Aula 3 - Comportamento Microorganizacional

Embed Size (px)

Citation preview

AULA 3COMPORTAMENTO MICROORGANIZACIONAL

Prof. Ms. Felipe Saraiva Nunes de Pinho felipepinho.com

O Comportamento Microorganizacional

O Comportamento Microorganizacional estabelece como foco de estudo a dimenso do indivduo, seus aspectos psicossociais e as aes, estrutura e contexto que influenciam a sua atuao no ambiente organizacional; A importncia do estudo do Comportamento microorganizacional se d pela necessidade de haver um alinhamento das pessoas misso e viso da organizao; j que as pessoas so, no mundo corporativo de hoje, a principal vantagem competitiva das organizaes.Prof. Felipe Pinho

Processos de Estudo

1.Personalidade*; 2.Valores*; 3.Motivao**; Percepo; Avaliao de desempenho;

Satisfao com o trabalho; Estresse; Desenho de cargos; Seleo de Pessoal; Aprendizagem; Emoes;

*Presentes na Apostila ** Apenas a aplicao

Prof. Felipe Pinho

1. Personalidade

A personalidade, de acordo com Gordon Allport, a organizao dinmica interna daqueles sistemas psicofsicos do indivduo que determinam seu ajuste individual ao ambiente; A personalidade o conjunto de todas as caractersticas afetivas, emocionais, cognitivas e dinmicas relativamente estveis e habituais da maneira de ser de uma pessoa que estabelece a sua forma nica de agir e reagir ao ambiente e s situaes que vivencia; A personalidade estabelece tambm a forma como nos relacionamos com as outras pessoas.Prof. Felipe Pinho

Por que importante estudar a Personalidade para uma Gesto Eficaz?

As nossas diferenas individuais revelam preferncias pessoais, aptides, modelos de relacionamento e comportamento etc., que interferem na nossa adaptao ao ambiente da organizao; Cada organizao tem uma cultura e valores prprios e precisa buscar as pessoas que compartilham os mesmos ideais que ela; O estudo da personalidade dos colaboradores pode ajudar a empresa a encontrar as pessoas certas e a desenvolver os traos de personalidade que promovam o alcance da misso e da viso da organizao.Prof. Felipe Pinho

Mensurando a Personalidade

A mensurao da personalidade tem como objetivo a identificao dos principais traos psicolgicos e a previso do comportamento do indivduo; Podemos afirmar que o que avaliamos, quando analisamos a personalidade de um indivduo, o seu comportamento tpico, ou seja, seu modo habitual de agir em situaes comuns; As tcnicas mais utilizadas para se mensurar a personalidade so: Testes psicolgicos e de personalidade; entrevista; dinmicas grupais e situacionais; questionrios de auto-avaliao; avaliaes realizadas por outras pessoas.Prof. Felipe Pinho

Determinantes da Personalidade

Hereditariedade: Fatores genticos, herdados pelos pais. Os principais aspectos determinados pela gentica so: gentipo; ritmos biolgicos e fisiolgicos; temperamento. Ambiente: Fatores scio/culturais, familiares, ambientais, e experincias de vida. Os principais aspectos determinados pelo ambiente so: fentipo; carter e valores. Gentipo + Ambiente Fentipo IMPORTANTE: Os estudos cientficos ainda no conseguiram concluir a porcentagem ou grau de influencia desses dois fatores.Prof. Felipe Pinho

Traos de Personalidade

So as caractersticas duradouras que podem descrever o comportamento de uma pessoa. (Robbins, 2010); O estudo dos Traos de Personalidade busca descrever as principais caractersticas de um indivduo que se mantm constantes ao longo de sua vida; Para Allport, os traos so estruturas codificados no sistema nervoso central que guiam o comportamento do indivduo nas diversas situaes cotidianas; IMPORTANTE: Apesar dos traos poderem revelar uma identidade, a Personalidade precisa ser compreendida como dinmica, ou seja, ela est em um constante processo de construo dialgica.Prof. Felipe Pinho

Indicador de Tipos Myers-Briggs

O Modelo MBTI, que busca identificar caractersticas e preferncias pessoais, foi desenvolvido durante a Segunda Guerra, por Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers, a partir da Teoria dos Tipos Psicolgicos de Carl Gustav Jung; O modelo analisado a partir de quatro elementos norteadores:

