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    CURSO DE PRTICA TRABALHISTA 2016Prtica Trabalhista Aula 01

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    APRESENTAO (SLIDE 01)

    - Escritrio- VesturioA elegncia silenciosa

    - Caneta, carro e etc- Vocabulrio

    ATENO - CUIDADO COM REDES SOCIAIS !! ( SLIDE 02)

    COBRANA DE HONORRIOS ( SLIDE 03)

    - Realizao de contrato escrito

    EVITAR SEMPRE QUE POSSVEL ATUAR REPRESENTANDO FAMILIARES ( SLIDE 04)

    NUNCA ESTIPULAR PRAZO PARA O TRMINO DO PROCESSO ( SLIDE 05)

    Comisso de conciliao prvia- Instruir a parte quanto a assinatura

    Realizao de audincia:

    - sempre chegar com anteced6encia mnima de 30 minutos- ingressar na sala de audincias e assistir audincias anteriores- conversar com seu cliente - possveis perguntas a serem realizadas- nunca pedir depoimento pessoal do seu cliente- conversar com as testemunhas - possveis perguntas a serem realizadas

    - NUNCA EM NEHUMA HIPTES INSTRUIR A TESTEMUNHA A MENTIR

    - Evitar demonstrao de intimidade com o advogado da parte contrria- Tentativa de conciliao antes do prego

    - NUNCA EM NENHUMA HIPTESE CONVERSAR COM A PARTE ADVERSRIA SEM A PRESENA DO AD-VOGADO

    - A deciso final sempre da parte, deixar isso muito claro- Ressaltar quanto a possibilidade de um titulo judicial inexequvel- Seja corts e elegante na ocorrncia de inverso de pauta

    MUITA ATENO QUANTO A DISTRIBUIO DO NUS PROBANDI !!

    - Retirar testemunhas

    - A utilizao das Razes finais

    PETIO INICIAL RECLAMATRIA TRABALHISTA

    1.1 ESTRUTURA COMPLETA DA RECLAMATRIA TRABALHISTA

    A redao da Reclamatria Trabalhista sempre comear pelo endereamento, do mesmo modo que qual-quer petio. Em seguida, fundamental a qualificaocompleta das partes, lembre-se que a RT uma petioinicial. O corpo da RT formado pelos seguintes tpicos: Preliminar de Mrito, Mrito, Pedidos, RequerimentosFinais e Valor da Causa.

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    4.2 ANLISE DOS TPICOS DA RECLAMATRIA TRABALHISTA

    I. ENDEREAMENTO

    O endereamento uma anlise da competncia, tendo em vista que diante de um caso concreto neces-srio verificar qual o rgo competente para apreciar aquela lide. O artigo 651 da CLT afirma que a competncia

    fixada pelo local em que o empregado presta servios ao empregador, independente do local de contratao.

    Art. 651, CLT. A competncia das Juntas de Conciliao e Julgamento determinada pela localidade onde o em-pregado, reclamante ou reclamado, prestar servios ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro localou no estrangeiro.

    1.Quando for parte no dissdio agente ou viajante comercial, a competncia ser da Junta da localidade em quea empresa tenha agncia ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, ser competente a Junta dalocalizao em que o empregado tenha domiclio ou a localidade mais prxima. 2.A competncia das Juntas de Conciliao e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissdiosocorridos em agncia ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e no haja conveno interna-cional disposto em contrrio.

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    3.Em se tratado de empregador que promove realizao de atividades fora do lugar do controle de trabalho, assegurado ao empregado apresentar reclamao no foro da celebrao do contrato ou no da prestao dos res-pectivos servios.

    Desta forma, o endereamento da RT simples, pois geralmente a competncia do juzo de 1 grau dalocalidade onde o empregado prestava o servio. Exemplo:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DE __________. Local da prestao do servio.

    O endereamento da petio inicial, geralmente, para o juzo de primeiro grau. No entanto, vale ressaltarque algumas aes so de competncia originria dos Tribunais, por exemplo: dissdios coletivos, mandados desegurana, aes rescisrias, habeas corpus, conflitos de competncia, etc.Observao:o mandado de segurana sempre ser impetrado perante as instncias superiores, salvo diante deuma situao: quando o MS for impetrado contra o ato de agentes fiscalizadores do Ministrio do Trabalho, casoem que o MS ser endereado ao juiz do trabalho.

