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1 1 Profa. Dra. Silvana De Nardin SET 5910: TEEE Introdu Introduç ão ão à s Estruturas Mistas s Estruturas Mistas de A de Aç o e Concreto o e Concreto 2 Profa. Dra. Silvana De Nardin Introdução às Estruturas Mistas de Aço e Concreto Comportamento conjunto entre Comportamento conjunto entre o e concreto o e concreto

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1Profa. Dra. Silvana De Nardin

SET 5910: TEEESET 5910: TEEE

IntroduIntroduçção ão ààs Estruturas Mistas s Estruturas Mistas de Ade Açço e Concreto o e Concreto

2Profa. Dra. Silvana De Nardin

Introdução às Estruturas Mistas de Aço e Concreto

Introdução às Estruturas Mistas de Aço e Concreto

Comportamento conjunto entre Comportamento conjunto entre aaçço e concretoo e concreto

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3Profa. Dra. Silvana De Nardin

Para que um elemento estrutural aço-concreto seja considerado MISTO é necessário que haja o comportamento conjunto entre os componentes da seção transversal.

Como garantir isso????É necessário que haja compatibilidade de deformações entre aço e concreto

Deformações no concreto = deformações no aço

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Introdução

4Profa. Dra. Silvana De Nardin

No concreto armado:A aderência é a propriedade responsável pela transferência de tensões e pela compatibilidade de deformações entre as barras de aço e o concreto.

Quando surge: apenas quando há variação de tensão em determinado trecho da barra de aço, sendo tais variações causadas principalmente por ações externas, fissuras, variações de temperatura, retração e deformação lenta do concreto.

Por aderência, as barras de aço absorvem as tensões de tração e a ligação armadura-concreto controla a abertura das fissuras. Assim, quanto maior a aderência, maior a probabilidade de que ocorram fissuras de menor abertura individual.

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Introdução

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5Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjunto Comportamento conjunto

No concreto armado:Concreto + armadura passiva + ADERÊNCIA

Parcelas de aderênciaAdesão ou aderência químicaAderência por atritoAderência mecânica

Introdução

P

Concreto

Barra de açoP

Concreto

Barra de açoFissurasP

BarraP

Concreto

6Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Parcelas de aderência:Adesão ou aderência química

muito pequena e atua somente nos primeiros estágios de carregamento. Não é possível aumentar esta parcela.

Aderência por atritose manifesta quando há tendência de deslocamento relativo aço-concreto e depende do coeficiente de atrito entre estes materiais.

Aderência mecânicairregularidades superficiais inerentes ao processo de laminação dos perfis, nervuras...

Introdução

pt Rb2pt

τb

Rb1

Rb1

Aço

Concreto

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7Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Estudo da aderência no concreto armado:Via ensaios push e pull-out

Introdução

8Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Princípios teóricos da aderênciaBaseados no comportamento experimental da curva “força x escorregamento do concreto”

Elementos mistos

s21 ss u

0

τ1

τu

Escorregamento

Tensão

s lim

limτ

Adesão

Atrito

Aderência mecânica

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9Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Princípios teóricos da aderênciaAdesão

Oposição à separação de um bloco de concreto em relação a uma chapa de aço. É destruída quando ocorrem os primeiros deslocamentos relativos entre os materiais.surge durante as reações de pega do cimento e sua intensidade depende da rugosidade e da limpeza da superfície. O mecanismo resistente tem comportamento elasto-frágil, se manifesta nos primeiros estágios de carregamento e sua ocorrência estárelacionada à combinação entre retração do concreto e deslocamento radial do tubo de aço

Elementos mistos

0

10

20

30

40

50

0,00 -0,05 -0,10 -0,15 -0,20Fo

rça

aplic

ada

(kN

)Escorregamento do concreto (mm)

10Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Princípios teóricos da aderênciaAderência mecânica

está relacionada ao grau de rugosidade da superfície interna do tubo de aço (“micro-engrenamento”). Esse mecanismo resulta do engrenamento mecânico entre o concreto e as irregularidades superficiais do tubo de aço. Sua relevância depende do contato entre as superfícies do aço e do concreto.

