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    AULA 03: Poder Executivo. Poder Judicirio.

    SUMRIO PGINA1-Poder Executivo 1-302-Poder Judicirio 31-673- Lista de Questes 68-744- Gabarito 75-76

    1. Poder Executivo

    I. Presidencialismo

    No presidencialismo, o Presidente da Repblica acumula as funes deChefe de Governo e Chefe de Estado. J no parlamentarismo, o chefe deEstado o Rei ou o Presidente da Repblica, enquanto o chefe de Governo oGabinete, chefiado pelo Primeiro-Ministro.

    Puxa, Ndia... Estou confuso (a)...Qual a diferena entre chefe deGoverno e chefe de Estado?

    A chefia de Estado a prpria representao do Estado, principalmenteno que se refere s relaes internacionais. O chefe do Estado est acima da

    poltica, e por isso responsvel pela nomeao de cargos sem carterpoltico. Por isso, no presidencialismo, quando exerce a funo de chefe deEstado, o Presidente da Repblica no presta contas de seus atos ao PoderLegislativo, pois no h cunho poltico em suas decises.

    Por outro lado, a chefia de Governo est fortemente relacionada poltica, visando principalmente realizao de aes e tomada de decisescom base nos anseios dos diversos setores sociais.

    Assim, de posse desses conceitos, podemos perceber que o

    presidencialismo se diferencia do parlamentarismo pela maior independnciade poderes. No presidencialismo, o chefe do governo escolhe e nomeia seusministros, sem qualquer interferncia do Legislativo, enquanto noparlamentarismo o Parlamento e o Gabinete no subsistem sem o apoio um dooutro. Em alguns casos, o Parlamento que nomeia os integrantes doGabinete. Em outros, o chefe do Executivo que os nomeia, desde que hajaapoio da maioria parlamentar ( o caso da Inglaterra, por exemplo).

    Outro importante aspecto do presidencialismo que os governantespossuem mandato por prazo certo. No Parlamentarismo, isso no ocorre: o

    Primeiro-Ministro permanece no cargo enquanto possuir maioria parlamentar.

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    Por fim, no Presidencialismo h responsabilidade do governodiretamente perante o povo. J no Parlamentarismo esta se d perante oparlamento: caso o Primeiro Ministro perca o apoio parlamentar, exonera-seimediatamente.

    O quadro a seguir resume as principais caractersticas doPresidencialismo:

    Com base no que acabamos de estudar e no art. 1 da ConstituioFederal, podemos concluir que a Repblica Federativa do Brasil apresenta asseguintes caractersticas:

    II.

    Funes do Poder Executivo

    A funo tpica do Poder Executivo a executiva, que se consubstanciapela aplicao da lei aos casos concretos. Essa funo executiva subdivide-se

    em funo de governo (atribuies de deciso poltica) e funo administrativa(interveno, fomento e prestao de servio pblico).

    PRESIDENCIALISMO MAIOR INDEPENDNCIA ENTRE OS PODERES

    MANDATO POR PRAZO CERTO

    ACMULO DAS FUNES DE CHEFE DE GOVERNO ECHEFE DE ESTADO

    RESPONSABILIDADE PERANTE O POVO

    Repblica Federativa do Brasil

    Forma de estado = Federao

    Regime poltico = DemocraciaForma de governo = Repblica

    Sistema de governo = Presidencialismo

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    Alm de sua funo tpica, o Executivo exerce outras, atpicas. Cabe aesse Poder legislar (por meio da edio de medidas provisrias e decretosautnomos) e julgar (contencioso administrativo).

    1. (Cespe/2010/TRE-MT) Tanto as tarefas de chefe de Estado comoas de chefe de governo integram o rol de competncias privativas dopresidente da Repblica.

    Comentrios:

    O Poder Executivo personificado pelo Presidente da Repblica, queacumula as funes de Chefe de Governo e Chefe de Estado. Questo correta.

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    III. Investidura e posse

    Determina o art. 77, 1, da Constituio, que a eleio do Presidenteda Repblica importar a do Vice-Presidente com ele registrado. O 2 do

    mesmo artigo estabelece, ainda, que ser considerado eleito Presidente ocandidato que, registrado por partido poltico, obtiver a maioria absoluta devotos, no computados os em branco e os nulos.

    Assim, tanto o Presidente quanto o Vice-Presidente da Repblica soeleitos pelo sistema majoritrio, no qual eleito o candidato com maiornmero de votos.

    Destaca-se que o sistema majoritrio, em regra, divide-se em duasespcies bsicas: sistema majoritrio puro ou simples ou sistema majoritriode dois turnos.

    Pelo primeiro (puro ou simples), considera-se eleito o candidato queobtiver o maior nmero de votos. A Carta Magna adotou esse sistema para aeleio dos Senadores (art. 46, CF) e de prefeitos municipais, em Municpioscom menos de 200 mil eleitores (CF, art. 29, II).

    J pelo segundo (sistema de dois turnos), ser considerado eleito ocandidato que obtiver a maioria dos votos vlidos (no computados os embranco e os nulos). Caso no obtenha essa maioria na primeira votao, serrealizado um novo turno de votaes. Esse mtodo adotado pela Lei

    Fundamental para as eleies de Presidente da Repblica, Governador deEstado e Distrito Federal e Prefeitos de Municpios com mais de 200 mileleitores (CF, art. 77).

    O art. 77, caput, da Constituio Federal, determina que a eleio doPresidente e do Vice-Presidente da Repblica realizar-se-, simultaneamente,no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no ltimo domingo deoutubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do trmino domandato presidencial vigente. Com isso, determina que eleio para essescargos aplica-se o sistema majoritrio de dois turnos, pelo qual o candidato s

    se elege pela maioria absoluta dos votos, que, no sendo obtida no primeiroturno, ser garantida em um segundo turno.

    A Constituio define, ainda, nos 4 e 5 do art. 77 da CF, que se,antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistncia ouimpedimento legal de candidato, convocar-se-, dentre os remanescentes, ode maior votao. Alm disso, se remanescer, em segundo lugar, mais de umcandidato com a mesma votao, qualificar-se- o mais idoso.

    O Presidente e o Vice-Presidente da Repblica tomaro posse em sesso

    conjunta do Congresso Nacional, em 1 de janeiro, prestando o compromissode manter, defender e cumprir a Constituio, observar as leis, promover obem geral do povo brasileiro, sustentar a unio, a integridade e a

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    independncia do Brasil. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, oPresidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de fora MAIOR, no tiverassumido o cargo, este ser declarado vago.

    Observe que o cargo s ser considerado vago se nenhum doscandidatos (Presidente e Vice) comparecer. A existncia de fora maiortambm modifica a situao, conforme o esquema abaixo:

    Sobre o mandato presidencial, destaca-se ainda que, de acordo com oart. 82 da Carta Magna, este de quatro anos e ter incio em primeiro dejaneiro do ano seguinte ao da eleio do Presidente da Repblica. permitidaa reeleio para um nico perodo subsequente.

    Para finalizar o tpico, destaca-se que a Constituio exige alguns

    requisitos para a candidatura ao cargo de Presidente e Vice-Presidente daRepblica:

    Ser brasileiro nato (art. 12, 3, CF); Estar no gozo dos direitos polticos; Ter mais de 35 anos; No ser inelegvel (no incidir em nenhuma das hipteses de

    inelegibilidade previstas na Carta Magna); Possuir filiao partidria.

    IV. Substituio e sucesso

    Ausncia defora maior

    PR nocomparece

    O candidato a Vice assumir omandato como Presidente e

    exercer integralmente o mandatosem Vice-Presidente

    PR e Vice nocomparecem O cargo ser considerado vago

    Fora maior

    PR nocomparece

    O eleito Vice assumir o mandatode Presidente temporariamente, atque o eleito para este cargo tome

    posse

    Vice nocomparece

    O eleito Presidente exercer seucargo sem Vice at que este seja

    empossado

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    Os impedimentos so afastamentos temporrios do Presidente daRepblica, ocorrendo, por exemplo, quando este se afasta do Pas. Quandoocorrem, o Vice-Presidente substituio Presidente no cargo.

    J a vacncia o afastamento definitivo do Presidente, com consequentesucessodo Vice-Presidente no cargo, ocorrendo nas seguintes situaes:

    O art. 79, caput, da Constituio, determina que substituir oPresidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-, no de vaga, o Vice-Presidente.

    Reza o art. 80 da Carta Magna que em caso de impedimento doPresidente e do Vice-Presidente, ou vacncia dos respectivos cargos, serosucessivamente chamados ao exerccio da Presidncia o Presidente da Cmarados Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

    Destaca-se que a sucesso presidencial, no caso de vacncia definitiva

    do cargo, antes do trmino do mandato, possui regras diferenciadas,dependendo de quem o substitua, bem como do perodo que restar para otrmino do mandato. Assim, s o Vice-Presidente pode suceder o Presidentedefinitivamente. Os demais (Presidente da Cmara dos Deputados, do SenadoFederal e do Supremo Tribunal Federal) o faro temporariamente, at queocorra nova eleio, conforme a tabela a seguir:

    HIPTESES

    DEV

    ACNCIA

    DO

    CARGO

    DEPRESIDENTEDA

    REPBL

    ICA

    PELO NO-COMPARECIMENTO PARA A POSSEDENTRO DE DEZ DIAS DA DATA FIXADA PARA A

    MESMA, EXCETO POR FORA MAIOR

    POR MORTE, RENNCIA, PERDA OU SUSPENSODOS DIREITOS POLTICOS E PERDA DA

    NACIONALIDADE BRASILEIRA

    POR CRIME DE RESPONSABILIDADE, OUCOMUM, MEDIANTE DECISO DO SENADOFEDERAL OU DO STF, RESPECTIVAMENTE

    AUSNCIA DO PAS POR MAIS DE QUINZE DIAS,SEM LICENA DO CONGRESSO NACIONAL

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    importante destacar que a hiptese prevista no 2 do art. 81 daCarta Magna a uma modalidade de eleio indireta. Trata-se de umaexceo no processo eleitoral, que s legtima porque foi prevista peloconstituinte originrio.

