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Curso de AFO (STJ) Analista Jud. – Administrativa (Pacote) Aula 04 – Despesa Pública
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
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Olá pessoal. Vamos seguindo?
Sumário
Classificação da despesa............................................................... 01
Estágios da despesa ....................................................................... 11
Restos a Pagar ................................................................................ 17
Despesas de Exercícios Anteriores ............................................. 19
Dívida flutuante e fundada ........................................................... 20
Suprimento de Fundos .................................................................. 21
Questões .......................................................................................... 23
Vale a Pena Estudar de Novo ....................................................... 42
Mapas Mentais ................................................................................ 44
Bibliografia ...................................................................................... 47
Exercícios Trabalhados ............................................................... 47
Gabarito ......................................................................................... 56
Classificação da Despesa
A despesa pública pode ser entendida como os gastos realizados pelo Estado
para alcançar seus objetivos com o fim de atender a coletividade. Da mesma
forma que a receita, a despesa poderá ser classificada como orçamentária ou
extraorçamentária (dispêndios extraorçamentários), sendo esta a devolução
dos recursos recebidos por meio de ingressos extraorçamentários (Depósitos
em Caução, Fianças, Operações de Crédito por ARO, emissão de moeda,
Consignações em Folha de Pessoal, Restos a Pagar e outras entradas
compensatórias no ativo e passivo financeiro).
Aula 4
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A despesa possui classificações quanto aos aspectos qualitativos e
quantitativos. Os aspectos qualitativos são formados pelas classificações por
esfera, institucional, funcional e programática.
As informações quantitativas envolvem uma dimensão física, que determina a
quantidade de bens ou serviços a serem entregues, e uma dimensão financeira,
que envolve as classificações por natureza da despesa, identificador de uso
(IDUSO), fonte de recurso, identificador de doações e operações de crédito
(IDOC), identificador de resultado primário, e por fim, a dotação orçamentária,
que é o valor consignado para o orçamento daquele ano.
Veja como exemplo o quadro retirado do Manual Técnico de Orçamento da SOF
2016, quadro esse que também pode ser visualizado no SIAFI – Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal:
Nos tópicos seguintes vamos analisar as principais e mais importantes
classificações para concursos.
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ESFERA
De acordo com essa classificação, é possível determinar se a despesa faz parte
do orçamento fiscal, de seguridade social ou de investimento das empresas
Estatais. A pergunta-chave aqui é: em qual orçamento?
Os códigos utilizados são os seguintes:
Código Esfera Orçamentária
10 Orçamento Fiscal
20 Orçamento da Seguridade Social
30 Orçamento de Investimento
INSTITUCIONAL
A classificação institucional da despesa reflete a estrutura organizacional e
administrativa da administração pública, compreendendo dois níveis, o órgão
orçamentário e a unidade orçamentária (UO). A pergunta-chave aqui é:
quem é o responsável por fazer?
As dotações orçamentárias são consignadas às UOs, que são responsáveis pela
execução orçamentária. O órgão orçamentário é o agrupamento de várias
unidades orçamentárias. O código da classificação institucional é formado por 5
dígitos, os dois primeiros do órgão e os 3 últimos relativos a UO.
1o 2o 3o 4o 5o
Órgão orçamentário Unidade Orçamentária
Na classificação institucional nem sempre um órgão orçamentário ou uma UO
correspondem a uma estrutura administrativa. É o caso, por exemplo, de
alguns fundos especiais (ex.: Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito – FUNSET) e de “órgãos” Transferências a Estados, Distrito Federal e
Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito,
Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.
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FUNCIONAL
A estrutura funcional foi instituída pela Portaria n. 42/99 do MPOG, sendo de
observância obrigatória para todos os entes federativos (União,
Estados/Distrito Federal e Municípios), possibilitando uma consolidação
nacional dos gastos públicos.
Na classificação funcional, é possível verificar em quais áreas de despesa a
ação governamental será realizada. Nessa classificação temos:
• Função: maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do
setor público. Exemplos: cultura, educação, saúde.
• Subfunção: deve evidenciar a natureza da atuação governamental.
Exemplos: educação infantil, comunicação social.
É possível combinar subfunções a funções diferentes das quais elas estejam
diretamente relacionadas. Essa característica é conhecida como matricialidade.
Como exemplo, temos as dotações consignadas no orçamento dos órgãos do
Poder Judiciário destinadas à formação de seus membros
(juízes/desembargadores).
1o 2o 3o 4o 5o
Função Subfunção
PROGRAMÁTICA (ESTRUTURA PROGRAMÁTICA)
A estrutura programática traz a classificação por programa (tema da política
pública), objetivos (o que se pretende alcançar), iniciativas (o que será
entregue) e ações (o que será desenvolvido).
A partir do orçamento-programa, toda a atuação estratégica prevista no
planejamento do governo deverá ser concretizada por meio de um programa,
que pode ser definido como a estruturação da ação governamental,
classificando-se em:
• Programas Temáticos: ações do Governo voltadas para a entrega de
um bem ou serviço à sociedade; e
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• Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: ações
orientadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação do Estado.
Ainda dentro da classificação programática, os programas serão
complementados por ações, que são as operações que resultam bens ou
serviços que contribuíram para atingir os resultados do programa.
Essas ações podem ser de três tipos:
• Projeto: envolve um conjunto de operações, limitadas no tempo, das
quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de Governo.
• Atividade: envolve um conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço
necessário à manutenção da ação de Governo.
• Operações Especiais: não contribuem para a manutenção, expansão
ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços. Ex: cumprimento de sentenças judiciais.
Por fim, essas ações serão divididas em subtítulos, menor nível de categoria de
programação na esfera federal, que determina a localização física do gasto,
podendo ter abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste,
Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente,
por um critério específico, quando necessário.
É vedada, na especificação do subtítulo, a referência a mais de uma localidade,
área geográfica ou beneficiário, se estes forem determinados.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e
social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar
a focalização, os custos e os impactos da ação governamental, não podendo
haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das
metas estabelecidas.
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NATUREZA DA DESPESA
Quanto aos aspectos quantitativos, a classificação mais conhecida da despesa
é a natureza da despesa, podendo ser desdobrada em categoria econômica,
grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, elemento e
subelemento. Segue mais um quadro do MTO/2016 para facilitar a visualização
da classificação:
Categoria Econômica
Como ocorre com as receitas, as despesas serão classificadas como correntes e
de capital. As despesas de capital contribuem diretamente para aquisição ou
formação de um bem de capital. Por exclusão, as despesas correntes são
aquelas que não contribuem para formação e aquisição de um bem de capital.
Código Categoria Econômica Característica
3 Despesa Corrente
Não contribuem, diretamente,
para a formação ou aquisição de
um bem de capital
4 Despesa de Capital
Contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um
bem de capital
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Grupo de Natureza da Despesa (GND)
Como segundo nível de desdobramento da classificação por natureza da
despesa, temos o Grupo de Natureza da Despesa (GND).
•Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativasa mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e demembros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais comovencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos daaposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações,horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem comoencargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades deprevidência.
Pessoal e Encargos Sociais
•Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outrosencargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bemcomo da dívida pública mobiliária.
Juros e Encargos da Dívida
•Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo,pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação,auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica"Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza dedespesa.
Outras Despesas Correntes
•Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e aexecução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis consideradosnecessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações,equipamentos e material permanente.
Investimentos
•Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital jáem utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresasou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação nãoimporte aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital deempresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
Inversões Financeiras
•Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento doprincipal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna eexterna, contratual ou mobiliária.
Amortização da Dívida
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Categoria
Econômica Código GND
Despesa
Corrente
1 Pessoal e Encargos Sociais
2 Juros e Encargos da Dívida
3 Outras Despesas Correntes
Despesa
de Capital
4 Investimentos
5 Inversões Financeiras
6 Amortização da Dívida
A lei n. 4.320/64 ainda traz outros conceitos importantes para fins de
concurso:
Despesas de Custeio (Despesa Corrente): dotações para manutenção de
serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes (Despesa Corrente): dotações para despesas as
quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive
para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de
outras entidades de direito público ou privado.
Subvenções Sociais (Despesa Corrente): transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de caráter assistencial
ou cultural, sem finalidade lucrativa.
Subvenções Econômicas (Despesa Corrente): transferências destinadas a
cobrir despesas de custeio de empresas públicas ou privadas de caráter
industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Transferências de Capital (Despesa de Capital): dotações para
investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou
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privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens
ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições,
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Modalidade de Aplicação
A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados:
• Mediante transferência financeira:
o a outras esferas de governo, seus órgãos, fundos ou entidades;
o a entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições;
• Diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por
outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação visa, principalmente, eliminar a dupla contagem dos
recursos transferidos ou descentralizados. O código mais utilizado é o 90, que
representa as utilizações diretas pelos entes públicos.
Nos termos da Portaria Interministerial n. 163/01 STN/SOF, a discriminação da
despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica,
grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
Elemento e subelemento
Ainda quanto à classificação da natureza da despesa, essa ainda pode ser
classificada em elementos (que identificam o objeto do gasto, como por
exemplo, material de consumo) e em subelementos.
