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B O L E T I M - ESTADO DE GREVE SINSPREV Publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo - Filiado à FENASPS GESTÃO avançar nas conquistas 26 maio 2009 Reunião do INSS aprova indicativo de antecipação de greve para 16 de junho Em reunião do INSS no dia 22 de maio, com a presença de trabalhado- res de vários locais da capital e interior, ficou decidido o indicativo de anteci- pação da greve após a discussão da ne- cessidade de enfrentar os ataques do go- verno em relação à jornada de trabalho. A paralisação ficou prevista ainda para o dia 16 de junho, para impedir que o governo avance sobre a categoria, como já tem demonstrado com a edição da re- solução nº 65 de 25 de maio de 2009. A principal tarefa tirada da reunião foi a necessidade de visitar os locais de trabalho, a fim de preparar a resistência e orientar os servidores quanto à neces- sidade de manter a jornada de 30 horas e não assinar o termo de opção que sig- nifica na prática a redução salarial. A greve foi apontada como a forma de impedir que o governo avance sobre os salários com o aumento da jornada e a imposição da produtividade, através da variação da GDASS. A greve deverá atingir todos os locais de trabalho, em todo o país, para que o governo seja im- pedido de retirar direitos historicamen- te conquistados pelos trabalhadores. Por conta disso, o sindicato chama os demais estados para que avaliem a necessidade de antecipação da greve contra os ataques do governo. A tarefa agora é fazer a discussão em todos os locais de trabalho para construir a mobilização e enfrentar os ataques do governo. EXIGIMOS: Incorporação da GDASS aos salários Não assinatura do termo de “opção” que reduz salários Defesa da jornada de 30 horas, sem redução salarial Imediata contratação de servidores por concurso Equiparação salarial entre técnicos e analistas Paridade entre ativos e aposentados Fim da Alta Programada e do Fator Previdenciário Todos os servidores do INSS, Saú- de e Anvisa estão chamados a par- ticipar da primeira assembléia esta- dual promovida pela gestão eleita no último pleito do Sinsprev. A atividade marcará também a posse da nova diretoria do sindicato, com uma con- fraternização entre os servidores e a direção eleita. Na pauta da assembléia estadual: 1) discussão sobre a conjuntura e as ameaças do governo de não pagar as parcelas previstas nas tabelas sala- riais do funcionalismo para este ano; 2) luta pela manutenção da jornada de 30 horas no INSS e na Saúde; 3) encaminhamentos para o pagamento da ação dos 3,17% na saúde; 4) si- tuação da GEAP; 5) plano de lutas e discussão do indicativo de greve na- cional da categoria; 6) Congresso da Fenasps Assembléia Estadual dia 3/6 17 horas - Clube Transmontano Rua Tabatinguera, 294 - Centro - SP Ocorrerá também no dia 3 de ju- nho a assembléia geral para adequa- ção do estatuto do sindicato às exigên- cias do novo Código Civil Brasileiro. A assembléia será realizada na sede do Sinsprev (Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro) às 15 horas, em primeira chamada e (caso não atinja o quorum legal) às 16 horas (com qual- quer quórum). Assembléia Geral Dia 3/6 - 15 horas na sede do Sinsprev

B O L E T I M - ESTADO DE GREVE 26 SINSPREV maio 2009 · da GDASS através do decre-to 6493/08 e da instrução normativa 38/09, são institu-ídos os seguintes parâmetros para atingir

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B O L E T I M - ESTADO DE GREVE

SINSPREVPublicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo - Filiado à FENASPS

GESTÃOavançar

nas conquistas

26maio2009

Reunião do INSS aprova indicativo de antecipação de greve para 16 de junho

Em reunião do INSS no dia 22 de maio, com a presença de trabalhado-res de vários locais da capital e interior, fi cou decidido o indicativo de anteci-pação da greve após a discussão da ne-cessidade de enfrentar os ataques do go-verno em relação à jornada de trabalho. A paralisação fi cou prevista ainda para o dia 16 de junho, para impedir que o governo avance sobre a categoria, como já tem demonstrado com a edição da re-solução nº 65 de 25 de maio de 2009.

