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Manipulação de Manipulação de Fitoterápicos Fitoterápicos

Aula Sobre Fitoterapia

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aula sobre fitoterapia

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Manipulação de Manipulação de FitoterápicosFitoterápicos

• Definir as principais formas farmacêuticas empregadas na fitoterapia;

• Estabelecer critérios para a correta prescrição e aviamento de receitas contendo drogas vegetais e suas formas extrativas.

• Avaliação da prescrição contendo fitoterápicos.

Objetivo

A utilização de plantas medicinais é tão antiga quanto a raça humana e a preparação de

medicamentos fitoterápicos sempre fez parte da prática

farmacêutica.

Introdução

Histórico:

• Desenvolvimento da Indústria farmoquímica (séc. XX) – preferência aos produtos sintéticos.

Introdução

Histórico

• 1ª Edição da Farmacopéia Americana - 1820– 420 drogas vegetais = 67%

• 22ª Edição da Farmacopéia Americana – 58 substâncias de origem vegetal = 2%

Interesse renovado recentemente: fitoterapia transformando-se

numa corrente na prática médica

Introdução

Conceitos populares equivocados• Mitos e usos equivocados baseados exclusivamente no

marketing e em práticas charlatanescas (e não baseados em estudos clínicos conclusivos).

“Fitoterápicos seriam mais seguros em relação aos medicamentos tradicionais”.

“O mito do natural que não faz mal”.

Mercado de Fitoterápicos

Nos EUA– 1998: venda total de fitoterápicos - U$ 3,87 bilhões– 2001: 4,2 bilhões– Anos 90: aumento de 45% nas vendas – 19% das pessoas que utilizam prescrições

tradicionais também utilizam produtos fitoterápicos. – 33% dos americanos adultos utilizaram suplementos

fitoterápicos em 1999 = 60 milhões de pessoas acima de 18 anos

Usos mais comuns: resfriados, cefaléia, queimaduras, alergias, tensão pré-menstrual e depressão leve

(Nutritional Business Journal, 2001; Krinsk et al., 2003).

Mercado de Fitoterápicos

• As plantas medicinais correspondem na atualidade a cerca de 25% do total das prescrições médicas de países industrializados

• Nos países em desenvolvimento a participação destas no arsenal terapêutico alcança 80%.

• Razões que justificam o interesse:– Escassez de novas descobertas pelos processos

tradicionais de síntese química– Mudança do perfil do consumidor: preferência por

produtos naturais– Custo menor: maior acesso ao medicamento

(Sharapin et al., 2000; Nutritional Business Journal, 2001; Krinsk et al., 2003).

Importância dos produtos naturais

• Responsáveis direta ou indiretamente por cerca de 25% dos fármacos empregados atualmente nos países industrializados, advêm direta ou indiretamente de produtos naturais, principalmente de plantas.

(Yunes & Calixto, 2001)

Importância dos produtos naturais

• Papaver somniferum codeína, papaverina, morfina.• Ephedra sinica efedrina.• Atropa belladona atropina. • Digitalis purpurea e D. lanata digoxina, digitoxina.• Cinchona calisaya quinina.• Salix alba ácido acetilsalicílico• Crocus sativus colchicina• Cordyceps sinensis ciclosporina• Taxus spp taxol• Camelia sinensis teofilina• Vinca spp vincristina

Espécies de destaque no mercado atual

Dez fitoterápicos são responsáveis por 60% do mercado total

– Ginkgo biloba (Ginkgo biloba)– Ginseng coreano (Panax ginseng)– Alho (Allium sativum)– Equinácea (Equinacea purpurea, Equinacea angustifolia)– Hidrastis (Hydrastis canadensis)– Erva de São João (Hypericum perforatum)– Extrato de Grape seed (Vitis vinifera)– Óleo de prímula (Oenothera biennis)– Cranberry (Vaccinium macrocarpon)– Valeriana (Valeriana officinalis)

Problemas envolvendo a manipulação de fitoterápicos

• Fitoterápicos : segmento promissor para farmácia magistral.• Na Farmácia Magistral se destacam espécies com

propriedades antioxidantes, antidepressivas, ansiolíticas, fitohormônios e antiobesidade.

• Ausência de estudos clínicos conclusivos para várias espécies utilizadas.

