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    INSS Direito Previdencirio

    Frederico Amado

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    Vale salientar que a regra a adoo do Princpio da Territorialidade da Filiao, ou seja, quem exercer atividade laborativa remunerada no territrio do Brasil e no for servidor pblico efetivo ou militar vinculado a RPPS, ser segurado obrigatrio do RGPS. Contudo, h hipteses legais que sero vistas em que pessoas que trabalham no Brasil no sero seguradas do RGPS, bem como existiro segurados obrigatrios do RGPS trabalhando fora do pas.

    SEGURADOS OBRIGATRIOS DO RGPS ARTIGO 11, LEI 8213/91.

    Empregado (art. 11, I, da Lei 8.213/91) a) aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empresa, em carter no eventual, sob sua subordinao e mediante remunerao, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio, definida em legislao especfica, presta servio para atender a necessidade transitria de substituio de pessoal regular e permanente ou a acrscimo extraordinrio de servios de outras empresas; c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agncia de empresa nacional no exterior; d) aquele que presta servio no Brasil a misso diplomtica ou a repartio consular de carreira estrangeira e a rgos a ela subordinados, ou a membros dessas misses e reparties, excludos o no-brasileiro sem residncia permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislao previdenciria do pas da

    respectiva misso diplomtica ou repartio consular; e) o brasileiro civil que trabalha para a Unio, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislao vigente do pas do domiclio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertena a empresa brasileira de capital nacional; g) o servidor pblico ocupante de cargo em comisso, sem vnculo efetivo com a Unio, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundaes Pblicas Federais; CONSTITUIO: 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que no vinculado a regime prprio de previdncia social;(SUSPENSO PELA RESOLUO 26/2005, DO SENADO)

    O STF, no RE 351.717, julgou inconstitucional esta alnea h, pois restou instituda uma nova fonte de custeio no prevista no artigo 195, da CRFB, que exige lei complementar para tanto:

    I. - A Lei 9.506/97, 1 do art. 13, acrescentou a alnea h ao inc. I do art. 12 da Lei 8.212/91, tornando segurado obrigatrio do regime geral de previdncia social o exercente de mandato eletivo, desde que no vinculado a regime prprio de previdncia social.

    II. - Todavia, no poderia a lei criar figura nova de segurado obrigatrio da previdncia social, tendo em vista o disposto no art. 195, II, C.F..

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    Ademais, a Lei 9.506/97, 1 do art. 13, ao criar figura nova de segurado obrigatrio, instituiu fonte nova de custeio da seguridade social, instituindo contribuio social sobre o subsdio de agente poltico. A instituio dessa nova contribuio, que no estaria incidindo sobre "a folha de salrios, o faturamento e os lucros" (C.F., art. 195, I, sem a EC 20/98), exigiria a tcnica da competncia residual da Unio, art. 154, I, ex vi do disposto no art. 195, 4, ambos da C.F. dizer, somente por lei complementar poderia ser instituda citada contribuio. III. - Inconstitucionalidade da alnea h do inc. I do art. 12 da Lei 8.212/91, introduzida pela Lei 9.506/97, 1 do art. 13. IV. - R.E. conhecido e provido. Posteriormente, o Senado suspendeu a sua eficcia erga omnes ao editar a Resoluo 26/2005: Art. 1 suspensa a execuo da alnea "h" do inciso I do art. 12 da Lei Federal n 8.212, de 24 de julho de 1991, acrescentada pelo 1 do art. 13 da Lei Federal n 9.506, de 30 de outubro de 1997, em virtude de declarao de inconstitucionalidade em deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal, nos autos do Recurso Extraordinrio n 351.717-1 Paran. i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime prprio de previdncia social; j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que no vinculado a regime prprio de previdncia social; (Includo pela Lei 10.887/2004) Empregado domstico (art. 11, II, da Lei 8.213/91): II - como empregado domstico: aquele que presta servio de natureza contnua a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;

    Trabalhador avulso (art. 11, VI, da Lei 8.213/91):

    VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, servio de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento.