Atitude (E-extrovertidas/I-introvertidas); Percepo, ou funo irracional (S-sensoriais/N-intuitivos); Funo racional (T-racionais/F-Emocionais); Estilo de vida (J-julgadores/P-perceptivos)

Prof. Felipe Pinho

Indicador de Tipos Myers-Briggs

O Teste composto de cem questes e busca avaliar como o indivduo testado age e se sente nas situaes apresentadas no questionrio; O Teste no avalia qualitativamente a resposta, no existem respostas certas ou erradas, mas apenas as preferncias individuais para se comportar em determinadas situaes; O Teste MBTI avalia:

Onde o indivduo prefere focalizar sua ateno: E ou I Maneira pela qual prefere coletar informaes: S ou N A maneira como prefere tomar decises: T ou F Como se orienta no mundo exterior (estilo de vida): J ou P

Prof. Felipe Pinho

Tipos Psicolgicos Myers-Briggs

Prof. Felipe Pinho

Mapa dos 16 Tipos MBTI

Prof. Felipe Pinho

Inventrio MBTI: exemplo de perguntas1) Eu prefiro mais: a. Resolver um problema novo e complicado b. Trabalhar sobre algo que eu j tenha feito antes 25) Prefiro trabalhar numa organizao onde: a. O meu trabalho seja intelectualmente estimulante b. Eu esteja comprometido com os objetivos e misso 26)No fim de semana tendo a: a. Planejar o que vou fazer b. Ver o que acontece e decidir conforme a situaoProf. Felipe Pinho

Modelo Big Five de Personalidade

O Modelo dos 5 Fatores defende que existem 5 traos fundamentais e mais caractersticos da personalidade, que englobam as variaes mais significativas da personalidade humana; Ele foi originalmente elaborado a partir de anlises lingusticas de termos correntemente utilizados para descrever a personalidade humana.

Prof. Felipe Pinho

Modelo Big Five de Personalidade

Fator I - Extroverso/Introverso: relacionamentos interpessoais;

caractersticas

dos

Fator II Nvel socializao ou Amabilidade: indica uma tendncia a ser socialmente agradvel, caloroso, dcil; Fator III Escrupulosidade ou Conscienciosidade: diz respeito aos traos que caracterizam a responsabilidade, honestidade, ou, no outro extremo, negligncia, irresponsabilidade; Fator IV - Neuroticismo/Estabilidade Emocional: caractersticas de personalidade que envolvem o afeto positivo e negativo, a ansiedade e a estabilidade emocional; Fator V Intelecto ou Abertura para Experincia: engloba caractersticas como flexibilidade, criatividade e imaginao, abertura para novas experincias e curiosidade.Prof. Felipe Pinho

Outros Traos relevantes para o Comportamento Organizacional

Autoavaliao bsica: caractersticas como automotivao, auto-estima, autoconfiana, atitudes positivas negativas; Maquiavelismo: diz respeito maneira como a pessoa busca obter e exercer o poder; envolve caractersticas como o pragmatismo na busca dos objetivos e o distanciamento emocional nos relacionamentos interpessoais (os fins justificam os meios); Narcisismo: traos de amor prprio, auto-admirao e egocentrismo; Automonitoramento: capacidade de adaptao s circunstncias externas; Averso ao risco: predisposio ou no a correr riscos; Personalidade Tipo A e Tipo B: relao entre a agressividade ou a tranquilidade; Personalidade Proativa: traos de iniciativa e perseverana.Prof. Felipe Pinho

2. Valores

Para o psiclogo estadunidense Gordon Alpport, um valor uma crena em que o homem se baseia para atuar por referncia; Os valores expressam preferncias pessoais e convices bsicas de que algo ou um determinado modo de agir prefervel a outro; Os valores se baseiam em julgamentos que estabelecem o que correto, bom, aceitvel, tico; importante compreender que nossos valores so relativamente estveis e duradouros, uma vez que grande parte deles estabelecida desde a nossa infncias, pelas nossas figuras de referncia, como pais e professores. A organizao hierrquica de nossos valores corresponde ao nosso sistema de valores.Prof. Felipe Pinho