Lei n. 4.320/64:
“Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo
por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal,
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração
publica para consecução dos seus fins.”
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FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSO
Outra classificação existente é a fonte de recurso, que faz o vínculo entre a
classificação da receita e da despesa. A definição das fontes de recurso deve
estar definida já na lei orçamentária, indicando de onde virão os recursos para
realizar as despesas. Ou seja, não é depois, no cronograma de execução
mensal.
A pergunta-chave da fonte de recursos é: de onde virão os recursos para
realizar a despesa?
A classificação por fonte de recursos possibilita ao Poder Legislativo e aos
órgãos de controle fazer o acompanhamento da destinação dos recursos
públicos, seja com relação às vinculações constitucionais e legais, como as
despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, ou mesmo para os
recursos sem vinculação prévia.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
Regularidade
Quanto à regularidade, a despesa pode ser classificada em ordinária,
referente aos gastos com a manutenção dos serviços estatais, como o gasto
com funcionários, e extraordinária, em caso de gastos eventuais, como
execução de uma obra ou aquisição de um veículo.
1) (CESPE CGE-PI 2015) A discriminação da despesa deverá ser
realizada, no mínimo, por elementos entendidos como o
desdobramento dessa despesa em gastos com pessoal, material,
serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública
para a consecução dos seus fins.
Correto. “Lei n. 4.320/64 Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da
despesa far-se-á no mínimo por elementos.
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§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal,
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração
publica para consecução dos seus fins.”
Gabarito: C
2) (CESPE CGE-PI 2015) São dispêndios extraorçamentários as saídas
de numerários para os pagamentos de restos a pagar, os resgates de
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária e as
transferências de dinheiro de empréstimos consignados efetuados
pelos servidores para os bancos credores.
Perfeito. Todos esses casos representam situações em que o Estado apenas
recebe esses recursos para, logo em seguida, devolvê-los ou repassá-los a
terceiros.
Gabarito: C
3) (CESPE CADE 2014) A estrutura programática da despesa pública
definida para a LOA deve ser a mesma para todos os entes da
Federação, devido aos objetivos de consolidação das contas públicas.
A questão está incorreta, pois é a estrutura funcional que deve ser
obrigatória para todos os entes federativos (União, Estados/Distrito Federal e
Municípios), possibilitando, assim, uma consolidação nacional dos gastos
públicos.
Os programas, objetivos e ações são definidos de maneira independente por
cada ente.
Gabarito: E
Estágios/Etapas da Despesa
São estágios da despesa o planejamento, o empenho, a liquidação e o
pagamento. Os três últimos estágios são relacionados à execução da despesa.
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FIXAÇÃO (PLANEJAMENTO)
Antes desses estágios, haverá a etapa do planejamento, que, além de envolver
a fixação da despesa (LOA), conterá também a
descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e
financeira, e o processo de licitação e contratação.
EMPENHO
O empenho representa uma obrigação do Estado, pendente ou não do
implemento de uma condição, conforme determina o art. 58, da Lei 4.320/64:
“Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.”
Há três tipos de empenho. Individual, global e estimativo.
O empenho individual é referente àquelas obrigações certas e determinadas,
normalmente, pagas em uma só parcela e seu valor já está previsto, não sofre
estimativa. Como exemplo, temos a aquisição de móveis para uso da
Administração.
O empenho global é utilizado para despesas contratuais e outras sujeitas a
parcelamento. Nesse tipo de empenho se enquadram as despesas com valor já
determinado, cuja prestação dos serviços será executada ao longo do ano,
com pagamentos parcelados, como por exemplo, a assinatura de uma revista.
O empenho estimativo é utilizado para despesas anteriormente contratadas,
mas que o valor a ser pago será verificado somente posteriormente, é o caso
dos serviços de água, energia e telefone, que no momento da contratação e
emissão do empenho ainda não é possível aferir o valor exato da despesa,
apenas estimá-la.
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O documento que materializa o empenho emitido é a nota de empenho,
assinada pelo Ordenador de Despesa, contendo dados do valor empenhado,
seu objeto e seu órgão emitente. Ao contrário do empenho, que é sempre
obrigatório, a emissão da nota de empenho pode ser dispensada de
acordo com a legislação vigente.
”Lei 4.320/64 Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento
denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a
• Obrigações certas e determinadas
• Normalmente, pagas em uma só parcela
• Seu valor já está previsto
• Não sofre estimativa
• Ex.: aquisição de móveis para uso da Administração
Empenho Individual ou Ordinário
• Despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.
• Despesas com valor já determinado, cuja prestação dos
serviços será executada ao longo do ano, com pagamentos
parcelados
• Ex.: assinatura de uma revista
Empenho Global
• Despesas anteriormente contratadas, mas que o valor a ser
pago será verificado somente posteriormente.
• No momento da contratação e emissão do empenho ainda
não é possível aferir o valor exato da despesa, mas apenas
estimá-la
• Ex.: serviços de água, energia e telefone, que no momento da
contratação e emissão do empenho ainda não é possível
aferir o valor exato da despesa, mas apenas estimá-la
Empenho Estimativo
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representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo
da dotação própria.
“Lei 4.320/64 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a
emissão da nota de empenho.”
LIQUIDAÇÃO
Próximo estágio da execução da despesa é a liquidação, que consiste na tarefa
do gestor público verificar se a obrigação assumida foi devidamente cumprida,
determinando a origem da obrigação, o valor exato a pagar e quem é o credor.
Essa verificação pelo gestor público se baseará no contrato, nota de empenho
e no comprovante de entrega do material ou da prestação efetiva do serviço.
“Lei 4.320/64 Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados
terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do
serviço.”
PAGAMENTO
O último estágio da despesa é o pagamento que, o próprio nome indica,
consiste no pagamento ao fornecedor ou prestador de serviço ao órgão ou
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entidade pública. O pagamento se dá por meio da entrega de numerário
(dinheiro), cheque nominativo, ordem bancária ou crédito em conta corrente.
De acordo com o art. 64 da Lei nº 4.320/64, ordem de pagamento é o
despacho exarado por autoridade competente, determinando o pagamento da
despesa, devendo o respectivo documento ser processado pelo serviço de
contabilidade do órgão ou entidade.
Ao contrário das receitas que podem deixar de passar por algum de seus
estágios, o mesmo não ocorre com as despesas. Todas as despesas devem
seguir os estágios previstos, na ordem determinada, só sendo possível
executar o próximo estágio após o cumprimento do anterior!
Segue abaixo um quadro com um resumo sobre os estágios da despesa:
Estágios/Etapas das Despesas
Fixação/
Planejamento
Compreende a fixação da
despesa (LOA), a
descentralização/movimentação
de créditos, a programação
orçamentária e financeira, e o
processo de licitação e
contratação
Empenho
O empenho de despesa é o ato
emanado de autoridade
competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento
de condição
Atenção: a nota de empenho
pode ser dispensada; o
empenho jamais.
Liquidação
A liquidação da despesa
consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor ou
Essa verificação tem por fim
apurar:
a) a origem e o objeto do que
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entidade beneficiaria, tendo por
base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo
crédito ou da habilitação ao
benefício
se deve pagar;
b) a importância exata a
pagar; e
c) a quem se deve pagar a
importância para extinguir a
obrigação.
A liquidação da despesa por
fornecimentos feitos, obras
executadas ou serviços
prestados terá por base:
a) o contrato, ajuste ou acordo
respectivo;
b) a Nota de Empenho;
c) os comprovantes da entrega
de material ou da prestação
efetiva do serviço
Pagamento
Ato em que o Estado cumpre
sua obrigação com a parte
contratada em contrapartida ao
serviço ou bem fornecidos.
4) (CESPE TCU 2015) A apuração da quantia exata a ser paga em
relação às despesas incorridas por um ente federativo ocorre na fase
de pagamento, sendo vedada a adoção de regime de adiantamento
com vistas a honrar o pagamento dessas despesas.
O estágio de liquidação tem por fim apurar a origem e o objeto do que se
deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a
importância para extinguir a obrigação.
Gabarito: E
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5) (CESPE TCU 2015) Realiza-se por meio de empenho global a reserva
de dotação orçamentária de compromissos decorrentes de despesas
contratuais com pagamento sujeito a parcelamento.
Perfeito. Os pagamentos que serão feitos parceladamente, já conhecidos os
valores globais e das parcelas, são garantidos por meio de um empenho
global.
Gabarito: C
6) (CESPE FUB 2015) A ordem dos estágios de uma despesa pública -
empenho, liquidação e pagamento - pode variar de acordo com a
natureza da despesa.
Nem pensar! Os gastos públicos seguem todos os estágios da despesa
previstos e na ordem determinada.
Gabarito: E
Restos a Pagar
A despesa irá passar pelos estágios do empenho, liquidação e pagamento. Mas
e se todas essas fases não forem concluídas até o final do exercício, o que
deverá ser feito nesses casos?
Essas despesas deverão ser inscritas em restos pagar, classificadas em restos
a pagar processados para aquelas despesas empenhadas e liquidadas, e não
processados para as despesas empenhadas e não liquidadas.
