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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO Língua Portuguesa 2 a série do Ensino Médio Turma _________________ 2 o semestre de 2014 Data _____ / _____ / _____ Escola __________________________________________________ Aluno __________________________________________________ 06 Leia o texto e responda às questões 01 e 02. Disponível em: <http://preveniresaude.org.br/wp-content/uploads/2012/05/cartaz_festa_junina1.pdf>. Acesso em: 08 de janeiro de 2014. (adaptado)

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DA EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO

Língua Portuguesa 2a série do Ensino Médio Turma _________________

2o semestre de 2014 Data _____ / _____ / _____

Escola __________________________________________________

Aluno __________________________________________________

06

Leia o texto e responda às questões 01 e 02.

Disponível em: <http://preveniresaude.org.br/wp-content/uploads/2012/05/cartaz_festa_junina1.pdf>. Acesso em: 08 de janeiro de 2014. (adaptado)

2 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

Questão 01No texto lido, a função da linguagem predominante é a

(A) metalinguística, centrada no código, que é utilizado para explicar a si mesmo.

(B) fática, centrada no contato, estabelece aproximação com o interlocutor.

(C) poética, centrada na mensagem, desperta o prazer estético pela forma como ela é construída.

(D) conativa ou apelativa, centrada no receptor da mensagem, visa a conven-cer o interlocutor.

Questão 02O slogan da campanha “São João Queimadura não”, associado às imagens do cartaz revelam a intenção do autor de

(A) convencer o leitor a não participar de festas juninas.

(B) aconselhar a não soltar balões ou fogos de artifício.

(C) prevenir queimaduras na festa de São João.

(D) lembrar que São João é diversão para todos.

3Avaliação da Aprendizagem em Processo • Comentários e Recomendações Pedagógicas – 2a série do Ensino Médio

Leia o texto e responda à questão 03.

É ELA! É ELA! É ELA! É ELA!

É ela! É ela – murmurei tremendo, E o eco ao longe murmurou – é ela! Eu a vi – minha fada aérea e pura – A minha lavadeira na janela!

Dessas águas-furtadas1 onde eu moro Eu a vejo estendendo no telhado Os vestidos de chita, as saias brancas; Eu a vejo e suspiro enamorado!

Esta noite eu ousei mais atrevido Nas telhas que estalavam nos meus passos Ir espiar seu venturoso sono, Vê-la mais bela de Morfeu2 nos braços!

Como dormia! Que profundo sonoTinha na mão o ferro engomado... Como roncava maviosa3 e pura!... Quase caí na rua desmaiado! [...]

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: ____. Obra completa: volume único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000, pp. 237-238.

Questão 03Álvares de Azevedo (1831-1852), poeta, escritor e contista da segunda geração romântica brasileira, apresenta, no excerto do poema “É ela!”, uma visão cômi-ca e bem humorada da mulher amada. Essa comicidade decorre do uso de um recurso expressivo denominado

(A) metáfora.

(B) personificação.

(C) prosopopeia.

(D) ironia.

1 Água-furtada – S.f. Espécie de sótão em que as janelas abrem sobre o telhado, interrompendo-lhe ou modificando-lhe as águas; desvão. (FERREIRA, Aurélio Buarque. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s/d, p. 54).

2 Morfeu – Deus dos sonhos, filho do Sono e da Noite. 3 Maviosa – Adj. Afável, afetuoso, terno. (FERREIRA, Aurélio Buarque. Novo Dicionário da Língua

Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s/d, p. 901).

4 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

Leia o texto e responda à questão 04.

Os macacos vão à Justiça

Por Anna Carolina Rodrigues

Quatro chimpanzés entram com processo judicial exigindo liberdade – e a conces-são de direitos humanos aos animais

Tommy, Kiko, Hercules e Leo foram à Justiça dos EUA com um pedido de ha-beas corpus. Seria apenas mais um caso de rotina, a não ser por um fato: eles são chimpanzés. Os quatro estão sendo representados pela ONG americana Nonhumans Rights Project (projeto pelos direitos não humanos), que

entrou com processos em nome dos macacos. Os bichos vivem em situações precárias – Tommy e Kiko são mantidos presos como animais de estimação, e Hercules e Leo são cobaias em uma universidade. Segundo a ONG, isso é o suficiente para considerá-los vítimas de escravidão, que é crime. “Pedimos à corte que reconheça que Tommy não é um objeto, mas uma pessoa, com direito legal de não ser aprisionado”, diz um dos processos, que traz estudos científicos alegando que os chimpanzés têm capacidade mental semelhante à de uma criança humana. O pedido foi negado em primeira instância, mas a ONG está recorrendo. Se ganharem na Justiça, os quatro macacos serão envia-dos para uma reserva ambiental, onde poderão viver soltos.

