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Aula de enzimologia Tema Efeito da temperatura e pH na atividade e estabilidade das enzimas. Prof. Adriane M. F. Milagres Departamento de Biotecnologia - Escola de Engenharia de Lorena Universidade de São Paulo – USP [email protected]. Conteúdo : Determinação da temperatura ótima - PowerPoint PPT Presentation
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Aula de enzimologia
Tema Efeito da temperatura e pH na
atividade e estabilidade das enzimas
Prof. Adriane M. F. MilagresDepartamento de Biotecnologia - Escola de Engenharia de Lorena
Universidade de São Paulo – [email protected]
Conteúdo:
1. Determinação da temperatura ótima2. Energia de ativação3. Estabilidade térmica4. Parâmetros termodinâmicos 4.1 Enzimas termoestáveis 4.2 Enzimas adaptadas ao frio5. Influência do pH
Termoestabilidade x termofilicidate
3INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA AÇÃO ENZIMÁTICA
temperatura dois efeitos ocorrem:
(a) a taxa de reação aumenta, como se observa na maioria das reações químicas;
(b) a estabilidade da proteína decresce devido a desativação térmica.
temperatura ótima - é a temperatura máxima na qual a enzima possui uma atividade constante por um período de tempo.
Atividade Enzimática
É dada pela medição da velocidade inicial da reação sob uma faixa de condições determinadas
O aumento na temperatura aumenta o numero de colisões
Energia de ativação (Ea) – energia mínima para que uma reação ocorra
BAkv
A + B C + D
RT
Eact
Aek
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
Ea Lei de Arrhenius
ATR
Eak
Aek RTEa
log1
3,2log
/
Ea pode ser determinada medindo-se a constante de velocidade da reação em ≠ temperaturas.
Curva A: gráfico usual.
Curva B: o gráfico mostra uma variação definida na inclinação, se em determinada temperatura, uma etapa ≠ se torna limitante da velocidade.
Curva C: uma queda brusca na curva indica inativação enzimática.
A + B C + D
BAkv BA
DCKeq
velocidade equilíbrio
v relaciona-se com Eact
RT
Eact
eh
TKk
Keq relaciona-se com ∆G
eqKRTG ln
K – cte Boltzman (1,38×10−23 J. K−1)h – cte Planck (6,626×10−34 J/s)
Determinação dos parâmetros termodinâmicos
Determinação dos parâmetros termodinâmicos
ln Keq = – ∆H 1 + ∆ S R T R
∆G = ∆ H - T ∆ S
-RT ln K eq = ∆ H - T ∆ S
eqKRTG ln
ln Kcat.h = – ∆H 1 + ∆ S Kb. T R T R
Kcat = Keq.AKeq = kcat/( Kb.T) h
Kb – cte Boltzman (1,38×10−23 J. K−1)h – cte Planck (6,626×10−34 J/s)
– ∆H R
∆ S R
∆S ∆H
A temperatura ótima foi a 55oC
Ea= 96,7 kJ/mol
Ea = 3,32 kJ/mol
Determinação da Energia de Ativação de uma endoglucanase
Dados obtidos em temperaturas entre 25 e 70 oC
Plot trifásico(CMC tem 2 conformações até a temp ótima)
Parâmetros determinados a 55 oC A. niger A oryzae cmc 1
H (kJ /mol) 50 0,59
G (kJ /mol) 69 64,57
S (J /mol.K) - 61 - 195
Menor entalpia do transgênico indica que ele é altamente ativo e eficiente
Estabilidade enzimática
Capacidade das enzimas de reter sua capacidade catalítica sob diferentes condições de reação ao longo do tempo – função biológica das enzimas e está intimamente associada à sua estrutura tridimensional
Desnaturado nativo
Ta (oC) t1/2 (min)47 138,653 9,7756 2,3
Termoinativação
Determinação da energia de desativação
Ead = 378 kJ/mol
Texto para leitura:
M. R. Javed, M. H. Rashid, H. Nadeem, M. Riaz & R. Perveen - Catalytic and thermodynamic characterization of endoglucanase (CMCase) from Aspergillus oryzae cmc-1 Appl Biochem Biotechnol (2009) 157:483–497
Enzimas adaptadas ao frio
Em temperaturas baixas a energia cinética do sistema é insuficiente para superar a barreira de reação
Como as enzimas evitam um decréscimo na sua atividade como consequência de uma queda na
temperatura de 37 para 0o C?