• Associações com fármacos sintéticos.• A carência de bibliografia nacional de referência torna crítica

a manipulação.• A ausência de especificações e padronização dificultam o

uso racional e eficaz.• O estabelecimento da dose adequada e eficiente é o

aspecto mais controverso da fitoterapia contemporânea.• Doses inadequadas: “subdoses”.

Bibliografias de Referência

• British Herbal Pharmacopoeia

• PDR for Herbal Products

• The Complete German Commission E Monographs

• American Herbal Pharmacopoeia

• Farmacopéia Brasileira

• Quality Control Methods for Medicine Plants Materials (OMS).

Disponíveis em várias formas farmacêuticas:– Líquidas– Semi-sólidas– Sólidas

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Tinturas

“Tinturas são preparações líquidas normalmente obtidas de substâncias de origem vegetal ou

animal”. (Formulário Nacional, 2005)

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Tinturas (Ph Eur): – 1 parte da droga e 10 partes do solvente de

extração (1:10) ou 1 parte da droga e 5 partes do solvente de extração (1:5).

– São normalmente límpidas.– Baseadas na ação solubilizante do álcool

etílico ou da glicerina sobre o pó seco da droga (planta).

– Graduação Alcoólica: entre 30 e 90º GL.

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Fluidos:

“Extratos fluidos são preparações líquidas nas quais, exceto quando especificado diferentemente, uma parte do extrato, em massa ou volume, corresponde a uma parte, em massa, da droga seca utilizada na sua preparação. Os extratos fluidos podem ser padronizados em termos de concentração do solvente, do teor dos constituintes ou do resíduo seco. Se necessário, podem ser adicionados de conservantes inibidores do crescimento microbiano” (Formulário Nacional, 2005).

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Fluidos: – Preparações extrativas líquidas e concentradas– Obtidos por lixiviação (percolação)– 1 mL do extrato corresponde a 1 g da droga

seca (1:1).– Apresentam-se como:

- Extratos líquidos- Límpidos ou opalescentes- Coloração escura- Graduação alcoólica em torno de 45ºGL

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Infusos:

“Os infusos são soluções aquosas extrativas obtidas do lançamento de água geralmente aquecida à ebulição sobre uma droga sólida (ex. droga vegetal rasurada), mantendo-se o sólido e o líquido, encerrados num recipiente fechado, em contato durante um certo tempo”. (Prista et al., 1990)

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Infusos: – Preparação utiliza água fervente para extração

dos princípios ativos da matéria vegetal, Temperatura ideal p/ drogas vegetais c/ ativos voláteis: 85 a 90ºC

– 2 - 15 minutos (10 Minutos)– Abafe o recipiente no preparo e no resfriamento– planta rasurada, das folhas, talos ou capítulos

florais. – Concentração usual: 2 a 10% p/v.

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Decoctos:

“São soluções extrativas obtidas fazendo atuar a água em ebulição, durante um certo tempo, sobre uma droga grosseiramente dividida”. (Prista et al., 1990)

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Decoctos: – Decocção: ato de ferver em água a droga

vegetal alcançando o ponto de ebulição da água (100ºC), cerca de 5 a 15 minutos.

– Eficiente para extração em partes mais duras das plantas (ex. casca, raízes).

– Concentração usual: de 2 a 10% p/v.

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Maceração a frio : – Cobrir a planta com água e deixar descansar

por 6-8 horas em temperatura ambiente.– Plantas mucilaginosas (ex. plantago,

sementes de linhaça).

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Digestão :

- Na digestão a droga permanece em contato com o líquido extrator em temperatura inferior ao seu ponto de ebulição, em geral, durante 30 minutos (Helou et al., 1975).

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Secos:

“São preparações sólidas obtidas pela evaporação do solvente utilizado na sua preparação. Apresentam, no mínimo, 95% de resíduo seco, calculados como percentagem de massa. Os extratos secos podem ser adicionados de materiais inertes adequados.”

(Formulário Nacional, 2005)

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Secos: – Pós higroscópicos.– Podem ser padronizados em função de toda

planta ou em relação a um ou mais princípios ativos marcadores.

– Facilita a manipulação e dosificação.– Utilizados no preparo de pós, cápsulas,

comprimidos, supositórios, preparações líquidas e semi-sólidos.