O processo tenta aproveitar uma recente onda de mudanças na questão dos direitos dos animais no país. Recentemente, o presidente Barack Obama apro-vou uma lei libertando 310 chimpanzés pertencentes ao governo, que eram utilizados em experiências biomédicas e agora serão transferidos para santu-ários ecológicos. Mas a soltura não é total: 50 chimpanzés continuarão sendo mantidos presos para uso em estudos.

RODRIGUES. Anna Carolina. Os macacos vão à Justiça. Superinteressante. São Paulo: Abril. ed. 329, ano 27, n. 2, p. 18, fev. 2014.

Questão 04Uma opinião sobre o fato “Os bichos vivem em situações precárias – Tommy e Kiko são mantidos presos como animais de estimação, e Hercules e Leo são cobaias em uma universidade.” está expressa em

(A) “O pedido foi negado em primeira instância, mas a ONG está recorrendo.

(B) “[...] isso é o suficiente para considerá-los vítimas de escravidão, que é crime.”

(C) “Tommy, Kiko, Hercules e Leo foram à Justiça dos EUA com um pedido de habeas corpus.”

(D) “[...] 50 chimpanzés continuarão sendo mantidos presos para uso em estudos.”

5Avaliação da Aprendizagem em Processo • Comentários e Recomendações Pedagógicas – 2a série do Ensino Médio

Leia o texto e responda à questão 05.

Tóquio vê em Olimpíada chance de recuperar papel tecnológico

Por Hiroko Tabuchi

TÓQUIO – Desde o momento em que Tóquio venceu, em setembro, a acirrada dis-puta para sediar a Olimpíada de 2020, os moradores vêm lançando ideias – algu-mas bastante improváveis, outras tentadoramente imagináveis – do que a cidade vai oferecer aos mais de 10 milhões de espectadores esperados para os Jogos.

Carros que andam sozinhos poderão transportar passageiros importantes pelo trânsito engarrafado da capital. Pessoas idosas poderiam usar trajes biônicos para se locomoverem. Os serviços de tradução da próxima geração, difundidos em tecnologia de uso cotidiano, vão ajudar moradores a se comunicarem com visitantes estrangeiros.

Mas há também preocupações. Tóquio, com 13 milhões de pessoas, é uma das cidades do mundo mais propensas a desastres – terremotos, tufões, tsunamis e temporais. Especialistas se preocupam com os efeitos que a mudança dos padrões climáticos terá na área da baía de Tóquio, onde boa parte das novas estruturas olímpicas será construída.

“Não existe no mundo nenhuma cidade como Tóquio”, disse Hiroyuki Hayashi, por-ta-voz da iniciativa governamental chamada “Cidade do Futuro”, que explora cami-nhos para a urbanização. “Ela lidera tanto em possibilidades como em desafios.”

Tóquio se imagina como uma cidade do futuro. [...]

TABUHI, Hiroko. The New York Times International Weekly. Dinheiro & negócios. Folha de S. Paulo. Terça-feira, 10 de dezembro de 2013. p. 4

Questão 05Em “Não existe no mundo nenhuma cidade como Tóquio”, disse Hiroyuki Hayashi, porta-voz da iniciativa governamental chamada “Cidade do Futuro”, que explora caminhos para a urbanização”, há o emprego das aspas com o objetivo de introduzir o discurso

(A) direto e indicar o nome do porta-voz da iniciativa governamental.

(B) indireto e destacar a importância do projeto governamental.

(C) direto e realçar o nome de um projeto governamental.

(D) indireto livre e justificar o nome de um projeto governamental.

6 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

Leia o texto e responda à questão 06.

Em “O Gramático”, conhecemos a história de Dr. Praxedes, homem que respi-rava a gramática portuguesa. Ninguém falava perto dele sem que ele exami-nasse a frase e fizesse a pessoa analisá-la corretamente. Um dia, ao passar pela rua, foi chamado pelo dono do jornal da cidade para escrever uma nota sobre o falecimento de Victor Hugo já que ele, o jornalista, não conseguia expressar nenhuma palavra que valesse. O ego de Dr. Praxedes foi às alturas!

Disponível em: <http://www.superdownloads.com.br/download/178/gramatico-artur-azevedo>. Aces-so em: 03 de janeiro de 2014.