Com o aumento da força aplicada, há tendência de deslocamento relativo aço-concreto mas o confinamento impede a separação entre os materiais, surgindo tensões normais resistentes ao escorregamento.

Elementos mistos

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11Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

Princípios teóricos da aderência

Aderência por atritomanifesta-se quando há tendência de deslocamento relativo aço-concreto e depende do coeficiente de atrito entre estes materiais.

Elementos mistos

12Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjuntoComportamento conjunto

E quando a aderência não é suficiente

Elementos mistos

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13Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios de promover o comportamento conjunto nos

elementos mistos de aço e concreto

Comportamento conjunto Comportamento conjunto

14Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios de promover o comportamento conjuntoNão há como aumentar a parcela devido à adesão;É possível aumentar as parcelas de aderência:

MecânicaPor atrito

Interação aço-concreto:Mecânica: conectores de cisalhamento, mossas, saliências, etc.AtritoRepartição de cargas

Comportamento conjunto Comportamento conjunto

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15Profa. Dra. Silvana De Nardin

Vigas mistas

Comportamento conjunto Comportamento conjunto

16Profa. Dra. Silvana De Nardin

Via interação mecânicaUtilização de conectores de cisalhamento:

VIGAS MISTAS

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

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17Profa. Dra. Silvana De Nardin

Conectores de cisalhamentoFunção nas vigas

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

18Profa. Dra. Silvana De Nardin

Conectores de cisalhamentoConectoresMossas Ressaltos, reentrâncias, saliências, ranhuras,...

Conectores normalizadosPino com cabeça Conector tipo U

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

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19Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento conjunto Comportamento conjunto

Outros tipos de conectores de cisalhamento

Vigas mistas

Barra ou arco HiltiX-HVB

20Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento

Formas de rupturaEsmagamento do concretoRuptura do conector

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça Vigas mistas

(Ranković & Drenić, 2002)

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21Profa. Dra. Silvana De Nardin

Fatores importantes para a resistência do conector:Geometria e dimensões do conector;Qualidade dos materiais;Resistência dos materiais aço e concreto;Tipo de carregamento: estático ou dinâmico;Qualidade da ligação do conector com a viga;Distância entre conectores;Dimensões da laje de concreto;Taxa de armadura da laje e geometria das armaduras.

Metodologia mais eficiente para conhecer o comportamento de um conector: ENSAIOS

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça Vigas mistas

22Profa. Dra. Silvana De Nardin

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça

Fatores importantes para a resistência do conectorInfluência da resistência do concreto (Bullo & Di Marco, 2004)

Vigas mistas

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23Profa. Dra. Silvana De Nardin

Fatores importantes para a resistência do conectorInfluência do tipo de laje

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça Vigas mistas

Redução da área de concreto

Coeficiente de redução que diminui a capacidade resistente de um conector. Influência da

forma de aço

24Profa. Dra. Silvana De Nardin

Comportamento

Rígido ou flexível

conector tipo pino com cabeçaconector tipo pino com cabeça Vigas mistas

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25Profa. Dra. Silvana De Nardin

Classificação do comportamentoFunção da ductilidade da ligação aço-concreto

Comportamento dúctil: força última é > 10% da força que causa um escorregamento de 0,5mm (Eurocode 4).

Pu = força última

CONECTOR RÍGIDO

Pu

FORÇA

CONECTOR FLEXÍVEL

ESCORREGAMENTO

P (cisalhamento)

escorregamento ssu

PRk

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça Vigas mistas

26Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ductilidade da ligação aço-concreto: rígido vs. flexível

Regime elásticoIndiferenteNão há deformações significativasConsequentemente, não há escorregamento significativo entre aço e concreto→ seção homogênea

Regime plástico: ELUDeformação plásticaDeslizamento relativo

Conector tipo pino com cabeçaConector tipo pino com cabeça Vigas mistas

Conectores com ligação FLEXÍVEL melhoram a

distribuição das forças de cisalhamento

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27Profa. Dra. Silvana De Nardin