    II. QUALIFICAO DAS PARTES

    - Ateno a litisconsrcio passivo em caso de terceirizao- No ingressar em face dos scios

    Observao:se porventura a ao trabalhista for proposta contra a massa falida, a inicial deve revelar o nome dosndico e o endereo onde receber as notificaes. Na qualificao deve constar a razo social precedida daexpresso Massa Falida.

    III. PRELIMINAR

    A preliminar de mrito est interligada ao caso concreto, logo no sero todas as peas que tero o tpicoda preliminar.

    a) Comisso de Conciliao Prvia

    J foi abordado que a passagem pela CCP era obrigatria em funo do artigo 625-D, CLT. Contudo, re-cente concesso de liminar do STF suspendeu a eficcia deste dispositivo, de modo que a tentativa conciliatriapela CCP uma faculdade para o Reclamante.

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    b) TRAMITAO PREFERENCIAL DO FEITO

    Na Justia do Trabalho garantida uma tramitao mais clere para os idosos, por fora do Estatuto do Idoso (Lei10.741/2003).

    IV. MRITO

    A CLT s faz referncia aos fatos, mas estes, conjugados com os fundamentos jurdicos, compem o fatormais importante da pea inicial: a causa de pedir.

    aconselhvel listar todos os pontos que sero abordados na pea, com o intuito de apresent-losem ordem cronolgica e da maneira mais lgica possvel (primeiramente, expor os pedidos principais e, logo aps,os pedidos acessrios). O ideal ser claro e objetivo, limite-se s informaes essenciais.

    A seguir sero abordados alguns dos principais aspectos relacionados ao mrito de uma reclamatria tra-balhista.

    a) CONTRATO DE TRABALHO

    Este o primeiro tpico a ser abordado no mrito e sempredever estar presente na RT, sendonecessrio relacionar as seguintes informaes da relao de trabalho das partes: data de admisso, funo, salrioe a data da demisso.

    b) RECONHECIMENTO DO VNCULO DE EMPREGO

    Sempre que o reclamante no for contratado como empregado, evidenciar os requisitos de um empregado, necessrio pleitear o reconhecimento do vnculo de emprego, bem como a anotao na CTPS do Reclamante.

    Neste tpico indispensvel mencionar o artigo 3 da CLT, os quais caracterizam a relao de empregoatravs da subordinao, habitualidade, pessoalidade e contraprestao pelos servios.

    TRABALHADOR AUTNOMO

    O trabalho desenvolvido sem vnculo de emprego prestado por trabalhador autnomo. Este todo aqueleque exerce habitualmente e por conta prpria atividade profissional remunerada, prestando a terceiros servios semrelao de emprego. As relaes jurdicas entre o autnomo e o tomador dos servios so de cunho civil ou comer-cial. Por tal razo, a eles so inaplicveisa Consolidao das Leis do Trabalho, todavia a competncia da JustiadoTrabalho.O cdigo civil, em seu captulo Da Prestao do Servio (artigo 593 e seguintes), regulamenta o trabalho aut-nomo, dentre estes cumpre destacar os artigos 602 e 603 do CC:

    So considerados exemplos de trabalhos autnomos: a prestao de servios de mdicos, engenheiros, aempreitada e a representao comercial autnoma, dentre outros.

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    Terceirizao

    Em relao responsabilidade da empresa tomadora de servios quanto aos dbitos trabalhistas na tercei-

    rizao lcita, sustenta o TST, no inciso IV, que a responsabilidade ser subsidiria.

    Terceirizao Lcita:a RT ser proposta em face da empresa prestadora de servios, e, sucessivamente, em faceda empresa tomadora de servios, requerendo a sua responsabilizao de forma sub-sidiria.

    Terceirizao Ilcita:a RT dever postular o reconhecimento do vnculo de emprego com o tomador de servios,e, sucessivamente, a responsabilidade solidria da empresa prestadora de servio.