A principal tarefa tirada da reunião foi a necessidade de visitar os locais de trabalho, a fi m de preparar a resistência e orientar os servidores quanto à neces-

sidade de manter a jornada de 30 horas e não assinar o termo de opção que sig-nifi ca na prática a redução salarial.

A greve foi apontada como a forma de impedir que o governo avance sobre os salários com o aumento da jornada e a imposição da produtividade, através da variação da GDASS. A greve deverá atingir todos os locais de trabalho, em todo o país, para que o governo seja im-pedido de retirar direitos historicamen-te conquistados pelos trabalhadores.

Por conta disso, o sindicato chama os demais estados para que avaliem a necessidade de antecipação da greve contra os ataques do governo.

A tarefa agora é fazer a discussão em todos os locais de trabalho para construir a mobilização e enfrentar os ataques do governo.

EXIGIMOS:Incorporação da GDASS aos

saláriosNão assinatura do termo de “opção” que reduz salários

Defesa da jornada de 30 horas, sem redução salarial

Imediata contratação de servidores por concurso

Equiparação salarial entre técnicos e analistas

Paridade entre ativos e aposentados

Fim da Alta Programada e do Fator Previdenciário

Todos os servidores do INSS, Saú-de e Anvisa estão chamados a par-ticipar da primeira assembléia esta-dual promovida pela gestão eleita no último pleito do Sinsprev. A atividade marcará também a posse da nova diretoria do sindicato, com uma con-fraternização entre os servidores e a direção eleita.

Na pauta da assembléia estadual: 1) discussão sobre a conjuntura e as

ameaças do governo de não pagar as parcelas previstas nas tabelas sala-riais do funcionalismo para este ano; 2) luta pela manutenção da jornada de 30 horas no INSS e na Saúde; 3) encaminhamentos para o pagamento da ação dos 3,17% na saúde; 4) si-tuação da GEAP; 5) plano de lutas e discussão do indicativo de greve na-cional da categoria; 6) Congresso da Fenasps

Assembléia Estadual dia 3/6 17 horas - Clube Transmontano

Rua Tabatinguera, 294 - Centro - SP

Ocorrerá também no dia 3 de ju-nho a assembléia geral para adequa-ção do estatuto do sindicato às exigên-cias do novo Código Civil Brasileiro.

A assembléia será realizada na sede do Sinsprev (Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro) às 15 horas, em primeira chamada e (caso não atinja o quorum legal) às 16 horas (com qual-quer quórum).

Assembléia GeralDia 3/6 - 15 horas na sede

do Sinsprev

Os 80 pontos da GDASS, que conse-guimos manter fixos

em função das greves, desde 2001, podem

virar fumaçaCom a regulamentação

da GDASS através do decre-to 6493/08 e da instrução normativa 38/09, são institu-ídos os seguintes parâmetros para atingir os 80 pontos da GDASS:

• Para as Gerências que estão com o IMA/GDASS igual ou abaixo dos 45 pon-tos, a tarefa é manter o ín-dice abaixo dos 45. Se subir para 46 ao final do semestre a GDASS será ZERO.

• Para as Gerências que estão com o IMA/GDASS acima de 45, será aplicada a tabela que propõe a redução dos índices. Por exemplo, quem estiver com o IMA GDASS em 100 pontos, de-verá reduzir 7% do índice. Se conseguir reduzir o índice

em 7% (93 pontos ou me-nos), ao final do semestre os servidores receberão os 80 pontos da GDASS.

• Se Gerência reduzir menos que os 7%, a GDASS será reduzida proporcional-mente.

• Se mantiver o mesmo IMA/GDASS ao final do se-mestre, ou aumentar o índi-ce, a GDASS será ZERO.

