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SÔNIA MARIA AMARAL GURGEL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA: AVALIAÇÃO DO COORDENADOR MUNICIPAL DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS 2009

Avaliação do coordenador municipal das equipes da ... · Prof. Geraldo Cunha Cury - orientador - UFMG Prof. Geraldo Luiz Moreira Guedes - UFMG Profa. Maria Inês Barreiros Senna

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SÔNIA MARIA AMARAL GURGEL

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA:

AVALIAÇÃO DO COORDENADOR MUNICIPAL DAS

EQUIPES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

2009

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SÔNIA MARIA AMARAL GURGEL

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA:

AVALIAÇÃO DO COORDENADOR MUNICIPAL DAS

EQUIPES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em

Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais,

para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientador: Professor Geraldo Cunha Cury

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

2009

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SÔNIA MARIA AMARAL GURGEL

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA:

AVALIAÇÃO DO COORDENADOR MUNICIPAL DAS

EQUIPES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em

Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais,

para obtenção do Certificado de Especialista.

Orientador: Professor Geraldo Cunha Cury

Banca Examinadora

Prof. Geraldo Cunha Cury - orientador - UFMG

Prof. Geraldo Luiz Moreira Guedes - UFMG

Profa. Maria Inês Barreiros Senna - UFMG

Aprovada em Belo Horizonte 09/12/2009

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que é meu guia espiritual, a todos que direta e

indiretamente, contribuíram para que o presente trabalho pudesse ser concretizado e, em

especial, a:

Meus filhos, Vinícius, Felipe e Luana que pacientemente compreenderam e respeitaram, não

poucas vezes, minha ausência;

Meu pai, Edvar, o Sr. Zico, e à minha mãe, Maria Francisca, Dona Lica, que em todos os

momentos me apoiaram e ajudaram;

Minhas amigas, Janaina e Lucilene, companheiras constantes, que através de incentivos,

mostraram-me o caminho para chegar até aqui;

Minha amiga e companheira de trabalho, Elenice, pela paciência e companheirismo no dia a

dia.

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RESUMO

GURGEL, S.M. A, Avaliação do Coordenador Municipal das Equipes da Estratégia Saúde da

Família, Belo Horizonte, 2009. Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Saúde

da Família – Universidade Federal de minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

O presente trabalho teve por objetivo avaliar o trabalho do Coordenador Municipal do

Município onde atua, analisando o instrumento de Avaliação para Melhoria da Qualidade da

Estratégia da Saúde da Família. Consideraram os elementos de estrutura, de processo e de

resultado, tendo como foco de análise o serviço de saúde e as práticas assistenciais. A unidade

de análise (componente nuclear) escolhida foi a GESTÃO. Elencou-se as atividades

desenvolvidas, determinando as subdimensões temáticas dos instrumentos. Para cada

subdimensões foram propostos e validados padrões de qualidade. Após realização da auto-

avaliação, percebe-se a capacidade do coordenador de planejar, organizar o trabalho, além de

liderar e de manter um bom relacionamento com os membros das equipes. A falta de

definições nas atribuições leva ao acúmulo de atividades, prejudicando o resultado do trabalho

gerencial.

Palavras-chave: Estratégia da Saúde da Família; Avaliação do serviço gerencial;

ABSTRACT

GURGEL, S.M. A, Avaliação do Coordenador Municipal das Equipes da Estratégia Saúde da

Família, Belo Horizonte, 2009. Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Saúde

da Família – Universidade Federal de minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

This study aimed to evaluate the work of the Coordinator of the City Hall where it operates,

looking at the instrument rating for Quality Improvement Strategy of Family

Health. Considered the elements of structure, process and outcome, focusing on analysis of

the health service and care practices. The unit of analysis (core component) was chosen as the

MANAGEMENT. Cast to the activities carried out by determining the subdimensions

thematic instruments. For each sub-dimensions have been proposed and validated

standards. After completion of the self-assessment, we see the coordinator's ability to plan,

organize work, and lead and maintain a good relationship with team members. The lack of

definitions in functions leads to the accumulation of activities, impairing the result of

managerial work.

KEY WORD: Strategy of Family Health; Evaluation of the service management;

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................. 07

2 - OBJETIVO DA PESQUISA............................................................................... 09

3 - METODOLOGIA.................................................................................................10

4 - DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 11

4.1 - CENÁRIO DA PESQUISA...............................................................................11

4.2 - RESULTADO DA AVALIAÇÃO....................................................................13

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................15

6 - REFERÊNCIAS....................................................................................................16

APÊNDICE 01 ....................................................................................................... ...17

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1. INTRODUÇÃO

O Programa da Saúde da Família (PSF), criado pelo Ministério da Saúde em 1994, trouxe

para a saúde do Brasil, uma mudança no modelo assistencial. O modelo focado nas antigas

práticas de saúde centradas na doença é substituído pelo modelo baseado na promoção da

saúde e na prevenção de doenças. A Estratégia de Saúde da Família incorpora os Princípios