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Hidroglicólicos (Extratos Glicólicos)

“Contêm as frações aromáticas intactas (óleos essenciais) e hidrossolúveis (taninos, aminoácidos, etc)

de maneira perfeitamente assimilável. Contêm concentrações próximas a 50% do peso da planta fresca”. (Formulário Nacional, 2005).

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Hidroglicólicos (Extratos Glicólicos): – Glicóis = glicerina, propileno glicol.– Contêm as frações intactas de maneira

perfeitamente assimiláveis.– Solúveis em água e produzem solução

transparente ou ligeiramente turva

Extratos Moles:

“São preparações de consistência pastosa obtidas por evaporação parcial do solvente utilizado na sua preparação. São obtidos utilizando-se como solvente unicamente álcool etílico,água ou misturas álcool etílico/água de proporção adequada. Apresentam no mínimo 70% de resíduo seco (p/p)”.

(Formulário Nacional, 2005)

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Extratos Moles: – Extratos Semi-sólidos.– Podem conter conservantes.– Porcentagem de água - 12-25%– Formulações semi-sólidas de uso oral ou

tópico

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Pós (droga vegetal pulverizada): – Partes do vegetal seco pulverizada e tamisada.– Formas farmacêuticas empregadas: Cápsulas,

comprimidos, tinturas, extratos e etc.– Susceptível de contaminação microbiológica.– Conservação: frascos hermeticamente fechados e

de preferência de vidro.– Baixa biodisponibilidade.– Pobre propriedade de preenchimento de cápsulas.

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Cápsulas:

– Vantagens:• Mascaram possíveis sabores e texturas

desagradáveis

– Desvantagens:• Podem conter no máximo entre 300 a 600 mg da

planta pulverizada

Formas Farmacêuticas em Fitoterapia

Comprimidos:

– Adequado para mascarar sabores desagradáveis;– alternativa às formas que contêm álcool, tais como:

tinturas, extratos fluidos e elixires;– Formulações fixas com dosagens pré-determinadas;– Terapias com doses individualizadas;– Limitação de quantidade máxima da droga vegetal;– Desvantagem: algumas situações a ingestão de várias

unidades para se alcançar a dose terapêutica.

Definições importantes

Fitoterápicos

“Medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais”.

(RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004 da ANVISA)

Definições importantes

Droga vegetal “Planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta,

estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada”.

(RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004 da ANVISA)

Definições importantes

Princípio ativo

“Princípio ativo de medicamento fitoterápico é uma substância, ou classes químicas (ex: alcalóides, flavonóides, ácidos graxos, etc.), quimicamente caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento fitoterápico”.

(RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004 da ANVISA)

Definições importantes

Marcador de extratos padronizados “Componente ou classe de compostos químicos (ex: alcalóides,

flavonóides, ácidos graxos, etc.) presente na matéria-prima vegetal, idealmente o próprio princípio ativo, e preferencialmente que tenha correlação com o efeito terapêutico, que é utilizado como referência no controle de qualidade da matéria-prima vegetal e dos medicamentos fitoterápicos”. (RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004 da ANVISA)

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Ginkgo biloba– Sinonímia: Ginkgo– Nome Científico: Ginkgo biloba L.– Padronização e doses usuais:– Extrato seco (24% ginkgoflavonóides)): 40 - 80 mg 3x ao

dia.– Extrato seco 5:1: 0,5 a 1,5g/dia.– Pó: 600 a 900 mg, em 3 doses. – Extrato fluido (1:1): 0,5mL 3x ao dia.– Infusão a 10% (folhas secas): 3 xícaras ao dia.– Extrato glicólico: Preparações cosméticas 5 a 10%.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Ginseng– Sinonímia: Ginseng coreano, Ginseng asiático– Nome Científico: Panax ginseng C. A. Meyer – Padronização e dose usual:– Pó e raiz : 1 - 10 g/dia.– Extrato seco (4-5% de ginsenosídeos) : 100 - 600 mg/dia

(Krinsky et al., 2003; Alonso, J., 2004).– Extrato seco (10% ginsenosídeos): 50 a 100mg 1 a 3 x /dia.– Decocto: 2,5g em 100mL de água.– Tintura (1:5): 50 a 100 gotas, 1 ou 2x/dia.– Extrato glicólico: 2 –5% em preparações cosméticas.– Recomenda-se não fazer tratamentos com duração superior a 3

meses.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Tanaceto – Sinonímia: Feverfew, Migrafew®– Nome Científico: Tanacetum parthenium (L.) Schulz-Bip

– Padronização e dose usual:– Extrato seco (0,2% de Partenolídeos): prevenção da

enxaqueca: 100 a 250 mg/dia; antinflamatório e artrite reumatóide: 250 mg 2-3 x/dia (Krinsky et al., 2003; Alonso, 2004).