    Empreitada e subempreitada

    O contrato de empreitada aquele em que uma das partes (o empreiteiro) se obriga, sem subordinao oudependncia, a realizar certo trabalho para a outra (dono da obra), com material prprio ou por este fornecido,mediante remunerao global ou proporcional ao trabalho executado. i

    O artigo 455, CLT prev a responsabilidade do empreiteiro, bem como do subempreiteiro nesta modalidadede contrato. O empreiteiro principal, no considerando conveniente executar todas as obras ou servios que lheforam confiados, os transfere para outrem (pessoa fsica ou jurdica) chamado subempreiteiro, que se encarrega deexecut-los com seus prprios elementos, inclusive com seus trabalhadores. ii

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    1OJ 191, SDI 1, TST.Diante da inexistncia de previso legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e oempreiteiro no enseja responsabilidade solidria ou subsidiria nas obrigaes trabalhistas contradas pelo em-preiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.

    REFLEXOS

    O empregado tem direito no apenas verba oriunda do contrato de trabalho que lhe era suprimida, mastambm a todas as verbas trabalhistas, cuja base de clculo o salrio, corrigidas de acordo com o valor suprimido.Este fenmeno chamado de reflexo.

    Por exemplo, o adicional de insalubridade uma parcela devida ao empregado que trabalha sob condiesnocivas sade. Este acrscimo integra o salrio do empregado, que reflete em diversas verbas trabalhistas comoo aviso prvio, frias, dcimo terceiro salrio, dentre outras.

    f) EQUIPARAO SALARIAL

    Exemplo do pedido de Equiparao Salarial

    Se o problema apresentar uma situao que caracterize a equiparao salarial, a reclamatria trabalhista

    deve pleitear o reconhecimento da identidade de funes, com igual produtividade e perfeio tcnica. Requerendoa condenao da reclamada equiparao salarial entre reclamante e paradigma, determinando-se o pagamentodas diferenas salariais mensais.

    Considerando a existncia das referidas diferenas salariais, deve-se requerer, ainda, o pagamento dosreflexos em aviso prvio, dcimo terceiro salrio, frias acrescidas do tero constitucional, FGTS (depsitos e multade 40%). Observe que se o salrio for pago por hora, haver, primeiramente, incidncia de reflexos no descansosemanal remunerado e com este nos demais consectrios legais.

    Por fim, necessrio pleitear que o juiz determine que a reclamada seja compelida a assinar a corretaremunerao da reclamante em sua carteira de trabalho e previdncia social, sob pena de tal anotao ser realizadapela Secretaria da MM. Vara, nos termos do artigo 39 e seus pargrafos da CLT.

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    DURAO DO TRABALHO

    H dois limites legais para a jornada de trabalho: o limite dirio de 8 horas e o limite semanal de 44 horas.Ambos devem ser respeitados para que no haja a necessidade de pagar pelas horas extraordinrias.

    Ateno:alguns empregados, elencados no artigo 62 da CLT, esto excludos da proteo da jornada de trabalho:a) os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho;b) os gerentes que exeram cargos de gesto e recebem acrscimo salarial igual ou superior a 40%

    do cargo efetivo;O pedido de pagamento dessas verbas deve ser realizado com integrao remunerao do trabalhador

    para todos os efeitos legais. Inclusive, os reflexos em descanso semanal remunerado e com este em aviso prvio,dcimo terceiro salrio, frias acrescidas do tero constitucional e FGTS (depsitos e multa de 40%), conforme seranalisado nos exemplos abaixo.

    Horas extras

    Horas in i t inere

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    Intervalo Intrajornada

    Intervalo Interjornada

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    Trabalho Noturno (Adicional)

    RESCISO INDIRETA

    O empregador, assim como o empregado, possui obrigaes oriundas do contrato de trabalho. Caso oempregador no cumpra com tais deveres ou pratique qualquer falta grave (art. 483, CLT), o empregado poderequerer ao Poder Judicirio a resciso indireta do contrato, bem como a condenao do empregador ao pagamentode todas as verbas rescisrias provenientes da demisso sem justa causa.

