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Coaching para diplomacia Prof. André Bridi
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Introdução
O Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é um dos concursos que mais desperta aquele clássico misto de admiração e medo que faz muitas pessoas nem cogitarem tentá-lo. Se alguém se interessar um pouco mais, olha por cima algumas questões da prova de primeira fase (o TPS) ou algumas respostas no “Guia de Estudos” e aí é que desanima de vez, de tão surreal que parece o nível das respostas, com citações de cabeça, dados numéricos precisos, nível de inglês fora do comum, três páginas escritas sobre perguntas que parecem impossíveis de responder... No entanto, o que se vê nas respostas é apenas o produto final de um árduo processo de planejamento, preparação e imersão na lógica da prova e do Itamaraty. Quem for além dessa olhada inicial, que só inspira admiração e medo paralisantes, chegará à simples (e reconfortante) conclusão de que é uma prova feita por humanos e vencida por humanos com as histórias mais variadas. Para exemplificar, vou falar de meus colegas de turma do Instituto Rio Branco, omitindo apenas seus nomes. O Colega A mal saiu da faculdade e já passou. Estudou para o concurso durante a faculdade e conseguiu logo a aprovação. O Colega B fez a prova por vários anos, nunca passava no TPS, mas, quando passou, passou em tudo, e bem. O Colega C trabalhou por anos em uma multinacional, em um ramo totalmente fora de ciências humanas, resolveu fazer o concurso e passou com dois ou três anos de estudo. O Colega D bateu na trave duas vezes, quase passou em 2010 e 2011, só conseguindo em 2012. Bater na trave dá ânimo para tentar de novo, mas dói na alma. O ponto é: cada pessoa tem uma história no
concurso, não existe uma única história vencedora.
O Colega D sou eu, então aproveito para descrever minha trajetória no concurso. Me formei em fev/2009. Já em mar/2009, fiz o concurso pela primeira vez e, com um mês de estudo, passei no TPS (na época, passavam 300 no TPS). Nem imaginava que passaria, então a 2ª fase eu fiz estudando apenas naquele curto intervalo entre o resultado do TPS e a 2ª fase. Tirei 57 na 2ª fase, com um texto que, com o estudo posterior, vi que estava completamente fora do prumo (talvez a banca tenha se surpreendido com o
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meu texto anormal, viu que eu não tinha me preparado em cursinhos, mas tinha o coração no lugar certo, e resolveu não me desanimar). Esse pequeno sucesso me deu segurança de que eu deveria continuar tentando. Em 2010, fiz de novo, já tendo estudado um ano. Dessa vez, passei no TPS e passei em todas as fases. Na soma da 2ª e 3ª fases, estava em 96º e estava dentro (precisava ter ficado em 108º). Nos recursos à 3ª fase, não ganhei nada e caí para 103º. Ainda dentro. Aí a 4ª fase me tirou. Terminei em 116º e tinha que ter terminado em 108º para passar. Em 2011, fiz de novo, fui bem melhor, mas eram 26 vagas. Precisava ficar em 25º e terminei em 39º, depois de todas as fases. Aprendi com os erros de 2010 em relação aos recursos e à 4ª fase, que, neste ano, me ajudaram. Em 2012, deu certo. O gráfico mostra bem como foi minha “queda de braço” com o concurso, em que sempre melhorei cada vez que fazia uma fase novamente:
As primeiras lições que se pode extrair do meu exemplo e dos outros exemplos:
1ª FASE 2ª FASE 3ª FASE 4ª FASE
2009 226º 200º
2010 224º 60º 109º 119º
2011 137º 31º 61º 41º
2012 69º 6º 60º 22º
0º
50º
100º
150º
200º
250º
Cla
ssif
ica
ção
Colega D
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1. NINGUÉM passa sem estudar, ainda que muitas pessoas gostem de passar uma imagem de sucesso sem esforço; até o Colega A, que passou logo após a faculdade, estudou muito. 2. É possível passar estudando e trabalhando, como demonstra o Colega C – e vários outros. Mas é preciso redobrar a atenção com o planejamento e com o pragmatismo do estudo. 3. É preciso estudar para o TPS e para as demais fases simultaneamente. O sucesso pode vir antes de nós mesmos acharmos que ele virá (como ocorreu com o Colega D em 2009), e precisamos estar preparados para ele. 4. O sucesso ou o insucesso no TPS não é uma medida boa para averiguar se vale a pena continuar tentando. O TPS pode ser uma trava e as fases seguintes a pessoa pode tirar de letra, como foi o caso do Colega B. 5. O acaso existe. O candidato, à medida que estuda, aumenta o nível de controle sobre a prova e diminui o poder do acaso. Mas o acaso nunca desaparece, como mostra a história do Colega D. O que importa é sabermos que fizemos o máximo possível e girar a roleta mais uma vez. Durante minha longa e rica luta com o concurso, angariei vários conhecimentos sobre como a prova funciona, quais livros são mais úteis, quais professores são bons, como lidar com a pressão, como se organizar e como tirar forças para recomeçar. Espero compartilhar esse know how com os leitores no coaching para o CACD.