– Tintura (1:5): 2 a 5mL (Alonso, 2004).– Infusão (1 a 2%): 2 a 3 xícaras ao dia.

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Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Erva de São João– Sinonímia: Hipérico,St John´s Wort, Jarsin

Extract ® – Nome científico: Hypericum perforatum L.– Padronização e dose usual: – Extrato seco (0,2 a 0,3% de hipericina): 300mg do extrato seco em

cápsulas 3 vezes por dia (Krinsky, 2003).– Extrato seco (5:1): 0,3 a 1g/dia (Alonso, 2004).– Extrato fluido (1:1): 25-50 gotas, 2-3 vezes ao dia (Alonso, 2004)..– Tintura(1:5): 3- 4 colheres de chá/dia (Alonso, 2004).

– Infusão (1,5- 3%): 2 a 3 xícaras/dia (Alonso, 2004).

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

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Cava Cava – Sinonímia: Kava Kava, Kawa Kawa, Pimenta

embriagante, Opu. – Nome científico: Piper methysticum G. Forst – Padronização e dose usual:– Extrato seco (30% de cavalactonas): Para adultos, a

dose diária recomendada é de 100-250mg 1-3 vezes ao dia para ansiedade e para sedação, 250-500mg antes de dormir do extrato seco padronizado .

– Decocção (2-4% rizoma): 2-3 xícaras/dia.– Extrato fluido (1:1) 2- 4mL/dia divididos em várias

tomadas.

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Alho– Sinonímia: Alho hortense – Nome científico: Allium sativum L. – Padronização e dose usual:– 400mg extrato maturado (AGE) (equivalente a 1200mg de alho

fresco) , 2-3 vezes por dia.– 600mg extrato maturado padronizado para conter 1mg de S-alil-

cisteína, 1-3 vezes ao dia.– Pó: 1-3g/dia.– Extrato seco (5:1): 200 a 600mg/dia.– Extrato fluido: 50 a 100 gotas, 2-3x/dia.– Tintura (1:5): 45 gotas, 2-3 x/dia.– Óleo: 150-200mg de óleo de alho, 1-3 vezes ao dia.

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Prímula – Sinonímia: Evening primrose, onagre, onagra, rapunzia– Nome científico: Oenothera biennis, L. – Padronização e dose usual:– Óleo da semente de prímula contendo pelo menos 7-8% de ácido

gama-linolênico (ácido ômega 6) e pelo menos 60% de ácido cis-linoléico (Alonso, 2004).

– Cápsulas gelatinosas moles contendo o óleo: 5-8g por dia– Topicamente, 2-5% de óleo de prímula em emulsões e xampus.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

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Black Cohosh– Sinonímia: Black Snake roots, Rattleroot,

Bugwort, Cimicifuga– Nome científico: Cimicifuga racemosa L. Nutt. – Padronização e dose usual:– Extrato seco (2,5% de desoxiacteína): 20-40mg

do extrato seco em cápsulas, 2 vezes ao dia.– Decocção: 0,04g em 150 mL de água.– Extrato fluido (1:1): 0,4mL.– Tintura (1:10): 2-4mL/dia.

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Dong Quai– Sinonímia: Angélica – Nome científico: Angelica sinensis L. – Padronização e dose usual:– Extrato seco (1% de ligustilide): A dose diária

recomendada é de 200mg do extrato seco (1% de ligustilide), duas vezes ao dia.

– Extrato fluido (1:1): 5mL 3x/dia.

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Red Clover– Sinonímia: Trevo vermelho – Nome Científico: Trifolium pratense L. – Padronização e dose usual:– Extrato seco: 500mg/dia (equivalente a 40mg de

isoflavonas).– Extrato fluido (1:1): 30 a 60 gotas 2-3x/dia.