    Eu sabia que voc iria me perguntar isso... possvel a previso deeleio indireta no ordenamento jurdico dos Estados?

    Mesmo no havendo lei federal permissiva, entende o STF que leiestadual poder prever, sim, eleio indireta em Estado, caso haja previsopara a realizao desta na Constituio Estadual. Isso porque, mesmodispondo a Constituio, em seu art. 22, I, que compete privativamente Unio legislar sobre direito eleitoral, a lei que prev eleio indireta em Estadono , segundo a Corte, materialmente eleitoral, visto que apenas regula asucesso extravagante do Chefe do Poder Executivo.

    Por fim, importante destacar que o art, 83 da Constituio dispe queo Presidente e o Vice-Presidente da Repblica no podero, sem licena doCongresso Nacional, ausentar-se do Pas por perodo superior a quinzedias,sob pena de perda do cargo.

    Trata-se de uma previso para evitar que a cadeira presidencial fiquesem representante por um longo perodo. Afinal, o Brasil no pode ficar muitotempo sem o seu lder (ou sua lder, j que temos uma Presidenta!). Durante operodo de afastamento, o cargo ficar ocupado pelo Vice-Presidente ou pelossucessores presidenciais, na forma do art. 80.

    Um ponto importante a se destacar que, segundo o STF, tanto anecessidade de autorizao para o afastamento do Chefe do Executivo quantoa penalidade de perda de cargo, em caso de descumprimento, so normas de

    reproduo obrigatria pelos demais entes federativos. Trata-se de umaconsequncia do princpio da simetria.

    VACNCIADOS CARGOSDE

    PRESIDENTEE VICE-

    PRESIDENTE

    NOS DOISPRIMEIROS

    ANOS DOMANDATO...

    ELEIO DIRETA NOVENTA

    DIAS DEPOIS DE ABERTA ALTIMA VAGA

    NOS DOISLTIMOSANOS DO

    MANDATO...

    ELEIO INDIRETA, PELOCONGRESSO NACIONAL,

    TRINTADIAS APS ABERTA ALTIMA VAGA

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    2. (ESAF/Procurador da Fazenda/1998) Ser considerado eleitoPresidente o candidato que, computados os votos brancos e nulos,obtiver a maioria absoluta de votos.

    Comentrios:

    No se computam os votos brancos e nulos na eleio do Presidente de

    Repblica (art. 77, 2, CF). Questo incorreta.

    3. (ESAF/2006/CGU) Na eleio para Presidente da Repblica, seantes do segundo turno ocorrer a morte do candidato a Presidente daRepblica, o candidato a Vice-Presidente assume a cabea da chapa e,no caso de sua eleio, em seus impedimentos, ele ser substitudo,sucessivamente, pelo Presidente da Cmara dos Deputados, peloPresidente do Senado Federal e pelo Presidente do Supremo TribunalFederal.

    Comentrios:

    Nesse caso, ser convocado para o segundo turno, dentre osremanescentes, o de maior votao(art. 77, 4, CF). Questo incorreta.

    4. (ESAF/2006/IRB) Por fora de disposio constitucional, asposses do Presidente e do Vice-Presidente da Repblica devero sersempre simultneas, sob pena dos cargos serem declarados vagos.

    Comentrios:Estabelece o pargrafo nico do art. 78 da Constituio que se

    decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este serdeclarado vago. Observe que o cargo s ser considerado vago se nenhum doscandidatos (Presidente e Vice) comparecer. No h necessidade de que asposses sejam simultneas. Questo incorreta.

    5. (ESAF/2009/Receita Federal) Vagando os cargos de Presidente eVice-Presidente da Repblica, far-se- eleio noventa dias depois deaberta a ltima vaga.

    Comentrios:

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    A eleio, em regra, se dar em noventa dias aps aberta a ltima vaga(art. 81, CF). Questo correta.

    6.

    (ESAF/2006/ENAP) Ocorrendo a vacncia simultnea, nos

    ltimos dois anos do perodo presidencial, dos cargos de Presidente ede Vice-Presidente da Repblica, a eleio para ambos os cargos serfeita trinta dias depois da ltima vaga, pelo Congresso Nacional, naforma da lei.

    Comentrios:

    o que determina o art. 81, 1, da Carta Magna. Questo correta.

    7. (ESAF/2006/ENAP) Em caso de impedimento do Presidente e doVice-Presidente, ou vacncia dos respectivos cargos, serosucessivamente chamados ao exerccio da Presidncia o Presidente doSenado Federal, o da Cmara dos Deputados e o do Supremo TribunalFederal.

    Comentrios:

    Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ouvacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccioda Presidncia o Presidente da Cmara dos Deputados, o do Senado Federal eo do Supremo Tribunal Federal. Memorize bem essa ordem! Questo incorreta.

    8. (ESAF/2004/MPU) Haver eleies indiretas para presidente evicepresidente da Repblica se ambos os cargos ficarem vagos nosdois ltimos anos do perodo presidencial.

    Comentrios:

    o que determina o no 2 do art. 81 da Carta Magna. Questo correta.

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    V. Atribuies do Presidente da Repblica

    As atribuies do Presidente da Repblica enquanto Chefe de Estado eChefe de Governo esto enumeradas no art. 84 da Constituio Federal. Veja

    quais so elas, na tabela a seguir:

    Competeprivativamenteao Presidente

    da Repblica...

    I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

    II - exercer, com o auxlio dos Ministros de Estado, adireo superior da administrao federal;

    III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casosprevistos nesta Constituio;

    IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bemcomo expedir decretos e regulamentos para sua fielexecuo;

    V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

    VI - dispor, mediante decreto, sobre:

    a) organizao e funcionamento da administrao federal,quando no implicar aumento de despesa nem criao ouextino de rgos pblicos;

    b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos;VII - manter relaes com Estados estrangeiros e acreditarseus representantes diplomticos;

    VIII - celebrar tratados, convenes e atos internacionais,sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

    IX - decretar o estado de defesa e o estado de stio;

    X - decretar e executar a interveno federal;

    XI - remeter mensagem e plano de governo ao CongressoNacional por ocasio da abertura da sesso legislativa,expondo a situao do Pas e solicitando as providnciasque julgar necessrias;

    XII - conceder indulto e comutar penas, com audincia, senecessrio, dos rgos institudos em lei;

    XIII - exercer o comando supremo das Foras Armadas,nomear os Comandantes da Marinha, do Exrcito e daAeronutica, promover seus oficiais-generais e nome-los

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    Competeprivativamenteao Presidenteda Repblica...

    para os cargos que lhes so privativos;

    XIV - nomear, aps aprovao pelo Senado Federal, osMinistros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais

    Superiores, os Governadores de Territrios, o Procurador-Geral da Repblica, o presidente e os diretores do BancoCentral e outros servidores, quando determinado em lei;

    XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministrosdo Tribunal de Contas da Unio;

    XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos naConstituio, e o Advogado-Geral da Unio;

    XVII - nomear membros do Conselho da Repblica, nostermos do art. 89, VII;

    XVIII - convocar e presidir o Conselho da Repblica e oConselho de Defesa Nacional;

    XIX - declarar guerra, no caso de agresso estrangeira,autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado porele, quando ocorrida no intervalo das sesses legislativas,e, nas mesmas condies, decretar, total ou parcialmente,a mobilizao nacional;

    XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo doCongresso Nacional;

    XXI - conferir condecoraes e distines honorficas;

    XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar,que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacionalou nele permaneam temporariamente;

    XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, oprojeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas deoramento previstos na Constituio;

    XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentrode sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, ascontas referentes ao exerccio anterior;

    XXV - prover e extinguir os cargos pblicos federais, naforma da lei;

    XXVI - editar medidas provisrias com fora de lei, nos

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    termos do art. 62;

    XXVII - exercer outras atribuies previstas naConstituio.

    No que se refere funo de comandante supremo das Foras Armadas,no se trata de ttulo honorfico, mas de verdadeira funo de comando edireo das atividades do Exrcito, da Marinha e da Aeronutica.

    De acordo com o pargrafo nico do art. 84 da Carta Magna, oPresidente da Repblica poder delegar as atribuies mencionadas nos incisosVI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da

    Repblica ou ao Advogado-Geral da Unio, que observaro os limites traadosnas respectivas delegaes.

    Nesse sentido, entende o STF que o presidente da Repblica podedelegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuio de demitir,no mbito das suas respectivas pastas, servidores pblicos federais (STF,Primeira Turma, RMS 24128 DF, julgamento 06.04.2005).

    A lista do art. 84 da Carta Magna exemplificativa, conforme sedepreende do inciso XXVII do art. 84 da Constituio, que diz que o Presidenteda Repblica exercer outras atribuies previstas na Constituio.