Empenhos referentes às despesas com vigência plurianual só serão inscritos
em restos a pagar ao final desse período.
De acordo com a Lei n.º 4320/64, art. 36, restos a pagar são conceituados
como despesas legalmente empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as processadas das não processadas.
Além da distinção em despesas processadas e não processadas, a inscrição em
restos a pagar será feita separando-se por exercício e por credor.
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A inscrição dos restos a pagar não processados não é automática. Em regra, as
despesas não liquidadas são canceladas em 31 de dezembro, salvo nos
seguintes casos:
I. Vigente o prazo para cumprimento da obrigação;
II. Estiver em curso a liquidação da despesa ou a Administração tiver
interesse em exigir o cumprimento da obrigação, mesmo não vigente o
prazo para cumprimento da obrigação,
III. Corresponder a compromissos assumidos no exterior; e
IV. Houver indicação do ordenador de despesas.
Caso os restos a pagar não processados não venham a ser liquidados, eles
terão vigência apenas até junho do segundo ano subsequente ao de sua
inscrição, com exceção dos seguintes casos:
• Despesas com execução já iniciada;
• Despesas relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao
Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação;
Com relação aos restos a pagar processados, esses prescrevem em cinco
anos.
O Manual do SIAFI traz outra classificação importante:
RP Não Processados em Liquidação: no momento da inscrição a despesa
estava em processo de liquidação, ou seja, estava na fase “em liquidação”.
RP Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava
liquidada e sua inscrição está condicionada a indicação pelo Ordenador de
Despesa da Unidade Gestora, ou pessoa por ele autorizada, formalmente no
SIAFI em espaço próprio na tabela de Unidade Gestora.
7) (CESPE TCU 2015) Um serviço de manutenção de imóveis foi
prestado a um ente da Federação no mês de outubro de 2014. Em
31/12/2014, apesar de já ter passado pelas fases de empenho e
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liquidação, o valor do serviço ainda não havia sido pago ao prestador
do serviço.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Trata-se, nesse caso, de uma despesa não processada e cujo valor
deve ser inscrito em restos a pagar.
Nada disso. Restos a pagar provenientes de despesas já liquidadas constituem
restos a pagar processados.
Gabarito: E
Despesas de Exercícios Anteriores
Dando seguimento à nossa execução, e se acontecer de uma despesa deixar
de ser empenhada e for cobrada no exercício subsequente? O credor ficará
sem o pagamento?
Claro que não. Nesses casos, os créditos serão pagos com dotação especifica
consignada no orçamento, conhecida como despesas de exercícios
anteriores.
As despesas de exercícios anteriores serão discriminadas por elementos e, na
medida do possível, deverão ser pagas em ordem cronológica. De acordo com
a Lei n. 4.320/64 e o Decreto n. 93.872/86, são as seguintes hipóteses de
despesas de exercícios anteriores:
-Despesas, consignadas no orçamento, que não tenham sido processadas na
época própria;
-Restos a Pagar com prescrição interrompida (cancelados); e
-Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente.
De acordo com o Decreto 93.872/96, restos a pagar com prescrição
interrompida são definidos como a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor.
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Dessa forma, mesmo após cancelados os restos a pagar, se o credor ainda
tiver direito ao recebimento, o pagamento deverá ser feito por meio de
dotação destinada às despesas de exercícios anteriores.
Para o pagamento de despesas de exercícios anteriores, deverá haver:
• Dotação específica consignada no orçamento;
• Discriminação por elementos; e
• Pagamento em ordem cronológica, sempre que possível.
“Lei 4.320/64 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os
Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta
de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.”
Dívida Flutuante e Fundada
Dívida Flutuante: Dívida de curto prazo, contraída pelo Tesouro Nacional,
sem exigência de autorização legislativa específica, para atender às
momentâneas necessidades de caixa e que deve ser liquidada em até 12
meses. Exemplo: Restos a pagar, serviços da dívida a pagar, depósitos de
terceiros (cauções e garantias) e débitos de Tesouraria.
Dívida Fundada: dívida interna e externa de longo prazo, relativa aos
passivos financeiros com exigibilidade superior a 12 meses, contraída para
atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços
públicos, sendo necessária autorização legislativa para o seu pagamento.
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8) (CESPE TCU 2015) Um serviço de manutenção de imóveis foi
prestado a um ente da Federação no mês de outubro de 2014. Em
31/12/2014, apesar de já ter passado pelas fases de empenho e
liquidação, o valor do serviço ainda não havia sido pago ao prestador
do serviço. Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo
item.
Os passivos decorrentes da despesa do ente da Federação compõem
sua dívida flutuante, cuja prescrição ocorrerá em cinco anos.
Os restos a pagar são espécie de dívida flutuante. No caso em tela, como são
restos a pagar processados, sua prescrição será de cinco anos.
Gabarito: C
Suprimento de Fundos
Normalmente os gastos públicos devem se pautar por um longo período de
planejamento, contudo, alguns tipos de despesas, seja por sua natureza ou
urgência, não podem aguardar o curso normal da execução orçamentária e
financeira, sob pena de trazerem prejuízos à Administração Pública.
A despeito de sua excepcionalidade, em razão de se tratar de recursos públicos,
é exigido, no suprimento de fundos, na mesma forma que no processo
licitatório, observar os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade e da igualdade, além de garantir a aquisição mais vantajosa para a
administração pública.
Com a finalidade de abarcar esses casos, foi instituída a figura do suprimento
de fundos, espécie de despesa orçamentária utilizada em casos expressamente
definidos em lei, em que o servidor fica responsável por administrar um
numerário para pagamento de despesas que não se encaixa nos
procedimentos normais de contratação de bens e serviços.
O suprimento de fundo refere-se a um regime de adiantamento, pois o
numerário já fica disponível para o servidor antes mesmo que a despesa seja
efetuada, contudo, como as demais despesas orçamentárias, os suprimentos
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de fundos deverão passar por todas as etapas da despesa: empenho,
liquidação e pagamento.
Apesar de ser considerada uma despesa pelo enfoque orçamentário, o
suprimento de fundos não será considerado como despesa pelo
enfoque patrimonial, uma vez que não há redução do patrimônio
líquido da entidade ou órgão no momento de sua concessão.
De acordo com a Lei n. 4.320/64 e o Decreto n. 93.872/86, mediante
autorização do ordenador de despesas e sob sua inteira responsabilidade, o
suprimento de fundos poderá ser concedido nas seguintes hipóteses:
1. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços
especiais, que exijam pronto pagamento;
2. Quando a despesa deve ser feita em caráter sigiloso, conforme se
classificar em regulamento; e
3. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas
cujo valor, em cada caso, não ultrapassar o limite estabelecido em Portaria do
Ministro da Fazenda, sendo aplicável a todos os demais órgãos do
Poder Executivo federal.
Não se concederá suprimento de fundos:
1. A responsável por dois suprimentos;
2. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a
adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor;
3. A responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não
tenha prestado contas de sua aplicação;
4. A servidor declarado em alcance.
De acordo com o MCASP, por servidor em alcance, entende-se aquele que não
efetuou, no prazo, a comprovação dos recursos recebidos ou que, caso tenha
apresentado a prestação de contas dos recursos, a mesma tenha sido
impugnada total ou parcialmente.
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9) (CESPE CGE-PI 2015) Da mesma forma que acontece no processo
licitatório, a despesa executada por meio de suprimento de fundos
deve garantir a aquisição mais vantajosa para a administração pública.
Apesar de estarmos tratando de gastos excepcionais, mesmo assim, os
recursos não perdem sua natureza pública. Dessa forma, devem obedecer aos
princípios da administração pública, entre eles, a aquisição da proposta mais
vantajosa para a Administração Pública.
Gabarito: C
Questões
10) (CESPE CNJ 2013) As programações orçamentárias estão
organizadas em programas de trabalho com informações qualitativas e
quantitativas, físicas ou financeiras. No orçamento público, o
programa de trabalho, no aspecto qualitativo, é composto da
classificação por esfera, classificação institucional, classificação
funcional e estrutura programática.
Definição exata de como as informações da despesa pública são apresentadas
na Lei Orçamentária Anual.
Por um lado temos os aspectos qualitativos, que são formados pelas
classificações por esfera, institucional, funcional e programática. Por outro,
temos os aspectos quantitativos.
As informações quantitativas envolvem uma dimensão física, que determina a
quantidade de bens ou serviços a serem entregues, e uma dimensão financeira,
que envolve as classificações por natureza da despesa, identificador de uso
(IDUSO), fonte de recurso, identificador de doações e operações de crédito
(IDOC), identificador de resultado primário, e, por fim, a dotação orçamentária,
que é o valor consignado para o orçamento daquele ano.
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Gabarito: C
11) (CESPE ANTAQ 2014) A classificação institucional tem por objetivo
identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.
O enunciado trocou as classificações. A classificação que tem por objetivo
identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada é a classificação
por esfera orçamentária.