Doutrinários do SUS, que são: Universalidade, Equidade, Integralidade e os Princípios

Organizacionais que são: Descentralização, Hierarquização, Regionalização e Controle

Social. As equipes de PSF devem garantir um trabalho multiprofissional (Médico Generalista,

Enfermeiro, Auxiliar de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde) para garantir a

mudança esperada com a implantação do PSF, superando o desempenho na execução do

trabalho individual e isolado. Uma equipe de saúde da família deve ser composta

minimamente de um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro ou seis

agentes comunitários de saúde. A incorporação de outras categorias profissionais dependerá

dos municípios. Cada equipe deve ser responsável pela cobertura de 600 a 1.000 famílias

(ESCORE -2007).

O PSF rapidamente cresceu, tanto em números de equipes implantadas em todo o país,

quanto na redução de indicadores de morbidade e mortalidade, e conseqüente, melhoria de

indicadores de qualidade de saúde, a exemplo da cobertura vacinal, de pré-natal dentre outros.

Com esse avanço, o PSF deixa de ser um programa e passa a uma política governamental

estratégica da Atenção Primária da Saúde (APS), denominada de Estratégia Saúde da Família

(ESF) (BRASIL, 2000).

A proposta de um novo modelo assistencial para a organização da assistência à saúde faz

com que o processo de trabalho da atenção básica se reestruture com a finalidade de substituir

as práticas convencionais pelas de vigilância à saúde. Para que as organizações de saúde se

tornem eficazes é necessário que se estabeleçam relações entre as pessoas, tecnologias,

recursos e administração. A função administrativa que possui papel importante nos serviços

de saúde é entendida como gerência (JUNQUEIRA, 1990).

A avaliação em Saúde tem como propósito fundamental dar suporte a todo processo

decisório no âmbito do Sistema de Saúde e por isso deve subsidiar a identificação de

problemas e a reorientação de ações e serviços desenvolvidos, avaliar a incorporação de novas

práticas sanitárias na rotina de profissionais e mensurar o impacto das ações implementadas

pelos serviços e programas sobre o estado de saúde da população.

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Para Vieira-Da-Silva (2005),

“... a avaliação de políticas, programas e projetos pode recortar todos os níveis do sistema de

saúde. E, embora a avaliação de políticas frequentemente envolva a avaliação de programas,

a distinção entre essas duas dimensões das práticas pode ser necessária para fins analíticos”

Foi definida, como cenário da pesquisa, a Macrorregião Sanitária Centro que está

localizada na região Centro do Estado de Minas Gerais. Trata-se de um dos treze

agrupamentos de municípios estabelecidos para a estruturação do Plano Diretor de

Regionalização (PDR) do Estado de Minas Gerais, em cumprimento às exigências da Norma

Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de janeiro de 2001 e 2002. A escolha da

Microrregião de Contagem como cenário de estudo, justifica-se por ter sido campo de

inserção e vivência do pesquisador, como profissional da ESF, em um dos municípios desta

região por cerca de sete anos, configurando-se, também, como palco da problematização

desta.

A Coordenação do Município de Ibiríté é composta por uma profissional graduada em

enfermagem, que está subordinada ao Secretário Municipal, atuando como um elo entre as

equipes, gestor e comunidade. Assume a supervisão de quarenta Equipes da Saúde da Família,

distribuídas em vinte e quatro Unidades de Saúde, desenvolvendo as atividades

administrativas frente às equipes. Esse Coordenador cumpre uma jornada de trabalho de

quarenta horas semanais com um vínculo contratual para prestação de serviços, recebendo

uma gratificação simbólica pelo cargo ocupado.

O trabalho do coordenador é estruturado “por meio das necessidades do dia-a-dia como a

abertura de novas equipes, preenchimento de sistemas de informações, falta de matérias nas

equipes, reclamação de usuários, enfim, um conjunto de atividades identificadas no cotidiano

do trabalho” (Silva, 2009, p.41). A realidade de se trabalhar frente aos problemas que surgem

no cotidiano é que favorece deparar-se com expressões como “apagar incêndio”, “atender a

demanda” evidenciando a ausência de planejamento das ações gerando insatisfação no

desempenho como coordenador. Tais fatos causam sentimentos de insatisfação e frustração

por não desenvolver de forma eficiente à gestão (Silva, 2009). A justificativa da autora em

realizar este trabalho, se baseia nesta insatisfação, na necessidade de melhoria do processo de

trabalho e no importante papel estruturante da saúde da família.

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2. OBJETIVOS

GERAL

Avaliar o processo de trabalho do Coordenador Municipal da Atenção Básica do Município

de Ibirité, da Microrregião de Contagem da Macrorregião Centro.