    Em regra, essas atribuies so indelegveis, s podendo ser exercidaspelo Presidente da Repblica ou por quem o substituir ou suceder. Entretanto,o pargrafo nico do art. 84 permite que o Presidente delegue algumasatribuies aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repblica e aoAdvogado-Geral da Unio:

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    VI. Poder regulamentar

    O poder regulamentar uma das mais importantes prerrogativas doPoder Executivo, estando previsto no art. 84, IV, da Constituio, queestabelece que cabe privativamente ao Presidente da Repblica expedir

    decretos e regulamentos para a fiel execuo das leis.Os decretos e regulamentos so, portanto, atos normativos infralegais,

    devendo subordinar-se s leis. Segundo a doutrina, classificam-se em:

    Atribuiesdelegveis do PR

    Dispor, mediante decreto, sobre organizao efuncionamento da administrao federal, quandono implicar aumento de despesa nem criao ou

    extino de rgos pblicos e extino de

    funes ou cargos pblicos, quando vagos

    Conceder indulto e comutar penas, comaudincia, se necessrio, dos rgos institudos

    em lei

    Prover os cargos pblicos federais, na forma dalei

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    O art. 84, VI, da CF/88 prev hipteses de edio de decreto autnomo.Esses atos, por serem primrios, tm a mesma hierarquia das leis formais,situando-se logo abaixo da Constituio. Submetem-se, por isso, ao controlede constitucionalidade por Ao Direta de Inconstitucionalidade genrica,segundo o STF (ADI 3.232, Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 03.10.2008).

    Os regulamentos de execuo, segundo a doutrina e a jurisprudncia,visam fiel execuo da lei (STF, Pleno, ADIN no 1.435-8/DF, medida liminar,DJU, 06.08.1999). Buscam detalhar a lei, no criam direitos nem obrigaes

    diversas das previstas no texto legal.

    Essa vedao, conforme lio de Alexandre de Moraes, no significa queo regulamento deva se limitar a reproduzir o texto da lei, sob pena deinutilidade. Caber ao Poder Executivo evidenciar e explicitar todas asprevises legais, decidindo a melhor forma de execut-las e, eventualmente,at mesmo suprindo lacunas de ordem prtica ou tcnica.

    Decretos ouregulamentosde execuo

    So atos normativos secundrios, sendo editados parapossibilitar a fiel execuo de uma lei. Sua edio competncia indelegvel do Chefe do Executivo. Exercema funo de uniformizar a aplicao da lei, assegurando aobservncia do princpio da igualdade, ou seja, que aAdministrao atuar da mesma forma diante de casossemelhantes.

    Decretos ouregulamentosautorizados

    So atos regulamentares que complementam a lei combase em expressa determinao nela contida. Essa leideve determinar precisamente os contornos dos decretosou regulamentos autorizados. So editadosprincipalmente por rgos administrativos de natureza

    tcnica, como as agncias reguladoras, por exemplo.

    Decretos ouregulamentos

    autnomos

    So atos normativos primrios que disciplinam aorganizao ou a atividade administrativa, extraindo suavalidade diretamente da Constituio. Existem em nossoordenamento jurdico desde a EC no32/2001 (art. 84, VI,da CF). A competncia para sua edio pode ser delegada,nos termos do pargrafo nico do art. 84 da CF.

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    9. (ESAF/2007/PGFN) Compete ao Presidente da Repblica anomeao dos Ministros de Estado, a qual, em certas situaes, secondiciona aprovao do Conselho da Repblica.

    Comentrios:

    Compete ao Presidente, de fato, como vimos (art. 84, I, CF) nomear e

    exonerar os Ministros do Estado. Entretanto, no h nenhuma situaoprevista na Constituio em que esta nomeao esteja condicionada aprovao do Conselho da Repblica. Questo incorreta.

    10. (ESAF/2006/CGU) Conforme estabelece a Constituio Federal,o Presidente da Repblica s poder comutar penas depois daaudincia prvia dos rgos institudos em lei.

    Comentrios:

    O art. 84, XII da Constituio determina que compete ao Presidente daRepblica conceder indulto e comutar penas, com audincia, se necessrio,dos rgos institudos em lei. Portanto, a audincia ser discricionria, noobrigatria, como diz o enunciado. Questo incorreta.

    11. (ESAF/2006/IRB) Compete ao Presidente da Repblica nomear,aps aprovao pelo Senado Federal, os Ministros dos TribunaisSuperiores, o presidente e os diretores do Banco Central.

    Comentrios:

    o que determina o art. 84, XIV, da Constituio Federal. Questocorreta.

    12.

    (ESAF/2002/MRE) Antes de nomear o Ministro de Estado dasRelaes Exteriores o Presidente da Repblica deve necessariamentesubmeter o nome por ele escolhido para o cargo aprovao decomisso da Cmara dos Deputados instituda para acompanhar apoltica externa do Governo.

    Comentrios:

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    A CF/88 no faz tal exigncia. A escolha do Ministro de Estado dasRelaes Exteriores de juzo discricionrio do Presidente da Repblica, tendocarter poltico. Questo incorreta.

    13. (ESAF/2006/CGU) Compete ao Presidente da Repblica exercero comando supremo das Foras Armadas e ao Ministro de Estado daDefesa, por fora das suas atribuies administrativas, a nomeaodos oficiais-generais para os cargos que lhes so privativos.

    Comentrios:

    Dispe a CF/88, em seu art. 84, XIII, que compete ao Presidente daRepblica exercer o comando supremo das Foras Armadas, nomear osComandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, promover seusoficiais-generais e nome-los para os cargos que lhes so privativos.Questo incorreta.

    14. (ESAF/2007/PGFN) Entre as competncias do Presidente seencontra a de convocar o Conselho da Repblica e o Conselho deDefesa Nacional, embora eventualmente possa delegar a atribuio depresidi-los.

    Comentrios:

    De fato, determina a Constituio que compete privativamente ao

    Presidente da Repblica convocar e presidir o Conselho da Repblica e oConselho de Defesa Nacional (art. 81, XVIII, CF). Entretanto, tais atribuies,diferentemente do que diz o enunciado, so indelegveis. Questo incorreta.

    15. (ESAF/2007/PGFN) As atribuies constitucionais do Presidenteda Repblica na condio de Chefe de Estado so delegveis aosMinistros de Estado, ao Procurador-Geral da Repblica ou aoAdvogado-Geral da Unio.

    Comentrios:

    Em regra, as atribuies constitucionais do Presidente da Repblica soindelegveis, havendo apenas algumas hipteses excepcionais em que adelegao possvel. Questo incorreta.

    16. (ESAF/2006/ENAP) A competncia do Presidente da Repblicapara permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forasestrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneamtemporariamente pode ser delegada ao Ministro de Estado da Defesa,por expressa previso constitucional.

    Comentrios:

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    extino do cargo ou da funo pblica, quando vagos, se d por decreto doPresidente da Repblica. Questo correta.

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    VII. Vice-Presidente e Ministros de Estado

    A Constituio confere ao Vice-Presidente diversas funes, que,segundo Alexandre de Moraes, podem ser classificadas em prprias ou tpicas

    ou imprprias ou atpicas: Funes prprias ou tpicas: so aquelas para as quais o cargo deVice-Presidente foi criado, sendo-lhe inerentes. Podem resultar de previsoexpressa da Constituio ou de lei complementar. So elas: substituio (CF,art. 79), sucesso (CF, art. 80), participao nos Conselhos da Repblica (CF,art. 89, I) e de Defesa Nacional (CF, art. 91, I), bem como as eventuaisatribuies estabelecidas pela lei complementar prevista no art. 79, pargrafonico, da Carta Magna. Funes imprprias: funes de auxlio ao Presidente da Repblica,nos termos do art. 79 da Constituio, sempre que por ele convocado paramisses especiais.

    Os Ministros de Estado so livremente nomeveis e exonerveis peloPresidente da Repblica, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ounaturalizados, maiores de vinte e um anos e no exerccio dos direitos polticos(art. 87, caput, CF). O Ministro da Defesa, como voc se lembra,necessariamente dever ser brasileiro nato.

    O art. 87, pargrafo nico, da Constituio, arrola em listaexemplificativa as atribuies dos Ministros de Estado, conforme a tabela a

    seguir:

    ATRIBUIESDOS

    MINISTROSDE

    ESTADO

    (LISTA

    EXEMPLIFICATIVA) PRATICAR OS ATOS PERTINENTES S ATRIBUIES

    QUE LHE FOREM OUTORGADAS OU DELEGADAS PELOPRESIDENTE DA REPBLICA

    APRESENTAR AO PRESIDENTE DA REPBLICARELATRIO ANUAL DE SUA GESTO NO MINISTRIO

    EXPEDIR INSTRUES PARA A EXECUO DAS LEIS,DECRETOS E REGULAMENTOS

    EXERCER A ORIENTAO, COORDENAO ESUPERVISO DOS RGOS E ENTIDADES DAADMINISTRAO FEDERAL NA REA DE SUA

    COMPETNCIA E REFERENDAR OS ATOS E DECRETOSASSINADOS PELO PRESIDENTE DA REPBLICA

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    VIII. Conselho da Repblica e Conselho de Defesa Nacional

    Esses dois rgos tm funo consultiva, ou seja, manifestam-se, emcarter opinativo, quando consultados pelo Presidente da Repblica.

    Compete ao Conselho da Repblica pronunciar-se sobre intervenofederal, estado de defesa e estado de stio, bem como sobre as questesrelevantes para a estabilidade das instituies democrticas. J o Conselho deDefesa Nacional rgo de consulta do Presidente da Repblica nos assuntosrelacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrtico.

