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AVALIAÇÃO DE RISCOS- TEXTO

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MTODOLOGIA DE AVALIAO DE RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO

Higiene e Segurana do Trabalho

VALORAO DO RISCO MTODO DE AVALIAO DE RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO

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MTODOLOGIA DE AVALIAO DE RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO

Data: 22/10/2008 Verso: 01

Valorao dos Riscos O processo de valorao dos riscos tem uma relao estreita com a necessidade de estabelecer prioridades para os processos de deciso/aco, em funo dos nveis de perigo ou de risco encontrados. Esta valorao consiste em comparar o valor obtido da anlise do risco com um valor padro de risco aceitvel. Consequentemente hierarquiza-se de modo racional a prioridade de eliminao ou correco dos riscos. Para se obter um valor padro de risco aceitvel deduziu-se um mtodo semi-quantitativo com base no mtodo de MARAT (Mtodo de Avaliao de Riscos de Acidentes de Trabalho). Os conceitos chave do mtodo que se apresenta- Mtodo de Avaliao de Riscos nos Locais de Trabalho, so os seguintes: A probalidade de que determinados factores de risco (perigos) se materializem em danos; A severidade dos danos (tambm designado por consequncias); Extenso do risco profissional, ou seja, a populao exposta ao risco profissional. O risco , em termos gerais, o resultado do produto de trs factores: a probabilidade, a severidade e a extenso do risco profissional. Por sua vez, a probabilidade traduz a medida de desencadeamento do acontecimento inicial. Integra em si a durao da exposio das pessoas ao perigo e as medidas preventivas existentes. Assim sendo, podemos afirmar que a probabilidade funo do nvel de exposio e do conjunto de deficincias (que o oposto das medidas preventivas existentes para os factores em anlise) que contribuem para o desencadear de um determinado acontecimento no desejvel. No desenvolvimento do mtodo no se utilizam valores absolutos mas antes intervalos discretos pelo que se utiliza o conceito de nvel Convm ainda referir que a informao resultante deste mtodo apenas orientativa.

DSHS

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Nvel de deficincia (ND) Designa-se por nvel de deficincia (ND), ou nvel de ausncia de medidas preventivas, a magnitude esperada entre o conjunto de factores de risco considerados e a sua relao causal directa com a ocorrncia de um acontecimento no desejvel. A tabela que se segue enquadra-nos a avaliao num determinado nvel de deficincia. Tabela 1- Nvel de deficincia Nvel de Deficincia Aceitvel (A) Insuficiente (I) Deficiente (D) Muito Deficiente (MD) Deficincia Total (DT) Nvel de Exposio (NE) O nvel de exposio uma medida que traduz a frequncia com que se est exposto ao risco. Para um risco concreto, o nvel de exposio pode ser estimado em funo dos tempos de permanncia nas reas de trabalho , operaes com a mquina, procedimentos, ambientes de trabalho, etc. A tabela que se segue enquadra-nos a avaliao num determinado nvel de exposio. ND 1 2 Significado No foram detectadas anomalias. O perigo est controlado. Foram detectados factores de risco de menor importncia. de admitir que o dano possa ocorrer algumas vezes Foram detectados alguns factores de risco significativos. O conjunto de medidas preventivas existentes tem a sua eficcia reduzida de forma significativa. Foram detectados factores de risco significativos. As medidas 10 preventivas existentes so ineficazes. O dano ocorrer na maior parte das circunstncias. Medidas preventivas inexistentes ou desadequadas. So esperados danos na maior parte das situaes.

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Tabela 2- Nvel de exposio Nvel de Exposio Espordica Pouco frequente OcasionalDSHS

NE 1 2 3

Significado Uma vez por ano ou menos e por pouco tempo (minutos) Algumas vezes por ano e por perodo de tempo determinado Algumas vezes por ms3

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Frequente Continuada Rotina Nvel de Probabilidade (NP)

4 5

Vrias vezes durante o perodo laboral, ainda que com tempos curtos- vrias vezes por semana ou dirio Vrias vezes por dia com tempo prolongado continuamente ou

O nvel de probabilidade funo das medidas preventivas existentes e do nvel de exposio ao risco. Pode ser expresso num produto de ambos os termos apresentado na tabela abaixo. Tabela 3- Nvel de probabilidade Nvel de Exposio Pouco frequente Espordica Frequente 4 4 8 24 40 56 Ocasional Continua 5 5 10 30 50 70

Nvel Deficincia

Aceitvel Insuficiente Deficiente Muito Deficiente Deficincia Total

1 2 6 10 14

1 1 2 6 10 14

2 2 4 12 20 28

3 3 6 18 30 42

Tabela 4- Significados dos nveis de probabilidade Nvel de Probabilidade Muito Baixa Baixa Mdia AltaDSHS

NP [1;3] [4;6] [8;20] [24;30]

Significado No de esperar que a situao perigosa se materialize, ainda que possa ser concebida A materializao da situao perigosa pode ocorrer A materializao da situao perigosa possvel de ocorrer pelo menos uma vez com danos A materializao da situao perigosa pode ocorrer vrias vezes durante o perodo de trabalho4

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Muito Alta

[40;70]