Juzos de Fato x Juzos de ValorJuzos de fato Juzos de valor

Exprimem o que as coisas Exprimem o que as coisas so valem No esto associados a nenhum sentimento Esto associados a sentimentos de aceitao ou rejeio Expressam opinies So subjetivos

Expressam fatos So objetivos

A importncia dos Valores

Para Robbins, os valores estabelecem a base para a compreenso das atitudes e da motivao, alm de influenciarem nossas percepes; Como nas organizaes j encontramos uma srie de valores preconcebidos, importante analisar se h um compartilhamento de valores entre empresa-colaborador, uma vez que os valores iro influenciar o desempenho e podero ser fonte de conflitos; importante que a organizao faa uma gesto eficaz dos seus valores.Prof. Felipe Pinho

Tipos de Valores (Valores de Rokeach)

Valores Terminais: se referem s condies de existncia desejveis relacionadas s metas que uma pessoa gostaria de atingir durante a sua vida. (Robbins) Valores Instrumentais: se referem maneira preferencial de agir e escolha dos meios para se alcanar os valores terminais.

Prof. Felipe Pinho

Levantamento de Valores de RokeachValores terminaisVida confortvel Vida prspera Vida excitante Perfeio na realizao Paz no mundo Natureza lmpida Igualdade Equidade Segurana da famlia Liberdade Felicidade Harmonia Amor Salvao Respeito prprio Reconhecimento natural Relaes verdadeiras Sabedoria

Valores instrumentaisAmbio Esprito aberto Competncia Alegria Arrumao Coragem Perdo Prestabilidade Honestidade Criatividade Independncia Inteligncia Racionalidade Amor Obedincia Educao Responsabilidade DisciplinaProf. Felipe Pinho

Valores e Geraes

Prof. Felipe Pinho

Personalidade, Valores e Trabalho

Existe hoje uma grande preocupao por parte dos Gestores em adequar a personalidade e os valores dos indivduos organizao; Os colaboradores precisam se identificar com o trabalho e com a organizao - seus valores, misso, viso, cultura clima organizacional, liderana -, para se comprometerem e se tornarem verdadeiros parceiros da organizao; O ajuste indivduo-organizao prediz a satisfao no trabalho, o comprometimento com a organizao e a baixa rotatividade. (Robbins, 2010).Prof. Felipe Pinho

Teoria de Adequao da personalidade ao trabalho

De acordo com Robbins (2010), a Teoria de Adequao da Personalidade ao trabalho prope que a satisfao e a propenso em deixar o emprego dependem do grau em que os indivduos alinham, com sucesso, suas personalidades ao trabalho que desenvolvem.; John Holland props um modelo de preferncia vocacional, contendo seis tipos de Personalidade.Prof. Felipe Pinho

Modelo de Preferncia Vocacional de Holland

Prof. Felipe Pinho

Implicaes Globais

A personalidade e os valores dos indivduos so influenciados pela cultura de seus pases; Geert Hofstede, no final dos anos 1970, fez um estudo com 116 mil funcionrios da IBM em 40 pases e concluiu que os valores da cultura nacional de gestores e funcionrios variam em cinco dimenses:Distncia do poder; Individualismo x coletivismo; Masculinidade x feminilidade; Averso incerteza; Orientao para o longo prazo x curto prazo;

Prof. Felipe Pinho

O Modelo GLOBE

O Projeto GLOBE Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness, conduziu um estudo em 62 pases e aplicou 17.000 questionrios respondidos por lderes intermedirios de aproximadamente 825 empresas; As dimenses analisadas no Globe so:

Orientao para a realizao ou desempenho; Coletivismo em grupo Orientao humanista; Orientao para o futuro; Assertividade; Distncia do poder ou distncia hierrquica; Controle ou evitao da incerteza; Igualdade de gnero; Coletivismo organizacional.Prof. Felipe Pinho

3. Motivao

Conjunto de energias capazes de iniciar o comportamento relacionado ao trabalho, que buscam alcanar um objetivo, e que determinam sua forma, direo, intensidade e durao; Forma: maneira como o indivduo se comporta diante do trabalho; Direo: escolha das atividades que realizamos no dispndio do esforo; Intensidade: potencial de esforo, quantidade de motivao (energia); Persistncia: durao da motivao ao longo do tempo.Prof. Felipe Pinho