    De acordo com o art. 9, VI, do Decreto 3.048/99, o trabalhador sindicalizado ou no, que presta servio por intermdio de rgo gestor de mo-de-obra ou do sindicato da categoria.

    Segurado especial (art. 11, VII, da Lei 8.213/91):

    VII como segurado especial: a pessoa fsica residente no imvel rural ou em aglomerado urbano ou rural prximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxlio eventual de terceiros, na condio de:

    a) produtor, seja proprietrio, usufruturio, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatrio ou arrendatrio rurais, que explore atividade:

    1. agropecuria em rea de at 4 (quatro) mdulos fiscais;

    2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exera suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faa dessas atividades o principal meio de vida;

    b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faa da pesca profisso habitual ou principal meio de vida; e

    c) cnjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

    Decreto 3048/99 art. 9 - 14. Considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profisso habitual ou meio principal de vida, desde que: I - no utilize embarcao; II - utilize embarcao de at seis toneladas de arqueao bruta, ainda que com auxlio de parceiro; III - na condio, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize embarcao de at dez toneladas de arqueao bruta.

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    7o O grupo familiar poder utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alnea g do inciso V do caput, razo de no mximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em perodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, no sendo computado nesse prazo o perodo de afastamento em decorrncia da percepo de auxlio-doena. (Redao dada pela Lei n 12.873, de 2013) 12. A participao do segurado especial em sociedade empresria, em sociedade simples, como empresrio individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou mbito agrcola, agroindustrial ou agroturstico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, no o exclui de tal categoria previdenciria, desde que, mantido o exerccio da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do 1o, a pessoa jurdica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Municpio ou em Municpio limtrofe quele em que eles desenvolvam suas atividades. (Includo pela Lei n 12.873, de 2013)

    ARTIGO 11, 8-LEI 8.213/91.

    8o No descaracteriza a condio de segurado especial: I a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meao ou comodato, de at 50% (cinqenta por cento) de imvel rural cuja rea total no seja superior a 4 (quatro) mdulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; II a explorao da atividade turstica da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por no mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; III a participao em plano de previdncia complementar institudo por entidade classista a que seja associado em razo da condio de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; e IV ser beneficirio ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja

    beneficirio de programa assistencial oficial de governo; V a utilizao pelo prprio grupo familiar, na explorao da atividade, de processo de beneficiamento ou industrializao artesanal, na forma do 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e VI a associao em cooperativa agropecuria. VII - a incidncia do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do 12. 9o No segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: I benefcio de penso por morte, auxlio-acidente ou auxlio-recluso, cujo valor no supere o do menor benefcio de prestao continuada da Previdncia Social; II benefcio previdencirio pela participao em plano de previdncia complementar institudo nos termos do inciso IV do 8o deste artigo; III exerccio de atividade remunerada em perodo no superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 julho de 1991; IV exerccio de mandato eletivo de dirigente sindical de organizao da categoria de trabalhadores rurais; V exerccio de mandato de vereador do Municpio em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituda, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no 13 do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; VI parceria ou meao outorgada na forma e condies estabelecidas no inciso I do 8o deste artigo; VII atividade artesanal desenvolvida com matria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade no exceda ao menor benefcio de prestao continuada da Previdncia Social; e VIII atividade artstica, desde que em valor mensal inferior ao menor benefcio de prestao continuada da Previdncia Social. Contribuinte individual (art. 11, V, da Lei 8.213/91): a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade agropecuria, a qualquer

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    ttulo, em carter permanente ou temporrio, em rea superior a 4 (quatro) mdulos fiscais; ou, quando em rea igual ou inferior a 4 (quatro) mdulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxlio de empregados ou por intermdio de prepostos; ou ainda nas hipteses dos 10 e 11 deste artigo; b) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de extrao mineral - garimpo, em carter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos, com ou sem o auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua; c) o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa; d) Revogado. e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime prprio de previdncia social; f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor no empregado e o membro de conselho de administrao de sociedade annima, o scio solidrio, o scio de indstria, o scio gerente e o scio cotista que recebam remunerao decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direo em cooperativa, associao ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o sndico ou administrador eleito para exercer atividade de direo condominial, desde que recebam remunerao; g) quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego; h) a pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade econmica de natureza urbana, com fins lucrativos ou no;