Gabarito: E
12) (CESPE TCE-RO 2013) Suponha que um técnico do governo federal
tenha classificado determinada despesa como encargos financeiros da
União. Nessa situação, é correto afirmar que o técnico se utilizou da
classificação institucional da despesa.
Cuidado, na classificação institucional nem sempre um órgão orçamentário ou
uma UO correspondem a uma estrutura administrativa. É o caso, por exemplo,
de alguns fundos especiais (ex.: Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito – FUNSET) e de “órgãos” Transferências a Estados, Distrito Federal e
Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito,
Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.
Logo, o enunciado está correto, pois apesar dos “Encargos Financeiros da
União” não formar uma estrutura administrativa, para fins da Lei Orçamentária
será considerado como um órgão orçamentário/UO.
Gabarito: C
13) (CESPE ICMBIO 2014) Na LOA, a classificação das despesas
restringe-se à esfera fiscal e à seguridade social.
As dotações poderão ser também classificadas quanto à esfera ao orçamento
de investimento das estatais.
Gabarito: E
14) (CESPE MTE 2014) A classificação da despesa que permite avaliar
o impacto da ação governamental na economia do país é denominada
classificação funcional, que, por sua vez, divide-se em espécies, como
educação, saúde e infraestrutura.
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Outra questão que está trocando as características dos tipos de classificações.
Podemos citar a classificação que permite identificar a ação governamental na
economia do país, que é a por natureza da despesa e seus desdobramentos.
Nessa classificação, é possível verificar, por exemplo, se o governo está
utilizando os recursos públicos em investimentos (Despesas de Capital) ou com
despesas de custeio (Despesas Correntes), como o pagamento de pessoal.
Gabarito: E
15) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) A despesa, classificada por
sua subfunção, deve evidenciar cada área da atuação governamental,
por intermédio da identificação da natureza das ações.
Conforme o MTO/2016, a subfunção representa um nível de agregação
imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza da atuação
governamental.
Gabarito: C
16) (CESPE TCE-RO 2013) As subfunções típicas da função
administração não podem ser combinadas com a função educação, em
razão de os objetivos finalísticos da atuação governamental, em cada
uma dessas funções, serem distintos.
É possível combinar subfunções a funções diferentes daquelas a que elas
estejam diretamente relacionadas. Essa característica é conhecida como
matricialidade. Como exemplo, temos as dotações consignadas no orçamento
dos órgãos do Poder Judiciário destinadas à formação de seus membros
(juízes/desembargadores).
Gabarito: E
17) (CESPE Polícia Federal 2014) As atividades, os projetos e as
operações especiais devem ser detalhados na estrutura programática
em subtítulos, não podendo haver alterações de sua finalidade, do
produto e das metas estabelecidas, a não ser que sejam feitas por
meio de projeto de lei que altere a lei orçamentária anual.
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Correta. Os subtítulos irão identificar a localização física dos gastos, sendo
vedada a alteração de sua finalidade, produto e das metas estabelecidas, salvo
por meio da alteração da lei orçamentária.
Gabarito: C
18) (CESPE MTE 2014) Na estrutura programática da despesa, as
despesas decorrentes de sentenças judiciais, por não gerarem
produtos, podem ser classificadas como operações especiais.
Como o cumprimento de sentenças judiciais não contribuem para a
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, não
resultam em um produto sob a forma de bens ou serviços, podendo ser
classificadas como operações especiais.
Gabarito: C
19) (CESPE ICMBIO 2014) Assim como as receitas, as despesas podem
ser classificadas em duas categorias econômicas: correntes e de
capital.
Como ocorre com as receitas, as despesas serão classificadas como correntes e
de capital. As despesas de capital contribuem diretamente para aquisição ou
formação de um bem de capital. Por exclusão, as despesas correntes são
aquelas que não contribuem para formação e aquisição de um bem de capital.
Código Categoria Econômica Característica
3 Despesa Corrente
Não contribuem, diretamente,
para a formação ou aquisição de
um bem de capital
4 Despesa de Capital
Contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um
bem de capital
Gabarito: C
20) (CESPE TC-DF 2014) Considere que determinado servidor público
tenha classificado uma despesa realizada pelo órgão de sua lotação
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como despesa com pessoal e encargos sociais. Nesse caso, a
classificação por ele realizada representa a categoria econômica da
despesa.
Como segundo nível de desdobramento da classificação por natureza da
despesa, temos o Grupo de Natureza da Despesa (GND):
Categoria
Econômica Código GND
Despesa
Corrente
1 Pessoal e Encargos Sociais
2 Juros e Encargos da Dívida
3 Outras Despesas Correntes
Despesa
de Capital
4 Investimentos
5 Inversões Financeiras
6 Amortização da Dívida
Dessa forma, ao classificar certa despesa como pessoal e encargos sociais, o
servidor classificou a despesa em grupo de natureza de despesa e não na
categoria econômica.
Gabarito: E
21) (CESPE SUFRAMA 2014) Se determinado órgão público adquirir
títulos representativos do capital de determinada empresa em
operação há cinco anos no mercado e se tal operação não importar
aumento do capital, a despesa de capital será classificada como
inversão financeira.
Essa despesa será classificada como inversão financeira, pois a entidade já
está em atividade e não há aumento de capital. Caso estivesse sendo
constituída uma empresa ou aumentando seu capital, deveria ser considerada
um investimento.
Gabarito: C
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22) (CESPE UNIPAMPA 2013) No que se refere às despesas de capital,
as inversões financeiras se destinam apenas à aquisição de imóveis ou
bens de capital a serem utilizados.
Pelo contrário, as inversões financeiras se destinam a aquisição de imóveis ou
bens de capital já em utilização.
Gabarito: E
23) (CESPE MTE 2014) Na classificação orçamentária da despesa, a
modalidade de aplicação indica, entre outros, se recursos do
orçamento da União se destinam à aplicação por entidades privadas
sem fins lucrativos ou por outras instituições.
A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados mediante
transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização
orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades; ou
diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições;
ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por
outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem
dos recursos transferidos ou descentralizados. O código mais utilizado é o 90,
que representa as utilizações diretas pelos entes públicos.
Gabarito: C
24) (CESPE ANTT 2013) Na elaboração da lei orçamentária, a
classificação das despesas por natureza deve ser feita, pelo menos,
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade
de aplicação.
Nos termos da Portaria Interministerial n. 163/01 STN/SOF, na lei
orçamentária, a discriminação da despesa quanto à sua natureza, far-se-á, no
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade
de aplicação.
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Lembrando, no entanto, que, quanto à classificação da natureza da despesa,
essa ainda pode ser classificada em elementos, que identificam o objeto do
gasto (como por exemplo, o material de consumo), e em subelementos.
Gabarito: C
25) (CESPE CADE 2014) A definição das fontes de recursos da despesa
orçamentária deve ser realizada por intermédio do cronograma de
execução mensal de desembolso.
Outra classificação existente é a fonte de recurso, que faz o vínculo entre a
classificação da receita e da despesa. A definição das fontes de recurso deve
estar definida já na lei orçamentária, indicando de onde virão os recursos para
realizar as despesas. Ou seja, não é depois, no cronograma de execução
mensal.
A pergunta-chave da fonte de recursos é: de onde virão os recursos para
realizar a despesa?
Gabarito: E
26) (CESPE Polícia Federal 2014) A fixação de despesa na lei
orçamentária anual deve incluir a respectiva fonte de recursos, mesmo
quando se tratar de despesas financiadas com recursos desvinculados.
A classificação por fonte de recursos possibilita ao Poder Legislativo e aos
órgãos de controle fazer o acompanhamento da destinação dos recursos
públicos, seja com relação às vinculações constitucionais e legais, como as
despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, ou mesmo para os
recursos sem vinculação prévia.
Gabarito: C
27) (CESPE SUFRAMA 2014) Quanto à natureza da despesa, o primeiro
passo para a classificação de determinada despesa pública é identificar
sua categoria econômica, verificando se é uma despesa corrente ou de
capital.
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De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público da STN
(MCASP), o primeiro passo para classificação quanto à natureza da despesa é
determinar se essa realmente é orçamentária ou extraorçamentária.
Orçamentárias: despesas fixadas na lei orçamentária anual.
Extraorçamentária: saídas compensatórias no ativo e passivo financeiro, como
Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO), emissão de papel
moeda, depósito caução, fiança e outros.
Gabarito: E
28) (CESPE FUB 2015) A ordem dos estágios de uma despesa pública -
empenho, liquidação e pagamento - pode variar de acordo com a
natureza da despesa.
Nada disso. Todas as despesas devem seguir os estágios previstos, na ordem
determinada, só sendo possível executar o próximo estágio após o
cumprimento do anterior.
Gabarito: E
29) (CESPE FUB 2015) Com a emissão da nota de empenho, a
administração reconhece a dívida como líquida e certa; havendo, então,
a partir desse documento, a obrigação de pagamento, desde que as
cláusulas contratuais tenham sido efetivamente cumpridas.
A nota de empenho é o documento representativo da obrigação do Estado
perante o terceiro. O reconhecimento da dívida como líquida e certa ocorre no
estágio de liquidação. Logo, o item está errado.