Questão 06Em “Ninguém falava perto dele sem que ele examinasse a frase e fizesse a pes-soa analisá-la corretamente”, a palavra sublinhada refere-se

(A) ao Dr. Praxedes.

(B) ao dono do jornal.

(C) a Victor Hugo.

(D) ao jornalista.

Leia o texto e responda à questão 07.

Lagarta faz MT pedir emergência fitossanitária

Muito se falou de risco sanitário no país nos últimos anos, mas o risco vegetal está assumindo proporções ainda maiores do que o animal.

Em vista do avanço da lagarta Helicoverpa armigera, Mato Grosso também quer, a exemplo do oeste da Bahia, ser declarado em estado de emergência fitossanitária devido ao inseto.

“A soja já nasce com Helicoverpa, e algumas soluções recomendadas, como coquetéis mirabolantes, acabam trazendo desequilíbrios para o bolso do pro-dutor e para o ambiente”, diz Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (associação dos produtores).

Para ele, o manejo da cultura poderá diminuir os perigos da lagarta, principal-mente com aplicações precoces.

A ação do produtor, no entanto, poderá ser prejudicada por fatores climáticos, que impedem uma intervenção a tempo contra uma lagarta de ciclo de vida de 11 a 12 dias.

7Avaliação da Aprendizagem em Processo • Comentários e Recomendações Pedagógicas – 2a série do Ensino Médio

[...]

A exemplo do que vai ocorrer na Bahia, os produtores de Mato Grosso querem liberada a utilização do benzoato de emamectina, principal produto indicado para o combate à lagarta em casos de necessidade emergencial.

Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência no oeste da Bahia, devido à lagarta. O prazo de vigência da declaração será de um ano, e o governo baiano tem autoridade para delimitar a área de atuação no período emergencial e adotar ação de controle. [...]

ZAFALON, Mauro. Vaivém das commodities. Mercado, B7. Folha de S. Paulo. Quarta-feira, 06 de novem-bro de 2013.

Questão 07 No texto de Zafalon, o assunto principal é:

(A) A Bahia quer a liberação do benzoato de emamectina para combater a lagarta Helicoverpa armigera.

(B) O aumento do risco sanitário animal que está assumindo proporções ain-da maiores do que o vegetal.

(C) O MT reivindica ser declarado em estado de emergência fitossanitária, de-vido à presença da lagarta.

(D) O uso de coquetéis mirabolantes que trazem desequilíbrios para o bolso do produtor e para o ambiente.

Leia o texto e responda à questão 08.

Por uma globalização mais humana

Por Milton Santos

A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de in-tercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos 17 e 18, expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria, nos fins do século 19, e, agora, ad-quire mais intensidade, mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro tor-na-se envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira, cultural.

Vivemos um novo período na história da humanidade. A base dessa verda-deira revolução é o progresso técnico, obtido em razão do desenvolvimento científico e baseado na importância obtida pela tecnologia, a chamada ciência da produção.

8 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

Todo o planeta é praticamente coberto por um único sistema técnico, tornado indispensável à produção e ao intercâmbio e fundamento do consumo, em suas novas formas.

Graças às novas técnicas, a informação pode se difundir instantaneamente por todo o planeta, e o conhecimento do que se passa em um lugar é possível em todos os pontos da Terra.

A produção globalizada e a informação globalizada permitem a emergência de um lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica.

Tudo isso é movido por uma concorrência superlativa entre os principais agen-tes econômicos – a competitividade. Num mundo assim transformado, todos os lugares tendem a tornar-se globais, e o que acontece em qualquer ponto do ecúmeno (parte habitada da Terra) tem relação com o acontece em todos os demais.

Daí a ilusão de vivermos num mundo sem fronteiras, uma aldeia global. Na re-alidade, as relações chamadas globais são reservadas a um pequeno número de agentes, os grandes bancos e empresas transnacionais, alguns Estados, as grandes organizações internacionais.

Infelizmente, o estágio atual da globalização está produzindo ainda mais de-sigualdades. E, ao contrário do que se esperava, crescem o desemprego, a po-breza, a fome, a insegurança do cotidiano, num mundo que se fragmenta e onde se ampliam as fraturas sociais.

A droga, com sua enorme difusão, constitui um dos grandes flagelos desta época.

O mundo parece, agora, girar sem destino. É a chamada globalização perversa. Ela está sendo tanto mais perversa porque as enormes possibilidades ofereci-das pelas conquistas científicas e técnicas não estão sendo adequadamente usadas.