Proposta de curso
Um americano chegou à Universidade de Oxford e impressionou-se com a perfeição dos jardins da Universidade. Perguntou ao jardineiro: "Incrível esse gramado! Como vocês conseguiram tamanha perfeição em seus jardins?". O jardineiro respondeu: "É simples, basta molhar as plantas depois de o Sol cair, duas vezes por semana, e arejar a terra". O americano, incrédulo, continuou: "Mas isso nós fazemos também e não conseguimos ter o mesmo gramado". O jardineiro arrematou: "Garanto que é tudo o que fazemos: regar e afofar a terra. Só que fazemos isso há 400 anos".
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A moral da história é: para passar no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, não existe fórmula mágica rápida ou truque; existe esforço contínuo, a execução constante de tarefas que não são complexas individualmente, mas que precisam ser executadas com constância e paciência. A ideia deste coaching será, em três meses, estabelecer uma rotina que o candidato poderá replicar sozinho até que consiga a aprovação. Além dessa rotina, passarei materiais e resumos que acumulei ao longo dos meus anos de preparação e orientarei a respeito da aquisição de livros e da contratação de professores ou cursos cuja qualidade pude atestar pessoalmente. Já virou lugar comum a frase, mas é fato: aprender com os próprios erros é poético; aprender com os erros dos outros é muito mais prático.
O coaching tratará sobre o seu desenvolvimento em 4 trilhas simultâneas, a saber:
Cada semana do coaching delineará ações a serem executadas para promover desenvolvimento nas quatro trilhas. Cada dia de estudo será detalhado em Tarefas, e cada aluno terá uma modelagem de tarefas personalizada de acordo com o tempo de que dispõe para estudar e com as suas necessidades de conhecimento.
Trilha 1Idiomas
Português, Inglês,
Espanhol e Francês
Trilha 2Conteúdos
História do Brasil,
História Mundial,
Geografia, Política
Internacional, Direito e
Economia
Trilha 3Fator Slumdog
Millionaire ("Quem Quer Ser Um
Milionário?")
Como reconhecer ou se
expor a conhecimentos
provenientes de fontes
inusitadas e que acabam
sendo importantíssimos
no concurso
Trilha 4Lógica de prova
Como fazer o TPS, como
fazer as redações, como
fazer questões
discursivas
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Como vai acontecer o coaching na prática, em sete passos:
Tenho certeza de que será bastante útil para quaisquer candidatos que
queiram iniciar seus estudos, organizar os estudos que já tem feito para o CACD ou apenas extrair deste Colega D algo que lhes falte para o sucesso no concurso.
Passo 1
• Apresentação inicial por meio de conversa telefônica para marcarmos a conversa
mais longa sobre o perfil do aluno
Passo 2
• Conversa de 30 a 60 minutos sobre o perfil do aluno, sua formação, facilidades e
dificuldades e restrições de tempo
Passo 3• Orientações iniciais sobre aquisições de livros e leituras de longo prazo
Passo 4
• Orientações iniciais sobre cursos e professores, em função das restrições de tempo e
orçamento do aluno
Passo 5
• Texto introdutório sobre as Trilhas e envio do planejamento da Semana e materiais
que possam ajudar
Passo 6• Ao fim de cada dia, o aluno enviará resumo bem objetivo do que fez
Passo 7• Avaliação semanal por telefone e envio do planejamento da semana seguinte