Gabarito: E
30) (CESPE FUB 2015) O empenho global é utilizado nos casos em que
a administração não pode determinar o montante exato da despesa
durante o exercício.
O tipo de empenho descrito no enunciado é o empenho estimativo.
Gabarito: E
31) (CESPE TC-DF 2014) É vedada a realização de despesas públicas
sem a emissão prévia da nota de empenho.
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Não confunda a emissão a da nota de empenho, documento representativo da
obrigação, mas que pode ser dispensada a sua emissão. Desta forma, a nota
de empenho pode ser dispensada em casos previstos na legislação.
Gabarito: E
32) (CESPE ANTT 2013) A liquidação da despesa consiste na
verificação do direito adquirido pelo credor, com base nos títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Perfeito! O enunciado da questão está de acordo com a definição legal do
instituto da liquidação.
“Lei 4.320/64 Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.”
Gabarito: C
33) (CESPE MI 2013) O estágio da fixação da despesa deve preceder
obrigatoriamente o estágio do empenho
São estágios da despesa o planejamento, o empenho, a liquidação e o
pagamento. Antes dos estágios da despesa relacionados à execução, a despesa
será fixada na Lei Orçamentária Anual, não podendo haver despesas que ali
não estejam fixadas, ou posteriormente inseridas por meio de créditos
adicionais.
Gabarito: C
34) (CESPE SUFRAMA 2014) O estágio do empenho da despesa pública
estará incompleto enquanto não for implementada a condição que deu
origem ao gasto.
O enunciado da questão está incorreto, pois o empenho é considerado
completo independente de implementada a condição que deu origem ao gasto.
“Lei n. 4.320/64 Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição.”
Gabarito: E
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35) (CESPE TRT 17ª Região 2013) O ordenador de despesas de um
órgão público assinou contrato decorrente de licitação, cujo objeto
constituía os serviços de terceirização de mão de obra para a
manutenção técnica de computadores. A vigência do contrato era de
doze meses e a previsão de pagamento de prestações fixas era mensal.
O referido órgão poderá efetuar um único empenho para o pagamento
de todas as prestações vincendas no exercício financeiro em curso.
Questão correta. O caso em apreço trata-se do empenho global. Um único
empenho para todas as parcelas que deverão ser liquidadas ao longo do
exercício.
Gabarito: C
36) (CESPE CNJ 2013) Nenhuma despesa pública pode ser realizada
sem o empenho prévio e sem a respectiva nota de empenho, em que se
indique o nome do credor, a especificação e a importância das
despesas e a dedução do saldo da dotação própria.
A lei dispensa em certos casos a emissão da nota de empenho. A própria Lei n.
8.666/93, que regula as contratações públicas, possibilita a dispensa da nota
de empenho para contratações abaixo de um determinado valor.
Gabarito: E
37) (CESPE TC-DF 2014) Pode ocorrer despesa pública sem a
realização de empenho prévio.
Essa questão é um pouco controversa. Conforme vimos, a Lei n. 4.320/64
determina que não deve haver despesa sem prévio empenho. Contudo, o
CESPE considerou o enunciado dessa questão como correto, tendo por base a
previsão do Decreto n. 93.872/1986, que em seu art. 24 enfatiza a vedação de
realização de despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de
urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do
empenho seja contemporâneo à realização da despesa.
Gabarito: C
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38) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Suponha que uma escola municipal
tenha adquirido, de forma emergencial, uma caixa de lápis e que, dado
o valor irrisório da compra, não tenha havido licitação nem emissão da
nota de empenho. Nessa situação, a liquidação da despesa terá por
base o comprovante da entrega do material.
Conforme visto em questão anterior, a liquidação pode ser feita tomando por
base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho; ou os
comprovantes de entrega do material ou da prestação efetiva do serviço.
Gabarito: C
39) (CESPE INPI 2013) Quando a prestação ocorre em regime de
urgência, tendo sido empenhado o recurso necessário para o
pagamento de um serviço, a liquidação não é necessária, sendo, então,
imediatamente executado o pagamento.
A despesa pública deve necessariamente passar por todos os estágios da
despesa. Mesmo no caso de despesas executadas em regime de urgência, o
pagamento só irá ocorrer após a liquidação da despesa.
Gabarito: E
40) (CESPE Polícia Federal 2014) Considera-se cumprido o estágio da
liquidação da despesa assim que se apura a pessoa jurídica a quem se
deve pagar determinada importância a fim de extinguir obrigação
decorrente do fornecimento de bem ou de serviço a órgão público.
Além de se apurar a pessoa jurídica a quem se deve pagar, a fase de liquidação
tem como objetivo principal apurar o cumprimento do acordo anteriormente
firmado.
Gabarito: E
41) (CESPE TRE-MS 2013) Como estágio da despesa, a liquidação se
refere à emissão da ordem de pagamento e ao pagamento
propriamente dito.
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A liquidação é o estágio da despesa em que será analisado o cumprimento da
obrigação assumida pela parte contratante com o ente público, bem como
aferido a quem deve ser pago e quanto.
O estágio da despesa descrito no enunciado da questão refere-se ao
pagamento, ato em que o Estado cumpre sua obrigação com a parte
contratada em contrapartida ao serviço ou bem fornecido.
Gabarito: E
42) (CESPE ANP 2013) O ato do pagamento encerra a fase de
liquidação da despesa.
O pagamento é uma fase própria da despesa, não se confunde com a
liquidação da despesa.
Gabarito: E
43) (CESPE ANTAQ 2014) Uma entidade pública realizou a compra de
computadores e a entrega dos equipamentos foi devidamente atestada
em 31/12/2013. Em virtude de procedimentos internos, o pagamento
foi realizado trinta dias após a entrega dos bens. Considerando essa
situação hipotética, julgue o próximo item. Apesar da liquidação da
despesa, o estágio do recolhimento da despesa não foi concretizado
em virtude do não pagamento ao fornecedor.
O estágio do recolhimento é fase da receita e não da despesa.
Gabarito: E
44) (CESPE FUB 2013) Todos os empenhos liquidados e não pagos até
o dia 31 de dezembro deverão ser inscritos em restos a pagar.
Correto. Ao contrário dos restos a pagar não processados, que, em regra, são
cancelados, os restos a pagar processados devem ser inscritos, uma vez que a
obrigação do contratado já foi cumprida, cabendo ao Estado realizar o
pagamento devido.
Gabarito: C
45) (CESPE TRE-GO 2015) Ainda que os serviços contratados pelo
poder público não tenham sido prestados ao órgão público interessado
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até 31 de dezembro de determinado exercício, deve ser feita a
inscrição das respectivas despesas em restos a pagar se o prazo de
cumprimento da obrigação vencer no exercício subsequente.
Em regra, despesas empenhadas e não liquidadas devem ser canceladas em
31 de dezembro. Contudo, há algumas situações em que isso não irá ocorrer,
como no caso de uma despesa em que ainda estiver vigente o prazo para
cumprimento da obrigação por parte do contratado.
Gabarito: C
46) (CESPE ICMBIO 2014) Restos a pagar processados correspondem
às despesas que tenham sido empenhadas, mas não foram liquidadas.
Pelo contrário, restos a pagar processados referem-se a despesas que já
passaram pelo estágio da liquidação.
Gabarito: E
47) (CESPE ANP 2013) Diferenciam-se os restos a pagar processados
dos não processados pela existência, ou não, do empenho da despesa.
Os restos a pagar são classificados em processados ou não processados, em
razão do estágio da liquidação da despesa.
Gabarito: E
48) (CESPE FNDE 2012) Os empenhos que corram à conta de créditos
com vigência plurianual e que não tenham sido liquidados só devem
ser computados como restos a pagar no último ano de vigência do
crédito.
Empenhos referentes às despesas com vigência plurianual só serão inscritos
em restos a pagar ao final desse período.
Gabarito: C
49) (CESPE CADE 2014) O pagamento de restos a pagar representa as
saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios
anteriores.
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Isso mesmo. Restos a pagar referem-se a despesas que foram empenhadas
em um exercício, liquidadas ou não, cujo pagamento não ocorreu no exercício
da emissão do empenho.
Gabarito: C
50) (CESPE TC-DF 2014) Os valores regularmente inscritos em restos a
pagar são excluídos da programação financeira do exercício em que
devam ser pagos, por corresponderem a recursos do exercício
financeiro anterior.
Os restos a pagar irão fazer parte da programação financeira do exercício em
que serão pagos. Não há uma reserva financeira do ano anterior. Esses
pagamentos seguem a programação anual de desembolso, conforme se
concretiza a arrecadação da receita pública.
Gabarito: E
51) (CESPE ANAC 2012) A prescrição dos restos a pagar é quinquenal
e esse prazo é contado a partir da realização da inscrição dos restos a
pagar.
De acordo com o art. 70 do Decreto n. 93.872/86, prescreve em cinco anos a
dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.
Gabarito: C
52) (CESPE TC-DF 2014) As despesas orçamentárias empenhadas e
não pagas até o final do exercício serão inscritas em restos a pagar e
constituirão dívida flutuante.
A dívida flutuante é composta pelos restos a pagar (excluídos os serviços da
dívida), os serviços da dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.
