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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA ANALISTA JUDICIÁRIO E OFICIAL DE JUSTIÇA (TEORIA E EXERCÍCIOS) AULA 4 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT) Prezados Alunos! Aula 4 de Direito Processual Civil para AJAJ e AJOJAF! Bons estudos... Ricardo Gomes AVISOS: Para o concurso do TJDFT lançamos os seguintes Cursos: REGIMENTO INTERNO DO TJDFT, PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS JUDICIAIS, E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TODOS OS CARGOS (TEORIA E EXERCÍCIOS) – ISOLADO e PACOTE. DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA AJAJ – TEORIA E EXERCÍCIOS. NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA TÉCNICO TEORIA E EXERCÍCIOS. Outros Cursos: REGIMENTO INTERNO DO CNJ; LEGISLAÇÃO ESPECIAL DO CNJ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE O BNDES; DIREITO ELEITORAL PARA TRE/MG; Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL – REGULAR!!

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT)

Prezados Alunos!

Aula 4 de Direito Processual Civil para AJAJ e AJOJAF!

Bons estudos...

Ricardo Gomes

AVISOS:

• Para o concurso do TJDFT lançamos os seguintes Cursos:

• REGIMENTO INTERNO DO TJDFT, PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS JUDICIAIS, E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TODOS OS CARGOS (TEORIA E EXERCÍCIOS) – ISOLADO e PACOTE.

• DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA AJAJ – TEORIA E EXERCÍCIOS.

• NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA TÉCNICO – TEORIA E EXERCÍCIOS.

Outros Cursos:

• REGIMENTO INTERNO DO CNJ;

• LEGISLAÇÃO ESPECIAL DO CNJ

• CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE O BNDES;

• DIREITO ELEITORAL PARA TRE/MG;

• Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL – REGULAR!!

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Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus conhecimentos!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Atos Processuais: espécies, formas e prazos.

1. Atos Processuais.

Os Atos Processuais (gênero) são todos aqueles praticados pelos sujeitos que compõem o Processo (as Partes, Juiz, serventuários/servidores da Justiça, terceiros juridicamente interessados, etc), visando à criação, modificação ou extinção da relação jurídica processual.

O ato processual é todo aquele que visa instaurar, desenvolver, modificar ou extinguir a relação jurídica processual.

Em todas as fases do Processo Judicial são praticados atos processuais pelos diversos agentes partícipes, desde a petição inicial, despacho de recebimento do Juiz, citação do réu, contestação à petição inicial, etc.

O Código de Processo Civil (CPC) classifica os Atos Processuais em 3 (três) grandes grupos, com base no agente/sujeito que o pratica:

1. Atos das Partes – arts. 158-161;

2. Atos do Juiz – arts. 162-165;

3. Atos do Escrivão ou Chefe de Secretaria – arts. 166-171.

a) Forma dos Atos em Geral.

A regra é que os atos processuais não tenham forma definida ou delimitada, salvo quando a própria Lei venha a exigir. Isto é, os atos processuais, em regra, são NÃO solenes, não dependem de forma determinada por Lei (forma livre). Exemplo: a petição inicial do Autor não

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tem uma forma determinada por lei, devendo apenas respeitar os requisitos legais quanto ao seu conteúdo (a forma de escrever e de requerer dependerá de cada autor); da mesma o Juiz decidirá na forma que melhor lhe aprouver (a sentença também não tem uma forma definida em lei, salvo o seu conteúdo: Relatório, Fundamentação, Dispositivo).

Mesmo quando a Lei exige determinada formalidade (Ex: intimação do réu apenas no Diário Oficial), se o ato for praticado por outra forma com o preenchimento de sua finalidade essencial, são reputados como válidos os atos processuais realizados.

A Lei nº 11.280 e a Lei nº 11.419/2006 trouxeram a inovação do Processo Eletrônico, dispondo acerca da prática de atos processuais por meio eletrônico. Agora o processo não é mais somente no papel! Muitos tribunais, especialmente os Tribunais Superiores, já têm adotado tal prática, visando imprimir maior celeridade e organização no trâmite do processo e na prática dos atos processuais.

A partir de agora todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei. Estes diplomas legais autorizam os Tribunais a regularem internamente (por meio de Resolução interna) a prática de atos processuais em meio eletrônico, atendendo-se aos requisitos de segurança: de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil. Com a regulamentação do Tribunal, a petição inicial do Advogado, a Contestação do réu e a decisão do Juiz podem ser realizadas em meio eletrônica, sem a juntada de qualquer papel.

A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são:

• quando o exigir o interesse público;

• que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

Nestes processos de segredo de justiça, o acesso aos autos e o

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direito de certidão somente será franqueado às partes e seus procuradores. Terceiros juridicamente interessados (não partes – ex: filho de casal que está litigando em processo de divórcio), terá direito a certidão do dispositivo da Sentença (parte final da sentença que efetivamente decide a questão), e do inventário e partilha dos bens decorrentes da atual separação judicial ou do divórcio.

Os atos e termos processuais devem ser praticados e escritos em língua oficial adotada por nosso país (obrigatório o uso do vernáculo). Assim, uma petição em língua estrangeira deve ser acompanhada de sua respectiva tradução por tradutor juramentado ou indicado pelo Juiz. Se não houver a tradução, o ato processual será considerado NULO.

CPC

Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.

b) Atos da Parte.

Os atos das partes são praticados pelo autor, réu, terceiros juridicamente interessados e pelo Ministério Público, de forma unilateral ou bilateral. A regra é que os atos das partes produzam efeitos imediatos.

A doutrina classifica os atos das Partes em 3 (três) diferentes espécies:

1. Atos Postulatórios – são os atos em que as partes apresentam um pedido ao Juiz, apresentado suas teses de ataque ou de defesa. Exemplo: petição inicial, recursos, contestação, reconvenção, etc.

2. Atos Probatórios – são atos instrutórios do processo, realizados na tentativa de provar, de convencer o Juiz acerca

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dos fatos. Exemplo: apresentação de documentos, oitiva de testemunhas, interrogatório, etc.

3. Atos de Disposição – são atos da parte que tem por objetivo facilitar a resolução do conflito de interesses, seja pelo reconhecimento jurídico do pedido, pela renúncia, transação e desistência.

o Reconhecimento Jurídico do Pedido – gera a extinção do processo com resolução de mérito, pois uma parte se submete ao pedido da outra de forma espontânea. Exemplo: réu que concorda com o pedido do autor e resolve cumpri-lo de forma espontânea.

o Renúncia – é o ato da parte que renuncia a um direito material ou processual por conta própria, sem direito à retratação. Exemplo: autor que, no meio do processo, renuncia a um de seus pedidos ou alegações formuladas na petição inicial. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo de homologação judicial.

o Transação – é o ato das partes que, reciprocamente abrem mão de parte de suas pretensões individuais, visando uma conciliação e composição do litígio. Dispensa a homologação judicial, pois também produz efeitos imediatos.

o Desistência – é ato do autor da ação, de natureza eminentemente processual, que desiste do prosseguimento da ação interposta. A desistência da ação DEPENTE da aceitação pelo Juiz, por meio de homologação por sentença, pois o direito de ação é exercido contra o Juiz (é um direito ao provimento jurisdicional). Como a desistência depende de homologação, cabe retratação da desistência da ação, antes da decisão do Juiz. Com isso, a desistência NÃO produz efeitos imediatos, contrariando a regra de que os atos das partes produzem efeitos imediatos!

CPC

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Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.

Autos Suplementares.

Os autos dos processos judiciais devem ser copiados para formar autos suplementares, que ajudarão na formação de novo processo no caso de desaparecimento dos autos principais. Estes autos suplementares não podem sair do cartório, salvo para conclusão ao Juiz (disponibilização para despacho).

O CPC prevê regra antiga que tal procedimento não deve ser seguido nas capitais dos Estados, mas não é vigente tal regra.

c) Atos do Juiz.

Os Atos Judiciais são classificados pelo Código de Processo Civil (CPC) como uma das espécies de Atos Processuais.

Os Atos do Juiz (Atos Judiciais – praticados pelo Juiz), que são os Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentenças.

CPC

Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

Sentença.

Antigamente o conceito de Sentença era o ato pelo qual o Juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa (da ação). Assim, o conceito anterior restringia a Sentença a uma decisão que finalizava o

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processo. Todavia, em reforma do CPC realizada no ano de 2005 pela Lei nº 11.232/2005, a Sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse em alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código.

CPC

Art. 162.

§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada pelo Lei nº 11.232, de 2005)

O conceito anterior de Sentença como o ato que implicava na finalização do processo se justificava a época, porque o sistema processual anterior à Lei nº 11.232/2005 era divido em processos estanques e separados: Processo de Conhecimento e Processo de Liquidação e Execução de Sentença.

Uma coisa era a certificação do direito no Processo de Conhecimento (ex: Sentença do Juiz determinando a reintegração de posse de uma determinada propriedade). Outra coisa era a execução desta mesma sentença. Para executar deveria ser aberto um novo processo (+ 1 processo) só para conseguir, na prática, a reintegração de posse conferida pela sentença inicial. Assim, a Sentença antes marcava o fim do processo de certificação do direito (Processo de Conhecimento), dando azo à abertura de um novo Processo para executá-lo (Processo de Execução).

Com efeito, a Lei nº 11.232/2005 trouxe um novo conceito de processo. Hoje o processo é único, dividido apenas em FASES. Existe a Fase de Conhecimento, Fase de Liquidação e Fase de Execução da Sentença. Não cabe aqui estudar o conceito e detalhes de cada Fase. Contudo, cabe informar que a Sentença NÃO mais põe fim ao processo! Por uma razão simples: a Sentença apenas finaliza 1 (uma) de suas fases (a fase de Conhecimento). O Processo não é mais finalizado com a Sentença, mas apenas com a execução definitiva.

Esta junção de todas as Fases em 1 (um) único Processo é chamada pela doutrina de Processo Sincrético. Agora o Processo de Conhecimento é formado pela união ou fusão de processos diversos em apenas 1 (um).