Dois Fatores da Motivao

A motivao humana est relacionada a fatores intrnsecos e extrnsecos; Os fatores intrnsecos dizem respeito prpria pessoa: seus desejos, objetivos, anseios, autoestima. A motivao, dessa forma, apresenta uma dimenso individual e singular. Os Lderes Transformacionais atuam na dimenso intrnseca dos liderados; Os fatores extrnsecos esto relacionados ao ambiente externo, natureza da tarefa, s recompensas, ao relacionamentos e clima organizacional e ao estilo de liderana.

Trabalho x Motivao

No se esquea que o trabalho no s transforma a natureza, como tambm transforma o prprio homem, ou seja, o ser humano tambm se constitui enquanto Ser (sujeito/indivduo) a partir de seu trabalho. O trabalho assim no s uma fonte de identidade, mas tambm uma fonte de desenvolvimento, de crescimento, de realizao. A motivao est tambm diretamente relacionada sade fsica e mental do sujeito; sade do grupo e das equipes de trabalho; qualidade de vida no trabalho e ao clima organizacional.

Teoria Motivacional de HerzbergFatores Motivacionais Satisfacientes Contedo do cargo O trabalho em si Realizao pessoal Reconhecimento do trabalho Progresso profissional Responsabilidade Autonomia e independncia Valorizao do que faz Orgulho do que faz Fatores Higinicos Insatisfacientes Contexto do cargo Condies fsicas e psicolgicas (ambiente) Salrio e prmios de produo Benefcios e servios sociais Cultura organizacional Estilo de gesto do executivo Polticas da empresa Relacionamento interpessoal Ambiente de trabalho

Comparao Maslow x Herzberg

Modelo da Expectncia de Vroom

Motivao: Aplicaes Prticas

Administrao por Objetivos; Programas de reconhecimento dos funcionrios; Programas de envolvimento dos funcionrios; Planejamento do Trabalho e esquemas flexveis; Programas de Remunerao Varivel; Planos de remunerao por habilidades; Benefcios Flexveis.

Prof. Felipe Pinho

Objetivos dos programas motivacionais

Aumentar o comprometimento com o trabalho e com a empresa; Melhorar o clima organizacional e a satisfao com o trabalho; Aumentar o desempenho e a entrega dos colaboradores; Criar uma cultura forte que desenvolva os valores da empresa.

Prof. Felipe Pinho

Administrao por objetivos (APO)

De acordo com Robbins (2008), a administrao por objetivos enfatiza a fixao participativa de metas tangveis, verificveis e mensurveis; A meta converter os objetivos gerais da organizao em metas especficas para cada unidade organizacional e para cada colaborador; A Administrao por objetivos defende a tese de que o estabelecimento metas especficas eleva o grau de comprometimento dos colaboradores e consequentemente o desempenho dos mesmos; As metas passam a ser vistas como desafios, que exige esforo das pessoas, gerando motivao; importante vincular o alcance ou superao da meta com algum tipo de recompensa ou premiao.Prof. Felipe Pinho

Os quatro componentes da Administrao por Objetivos

Especificidade: declarao concisas dos objetivos atravs de metas tangveis, ou seja, que podem ser mensuradas e avaliadas; Deciso participativa: os chefes e subordinados participam diretamente da fixao dos objetivos e dos critrios de avaliao/recompensa; Prazo: determinao do tempo que o objetivo dever ser alcanado; Feedback do desempenho: avaliao constante do progresso em relao s metas estabelecidas, dando oportunidade dos colaboradores monitorarem e corrigirem suas prprias aes.Prof. Felipe Pinho