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Vitex Agnus-castus– Sinonímia: Chasteberry, Agno-casto, árvore-

da-castidade, alecrim-de-angola, pimenteira-silvestre.

– Nome científico: Vitex agnus-castus L – Padronização e dose usual: Extrato seco (0,5% de agnusídeo e 0,6% de

aucubina): 400mg/dia.

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Yam Mexicano– Sinonímia: Inhame selvagem – Nome científico: Dioscorea villosa L. – Padronização e dose usual:– Extrato seco (com 10% de diosgenina): 250

mg 1-3x/dia– Óvulo vaginal: dose equivalente a 3,7mg de

diosgenina.– Gel transdérmico : 3,7 mg de diosgenina por

aplicação.

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Yam Mexicano

Nota importante: O termo progesterona natural tem sido aplicado erroneamente a este fitoterápico, não correspondendo de fato à verdadeira intenção da prescrição médica. Prescrições referenciando progesterona natural devem ser aviadas com a progesterona micronizada.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Óleo de Linhaça– Sinonímia: Linho, Flaxseed – Nome científico: Linum usitatissimum L . – Parte utilizada: sementes, de onde se extrai

o óleo à frio em primeira prensagem – Padronização e dose usual: – O óleo de linhaça deve padronizado para

conter cerca cerca de 58% de ácido alfa linolênico (ômega 3) (Alonso, 2004).

– Cada dose varia entre 5-30ml por dia do óleo.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Garcínia– Sinonímia: Tamarindo malabar – Nome científico: Garcinia cambogia L.– Parte utilizada: frutos – Padronização e dose usual:– Extrato seco (50% de HCA): 500-1000mg, 3 vezes ao

dia, com o estômago vazio, meia-hora antes das refeições administrados na forma cápsulas (Krinsky, 2003).

– Extrato seco (5:1): 300 –500mg/cápsula, 1-2 cápsulas meia-hora antes das refeições (Alonso, 2004).

GarcíniaFarmacologia

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Gymnema

• Nome científico: Gymnema sylvestre (Retz) R.Br. ex Schult • Parte utilizada: folhas • Padronização e dose usual:• Extrato seco padronizado (25% de ácidos gimnêmicos) :250-500mg 1-3

vezes ao dia em cápsulas com o extrato seco padronizado (Krinsky et al., 2003).

• Infusão: 0,5 –2 g por xícara, administrando-se 2-3 xícaras/ dia (Alonso, 2004).

• Pó (obtido das folhas secas): 2-4g/dia, divididos em 2-3 tomadas (Alonso, 2004).

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Cáscara Sagrada-Sinonímia:cáscara amarga, cáscara – Nome científico: Rhamnus purshiana D.C. – Parte utilizada: tronco e talos da planta envelhecidos, quando fresca a

planta é toxica. – Padronização e dose usual:– Extrato seco (25-30% de heterosídeos hidroxiantracênicos):100mg em

cápsulas com o extrato seco padronizado, quando necessário (não ultrapassar 300mg por dia) (Krinsky et al., 2003).

– Extrato seco (5:1): 50 a 100mg/dia, 1 a 2x/dia (Alonso, 2004).– Extrato fluido (1:1): 25-50 gotas diárias (Alonso, 2004)..– Tintura (1:5): 1-10mL/dia como laxante e como purgativo 15-25mL/dia

(Alonso, 2004).– Pó: 250-750mg/dia como laxante e 1-2g/dia como purgativo (Alonso,

2004).Deve conter no mínimo 8% de heterosídeos hidroxiantracênicos (F.BRAS.IV).

– Decocção (2,5%) como laxante se emprega 50-100mL/dia. Como purgativo 200mL/dia (Alonso, 2004).

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Sene– Sinonímia: sene da índia, sene-de-Tinevelly – Nome científico: Cassia angustifolia Vahl. – Parte utilizada: folíolos – Padronização e dose usual: – Extrato seco padronizado: cada dose deve conter pelo menos de 15-

30mg de senosídeos por dose ao deitar (Krinsky et al. 2003):– Extrato seco (4:1): 0,5 –2g/dia (Alonso, 2004).– Pó(Mínimo de 2,5% de heterosídeos hidroxiantracênicos, calculados

em senosídeo B, mínimo de 4% de derivados hidroxiantracênicos ,calculados em senosídeo A ) (F.BRAS.IV) : 100 – 300mg administrados na forma de cápsulas 1-4x/dia (Alonso, 2004).

