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7/21/2019 Aventuras de Antroplogos em Campo ou Como Escapar da Armadilhas do Mtodo
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TEORIA E PESQUISA
A evoluo do conhecimento e dos mtodos de anlise dos fenmenos sociais, assim
como toda cincia, uma construo histrica capaz de consolidar ideias e formar novos
campos especializados do saber. Devemos considerar essa compreenso para destacarmos
como a antropolo ia se desenvolveu ao lon o do tempo, de maneira sistemtica, or anizando
suas possibilidades e limites de seu empre o para a compreenso da realidade e fatos sociais
aparentemente l icos. As !uest"es mais recorrentes e amplamente discutidas so sobre sua
aborda em, aspectos e tcnicas para a superao das interpreta"es e!uivocadas, devido a
posio pol#tica do investi ador $unto ao seu ob$eto de estudo. Ainda, como apresentado por
%uth &ardoso, a refle'o sobre como escapar das armadilhas do mtodo da investi ao
antropol ica.
(m seu arti o )Aventuras de Antroplo os em &o ou &omo (scapar da
Armadilhas do *todo+, por meio de uma reconstruo histrica, ela discute o papel militante
do pes!uisador e o abandono de uma refle'o terica sobre os caminhos da observao
participante, !ue em seu ponto de vista e nos termos de (unice Durhan, tem se tornado uma
)participao observante+, devido o interesse do pes!uisador pelo seu ob$eto de estudo. ara
ar umentar essa !uesto, ela critica a viso positivista !ue permeia sobre os mtodos e !uesustentam a neutralidade do observador no empre o das tcnicas das linhas condutoras da
pes!uisa antropol ica. odemos ressaltar !ue tal corrente desconsidera a relao e'istente
entre os atores sociais - ob$eto de estudo e pes!uisador - como defendido por eber, sobre a
relao e atuao do indiv#duo na sociedade capaz de influenciar al uma orientao !uanto /s
a"es dos outros.
0s problemas de investi ao e as discuss"es metodol icas no nenhuma novidade
na Antropolo ia. (ntretanto, o !ue a autora ressalta a deformao, a banalizao e1ouconfirmao de problemas $ detectados pela posio pol#tica do investi ador, !ue
compromete e mascara a realidade dos fenmenos sociais. or isso, ela identifica e defende a
considerao de uma aborda em !ualitativa nas pes!uisas teoricamente !uestionveis, sem
!ue ha$a a pretenso por parte do pes!uisador de ditar verdades. 2ua ateno vai para o
caminho oferecido pelo ob$eto de conhecimento, bem como o processo sistemtico para a
compreenso da realidade. ode-se acentuar, como %uth aponta, !ue a sub$etividade se$a
empre ada ao passo de um instrumento de trabalho e, !ue ela no deva ser e'ercida a ponto
de uma dicotomia entre cincia e ideolo ia. A opinio do pes!uisador e hipteses sobre seu
ob$eto de estudo podem ser, ou no, respondidas em sua pes!uisa de campo, com a
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apro'imao e o dilo o sistemtico e embasadado nas revis"es tericas !ue competem ao
au'#lio de pes!uisas !ualitativas. 3esse ponto, fao lembrar a aborda em de %oberto &ardoso
de 0liveira em )0 4rabalho do Antroplo o5 0lhar, 0uvir e (screver+, no !ual ele ressalta a
import6ncia do treinamento dos sentidos para !ue eles este$am preparados para capturar a
essncia real dos fatos. 0s olhos devem en'er ar e no apenas ver, os ouvidos / ouvir e no
simplesmente escutar... 7uanto a sub$etividade do investi ador na participao $unto ao
rupo1 ob$eto, vale a pena destacar !ue, ela permeada de uma troca constante de
informa"es. A e'perincia de ambos 8 investi ador e investi ado 8 dividida e mutuamente
compartilhada, o !ue atin e um )muito alm de+ e !ue abre uma infinidade de possibilidades
para desvendar e assimilar os fatos sociais. 2uas intera"es no so estabelecidas
automaticamente, nem tampouco constru#das por simples tcnicas, ou se$a, ambos se tornam
su$eito e ob$eto do estudo numa relao de conhecimento processual, por meio de uma
construo refle'iva, numa interlocuo.
A autora identifica !ue a coleta de dados se ue na e'plorao das tcnicas !ualitativas
desconsiderando a investi ao positivistas sobre uma suposta 9alm de imposs#vel:
neutralidade do investi ador. (la destaca a necessidade do en a$amento do antroplo o para o
enri!uecimento das interpreta"es e ateno para a !uesto da politizao da cincia e do
mundo metodolo icamente !uantificado. (m suas prprias palavras, )0 problema no e'isteapenas por!ue a pes!uisa anhou espao, mas resultado deste desinteresse pela discusso
metodol ica...+ %uth &ardoso ressalta !ue, a coleta de dados no pode ser apenas uma
coleo e acumulao de informa"es, pois eles no falam por si s. Acredito, !ue a fronteira
entre tcnica e teoria, !uantificao e !ualificao devam se fundir num processo sistemtico
de investi ao, por!ue uma alm de colaborar com a outra, elas se estendem a dimens"es
incapazes de serem atin idas por cada uma individualmente, numa viso antropol ica. A
l ica de um rupo1 ob$eto no fala por si s e devemos fazer respeitar a prpria l ica de suae'istncia. (ntretanto, o reconhecimento sobre o procedimento e fuso a um status prprio
recorre a necessidade de sua definio num conte'to terico. odemos lembrar !ue, o
considerado pai da Antropolo ia 8 *alinovis;< - su ere !ue )3o se pode reduzir ao anlise
das proposi"pes tericas erais !ue ele prprio 9o investi ador: formulou. (le deve e'aminar
o procedimento anal#tico atravs do !ual ordena e manipula a evidncia emp#rica.+
A reviso terica necessria para a compreenso e o rendimento das tcnicas
!ualitativas de investi ao, como aborda %uth &ardoso. (ssa apro'imao deve ser e'i ida
para a determinao dos processos estruturantes, capaz de identificar o reconhecimento do
espao dos su$eitos sociais e, entretanto, para no ocorrer uma diver ncia entre a produo
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de conhecimento e sub$etividade. A comunicao simblica e a criao de si nificados e
rupos a!uilo !ue nenhum dos lados conhece e !ue por isso atin e-se a resultados
surpreendentes, podendo dessa maneira superar o etnocentrismo. 0 !ue devemos
compreender e buscar com a Antropolo ia uma nova viso de mundo como condio
elementar do conhecimento e no como um obstculo.
Referncia Bibliogrfica:
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*A=>30 2L>, @ronislaM. Ar onautas do ac#fico 0cidental. a. ed. 2o aulo5 Abril&ultural. ENK
Ronan de Almeida SiqueiraMa r!cula": #$%$&'$(()