ESPECÍFICOS

Avaliar a necessidade de preparo do Coordenador da Saúde da Família

Verificar os estágios de desenvolvimento alcançados pelo Município de Ibirité, considerando

os componentes de coordenação.

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3. METODOLOGIA

O presente estudo fundamenta-se na avaliação das ações realizadas pelo Coordenador da

Estratégia da Saúde da Família do Município de Ibirité, através da utilização do instrumento

de Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia da Saúde da Família. A pesquisa é

descritiva – estudo de caso único. A técnica de coleta de dados foi à análise das respostas do

instrumento de auto-avaliação nº 2. O caderno foi preenchido pelo Coordenador da Atenção

Básica da Secretaria Municipal de Saúde do Município. A Avaliação foi realizada pelo

próprio Coordenador das equipes. Os instrumentos de auto-avaliação que compõem o caderno

nº2 são formados por duas grandes Unidades de Análise distintas e integradas, também

denominadas de Componentes: Gestão e Equipe. Para cada unidade temos as Dimensões,

que são os grandes eixos de análise que se desdobram em subeixos, ou Subdimensões. Um

padrão é definido como um nível de referência de qualidade que deve ser atingido pela

organização com fins de demonstrar um determinado grau de qualidade e excelência.

Os estágios não podem representar situações estacionárias de qualidade e os padrões serão

revisados continua e oportunamente para que estejam atualizados e compatíveis com a

melhoria da qualidade esperada.(BRASIL, avaliação, 2009).

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4. DESENVOLVIMENTO

4.1 CENÁRIO DA PESQUISA

MUNICÍPIO DE IBIRITÉ

Localização

O Município de Ibirité está localizado na Zona Metalúrgica, Região Central do Estado de

Minas Gerais. Faz parte da região Metropolitana de Belo Horizonte, na qual limita-se com os

municípios de Belo Horizonte, pelo leste e nordeste, Contagem e Betim, pelo norte, Sarzedo

pelo oeste e Brumadinho, pelo sul. Ibirité possui uma área de 73,66 Km² e uma população

calculada em 155.290 habitantes (dados do IBGE para 2008). O município possui, além do

Distrito Sede, o Distrito de Duval de Barros, todo urbanizado. Inexistem povoados e

comunidade rural propriamente dita. Ainda, o município é subdividido, se não oficialmente,

pelo menos popularmente, pelas regiões do Canal (este nome é devido a uma estreita

passagem em que passa o Córrego Retiro do Jatobá existente na entrada do Cemitério do

Canal e que se tornou referência para uma fazenda próxima), Retiro do Jatobá, Quintas da

Jangada, Recanto da Lagoa, Lagoa Seca (Duval de Barros), Região das Hortas (Barreirinho),

Quebra Foice (Parque Elizabeth), Várzea e Região do Sumidouro. A região industrial de Belo

Horizonte e Contagem exercem um forte poder de polarização capaz de atrair novos

moradores de diversas partes do território mineiro e nacional. As regiões do Barreiro em Belo

Horizonte e do Riacho em Contagem estão conurbadas1 com o noroeste do município de

Ibirité. Este processo de conurbação fez com que em alguns trechos não se possa identificar

exatamente em qual destes municípios algo está localizado. (RELATÓRIO GESTÃO, 2008)

Política de saúde

Os problemas com a desnutrição infantil e com as doenças infecciosas e parasitárias são as

preocupações principais, pois que, apesar de possuir um sistema regular de coleta de lixo, ser

servida pela COPASA e possuir rede de esgoto, Ibirité carece de uma Unidade de Tratamento

do mesmo, para evitar que os resíduos dos domicílios sejam despejados diretamente nos seus

1 Unificação da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequência de seu crescimento geográfico.

http://pt.wikipedia.org

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córregos. A água potável é servida hoje a 95% da população. Contudo, o percentual de

domicílios que conta com saneamento básico é insuficiente: 40%. O Sistema de Saúde de

Ibirité está estruturado em um conjunto de unidades organizadas em redes regionalizadas,

hierarquizadas e disciplinadas de forma a promover um atendimento integral à sua própria

população e inserido de forma indissociável ao SUS em sua abrangência Estadual e Nacional.

Este modelo está centrado na Estratégia de Saúde da Família, que está integrado com os

demais serviços de saúde, cobrindo 90,31% da população. A Estratégia de Agente Comunitário

de Saúde (EACS) cobre o restante 7,36% da população. ESF e EACS juntos perfazem 100% da

população de Ibirité. Em 2008, foram criados quatro Núcleos de Apoio à Saúde da Família –

NASF para complementar a estrutura da Atenção Básica Municipal. (RELATÓRIO GESTÃO,

2008).