Programas de reconhecimento dos funcionrios

Visam recompensar os comportamentos, as aes/atitudes e os resultados alcanados por um colaborador, ou por uma equipe, que so desejados pela organizao; Se fundamentam na Teoria do Reforo (Behaviorismo) que defende que um comportamento, quando recompensado com o reconhecimento (estmulo) tender a se repetir mais vezes; Os programas de reconhecimento podem variar bastante, desde um agradecimento em particular, a um reconhecimento e elogio pblico, chegando uma comemorao envolvendo toda a empresa (festa, viagem, etc.); Por ser um reconhecimento social, que envolve uma estima social, prestgio e honra, eles esto vinculados aos fatores intrnsecos, motivacionais.Prof. Felipe Pinho

Programas de envolvimento dos funcionrios

Envolvem programas diversos que objetivam estimular o comprometimento e a motivao dos funcionrios, aumentando sua autonomia, responsabilidade e controle sobre seu prprio trabalho; O colaborador que se sente envolvido nos processos decisrios que dizem respeito ao seu trabalho, tem maior chance de se identificar e se comprometer com suas metas.Prof. Felipe Pinho

Exemplos de programas de envolvimento dos funcionrios

Gesto participativa: considerada por alguns como um imperativo tico, defende que a tomada de deciso seja feita de maneira democrtica com a participao direta das partes afetadas e interessadas. A participao direta nas decises considerada por alguns tericos como uma recompensa intrnseca para os colaboradores. Requer um grau de maturidade e de competncia por parte dos participantes, para que a participao seja realmente enriquecedora e eficaz; Participao por representao: participao atravs de comits ou grupos de representantes. uma forma de participao indireta e no uma ferramenta to eficaz para a motivao dos colaboradores.Prof. Felipe Pinho

Exemplos de programas de envolvimento dos funcionrios

Crculos de Qualidade: so grupos de trabalhos formados por uma pequena quantidade de colaboradores (8 a 10) que assumem a responsabilidade para discutir, avaliar e propor solues para os problemas relacionados qualidade. Os problemas apontados para a ineficincia dessa estratgia motivacional o pouco tempo dedicado ao programa, em comparao ao tempo dedicado tarefa; Planos de Participao Acionria: a empresa possibilita que os colaboradores se tornem scios ou proprietrios da empresa atravs da compra de suas aes. So considerados eficazes, enquanto estratgia motivacional, quando os funcionrios experimentam a psicologicamente a sensao da propriedade.Prof. Felipe Pinho

O Planejamento do Trabalho

O trabalho, organizado como tarefa (tarefa significa organizao racional do trabalho) , para muitos tericos, o principal elemento motivador (intrnseco), uma vez que afeta diretamente os processos de identificao e comprometimento dos colaboradores com a organizao; fundamental compreendermos que, o que eu fao constri o que eu sou, ou seja, eu sou aquilo que fao, me espelho naquilo que fao para me definir, por isso o trabalho e a tarefa so importantes fontes de identidade para os sujeitos.Prof. Felipe Pinho

O novo planejamento do Trabalho

Rodzios de tarefa: objetiva diminuir a percepo dos colaboradores a respeito da rotina do trabalho e da tarefas repetitivas, que acabam gerando desmotivao. A idia do rodzio proporcionar o aumento da experincia do trabalhador com tarefas novas, diferentes e desafiadoras. Essa estratgia motivacional requer significativos investimentos em treinamento (multitreinamento); Ampliao da tarefa: consiste na ampliao horizontal da tarefa, buscando o aumento do nmero e da variedade das atividades realizadas por um colaborador. Sua eficcia, como estratgia motivacional um pouco questionada porque no gera propriamente novos desafios.Prof. Felipe Pinho

O novo planejamento do Trabalho

Enriquecimento da tarefa: objetiva expanso vertical das funes, proporcionando uma maior autonomia ao trabalhador, uma vez que ele precisar planejar e controlar a execuo e a avaliao do seu trabalho. Em muitas ocasies o colaborador poder realizar o ciclo completo da produo um produto, ou seja, ter mais chances de se identificar e se responsabilizar pelo fruto do seu trabalho. Outra estratgia, que envolve o enriquecimento, a combinao de tarefas j existentes, mas que antes eram fragmentada, criando assim uma unidade de negcio. Outras empresas esto tambm buscando proporcionar o contato ou relacionamento direto do colaborador com os seus clientes, aumento o feedback sobre o trabalho realizado. O enriquecimento no pode ser percebido pelo trabalhador como um mais trabalho e sim como algo desafiador e que proporcione um sentido (Herzberg). Quando bem planejada, considerada uma das estratgias mais eficazes de motivao para o trabalho.Prof. Felipe Pinho

O novo planejamento do Trabalho

Para que um trabalho seja potencialmente motivador ele precisa ter cinco dimenses essenciais:Variedade de habilidades; Identidade da tarefa; Significncia da tarefa; Autonomia; Feedback.