– Infusão: 1 a 2g de folhas por xícara, tomar 1 xícara ao deitar .– Extrato fluido (1:1) (1g= 45 gotas): como laxante 20 gotas ao dia;

purgativo 40 – 60 gotas divididos em 2-3 tomadas (Alonso, 2004). .

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Castanha da Índia– Sinonímia: Horse chestnut– Nome científico: Aesculus hippocastanum L. – Padronização e dose usual: – Extrato seco (20% de aescina): 250-300mg 1-2x/dia.– Extrato seco (5:1): 300-600mg/dia (Alonso, 2004).– Tintura (1:20): 50 a 100 gotas, 1 a 2x /dia.– Extrato fluido (1:1): 0,5 a 2mL/dia.– Gel a 2% de aescina: 1 a 2x/dia na área afetada.– Preparações cosméticas (xampus, loções, cremes): 1 a

3% do extrato glicólico.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Valeriana– Sinonímia: Erva dos gatos, valeriana-menor, valeriana-selvagem,

valerina-silvestre, erva-de-São-Jorge, valeriana oficinal. – Nome científico: Valeriana officinalis L. – Parte utilizada: raízes – Padronização e dose usual:– Extrato seco padronizado (0,8-1% de ácidos valeriânicos): 200mg de 1-

4 vezes ao dia em cápsulas .A dose sedativa é de 200-400mg antes de dormir.

– Extrato seco (5:1): 300-1200mg/dia divididos em 2 a 3 tomadas.– Tintura (5:1): 50 – 100 gotas, 1-3x ao dia.– Extrato fluido (1:1): 50-100gotas, 1-3x/dia.– Óleo essencial: 2-4 gotas, 1-3x/dia.– Infusão: 1-3g da raiz seca.– Maceração: 10-20g de raiz por litro de água. Deixar em contato por 12

horas em água fria.

Crataegus

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Crataegus – Sinonímia:Espinheiro-branco – Nome científico: Crataegus oxycanthoides L.;

Crataegus oxyacantha L . – Parte utilizada: folhas e flores – Padronização e dose usual: – Extrato seco (2% vitexina) :250 mg 1 – 3x/dia.– Extrato seco (5:1): 0,6 a 1,5g/dia.– Extrato fluido (1:1): 0,5 a 1mL 3x/dia.– Tintura (1:10): 1 a 2 mL, 3x ao dia.– Infusão (5%): 2 a 3 xícaras ao dia.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Saw Palmetto– Sinonímia: Palmito selvagem, sabal, serenoa. – Nome científico: Serenoa repens (Bartr.) Small.,

(Sabal serrulata, Roem. Y Schult). – Parte utilizada: frutos – Padronização e dose usual:– Extrato seco (80-90% de ácidos graxos e esteróis):

160mg 2x/dia.– Extrato seco (4:1): 400 mg 2x/dia.– Extrato fluido (1:1): 1-2mL 2x/dia.– Infusão (1 colher de sobremesa/ xícara): 2 xícaras /

dia.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Garra-do-diabo – Sinonímia: Harpagofito, Devil’s Claw – Nome científico: Harpagophytum procumbens D.C. – Parte utilizada: raízes secundárias– Padronização e dose usual: – Extrato seco (3-5% harpagosídeo): 100 - 200 mg 3x/dia.– Extrato seco (3:1): 2-3g divididos em 3 tomadas.– Tintura (1:5): 0,5 – 1mL, 3x/ dia.– Extrato fluido (1:1): 10-30 gotas 3x/dia.– Infusão (4,5 g da droga em 300mL de água fervente, deixar em contato

por 8hs): dividir o conteúdo em 3 porções e tomar durante o dia.– Decocção (3 colheres de sobremesa das raízes em 750mL, ferver

durante 3 minutos e macerar durante 10-15 horas): dividir o conteúdo em 3 tomadas diárias.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Equinácea – Sinonímia: Equinácea – Nome científico: Equinacea angustifolia (D.C.)