Por causa disso, o conceito de Sentença teve que ser

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modificado. O conceito anterior não tem hoje mais razão de ser porque o processo não mais é ultimado com a exaração da Sentença pelo Juiz.

Nesse sentido, o legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 267 e 269 do CPC:

o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado.

As situações legais do art. 267 são multifacetadas e fazem parte do assunto específico Processo, a ser estudado em separado. De todo modo, indico a leitura atenta de cada uma das hipóteses, que podem ser objeto de prova.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

a. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

d. quando se verificar a ausência de pressupostos

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de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

f. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

g. pela convenção de arbitragem;

h. quando o AUTOR desistir da ação;

i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão de mérito já pacificada na Sentença Definitiva).

Da mesma forma que as situações legais do art. 267, as previstas no art. 269 também são multifacetadas e fazem

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parte do assunto específico Processo, a ser estudado separadamente. De todo modo, indico a leitura atenta de cada uma das hipóteses, que podem ser objeto de prova.

Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo (Art. 269 do CPC):

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

c. quando as Partes transigirem (transação);

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Tá ok Professor, Sentença é a decisão do Juiz que examina ou não examina o mérito, nas hipóteses do art. 267 ou 269. Todavia, o que é Acórdão?

Enquanto os Juízes de 1º Grau de Jurisdição (Juízes de 1ª Instância) proferem as Sentenças para poderem fim à Fase de Conhecimento, os Tribunais de 2ª Instância (Ex: Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, etc) e os Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST, etc) proferem os chamados Acórdãos, decidindo ou não o mérito, mas também pondo fim à Fase de Conhecimento. Recebe a denominação “Acórdão” o julgamento proferido pelo órgão colegiado do Tribunal, que resume a decisão (“voto”) dos Membros da Corte.

CPC

Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais.

Cada Membro do Tribunal, contudo, profere as chamadas Decisões Monocráticas (decisões tomadas pessoalmente, sem a participação de toda a Corte), quando decide uma questão incidental no processo. Estas Decisões Monocráticas têm natureza de Decisões Interlocutórias, como veremos à

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frente.

As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais:

1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva.

2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor).

3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa).

CPC

Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem.

Decisões Interlocutórias.

As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser

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decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui coautor ou corréu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de Decisão Interlocutória. Fácil, não?

Diante da bagunça de nosso Sistema Processual Civil, há casos excepcionais de Decisões Interlocutórias que põem fim à Fase de Conhecimento, mas não é objeto deste estudo, por ora.

Cabe assinalar que, em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO.

CPC

Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269).

Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando

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será admitida a sua interposição por instrumento.

Resumo:

SENTENÇAS:

o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal);

o Terminativa – SEM resolução de mérito - Art. 267 – faz coisa julgada formal;

o Definitiva – COM resolução de mérito – Art. 269 - faz coisa julgada formal e material;

o Cabe o Recurso de Apelação.

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS:

o Decidem questões incidentes (acessórias) sem por fim à Fase de Conhecimento;

o Cabe o Recurso de Agravo.

Despachos.

Os Despachos, comumente chamados de Mero Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício.

O Código de Processo Civil conceitua os Despachos como todos os demais atos praticados pelo Juiz, que não sejam Sentença e nem Decisão Interlocutória, de ofício (por conta própria) ou a requerimento da parte, que não disponham de outra forma estabelecida em lei. Portanto, os Despachos têm um caráter residual, são atos sem cunho decisório e que não se encaixam no conceito de Sentença e nem de Decisão Interlocutória.

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Por não ser propriamente uma Decisão, dos Despachos NÃO cabem qualquer Recurso!

CPC

Art. 504. Dos despachos NÃO cabe recurso.

Lógico que um pronunciamento do Juiz que venha a tumultuar o processo, causando prejuízo à parte, poderá ser atacado por meio de Correição Parcial ou Mandado de Segurança.

Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo.

Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores.

CPC

Art. 162.

§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Prazos para a prática dos Atos do Juiz.

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10

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DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

Redação e Assinatura das Decisões.

O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes.

Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas eletronicamente (assinaturas eletrônicas).

CPC

Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.

Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Fundamentação das Decisões.

Vimos que as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO. Deve-se ressaltar que todas as decisões, inclusive as Decisões Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida).

CPC

Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.

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d) Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria.

Ao escrivão compete os atos processuais de administração e gestão dos processos afetos ao respectivo cartório. Em síntese, o Escrivão ou Chefe da Secretaria do Juízo devem seguir as seguintes diretrizes básicas:

o após a distribuição do Processo ao Juízo, deverá receber a petição inicial de qualquer processo, autuar, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; proceder do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando;

o deve numerar e rubricar todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma quanto aos suplementares.

o os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão.

o Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.

o É vedado usar abreviaturas.

o Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.

o Possíveis contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão (perda do direito de alegar), devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no

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termo.

o Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras. No entanto, será possível se os espaços em branco forem inutilizados e as entrelinhas, emendas ou rasuras forem expressamente ressalvadas.

e) Tempo e Lugar dos Atos Processuais.

Tempo dos Atos Processuais.

Os atos processuais devem ser praticados em Dias ÚTEIS (não em férias e em feriados), entre as 06 às 20 Horas. São feriados os domingos (não o sábado!) e os dias declarados em lei federal, estadual ou municipal (ex: dia do padroeiro da cidade).

O horário e os dias úteis são sempre regulados pelas Leis de Organização Judiciária dos Estados. Por isso, a prática do ato deve obedecer, sobretudo, ao horário e dia estabelecidos na Lei de organização judiciária e não apenas ao CPC. Em tese um ato pode ser praticado num sábado, por ser dia útil, no entanto em tal data não há expediente forense.

A prática do ato da parte, por meio de petição, deve ser realizado no horário de expediente previsto na Lei de Organização Judiciária. Assim, se a lei determina que o expediente é até às 17 horas, não há como sustentar que o CPC prevê prazo maior, até às 20 horas, pois esta é uma regra geral, que serve como parâmetro para as próprias leis de organização judiciárias.

Exceções aos dias e horários regulares:

� Podem ser concluídos os atos processuais depois das 20 HORAS iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

� A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário de

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6 às 20 HORAS.

� A regra é que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Duas exceções:

o a produção antecipada de provas (ex: colheita de testemunho de pessoa prestes a falecer);

o atos judiciais cautelares: a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Neste caso citação do Réu, o prazo de resposta somente começará a correr do no 1º dia útil seguinte ao feriado ou férias.

� Processam-se normalmente durante as férias e recessos forenses e não se suspendem pela superveniência delas:

o os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento (ex: cumprimento de liminares, dada sua urgência);

o as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as causas que seguem o procedimento sumário (art. 275 do CPC);

o todas as outras causas que a lei federal determinar.

Cabe aqui registrar que a Emenda Constitucional nº 45 aboliu as férias forenses no 1º e no 2º grau de jurisdição (Juízes de 1ª e 2ª Instância). No entanto, não ocorreu o mesmo para os Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST, STM), que permanecem com as férias forenses. Apesar da 1ª e 2ª instância não terem formalmente as férias forenses, a maioria dos Tribunais concedem os recessos de final e de meio do ano, que têm a mesma natureza de férias, suspendendo os prazos processuais para qualquer efeito.

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Lugar dos Atos Processuais.

O ordinário é que os atos processuais sejam praticados na SEDE do Juízo (dependências do Fórum). Contudo, é possível que sejam realizados fora da sede nos casos de:

� Critério de Deferência – prerrogativa pessoal da autoridade a ser ouvida em local, data e horário previamente marcados. Exemplo: Chefe do Poder Executivo, Desembargador de Justiça, etc.

� Interesse da Justiça – Exemplo: inspeção judicial realizada pelo Juiz in loco em obra reputada ilegal ou em terra acusada de ter sido grilada;

� Obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo Juiz – Exemplo: caso de réu doente no hospital.

f) PRAZOS Processuais.

Disposições Gerais dos Prazos.

Em virtude do impulso oficial que determina a marcha processual constante e célere até o proferimento da decisão final, cada parte do processo tem prazos previamente determinados para a prática dos atos processuais, sob pena de preclusão do direito de posteriormente praticá-los.

O prazo é o período de tempo para prática do ato processual que medeia entre o seu Termo Inicial (dies a quo) e o Termo Final (dies ad quem).

Os prazos podem ser classificados em:

o Prazo Próprio – é aquele imposto às partes pela lei e acarreta a preclusão do direito de praticar o ato processual se não realizado até o seu final.

o Prazo Impróprio – é o fixado às partes do processo, mas

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que não gera qualquer efeito processual eventual superação;

o Prazo Dilatório - é o prazo fixado em norma dispositiva, que pode ser ampliado ou reduzido por simples convenção entre as partes. O Juiz somente poderá ampliar o prazo dilatório. Exemplo: as partes podem suspender o processo por mera convenção (art. 265, II, do CPC).

A dilação do prazo (ampliação ou redução) só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. Se o prazo já tiver sido expirado, precluirá o direito de dilatá-lo.

As custas processuais acrescidas em virtude da dilação do prazo ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.

o Prazo Peremptório – é aquele inalterável por vontade das partes ou do Juiz. Exemplo: prazo para a contestação do réu; prazo para recorrer da decisão.

Todos os prazos, inclusive os prazos peremptórios podem ser prorrogados por até 60 DIAS nas Comarcas de difícil transporte. Se houver calamidade pública, os 60 DIAS pode ser excedido.

CPC

Art. 182. É defeso (proibido) às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.

Em caso de omissão legal de fixação do prazo processual, cabe ao Juiz determiná-lo. Se o Juiz não o fizer, aplicará a regra do prazo subsidiário de 5 DIAS.

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Os prazos processuais são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte. Exemplo: um prazo para contestação de 15 dias começou a contar no dia 10/10 de determinado ano, que era uma quarta-feira; neste caso, o prazo foi suspenso em virtude do feriado de 12 de outubro? Não, pois feriado não suspende e nem interrompe prazo! Se este prazo começasse no dia 13/12, véspera do recesso forense de alguns tribunais, que começam no dia 15/12, seria suspenso no dia 15/12, retornando no próximo dia útil após o recesso.