Não cabe, todavia, perder a esperança, porque os progressos técnicos obtidos neste fim de século 20, se usados de uma outra maneira, bastariam para pro-duzir muito mais alimentos do que a população atual necessita e, aplicados à medicina, reduziriam drasticamente as doenças e a mortalidade.

Um mundo solidário produzirá muitos empregos, ampliando um intercâmbio pacífico entre os povos e eliminando a belicosidade do processo competitivo, que todos os dias reduz a mão-de-obra. É possível pensar na realização de um mundo de bem-estar, onde os homens serão mais felizes, um outro tipo de globalização.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u351805.shtml>. Acesso em: 24 de janeiro de 2014.

9Avaliação da Aprendizagem em Processo • Comentários e Recomendações Pedagógicas – 2a série do Ensino Médio

VOCABULÁRIO4

Belicosidade. S. f. Qualidade de belicoso.Belicoso. Adj. 1. Que tem ânimo aguerrido; guerreiro. 2. Habituoso à guerra. 3. Que incita à guerra.Internacionalização. S. f. Ato ou efeito de internacionalizar (se). Internacionalizar. V. t. d. e p. Tornar (-se) internacional.

Questão 08O trecho “[...] as enormes possibilidades oferecidas pelas conquistas científicas e técnicas não estão sendo adequadamente usadas. [...]” (10º parágrafo) é um dos argumentos utilizados pelo autor para sustentar a tese de que

(A) a droga, um dos grandes flagelos mundiais, é pouco difundida.

(B) a globalização produz crescimento desenfreado de empregos.

(C) o mundo em que vivemos é, para toda a humanidade, uma aldeia global.

(D) a globalização perversa pode ser superada pela globalização solidária.

4 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 4. ed. Curitiba: Positivo, 2009.

10 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

Leia a poesia e responda à questão 09.

Perplexidades

Ferreira Gullar

a parte mais efêmera

de mim

é esta consciência de que existo

e todo o existir consiste nisto

é estranho!

e o mais estranho

ainda

me é sabê-lo

e saber

que esta consciência dura menos

que um fio de meu cabelo

e mais estranho ainda

que sabê-lo

é que

enquanto dura me é dado

o infinito universo constelado

de quatrilhões e quatrilhões de estrelas

sendo que umas poucas delas

posso vê-las

fulgindo5 no presente do passado

GULLAR, Ferreira. Em parte alguma. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.40.

Questão 09No poema, o eu lírico, ao tomar consciência da efemeridade da existência, con-fessa-se perplexo diante de suas contradições. Para exprimir esse sentimento, o poeta utiliza uma figura de linguagem, a antítese, que está presente no verso:

(A) “fulgindo no presente do passado”.

(B) “é esta consciência de que existo”.

5 Fulgindo – V. int. Ter fulgor; brilhar resplandecer. (FERREIRA, Aurélio Buarque. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s/d, p. 660).

11Avaliação da Aprendizagem em Processo • Comentários e Recomendações Pedagógicas – 2a série do Ensino Médio

(C) “e todo o existir consiste nisto”.

(D) “a parte mais efêmera de mim”.

Leia o fragmento da crônica e responda à questão 10.

As aventuras de um ciclista urbano

Sensível ao apelo do governo para economizar gasolina e, no íntimo, coagido pela insuficiência da verba para combustível (nessa altura do orçamento já ple-namente comprometida), não lhe restou outro recurso senão adotar a bicicleta.

Chamou a mulher de lado, confidenciou: - Prepara minha sunga esportiva; amanhã vou trabalhar de selim6 e guidão.

Estava um pouco destreinado. Faltava-lhe o equilíbrio dos velhos tempos e, para evitar o fiasco diante dos vizinhos, saiu de casa às 5 da matina.

Cruzou com o leiteiro. Quis fingir que não viu, mas sem resultado:

- Força, doutor. No começo a gente padece mesmo. No fim é moleza. [...]

DIAFÉRIA, Lourenço. As aventuras de um ciclista urbano. In: Para gostar de ler. vol 7, São Paulo: Ática, 1995.

Questão 10No texto há termos e expressões pertencentes à variedade informal da lingua-gem; uma delas é:

(A) “de selim e guidão”.

(B) “no fim é moleza”.

(C) “para evitar o fiasco”.

(D) “insuficiência da verba”.

6 Selim = S. m. pequeno assento de couro provido de molas, em que se senta o ciclista ou motorista.

12 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 2a série do Ensino Médio

FOLHA DE RESPOSTAS DO ALUNO

QUESTÕES A B C D

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10