Pino com cabeça – Estados limites últimosEsmagamento do concreto

Ruptura do conector

Força resistente de cálculo por conectoro menor dos valoresCred: efeito do tipo de lajeRg: efeito da atuação de grupos de conectoresRp: efeito da posição do conector

Resistência dos conectoresResistência dos conectores Vigas mistas

25,1EfA5,0

Cqcs

cckcsredRd =γ

×=

25,1fARR

Cqcs

ucscspgredRd =γ

×××=

fck: resistência do concreto (MPa) < 28MPa

Ec : módulo de elasticidade do concreto (MPa)

Acs: área da seção transversal do conector (cm2)

fucs : resistência última do aço (MPa)

qRd: resistência em kN

28Profa. Dra. Silvana De Nardin

Resistência dos conectoresResistência dos conectores

Pino com cabeça – Estados limites últimosEfeito do tipo de laje

depende da posição das nervuras em relação à viga de aço

Nervura // à viga de aço

Nervura ⊥ à viga de aço

Vigas mistas

0,10,1hh

hb6,0C 5,1

hb

F

cs

F

Fred

F

F ≤⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−⋅⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛⋅=→≤

0,1C 5,1hb

redF

F =→>

75,00,1hh

hb

n85,0C nervura / conector 1

F

cs

F

F

csred ≤⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛−⋅⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛⋅=→

hFhF/2emh

emh

Fh

bF

hcs

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29Profa. Dra. Silvana De Nardin

Pino com cabeça – Estados limites últimosRg: efeito da atuação de grupos de conectores

1,0 1 conector soldado em uma nervura de fôrma PERPENDICULAR ao perfil de aço;para qualquer número de conectores em uma linha soldados DIRETAMENTE no perfil;qualquer número de conectores em uma linha, soldados através de uma fôrma em uma nervura PARALELA ao perfil e com bF/hF≥ 1,5.

0,852 conectores soldados em uma nervura PERPENDICULAR ao perfil;1 conector soldado através de uma fôrma em uma nervura PARALELA ao perfil e com bF/hF < 1,5.

0,70 3 ou mais conectores soldados em uma nervura PERPENDICULAR ao perfil.

Resistência dos conectoresResistência dos conectores Vigas mistas

30Profa. Dra. Silvana De Nardin

Pino com cabeça – Estados limites últimosRp: efeito da posição do conector

1,00 conectores soldados diretamente no perfil e, no caso de haver nervuras PARALELAS a esse perfil, pelo menos 50% da largura da mesa em contato direto com o concreto.

0,75conectores soldados em uma laje mista com nervuras PERPENDICULARES ao perfil e emh ≥ 50 mm; conectores soldados através de uma fôrma de aço e embutidos em uma laje mista com nervuras PARALELAS ao perfil.

0,60conectores soldados em uma laje mista com nervuras PERPENDICULARES ao perfil e emh < 50 mm.

Resistência dos conectoresResistência dos conectores Vigas mistas

hFhF/2emh

emh

Fh

bF

hcs

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31Profa. Dra. Silvana De Nardin

Perfil “U” laminado – Estado limite últimoEsmagamento do concreto

Resistência dos conectoresResistência dos conectores Vigas mistas

fck: resistência do concreto (MPa) < 28MPa

Ec : módulo de elasticidade do concreto (MPa)

tf: espessura da mesa (cm)

tf: espessura da mesa (cm)

tw: espessura da alma (cm)

Lcs: comprimento do perfil

qRd: resistência em kN

( )25,1

EfLt5,0t3,0q cckcswf

Rd+

=

Lcs

tw

tf

32Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios de push-outExemplo

Vigas mistasComportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

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33Profa. Dra. Silvana De Nardin

Exemplo de ensaio “push out”

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

25 cm

Fonte: Daniela Lemes David

34Profa. Dra. Silvana De Nardin

Fonte: Daniela Lemes David

q

δδuδuk

kqqmáx ukδ =0,9 uδ

qk=0,9qmáx

350 400

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Vigas mistas

Exemplo de ensaio “push out”