Vimos anteriormente que há processos que correm mesmo durante as férias. Nestes casos, os prazos não são suspensos.

O prazo processual também ser suspenso por:

o obstáculo criado pela parte – exemplo: não devolução dos autos à secretaria do juízo no prazo determinado pelo Juiz;

o morte ou perda da capacidade processual das partes, representantes legais ou procuradores;

o convenção das partes nos prazos dilatórios;

o apresentação de exceção de incompetência, suspeição ou impedimento.

Termo Inicial dos Prazos processuais.

Os atos processuais são contados, em regra, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. A intimação é o marco inicial dos prazos.

O prazo começará a correr apenas no próximo dia ÚTIL após a intimação. De todo modo, será prorrogado o prazo inicial para a contagem do prazo até o 1º dia ÚTIL seguinte se o vencimento cair em:

o Feriado;

o Dia em que for determinado fechamento do fórum;

o Dia em que o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

Desse modo, após o dia da intimação o prazo começa a correr

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no próximo dia útil. Se a intimação for realizada numa segunda-feira, começará a correr o prazo na terça-feira (se não for feriado). Se a intimação ocorrer numa sexta-feira, o prazo somente começará a correr na segunda-feira (pois é o próximo dia útil, se não for feriado).

Se a intimação ocorrer na sexta-feira e o fórum estiver fechado na segunda-feira, o prazo só começa a correr na terça-feira.

CPC

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que:

I - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único).

Prazos dos MP e da Fazenda Pública.

O Ministério Público e a Fazenda Pública (União, Estados, DF e Municípios, bem Autarquias e Fundações Públicas) têm prazo em Quádruplo para CONTESTAR e em Dobro para RECORRER.

Resumo: 4 C / 2 R

o 4 VEZES para CONTESTAR

o 2 VEZES para RECORRER

Não se incluem no conceito de Fazenda Pública as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e Estado Estrangeiro.

Prazos com litisconsortes de diferentes procuradores.

Quando houver Litisconsórcio Ativo ou Passivo (+ 1 parte no mesmo polo) com o mesmo Procurador (Advogado), o prazo para praticar atos processuais será o mesmo para qualquer deles. No entanto, se forem

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Procuradores distintos, o prazo para CONTESTAR, RECORRER e para manifestar-se nos autos será considerado em DOBRO (2 vezes).

Prazo residual para comparecimento.

Se a lei não fixar prazo específico para comparecimento em juízo, a parte intimada deve comparecer em juízo pelo menos após 24 HORAS (não antes disso).

Prazos para a prática dos Atos do Juiz.

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

Prazos do serventuário.

O Serventuário da Justiça deve remeter o processo em 24 HORAS para conclusão ao Juiz e executar os atos processuais em 48 HORAS contados da data:

a) em que houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;

b) em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo Juiz.

Preclusão.

A preclusão é a perda da faculdade processual de praticar o ato pelo decurso do tempo, pela consumação do ato ou por sua incompatibilidade. A preclusão pode ser classificada em:

o Preclusão Temporal – é perda do direito de praticar o ato pela não observância do prazo legal ou estabelecido pelo Juiz. Por isso que se decorrido o prazo, o direito de praticar o ato é extinto op legis, sem depender de pronunciamento judicial, salvo prova de justa causa para sua não

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realização.

A justa causa é o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. Neste caso, o Juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe determinar.

o Preclusão Lógica – é a perda do direito de praticar o ato pela prática de ato anterior incompatível com o posterior. Exemplo: se a parte reconhece o pedido do autor, aceitando-o, não poderá posteriormente recorrer da sentença por preclusão lógica.

o Preclusão Consumativa – é a perda do direito de praticar o ato por já o ter praticado, seja bem feito ou não. Exemplo: se a parte apresentou recurso mal elaborado, não poderá posteriormente, mesmo dentro do prazo legal, apresentar um novo recurso melhor instruído.

Renúncia do prazo.

Qualquer das partes pode, eventualmente, renunciar ao prazo a elas estabelecido. Exemplo: prazo para recorrer de 15 DIAS. Neste caso, o simples fato de recorrer antes do prazo ou de não recorrer, implicará na renúncia de todo o prazo legalmente concedido.

Verificação dos Prazos e das Penalidades.

O Juiz é o responsável pela verificação do cumprimento dos prazos por parte dos serventuários. Se for verificada falta disciplinar, o Juiz mandará instaurar Processo Administrativo para apuração.

O Advogado deve restituir os autos dos processos no prazo legalmente previsto para o tipo de processo. Se não o fizer, o Juiz mandará riscar o que neles houver escrito e desentranhar as alegações e documentos que apresentar.

Qualquer interessado pode cobrar que o Advogado que esteja em carga do processo fora do prazo legal (ex: Advogado do réu que faz cargo do processo e não devolve no prazo, impedindo o autor de apresentar contra-

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razões). Se o Advogado não o devolver no prazo de 24 HORAS, este perderá o direito de vista do processo, será sujeito à Multa equivalente à MEIO/Metade do salário mínimo e à apuração disciplinar na Seção da OAB.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 88: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª Região] - 05/04/2009.

Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos ordinatórios.

COMENTÁRIOS:

O CPC prevê que os Atos do Juiz (Atos Judiciais – praticados pelo Juiz), são os Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentenças.

CPC

Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

Todavia, os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo ser praticados e revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo.

Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores.

CPC

Art. 162.

§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei

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não estabelece outra forma.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Desse modo, os Atos do Juiz são os Despachos, Decisões Interlocutórias, Sentenças e Atos Ordinatórios.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 89: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/12/2009.

Com relação aos atos processuais, considere:

I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões incidentes.

II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz.

III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo decidindo o mérito da causa.

IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar andamento ao processo.

É correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto. As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve

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ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de Decisão Interlocutória. Fácil, não?

Item II – errado. Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo ser revistos e praticados pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo.

Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores.

CPC

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Art. 162.

§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

Item III – errado. Pegadinha essa, hen? Quem não estudou direito pode errar essa. A Sentença é o Ato Judicial que implica na extinção da Fase de Conhecimento COM e SEM análise do mérito, nas hipóteses previstas no art. 267 e art. 269 do CPC. Resumo:

o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

o quando o Juiz indeferir a petição inicial;

o quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

o quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30

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DIAS;

o quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

o quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

o quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

o pela convenção de arbitragem;

o quando o AUTOR desistir da ação;

o quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

o quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão

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de mérito já pacificada na Sentença Definitiva).

Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo (Art. 269 do CPC):

o quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

o quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

o quando as Partes transigirem (transação);

o quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

o quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Item IV – correto. Os Despachos, comumente chamados de Mero Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício.

O Código de Processo Civil conceitua os Despachos como todos os demais atos praticados pelo Juiz, que não sejam Sentença e nem Decisão Interlocutória, de ofício (por conta própria) ou a requerimento da parte, que não disponham de outra forma estabelecida em lei. Portanto, os Despachos têm um caráter residual, são atos sem cunho decisório e que não se encaixam no conceito de Sentença e nem de Decisão Interlocutória.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 90: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 16/03/2009.

Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Trata-se de

a) sentença mista.

b) despacho.

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c) ato meramente ordinatório.

d) acórdão.

e) decisão interlocutória.

COMENTÁRIOS:

As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 91: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 15/07/2008.

Assinale a alternativa incorreta:

Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam de fundamentação.

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COMENTÁRIOS:

As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais:

1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva.

2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor).

3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa).

CPC

Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem.

Como visto, as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO.

No entanto, todas as decisões, inclusive as Decisões

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Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida).

CPC

Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 92: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009.

Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese.

COMENTÁRIOS:

Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, deve revisá-los.

CPC

Art. 162.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 93: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 19/09/2010.

Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e decisões, respectivamente,

a) 3 e 5 dias.

b) 2 e 10 dias.

c) 2 e 5 dias.

d) 3 e 10 dias.

e) 1 e 5 dias.

COMENTÁRIOS:

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 94: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007.

O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar esta questão. Esta decisão de determinar a citação põe fim à Fase de Conhecimento? Não, ao contrário, implica em seu início. Portanto não pode ser uma SENTENÇA.

Este provimento não tem cunho decisório? Tem sim, pois é uma determinação judicial para citação do réu, que não pode ser praticada por

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servidor. Portanto, também não pode ser um mero DESPACHO.

Esse é um típico exemplo de Decisão Interlocutória, tomada no decorrer do processo para dar impulso aos atos processuais. Quando o autor interpõe a Ação, um dos pedidos é exatamente o de citar o réu. Se o processo estiver regular, o Juiz assim determinará por meio de Decisão Interlocutória, resolvendo esta questão incidente.

As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 95: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007.

Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

COMENTÁRIOS:

Sim, os atos ordinatórios independem de Despacho, devendo ser praticados pelo servidor e revistos pelo Juiz.

No entanto, o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial são hipóteses sem cunho decisório, de competência do servidor?

Não é possível, pois são de competência do Juiz. Devem ser decididos por Decisão Interlocutória, jamais por atos dos servidores.

Exemplos de Decisões Interlocutórias: quando o Magistrado indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-

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autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo.

CPC

Art. 162.

§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 96: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 24ª] - 24/02/2007.

Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente.

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COMENTÁRIOS:

O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes.

CPC

Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.

Portanto, é possível sim decisões orais, que devem ser reduzidas a termo (registradas).

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 97: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – Advogado [AOCP] - 18/04/2010

Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte Autora.

Esta sentença se caracteriza como um ato

a) nulo.

b) anulável.

c) válido.

d) inexistente.

e) passível de convalidação pelo juiz de direito.

COMENTÁRIOS:

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Esta é uma questão envolve um assunto complexo do Direito Processual Civil (o tema Nulidades). Mas com os conhecimentos dessa aula já dá para respondermos, não é verdade?