Gabarito: C
53) (CESPE TCE-ES 2013) Assinale a opção correta no que diz respeito
aos restos a pagar e aos estágios da despesa.
a) O empenho da despesa não liquidada não será cancelado ainda que
vencido o prazo para cumprimento da obrigação pelo fornecedor.
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b) Entre o empenho e a liquidação, há uma fase intermediária
correspondente ao pré-empenho.
c) O pagamento dos restos a pagar está condicionado aos limites
fixados à conta das fontes de recursos correspondentes.
d) Os restos a pagar classificam-se como não processados a liquidar
caso a inscrição da despesa esteja em processo de liquidação.
e) Consideram-se não liquidados os restos a pagar quando a liquidação
efetiva ocorrer no exercício seguinte ao de inscrição.
Vamos às alternativas.
A: Vencido o prazo para cumprimento da obrigação, não há possibilidade de
inscrição em restos a pagar, pois a obrigação não poderá mais ser cumprida.
B: Não existe uma fase intermediária entre o empenho e a liquidação.
D: Os restos a pagar se classificam apenas em processados ou não
processados.
E: São duas classificações diferentes. Veja:
RP Não Processados em Liquidação: no momento da inscrição a despesa
estava em processo de liquidação, ou seja, estava na fase “em liquidação”.
RP Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava
liquidada e sua inscrição está condicionada a indicação pelo Ordenador de
Despesa da Unidade Gestora, ou pessoa por ele autorizada, formalmente no
SIAFI em espaço próprio na tabela de Unidade Gestora.
A letra C é o nosso gabarito, pois para pagamento dos restos a pagar, é preciso
que haja recursos naquela fonte específica.
Gabarito: C
54) (CESPE CADE 2014) As despesas de exercícios anteriores referem-
se às despesas de exercícios encerrados, para as quais, à época, o
orçamento não consignava crédito próprio, nem havia saldo suficiente
no balanço financeiro.
De acordo com a Lei n. 4.320/64 e o Decreto n. 93.872/86, são essas as
hipóteses de despesas de exercícios anteriores:
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-Despesas, consignadas no orçamento, que não tenham sido processadas na
época própria;
-Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
-Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente.
Gabarito: E
55) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que a inscrição de determinada
despesa como restos a pagar tenha sido cancelada em decorrência do
decurso do prazo prescricional de cinco anos. Nessa situação, se o
credor ainda tiver direito ao recebimento dos recursos e vier a
reclamá-lo formalmente, o pagamento a que faz jus deverá ser
efetuado à conta de dotação destinada a despesas de exercícios
anteriores.
Mesmo após cancelados os restos a pagar, se o credor ainda tiver direito ao
recebimento, o pagamento deverá ser feito por meio de dotação destinada a
despesas de exercícios anteriores.
Gabarito: C
56) (CESPE ANCINE 2013) As despesas de exercícios encerrados,
ainda que não exista a efetiva discriminação por elemento, poderão
ser pagas, desde que haja saldo suficiente para atendê-las.
Reproduzindo o texto legal, observa-se que as despesas com exercícios
anteriores deverão ser discriminadas por elementos:
“Lei 4.320/64 Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os
Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta
de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.”
Gabarito: E
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57) (CESPE TC-DF 2014) O pagamento de despesas de exercícios
encerrados deve, sempre que possível, ser realizado em ordem
cronológica.
Conforme visto na questão anterior, sempre que possível, o pagamento de
despesas de exercícios encerrados deve obedecer a ordem cronológica.
Gabarito: C
58) (CESPE FNDE 2012) Para o atendimento das despesas decorrentes
de compromissos gerados em exercícios anteriores já encerrados,
prescinde-se de dotações orçamentárias específicas.
Outra questão que pede o conhecimento de que, para o pagamento de
despesas de exercícios anteriores, deverá haver:
• Dotação específica consignada no orçamento;
• Discriminação por elementos; e
• Pagamento em ordem cronológica, sempre que possível.
Gabarito: E
59) (CESPE MTE 2014) Os restos a pagar inscritos e cancelados no
exercício seguinte, que vierem a constituir obrigação em outro
exercício futuro, serão pagos à conta de despesa orçamentária no
exercício em que forem liquidados.
Trata-se da hipótese de restos a pagar com prescrição interrompida.
Gabarito: C
60) (CESPE MTE 2014) Uma despesa realizada no exercício de 2013 e
liquidada parcialmente nesse mesmo ano pode ser inscrita em restos a
pagar pela parcela não liquidada, sendo vedado o seu pagamento, no
exercício de 2014, na conta de despesas de exercícios anteriores.
Caso os restos a pagar sejam cancelados em 2014, poderão ser pagos ainda
em 2015 com dotação de exercícios anteriores. Não há vedação nesse sentido.
Gabarito: E
61) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Para que uma despesa seja
reconhecida como de exercícios anteriores, é necessário haver um
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empenho correspondente, processado durante o exercício a que se
refere a despesa.
Há hipóteses de despesas que nem ao menos passaram pelo estágio do
empenho, que deverão ser pagas com exercícios anteriores.
Gabarito: E
62) (CESPE CADE 2014) O suprimento de fundos é caracterizado como
adiantamento concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza
de despesa orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque
patrimonial, visto que, no momento de sua concessão, não ocorre
redução no patrimônio líquido.
Apesar de ser considerada uma despesa pelo enfoque orçamentário, o
suprimento de fundos não será considerado como despesa pelo enfoque
patrimonial, uma vez que não há redução do patrimônio líquido da entidade ou
órgão no momento de sua concessão.
Gabarito: C
63) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Suprimentos de fundos constituem
despesas do ponto de vista patrimonial, visto que, no estágio de
liquidação, ocorre o registro de um passivo simultaneamente à
incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem
ou serviço.
Suprimento de fundos são despesas apenas sob o enfoque orçamentário,
patrimonial não, uma vez que não há redução do patrimônio líquido com sua
concessão.
Gabarito: E
64) (CESPE Polícia Federal 2014) Se uma operação emergencial
demandar o deslocamento de agentes da Polícia Federal para uma
região de fronteira internacional, o financiamento dessa viagem
deverá ser feito por meio de suprimento de fundos e o pagamento
deverá ocorrer antes da liquidação.
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O suprimento de fundos trata-se de um regime de adiantamento, pois o
numerário já fica disponível para o servidor antes mesmo que a despesa seja
efetuada. Contudo, como as demais despesas orçamentárias, os suprimentos
de fundos deverão passar por todas as etapas da despesa: empenho,
liquidação e pagamento.
Gabarito: E
65) (CESPE ANTT 2013) O suprimento de fundos é caracterizado pela
disponibilização (adiantamento) de valores a um servidor para futura
prestação de contas. O que torna o suprimento de fundos peculiar,
quando comparado a outras despesas, é o fato de esse adiantamento
ser viabilizado por meio da inversão das etapas da despesa, com a
ocorrência do pagamento antes da liquidação, ou seja, antes do
momento em que é feita a prestação de contas.
Atenção, mesmo sendo um procedimento utilizado para contratações que não
seguem o curso normal, os estágios da despesa devem ser respeitados,
inclusive sua ordem de ocorrência.
Gabarito: E
66) (CESPE Polícia Federal 2014) O limite para a definição das
despesas de pequeno vulto que podem ser objeto de suprimento de
fundos é estabelecido por portaria do ministro da Fazenda, sendo
aplicável a todos os demais órgãos do Poder Executivo federal.
As despesas de pequeno vulto são definidas em Portaria do Ministro da
Fazenda, sendo aplicável a todos os demais órgãos do Poder Executivo Federal.
Gabarito: C
67) (CESPE TJ-RR 2012) O servidor público poderá receber até cinco
suprimentos de fundos simultaneamente, desde que esteja
desenvolvendo em continuidade um mesmo projeto ou programa.
Não se concederá suprimento de fundos:
1. A responsável por dois suprimentos;
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2. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a
adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor;
3. A responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não
tenha prestado contas de sua aplicação;
4. A servidor declarado em alcance.
Gabarito: E
68) (CESPE TCE-ES 2012) Suprimentos de fundos correspondem às
despesas que, por sua natureza ou urgência, devem ser realizadas sem
que haja o processo normal de execução orçamentária, sendo vedada a
concessão de suprimento para servidor que tenha ao seu cargo a
guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver
outro servidor na repartição.
Em regra o servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a
adquirir não pode receber suprimento de fundos, contudo, quando não houver
na repartição outro servidor, ele poderá ser o suprido.
Gabarito: C
Vamos aproveitar para, a partir desta aula, resolvermos questões da
prova de 2008 do STJ!!!
69) (CESPE STJ 2008) Dependerá de lei complementar a
regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a
exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A
referida lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta e condições para
instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera
federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no
ADCT.
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Correto, enquanto não regulamentada Lei Complementar que trate sobre o PPA,
LDO e LOA, o ciclo dessas leis é aquele constante das Disposições
Constitucionais Transitórias.
