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 5 - Entre as orações intercaladas: Ex.: A guerra, disse o general, é uma defesa prévia. A arma de fogo, disse o policial, é minha ferramenta de trabalho. 6 - Para marcar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Ex.: O carnaval, que é tradicional, a cada ano está mais perigoso. A alma, que é imortal, integra-se ao cosmo. 7 - Entre expressões explicativas, continuativas, conclusivas, retificativas ou enfáticas de um modo geral (isto é, a saber, por exemplo, a meu ver, na minha opinião, digo, ou melhor, quer dizer, além disso, aliás, assim, com efeito, como dizer, demais, depois, enfim, então, no mais, ora, ou seja, ou antes, igualmente, pensando bem, pois bem, pois sim, por assim dizer, realmente, em suma, note-se bem, finalmente, em verdade, de fato, sim, não, etc.): Ex.: O criminoso, digo, o cidadão infrator, foi detido às nove horas. O governador, ou melhor, o excelentíssimo senhor governador, dará um aumento de 100% à classe policial. Observação desse caso de uso da vírgula: Lembre-se de usá-la com "sim" e "não". Ex.: Sim, um dia hei de morrer.

Aula 24 - Lingua Portuguesa - Prof Pamela Brandão

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Portugues

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  • 5 - Entre as oraes intercaladas:

    Ex.: A guerra, disse o general, uma defesa prvia.

    A arma de fogo, disse o policial, minha ferramenta de trabalho.

    6 - Para marcar as oraes subordinadas adjetivas explicativas:

    Ex.: O carnaval, que tradicional, a cada ano est mais perigoso.

    A alma, que imortal, integra-se ao cosmo.

    7 - Entre expresses explicativas, continuativas, conclusivas, retificativas ou enfticas de um modo geral (isto , a saber, por exemplo, a meu ver, na minha opinio, digo, ou melhor, quer dizer, alm disso, alis, assim, com efeito, como dizer, demais, depois, enfim, ento, no mais, ora, ou seja, ou antes, igualmente, pensando bem, pois bem, pois sim, por assim dizer, realmente, em suma, note-se bem, finalmente, em verdade, de fato, sim, no, etc.):

    Ex.: O criminoso, digo, o cidado infrator, foi detido s nove horas.

    O governador, ou melhor, o excelentssimo senhor governador, dar um aumento de 100% classe policial. Observao desse caso de uso da vrgula: Lembre-se de us-la com "sim" e "no". Ex.: Sim, um dia hei de morrer.

  • 8 - Entre as conjunes coordenativas adversativas e conclusivas, quando pospostas/intercaladas (porm, contudo, entretanto, todavia, logo, portanto, etc.): Ex.: O tiroteio, porm, continuava. O sargento, portanto, foi homenageado. 9 - Nas datas e endereos: Ex.: Belo Horizonte, 13 de novembro de 2008. Rua da Alegria, n 30. 10 - Para indicar zeugma (elipse/omisso de um ou mais termos anteriormente citados): Ex.: Uns diziam que se suicidou; outros, que foi assassinado. (elipse do verbo diziam) O dia estava quente; o sol, escaldante. (elipse do verbo estava) Ns viemos da terra; eles, do mar. (elipse do verbo vieram)

  • 11 - Precedendo oraes principais pospostas: Ex.: Quando menos se esperava, o cadete deixou de lado suas antigas aspiraes. 12 - Antes de e, quando as oraes apresentarem sujeitos diferentes ou quando o e se repetir: Ex.: Fez-se o cu, e a terra, e o mar. Joo escreveu uma carta, e Jos arrumou a cama. 13 - Nos elementos paralelos de um provrbio: Ex.: Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.

  • ASPAS So usados nos seguintes casos: - na representao de nomes de livros e legendas. Exemplo: J li O Ateneu de Raul Pompia. Os Lusadas de Cames tem grande importncia literria. - nas citaes ou transcries. Exemplo: Tudo comeou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar l na sede. J havia mandado um currculo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as selees recomearam mandei um currculo novamente, revelou Cleber. - destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia. Exemplo Que belo exemplo voc deu. Vamos assistir um show de mgica.

  • PARNTESES So usados nos seguintes casos: - na separao de qualquer indicao de ordem explicativa. Exemplo: Predicado verbo-nominal aquele que tem dois ncleos: o verbo (ncleo verbal) e o predicativo (ncleo nominal). - na separao de um comentrio ou reflexo. Exemplo: Os escndalos esto se proliferando (a imagem poltica do Brasil est manchada) por todo o pas. - para separar indicaes bibliogrficas. Pra que partiu? Estou sentado sobre a minha mala No velho bergantim desmantelado... Quanto tempo, meu Deus, malbaratado Em tanta intil, misteriosa escala! (Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972).

  • COESO E COERNCIA TEXTUAL

    Na construo de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreenso do que dito, ou lido.

    Esses mecanismos lingusticos, que estabelecem a conectividade e retomada do que foi escrito ou dito, so os referentes textuais e buscam garantir a coeso textual para que haja coerncia, no s entre os elementos que compem a orao, como tambm entre a sequncia de oraes dentro do texto.

    Essa coeso tambm pode muitas vezes se dar de modo implcito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo tm com o tema. Por exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o pblico a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, evita que se lance mo de repeties inteis.

  • Numa linguagem figurada, a coeso uma linha imaginria - composta de termos e expresses - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relaes de sentido entre eles.

    Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetio, substituio, associao), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunes, numerais, elipses), constroem-se frases, oraes, perodos, que iro apresentar o contexto decorre da a coerncia textual.

    Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezes essa incoerncia resultado do mau uso daqueles elementos de coeso textual. Na organizao de perodos e de pargrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.

  • Nas palavras de Evanildo Bechara, o enunciado no se constri com um amontoado de palavras e oraes. Elas se organizam segundo princpios gerais de dependncia e independncia sinttica e semntica, recobertos por unidades meldicas e rtmicas que sedimentam estes princpios.

    Desta lio, extrai-se que no se deve escrever frases ou textos

    desconexos imprescindvel que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto.

    Alm disso, relembre-se que, por coeso, entende-se ligao, relao, nexo entre os elementos que compem a estrutura textual.