Hiller ; Equinacea purpurea (L.) Moench. – Padronização e dose usual: – Extrato seco (4% de acido chicórico ou

equinacosídeo) -250 mg 1 a 3x/dia (E. purpurea).– Tintura 1:5 ( E. angustifolia) 30-40 gotas 3x/dia .– Uso externo: pomada com 10% da tintura

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Guaraná – Sinonímia: Uaraná, guaraná-uva, guaranazeiro, cupana,

uaranazeiro. – Nome científico: Paullinia cupana Kunth . – Padronização e dose usual: – Infusão ou decocto (a 5%): tomar 50 – 200mL/dia.– Extrato seco (5:1): 100 – 600mg/dia.– Pó (mín. de 5% de cafeína, F.BRAS.IV): 0,5 a 2,0g/dia (não

ultrapassar a 3g diários).– Tintura (1:10): 50 a 100 gotas, 1 a 2x/dia.– Extrato fluido: 0,5 a 1,5g, divididos em 3 tomadas.– Xarope (contém 3% de extrato fluido): 3 colheres de sobremesa

diárias.

Espécies de Interesse na Farmácia Magistral

Huperzia- Sinonímia: Qian ceng ta- Nome científico: Huperzia serrata (Thunb.) Trev; Lycopodium serratum Thunb.- Parte utilizada: planta inteira (musgo).- Padronização e dose usual:- Extrato seco: padronizado no mínimo 1% de (-) - Huperzina A.- Extrato seco (1% de Huperzina A): 5 – 20 mg 2x ao dia.

Aspectos Farmacotécnicos

• Aditivação de Tinturas e Extrato Fluidos em Xaropes;

• Aditivação de Fitoterápicos em preparações semi-sólidas e cosméticos;

• Aditivação de fitoterápicos em supositórios e óvulos.

Aspectos Farmacotécnicos

• Manipulação de cápsulas (vantagens)– Versatilidade;– Conveniência (ex. mascaramento de

características organolépticas indesejáveis);– Cápsulas vegetais e incolores.

Aspectos Farmacotécnicos

• Manipulação de cápsulas:aspectos críticos– Encapsulação de Pós:

• Pobre propriedade de fluxo variação de peso.

• Baixa densidade aparente limitação da dose unitária.

• Baixa biodisponibilidade dose terapêutica elevada.

Aspectos Farmacotécnicos

• Manipulação de cápsulas:aspectos críticos– Encapsulação de Extratos secos padronizados:

• Dificuldade de interpretação de determinadas prescrições;

• Higroscopia.

Aspectos Farmacotécnicos

Correções: – Granulação de pós

Solução alcoólica de PVP-K30 PVP-K30(povidona) .............. 5%Álcool etílico 96ºGL qsp 100ml

Aspectos Farmacotécnicos

Correções: – Granulação de pós e extratos higroscópicos

Acetoftalato de celulose............... 7,5%Propilenoglicol..............................3,0 mLAcetona-Etanol (1:1) qsp 100 mL

Aspectos Farmacotécnicos

Correções: – Uso de excipientes com propriedades absorventes

Celulose microcristalina................................90 partesTalco farmacêutico..........................................3 partesÓxido de magnésio*........................................5 partesDióxido de silício coloidal (Aerosil 200®)......2 partes

Critérios para o emprego de extratos secos padronizados

• Padronização: em função do(s) ingrediente(s) ativo(s) marcador(es) titulável;

• Parâmetros– Especialidade de referência;– Estudos clínicos de referência;– Compêndios oficiais e literaturas de referência.

• Correta interpretação da prescrição.

Prescrição de fitoterápicos

• denominação botânica (nome científico) ;• forma extrativa desejada (infuso, decocto, pó, extrato seco, extrato fluido, tintura, etc); • percentual de padronização em termos de ativo marcador ou padronização em termos de planta total;• dose unitária;• número de doses unitárias;• forma farmacêutica desejada.

Como aviar esta prescrição?

Serenoa repens ext. seco...............................80mgPigeum africanum ext. seco........................50mgLicopeno..........................................................5mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60 cápsulas

Como aviar esta prescrição?

Isoflavonas.....................................................40mgBlack cohosh.................................................1mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60 cápsulas

Como aviar estas prescrições?

Ginkgo biloba............................................500mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60 cápsulas

Ginkgo biloba..........................................80mgExcipiente qsp 1cápsulaMande 60 cápsulas.

Como aviar estas prescrições?

