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AULA 10 CLASSES DE PALAVRAS VI POLÍCIA CIVIL de São Paulo Professor Marlus Geronasso

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AULA 10

CLASSES DE PALAVRAS

VI

POLÍCIA CIVIL

de

São Paulo

Professor Marlus Geronasso

MODOS VERBAIS

Três são os modos: indicativo,

subjuntivo e imperativo. Normalmente, o

indicativo exprime certeza e é o modo típico

das orações coordenadas e principais; o

subjuntivo exprime incerteza, dúvida,

possibilidade, algo hipotético e é mais

comum nas subordinadas; por fim, o

imperativo exprime ordem, solicitação,

súplica.

Há construções que permitem tanto um

modo como outro, algo que dependerá do

comprometimento do usuário e suas

intenções -

Só deixe entrar os que têm a roupa adequada.

(indicativo: há certeza do fato, trabalha-se o fato de

forma convicta, direta)

Só deixe entrar os que tenham a roupa adequada.

(subjuntivo: projeta-se a possibilidade, trabalha-se o

hipotético, não há certeza).

TEMPOS

Presente do indicativo

Emprega-se o presente do indicativo para:

a) expressar simultaneidade ao momento da

fala:

Agora falo eu!

Estou bem.

b) indicar ação habitual:

A Terra gira em torno do sol.

Eles estudam todos os dias.

c) mostrar algo permanente (como uma

verdade absoluta):

· provérbios: Deus ajuda quem

cedo madruga.

· definições: O homem é um ser racional.

d) narrar com mais atualidade (cria-se uma

proximidade com o momento do fato, dando mais

realismo e vivacidade; também é chamado

de presente histórico):

Com a ditadura, o Brasil passa por um longo período

de silêncio.

Em 1980, explosão em usina nuclear gera várias

manifestações.

e) substituir o futuro do presente do indicativo:

Você volta aqui amanhã? (=Você voltará aqui

amanhã?)

f) substituir o imperativo (atenuando a ordem):

Você pega o livro. (= Pegue o livro)

g) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais

usado informalmente):

Se ele não vem até aqui, seria pior para todos. (= Se

ele não viesse)

h) substituir o futuro do subjuntivo (expressa certeza,

convicção da ocorrência):

Se ele não vem até aqui, não pago. (= Se ele

não vier até aqui)

Pretérito imperfeito do indicativo

Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para:

a) expressar algo em processo, em desenvolvimento:

Eu almoçava quando ele nos chamou.

b) indicar continuidade ou fato habitual, constante,

freqüente:

Eu morava nesta região.

c) indicar ação planejada que não se realizou:

Pretendíamos comprar um jornal, mas a chuva

atrapalhou.

d) substituir o presente do indicativo (denota

cortesia ou polidez):

Queria só uma coisa. (= Quero só uma

coisa)

e) substituir o futuro do pretérito do

indicativo (mais usado informalmente):

Se ele viesse, agora tudo estava certo. (=

agora tudo estaria certo)

Pretérito perfeito do indicativo simples

Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo

simples para:

a) expressar algo já realizado, concluído,

terminado:

Em 1970, a seleção brasileira ganhou o

principal campeonato de futebol.

Pretérito perfeito do indicativo composto

Formado com o auxiliar ter (no presente do

indicativo) mais o particípio do principal,

emprega-se o pretérito perfeito do indicativo

composto para:

a) exprimir repetição:

Os jogadores têm errado muito.

b) indicar algo que se desenvolve até o

momento da fala:

Temos superado os obstáculos.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

simples

Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do

indicativo simples para:

a) expressar fato concluído que aconteceu

antes de outro fato (ambos ocorridos no

passado):

O avião partira quando ele enfim chegou.

Assim que ele se retirara da sala, a mulher

tentou uma nova fuga.

b) substituir o pretérito imperfeito do

subjuntivo (mais comum no uso literário):

Amou como se fora pela última vez. (=

Amou como se fosse pela última vez)

Colhera os frutos de seus atos. (= Colheu os

frutos de seus atos)

c) formar certas frases exclamativas:

Quem me dera! Tomara!

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

composto

Formado com os auxiliares ter ou haver (no pretérito

imperfeito do indicativo) mais o particípio do principal,

emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do

indicativocomposto com valor equivalente à sua forma

simples:

Antes de fazer a correção, ele tinha realizado ampla

análise do problema.

(= Antes de fazer a correção, realizara ampla análise

do problema)

Futuro do presente do indicativo simples

Emprega-se o futuro do presente do

indicativo simples para:

a) expressar fato posterior ao momento em que se

fala:

No final do trabalho, acertaremos o pagamento.

b) indicar correlação com o futuro do subjuntivo:

Se ele fizer isso, ficarei feliz.