Uma decisão de competência do Juiz proferida por Delegado pode ser reconhecida?

Para a doutrina majoritária e para a jurisprudência, esta decisão é uma NÃO-DECISÃO, ela sequer EXISTE! Por ser praticada por autoridade absolutamente incompetente, não se considera na esfera jurídica a sua existência. É uma não-sentença.

Se fosse praticada um Juiz de outra comarca, seria uma Sentença, mas nula. Nesse caso, sequer é sentença (é um ato inexistente), pois é Ato de competência de JUIZ e não de Delegado.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 98: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/07/2008.

No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

COMENTÁRIOS:

Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, deve revisá-los.

CPC

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Art. 162.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 99: [TRT 24ª] - 13/05/2007.

O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as decisões no prazo de dez dias.

COMENTÁRIOS:

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 100: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto que das Sentenças cabe o recurso de Agravo.

COMENTÁRIOS:

Em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO.

Por não ser propriamente uma Decisão, dos Despachos NÃO cabem qualquer Recurso!

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CPC

Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269).

Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.

Art. 504. Dos despachos NÃO cabe recurso.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 101: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser confeccionadas com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo.

COMENTÁRIOS:

As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais:

1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva.

2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor).

3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição

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do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa).

As Decisões Interlocutórias deverão ostentar, ao menos, a FUNDAMENTAÇÃO.

Vimos que as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO. Deve-se ressaltar que todas as decisões, inclusive as Decisões Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida).

CPC

Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 102: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões.

COMENTÁRIOS:

Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas eletronicamente (assinaturas eletrônicas).

CPC

Art. 164.

Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 103: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quanto na hipótese dele renunciar ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por meio de Sentença.

COMENTÁRIOS:

Cuidado, hen!

Esta é uma diferença sutil: uma coisa é o autor desistir da Ação (antes mesmo do Juiz debruçar-se sobre a Petição Inicial, o autor manifesta seu interesse de não mais prosseguir no processo). Pela lógica, neste caso o Juiz nem analisa o mérito!

Outra coisa é o autor renunciar ao direito sobre que se funda a Ação. A renúncia do direito dentro do Processo implicará na análise de mérito pelo Juiz, decidindo de forma definitiva acerca daquela questão jurídica controvertida. Após a renúncia do direito, com o provimento judicial sobre este ato do autor, em regra não poderá mais ser modificada a decisão judicial sobre o caso.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

a. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

d. quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

f. quando não concorrer qualquer das condições da

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ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

g. pela convenção de arbitragem;

h. quando o AUTOR desistir da ação;***

i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo (Art. 269 do CPC):

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

c. quando as Partes transigirem (transação);

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.***

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 104: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa.

COMENTÁRIOS:

Como vimos, esta será uma SENTENÇA Terminativa, SEM análise do mérito e não uma Decisão Interlocutória. É só pensar que com o indeferimento da inicial o processo encerrou-se naquele ato, logo não poderia ser uma Decisão Interlocutória.

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RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 105: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 27/03/2011.

Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. Eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas

a) oralmente no momento da realização do ato, registrando- se a alegação, devendo o juiz decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão.

b) oralmente no momento da realização do ato, registrando- se a alegação, devendo o juiz decidir no prazo de quarenta e oito horas, sendo as partes intimadas desta decisão.

c) oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando- se a alegação e a decisão no termo.

d) oralmente no momento da realização do ato, devendo ser as razões da contradição feitas por escrito no prazo de cinco dias e o juiz decidir no prazo de quarenta e oito horas, sendo as partes intimadas desta decisão.

e) por escrito no prazo de vinte e quatro horas, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão.

COMENTÁRIOS:

Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como

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pelos advogados das partes.

Possíveis contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão (perda do direito de alegar), devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo.

CPC

Art. 169

§ 2o Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

§ 3o No caso do § 2o deste artigo, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 106: TRF 1ª - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 27/03/2011.

Em determinada ação de cobrança, as partes, de comum acordo, pretendem prorrogar um prazo dilatório, alegando justo motivo. Neste caso, a convenção

a) é nula, uma vez que tanto os prazos peremptórios como os dilatórios não podem ser prorrogados por convenção das partes.

b) terá sempre eficácia, independentemente do momento do requerimento, tendo em vista que não se trata de prazo peremptório, devendo o juiz fixar o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

c) só tem eficácia se for requerida antes do vencimento do prazo, sendo o

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prazo da prorrogação de, no máximo, cinco dias, conforme previsão expressa no Código de Processo Civil brasileiro.

d) terá sempre eficácia, independentemente do momento do requerimento, tendo em vista que não se trata de prazo peremptório, sendo o prazo da prorrogação de, no máximo, cinco dias, conforme previsão expressa no Código de Processo Civil brasileiro.

e) só tem eficácia se for requerida antes do vencimento do prazo, devendo o juiz fixar o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

COMENTÁRIOS:

Prazo Dilatório - é o prazo fixado em norma dispositiva, que pode ser ampliado ou reduzido por simples convenção entre as partes. O Juiz somente poderá ampliar o prazo dilatório. Exemplo: as partes podem suspender o processo por mera convenção (art. 265, II, do CPC).

A dilação do prazo (ampliação ou redução) só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. Se o prazo já tiver sido expirado, precluirá o direito de dilatá-lo.

CPC

Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 107: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 24/10/2010.

O oficial de justiça encarregado da citação do réu em uma ação ordinária de cobrança cumpriu o mandado num domingo, abordando o réu quando saía da sua residência para passear com a família. A citação

a) não é válida porque foi feita sem a necessária privacidade, na presença dos

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familiares do réu.

b) não é válida porque o cidadão tem o direito de absoluta privacidade nos domingos e feriados.

c) só seria válida se o réu tivesse recebido o oficial de justiça em sua residência.

d) é válida, se tiver havido autorização expressa do juiz para realizar-se em domingos e feriados.

e) não poderá ser feita, mas o oficial de justiça poderá marcar com o réu o dia útil e horário em que voltará para fazê-la.

COMENTÁRIOS:

A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário de 6 às 20 HORAS.

CPC

Art. 172

§ 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso Xl, da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 108: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2010.

O prazo para resposta do Estado estrangeiro em ação que tramita pelo rito comum sumário é computado

a) de forma simples.

b) em dobro.

c) em triplo.

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d) em quádruplo.

e) em sêxtuplo.

COMENTÁRIOS:

O Ministério Público e a Fazenda Pública (União, Estados, DF e Municípios, bem Autarquias e Fundações Públicas) têm prazo em Quádruplo para CONTESTAR e em Dobro para RECORRER.

Resumo: 4 C / 2 R

o 4 VEZES para CONTESTAR

o 2 VEZES para RECORRER

Não se incluem no conceito de Fazenda Pública as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e Estado Estrangeiro.

CPC

Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 109: TRE - RS - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 18/07/2010.

No tocante aos atos processuais, considere as seguintes assertivas a respeito dos Prazos:

I. Computar-se-à em dobro o prazo para contestar quando a parte for o ministério publico.

II. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Em regra, o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte,

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prorrogar quaisquer prazos, por até sessenta dias.

De acordo com o código de processo civil está correto o que se afirma somente em

a) II, III e IV

b) I, II e III

c) I, III e IV

d) II e IV

e) I e III

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. Como vimos em questão anterior, para CONTESTAR, o prazo do MP é em Quádruplo e não em dobro.

Item II – correto. Se a lei não fixar prazo específico para comparecimento em juízo, a parte intimada deve comparecer em juízo pelo menos após 24 HORAS (não antes disso).

CPC

Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.

Item III e IV – corretos. Prazo Peremptório – é aquele inalterável por vontade das partes ou do Juiz. Exemplo: prazo para a contestação do réu; prazo para recorrer da decisão.

CPC

Art. 182. É defeso (proibido) às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 110: TRF 4ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 17/04/2010.

Fundada em motivo legítimo, podem as partes, de comum acordo,

a) apenas prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

b) reduzir ou prorrogar o prazo peremptório, podendo tal convenção ocorrer a qualquer tempo.

c) apenas reduzir o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

d) reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

e) reduzir ou prorrogar o prazo dilatório, podendo tal convenção ocorrer a qualquer tempo.

COMENTÁRIOS:

Item A, C e E – errados e D correto. Prazo Dilatório - é o prazo fixado em norma dispositiva, que pode ser ampliado ou reduzido por simples convenção entre as partes. O Juiz somente poderá ampliar o prazo dilatório. Exemplo: as partes podem suspender o processo por mera convenção (art. 265, II, do CPC). As partes também podem reduzir o prazo. A limitação de apenas ampliar é para o Juiz.

A dilação do prazo (ampliação ou redução) só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. Se o prazo já tiver sido expirado, precluirá o direito de dilatá-lo.

Item B – errado. O peremptório não pode ser alterado.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 111: TRF 4ª Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 17/04/2010.

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Quanto aos atos processuais, considere:

I. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

II. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS em

a) II e III.

b) II, III e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I e IV.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. Em caso de omissão legal de fixação do prazo processual, cabe ao Juiz determiná-lo. Se o Juiz não o fizer, aplicará a regra do prazo subsidiário de 5 DIAS.

Item II – correto. Quando houver Litisconsórcio Ativo ou Passivo (+ 1 parte no mesmo polo) com o mesmo Procurador (Advogado), o prazo para praticar atos processuais será o mesmo para qualquer deles. No entanto, se forem Procuradores distintos, o prazo para CONTESTAR, RECORRER e para manifestar-se nos autos será considerado em DOBRO (2 vezes).

CPC

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

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Item III – correto. Os peremptórios não podem ser alterados.

Item IV – correto. O Ministério Público e a Fazenda Pública (União, Estados, DF e Municípios, bem Autarquias e Fundações Públicas) têm prazo em Quádruplo para CONTESTAR e em Dobro para RECORRER.

Resumo: 4 C / 2 R

o 4 VEZES para CONTESTAR

o 2 VEZES para RECORRER

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 112: TRE - AL - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 07/02/2010.

Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas.

COMENTÁRIOS:

Se a lei não fixar prazo específico para comparecimento em juízo, a parte intimada deve comparecer em juízo pelo menos após 24 HORAS (não antes disso).

CPC

Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 113: TCE - GO - Analista de Controle Externo – Jurídica [FCC] - 18/10/2009.

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A respeito dos prazos processuais, é correto afirmar que

a) a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

b) a superveniência de feriado suspende os prazos processuais previstos em lei.

c) no cômputo dos prazos processuais será incluído o dia do começo e do vencimento.

d) se o expediente forense for encerrado antes da hora normal, o prazo processual será acrescido, no primeiro dia útil subsequente, das horas que faltaram no dia em que ocorreu a interrupção.

e) na falta de disposição legal ou assinação pelo juiz, o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte será de 3 dias.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Qualquer das partes pode, eventualmente, renunciar ao prazo a elas estabelecido. Exemplo: prazo para recorrer de 15 DIAS. Neste caso, o simples fato de recorrer antes do prazo ou de não recorrer, implicará na renúncia de todo o prazo legalmente concedido.

CPC

Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

Item B – errado. Os prazos processuais são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte.

Item C – errado. Os atos processuais são contados, em regra, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. A intimação é o marco inicial dos prazos.

CPC

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do

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vencimento.

Item D – errado. O prazo começará a correr apenas no próximo dia ÚTIL após a intimação. De todo modo, será prorrogado o prazo inicial para a contagem do prazo até o 1º dia ÚTIL seguinte se o vencimento cair em:

o Feriado;

o Dia em que for determinado fechamento do fórum;

o Dia em que o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

Item E – errado. Em caso de omissão legal de fixação do prazo processual, cabe ao Juiz determiná-lo. Se o Juiz não o fizer, aplicará a regra do prazo subsidiário de 5 DIAS.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 114: TRT - 7ª Região - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 11/10/2009.

Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

COMENTÁRIOS:

Preclusão Temporal – é perda do direito de praticar o ato pela não observância do prazo legal ou estabelecido pelo Juiz. Por isso que se decorrido o prazo, o direito de praticar o ato é extinto op legis, sem depender de pronunciamento judicial, salvo prova de justa causa para sua não realização.

A justa causa é o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. Neste caso, o Juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe determinar.

CPC

Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo,

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porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

§ 1o Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

§ 2o Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 115: TJ - PI - Técnico Judiciário - Técnico Administrativo [FCC] - 06/09/2009.

Os atos processuais são públicos. Disto decorre a afirmação de que a consulta dos autos e o acompanhamento das audiências é assegurado

a) a todos, salvo nas hipóteses legais de segredo de justiça, em que o acesso é restrito.

b) a todos, indistintamente.

c) a todos, com exceção dos profissionais de imprensa, nos casos em que o juiz reputar presente algum risco de dano grave e difícil reparação.

d) apenas às partes e seus procuradores.

e) a todos, com exceção do órgão do Ministério Público.

COMENTÁRIOS:

A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são:

• quando o exigir o interesse público;

• que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

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RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 116: TJ - PI - Técnico Judiciário - Técnico Administrativo [FCC] - 06/09/2009.

A citação e a penhora, em regra, devem ser realizadas,

a) de segunda-feira a sábado, das 6 às 20 horas.

b) de segunda-feira a sexta-feira, das 6 às 20 horas.

c) de segunda-feira a sábado, das 8 às 18 horas.

d) em qualquer dia, das 6 às 18 horas.

e) em qualquer dia, das 8 às 20 horas.

COMENTÁRIOS:

Os atos processuais devem ser praticados em Dias ÚTEIS (não em férias e em feriados), entre as 06 às 20 Horas. São feriados os domingos (não o sábado!) e os dias declarados em lei federal, estadual ou municipal (ex: dia do padroeiro da cidade).

A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário de 6 às 20 HORAS.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 117: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/09/2009.

É correto afirmar que

a) o Código de Processo Civil não faz distinção entre prazo peremptório e dilatório.

b) a contagem dos prazos pode ser interrompida durante o período carnavalesco.

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c) os prazos são contínuos e não se interrompem nos feriados.

d) o prazo deve ser contado com inclusão do dia do começo.

e) a Fazenda Pública tem o prazo em dobro para contestar.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. O CPC faz a distinção, razão pela qual foi criada a dupla classificação de prazo peremptório e dilatório.

Item B – errado. O período de carnaval é um feriado, portanto não é interrompido o prazo.

Item C – correto. Os prazos processuais são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte.

Item D – errado. Exclusão do dia de início e inclusão do dia final.

Item E – errado. Os prazos são 4 C e 2 R (4 para Contestar e 2 para Recorrer).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 118: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] - 23/08/2009.

O prazo estabelecido, pela lei ou pelo juiz,

a) salvo disposição em contrário, será de três dias.

b) será computado incluindo o dia do começo e o do vencimento.

c) se cair em feriado, será antecipado para o dia anterior.

d) é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

e) quando peremptórios, poderão ser prorrogados pelas partes.

COMENTÁRIOS:

CPC

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Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 119: TRT - 15 Região - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 12/07/2008.

No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é correto afirmar que

a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa, correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Todos os prazos, inclusive os prazos peremptórios podem ser prorrogados por até 60 DIAS nas Comarcas de difícil transporte. Se houver calamidade pública, os 60 DIAS pode ser excedido.

CPC

Art. 182. É defeso (proibido) às partes, ainda que todas

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estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.

Item B – errado. Se a lei não fixar prazo específico para comparecimento em juízo, a parte intimada deve comparecer em juízo pelo menos após 24 HORAS (não antes disso).

Item C – errado. Qualquer interessado pode cobrar que o Advogado que esteja em carga do processo fora do prazo legal (ex: Advogado do réu que faz cargo do processo e não devolve no prazo, impedindo o autor de apresentar contra-razões). Se o Advogado não o devolver no prazo de 24 HORAS, este perderá o direito de vista do processo, será sujeito a Multa equivalente a MEIO/METADE do salário mínimo e à apuração disciplinar na Seção da OAB.

Art. 196. É lícito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que exceder o prazo legal. Se, intimado, não os devolver dentro em 24 (vinte e quatro) horas, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa, correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do juízo.

Item D – errado. O Ministério Público e a Fazenda Pública (União, Estados, DF e Municípios, bem Autarquias e Fundações Públicas) têm prazo em Quádruplo para CONTESTAR e em Dobro para RECORRER.

Resumo: 4 C / 2 R

o 4 VEZES para CONTESTAR

o 2 VEZES para RECORRER

Não se incluem no conceito de Fazenda Pública as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e Estado Estrangeiro.

Item E – correto. O prazo processual também ser suspenso por:

o obstáculo criado pela parte – exemplo: não devolução dos autos à secretaria do juízo no prazo determinado pelo

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Juiz;

o morte ou perda da capacidade processual das partes, representantes legais ou procuradores;

o convenção das partes nos prazos dilatórios;

o apresentação de exceção de incompetência, suspeição ou impedimento.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 120: MPE - SE - Analista do Ministério Público – Direito [FCC] - 19/04/2008.

Correm em segredo de justiça os processos

a) qualquer que seja a matéria neles tratada, se as partes, de comum acordo, requererem a manutenção do sigilo.

b) sempre que houver intervenção do Ministério Público, salvo nas ações coletivas.

c) somente quando o exigir o interesse público.

d) que dizem respeito a casamento, filiação, alimentos e guarda de menores.

e) apenas quando se tratar de ação de estado.

COMENTÁRIOS:

A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são:

• quando o exigir o interesse público;

• que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

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RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 121: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011.

A superveniência de férias suspende o curso do prazo dos atos processuais, ou seja, o prazo recomeçará a correr integralmente do primeiro dia útil seguinte ao termo de férias.

COMENTÁRIOS:

Os prazos processuais são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte.

O recomeço do prazo Não é integral, mas apenas o restante.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 122: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011.

Em regra, os atos processuais são públicos e dependem de forma determinada para reputarem-se válidos.

COMENTÁRIOS:

A regra é que os atos processuais não tenham forma definida ou delimitada, salvo quando a própria Lei venha a exigir. Isto é, os atos processuais, em regra, são NÃO solenes, não dependem de forma determinada por Lei (forma livre). Exemplo: a petição inicial do Autor não tem uma forma determinada por lei, devendo apenas respeitar os requisitos legais quanto ao seu conteúdo (a forma de escrever e de requerer dependerá de cada autor); da mesma o Juiz decidirá na forma que melhor lhe aprouver (a sentença também não tem uma forma definida em lei, salvo o seu conteúdo: Relatório, Fundamentação, Dispositivo).

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Mesmo quando a Lei exige determinada formalidade (Ex: intimação do réu apenas no Diário Oficial), se o ato for praticado por outra forma com o preenchimento de sua finalidade essencial, são reputados como válidos os atos processuais realizados.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 123: TRE - ES - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] - 30/01/2011.

No que se refere ao prazo dos atos processuais, julgue o item que se segue

Se o estado do Espírito Santo for citado a responder ação proposta em Vitória e cuja matéria apresente alto grau de complexidade, poderá ser requerida ao juiz a dilação do prazo de apresentação da resposta.

COMENTÁRIOS:

O Estado do Espírito Santo já detém da prerrogativa de prazo em Quádruplo para Contestar e Duplo para recorrer. Não poderá solicitar prorrogação além de tais hipóteses legais.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 124: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 28/11/2010.

Considerando os prazos processuais no CPC, julgue o item seguinte

Considere que João e Maria são litisconsortes, mas constituíram diferentes procuradores nos autos contra a Fazenda Pública. Nesse caso, João e Maria terão contado em quádruplo o prazo para recorrerem e em dobro para contestarem e se manifestarem nos autos.