    Do Conselho da Repblica participam:

    Os membros grifados com amarelo so, como voc ver a seguir,comuns ao Conselho da Repblica e ao Conselho de Defesa Nacional.

    Do Conselho de Defesa Nacional participam:

    O art. 91, 1, CF/88, enumera as competncias do Conselho de DefesaNacional:

    Membros do Conselho da Repblica

    O Vice-Presidente da Repblica O Presidente da Cmara dos Deputados O Presidente do Senado Federal Os lderes da maioria e da minoria na Cmara dos Deputados Os lderes da maioria e da minoria no Senado Federal; O Ministro da Justia Seis cidados brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade,

    sendo dois nomeados pelo Presidente da Repblica, dois eleitos pelo SenadoFederal e dois eleitos pela Cmara dos Deputados, todos com mandato de

    trs anos, vedada a reconduo.

    Membros do Conselho da Defesa Nacional

    O Vice-Presidente da Repblica O Presidente da Cmara dos Deputados O Presidente do Senado Federal O Ministro da Justia O Ministro de Estado da Defesa O Ministro das Relaes Exteriores O Ministro do Planejamento Os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica

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    Qualquer cidado tem legitimidade para oferecer acusao contra oPresidente da Repblica Cmara dos Deputados pela prtica de crime deresponsabilidade. Nesse caso, o exame da Cmara se far por critriospolticos, sendo assegurado ao Presidente da Repblica o direito ao

    contraditrio e ampla defesa.Caso admitida a acusao pela Cmara, o Senado Federal estar

    vinculado ao julgamento do Presidente da Repblica, ou seja, este nopoder decidir pelo no julgamento. Entretanto, da mesma forma que ocorrena Cmara, o julgamento do Senado tem cunho poltico.

    Instaurado o julgamento, o Presidente da Repblica fica suspenso desuas funes, retornando a elas em caso de absolvio ou de decurso do prazode cento e oitenta dias sem concluso do julgamento, sem prejuzo doregular andamento do processo.

    A condenao do Presidente da Repblica ser proferida por 2/3 dosmembros do Senado Federal, em votao nominal aberta. Acarretar aperda do cargo, com a inabilitao, por oito anos, para o exerccio de funopblica, sem prejuzo das demais sanes judiciais cabveis. A sentena serformalizada por Resoluo do Senado Federal.

    No que se refere aos crimes comuns, a Constituio garante aoPresidente da Repblica algumas prerrogativas e imunidades processuais.

    Primeiramente, a Carta Magna exige autorizao prvia da Cmarados Deputados, por dois teros dos seus membros (art. 86, caput, CF) paraque o Presidente da Repblica seja processado e julgado.

    A segunda imunidade a vedao prisodo Presidente da Repblica,nas infraes penais comuns, enquanto no sobrevier sentena condenatria(art. 86, 3, CF). Assim, o Presidente da Repblica, ao contrrio do queocorre com os parlamentares, no pode sofrer priso em flagrante, emnenhuma hiptese. Trata-se da chamada imunidade formal em relao priso.

    Finalmente, durante o seu mandato, o Presidente da Repblica tem umarelativa irresponsabilidade pela prtica de atos estranhos ao exerccio de suasfunes. Assim, o Chefe do Executivo s poder ser responsabilizado, duranteseu mandato, pela prtica de atos referentes atividade presidencial. achamada imunidade penal relativa.

    Essa ltima imunidade s se aplica a infraes de natureza penal. Assim,pode haver apurao, durante o mandato do Presidente da Repblica, deresponsabilidade civil, administrativa, fiscal ou tributria.

    Destaca-se que, segundo o STF, tanto a imunidade formal em relao priso quanto a imunidade penal relativa no se estendem aos Governadores

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    do Estado e do Distrito Federal e nem aos Prefeitos por atos normativosprprios (editados por esses entes federativos). Isso porque somente a Cortepode, por reserva constitucional, legislar sobre priso.

    Os processos referentes a crimes comuns praticados pelo Presidente daRepblica so julgados pelo STF. Entretanto, diferentemente do que ocorre noscasos de crime de responsabilidade, a autorizao da Cmara no vincula oSTF, podendo o Tribunal rejeitar a denncia ou queixa-crime.

    Caso o STF receba a denncia ou queixa-crime, o Presidente daRepblica ficar suspenso de suas funes pelo prazo mximo de cento eoitenta dias, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo (art.86, 1, CF).

    20. (ESAF/2008/CGU) Enquanto no sobrevier sentenacondenatria, nas infraes comuns, o Presidente da Repblica noestar sujeito priso.

    Comentrios:

    Trata-se da chamada imunidade formal em relao priso (art. 86, 3, CF). Questo correta.

    21. (ESAF/2001/SERPRO) O Presidente da Repblica no pode serpreso enquanto durar o seu mandato.

    Comentrios:

    O Presidente da Repblica poder ser preso sim, quando sobreviersentena condenatria. Questo incorreta.

    22. (ESAF/2006/CGU) O Presidente da Repblica comete crime deresponsabilidade se praticar ato que atente contra a lei oramentria.

    Comentrios:

    O artigo 85 da Constituio prev que alguns atos do Presidente daRepblica configuram-se crimes de responsabilidade, conforme a tabela a

    seguir:

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    27. (ESAF/2008/CGU) O Presidente ficar suspenso de suas funesnas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crimepelo Supremo Tribunal Federal.

    Comentrios: o que determina o art. 86, 1, I, da Constituio. Questo correta.

    28. (ESAF/2008/CGU) O Presidente ficar suspenso de suas funesnos crimes de responsabilidade, aps a instaurao do processo peloSenado Federal.

    Comentrios:

    o que determina o art. 86, 1, II, da Constituio. Questo correta.

    29. (ESAF/2008/CGU) Se, decorrido o prazo de trezentos e sessentae cinco dias, o julgamento do Presidente no tiver sido concludo,cessar o seu afastamento, sem prejuzo do regular prosseguimentodo processo.

    Comentrios:

    Determina o art. 86, 2, da Constituio que, se decorrido o prazo decento e oitenta dias, o julgamento do Presidente da Repblica no estiver

    concludo, cessar seu afastamento, sem prejuzo do regular prosseguimentodo processo. Questo incorreta.

    30. (ESAF/2008/CGU) O Presidente da Repblica, na vigncia de seumandato, no pode ser responsabilizado por atos estranhos aoexerccio de suas funes.

    Comentrios:

    o que dispe o art. 86, 4, da CF/88. Trata-se da chamada

    imunidade penal relativa. Questo correta.31. (ESAF/2007/PGFN) Se a Cmara dos Deputados autorizar aabertura de processo contra o Presidente da Repblica, o Senado, nocaso dos crimes de responsabilidade, poder entender pelo no-prosseguimento se verificar desde logo a impertinncia das acusaes.

    Comentrios:

    A deciso da Cmara vincula o Senado Federal vincula o Senado Federal.Questo incorreta.

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    32. (ESAF/2002/SRF/Adaptada) O Presidente da Repblicarresponde a processo criminal, qualquer que seja o crime que lhe sejaimputado, perante o Superior Tribunal de Justia.

    Comentrios:No caso de crime comum, o Presidente ser julgado perante o STF e, no

    de crime de responsabilidade, pelo Senado Federal. Em ambas as hipteses,dever haver autorizao da Cmara dos Deputados, por dois teros de seusmembros (controle poltico), do recebimento da denncia ou da queixa-crimepelo STF. Questo incorreta.

    33. (ESAF/2002/SRF/Adaptada) O Presidente da Repblica, navigncia do seu mandato, no pode ser responsabilizado por atosestranhos ao exerccio de suas funes.

    Comentrios:

    o que determina o art. 86, 4, da Constituio Federal. Questocorreta.

    34. (ESAF/2006/CGU) Nos termos da Constituio Federal, oPresidente da Repblica, na vigncia de seu mandato, s pode serresponsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funesquando o ilcito for de natureza penal.

    Comentrios:

    O Presidente da Repblica no poder ser responsabilizado por nenhumato estranho ao exerccio de suas funes, ainda que se trate de ilcito penal(art. 86, 4, da Constituio Federal). Questo incorreta.

    35. (ESAF/1998/Auditor-Fiscal do Cear) Os Ministros de Estadosomente podero ser processados e julgados nos processos por crimecomum aps a autorizao da Cmara dos Deputados.

    Comentrios:

    Essa exigncia se restringe ao Presidente da Repblica, no seestendendo aos Ministros de Estado. Questo incorreta.

    36. (ESAF/2006/PFN) Consolidou-se o entendimento de que oPresidente da Repblica no dispe de foro por prerrogativa de funopara responder a ao por crime de responsabilidade.

    Comentrios:

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    O Presidente da Repblica possui, sim, foro de prerrogativa de funopara responder a ao por crime de responsabilidade, uma vez que s poderser julgado pelo Senado Federal, que funcionar como Tribunal poltico.Questo incorreta.

    37. (ESAF/1998/Auditor-Fiscal do Cear) A imunidade a atosestranhos ao exerccio das funes, prevista na Constituio Federalem relao ao Presidente da Repblica, pode ser estendida aosGovernadores de Estado.

    Comentrios:

    Segundo o STF, tanto a imunidade formal em relao priso quanto aimunidade penal relativa no se estendem aos Governadores do Estado e doDistrito Federal e nem aos Prefeitos por atos normativos prprios (editados poresses entes federativos). Isso porque somente a Corte pode, por reservaconstitucional, legislar sobre priso.