Prof. Felipe Pinho

Prof. Felipe Pinho

Estratgias de Flexibilizao do Trabalho

Horrios flexveis: consiste em proporcionar autonomia ao trabalhador para que ele decida o melhor horrio para realizar sua jornada de trabalho. Isso proporciona uma melhor adaptao dos horrios de trabalho com os compromissos pessoais e familiares, gerando menos conflito e mais responsabilidade; Emprego compartilhado: objetiva a diviso de um emprego tradicional de 40h entre duas ou mais pessoas; Telecomutao: o trabalho distncia busca diminuir os deslocamentos fsicos e flexibilizar o horrio de trabalho utilizando as modalidades de trabalho distncia, atravs de recursos como a internet ou o telefone. O trabalhador escolhe onde de onde far o trabalho e apenas o envia para a empresa.Prof. Felipe Pinho

Programas de Remunerao Varivel

Defendem que seria uma estratgia motivacional vincular uma parte da remunerao em alguma medida de desempenho individual e/ou organizacional; Os programas de remunerao varivel se apiam na teoria da expectativa de Vroom. necessrio que o indivduo perceba a vinculao entre o seu desempenho e o alcance da recompensa (instrumentalidade); Hoje, mais de 70% das empresas estadunidenses adotam a remunerao varivel.Prof. Felipe Pinho

Programas de Remunerao Varivel

Remunerao por unidade produzida: o pagamento vinculado cada unidade de produo completada. Muitas vezes no pagamento fixo, o empregado recebe por produo; Bnus: pagamento de gratificaes por atingimento de metas; Participao nos resultados: consiste na diviso dos ganhos, entre empresa e funcionrios, resultantes da melhoria da produtividade em um determinado perodo; Participao nos lucros: consiste no pagamento de recompensas financeiras atreladas ao lucro da empresa em um determinado perodo.Prof. Felipe Pinho

Planos de remunerao por habilidades

Essa proposta visa substituir a tradicional remunerao por cargo; Estabelece o nvel salarial com base na quantidade de habilidades (competncias) que o funcionrio capaz de desempenhar; Com o aprendizado de novas habilidades poder acontecer o enriquecimento da tarefas; Os colaboradores, a partir de uma formao generalista, podero ser aproveitados em diferentes tarefas; O desenvolvimento de habilidades atende ao contexto contemporneo de valorizao do conhecimento (era do conhecimento).Prof. Felipe Pinho

Benefcios Flexveis

Flexibilizar os benefcios permite aos funcionrios escolher entre diversas opes de benefcios, que atendam realmente a suas necessidades e desejos; Com a diversificao da fora de trabalho, as demandas e interesses tambm se diversificam, e as empresas, conscientes disso, esto buscando satisfazer os interesses dos indivduos e grupos de acordo com suas necessidades reais; A estratgias de benefcios flexveis se fundamenta na teoria da expectativa (Vroom), uma vez que vincula as recompensas s metas individuais (valncia).Prof. Felipe Pinho

Concluso

Para que as estratgias motivacionais, utilizadas pela empresa, sejam eficazes, necessrio:Reconhecer as diferenas individuais; Utilizar os objetivos como metas e o feedback; Permitir que os funcionrios participem das decises que os afetam; Vincular as recompensas ao desempenho (instrumentalidade); Verificar a equidade (justia) do sistema.Prof. Felipe Pinho

Referncias

ROBBINS, S. (et.al.) Comportamento Organizacional: teoria e prtica no contexto brasileiro. So Paulo: Pearson P. Hall, 2010. ROBBIS, S. Comportamento Organizacional. So Paulo: Pearson P. Hall, 2009. MORIN, E.; AUB, C. Psicologia e Gesto. So Paulo: Atlas, 2009.Prof. Felipe Pinho