Gabarito: C
70) (CESPE STJ 2008) O princípio do equilíbrio orçamentário é o
parâmetro para a elaboração da LOA, o qual prescreve que os valores
fixados para a realização das despesas deverão ser compatíveis com
os valores previstos para a arrecadação das receitas. Contudo, durante
a execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação,
tornando-se necessário limitar as despesas para adequá-las aos
recursos arrecadados.
Claro que o princípio do equilíbrio determina igualdade entre receitas e
despesas. No entanto, se houver frustação da receita, deverá haver
consequentemente ajuste das despesas.
Gabarito: C
71) (CESPE STJ 2008) Por se tratar de despesa que não estava
prevista, o presidente do STJ poderia abrir um crédito especial ou um
crédito extraordinário respaldado na LOA, que assegura o crédito
orçamentário extraordinário para as despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas de recursos.
Os créditos extraorçamentários são destinados às despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Gabarito: E
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Mapas Mentais
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Bibliografia
Livro/Texto Autor
Manual do SIAFI STN
Manual de Contabilidade Aplicado ao
Setor Público - MCASP
STN
MTO/2016 SOF
Gestão de finanças públicas Albuquerque, Medeiros e
Feijó
Orçamento Público Giacomoni
Exercícios Trabalhados
1) (CESPE CGE-PI 2015) A discriminação da despesa deverá ser realizada, no
mínimo, por elementos entendidos como o desdobramento dessa despesa em
gastos com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a
administração pública para a consecução dos seus fins.
2) (CESPE CGE-PI 2015) São dispêndios extraorçamentários as saídas de
numerários para os pagamentos de restos a pagar, os resgates de operações
de crédito por antecipação de receita orçamentária e as transferências de
dinheiro de empréstimos consignados efetuados pelos servidores para os
bancos credores.
3) (CESPE CADE 2014) A estrutura programática da despesa pública definida
para a LOA deve ser a mesma para todos os entes da Federação, devido aos
objetivos de consolidação das contas públicas.
4) (CESPE TCU 2015) A apuração da quantia exata a ser paga em relação às
despesas incorridas por um ente federativo ocorre na fase de pagamento,
sendo vedada a adoção de regime de adiantamento com vistas a honrar o
pagamento dessas despesas.
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5) (CESPE TCU 2015) Realiza-se por meio de empenho global a reserva de
dotação orçamentária de compromissos decorrentes de despesas contratuais
com pagamento sujeito a parcelamento.
6) (CESPE FUB 2015) A ordem dos estágios de uma despesa pública -
empenho, liquidação e pagamento - pode variar de acordo com a natureza da
despesa.
7) (CESPE TCU 2015) Um serviço de manutenção de imóveis foi prestado a um
ente da Federação no mês de outubro de 2014. Em 31/12/2014, apesar de já
ter passado pelas fases de empenho e liquidação, o valor do serviço ainda não
havia sido pago ao prestador do serviço.
8) (CESPE TCU 2015) Um serviço de manutenção de imóveis foi prestado a um
ente da Federação no mês de outubro de 2014. Em 31/12/2014, apesar de já
ter passado pelas fases de empenho e liquidação, o valor do serviço ainda não
havia sido pago ao prestador do serviço. Com referência a essa situação
hipotética, julgue o próximo item.
9) (CESPE CGE-PI 2015) Da mesma forma que acontece no processo
licitatório, a despesa executada por meio de suprimento de fundos deve
garantir a aquisição mais vantajosa para a administração pública.
10) (CESPE CNJ 2013) As programações orçamentárias estão organizadas em
programas de trabalho com informações qualitativas e quantitativas, físicas ou
financeiras. No orçamento público, o programa de trabalho, no aspecto
qualitativo, é composto da classificação por esfera, classificação institucional,
classificação funcional e estrutura programática.
11) (CESPE ANTAQ 2014) A classificação institucional tem por objetivo
identificar em que orçamento a despesa deverá ser realizada.
12) (CESPE TCE-RO 2013) Suponha que um técnico do governo federal tenha
classificado determinada despesa como encargos financeiros da União. Nessa
situação, é correto afirmar que o técnico se utilizou da classificação
institucional da despesa.
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13) (CESPE ICMBIO 2014) Na LOA, a classificação das despesas restringe-se à
esfera fiscal e à seguridade social.
14) (CESPE MTE 2014) A classificação da despesa que permite avaliar o
impacto da ação governamental na economia do país é denominada
classificação funcional, que, por sua vez, divide-se em espécies, como
educação, saúde e infraestrutura.
15) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) A despesa, classificada por sua
subfunção, deve evidenciar cada área da atuação governamental, por
intermédio da identificação da natureza das ações.
16) (CESPE TCE-RO 2013) As subfunções típicas da função administração não
podem ser combinadas com a função educação, em razão de os objetivos
finalísticos da atuação governamental, em cada uma dessas funções, serem
distintos.
17) (CESPE Polícia Federal 2014) As atividades, os projetos e as operações
especiais devem ser detalhados na estrutura programática em subtítulos, não
podendo haver alterações de sua finalidade, do produto e das metas
estabelecidas, a não ser que sejam feitas por meio de projeto de lei que altere
a lei orçamentária anual.
18) (CESPE MTE 2014) Na estrutura programática da despesa, as despesas
decorrentes de sentenças judiciais, por não gerarem produtos, podem ser
classificadas como operações especiais.
19) (CESPE ICMBIO 2014) Assim como as receitas, as despesas podem ser
classificadas em duas categorias econômicas: correntes e de capital.
20) (CESPE TC-DF 2014) Considere que determinado servidor público tenha
classificado uma despesa realizada pelo órgão de sua lotação como despesa
com pessoal e encargos sociais. Nesse caso, a classificação por ele realizada
representa a categoria econômica da despesa.
21) (CESPE SUFRAMA 2014) Se determinado órgão público adquirir títulos
representativos do capital de determinada empresa em operação há cinco anos
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no mercado e se tal operação não importar aumento do capital, a despesa de
capital será classificada como inversão financeira.
22) (CESPE UNIPAMPA 2013) No que se refere às despesas de capital, as
inversões financeiras se destinam apenas à aquisição de imóveis ou bens de
capital a serem utilizados.
23) (CESPE MTE 2014) Na classificação orçamentária da despesa, a
modalidade de aplicação indica, entre outros, se recursos do orçamento da
União se destinam à aplicação por entidades privadas sem fins lucrativos ou
por outras instituições.
24) (CESPE ANTT 2013) Na elaboração da lei orçamentária, a classificação das
despesas por natureza deve ser feita, pelo menos, por categoria econômica,
grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
25) (CESPE CADE 2014) A definição das fontes de recursos da despesa
orçamentária deve ser realizada por intermédio do cronograma de execução
mensal de desembolso.
26) (CESPE Polícia Federal 2014) A fixação de despesa na lei orçamentária
anual deve incluir a respectiva fonte de recursos, mesmo quando se tratar de
despesas financiadas com recursos desvinculados.
27) (CESPE SUFRAMA 2014) Quanto à natureza da despesa, o primeiro passo
para a classificação de determinada despesa pública é identificar sua categoria
econômica, verificando se é uma despesa corrente ou de capital.
28) (CESPE FUB 2015) A ordem dos estágios de uma despesa pública -
empenho, liquidação e pagamento - pode variar de acordo com a natureza da
despesa.
29) (CESPE FUB 2015) Com a emissão da nota de empenho, a administração
reconhece a dívida como líquida e certa; havendo, então, a partir desse
documento, a obrigação de pagamento, desde que as cláusulas contratuais
tenham sido efetivamente cumpridas.
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30) (CESPE FUB 2015) O empenho global é utilizado nos casos em que a
administração não pode determinar o montante exato da despesa durante o
exercício.
31) (CESPE TC-DF 2014) É vedada a realização de despesas públicas sem a
emissão prévia da nota de empenho.
32) (CESPE ANTT 2013) A liquidação da despesa consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor, com base nos títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
33) (CESPE MI 2013) O estágio da fixação da despesa deve preceder
obrigatoriamente o estágio do empenho
34) (CESPE SUFRAMA 2014) O estágio do empenho da despesa pública estará
incompleto enquanto não for implementada a condição que deu origem ao
gasto.
35) (CESPE TRT 17ª Região 2013) O ordenador de despesas de um órgão
público assinou contrato decorrente de licitação, cujo objeto constituía os
serviços de terceirização de mão de obra para a manutenção técnica de
computadores. A vigência do contrato era de doze meses e a previsão de
pagamento de prestações fixas era mensal. O referido órgão poderá efetuar
um único empenho para o pagamento de todas as prestações vincendas no
exercício financeiro em curso.
36) (CESPE CNJ 2013) Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem o
empenho prévio e sem a respectiva nota de empenho, em que se indique o
nome do credor, a especificação e a importância das despesas e a dedução do
saldo da dotação própria.
37) (CESPE TC-DF 2014) Pode ocorrer despesa pública sem a realização de
empenho prévio.
38) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Suponha que uma escola municipal tenha
adquirido, de forma emergencial, uma caixa de lápis e que, dado o valor
irrisório da compra, não tenha havido licitação nem emissão da nota de
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empenho. Nessa situação, a liquidação da despesa terá por base o
comprovante da entrega do material.