    Dado seu carter didtico, reproduziremos parte do texto da deciso doSTF. Entende a Corte que o Estado-membro, ainda que em norma constantede sua prpria Constituio, no dispe de competncia para outorgar aoGovernador a prerrogativa extraordinria da imunidade a priso em flagrante,a priso preventiva e a priso temporria, pois a disciplinao dessasmodalidades de priso cautelar submete-se, com exclusividade, ao podernormativo da Unio Federal, por efeito de expressa reserva constitucional de

    competncia definida pela Carta da Repblica. (...) Os Estados-membros nopodem reproduzir em suas prprias Constituies o contedo normativo dospreceitos inscritos no art. 86, 3 e 4 da Carta Federal, pois asprerrogativas contempladas nesses preceitos da Lei Fundamental por seremunicamente compatveis com a condio institucional de Chefe de Estado soapenas extensveis ao Presidente da Repblica (ADI 1.080, j. 19.10.1995).

    Questo incorreta.

    38. (ESAF/1998/Auditor-Fiscal do Cear) A definio de crime de

    responsabilidade e a fixao das regras do processo deimpeachment no mbito estadual so da competncia privativa daUnio.

    Comentrios:

    esse o entendimento do STF. Questo correta.

    39. (ESAF/2009/ANA) O Conselho da Repblica rgo de consultado Presidente da Repblica nos assuntos relacionados com a soberania

    nacional e a defesa do Estado democrtico.Comentrios:

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    o Conselho da Defesa Nacional (no o da Repblica) o rgo deconsulta do Presidente da Repblica nos assuntos relacionados com asoberania nacional e a defesa do Estado democrtico. Questo incorreta.

    40. (ESAF/2006/ENAP) Nos termos da Constituio Federal, uma vezconvocado, pelo Presidente da Repblica, para pronunciar-se sobrequestes relevantes para a estabilidade das instituies democrticas,as manifestaes do Conselho da Repblica sero vinculativas dasdecises e das aes executivas do governo.

    Comentrios:

    As manifestaes do Conselho so meramente opinativas, novinculando as decises do governo. Questo incorreta.

    41. (ESAF/2006/IRB) Em razo de sua condio de mero rgo deconsulta, a audincia prvia do Conselho de Defesa Nacional, peloPresidente da Repblica, para fins de decretao do estado de defesa facultativa, decorrendo de deciso discricionria do Presidente daRepblica.

    Comentrios:

    Nesse caso, por fora do art. 136 da Constituio Federal, o Conselho deDefesa Nacional dever, necessariamente, ser ouvido. Veja o que determina o

    texto constitucional:

    Art. 136. O Presidente da Repblica pode, ouvidos oConselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional,decretar estado de defesa para preservar ou prontamenterestabelecer, em locais restritos e determinados, a ordempblica ou a paz social ameaadas por grave e iminenteinstabilidade institucional ou atingidas por calamidades degrandes propores na natureza.

    Destaca-se, porm, que a manifestao do Conselho tem carteropinativo, no vinculando a deciso do Presidente da Repblica. Questoincorreta.

    42. (ESAF/2004/MPU) So membros natos do Conselho de DefesaNacional os lderes da maioria e da minoria, no Senado Federal e naCmara dos Deputados.

    Comentrios:

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    Os lderes da maioria e da minoria das Casas Legislativas so membrosdo Conselho da Repblica, no do Conselho da Defesa Nacional (art. 89, IV eV, CF/88). Questo incorreta.

    43. (ESAF/2004/MPU) Integram o Conselho da Repblica o vice-presidente da Repblica e o Ministro do Planejamento.

    Comentrios:

    O Ministro do Planejamento no faz parte do Conselho da Repblica (art.89, CF). Questo incorreta.

    44. (ESAF/2004/MPU) Compete ao Conselho de Defesa Nacional,rgo superior de consulta do presidente da Repblica, opinar sobre asquestes relevantes para a estabilidade das instituies nacionais.

    Comentrios:

    Compete ao Conselho da Repblica, nos termos do art. 90 daConstituio, pronunciar-se sobre interveno federal, estado de defesa eestado de stio, bem como sobre as questes relevantes para a estabilidadedas instituies democrticas. Questo incorreta.

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    1 - Os tribunais elaboraro suas propostas oramentriasdentro dos limites estipulados conjuntamente com os demaisPoderes na lei de diretrizes oramentrias.

    2 - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outrostribunais interessados, compete:

    I - no mbito da Unio, aos Presidentes do Supremo TribunalFederal e dos Tribunais Superiores, com a aprovao dosrespectivos tribunais;

    II - no mbito dos Estados e no do Distrito Federal eTerritrios, aos Presidentes dos Tribunais de Justia, com aaprovao dos respectivos tribunais.

    3 Se os rgos referidos no 2 no encaminharem asrespectivas propostas oramentrias dentro do prazoestabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o PoderExecutivo considerar, para fins de consolidao da propostaoramentria anual, os valores aprovados na lei oramentriavigente, ajustados de acordo com os limites estipulados naforma do 1 deste artigo.

    4 Se as propostas oramentrias de que trata este artigoforem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados

    na forma do 1, o Poder Executivo proceder aos ajustesnecessrios para fins de consolidao da propostaoramentria anual.

    5 Durante a execuo oramentria do exerccio, nopoder haver a realizao de despesas ou a assuno deobrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei dediretrizes oramentrias, exceto se previamente autorizadas,mediante a abertura de crditos suplementares ou especiais.

    Note que a CF/88 fixa uma exceo para a realizao de despesas ou aassuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei dediretrizes oramentrias (LDO): despesas previamente autorizadas pelaabertura de crditos suplementares ou especiais.

    A autonomia administrativa do Judicirio, por sua vez, se reflete napreviso constitucional de que aos tribunais do Poder Judicirio compete:

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    Compete aostribunais

    (autonomiaadministrativa)

    Eleger seus rgos diretivos e elaborar seusregimentos internos, com observncia das normas deprocesso e das garantias das partes, dispondo sobre acompetncia e funcionamento dos respectivos rgos

    jurisdicionais e administrativos; Organizar suas secretarias e servios auxiliares e osdos juzos que lhes forem vinculados, velando pelo exerccioda respectiva atividade correicional; Prover, segundo a forma prevista na Constituio, oscargos de juiz de carreira da respectiva jurisdio; Propor a criao de novas varas judicirias; Prover, por concurso pblico, os cargos necessrios administrao da Justia, exceto os de confiana, assimdefinidos em lei;

    Conceder licena, frias e outros afastamentos a seusmembros e aos juzes e servidores que lhes foremdiretamente vinculados.

    O STF, os Tribunais Superiores e os Tribunais de Justia podem, ainda,propor ao Legislativo, observados os limites estabelecidos na Lei deResponsabilidade Fiscal:

    A alterao do nmero de membros dos tribunais inferiores;

    A criao e a extino de cargos e a remunerao dos seus serviosauxiliares e dos juzos que lhes forem vinculados; A fixao do subsdio de seus membros e dos juzes, inclusive dostribunais inferiores, onde houver; A criao ou extino dos tribunais inferiores; A alterao da organizao e da diviso judicirias.

    45. (ESAF/2008/MPOG) Compete privativamente aos Tribunais deJustia propor ao Poder Legislativo respectivo a alterao daorganizao e da diviso judicirias.

    Comentrios:

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    o que determina o art. 96, II, d, da Constituio Federal. Questocorreta.

    46.

    (ESAF/2004/MPU) No mbito da Unio, o encaminhamento, para

    o Executivo, da proposta oramentria dos rgos do poder judicirio da competncia do presidente do Supremo Tribunal Federal.

    Comentrios:

    No mbito da Unio, o encaminhamento da proposta oramentria dosrgos do Poder Judicirio compete tanto ao Presidente do STF quanto aosPresidentes dos Tribunais Superiores (art. 99, 2o, I, CF). Questo incorreta.

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    I. As Garantias do Poder Judicirio

    A Constituio Federal prev que lei complementar, de iniciativa doSupremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, com

    observncia de vrios princpios, que enumeraremos a seguir.O primeiro deles diz respeito ao ingresso na carreira. Determina a

    Constituio que o cargo inicial ser o de juiz substituto e que o ingresso sedar mediante concurso pblico de provas e ttulos, com a participao daOrdem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel emdireito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e obedecendo-se, nasnomeaes, ordem de classificao.

    Segundo o Conselho Nacional de Justia (CNJ), considera-se atividadejurdica (art. 59, Resoluo n. 75/2009-CNJ):

    Aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito; O efetivo exerccio de advocacia, inclusive voluntria, mediante aparticipao anual mnima em cinco atos privativos de advogado (Lei8.906/94) em causas ou questes distintas; O exerccio de cargos, empregos ou funes, inclusive de magistriosuperior, que exija a utilizao preponderante de conhecimento jurdico; O exerccio da funo de conciliador junto a tribunais judiciais, juizadosespeciais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais,no mnimo de 16 horas mensais e durante 1 ano; O exerccio de atividade de mediao ou de arbitragem na composio de

    litgios.

    Digna de nota a vedao, nessa Resoluo, da contagem do estgioacadmico ou de qualquer outra atividade anterior colao de grau debacharel em Direito para efeito de comprovao de atividade jurdica.