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35Profa. Dra. Silvana De Nardin

Vigas mistasVigas mistas

Formas alternativas de promover o trabalho conjunto

entre aço e concreto

36Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Conectores de cisalhamento: posições não convencionais

Breuninger (2001) e Kuhlmann & Kürschner (2004)

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37Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Conectores de cisalhamento: posições não convencionais

Kuhlmann & Kürschner (2004)conectores tipo pino com cabeça na posição horizontal

Aspectos importantesPosição do conectorTaxa de armaduraDetalhamento dos estribos Solicitações: cisalhamento longitudinal e vertical, flexão

38Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Conectores de cisalhamento: posições não convencionais

Kuhlmann & Kürschner (2004): conectores posição horizontal

Modos de rupturaModo 1: fendilhamento da laje e arrancamento do conectorModo 2: fendilhamento da laje Modo 3: arrancamento dos conectores

Força

Escorregamento

modo 2

modo 3

modo 1

Modo 1:- taxa elevada de armadura da laje1) Fendilhamento do concreto2) Sem perda significativa de rigidez3) Conectores sofrem grandes

deformações até serem arrancados

Modo 2:- Baixa taxa de armadura da laje- Conectores próximos à superfície da lajePerda de resistência da interface após o

fendilhamento do concreto

Modo 3:- Conectores curtos ou

próximos da extremidade da laje

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39Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Conectores de cisalhamento: posições não convencionais

Resultados de push-out – Hegger & Goralski (2004)

R R

R R

P

~45º R R

R R~45º a 60º

P

A

A

P

Corte A-A

40Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Comportamento conjunto via barras de aço

Klaiber & Wipf (2000)

Dipaola et al. (2006)

Comportamento conjunto1) Furos preenchidos de concreto2) Barras de armadura

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41Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Comportamento conjunto via barras de açoJurkiewiez & Hottier (2005)

armadura

concretoperfil "T"

Comportamento conjunto1) Barras de armadura são posicionadas na região

dos dentes

Ruína: escoamento da mesa inferior e propagação para a alma

42Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Comportamento conjunto via geometria das vigasJu et al (2005)

Comportamento conjunto1) Volume de concreto2) Armadura

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43Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Comportamento conjunto via geometria das vigas

Ju & Kim (2005)

Comportamento conjunto1) Conectores horizontais2) Aderência na alma

44Profa. Dra. Silvana De Nardin

Meios alternativos de promover o trabalho conjunto Meios alternativos de promover o trabalho conjunto

Comportamento conjunto via geometria das vigas

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45Profa. Dra. Silvana De Nardin

Via ligação mecânica:utilização de mossas ou do atrito na

interface aço-concreto:LAJES MISTAS

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Lajes mistas

46Profa. Dra. Silvana De Nardin

Adesão natural aço-concreto não é suficiente

Solução:Aumentar o atrito aço-concreto via:

Ancoragem mecânica local Geometria da forma – reentrâncias Mossas

Ligação mecânica por meio de mossas ou ligação por meio do atrito gerado pelo confinamento do concreto em formas reentrantes

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Lajes mistas

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47Profa. Dra. Silvana De Nardin

Mecanismos de aderência em lajes mistasAncoragem mecânica local Geometria da forma – reentrâncias Ancoragem de extremidade com conectores Ancoragem de extremidade por deformação das nervuras da forma

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Lajes mistas

48Profa. Dra. Silvana De Nardin

Nervuras envolvidas pelo concreto:funcionam como “conectores de cisalhamento” que transferem praticamente todo o cisalhamento longitudinal.

Adesão química: transferência do cisalhamento longitudinal próximo da interface mossa-concreto. Aderência mecânica via intertravamento: perdida a adesão, cisalhamento longitudinal é transferido pelo intertravamento.

As ranhuras na superfície das nervuras comprimem o concreto como uma mola gerando forças passivas de cisalhamento que transferem o cisalhamento longitudinal.