    Alm destas hipteses genricas de segurados contribuintes individuais, outras so contempladas especificamente no artigo 9, inciso V e 15, ambos do RPS, a exemplo:

    do cooperado de cooperativa de produo que, nesta condio, presta servio sociedade cooperativa mediante remunerao ajustada ao trabalho executado;

    do Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuies abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;

    do notrio ou tabelio e o oficial de registros ou registrador, titular de cartrio, que detm a delegao do exerccio da atividade notarial e de registro, no remunerados pelos cofres pblicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994;

    do mdico residente de que trata a Lei n 6.932, de 7 de julho de 1981;

    do bolsista da Fundao Nacional do Exrcito contratado na forma da Lei 6.855/80;

    do rbitro e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei n 9.615, de 24 de maro de 1998;

    do membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado

    Artigo 11, Lei 8.213/91: 4 O dirigente sindical mantm, durante o exerccio do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdncia Social-RGPS de antes da investidura.

    SEGURADOS FACULTATIVOS DO RGPS ARTIGO 13, LEI 8213/91.

    Art. 13. segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos (ateno) que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social, mediante contribuio, desde que no includo nas disposies do art. 11. Objetivando conferir a maior cobertura possvel, especificamente em favor das pessoas que no esto exercendo atividade laborativa remunerada, o artigo 14, da Lei 8.212/91, faculta aos maiores de 14 anos de idade a filiao ao RGPS na condio de segurados facultativos. Entretanto, de acordo com o artigo 11, do RPS, a idade mnima para a filiao do segurado facultativo de 16 anos de idade, sendo este o posicionamento dominante na doutrina e administrativo do INSS .

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    Artigo 9, da IN INSS PRES 45/2010. Eis um rol exemplificativo: Artigo 11, 1, do RPS. I - a dona-de-casa; II - o sndico de condomnio, quando no remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cnjuge que presta servio no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatrio da previdncia social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, quando no esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social; VII - o bolsista e o estagirio que prestam servios a empresa de acordo com a Lei n 6.494, de 7 de dezembro de 1977; VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especializao, ps-graduao, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que no esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social; IX- o presidirio que no exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social; X- o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdencirio de pas com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e XI- o segurado recolhido priso sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condio, preste servio, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediao da organizao carcerria ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta prpria (inserido pelo Decreto 7.054/2009).

    Frise-se que at o advento do Decreto 7.054/2009 o segurado recolhido priso sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condio, prestasse servio, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediao da organizao carcerria ou entidade afim, ou que exercesse atividade artesanal por conta prpria, era considerado contribuinte individual.

    Entretanto, esse ato regulamentar alterou o RPS, que passou a enquadr-lo como segurado facultativo, opo que aparentemente se afigura ilegal,pois este segurado no deve exercer atividade laborativa remunerada.

    que se o preso trabalha para uma empresa sem vnculo de emprego ou por conta prpria, ele deveria ser segurado obrigatrio na condio de contribuinte individual, e no facultativo. Ademais, de acordo com o artigo 2, da Lei 10.666/03, o exerccio de atividade remunerada do segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condio de contribuinte individual ou facultativo no acarreta a perda do direito ao recebimento do auxlio-recluso para seus dependentes. Destaque-se que o servidor pblico participante de RPPS no poder se filiar como segurado facultativo do RGPS, ante a vedao contida no 5, do artigo 201, da CRFB, inserida pela Emenda 20/98. 5 vedada a filiao ao regime geral de previdncia social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime prprio de previdncia. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    FILIAO Decreto 3048/99

    Art. 20. Filiao o vnculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdncia social e esta, do qual decorrem direitos e obrigaes. 1o A filiao previdncia social decorre automaticamente do exerccio de atividade remunerada para os segurados obrigatrios, observado o disposto no 2o, e da inscrio formalizada com o pagamento da primeira contribuio para o segurado facultativo.