Kcat resultado do decréscimo no ∆ H (menor numero de interações que necessitam ser quebradas durante a formação do estado de transição).
ln Kcat.h = – ∆H 1 + ∆ S Kb. T R T R
% a
tivi
da
de
enzi
má
tic
a m
áxim
a
• Ionização de grupos em E e/ ou S.
•A enzima está pelo menos parcialmente desnaturada em pHs afastados do pH ótimo.
•Efeito de tampões e força iônica.
INFLUÊNCIA DO pH
V
pH
EH22+ EH+ + H+ E + 2H+
pKa = 6,0 pKa = 9,0
inativa ativa inativa
INFLUÊNCIA DO pH
Em pH desaparecimento das cargas negativas (grupos COOH de Asp e Glu)
Em pH desaparecimento das cargas positivas (acúmulo de cargas negativas em grupos COOH e nas tirosinas e cisteínas)
Efeito do pH na V
Determinação gráfica dos valores de pKs
pH nmoles/min (Vmax)
Ks pH nmoles/min (Vmax)
Ks
2 0,01 1 6,5 9,66 10
2,3 0,02 1,02 7 9,8 10,8
2,5 0,032 1,03 7,3 9,76 11,7
2,8 0,063 1,06 7,5 9,66 12,7
3 0,099 1,09 7,8 9,39 15,3
3,3 0,196 1,18 8 9,08 18,2
3,5 0,307 1,28 8,3 8,33 25
3,8 0,594 1,53 8,5 7,6 31,6
4 0,909 1,82 8,8 6,13 44,8
4,3 1,66 2,5 9 5 55
4,5 2,4 3,16 9,3 3,34 70
5 5 5,5 9,5 2,4 78,4
5,5 7,6 7,86 9,8 1,37 87,7
6 9,08 9,26 10 0,909 91,8
Log Vmax x pH = Vmax e pKes1 e pK es2Log pKs x pH = kmLog vmax/ks = pke1 e pke2
pH (Vmax/ks) Log (Vmax/Ks)
pH (Vmax/ks) Log (Vmax/Ks)
2 0,01 -2 6,5 0,97 -0,01
2,3 0,019 -1,72 7 0,91 -0,04
2,5 0,031 -1,51 7,3 0,83 -0,008
2,8 0,059 -1,23 7,5 0,76 -0,012
3 0,091 -1,04 7,8 0,61 -0,21
3,3 0,166 -0,78 8 0,5 -0,3
3,5 0,24 -0,62 8,3 0,33 -0,48
3,8 0,39 -0,41 8,5 0,24 -0,62
4 0,5 -0,3 8,8 0,14 -0,85
4,3 0,66 -0,18 9 0,09 -1,04
4,5 0,76 -0,12 9,3 0,05 -1,3
5 0,91 -0,04 9,5 0,03 -1,52
5,5 0,97 -0,013 9,8 0,015 -1,82
6 0,98 -0,0087 10 0,009 -2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 2 4 6 8 10 12
pH
Vm
ax/K
m
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5
pH
log
Vm
ax/k
M
pKe1= 4pKe2 = 8
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5
pH
pK
M
kM
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5
pH
log
Vm
pKes1 = 5,1pKes2 = 8,5
pKes1 pKes2
pH ótimo de uma endoglucanase
pH ótimo – 4,1 a 5,3 - , com atividade máxima no pH 4,4
Os valores de pKes1 = 3,5 e pKes2 = 6,4 indicam a presença de Asp e Glu como doadores de prótons e His como aceptor.
Estabilidade ao pH
Considerações finais:
1) A estrutura tridimensional da enzima pode ser afetada por quaisquer agentes capazes de provocar mudanças conformacionais. Isto torna a atividade enzimática dependente do pH e da temperatura.
2) Características termodinâmicas das enzimas são importantes para identificar a ocorrência de estados conformacionais distintos.
3) Através da determinação da temperatura ótima e da termoestabilidade da enzima é possivel determinar seus parâmetros termodinamicos.
4) Através de medidas da velocidade da reação em função do pH é possíivel especular sobre os grupos envolvidos na catálise.