As Unidades de Saúde da Família

O Município possui vinte e três (23) unidades Básicas com quarenta (40) equipes da Saúde

da Família e uma (01) equipe de PACS. Das 23 unidades, uma ainda segue o modelo

tradicional de UBS, sendo referência para a equipe de PACS. Treze (13) unidades foram

reformadas ou construídas, sendo o imóvel da própria prefeitura, portanto com área física

adequada com infra-estrutura para comportar até três (03) equipes de PSF. Cada unidade

possui sala de reuniões, sala de ACS, sala de curativos, sala de observação, sala de coleta, sala

de vacina, CME, DML, almoxarifado, recepção, 07 consultórios Clínicos (enfermagem,

médico e referências), consultório odontológico, farmácia, refeitório, banheiros públicos

(masculino e feminino), banheiros de funcionários (masculino e feminino). As nove (09)

unidades restantes foram alugadas e improvisadas para acomodar as equipes, mas nem todas,

(04 destas) possuem área física adequada, dificultando o trabalho dos profissionais e o

atendimento à população. As equipes contam também com o NASF (Núcleo de Apoio à

Saúde da Família), composto com as referências de nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo,

ginecologista e pediatra de acordo com a Portaria 154/ GM de 24 de janeiro de 2008.

(RELATÓRIO GESTÃO, 2008).

Composição das Equipes

O município não tem ainda equipes de saúde bucal participando do PSF, mas tem nas

unidades construídas, os consultórios prontos para recebê-las. Cada equipe da saúde da

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família é composta por um médico generalista, uma enfermeira, um técnico de enfermagem,

um agente Administrativo (Secretária (o)), 05 a 06 Agentes Comunitários de Saúde, uma ou

duas (de acordo com o tamanho da unidade) auxiliares de serviços gerais e um porteiro.

Possui um total de 241 ACS’s sendo que 21 atuam nos PACS e 220 estão distribuídos nas 40

Equipes da Saúde da Família. (RELATÓRIO GESTÃO, 2008).

4.2 – RESULTADO DA AVALIAÇÃO

De acordo com Moura Barroso (2008), a avaliação não pode ser instrumento de punição,

mas um importante instrumento para verificar o cumprimento da programação e a

resolubilidade dos serviços. Todo processo de mudança deve ser lento. A avaliação deve ser

um processo contínuo para a tomada de decisões e é importante para saber se os objetivos

estão sendo alcançados. Avaliar significa formar opinião, julgar e emitir juízo de valor sobre

determinado assunto. Em Saúde Pública qualidade significa oferecer os maiores benefícios

dos serviços com o menor nível de risco ao maior número de pessoas. Para se conhecer a

qualidade é necessário avaliar. (Brasil, avaliação, 2009).

Na auto-avaliação do Coordenador da Atenção Básica do Município de Ibirité, no item

Planejamento e Integração: os padrões em conformidade nos mostram que o coordenador tem

capacidade de planejar e organizar além de liderar, sendo estes atributos competências

necessárias para assumir o cargo de coordenador da ESF, mas o processo de trabalho é

estruturado por meio das necessidades do dia-a-dia como a abertura de novas equipes,

preenchimento de sistemas de informações, falta de materiais nas equipes, reclamação de

usuários, enfim, um conjunto de atividades identificadas no cotidiano do trabalho, conforme

estudo de Silva (2009). Outros estudos como os de Brito e Melo (2001) mostram que os

enfermeiros são os profissionais mais procurados para assumirem o cargo de gerente, por

possuírem capacitação na área administrativa e conhecimentos relativos à prestação do

cuidado ao cliente. O Coordenador do Município realiza visitas de acordo com cronograma,

possui plano de trabalho e faz o acompanhamento mensal dos resultados através do

monitoramento dos dados contidos no SIAB.

No item Acompanhamento das Equipes e Gestão da Educação Permanente: percebemos um

número significativo no padrão de conformidade nos itens que abordam os encontros mensais

entre os profissionais, para se discutir melhorias e planejamento; momentos de

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acompanhamento das ações com utilização de instrumentos avaliativos; oportunidades de

crescimento profissional viabilizando cursos preparatórios. Esses padrões estão de acordo

com Silva (2009), que ressalta que a supervisão ocorre por meio de visitas rotineiras,

previamente programadas, para o acompanhamento da assistência e identificação das

necessidades realizando as devidas orientações.

Silva (2009, p.44) acrescenta:

“.....Os coordenadores são o “elo”, ou seja, interligam e mediam relações e

possibilitam a vinculação de todos os atores e/ ou setores envolvidos na funcionalidade

da ESF no município, desde os profissionais de saúde, executores das atividades

assistenciais, ao Secretário de Saúde e o prefeito, dirigentes das políticas municipais.