Os 20 pontos da avaliação individual ficam nas mãos das

chefiasOs 20 pontos da grati-

ficação sujeitos à avaliação individual dependem das chefias, que têm nas mãos cri-térios subjetivos vinculados ao “maior envolvimento dos servidores com o cumprimen-to das metas”. Neste ponto todos os servidores, não ape-nas aqueles lotados nas APSs, estarão sujeitos às exigências dos chefes e gerentes.

No caso da avaliação in-dividual, o servidor ficará submetido ao aumento da produtividade. Em Campi-nas ocorreu um caso exem-plar: a chefia exigiu que os servidores trabalhassem 3 sá-bados para diminuir a quan-tidade de recursos represado, de forma taxativa: “o não cumprimento da determina-ção teria reflexos na avaliação individual”, afirmava o email de convocação.

Os índices de produtividade estão

nas mãos do governoO governo controla as

metas de produtividade através do agendamento e da imposição da concessão

em 30 minutos. Hoje o IMA-GDASS é calculado a partir do momento em que o processo entra na APS.

O cenário ideal para o governo é de que desde o agendamento até a concessão do benefício não se ultrapasse a barreira dos 45 dias. Como no caso dos médicos peritos, onde o critério que estabelece a produtividade é o tempo de agendamento.

A demanda de atendi-mento é baseada nas neces-sidades externas, não leva em conta o número de servido-res. E deve ser agravada num cenário de aumento das de-missões e de insegurança dos trabalhadores. O aumento do desemprego gera também

Regulamentação da GDASS coloca salários em risco e aumenta a pressão nos locais de trabalho!

INSS

Para preparar a mobilização e a greve nacional da categoria alertamos os trabalhadores sobre as principais ameaças contidas na regulamentação imposta pelo governo para a GDASS.

Mobilize-se em defesa dos seus direitos.

uma sobrecarga para quem continua empregado, levan-do ao aumento dos pedidos de auxílio-doença. Por isso, atingir a meta não depende dos servidores.

Falta de servidores dificulta

o atendimento à população

No INSS é grande o nú-mero de servidores que se aposentarão nos próximos cinco anos. Aqueles que pu-derem se aposentar certa-mente não adiarão esta pos-sibilidade. E o cumprimento das metas pesará sobre um número cada vez menor de servidores.

Médicos peritos já tiveram redução de

gratificaçãoAs exigências aumentam

de acordo com os interesses do governo. Como ocorre hoje com os médicos peri-tos, que são punidos com a redução da gratificação quando aumenta o tempo entre o agendamento e o atendimento.

Na reunião do INSS, muitos trabalhadores relata-ram que, com a instituição da produtividade sobre a GDAMP, a pressão sobre os médicos aumentou, havendo redução salarial, persegui-ções e transferências.

Salário não é comissão

Submeter nosso salário a avaliação de desempenho e ao cumprimento de metas é nos condenar a trabalhar como em vários setores pri-vados, onde o funcionário além de cumprir sua jornada

tem que cumprir as metas es-tabelecidas pelos patrões.

E a pressão é exercida so-bre os salários, tornando o funcionário refém das exi-gências cada vez mais ferozes do governo.

Prestamos concurso e fo-mos contratados para aten-der à população. Com o au-mento do ritmo de trabalho e a redução do tempo neces-sário para analisar os proces-sos corretamente também estamos sujeitos ao aumento de ações contra os servidores, sejam administrativas ou cri-minais. Além de forçar o se-

gurado a retornar várias vezes ao posto do INSS para tentar solucionar seus problemas.

O sistema está sendo pre-parado para controlar cada passo do servidor, como ocor-re hoje no telema-rketing, onde os trabalhadores estão submetidos ao con-trole até mesmo das paradas para ir ao banheiro. Não po-demos aceitar isso.

O compromis-so da categoria sempre foi garantir condições de aten-

dimento dignas que preser-vem o direito dos segurados. Para isso precisamos de tem-po e condições adequadas para analisar e orientar a po-pulação.