Quando eles se exercitarem, viverão melhor.

c) exprimir dúvida, incerteza:

Será possível o Brasil melhorar?

d) formar certas expressões idiomáticas:

Mas será o Benedito?

e) indicar ordem ou pedido (valor próximo

ao imperativo):

Não matarás nem roubarás.

Futuro do presente do indicativo

composto

Formado com os auxiliares

ter ou haver (conjugados no futuro do

presente do indicativo simples) mais

o particípio do principal, emprega-se

o futuro do presente do Indicativo

composto para:

a) exprimir fato ocorrido antes de outro (ambos no

futuro):

Eles já terão saído quando vocês chegarem.

b) indicar a hipótese de algo já ter acontecido:

Já terão chegado?

Futuro do pretérito do indicativo simples

Emprega-se o futuro do pretérito do

indicativo simples para:

a) exprimir dúvida, incerteza:

Naquele dia, havia umas dez pessoas com ele.

b) indicar correlação com o pretérito imperfeito do

subjuntivo:

Se ele fizesse isso, ficaria feliz.

c) fazer um pedido, indicar um desejo de uma forma

polida:

Vocês fariam um favor para nós?

d) indicar fato futuro que se relaciona a um momento

no passado (muitas vezes expressa uma quebra de

expectativa, algo frustrado, ainda não realizado):

Ele disse que viria e prometeu que me pagaria.

e) expressar indignação ou surpresa em orações

exclamativas ou interrogativas:

Você faria isso de novo?

Futuro do pretérito do indicativo composto

Formado com os auxiliares

ter ou haver (conjugados no futuro do

pretérito do indicativo simples) mais

o particípio do principal, emprega-se

o futuro do pretérito do indicativo

composto para:

a) indicar fato passado que aconteceria mediante

condição:

Se você realmente estudasse a lição, teria

alcançado a aprovação.

b) expressar dúvida em relação ao passado:

Teria tido ele uma idéia melhor?

c) exprimir hipótese, algo que deveria ter

acontecido (correlaciona-se com o pretérito

mais-que-perfeito do subjuntivo):

Se ele tivesse feito isso, teríamos

ficado mais felizes.

Presente do subjuntivo

Emprega-se o presente do subjuntivo para:

a) expressar hipótese, algo relacionado ao desejo, à

suposição, à dúvida:

Peço que na hora você não esqueça as minhas

recomendações.

b) criar orações optativas (aquelas que exprimem

desejo):

Deus lhe pague! Os céus te protejam!

c) compor oração subordinada quando o

verbo da oração principal estiver no:

· presente do indicativo: Convém que

ele faça um seguro.

· imperativo: Pague ao homem para que ele

se cale.

· futuro do presente do indicativo: Virá para

que eu a conheça.

Pretérito imperfeito do subjuntivo

Emprega-se o pretérito imperfeito do

subjuntivo para:

a) compor oração subordinada quando o verbo da

oração principal estiver no:

· pretérito imperfeito do indicativo: Era nosso desejo

que eles pernoitassem aqui.

· pretérito perfeito do indicativo: Pedi que

eles mandassem notícias.

· futuro do pretérito do indicativo: Gostaria que

ela viesse até nossa casa.

Pretérito perfeito do subjuntivo

Formado com os auxiliares ter ou haver (no

presente do subjuntivo) mais o particípiodo

principal, usa-se o pretérito perfeito do

subjuntivo para:

a) exprimir fato anterior e supostamente concluído no

momento da fala:

Creio que ela já tenha trazido o livro.

b) exprimir fato no futuro e já terminado em relação a

outro também no futuro:

Quando vocês chegarem, acredito que eles já tenham

resolvido o problema.

Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo

Formado com os auxiliares

ter ou haver (conjugados no pretérito

imperfeito do subjuntivo) mais

o particípio do principal, emprega-se

opretérito mais-que-perfeito do

subjuntivo para:

a) expressar fato anterior a outro, ambos no passado:

Pensei que você tivesse trazido tudo.

Futuro do subjuntivo simples

Emprega-se o futuro do subjuntivo

simples para:

a) expressar fato que talvez aconteça (relaciona-se ao

verbo da oração principal, que deve estar no presente

ou no futuro do presente, ambos do indicativo):

Quando você trouxer o dinheiro, a dívida será

esquecida.

Só receberá a senha quem estiver no local.

Futuro do subjuntivo composto

Formado com os auxiliares ter ou haver (no

futuro do subjuntivo simples) mais

o particípio do principal, usa-se o futuro do

subjuntivo composto para:

a) expressar fato terminado antes de outro (ambos no

futuro):

Só partiremos depois que ela tiver chegado com os

presentes.

Sairemos daqui se eles tiverem trazido um mapa.

Imperativo

Emprega-se o imperativo (afirmativo e

negativo) para:

a) exprimir ordem, solicitação, convite,

conselho:

Saia daqui imediatamente!

Abra a janela, por favor.

Quando ele chegar, fique quieta, não abra a

boca!