    Essa posio corroborada pelo STF. Entende a Corte que os trs anosde atividade jurdica contam-se da data da concluso do curso de Direito e quea expresso atividade jurdica corresponde ao desempenho de atividades

    privativas de bacharel em Direito, devendo a comprovao desses requisitosocorrer na data da inscrio no concurso (ADI 3.460/DF, 31.08.2006, DJ de15.06.2007).

    Destaca-se, ainda, a deciso do STF de que constitucional o requisitode dois anos de bacharelado em Direito para que os candidatos possam seinscrever no concurso pblico para o cargo de Procurador da Repblica (ADI1.040/ Notcias STF, 11.11.2004).

    Outro importante princpio a ser observado no Estatuto da Magistratura

    o da promoo na carreira, de entrncia para entrncia, alternadamente, porantiguidade e merecimento, atendidas as seguintes regras:

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    Promoo obrigatria do juiz que figurar por trs vezes consecutivasou cinco alternadasem lista de merecimento; Promoo por merecimento com requisitos de doisanos de exerccio narespectiva entrncia e integrar, o juiz, o primeiro quinto da lista de

    antiguidade desta, salvo se no houver, com tais requisitos, quem aceite olugar vago; Merecimento avaliado por desempenho e critrios objetivos deprodutividade e presteza no exerccio da jurisdio, bem como pela frequnciae aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento; Recusa do juiz mais antigo, na apurao da antiguidade, somente pelovoto fundamentado de dois teros dos membros do respectivo tribunal,assegurada ampla defesa, repetindo-se a votao at se fixar a indicao; No promoo de juiz que, injustificadamente, retiver autos em seupoder alm do prazo legal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o

    respectivo despacho ou deciso;O Estatuto tambm dever prever acesso aos tribunais de segundo grau

    alternadamente por antiguidade e merecimento, apurados na ltima ou nicainstncia. o caso do acesso dos desembargadores aos Tribunais RegionaisFederais, do Trabalho e Eleitorais, por exemplo.

    Tambm dever o Estatuto determinar a previso de cursos oficiais depreparao, aperfeioamento e promoo de magistrados, sendo etapaobrigatria do processo de vitaliciamento a participao em cursos oficiais oureconhecidos por escola de formao e aperfeioamento de magistrados.

    Outro princpio a ser previsto no Estatuto a residncia do juiz narespectiva comarca, salvo autorizao do tribunal. Alm disso, o ato deremoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse pblico,fundar-se- em deciso por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal oudo Conselho Nacional de Justia, assegurada ampla defesa.

    O Estatuto da Magistratura tambm dever garantir a publicidade e amotivao das decises. Todos os julgamentos dos rgos do Poder Judiciriosero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade,

    podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, s prprias partes e aseus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservao dodireito intimidade do interessado no sigilo no prejudique o interesse pblico informao. As decises administrativas dos tribunais sero motivadas e emsesso pblica, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absolutade seus membros.

    Outra importante previso a que se refere ao rgo especial. Nostribunais com nmero superior a vinte e cinco julgadores, poder serconstitudo rgo especial, com o mnimo de onze e o mximo de vinte e cinco

    membros, para o exerccio das atribuies administrativas e jurisdicionaisdelegadas da competncia do tribunal pleno, provendo-se metade das vagaspor antiguidade e a outra metade por eleio pelo tribunal pleno.

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    importante ressaltar que o quinto constitucional, em regra, no seaplica aos Tribunais Superiores. A exceo se d quanto ao Tribunal Superiordo Trabalho (TST).

    II. As Garantias dos MagistradosDe acordo com Jos Afonso da Silva, as garantias do Judicirio podem

    ser de dois tipos: institucionais(que protegem o Judicirio como instituio)e funcionaisou de rgos, que abrange a vitaliciedade, a inamovibilidade, airredutibilidade dos subsdios e a imparcialidade dos membros do Judicirio (naforma de vedaes). Como eu adoro esquematizar a matria, vou sintetizar astrs principais garantias funcionais em um grfico:

    A vitaliciedade confere a garantia, ao magistrado, de que ele sperder o cargo por sentena judicial transitada em julgado, com todas asgarantias inerentes ao processo. Essa regra, entretanto, comporta umaexceo, que a perda de cargo por determinao do Senado Federal, no casode crime de responsabilidade cometido pelos Ministros do STF ou pelosmembros do Conselho Nacional de Justia (CNJ).

    Essa garantia adquirida aps doisanos de efetivo exerccio do cargo,

    no caso de juiz que ingressou na carreira por meio de concurso pblico deprovas e ttulos e imediatamentepara os membros dos Tribunais. Assim, o

    VITALICIEDADEAQUISIO: APS DOIS ANOS DE EXERCCIO PARA OSMAGISTRADOS DO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO E APARTIR DA POSSE PARA OS DEMAIS.

    IRREDUTIBILIDADEDE SUBSDIOS

    EVITA QUE O MAGISTRADO SOFRA PRESSES POR MEIO DAREDUO DE SEU SUBSDIO, GARANTINDO-SE, COM ISSO,A INDEPENDNCIA NECESSRIA AO EXERCCIOJURISDICIONAL.

    INAMOVIBILIDADE

    GARANTIA DE QUE O MAGISTRADO PERMANECER EM SUASEDE DE ATIVIDADE. CASOS EM QUE POSSVEL AREMOO:-> COM SUA CONCORDNCIA;-> POR INTERESSE PBLICO (DECISO DA MAIORIAABSOLUTA DO RESPECTIVO TRIBUNAL OU DO CNJ,ASSEGURADA AMPLA DEFESA)

    EXCEO: OS JUZES MILITARES, MESMO TENDO ESSAGARANTIA, DEVERO ACOMPANHAR AS FORAS EM

    OPERAO JUNTO S QUAIS TENHAM DE SERVIR.

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    empossado pela regra do quinto constitucional adquire vitaliciedade nomomento da posse, estando dispensado de estgio probatrio.

    A garantia da inamovibilidade assegura ao juiz que este no ser

    removido, de uma localidade para outra (ou mesmo de uma comarca ou sedepara outra), sem o seu consentimento. Assegura, tambm, que ele no serafastado da apreciao de um caso ou de um processo por mecanismosinstitucionais. A remoo, em regra, s poder se dar com a concordncia domagistrado.

    H, contudo, uma exceo, prevista constitucionalmente: a remoo (oumesmo disponibilidade ou aposentadoria) do magistrado por interesse pblico.Nesse caso, dever haver deciso da maioria absoluta do respectivo tribunalou do CNJ, assegurada ampla defesa.

    Por fim, a irredutibilidade de vencimentos afasta a possibilidade de quelei reduza os subsdios pagos aos juzes. Visa-se, com isso, proteger oJudicirio contra presses do Legislativo.

    47. (ESAF/2004/MPU) A inamovibilidade, como garantia do juiz, noadmite excees.

    Comentrios:

    H uma exceo inamovibilidade: possvel a remoo,independentemente do consentimento do juiz, no caso de interesse pblico,mediante deciso do rgo colegiado competente do Ministrio Pblico, pelovoto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa (art.128, 5o, I, b, CF). Questo incorreta.

    48. (ESAF/2004/MPU) Para concorrer vaga de juiz em TribunalRegional Federal, no quinto constitucional, o membro do MinistrioPblico dever ter mais de dez anos de carreira e ser indicado, peloseu rgo, em lista sxtupla, a ser encaminhada ao respectivotribunal.

    Comentrios:

    Segundo o art. 94, caput, da Carta Magna, um quinto dos lugares dosTribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal eTerritrios ser composto de membros, do Ministrio Pblico, com mais de dez

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    anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputaoilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados emlista sxtupla pelos rgos de representao das respectivas classes. Questocorreta.

    49. (ESAF/2006/CGU) S poder ser promovido por merecimento ojuiz que demonstrar dois anos de exerccio na respectiva entrncia eque integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade para apromoo.

    Comentrios:

    ACarta Magna abre a possibilidade de, mesmo quem no preencher taisrequisitos ser promovido. Isso possvel se no houver, dentre os quepreencherem tais requisitos, quem aceite o lugar vago (art. 93, II, b, CF).Questo incorreta.

    50. (ESAF/2004/MPU) Aps a vitaliciedade, o juiz s perder seucargo por deliberao administrativa tomada por maioria qualificadado Pleno do Tribunal a que estiver vinculado.

    Comentrios:

    Aps a vitaliciedade, a perda do cargo se dar por sentena judicialtransitada em julgado (art. 95, I, CF). Questo incorreta.

    51. (ESAF/2005/SRF/Auditor-Fiscal) Nos termos da ConstituioFederal, os servidores do Poder Judicirio podero receber delegaopara a prtica de atos administrativos e atos de mero expediente comcarter decisrio, desde que, no ltimo caso, a conduta estabelecidano ato j esteja sumulada no Tribunal.

    Comentrios:

    Segundo o art. 93, XIV, da Constituio, os servidores recebero

    delegao para a prtica de atos de administrao e atos de mero expedientesem carter decisrio. No h exigncia de que o ato esteja sumulado noTribunal: isso inveno do examinador! Questo incorreta.

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    III. Vedaes aos Magistrados

    Alm das garantias da magistratura, a Constituio estabelece algumasvedaes aos juzes, com o objetivo de preservar a funo judicante,

    garantindo aos magistrados a imparcialidade necessria correta aplicao daJustia. So elas:

    A primeira vedao visa a proteger o sistema remuneratrio do juiz, aoimpedir-lhe o exerccio de qualquer atividade remunerada, exceto a demagistrio. Segundo o STF, a atividade de magistrio pode ser realizada pelomagistrado inclusive no horrio do expediente do juzo ou tribunal, uma vezque ele poder compensar suas atividades jurisdicionais de outras maneiras,sem comprometimento das mesmas.