COMENTÁRIOS:

Quando houver Litisconsórcio Ativo ou Passivo (+ 1 parte no

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mesmo polo) com o mesmo Procurador (Advogado), o prazo para praticar atos processuais será o mesmo para qualquer deles. No entanto, se forem Procuradores distintos, o prazo para CONTESTAR, RECORRER e para manifestar-se nos autos será considerado em DOBRO (2 vezes).

Não confundir com os prazos da Fazenda Pública e do MP.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 125: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Salvo autorização do juiz, em todos os atos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

b) O direito de consultar os autos é restrito às partes, a seus procuradores e a terceiros jurídica ou economicamente interessados.

c) Os atos processuais poderão ser produzidos e transmitidos por meio eletrônico, mas não poderão ser assinados por tal meio.

d) Os processos em que exigir o interesse público, ou se assim convencionarem as partes, correm em segredo de justiça.

e) Os atos processuais, em princípio, não dependem de forma determinada, vigorando o princípio da liberdade das formas.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Sem exceção, os atos e termos processuais devem ser praticados e escritos em língua oficial adotada por nosso país (obrigatório o uso do vernáculo). Assim, uma petição em língua estrangeira deve ser acompanhada de sua respectiva tradução por tradutor juramentado ou indicado pelo Juiz. Se não houver a tradução, o ato processual será considerado NULO.

CPC

Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

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Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.

Item B e D – errados. A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são:

• quando o exigir o interesse público;

• que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

Nestes processos de segredo de justiça, o acesso aos autos e o direito de certidão somente será franqueado às partes e seus procuradores. Terceiros juridicamente interessados (não partes – ex: filho de casal que está litigando em processo de divórcio), terá direito a certidão do dispositivo da Sentença (parte final da sentença que efetivamente decide a questão), e do inventário e partilha dos bens decorrentes da atual separação judicial ou do divórcio.

Item C – errado. Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.

Item E – correto. Salvo previsão legal, não há forma definida.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 126: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Quanto ao tempo e ao lugar dos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Nos feriados, poderá ser realizada citação da parte, a fim de evitar-se o

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perecimento do direito.

b) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis das 8 às 22 horas.

c) Os atos de jurisdição voluntária não se processarão durante as férias, mas o serão os necessários à conservação de direitos.

d) Se o ato a ser praticado pela parte em determinado prazo depender de petição, esta deverá ser apresentada até as 18 horas.

e) Durante as férias e nos feriados, o prazo para resposta do réu começará a correr no último dia destes períodos.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. A regra é que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Duas exceções:

o a produção antecipada de provas (ex: colheita de testemunho de pessoa prestes a falecer);

o atos judiciais cautelares: a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Item B – errado. Das 6 às 20 HORAS.

Item C – errado. Processam-se normalmente durante as férias e recessos forenses e não se suspendem pela superveniência delas:

o os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento (ex: cumprimento de liminares, dada sua urgência);

o as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as causas que seguem o procedimento sumário (art. 275 do CPC);

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o todas as outras causas que a lei federal determinar.

Item D – errado. Depende do horário fixado na lei de organização judiciária.

Item E – errado. Cuidado! Nos feriados não suspende!

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 127: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Caso o escrivão receba a petição inicial de uma ação de indenização por perdas e danos, a primeira providência que ele deverá adotar é entregar a petição ao juiz para despachá-la.

COMENTÁRIOS:

Ao escrivão compete os atos processuais de administração e gestão dos processos afetos ao respectivo cartório. Em síntese, o Escrivão ou Chefe da Secretaria do Juízo devem seguir as seguintes diretrizes básicas:

o após a distribuição do Processo ao Juízo, deverá receber a petição inicial de qualquer processo, autuar, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; proceder do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando;

o deve numerar e rubricar todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma quanto aos suplementares.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 128: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Ao contrário do que ocorre com os prazos estabelecidos pelo juiz, o prazo estabelecido pela lei é contínuo e não se interrompe nos feriados.

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COMENTÁRIOS:

Os prazos processuais fixados pela Lei e pelo Juiz são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte.

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 88: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª Região] - 05/04/2009.

Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos ordinatórios.

QUESTÃO 89: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/12/2009.

Com relação aos atos processuais, considere:

I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões incidentes.

II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz.

III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo decidindo o mérito da causa.

IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar andamento ao processo.

É correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

QUESTÃO 90: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 16/03/2009.

Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Trata-se de

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a) sentença mista.

b) despacho.

c) ato meramente ordinatório.

d) acórdão.

e) decisão interlocutória.

QUESTÃO 91: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 15/07/2008.

Assinale a alternativa incorreta:

Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam de fundamentação.

QUESTÃO 92: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009.

Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese.

QUESTÃO 93: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 19/09/2010.

Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e decisões, respectivamente,

a) 3 e 5 dias.

b) 2 e 10 dias.

c) 2 e 5 dias.

d) 3 e 10 dias.

e) 1 e 5 dias.

QUESTÃO 94: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007.

O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho.

QUESTÃO 95: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007.

Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados

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de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

QUESTÃO 96: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 24ª] - 24/02/2007.

Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente.

QUESTÃO 97: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – Advogado [AOCP] - 18/04/2010

Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte Autora.

Esta sentença se caracteriza como um ato

a) nulo.

b) anulável.

c) válido.

d) inexistente.

e) passível de convalidação pelo juiz de direito.

QUESTÃO 98: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/07/2008.

No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

QUESTÃO 99: [TRT 24ª] - 13/05/2007.

O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as decisões no prazo de dez dias.

QUESTÃO 100: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto que das Sentenças cabe o recurso de Agravo.

QUESTÃO 101: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser

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confeccionadas com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo.

QUESTÃO 102: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões.

QUESTÃO 103: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quanto na hipótese dele renunciar ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por meio de Sentença.

QUESTÃO 104: (PROCESSO CIVIL – RICARDO).

A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa.

QUESTÃO 105: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 27/03/2011.

Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. Eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas

a) oralmente no momento da realização do ato, registrando- se a alegação, devendo o juiz decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão.

b) oralmente no momento da realização do ato, registrando- se a alegação, devendo o juiz decidir no prazo de quarenta e oito horas, sendo as partes intimadas desta decisão.

c) oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando- se a alegação e a decisão no termo.

d) oralmente no momento da realização do ato, devendo ser as razões da contradição feitas por escrito no prazo de cinco dias e o juiz decidir no prazo de quarenta e oito horas, sendo as partes intimadas desta decisão.

e) por escrito no prazo de vinte e quatro horas, sob pena de preclusão,

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devendo o juiz decidir no prazo de cinco dias, sendo as partes intimadas desta decisão.

QUESTÃO 106: TRF 1ª - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 27/03/2011.

Em determinada ação de cobrança, as partes, de comum acordo, pretendem prorrogar um prazo dilatório, alegando justo motivo. Neste caso, a convenção

a) é nula, uma vez que tanto os prazos peremptórios como os dilatórios não podem ser prorrogados por convenção das partes.

b) terá sempre eficácia, independentemente do momento do requerimento, tendo em vista que não se trata de prazo peremptório, devendo o juiz fixar o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

c) só tem eficácia se for requerida antes do vencimento do prazo, sendo o prazo da prorrogação de, no máximo, cinco dias, conforme previsão expressa no Código de Processo Civil brasileiro.

d) terá sempre eficácia, independentemente do momento do requerimento, tendo em vista que não se trata de prazo peremptório, sendo o prazo da prorrogação de, no máximo, cinco dias, conforme previsão expressa no Código de Processo Civil brasileiro.

e) só tem eficácia se for requerida antes do vencimento do prazo, devendo o juiz fixar o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

QUESTÃO 107: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 24/10/2010.

O oficial de justiça encarregado da citação do réu em uma ação ordinária de cobrança cumpriu o mandado num domingo, abordando o réu quando saía da sua residência para passear com a família. A citação

a) não é válida porque foi feita sem a necessária privacidade, na presença dos familiares do réu.

b) não é válida porque o cidadão tem o direito de absoluta privacidade nos domingos e feriados.

c) só seria válida se o réu tivesse recebido o oficial de justiça em sua residência.

d) é válida, se tiver havido autorização expressa do juiz para realizar-se em

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domingos e feriados.

e) não poderá ser feita, mas o oficial de justiça poderá marcar com o réu o dia útil e horário em que voltará para fazê-la.

QUESTÃO 108: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2010.

O prazo para resposta do Estado estrangeiro em ação que tramita pelo rito comum sumário é computado

a) de forma simples.

b) em dobro.

c) em triplo.

d) em quádruplo.

e) em sêxtuplo.

QUESTÃO 109: TRE - RS - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 18/07/2010.

No tocante aos atos processuais, considere as seguintes assertivas a respeito dos Prazos:

I. Computar-se-à em dobro o prazo para contestar quando a parte for o ministério publico.

II. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Em regra, o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, por até sessenta dias.

De acordo com o código de processo civil está correto o que se afirma somente em

a) II, III e IV

b) I, II e III

c) I, III e IV

d) II e IV

e) I e III

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QUESTÃO 110: TRF 4ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 17/04/2010.

Fundada em motivo legítimo, podem as partes, de comum acordo,

a) apenas prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

b) reduzir ou prorrogar o prazo peremptório, podendo tal convenção ocorrer a qualquer tempo.

c) apenas reduzir o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

d) reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo.

e) reduzir ou prorrogar o prazo dilatório, podendo tal convenção ocorrer a qualquer tempo.

QUESTÃO 111: TRF 4ª Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 17/04/2010.

Quanto aos atos processuais, considere:

I. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

II. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS em

a) II e III.

b) II, III e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

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e) I e IV.

QUESTÃO 112: TRE - AL - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 07/02/2010.

Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas.

QUESTÃO 113: TCE - GO - Analista de Controle Externo – Jurídica [FCC] - 18/10/2009.

A respeito dos prazos processuais, é correto afirmar que

a) a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

b) a superveniência de feriado suspende os prazos processuais previstos em lei.

c) no cômputo dos prazos processuais será incluído o dia do começo e do vencimento.

d) se o expediente forense for encerrado antes da hora normal, o prazo processual será acrescido, no primeiro dia útil subsequente, das horas que faltaram no dia em que ocorreu a interrupção.

e) na falta de disposição legal ou assinação pelo juiz, o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte será de 3 dias.