Neste papel, por um lado o coordenador representa, junto às equipes, a política de

saúde do município através do repasse de serviços, supervisão da execução destes,

mostrando os seus resultados. Por outro lado, este se põe como representante dos

trabalhadores ao repassar aos dirigentes, sobretudo, cobranças a respeito das

condições de trabalho. O coordenador reconhece seu papel como interlocutor das

ações que são propostas ou “impostas” pelas esferas de governo estadual e federal,

como o profissional que tem a função de viabilizá-las no município, possivelmente

planejando o que vai ser implantado, como, também, avaliando junto às equipes os

resultados dessas ações”.

Ainda no item gestão da Educação Permanente, constata-se que o ser humano nunca para

de se educar, não tem como ser gente sem estar entranhado na prática educativa. Aprender e

ensinar, ensinar e aprender faz parte da existência humana. A educação é permanente porque

o homem é finito e se reconhece finito (FREIRE, 2001, p.13). A Coordenação do Município

viabiliza a realização de cursos e capacitação a todos os profissionais das equipes de saúde.

Quanto aos itens Gestão de Avaliação e Normatização: percebemos um número

significativo de padrões em não-conformidade nos itens que abordam normas escritas

referente à instalação física e equipamentos; documentos escritos com os princípios e

diretrizes da estratégia da saúde; critérios e indicadores para avaliar com as equipes o impacto

nas condições de saúde da população dentre outros. A sobrecarga de responsabilidades

atribuídas ao coordenador tanto das demandas do Município, quanto das advindas das

políticas de saúde dos governos estadual e federal, contribuem para o resultado encontrado

acima. Para Silva (2009), o excesso de serviço do coordenador resultante do grande número

de equipes sob sua supervisão, causa sentimentos de insatisfação e frustração, dando a

impressão de não estar conseguindo desenvolver com eficiência sua gestão frente às equipes.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A auto-avaliação constitui elemento imprescindível para o bom desenvolvimento do

processo de trabalho. A avaliação permite detectar os padrões de não conformidade e realizar

a intervenção, planejando as ações para um melhor desempenho dos profissionais.

Um dos fatores que contribui para o não alcance dos padrões é não haver uma definição de

atribuições para os coordenadores, fato que contribui para uma absorção excessiva de

atividades e em conseqüência comprometimento do produto final. Diante da importância do

papel estruturante da Saúde da Família faz-se necessário avaliar e direcionar as atividades

cotidianas do coordenador, conseguindo assim a melhoria do atendimento à saúde e a

qualidade de vida da população assistida. Após identificar os pontos críticos, é importante

desenvolver um plano de ação para melhoria contínua da qualidade da gestão.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Institucionais. Programa de Saúde da Família. Rev. de Saúde Pública. v. 34 n. 3 São Paulo p

316-319 jun. 2000

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em que trabalham: o caso de um hospital filantrópico de Belo Horizonte. Revista Mineira de

Enfermagem 2001 jan/dez; 5(1/2):44-51.

ESCORE, S. et.al. O Programa de Saúde da Família e a construção de um novo modelo

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FREIRE, Paulo. Política e Educação. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2001.

JUNQUEIRA, L.A.P. Gerência dos Serviços de Saúde. Cadernos de saúde pública. v.6, n.

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da Família. Belo Horizonte, 2009. Tese (Mestrado em Enfermagem) – Escola de

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Modelos Teóricos à Prática na Avaliação de Programas e Sistemas de Saúde. Salvador:

EDUFBA; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, pp. 15-39.

APÊNDICE 01

Avaliação para a Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família

Instrumento nº 2

Coordenação Técnica das Equipes

Planejamento e Integração

Q Elementar

2.1 PB E A coordenação da AB/SF possui cronograma de visitas

às USF e reuniões com as ESF. ( S ) ( N )

O cronograma é um instrumento básico na organização do trabalho da coordenação em que o

acompanhamento sistemático e regular das ESF é planejado.

Q Desenvolvimento

2.2 PB C A coordenação da AB/SF possui plano de trabalho

orientando as atividades a serem desenvolvidas. ( S ) ( N )

O padrão refere-se a um plano de trabalho estabelecendo as competências da coordenação,

ações a serem desenvolvidas, prioridades, metas, prazos e responsáveis. Considerar para

resposta afirmativa existência de documento redigido e atualizado bienalmente.

2.3 PB D A coordenação da AB/SF registra o acompanhamento

da situação da SF no município: nº de equipes, ( S ) ( N )

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coberturas, profissionais e resultados.

O trabalho das ESF é monitorado quanto à sua cobertura, produção, alcance de metas e

indicadores contidos no SIAB. Este deve ser atualizado no mínimo trimestralmente.

Q Consolidada

2.4 PB C A coordenação da AB/SF participa regularmente das

reuniões do Conselho Municipal de Saúde. ( S ) ( N )

O padrão considera a participação dos integrantes da Coordenação no maior número possível

de reuniões do Conselho, preferencialmente, em 50% delas. Nos municípios de grande porte

considera-se para resposta afirmativa a participação em Conselhos Distritais ou Locais.