Glicine max, extrato seco (40% de isoflavonas)..................100mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60 cápsulas

Ginkgo biloba extrato seco (24%ginkgoflavonóides)..............80mgExcipiente qsp 1cápsulaMande 60 cápsulas.

Ginkgo biloba (droga vegetal).........................................300mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60 cápsulas.

Como aviar estas prescrições?

Cimicifuga racemosa extrato seco(2,5% de desoxiacteína)........40mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 60cápsulas

Cavalactonas...............................................................30mgExcipiente qsp....................................................1 cápsulaMande 60 caps

Garcinea cambogia extrato seco (50% HCA)..................500mgExcipiente qsp 1 cápsulaMande 90 cápsulas

Como aviar estas prescrições?

Vaccinium myrtillus extrato seco (25% de antocianinas)...........80mgLuteína............................................................................................2mgLicopeno.........................................................................................5mgVitamina E......................................................................................100UIMande 60 cápsulas.

Como aviar estas prescrições?

RxHamamellis......................................................0,1gBase para supositório qsp 1 supositórioMande ......supositórios.

RxExtrato de Hamamellis......................................................3%Xampu qsp 200mL

Como aviar estas prescrições?

RxGinkgo biloba 40mg/mL. Mande 100mLTomar 1mL 2x ao dia diluído em 1 copo de suco de laranja.

Como aviar estas prescrições?

RxGinkgo biloba 40mg/mL

Ginkgo biloba extrato seco (24% de ginkgoflavonóides).................4gÁlcool etílico 96º GL............................................................................60mLÓleo essencial de limão.....................................................................0,3mLÓleo essencial de laranja...................................................................0,3mLSacarina sódica...................................................................................0,1gÁgua destilada qsp 100mL

Rotulagem

• Nome do paciente ;• Nome do prescritor; • Nome do farmacêutico responsável técnico; • Denominação botânica*; • Descrição da forma extrativa;• Marcador e seu teor percentual;• Quantidade da droga vegetal ou extrato por dose unitária; • Quantidade de doses unitárias dispensadas; • Posologia; • Data de manipulação; • Prazo de validade;• Informações da empresa, conforme legislação;*Não se deve nunca utilizar nomes comerciais.

Importância do uso da denominação botânica

• Quem é o Chá-de-bugre?

•  

• - Cordia salicifolia  (Porangaba);

• - Casearia sylvestris (Guaçatonga);

• - Hedyosmun brasiliense (Cidreira);

• - Echinodorus macrophyllus (Chapéu-de-couro).

Controle de qualidade

• Droga vegetal• Características organolépticas: odor, sabor, cor, etc.• Identificação: reações químicas de caracterização,

cromatografia em camada delgada;• Pureza: pesquisa de elementos estranhos e

constituintes indesejáveis, teor de cinzas, perda por dessecação, microorganismos aeróbios viáveis (totais), enterobactéricas e outras bactérias gram-negativas, Escherichia coli, Salmonella.

• Teor: doseamento

Controle de qualidade

• Tintura e extrato fluido• Características organolépticas: odor, sabor, cor,

etc.• Identificação: reações químicas de

caracterização, cromatografia em camada delgada;

• Pureza: perda por dessecação.• Teor: doseamento.

Controle de qualidade

• Extrato seco padronizado • Características organolépticas: odor, sabor, cor,

etc.• Identificação: reações químicas de caracterização,

cromatografia em camada delgada;• Pureza: pesquisa de elementos estranhos e

constituintes indesejáveis, perda por dessecação, microorganismos aeróbios viáveis (totais), enterobactéricas e outras bactérias gram-negativas, Escherichia coli, Salmonella.

• Teor: doseamento.

Controle de qualidade

• Especificação microbiológica p/ drogas vegetais – Microorganismos aeróbios viáveis (totais): <105 UFC /g.– Bolores e leveduras: < 103 UFC/g.– Coliformes totais: < 103 UFC/g.– Enterobactérias: ausência em 1g/mL.– Escherichia coli: ausência 1g/mL.– S. aureus e Pseudomonas: ausência 1g/mL.– Salmonella: ausência em 10g ou 10 mL.

(BHP,1996; WHO, 1998)

Tudo é artificial,

uma vez que a Natureza

é a arte de DEUS.

Th.Browne (1605-1682)