QUESTÃO 114: TRT - 7ª Região - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 11/10/2009.

Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

QUESTÃO 115: TJ - PI - Técnico Judiciário - Técnico Administrativo [FCC] - 06/09/2009.

Os atos processuais são públicos. Disto decorre a afirmação de que a consulta dos autos e o acompanhamento das audiências é assegurado

a) a todos, salvo nas hipóteses legais de segredo de justiça, em que o acesso é restrito.

b) a todos, indistintamente.

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c) a todos, com exceção dos profissionais de imprensa, nos casos em que o juiz reputar presente algum risco de dano grave e difícil reparação.

d) apenas às partes e seus procuradores.

e) a todos, com exceção do órgão do Ministério Público.

QUESTÃO 116: TJ - PI - Técnico Judiciário - Técnico Administrativo [FCC] - 06/09/2009.

A citação e a penhora, em regra, devem ser realizadas,

a) de segunda-feira a sábado, das 6 às 20 horas.

b) de segunda-feira a sexta-feira, das 6 às 20 horas.

c) de segunda-feira a sábado, das 8 às 18 horas.

d) em qualquer dia, das 6 às 18 horas.

e) em qualquer dia, das 8 às 20 horas.

QUESTÃO 117: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 06/09/2009.

É correto afirmar que

a) o Código de Processo Civil não faz distinção entre prazo peremptório e dilatório.

b) a contagem dos prazos pode ser interrompida durante o período carnavalesco.

c) os prazos são contínuos e não se interrompem nos feriados.

d) o prazo deve ser contado com inclusão do dia do começo.

e) a Fazenda Pública tem o prazo em dobro para contestar.

QUESTÃO 118: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] - 23/08/2009.

O prazo estabelecido, pela lei ou pelo juiz,

a) salvo disposição em contrário, será de três dias.

b) será computado incluindo o dia do começo e o do vencimento.

c) se cair em feriado, será antecipado para o dia anterior.

d) é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

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e) quando peremptórios, poderão ser prorrogados pelas partes.

QUESTÃO 119: TRT - 15 Região - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 12/07/2008.

No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é correto afirmar que

a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa, correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

QUESTÃO 120: MPE - SE - Analista do Ministério Público – Direito [FCC] - 19/04/2008.

Correm em segredo de justiça os processos

a) qualquer que seja a matéria neles tratada, se as partes, de comum acordo, requererem a manutenção do sigilo.

b) sempre que houver intervenção do Ministério Público, salvo nas ações coletivas.

c) somente quando o exigir o interesse público.

d) que dizem respeito a casamento, filiação, alimentos e guarda de menores.

e) apenas quando se tratar de ação de estado.

QUESTÃO 121: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE]

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- 03/04/2011.

A superveniência de férias suspende o curso do prazo dos atos processuais, ou seja, o prazo recomeçará a correr integralmente do primeiro dia útil seguinte ao termo de férias.

QUESTÃO 122: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011.

Em regra, os atos processuais são públicos e dependem de forma determinada para reputarem-se válidos.

QUESTÃO 123: TRE - ES - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] - 30/01/2011.

No que se refere ao prazo dos atos processuais, julgue o item que se segue

Se o estado do Espírito Santo for citado a responder ação proposta em Vitória e cuja matéria apresente alto grau de complexidade, poderá ser requerida ao juiz a dilação do prazo de apresentação da resposta.

QUESTÃO 124: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 28/11/2010.

Considerando os prazos processuais no CPC, julgue o item seguinte

Considere que João e Maria são litisconsortes, mas constituíram diferentes procuradores nos autos contra a Fazenda Pública. Nesse caso, João e Maria terão contado em quádruplo o prazo para recorrerem e em dobro para contestarem e se manifestarem nos autos.

QUESTÃO 125: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Salvo autorização do juiz, em todos os atos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

b) O direito de consultar os autos é restrito às partes, a seus procuradores e a terceiros jurídica ou economicamente interessados.

c) Os atos processuais poderão ser produzidos e transmitidos por meio eletrônico, mas não poderão ser assinados por tal meio.

d) Os processos em que exigir o interesse público, ou se assim convencionarem as partes, correm em segredo de justiça.

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e) Os atos processuais, em princípio, não dependem de forma determinada, vigorando o princípio da liberdade das formas.

QUESTÃO 126: DPU - Agente Administrativo [CESPE] - 30/05/2010.

Quanto ao tempo e ao lugar dos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Nos feriados, poderá ser realizada citação da parte, a fim de evitar-se o perecimento do direito.

b) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis das 8 às 22 horas.

c) Os atos de jurisdição voluntária não se processarão durante as férias, mas o serão os necessários à conservação de direitos.

d) Se o ato a ser praticado pela parte em determinado prazo depender de petição, esta deverá ser apresentada até as 18 horas.

e) Durante as férias e nos feriados, o prazo para resposta do réu começará a correr no último dia destes períodos.

QUESTÃO 127: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Caso o escrivão receba a petição inicial de uma ação de indenização por perdas e danos, a primeira providência que ele deverá adotar é entregar a petição ao juiz para despachá-la.

QUESTÃO 128: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009.

Ao contrário do que ocorre com os prazos estabelecidos pelo juiz, o prazo estabelecido pela lei é contínuo e não se interrompe nos feriados.

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GABARITOS OFICIAIS

88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 C B E E E B E E E D

98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 C C E E C E E C E D

108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 A A D B C A C A A C

118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 D E D E E E E E A E

128 E

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RESUMO DA AULA

O Código de Processo Civil (CPC) classifica os Atos Processuais em 3 (três) grandes grupos, com base no agente/sujeito que o pratica:

1. Atos das Partes – arts. 158-161;

2. Atos do Juiz – arts. 162-165;

3. Atos do Escrivão ou Chefe de Secretaria – arts. 166-171.

A regra é que os atos processuais não tenham forma definida ou delimitada, salvo quando a própria Lei venha a exigir. Isto é, os atos processuais, em regra, são NÃO solenes, não dependem de forma determinada por Lei (forma livre).

A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são:

• quando o exigir o interesse público;

• que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

A doutrina classifica os atos das Partes em 3 (três) diferentes espécies:

1. Atos Postulatórios – são os atos em que as partes apresentam um pedido ao Juiz, apresentado suas teses de ataque ou de defesa. Exemplo: petição inicial, recursos, contestação, reconvenção, etc.

2. Atos Probatórios – são atos instrutórios do processo, realizados na tentativa de provar, de convencer o Juiz acerca dos fatos. Exemplo: apresentação de documentos, oitiva de testemunhas, interrogatório, etc.

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3. Atos de Disposição – são atos da parte que tem por objetivo facilitar a resolução do conflito de interesses, seja pelo reconhecimento jurídico do pedido, pela renúncia, transação e desistência.

o Reconhecimento Jurídico do Pedido – gera a extinção do processo com resolução de mérito, pois uma parte se submete ao pedido da outra de forma espontânea. Exemplo: réu que concorda com o pedido do autor e resolve cumpri-lo de forma espontânea.

o Renúncia – é o ato da parte que renuncia a um direito material ou processual por conta própria, sem direito à retratação. Exemplo: autor que, no meio do processo, renuncia a um de seus pedidos ou alegações formuladas na petição inicial. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo de homologação judicial.

o Transação – é o ato das partes que, reciprocamente abrem mão de parte de suas pretensões individuais, visando uma conciliação e composição do litígio. Dispensa a homologação judicial, pois também produz efeitos imediatos.

o Desistência – é ato do autor da ação, de natureza eminentemente processual, que desiste do prosseguimento da ação interposta. A desistência da ação DEPENTE da aceitação pelo Juiz, por meio de homologação por sentença, pois o direito de ação é exercido contra o Juiz (é um direito ao provimento jurisdicional). Como a desistência depende de homologação, cabe retratação da desistência da ação, antes da decisão do Juiz. Com isso, a desistência NÃO produz efeitos imediatos, contrariando a regra de que os atos das partes produzem efeitos imediatos!

Antigamente o conceito de Sentença era o ato pelo qual o Juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa (da ação). Assim, o conceito anterior restringia a Sentença a uma decisão que finalizava o processo. Todavia, em reforma do CPC realizada no ano de 2005 pela Lei

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nº 11.232/2005, a Sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse em alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código.

O legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 267 e 269 do CPC:

o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado.

As situações legais do art. 267 são multifacetadas e fazem parte do assunto específico Processo, a ser estudado em separado. De todo modo, indico a leitura atenta de cada uma das hipóteses, que podem ser objeto de prova.

Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC):

a. quando o Juiz indeferir a petição inicial;

b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes;

c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS;

d. quando se verificar a ausência de pressupostos

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de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

f. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

g. pela convenção de arbitragem;

h. quando o AUTOR desistir da ação;

i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU;

o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão de mérito já pacificada na Sentença Definitiva).

Da mesma forma que as situações legais do art. 267, as previstas no art. 269 também são multifacetadas e fazem

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parte do assunto específico Processo, a ser estudado separadamente. De todo modo, indico a leitura atenta de cada uma das hipóteses, que podem ser objeto de prova.

Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo (Art. 269 do CPC):

a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor;

b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido;

c. quando as Partes transigirem (transação);

d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.**

Recebe a denominação “Acórdão” o julgamento proferido pelo órgão colegiado do Tribunal, que resume a decisão (“voto”) dos Membros da Corte.

As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais:

1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva.

2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor).

3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem

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julgamento de mérito (Sentença Terminativa).

As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

Cabe assinalar que, em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO.

Resumo:

SENTENÇAS:

o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal);

o Terminativa – SEM resolução de mérito - Art. 267 – faz coisa julgada formal;

o Definitiva – COM resolução de mérito – Art. 269 - faz coisa julgada formal e material;

o Cabe o Recurso de Apelação.