O aumento do auxílio ali-mentação não tem nada a ver com a jornada de 8 horas - A discussão sobre o aumento do valor do auxílio alimentação está sendo feita no Congresso Nacional para todos os ser-vidores vinculados ao Poder Executivo, e não em separado para o INSS. Se houver corre-ção no valor será para todos os servidores do Executivo. Não há nenhuma vinculação do re-ajuste do auxílio alimentação com a jornada de trabalho.

Ponto eletrônico, a mais nova arma que o governo pretende usar contra a cate-

goria - Está sendo informado que entrará em vigor a partir de 1º de junho o ponto eletrô-nico através do sistema, vincu-lando a matrícula do servidor à jornada de 40 horas. A dire-ção do sindicato orienta todos os servidores que mantenham a jornada de 30 horas, seja no ponto assinado, no sistema e em qualquer outro meca-nismo de intimidação que venha a ser usado no local de trabalho. Até o momento não há informação segura sobre a utilização do ponto eletrôni-co (a resolução 65, de 25 de maio de 2009 não estabelece critérios claros sobre os proce-

dimetnos de controle de pon-to, que ficará sob responsabili-dade da Diretoria de Recursos Humanos).

Qualquer forma de ten-tativa de impor a jornada de 40 horas deverá ser comba-tida com a categoria unida - mantendo, assinando e fazen-do 30 horas, pois o termo de “opção” é expresso em afirmar que o servidor concorda com a redução salarial se assiná-lo. Depois de aceitar assinar um termo concordando com a re-dução salarial o servidor não terá como reclamar inclusive judicialmente, pois abriu mão de um direito.

Governo e chefias tentam confundir a categoria

O governo e as chefias tentam causar confusão na categoria para desmobilizar a greve.

Nos últimos 25 anos o Sinsprev esteve na linha de frente da defesa da manutenção da jornada de 30 horas sem redução salarial e só foi possível

manter esta conquista com a luta e a mobilização da categoria. O Sinsprev defende 30 horas, sem redução salarial e os reajustes previstos para 2009.

INSS

Orientações para a categoria:

- Assinar, fazer e manter as 30 horas.

- Não aceitar pressões como aumento do agendamento, codificação ou ou-tras manobras de chefias e gerentes.

- Fazer reuniões nos locais de trabalho para discutir com os colegas a manu-tenção da jornada de 30 horas.

- Entre em contato com o sindicato, com as delegacias regionais para agen-dar reuniões nos locais de trabalho.

- Informar ao sindicato, à direção e aos representantes da categoria sobre as ações das chefias como intimidação, pressão, coação e ameaças. Assédio moral é crime.

Este é o salário que exigimos para manter nossa jornada de 30 horas; não reconhecemos a jornada de 40 horas nem a redução salarial que o governo tenta

nos impor, seja pelo aumento da jornada ou pela imposição da GDASS

Esta é a tabela que o governo quer impor para aqueles que “optarem” pela tabela de 30 horas, a partir de 01 de junho de 2009

BOLETIM DO SINSPREV é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. Editoração Eletrônica: Leon Cunha (MTb 50.649), Jornalista: Gabriel Brito, Jornalista responsável: Luciana Araujo (MTb: 39715).

E-mail: [email protected]. Site: www.sinsprev.org.br

O governo está usando uma malandra-gem para levar os servidores a reconhece-rem a jornada de 40 horas.

Desde 1983 que nossa jornada de 30 ho-ras é mantida através das lutas e greves da ca-tegoria. Desde Collor, passando por FHC e

agora com Lula, os governos tentam aumen-tar nossa jornada, não reconhecendo o fato de que nossa jornada é de 30 horas.

Para isso formularam um “termo de opção” que induz os trabalhadores a reco-nhecerem sua jornada como sendo de 40

horas e “optando” pela “redução” da jor-nada com redução salarial.

A assinatura do “termo” de opção é na prática abrir mão da luta histórica da ca-tegoria pela manutenção da jornada de 30 horas.

Não assinar o termo que reduz salários: 30 horas é direito!