    Art. 483.O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizao quando:

    A)forem exigidos servios superiores s suas foras, defesos por Lei, contrrios aos bons costumes ou alheios aocontrato;B) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierrquicos com rigor excessivo;C) correr perigo manifesto de mal considervel;D) no cumprir o empregador as obrigaes do contrato;E) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua famlia ato lesivo da honra e boa fama;F) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou deoutrem;G) O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por pea ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a impor-tncia dos salrios.

    1.O empregado poder suspender a prestao dos servios ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenharobrigaes legais, incompatveis com continuao do servio. 2.No caso de morte do empregador constitudo em empresa individual, facultado ao empregador rescindir ocontrato de trabalho. 3.Nas hipteses das letras d e g, poder o empregado preitear a resciso de seu contrato de trabalho e opagamento das respectivas indenizaes, permanecendo ou no no servio at final deciso do processo.

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    JUSTA CAUSA

    A falta grave aquela conduta censurada pela legislao que, se praticada, enseja a demisso por justacausa do empregado.

    Determinada conduta s pode ser considerada falta grave se houver previso legal. Por exemplo, o artigo482 da CLT apresenta diversas hipteses de falta grave. Este rol exemplificativo, posto que outras legislaestambm prevem condutas consideradas falta grave.

    Diante de uma demisso por justa causa, ser necessrio postular a reverso para demisso sem justacausa e, consequentemente, o pagamento de todas as verbas rescisrias da dispensa arbitrria.

    Art. 482.Constituem justa causa para resciso do contrato de trabalho pelo empregador:

    A)ato de improbidade;B)continncia de conduta ou mau procedimentoC)negociao habitual por conta prpria ou alheia sem permisso do empregador, e quando construir ato de con-corrncia empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao servio;D)condenao criminal do empregado, passada em julgado, caso no tenha havido suspenso da execuo dapena;E)desdia no desempenho das respectivas funes;F)embriaguez habitual ou em servio;G)violao de segredo da empresa;H)ato e indisciplina ou de insubordinao;I)abandono de emprego;J)ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servio contra qualquer pessoa, ou ofensas fsicas, nas mesmas

    condies, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem;K)ato lesivo de honra e boa fama ou ofensas fsicas praticada contra o empregador e superiores hierrquicos, salvoem caso de legtima defesa, prpria ou de outrem:L)prtica constante de jogos de azar.Pargrafo nico.Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prtica, devidamente compro-vada em inqurito administrativo, de atos atentatrios segurana nacional.

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    DANO MORAL

    A EC 45/04 ampliou a competncia da Justia do Trabalho, incluindo as aes de indenizao por danosmorais oriundas da relao de trabalho (art. 114, VI da CF).

    Art. 114, CF.Compete Justia do Trabalho processar e julgar:VI - as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de trabalho; [...]

    O dano moral configurado diante da presena dos trs requisitos da responsabilidade civil: culpa, dano enexo causal. Sua fundamentao jurdica est positivada no artigo 5, X da CF e nos artigos. 186 e 927 do CC.

    Art. 5, CF.Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propri-edade, nos termos seguintes:X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizaopelo dano material ou moral decorrente de sua violao; [...]

    Art. 186, CC.Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar danoa outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Art. 927, CC.Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

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    ASSISTNCIA JUDICIRIA e JUSTIA GRATUITA

    Na Justia do Trabalho, a assistncia judiciria ser prestada pelo sindicato da categoria profissional a quepertencer o trabalhador. Desta feita, todo aquele que perceber salrio igual ou inferior ao dobro do mnimo legal terdireito a assistncia judiciria prestada pelo sindicato. O benefcio tambm garantido ao trabalhador de maiorsalrio, uma vez provado que sua situao econmica no lhe permite demandar, sem prejuzo do sustento prprioou da famlia (art. 14, 1, Lei 5584/70).

    Importante destacar que na assistncia judiciria so cabveis os honorrios advocatcios reversveis aosindicato assistente (art. 16, Lei 5584/70).