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS:

o Decidem questões incidentes (acessórias) sem por fim à Fase de Conhecimento;

o Cabe o Recurso de Agravo.

Os Despachos, comumente chamados de Mero Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: marcação de

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nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício.

Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo.

Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores.

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes.

Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas eletronicamente (assinaturas eletrônicas).

Todas as decisões, inclusive as Decisões Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida).

Os atos processuais devem ser praticados em Dias ÚTEIS (não em férias e em feriados), entre as 06 às 20 Horas. São feriados os domingos (não o sábado!) e os dias declarados em lei federal, estadual ou municipal (ex: dia do padroeiro da cidade).

Exceções aos dias e horários regulares:

� Podem ser concluídos os atos processuais depois das 20

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HORAS iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

� A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário de 6 às 20 HORAS.

� A regra é que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Duas exceções:

o a produção antecipada de provas (ex: colheita de testemunho de pessoa prestes a falecer);

o atos judiciais cautelares: a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Neste caso citação do Réu, o prazo de resposta somente começará a correr do no 1º dia útil seguinte ao feriado ou férias.

� Processam-se normalmente durante as férias e recessos forenses e não se suspendem pela superveniência delas:

o os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento (ex: cumprimento de liminares, dada sua urgência);

o as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as causas que seguem o procedimento sumário (art. 275 do CPC);

o todas as outras causas que a lei federal determinar.

O ordinário é que os atos processuais sejam praticados na SEDE do Juízo (dependências do Fórum). Contudo, é possível que sejam

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realizados fora da sede nos casos de:

� Critério de Deferência – prerrogativa pessoal da autoridade a ser ouvida em local, data e horário previamente marcados. Exemplo: Chefe do Poder Executivo, Desembargador de Justiça, etc.

� Interesse da Justiça – Exemplo: inspeção judicial realizada pelo Juiz in loco em obra reputada ilegal ou em terra acusada de ter sido grilada;

� Obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo Juiz – Exemplo: caso de réu doente no hospital.

Os prazos podem ser classificados em:

o Prazo Próprio – é aquele imposto às partes pela lei e acarreta a preclusão do direito de praticar o ato processual se não realizado até o seu final.

o Prazo Impróprio – é o fixado às partes do processo, mas que não gera qualquer efeito processual eventual superação;

o Prazo Dilatório - é o prazo fixado em norma dispositiva, que pode ser ampliado ou reduzido por simples convenção entre as partes. O Juiz somente poderá ampliar o prazo dilatório. Exemplo: as partes podem suspender o processo por mera convenção (art. 265, II, do CPC).

A dilação do prazo (ampliação ou redução) só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. Se o prazo já tiver sido expirado, precluirá o direito de dilatá-lo.

As custas processuais acrescidas em virtude da dilação do prazo ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.

o Prazo Peremptório – é aquele inalterável por vontade das partes ou do Juiz. Exemplo: prazo para a contestação do réu; prazo para recorrer da decisão.

Todos os prazos, inclusive os prazos peremptórios podem ser prorrogados por até 60 DIAS nas Comarcas de

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difícil transporte. Se houver calamidade pública, os 60 DIAS pode ser excedido.

Em caso de omissão legal de fixação do prazo processual, cabe ao Juiz determiná-lo. Se o Juiz não o fizer, aplicará a regra do prazo subsidiário de 5 DIAS.

Os prazos processuais são contínuos, NÃO se interrompendo nos FERIADOS. Já nos recessos e férias forenses, os prazos são suspensos (paralisados), recomeçando a correr o restante a partir do 1º dia ÚTIL seguinte.

O prazo processual também ser suspenso por:

o obstáculo criado pela parte – exemplo: não devolução dos autos à secretaria do juízo no prazo determinado pelo Juiz;

o morte ou perda da capacidade processual das partes, representantes legais ou procuradores;

o convenção das partes nos prazos dilatórios;

o apresentação de exceção de incompetência, suspeição ou impedimento.

Os atos processuais são contados, em regra, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. A intimação é o marco inicial dos prazos.

Os atos processuais são contados, em regra, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. A intimação é o marco inicial dos prazos.

O prazo começará a correr apenas no próximo dia ÚTIL após a intimação. De todo modo, será prorrogado o prazo inicial para a contagem do prazo até o 1º dia ÚTIL seguinte se o vencimento cair em:

o Feriado;

o Dia em que for determinado fechamento do fórum;

o Dia em que o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

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O Ministério Público e a Fazenda Pública (União, Estados, DF e Municípios, bem Autarquias e Fundações Públicas) têm prazo em Quádruplo para CONTESTAR e em Dobro para RECORRER.

Resumo: 4 C / 2 R

o 4 VEZES para CONTESTAR

o 2 VEZES para RECORRER

Não se incluem no conceito de Fazenda Pública as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e Estado Estrangeiro.

Quando houver Litisconsórcio Ativo ou Passivo (+ 1 parte no mesmo polo) com o mesmo Procurador (Advogado), o prazo para praticar atos processuais será o mesmo para qualquer deles. No entanto, se forem Procuradores distintos, o prazo para CONTESTAR, RECORRER e para manifestar-se nos autos será considerado em DOBRO (2 vezes).

Se a lei não fixar prazo específico para comparecimento em juízo, a parte intimada deve comparecer em juízo pelo menos após 24 HORAS (não antes disso).

Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido:

o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS

o Despachos de Expediente – 2 DIAS

o Preclusão Temporal – é perda do direito de praticar o ato pela não observância do prazo legal ou estabelecido pelo Juiz. Por isso que se decorrido o prazo, o direito de praticar o ato é extinto op legis, sem depender de pronunciamento judicial, salvo prova de justa causa para sua não realização.

A justa causa é o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. Neste caso, o Juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe determinar.

o Preclusão Lógica – é a perda do direito de praticar o ato pela prática de ato anterior incompatível com o posterior. Exemplo: se a parte reconhece o pedido do autor, aceitando-

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o, não poderá posteriormente recorrer da sentença por preclusão lógica.

o Preclusão Consumativa – é a perda do direito de praticar o ato por já o ter praticado, seja bem feito ou não. Exemplo: se a parte apresentou recurso mal elaborado, não poderá posteriormente, mesmo dentro do prazo legal, apresentar um novo recurso melhor instruído.

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LEGISLAÇÃO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

TÍTULO V

DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I

DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I

Dos Atos em Geral

Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial.

Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática e a comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.280, de 2006)

§ 2o Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:

I - em que o exigir o interesse público;

Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977)

Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.

Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.

Seção II Dos Atos da Parte

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Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.

Art. 159. Salvo no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados, todas as petições e documentos que instruírem o processo, não constantes de registro público, serão sempre acompanhados de cópia, datada e assinada por quem os oferecer.

§ 1o Depois de conferir a cópia, o escrivão ou chefe da secretaria irá formando autos suplementares, dos quais constará a reprodução de todos os atos e termos do processo original.

§ 2o Os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta dos autos originais.

Art. 160. Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.

Art. 161. É defeso lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o juiz mandará riscá-las, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do juízo.

Seção III Dos Atos do Juiz

Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994)

Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais.

Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.

Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art.

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458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.

Seção IV Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria

Art. 166. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando.

Art. 167. O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma quanto aos suplementares.

Parágrafo único. Às partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público, aos peritos e às testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervieram.

Art. 168. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão.

Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.

§ 1o É vedado usar abreviaturas. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

§ 2o Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

§ 3o No caso do § 2o deste artigo, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

Parágrafo único. É vedado usar abreviaturas.

Art. 170. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia, ou de outro método idôneo, em qualquer juízo ou tribunal. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

Art. 171. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas.

CAPÍTULO II DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I Do Tempo

Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes,

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quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso Xl, da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994)

§ 3o Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994)

Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias.

Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:

I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;

II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275;

III - todas as causas que a lei federal determinar.

Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.

Seção II Do Lugar

Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

CAPÍTULO III DOS PRAZOS

Seção I Das Disposições Gerais

Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.

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Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que Ihe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias.

Art. 180. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, I e III; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo.

§ 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

§ 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.

Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.

Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

§ 1o Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

§ 2o Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único). (Redação dada pela Lei nº 8.079, de 1990)

Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz

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exceder, por igual tempo, os prazos que este Código Ihe assina.

Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

Art. 189. O juiz proferirá:

I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias;

II - as decisões, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 190. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados:

I - da data em que houver concluído o ato processual anterior, se Ihe foi imposto pela lei;

II - da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.

Parágrafo único. Ao receber os autos, certificará o serventuário o dia e a hora em que ficou ciente da ordem, referida no no Il.

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.

Seção II Da Verificação dos Prazos e das Penalidades

Art. 193. Compete ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos que este Código estabelece.

Art. 194. Apurada a falta, o juiz mandará instaurar procedimento administrativo, na forma da Lei de Organização Judiciária.

Art. 195. O advogado deve restituir os autos no prazo legal. Não o fazendo, mandará o juiz, de ofício, riscar o que neles houver escrito e desentranhar as alegações e documentos que apresentar.

Art. 196. É lícito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que exceder o prazo legal. Se, intimado, não os devolver dentro em 24 (vinte e quatro) horas, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa, correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do juízo.

Parágrafo único. Apurada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento disciplinar e imposição da multa.

Art. 197. Aplicam-se ao órgão do Ministério Público e ao representante da Fazenda Pública as disposições constantes dos arts. 195 e 196.

Art. 198. Qualquer das partes ou o órgão do Ministério Público poderá representar ao presidente do Tribunal de Justiça contra o juiz que excedeu os prazos previstos em lei.

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Distribuída a representação ao órgão competente, instaurar-se-á procedimento para apuração da responsabilidade. O relator, conforme as circunstâncias, poderá avocar os autos em que ocorreu excesso de prazo, designando outro juiz para decidir a causa.

Art. 199. A disposição do artigo anterior aplicar-se-á aos tribunais superiores na forma que dispuser o seu regimento interno.

Até a próxima Aula!

Ricardo Gomes

Por sua aprovação!

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.

DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.

DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.