2.5 PB C A coordenação da AB/SF reúne-se com setores

públicos e sociais do município. ( S ) ( N )

O padrão aponta para o desenvolvimento da intersetorialidade e fortalecimento da SF.

Considerar reuniões com os setores governamentais relacionados à saúde, educação,

assistência social, meio ambiente e saneamento, assim como, organizações e movimentos

sociais locais. As reuniões devem envolver planejamento, execução e/ou avaliação conjunta

de ações. A resposta deverá ser afirmativa quando as reuniões com um ou mais dos referidos

setores acontecerem trimestralmente.

2.6 PB C A coordenação da AB/SF possui e disponibiliza para as

ESF registro atualizado dos recursos sociais do

município.

( S ) ( N )

O padrão refere-se ao levantamento, sistematização e divulgação para as ESF dos principais

serviços de assistência social, de utilidade pública, de atendimento ao cidadão, de direito ao

consumidor e ONG do município.

Q Boa

2.7 PB B As experiências municipais com a SF são apresentadas

em congressos e encontros da área. ( S ) ( N )

O padrão considera, para resposta afirmativa, uma ou mais apresentações ao ano. Em

municípios acima de 500.000 habitantes, deverá considerar-se uma apresentação anual por

região/distrito de saúde.

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19

Q Avançada

2.8 >100 A A coordenação da AB/SF desenvolve iniciativas de

integração e parceria com instituições acadêmicas,

possibilitando a realização de produção científica no

campo da Atenção Básica.

( S ) ( N )

O padrão aponta para corpo técnico com capacidade de formulação, reflexão e interação com

instituições acadêmicas, promovendo a troca de conhecimentos/práticas e possibilitando a

produção de conhecimento no campo.

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20

Acompanhamento das Equipes

Q Desenvolvimento

2.9 PB D A coordenação da AB/SF reúne mensalmente com

as ESF. ( S ) ( N )

Estágio mais elevado com relação ao 2.1, havendo garantia de reuniões mensais dos membros

da Equipe com a coordenação, com pauta e agenda.

Q Consolidada

2.10 PB C A coordenação da AB/SF garante as ESF um turno

semanal destinado à reunião de equipe. ( S ) ( N )

Entende-se como a dedicação de 4 horas semanais para reunião de equipe com o objetivo de

planejamento, avaliação, integração e troca de conhecimentos. A coordenação está

sensibilizada para a importância desta atividade e dá respaldo frente à população e gestão

municipal.

2.11 PB C A coordenação da AB/SF utiliza instrumentos para

acompanhamento das ações e práticas da SF. ( S ) ( N )

Significa que a coordenação desenvolve ou utiliza instrumentos, tais como: planilhas, gráficos

e indicadores para acompanhar o desempenho das ESF, possibilitando algumas análises

comparativas e temporais, dentre outras.

2.12 PB C A coordenação da AB/SF desenvolve estratégias para

administrar conflitos entre os profissionais da SF. ( S ) ( N )

Significa que os eventuais conflitos e problemas de relacionamento no trabalho constituem

um foco de atenção da coordenação, que procura abordá-los de maneira propositiva,

possibilitando a abertura de canais de comunicação e melhoria do ambiente de trabalho das

ESF.

2.13 PB C A coordenação da AB/SF avalia o nível de satisfação

dos profissionais com o trabalho e leva em

consideração críticas e sugestões no planejamento das

ações.

( S ) ( N )

A coordenação realiza um processo formal de avaliação do grau de satisfação dos

profissionais, dedicando atenção especial à gestão participativa e ascendente, possibilitando

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21

que as opiniões dos membros das ESF sejam assimiladas no dia a dia do trabalho.

Q Boa

2.14 PB B A coordenação da AB/SF desenvolve com as equipes

estratégias para enfrentamento dos problemas

encontrados no atendimento à população.

( S ) ( N )

Os problemas enfrentados pelas ESF são acompanhados pela coordenação, que se faz presente

na tomada de medidas para a sua solução, especialmente aqueles que prejudicam a qualidade

da atenção aos clientes.

Q Avançada

2.15 PB A A coordenação da AB/SF desenvolve, em conjunto

com as equipes, instrumentos para organização e

monitoramento das ações e práticas das ESF.

( S ) ( N )

Estágio mais avançado com relação ao 2.11. Significa que as avaliações dos trabalhos na SF

são realizadas de maneira participativa, possibilitando o compartilhamento das decisões

gerenciais e a troca na construção ou proposição dos instrumentos utilizados para o

monitoramento.

Gestão da Educação Permanente

Q Desenvolvimento

2.16 PB D A coordenação AB/SF viabiliza cursos preparatórios

para os trabalhadores da SF. ( S ) ( N )

A coordenação prepara e executa (ou articula-se com outras instâncias para executar) cursos

ou encontros para discutir os princípios, diretrizes e a dinâmica de trabalho da SF com os

trabalhadores da estratégia.