Normalmente a materializao da situao perigosa ocorre com frequncia

Nvel de Severidade (NS) Foram considerados cinco nveis de consequncias em que se categorizam os danos fsicos causados s pessoas H que ter em conta que, quando nos referimos s consequncias da ocorrncia de um acontecimento no desejvel, apenas se consideram os que forem normalmente esperados em caso de materializao do risco. O nvel de severidade do dano refere-se ao dano mais grave que razovel esperar de um incidente envolvendo o perigo avaliado. Tabela 5- Significados dos nveis de severidade Nvel de Severidade Insignificante Leve Moderado Grave Mortal ou catastrfico NS 5 25 50 90 155 Significado Danos Pessoais No h danos pessoais Pequenas leses que no requerem hospitalizao. Apenas primeiros socorros Leses com incapacidade laboral transitria. Requer tratamento mdico Leses graves que podem ser irreparveis Um morto ou mais. Incapacidade total ou permanente

Nvel de pessoas afectadas (NPA) O nvel de pessoas afectadas traduz o nmero de trabalhadores expostos a cada risco profissional. A tabela que se segue apresenta a avaliao num determinado nvel de pessoas afectadas. Tabela 6- Nvel de pessoas afectadas NPA 0,5 1 1,5 3 4 Nvel de Pessoas Afectadas 1a3 4 a 10 11 a 30 31 a 50 Mais de 51

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O produto dos dois nveis referidos anteriormente, nvel de Severidade (NS) e nvel de Pessoas Afectadas (NPA) resulta em: Tabela 7Nvel de Pessoas Afectadas Mais de 51 4 20 100 200 360 620 11 a 30 1,5 7,5 37,5 75 135 232,5 31 a 50 3 15 75 150 270 465 4 a 10 1 5 25 50 90 155 1a3 Nvel de Severidade Insignificante Leve Moderado Grave Mortal ou catastrfico 5 25 50 90 155 0,5 2,5 12,5 25 45 77,5 Nvel de Risco (NR) O nvel de risco ser o resultado do produto dos quatro nveis referidos anteriormente: NR = ND NE NS NPA A escala de graduao do risco profissional foi elaborada tendo em conta as escalas de hierarquizao do nvel de deficincia (ND), nvel de exposio (NE), nvel de severidade (NS) e nvel de pessoas afectadas (NP) Por forma a determinar cinco categorias de graduao que abrangessem todos os valores possveis do nvel de risco (NR), desde o valor mnimo (1 1 10 1) = 10 at ao valor mximo (14 5 155 9) = 43 400 procedeu-se elaborao de uma tabela que representasse a multiplicao dos dois produtos apresentados anteriormente (tabela 8).

Tabela 8- Nvel de risco ND NEDSHS 6

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2,5 a 12,5 15 a 37,5 45 a 100 135 a 200 232,5 a 620

1a3 2,5 7,5 12,5 37,5 15 45 37,5 112,5 45 135 100 300 135 405 200 600 232,5 697,5 620 1860

4a6 10 15 50 75 60 90 150 225 180 270 400 600 540 810 800 1200 930 1395 2480 3720

8 a 20 20 50 100 250 120 300 300 750 360 900 800 2000 1080 2700 1600 4000 1860 4650 4960 12400

24 a 30 60 75 300 375 360 450 900 1125 1080 1350 2400 3000 3240 4050 4800 6000 5580 6975 14880 18600

40 a 70 100 175 500 875 600 1050 1500 2625 1800 3150 4000 7000 5400 9450 8000 14000 9300 16275 24800 43400

NS NPA

CONTROLO DOS RISCOS Da anlise da matriz de nveis de risco caracterizam-se diferentes nveis de interveno ou de controlo (NC).

Nvel de Controlo (NC) O nvel de controlo pretende dar uma orientao para implementar programas de eliminao ou reduo de riscos atendendo avaliao do custo-eficcia. Tabela 9- Nvel de controlo Risco Intolervel NR 4 650 a 43 400 Significado No se deve iniciar ou continuar o trabalho enquanto no seja reduzido o risco. Se no for possvel reduzir o risco o trabalho no deve ser permitido. No se deve iniciar o trabalho sem adoptar alguma medida parcial ou provisria (temporria) que faa reduzir o risco quando sejam Alto 2 400 a 4 050 necessrios recursos considerveis para controlar o risco. Quando o risco corresponde a um trabalho que se est a realizar, deve-se remediar o problema ao mais curto espao de tempo. Devem ser feitos esforos para reduzir o risco, determinando as Mdio 450 a 2 000 alteraes ou medidas de gesto necessrias. As medidas para reduzir o risco devem ser implementadas num perodo razoavelmente curto de tempo. No necessrio melhorar as aces de preveno, pelo menos7

BaixoDSHS

60 a 405

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at se terem tratado primeiro os riscos de nvel superior. Contudo requerem-se comprovaes peridicas para assegurar que se mantm as medidas de preveno e controlo que possibilitam Tolervel 2,5 a 50 esta avaliao. No requerida qualquer aco

Pelo facto de os intervalos apresentados anteriormente no abrangerem todos os valores possveis do nvel de risco (NR) englobou-se os excludos na categoria imediatamente acima dado que sempre recomendvel que se considere a pior das hipteses. As cinco categorias de graduao so as indicadas na tabela 10:

Tabela 10- Nvel de controlo Risco Intolervel Alto Mdio Baixo Tolervel NR 4 200 a 43 400 2 100 a 4 050 420 a 2 000 60 a 405 2,5 a 50

A avaliao de riscos deve ser revista sempre que se introduza no local de trabalho uma alterao susceptvel de ter efeitos sobre a percepo de risco como, por exemplo, novos equipamentos ou materiais, mudanas na organizao do trabalho, novas situaes de trabalho, incluindo novas divises ou mesmo novas instalaes.

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ANEXOS A- Valorizao dos Riscos

Nmero 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 DSHS 19 20

ND

NE

Valorao dos riscos NP NS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0

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B- Ficha de Hierarquizao de Acompanhamento do Relatrio

DSHST

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