39) (CESPE INPI 2013) Quando a prestação ocorre em regime de urgência,
tendo sido empenhado o recurso necessário para o pagamento de um serviço,
a liquidação não é necessária, sendo, então, imediatamente executado o
pagamento.
40) (CESPE Polícia Federal 2014) Considera-se cumprido o estágio da
liquidação da despesa assim que se apura a pessoa jurídica a quem se deve
pagar determinada importância a fim de extinguir obrigação decorrente do
fornecimento de bem ou de serviço a órgão público.
41) (CESPE TRE-MS 2013) Como estágio da despesa, a liquidação se refere à
emissão da ordem de pagamento e ao pagamento propriamente dito.
42) (CESPE ANP 2013) O ato do pagamento encerra a fase de liquidação da
despesa.
43) (CESPE ANTAQ 2014) Uma entidade pública realizou a compra de
computadores e a entrega dos equipamentos foi devidamente atestada em
31/12/2013. Em virtude de procedimentos internos, o pagamento foi realizado
trinta dias após a entrega dos bens. Considerando essa situação hipotética,
julgue o próximo item. Apesar da liquidação da despesa, o estágio do
recolhimento da despesa não foi concretizado em virtude do não pagamento ao
fornecedor.
44) (CESPE FUB 2013) Todos os empenhos liquidados e não pagos até o dia 31
de dezembro deverão ser inscritos em restos a pagar.
45) (CESPE TRE-GO 2015) Ainda que os serviços contratados pelo poder
público não tenham sido prestados ao órgão público interessado até 31 de
dezembro de determinado exercício, deve ser feita a inscrição das respectivas
despesas em restos a pagar se o prazo de cumprimento da obrigação vencer
no exercício subsequente.
46) (CESPE ICMBIO 2014) Restos a pagar processados correspondem às
despesas que tenham sido empenhadas, mas não foram liquidadas.
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47) (CESPE ANP 2013) Diferenciam-se os restos a pagar processados dos não
processados pela existência, ou não, do empenho da despesa.
48) (CESPE FNDE 2012) Os empenhos que corram à conta de créditos com
vigência plurianual e que não tenham sido liquidados só devem ser
computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito.
49) (CESPE CADE 2014) O pagamento de restos a pagar representa as saídas
para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores.
50) (CESPE TC-DF 2014) Os valores regularmente inscritos em restos a pagar
são excluídos da programação financeira do exercício em que devam ser
pagos, por corresponderem a recursos do exercício financeiro anterior.
51) (CESPE ANAC 2012) A prescrição dos restos a pagar é quinquenal e esse
prazo é contado a partir da realização da inscrição dos restos a pagar.
52) (CESPE TC-DF 2014) As despesas orçamentárias empenhadas e não pagas
até o final do exercício serão inscritas em restos a pagar e constituirão dívida
flutuante.
53) (CESPE TCE-ES 2013) Assinale a opção correta no que diz respeito aos
restos a pagar e aos estágios da despesa.
a) O empenho da despesa não liquidada não será cancelado ainda que vencido
o prazo para cumprimento da obrigação pelo fornecedor.
b) Entre o empenho e a liquidação, há uma fase intermediária correspondente
ao pré-empenho.
c) O pagamento dos restos a pagar está condicionado aos limites fixados à
conta das fontes de recursos correspondentes.
d) Os restos a pagar classificam-se como não processados a liquidar caso a
inscrição da despesa esteja em processo de liquidação.
e) Consideram-se não liquidados os restos a pagar quando a liquidação efetiva
ocorrer no exercício seguinte ao de inscrição.
54) (CESPE CADE 2014) As despesas de exercícios anteriores referem-se às
despesas de exercícios encerrados, para as quais, à época, o orçamento não
consignava crédito próprio, nem havia saldo suficiente no balanço financeiro.
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55) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que a inscrição de determinada despesa
como restos a pagar tenha sido cancelada em decorrência do decurso do prazo
prescricional de cinco anos. Nessa situação, se o credor ainda tiver direito ao
recebimento dos recursos e vier a reclamá-lo formalmente, o pagamento a que
faz jus deverá ser efetuado à conta de dotação destinada a despesas de
exercícios anteriores.
56) (CESPE ANCINE 2013) As despesas de exercícios encerrados, ainda que
não exista a efetiva discriminação por elemento, poderão ser pagas, desde que
haja saldo suficiente para atendê-las.
57) (CESPE TC-DF 2014) O pagamento de despesas de exercícios encerrados
deve, sempre que possível, ser realizado em ordem cronológica.
58) (CESPE FNDE 2012) Para o atendimento das despesas decorrentes de
compromissos gerados em exercícios anteriores já encerrados, prescinde-se de
dotações orçamentárias específicas.
59) (CESPE MTE 2014) Os restos a pagar inscritos e cancelados no exercício
seguinte, que vierem a constituir obrigação em outro exercício futuro, serão
pagos à conta de despesa orçamentária no exercício em que forem liquidados.
60) (CESPE MTE 2014) Uma despesa realizada no exercício de 2013 e
liquidada parcialmente nesse mesmo ano pode ser inscrita em restos a pagar
pela parcela não liquidada, sendo vedado o seu pagamento, no exercício de
2014, na conta de despesas de exercícios anteriores.
61) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Para que uma despesa seja reconhecida
como de exercícios anteriores, é necessário haver um empenho
correspondente, processado durante o exercício a que se refere a despesa.
62) (CESPE CADE 2014) O suprimento de fundos é caracterizado como
adiantamento concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza de
despesa orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial,
visto que, no momento de sua concessão, não ocorre redução no patrimônio
líquido.
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63) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Suprimentos de fundos constituem
despesas do ponto de vista patrimonial, visto que, no estágio de liquidação,
ocorre o registro de um passivo simultaneamente à incorporação de um ativo,
que representa o direito de receber um bem ou serviço.
64) (CESPE Polícia Federal 2014) Se uma operação emergencial demandar o
deslocamento de agentes da Polícia Federal para uma região de fronteira
internacional, o financiamento dessa viagem deverá ser feito por meio de
suprimento de fundos e o pagamento deverá ocorrer antes da liquidação.
65) (CESPE ANTT 2013) O suprimento de fundos é caracterizado pela
disponibilização (adiantamento) de valores a um servidor para futura prestação
de contas. O que torna o suprimento de fundos peculiar, quando comparado a
outras despesas, é o fato de esse adiantamento ser viabilizado por meio da
inversão das etapas da despesa, com a ocorrência do pagamento antes da
liquidação, ou seja, antes do momento em que é feita a prestação de contas.
66) (CESPE Polícia Federal 2014) O limite para a definição das despesas de
pequeno vulto que podem ser objeto de suprimento de fundos é estabelecido
por portaria do ministro da Fazenda, sendo aplicável a todos os demais órgãos
do Poder Executivo federal.
67) (CESPE TJ-RR 2012) O servidor público poderá receber até cinco
suprimentos de fundos simultaneamente, desde que esteja desenvolvendo em
continuidade um mesmo projeto ou programa.
68) (CESPE TCE-ES 2012) Suprimentos de fundos correspondem às despesas
que, por sua natureza ou urgência, devem ser realizadas sem que haja o
processo normal de execução orçamentária, sendo vedada a concessão de
suprimento para servidor que tenha ao seu cargo a guarda ou utilização do
material a adquirir, salvo quando não houver outro servidor na repartição.
69) (CESPE STJ 2008) Dependerá de lei complementar a regulamentação do
PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a exercício financeiro, vigência,
prazos, elaboração e organização. A referida lei deverá estabelecer normas de
gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta e condições
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para instituição e funcionamento dos fundos. Enquanto isso, na esfera federal,
os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no ADCT.
70) (CESPE STJ 2008) O princípio do equilíbrio orçamentário é o parâmetro
para a elaboração da LOA, o qual prescreve que os valores fixados para a
realização das despesas deverão ser compatíveis com os valores previstos para
a arrecadação das receitas. Contudo, durante a execução orçamentária, poderá
haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário limitar as despesas
para adequá-las aos recursos arrecadados.
71) (CESPE STJ 2008) Por se tratar de despesa que não estava prevista, o
presidente do STJ poderia abrir um crédito especial ou um crédito
extraordinário respaldado na LOA, que assegura o crédito orçamentário
extraordinário para as despesas não computadas ou insuficientemente dotadas
de recursos.
Gabarito:
1) C 2) C 3) E 4) E 5) C 6) E 7) E
8) C 9) C 10) C 11) E 12) C 13) E 14) E
15) C 16) E 17) C 18) C 19) C 20) E 21) C
22) E 23) C 24) C 25) E 26) C 27) E 28) E
29) E 30) E 31) E 32) C 33) C 34) E 35) C
36) E 37) C 38) C 39) E 40) E 41) E 42) E
43) E 44) C 45) C 46) E 47) E 48) C 49) C
50) E 51) C 52) C 53) C 54) E 55) C 56) E
57) C 58) E 59) C 60) E 61) E 62) C 63) E
64) E 65) E 66) C 67) E 68) C 69) C 70) C
71) E
Abraços e bons estudos!!