2.17 PB D A coordenação da AB/SF participa regularmente de

fóruns ou encontros para o desenvolvimento da

Educação Permanente.

( S ) ( N )

O padrão refere-se à participação direta de membros da coordenação nas atividades locais e

ou regionais relacionadas ao desenvolvimento das ações de educação permanente. Considerar

a regularidade máxima possível, de acordo com o cronograma de encontros proposto.

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22

Q Consolidada

2.18 PB C A coordenação da AB/SF decide em conjunto com as

ESF os temas e atividades a serem desenvolvidas na

Educação Permanente.

( S ) ( N )

Existe participação ativa dos profissionais na proposição dos temas considerados prioritários

ou necessários em relação à educação permanente.

Q Boa

2.19 PB B É oferecida formação teórica e prática nas áreas básicas

para aqueles profissionais da SF de nível superior que

necessitem.

( S ) ( N )

A coordenação organiza formação teórica e prática nas áreas básicas de saúde (criança, da

mulher, hipertensão e diabetes, bucal, mental, vigilância sanitária, epidemiológica e

ambiental, etc) para médicos, enfermeiros e dentistas que solicitem ou demonstrem lacunas

em sua formação para o tema.

2.20 >100 B As áreas técnicas e a SF desenvolvem, de forma

integrada, atividades de Educação Permanente. ( S ) ( N )

O padrão avalia a participação efetiva e sistemática das áreas técnicas da SMS nas ações de

educação permanente desenvolvidas pela coordenação AB/SF, apoiando e viabilizando

atividades como as descritas no padrão 2.19.

Q Boa

2.21 PB A A coordenação da AB/SF viabiliza a realização de

especialização na área para os profissionais da ESF. ( S ) ( N )

Estágio mais avançado com relação ao 2.19. Há garantia de especialização para os

profissionais das ESF, obedecendo a critérios técnicos para a prioridade de formação como

tempo de serviço, interesse, merecimento etc.

Gestão de Avaliação

Q Elementar

2.22 PB E A coordenação avalia a produção das ESF

mensalmente. ( S ) ( N )

Embora a SF desenvolva ações de maneira diferenciada da lógica por procedimentos,

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baseadas na população e no território, a avaliação da produção da equipe é a ação mais

elementar de acompanhamento dos resultados das ações desenvolvidas.

Q Desenvolvimento

2.23 PB D A coordenação da AB/SF utiliza as informações do

SIAB como instrumento de gestão: avaliação,

planejamento e monitoramento.

( S ) ( N )

A análise do SIAB serve como ferramenta para a tomada de decisões e efetivamente é

utilizada para o aprimoramento das ações, de maneira sistemática e regular, pela coordenação.

2.24 PB D A coordenação da AB/SF analisa mensalmente os

relatórios do SIAB em conjunto com as ESF. ( S ) ( N )

A análise do SIAB serve como ferramenta para a tomada de decisões e efetivamente é

utilizada para o aprimoramento das ações, de maneira sistemática e regular, pela coordenação.

Q Consolidada

2.25 PB C A coordenação da AB/SF analisa dados e relatórios dos

sistemas de informação do SUS/ ou em saúde. ( S ) ( N )

São realizadas análises da situação de saúde e do desempenho da SF/AB semestralmente

utilizando-se dados disponíveis nos Sistemas de Informação: SIM: Sistema de Informação

sobre Mortalidade, SINASC: Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, SISVAN:

Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, SINAN: Sistema de Informações sobre

Agravos de Notificação, SIPNI: Sistema de Informações sobre o Programa Nacional de

Imunização; SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica, SIA-SUS: Sistema de

Informações Ambulatoriais do SUS e CNES: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde.

2.26 PB C A coordenação da AB/SF elege critérios e indicadores

para avaliar com as equipes o impacto nas condições de

saúde da população.

( S ) ( N )

Há um envolvimento das equipes na análise do impacto das ações, utilizando-se da elaboração

de indicadores diferentes ou mais específicos que aqueles presentes no SIAB. A resposta será

afirmativa caso este processo seja feito no mínimo anualmente.

2.27 PB C A coordenação analisa a demanda por exames e

encaminhamentos da SF observando se há adequação

com a necessidade estimada.

( S ) ( N )

Trata-se da existência de um mecanismo gerencial para avaliar se o quantitativo de exames e

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encaminhamentos solicitados pela ESF não supera nem está aquém do perfil da clientela

segundo necessidades definidas tecnicamente.

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25

Q Boa

2.28 PB B A coordenação da AB/SF debate os resultados e

planeja as metas da SF com as equipes. ( S ) ( N )

O planejamento da AB/SF é precedido por uma avaliação com o conjunto de profissionais da

SF, assim como, a pactuação de metas de desempenho e cobertura, dentre outras. Este

processo deve ser realizado, no mínimo, semestralmente.