    J a justia gratuita est prevista no artigo 790, 3 da CLT, que faculta aos juzes de qualquer instnciaconceder este benefcio, queles que perceberem salrio igual ou inferior ao dobro do mnimo legal, ou declararem,sob as penas da lei, que no esto em condies de pagar as custas do processo sem prejuzo do sustento prprioou de sua famlia.

    SEGURO DESEMPREGO

    O seguro desemprego, institudo pelas Leis 7998/90 e 8900/94, determina que o empregado dispensadosem justa causa e que preencher os requisitos legais do artigo 3 da Lei 7998/90, faz jus ao recebimento destebenefcio.

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    VERBAS RESCISRIAS

    As verbas rescisrias so provenientes da extino do contrato de trabalho, ou seja, so as parcelas quedevem ser pagas pelo empregador na ocasio da resciso contratual.

    DISPENSA SEM JUSTA CAUSA: saldo de salrio, aviso prvio, 13 salrio proporcional, frias proporcio-nais + 1/3 constitucional e multa de 40% do FGTS. Alm disso,

    so devidas a guia para liberao do FGTS e a guia para per-cepo do seguro desemprego.

    DISPENSA COM JUSTA CAUSA: saldo de salrio, frias vencidas e o 13 salrio vencido, bem como qual-quer parcela salarial devida no prprio ms da despedida (horasextras, por exemplo). No h direito multa de 40% do FGTS,tampouco s guias para liberao do FGTS e percepo do se-guro-desemprego. O empregado dispensado por justa causano tem direito a nenhuma verba proporcional.

    RESCISO INDIRETA (culpa do empregador): so devidas as mesmas parcelas que lhe seriam devidas nocaso de demisso sem justa causa, ou seja, saldo de salrio, aviso prvio, 13salrio proporcional, frias proporcionais + 1/3 constitucional e multa de 40%

    do FGTS; inclusive, a liberao da guia do FGTS e da guia do seguro desem-prego.

    CULPA RECPROCA: so devidas todas as verbas da dispensa sem justa causa, no entanto so reduzidaspela metade, SALVO o saldo de salrio, que ser pago integralmente.

    MULTA DO ART. 467 DA CLT

    r) MULTA DO ART. 477 DA CLT

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    RETENES FISCAIS E CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS

    O reclamante pode postular a condenao da reclamada em indenizao capaz de reparar o prejuzo sofrido

    pelas retenes fiscais e contribuies previdencirias.

    PEDIDOS

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    REQUERIMENTOS FINAIS

    Os requerimentos finais so indispensveis reclamatria trabalhista. Este tpico compreende os seguintespedidos: a notificao da reclamada, a produo de todos os meios de prova em direito admitidos e a procedncia

    de todos os pedidos.

    VII. VALOR DA CAUSA

    A CLT omissa no tocante ao valor da causa. Contudo, com advento da Lei 5584/70, que fixa o valor dealada e da Lei 9957/00, que instituiu o procedimento sumarssimo, o valor da causa fator determinante do proce-dimento da Reclamao Trabalhista e, portanto, indispensvel a esta pea processual.

    Termos em que,Pede deferimento.

    Local, dataAdvogado

    RECLAMATRIA TRABALHISTA RITO SUMARSSIMO

    Neste momento, oportuno relembrar uma caracterstica peculiar do rito sumarssimo: os pedidos devemser lquidos e certos. Assim, cada pedido do reclamante dever especificar qual o valor pleiteado referente adeterminada verba, sob pena de arquivamento da reclamatria trabalhista, de acordo com o artigo 852-B, CLT.

    A estrutura da reclamatria trabalhista no procedimento sumarssimo a mesma da reclamatria no proce-dimento ordinrio. No entanto, a pea do rito sumarssimo deve conter, no final de cada pedido formulado no mrito,o valor lquido e certo da verba postulada.

    iPEREIRA. Caio Mrio da Silva. Instituies de Direito Civil. v. 3. Rio de Janeiro: Forense, 1998. p. 201.

    iiBARROS. Alice Monteiro de.Curso de Direito do Trabalho. 5.ed. rev e ampl. So Paulo: Ltr, 2009. p. 383.