Este mecanismo de transferência de forças de cisalhamento via intertravamento é semelhante àquele das fissuras no concreto via agregado.O atrito na interface forma-concreto também transfere cisalhamento longitudinal devido à pressão ativa exercida pelo peso do concreto.

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Lajes mistas

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49Profa. Dra. Silvana De Nardin

Aderência mecânica via intertravamento na interface

Forma de caracterizar a interface: ensaios “push out”Comportamento: curva Tensão cisalhante vs. Escorregamento

Resultados experimentais:Escorregamento é muito pequeno até 80% da força última e pouca separação vertical aço-forma Ruptura por cisalhamento horizontal:

frágil valor de força última ocorre pouco antes da ruptura.

Após a ruptura:separação vertical do bloco de concreto em relação à forma de açograndes escorregamentos, sem plastificação da forma de aço

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Lajes mistas

50Profa. Dra. Silvana De Nardin

Via aderência natural e repartição de cargas:

PILARES MISTOS

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

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51Profa. Dra. Silvana De Nardin

HIPÓTESE de dimensionamento:Aderência perfeita entre aço e concreto Não há perda de aderência com o aumento das forças atuantes ao longo da interface.

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

52Profa. Dra. Silvana De Nardin

Em pilares simplesmente apoiados:a transferência de esforços é simples pois as forças provenientes das vigas contínuas podem ser transferidas aos pilares por chapas de extremidades.

Onde a aderência pode ser importante?Nas ligações viga-pilarEm edifícios de múltiplos andares:

Forças do pavimento devem ser introduzidas de modo correto nos pilares;As ligações devem ser devidamente detalhadas.

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

Page 27: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

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53Profa. Dra. Silvana De Nardin

Alguns resultados de ensaios push-outem pilares mistos preenchidos

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

54Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outElementos ensaiados

3 modelosTubos de aço com 6,3mm de espessura Seção quadrada com 20cm de ladoPerfis tipo U200x100x6,3 formados a frio e aço tipo SAE 1020Concreto de preenchimento: C50

VARIÁVEL: ELEMENTO DE TRANSFERÊNCIA

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

cantoneiras L50x6,3conectores tipo pino com cabeça

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55Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outGeometria dos elementos ensaiados

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos20

0

87

200

φ19,1 mmCONECTOR

200

LINHA DE SOLDA

6,3

LINHA DE SOLDA

6,3

L 50 x 50 x 6,35 mm

200

100

200

5050

200

LINHA DE SOLDA

6,35050

56Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outInstrumentação dos elementos

Extensômetros:perfil de açoNúcleo de concreto

Transdutores:Deslocamento relativo aço-concreto

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

Page 29: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

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57Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outEsquema de ensaio

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

58Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outResultados

Caracterização dos materiais

Valores de força última e deslocamento

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

CFT_ACFT_SB 33250253,263,7648,0647,80351,20CFT_S

Ec (MPa)fy (MPa)ft,D (MPa)fcm (MPa)As (cm2)Ac (cm2)ELEMENTO

Modelo Força máxima (kN) Escorregamento (mm)

CFT-S 65 11,44

CFT-SB 686 2,12

CFT-A 1075 3,04

Page 30: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

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59Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outResultados

Comportamento Força vs. EscorregamentoElemento sem conectores

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

0

-10

-20

-30

-40

-50

-60

-70

0 -2 -4 -6 -8 -10 -12

CFT-S

Forç

a ap

licad

a (k

N)

Escorregamento do concreto (mm)

60Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outResultados

Comportamento Força vs. EscorregamentoElemento com conectores tipo pino com cabeça

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

0

-100

-200

-300

-400

-500

-600

-700

-800

0 -2 -4 -6 -8 -10 -12 -14 -16Escorregamento do concreto (mm)

CFT-SB

Forç

a ap

licad

a (k

N)

Page 31: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

31

61Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outResultados

Comportamento Força vs. EscorregamentoElemento com conectores tipo cantoneira

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

0

-200

-400

-600

-800

-1000

-1200

0 -2 -4 -6 -8 -10 -12 -14 -16

CFT-A

Forç

a ap

licad

a (k

N)