2.29 PB B A coordenação da AB/SF reune-se com as demais áreas

da SMS para debater os resultados alcançados na AB. ( S ) ( N )

O resultado do trabalho das equipes é apresentado e debatido com os demais setores da Saúde

Municipal, avaliando-se o impacto das ações e o perfil de saúde. O padrão difere-se do 2.5

onde o foco é o desenvolvimento da intersetorialidade, legitimação e apoio. Considerar, para

resposta afirmativa, existirem reuniões formais para este objetivo (avaliação/resultados), no

mínimo, semestralmente.

Q Avançada

2.30 PB A A coordenação da AB/SF avalia as metas estabelecidas

para o Pacto de Indicadores da Atenção Básica com as

ESF.

( S ) ( N )

A coordenação debate com as equipes as metas propostas para o Pacto de Indicadores da

Atenção Básica e monitora o alcance das mesmas, no mínimo, semestralmente.

2.31 >20 A São conduzidos levantamentos epidemiológicos de

Saúde Bucal no município. ( S ) ( N )

O padrão considera a periodicidade mínima de quatro anos para realização deste tipo de

estudo epidemiológico.

Normatização

Q Elementar

2.32 PB E A coordenação AB/SF disponibiliza para todas as ESF

documento com os princípios e diretrizes da estratégia

SF.

( S ) ( N )

A coordenação tem documento escrito com os princípios e diretrizes da SF, próprio ou de

outra instância de gestão (estadual ou federal), e este documento está disponível e acessível a

todos os profissionais das USF.

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2.33 PB E A coordenação da AB/SF utiliza norma escrita

referente à instalação física e equipamentos. ( S ) ( N )

Refere-se à utilização de documentos técnicos atualizados, regulamentações de vigilância

sanitária (elaborados pelas instâncias federal, estadual ou municipal) referentes à

normatização para áreas físicas e equipamentos das USF.

Q Desenvolvimento

2.34 PB D A coordenação AB/SF disponibiliza para todas as ESF

informações atualizadas do sistema de referência e

contrareferência municipal.

( S ) ( N )

Existem informações em todas as USF, tais como: documentos, instruções, fluxogramas, lista

de serviços, critérios de encaminhamento ou condutas padronizadas, por escrito, atualizados

no mínimo semestralmente, sobre o sistema de referência e contra-referência municipal.

2.35 PB D A coordenação da AB/SF disponibiliza manual de

medicamentos da farmácia básica. ( S ) ( N )

Existe manual, elaborado pela própria SMS ou proveniente de outra instância de gestão

(estadual ou federal), sobre os medicamentos utilizados na farmácia básica. Considerar, para

respostas afirmativas, que todas as equipes são contempladas com o material.

Q Desenvolvimento

2.36 PB C A coordenação da AB/SF disponibiliza para as equipes

materiais técnico-científico de apoio sobre as situações

freqüentes na Atenção Básica.

( S ) ( N )

Livros, texto, manuais, informes técnicos ou rotinas escritas sobre situações de risco sanitário,

de adoecimento ou acompanhamento freqüentes em AB, são fornecidas pela coordenação

para a consulta dos profissionais da SF. Este material não se refere a folhetos e material

informativo destinado aos usuários.

2.37 PB C A coordenação da AB/SF disponibiliza para as equipes

materiais técnico-científico de apoio sobre as doenças

infecciosas e parasitárias de maior prevalência no país.

( S ) ( N )

Existem livros texto, manuais, informes técnicos ou rotinas escritas fornecidas pela

coordenação para a consulta dos profissionais das USF. Folhetos e material informativo

destinado aos usuários não estão sob consideração.

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Q Boa

2.38 PB B A coordenação da AB/SF possui documento

estabelecendo a atuação de cada profissional da SF. ( S ) ( N )

Refere-se à existência, nas unidades, de documento ou instrutivo, elaborado pela própria SMS

ou procedente de outra esfera, estabelecendo a atuação de cada categoria profissional da SF

em termos de ações, condutas, procedimentos e atividades (ACD, ACS, auxiliares de

enfermagem, cirurgiões-dentistas, enfermeiros, médicos e THD).

2.39 PB B A coordenação da AB/SF disponibiliza para as ESF/SB

protocolos e informações técnicas sobre abordagem das

situações de urgência.

( S ) ( N )

Existem manuais, rotinas, documentos e protocolos, próprios ou não, que orientam e

normatizam do ponto de vista técnico o atendimento de urgência.

Q Avançada

2.40 PB A A coordenação da AB/SF disponibiliza para as ESF/SB

protocolos e informações técnicas sobre abordagem das

situações de urgência em Saúde Mental.

( S ) ( N )

Existem manuais, rotinas, documentos e protocolos, próprios ou não, que orientam e

normatizam do ponto de vista técnico o atendimento de urgência em Saúde Mental,

especificamente.