeira (e no o contrrio, como na alternativa).

    Capacidade de direito = capacidade de gozo. Todos possuem.

    Capacidade de exerccio = capacidade de fato. Nem todos possuem.

    Portanto, a capacidade de exerccio/fato pressupe a existncia da

    capacidade de direito/gozo, e esta subsiste de qualquer forma, pois

    todos, sem exceo, a possuem.

    Ateno! Alternativa b est errada = pegadinha. Nessas condies,ele no adquire a EMANCIPAO. Pela emancipao uma pessoa incapaz torna-se capaz.

    Da forma como a alternativa foi exposta, presume-se que o artista

    plstico com 16 anos de idade que habitualmente expe, mediante

    remunerao, possui economia prpria, enquadrando-se em uma das

    possibilidade previstas no art. 5, pargrafo nico, V, CC: cessao

    da incapacidade pela existncia de relao de emprego que

    proporcione economia prpria para o mnenor com 16 anos

    completos.

    A alternativa "e" est errada porque a ao proposta no a

    declaratria de ausncia, mas sim a de "justificao de bito".

    A alternativa a est correta: O estado indivisvel porque, apesarde serem muitas suas designaes, no pode ser considerado a no

    ser em seu conjunto. Assim, uma pessoa no se considera solteira e

    casada ao mesmo tempo. O estado civil uno e indivisvel, pois

    ningum pode ser simultaneamente casado e solteiro, maior e menor,

    brasileiro e estrangeiro, salvo nos casos de dupla nacionalidade.

    A alternativa c est errada. A condenao criminal no est previstanos arts. 3 (incapacidade absoluta) e 4 (incapacidade relativa) do

    CC.

    A alternativa e est errada: Se algum desaparecido em campanhaou feito prisioneiro, no for encontrado at dois anos aps o termino da guerra, seus parentes podero requerer ao juiz a declarao de

    sua ausncia e nomeao de curador. Ser declarada a morte

    presumida, sem decretao de ausncia (art. 7, CC). Nesse caso,

    ser aberta a sucesso definitiva.

    Gabarito: a

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    Questo 28. (ESAF/2006/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho) Assinale aopo falsa.

    a) A proteo jurdica dos incapazes realiza-se por meio da

    representao ou assistncia, o que lhes d segurana, quer em

    relao a sua pessoa, quer em relao ao seu patrimnio,

    possibilitando-lhes o exerccio de seus direitos.

    b) A morte presumida pode dar-se com ou sem decretao da

    ausncia.

    c) A senilidade, por si s, no causa de restrio da capacidade de

    fato, porque no pode ser considerada equivalente a um estado

    psicoptico.

    d) O assento da sentena de interdio no registro de pessoas

    naturais e a publicao editalcia no so dispensveis para lhes assegurar eficcia erga omnes.

    e) Em relao menoridade, a incapacidade cessa quando o menor

    comp