    Por sua vez, a vedao dedicao atividade poltico-partidria temcomo objetivo garantir a imparcialidade do juiz. Caso decida se dedicar a essaatividade, dever o juiz se afastar definitivamente da magistratura, mediante

    aposentadoria ou exonerao, sob pena de perda do cargo (LC no 35/79, art.26, II, c).

    A vedao ao exerccio da advocacia no juzo ou tribunal do qual seafastou, antes de decorridos trs anos do afastamento do cargo poraposentadoria ou exonerao consiste na chamada quarentena. Visa a evitarsituaes de suspeio quanto ao bom funcionamento do Judicirio, garantindoa este, mais uma vez, independncia e imparcialidade.

    IV. Estrutura

    A Constituio Federal determina, em seu artigo 92, que so rgos doJudicirio:

    Vedaes aos magistrados-> Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo,salvo a de magistrio;

    -> Receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao emprocesso;

    -> Dedicar-se atividade poltico-partidria;-> Receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuiesde pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas asexcees previstas em lei;-> Exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antesde decorridos trs anos do afastamento do cargo por aposentadoriaou exonerao

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    Supremo Tribunal Federal (STF) Conselho Nacional de Justia (CNJ) Superior Tribunal de Justia (STJ) Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juzes Federais

    Tribunais e Juzes do Trabalho Tribunais e Juzes Eleitorais Tribunais (TJMs) e Juzes Militares Tribunais (TJs) e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios

    Esses rgos se dispem hierarquicamente da seguinte forma:

    STF

    STJ TST TSE STM

    TJsTJMs ou

    TJs

    TRFs TRTs TREs

    Conselhos de Justia(Auditorias Militares

    da Unio)

    Juzes militares

    Juzes dosEstados,

    DF e

    Territrios

    Juzes deDireito e

    Conselhosde Justia(AuditoriasMilitares

    dosEstados,

    DF eTerritrios)

    JuzesFederais

    Juzesdo

    Trabalho

    Juzes eJuntas

    Eleitorais

    O STF o rgo mximo do Poder Judicirio, sendo o guardio daConstituio Federal. Tanto essa Corte quanto os Tribunais Superiores (STJ,TST, TSE e STM) tm jurisdio em todo o territrio nacional e sede na CapitalFederal. So, por isso, chamados rgos de convergncia. Destaca-se que oSTF e o STJ so, segundo a doutrina, no s rgos de convergncia comotambm rgos de superposio, pois, embora no pertenam a nenhumaJustia, suas decises se sobrepem s proferidas pelos rgos inferiores dasJustias comum e especial.

    O Conselho Nacional de Justia no se insere na hierarquia do Judicirio,pois no tem competncia jurisdicional. rgo de controle administrativo e

    CNJ

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    financeiro do Judicirio, cabendo-lhe zelar pelo cumprimento dos deveresfuncionais dos juzes.

    V.

    O Conselho Nacional de Justia

    O Conselho Nacional de Justia foi criado pela EC no 45 de 2004, com afinalidade de exercer o controle da atuao administrativa e financeira doPoder Judicirio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes.

    De acordo com o art. 103-B da Constituio, o CNJ compe-se deQUINZE membros com mandato de dois anos, admitida uma reconduo,sendo:

    I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

    II - um Ministro do Superior Tribunal de Justia, indicado pelorespectivo tribunal;

    III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicadopelo respectivo tribunal;

    IV - um desembargador de Tribunal de Justia, indicado peloSupremo Tribunal Federal;

    V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

    VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado peloSuperior Tribunal de Justia;

    VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal deJustia;

    VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado peloTribunal Superior do Trabalho;

    IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior doTrabalho;

    X - um membro do Ministrio Pblico da Unio, indicado peloProcurador-Geral da Repblica;

    XI um membro do Ministrio Pblico estadual, escolhido peloProcurador-Geral da Repblica dentre os nomes indicados pelorgo competente de cada instituio estadual;

    XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal daOrdem dos Advogados do Brasil;

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    XIII - dois cidados, de notvel saber jurdico e reputaoilibada, indicados um pela Cmara dos Deputados e outro peloSenado Federal.

    O Conselho ser presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e,nas suas ausncias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo TribunalFederal. Os demais membros do Conselho sero nomeados pelo Presidente daRepblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do SenadoFederal. No efetuadas, no prazo legal, as indicaes previstas anteriormente,caber a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

    O Ministro do Superior Tribunal de Justia exercer a funo de Ministro-Corregedor e ficar excludo da distribuio de processos no Tribunal,competindo-lhe, alm das atribuies que lhe forem conferidas pelo Estatutoda Magistratura, as seguintes:

    Receber as reclamaes e denncias, de qualquer interessado,relativas aos magistrados e aos servios judicirios;

    Exercer funes executivas do Conselho, de inspeo e de correiogeral;

    Requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuies, erequisitar servidores de juzos ou tribunais, inclusive nos Estados,Distrito Federal e Territrios.

    Vamos memorizar essa informao?

    Destaca-se que junto ao Conselho oficiaro o Procurador-Geral da Repblicae o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

    Para memorizar o nmero de membros do CNJ, lembre-se da frase Coroana Jovem. Pense numa moa de 15 anos, sendo coroada em sua festa dedebutantes!

    Ministro do STJ no CNJ Exercer a funo de Ministro-Corregedor Ficar excludo da distribuio de processos Exercer as funes a ele conferidas pelo Estatuto da Magistratura,

    alm das seguintes:

    Receber as reclamaes e denncias, de qualquer interessado,relativas aos magistrados e aos servios judicirios;

    Exercer funes executivas do Conselho, de inspeo e decorreio geral;

    Requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuies, erequisitar servidores de juzos ou tribunais, inclusive nos Estados,Distrito Federal e Territrios.

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    CNJ Coroa na Jovem 15 membros

    As competncias do CNJ encontram-se dispostas na tabela abaixo:

    Competncias do CNJ (rol exemplificativo) Exercer o controle da atuao administrativa e financeira do PoderJudicirio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes; Zelar pela autonomia do Poder Judicirio e pelo cumprimento doEstatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no mbito desua competncia, ou recomendar providncias; Zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou medianteprovocao, a legalidade dos ATOS ADMINISTRATIVOS praticados pormembros ou rgos do Poder Judicirio, podendo desconstitu-los, rev-los oufixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato

    cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia do Tribunal de Contas daUnio; Receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos doPoder Judicirio, inclusive contra seus servios auxiliares, serventias e rgosprestadores de servios notariais e de registro que atuem por delegao dopoder pblico ou oficializados, sem prejuzo da competncia disciplinar ecorreicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso edeterminar a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ouproventos proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanesadministrativas, assegurada ampla defesa;

    Representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra aadministrao pblica ou de abuso de autoridade; Rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares dejuzes e membros de tribunais julgados H MENOS DE UM ANO; Elaborar SEMESTRALMENTE relatrio estatstico sobre processos esentenas prolatadas, por unidade da Federao, nos diferentes rgos doPoder Judicirio; Elaborar RELATRIO ANUAL, propondo as providncias que julgarnecessrias, sobre a situao do Poder Judicirio no Pas e as atividades doConselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo TribunalFederal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasio da abertura dasesso legislativa.

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    O CNJ no tem nenhuma competncia sobre o STF e seus ministros.Segundo o Pretrio Excelso, a funo do CNJ controlar apenas a atividadeadministrativa, financeira e disciplinar dos rgos situados abaixo do STF,rgo mximo do Poder Judicirio.

    Alm disso, entende o STF que, no mbito das matrias afetas ao CNJ,

    este tem competncia para expedir normas primrias para regulamentao dotexto constitucional.

    Outro ponto importante que o STF entende ser inconstitucional acriao, por Constituio Estadual, de rgo de controle administrativo doJudicirio do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades(smula 649). Isso porque a magistratura tem carter nacional e unitrio.Portanto, o controle administrativo, financeiro e disciplinar de toda a Justia,inclusive a Estadual, cabe ao CNJ.

    Finalmente, a Unio, inclusive no Distrito Federal e nos Territrios, criarouvidorias de justia, competentes para receber reclamaes e denncias dequalquer interessado contra membros ou rgos do Poder Judicirio, ou contraseus servios auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional deJustia.

    52. (ESAF/2009/Auditor-Fiscal) So rgos do Poder Judicirio osTribunais e Juzes Militares, os Tribunais Arbitrais e o ConselhoNacional de Justia.

    Comentrios:

    A Constituio Federal determina, em seu artigo 92, que so rgos do

    Judicirio: Supremo Tribunal Federal (STF)

    O CNJ no dispe de competnciasjurisdicionais, tampouco de competnciapara fiscalizar a atuao jurisdicional dosjuzes.

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    Conselho Nacional de Justia (CNJ) Superior Tribunal de Justia (STJ) Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juzes Federais Tribunais e Juzes do Trabalho

    Tribunais e Juzes Eleitorais Tribunais (TJMs) e Juzes Militares Tribunais (TJs) e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios

    Os Tribunais Arbitrais no so rgos do Judicirio. Questo incorreta.