Escorregamento do concreto (mm)

62Profa. Dra. Silvana De Nardin

Ensaios push-outResultados

Comportamento Força vs. Escorregamento

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

0

-250

-500

-750

-1000

-1250

0 -2 -4 -6 -8 -10 -12 -14 -16 -18

CFT-S CFT-SB CFT-A

Escorregamento do concreto (mm)

Forç

a ap

licad

a (k

N)

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63Profa. Dra. Silvana De Nardin

Fatores que influenciam a aderência nos pilares:Forma da seçãoSuperfície do tuboAplicação da forçaRelação b/tPresença e tipo de conector de cisalhamento

Comportamento conjunto Comportamento conjunto Pilares mistos

64Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Região de introdução de cargas

Page 33: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

33

65Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Região de introdução de cargas

Comprimento de transferência:< 2,5d

d

Chapa de aço soldada no pilar

66Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Região de introdução de cargasocorrem variações localizadas dos esforços solicitantes devidas a ligações do pilar com vigas ou ocorre interrupção da armadura longitudinal (emendas do pilar ou bases)Deve-se evitar escorregamento significativo na interface concreto-perfil de aço:

comprimento de introdução de carga, menor valor entre:2 x menor dimensão da seção do pilar ou 1/3 da distância entre pontos de introdução de carga

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67Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Região de introdução de cargas – EsforçosLigação viga-pilar:

quando a viga estiver ligada apenas ao perfil de aço do pilar

quando a viga estiver ligada apenas ao concreto do pilar

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−×=

l

ll

p,Rd

,RdaSd,Sd N

N1VV ⎟

⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−×=

l

ll

p,Rd

p,RdaSd,Sd M

M1MM

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛×=

l

ll

p,Rd

,RdaSd,Sd N

NVV

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛×=

l

ll

p,Rd

p,RdaSd,Sd M

MMM

( )10,1

ZZfM anay

p,Rda−⋅

=l

VSd: força cortante solicitante de cálculo na ligação;NRda,pl: força axial resistente de cálculo do perfil de aço do pilar à plastificação total;NRd,pl: força axial resistente de cálculo do pilar misto à plastificação total;MSd: momento fletor solicitante de cálculo na ligação;MRda,pl: é a contribuição do perfil de aço para MRd,pl

68Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Região de introdução de cargas – EsforçosCom os esforços VSd,l e MSd,l:

Calcular τSd na interface no comprimento de introdução das cargasComparar com valores de τRd

Se τSd ≥ τRd → usar conectores de cisalhamento para resistir àtotalidade dos efeitos de VSd,l e MSd,l

Conectores NÃO são necessários quando:pilar for totalmente revestido ou preenchido e

0,0Almas parcialmente revestida0,20parcialmente revestida0,40retangular preenchida

0,55circular preenchida0,30totalmente revestida

τRd (N/mm2)Tipo de seção transversal

3,0N/N p,RdSd ≤l

Page 35: Aula 2-Comportamento conjunto.pdf

35

69Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Forças de atrito adicionais devido aos conectoresConectores tipo pino com cabeça ligados à alma de uma seção totalmente ou parcialmente revestida ou seção similar:

Produzem forças de atrito decorrentes do impedimento da expansão lateral do concreto pelas mesasResistência adicional somada à resistência dos conectores:

em cada mesa e cada linha diagonal de pinosμ: coeficiente de atrito → seções de aço sem pintura → μ=0,5qRd: resistência de um pino com cabeça

há limites para a distância livre entre as mesas

2qRd⋅μ

70Profa. Dra. Silvana De Nardin

Cisalhamento na interface aço-concretoCisalhamento na interface aço-concreto

Forças de atrito adicionais devido aos conectoresA distância livre entre mesas não pode superar:

300mm

μQRd/2

QRd

400mm

μQRd/2

QRd QRd

600mm

μQRd/2

QRd QRd QRd