    53. (ESAF/2006/CGU) Compete ao Conselho Nacional de Justia ocontrole do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, cabendo-lhe representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra aadministrao pblica ou de abuso de autoridade.

    Comentrios:

    o que determina o art. 103-B, 4o, da Constituio Federal. Questocorreta.

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    VI. Supremo Tribunal Federal (STF)

    O Supremo Tribunal Federal compe-se de onze Ministros, escolhidosdentre cidados com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos

    de idade, de notvel saber jurdico e reputao ilibada (art. 101, caput, CF).Como voc v, no h necessidade de ser bacharel em Direito para serMinistro do STF. Para se lembrar do nmero de membros do STF, a dica afrase Somos Todos do Futebol, com as iniciais da Corte Mxima. Quantosjogadores tem cada time? Isso mesmo, onze! Assim fica fcil, no?

    Para ser Ministro do STF, necessrio o cumprimento de cincorequisitos:

    Requisito administrativo: ser indicado pelo Presidente da Repblica eobter, posteriormente, aprovao, aps sabatina, pela maioria absoluta doSenado Federal Requisito civil: ter mais de 35 e menos de 65 anos Requisito poltico: estar em pleno gozo dos direitos polticos Requisito jurdico: ser brasileiro nato Requisito moral: possuir reputao ilibada

    O STF tem a funo precpua de guardar a Constituio. Entretanto, ajurisdio constitucional no privativa desse Tribunal, pois alm do controleconcentrado (exercido exclusivamente pela Corte Mxima), nossa Carta Magnainstituiu o controle difuso de constitucionalidade, permitindo que outros

    tribunais apreciem a constitucionalidade de normas avaliando casos concretos.

    Embora a Constituio de 1988 no autorize o STF a editar normasregimentais sobre processo e deciso, admite-se, at a promulgao de novasleis processuais, a aplicao do Regimento Interno do STF na regulamentaodo processo perante a Corte Suprema, com base no princpio da continuidadeda ordem jurdica. Isso porque a Lei 8.038/90, embora tenha disciplinadoalguns aspectos do processo perante o STF e o STJ, no disciplinou, de formacompleta, o processo perante o STF.

    No que se refere estrutura interna do Supremo Tribunal Federal, cadaMinistro integra, formalmente, uma das duas Turmas. As Turmas tmcompetncias idnticas. Os processos so distribudos aos Ministros-Relatores,no s Turmas. O Presidente de cada Turma escolhido pelo critrio deantiguidade.

    O Presidente do STF eleito diretamente pelos seus pares para ummandato de dois anos, sendo vedada a reeleio. Tradicionalmente, so eleitospara os cargos de Presidente e Vice-Presidente os dois Ministros mais antigosque ainda no os exerceram.

    O Supremo Tribunal Federal apresenta competncias originrias erecursais, todas elas taxativamente arroladas na Constituio. Nas originrias,

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    trata de questes decididas apenas por ele, sendo acionado diretamente ejulgando em nica instncia. Essas competncias esto previstas no inciso I doart. 102 da CF:

    Competeoriginariamente

    ao STF

    processar ejulgar (rolexaustivo)

    A ao direta de inconstitucionalidade de lei ou atonormativo federal ou estadual e a ao declaratria deconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal; Nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, oVice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seusprprios Ministros e o Procurador-Geral da Repblica; Nas infraes penais comuns e nos crimes deresponsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes daMarinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o disposto noart. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunalde Contas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carter

    permanente; O "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoasreferidas nas alneas anteriores; o mandado de segurana e o"habeas-data" contra atos do Presidente da Repblica, dasMesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, doTribunal de Contas da Unio, do Procurador-Geral da Repblica edo prprio Supremo Tribunal Federal; O litgio entre Estado estrangeiro ou organismointernacional e a Unio, o Estado, o Distrito Federal ou oTerritrio; As causas e os conflitos entre a Unio e os Estados, aUnio e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive asrespectivas entidades da administrao indireta A extradio solicitada por Estado estrangeiro Ohabeas corpus,quando o coator for Tribunal Superiorou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionriocujos atos estejam sujeitos diretamente jurisdio do SupremoTribunal Federal, ou se trate de crime sujeito mesma jurisdioem uma nica instncia; A reviso criminal e a ao rescisria de seus julgados; A reclamao para a preservao de sua competncia egarantia da autoridade de suas decises; A execuo de sentena nas causas de sua competnciaoriginria, facultada a delegao de atribuies para a prtica deatos processuais; A ao em que todos os membros da magistratura sejamdireta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais dametade dos membros do tribunal de origem estejam impedidosou sejam direta ou indiretamente interessados; Os conflitos de competncia entre o Superior Tribunal deJustia e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ouentre estes e qualquer outro tribunal; O pedido de medida cautelar das aes diretas deinconstitucionalidade; O mandado de injuno, quando a elaborao da norma

    regulamentadora for atribuio do Presidente da Repblica, doCongresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado

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    Competeoriginariamente

    ao STFprocessar e

    julgar (rolexaustivo)

    Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, doTribunal de Contas da Unio, de um dos Tribunais Superiores, oudo prprio Supremo Tribunal Federal; As aes contra o Conselho Nacional de Justia e contra oConselho Nacional do Ministrio Pblico.

    O Supremo Tribunal Federal apresenta, alm dessas, uma srie decompetncias implcitas. Na Rcl. 2.069, Velloso, sesso de 27.06.2003, porexemplo, o STF reconheceu sua competncia para processar todo mandado desegurana, qualquer que fosse a autoridade coatora, impetrado por quem tevea sua extradio deferida pelo Tribunal. Alm disso, dentre outros exemplos,adotou-se a interpretao extensiva do texto constitucional nas seguinteshipteses:

    Mandado de segurana contra Comisso Parlamentar de Inqurito (MS23.619/DF, DJ de 07.12.2000; MS 23.851/DF, MS 23.868/DF e MS 23.964/DF,Rel. Min Celso de Mello, DJ de 21.06.2002). Habeas corpus contra a Interpol, em face do recebimento de mandadode priso expedido por magistrado estrangeiro, tendo em vista a competnciado STF para processar e julgar, originariamente, a extradio solicitada porEstado estrangeiro (CF, art. 102, I, g), conforme HC 80.923/SC, Rel. Min.Nri da Silveira, DJ de 21.06.2002. Mandado de segurana contra atos que tenham relao com o pedido deextradio (CF, art. 102, I, g), conforme Rcl. 2.069/DF, Rel. Min. CarlosVelloso, DJ de 01.08.2003 e Rcl. 2.040/DF, Rel. Min. Nri da Silveira, DJ de27.06.2003. A competncia do STF para julgar mandado de segurana contra atos daMesa da Cmara dos Deputados (art. 102, I, d, 2 parte) alcana os atosindividuais praticados por parlamentar que profere deciso em nome desta(MS-AgRg 24.099/DF, DJ de 02.08.2002). Habeas corpus contra qualquer deciso do STJ, desde que configuradoo constrangimento ilegal (HC-QO 78.897/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de20.02.2004).

    Utiliza-se, para isso, a teoria das competncias implcitascomplementares, de Canotilho2. Segundo o autor, existem duas hipteses decompetncias complementares implcitas: (1) competncias implcitascomplementares, enquadrveis no programa normativo-constitucional de umacompetncia explcita e justificveis porque no se trata tanto de alargarcompetncias, mas de aprofund-las (exemplo: quem tem competncia paratomar uma deciso deve, em princpio, ter competncia para a preparao eformao de deciso); (2) competncias implcitas complementares,necessrias para preencher lacunas constitucionais patentes atravs da leiturasistemtica e analgica de preceitos constitucionais.

    2Jos Joaquim Gomes Canotilho, Direito Constitucional e Teoria da Constituio, 5 edio, 2002.

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    Na competncia recursal, o Supremo decide matrias a ele submetidaspor meio de recurso ordinrio ou extraordinrio. Analisa, ento, a questo emltima instncia, proferindo a palavra final a respeito. O STF tem competnciarecursal ordinria para julgar:

    Destaca-se que o recurso extraordinrio meio excepcional deimpugnao de decises judiciais, no equivalendo a um terceiro ou um quartograu de jurisdio. Busca, somente, resguardar a Constituio. Questes denatureza meramente processual ou de mbito infraconstitucional no lhe doensejo, ainda que, por via reflexa, atentem contra a Carta Magna (STF, RE236.333/DF, 14.09.1999).

    No que se refere repercusso geral, requisito do recurso extraordinrio,podemos conceitua-la como um filtro que serve para impedir que o Supremoaprecie recursos extraordinrios insignificantes social, econmica, poltica oujuridicamente. Essa exigncia foi criada pela EC 45/2004 com o objetivo delivrar o Supremo de demandas irrelevantes para a sociedade brasileira,

    Recurso ordinrio

    O "habeas-corpus", o mandadode segurana, o "habeas-data" eo mandado de injuno decididosem nica instncia pelosTribunais Superiores, sedenegatria a deciso;

    O crime poltico.

    Recurso extraordinrio

    As causas decididas em NICA ouLTIMA instncia, quando adeciso recorrida:

    a) contrariar dispositivo daConstituio;

    b) declarar ainconstitucionalidade detratado ou lei federal;

    c) julgar vlida lei ou ato degoverno local contestado emface desta Constituio.

    d) julgar vlida lei localcontestada em face de leifederal.

    Requisitos dorecurso

    extraordinrio

    O recorrente dever demonstrar a repercussogeral das questes constitucionais discutidas nocaso, nos termos da lei, a fim